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Aula 03 Direito Administrativo p/ TRTs - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Com videoaulas Professor: Daniel Mesquita Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 1. INTRODUÇÃO À AULA 03 2 2. PODERES ADMINISTRATIVOS. 2 2.1. USO E ABUSO DE PODER 5 3. PODER HIERÁRQUICO 9 4. PODER DISCIPLINAR 20 5. PODER REGULAMENTAR 33 6. PODER DE POLÍCIA 49 6.1. CONCEITO 49 6.2. ATRIBUTOS 50 6.3. INDELEGABILIDADE 59 6.4. POLÍCIA ADMINISTRATIVA X POLÍCIA JUDICIÁRIA 60 7. PODER VINCULADO 88 8. PODER DISCRICIONÁRIO 89 9. RESUMO DA AULA 98 10. QUESTÕES COMENTADAS 103 11. REFERÊNCIAS 149 AULA 03: Poderes administrativos SUMÁRIO Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 1. Introdução à Aula 03 Nessa aula 03 do curso de Direito Administrativo, preparatório para o concurso do TRT ± Técnico Judiciário (Área Administrativa), falaremos dos seguintes assuntos: ³Poderes Administrativos´� Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na véspera da prova! Num concurso como este, a matéria é muito extensa. Não há como você ler a matéria hoje e apreender tudo até no dia da prova. Por isso, programe-se para ler os resumos na semana que antecede a prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental. Chega de papo, vamos à luta! 2. Poderes administrativos. Certamente, você já ouviu falar que na Administração Pública vige o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado, ou seja, os atos estatais se impõem perante os particulares, pois o Estado age visando o interesse público. Entretanto, como é que esse princípio se materializa? Como é que, na prática, a Administração se sobrepõe ao particular? Isso ocorre por meio dos poderes administrativos. O ordenamento jurídico coloca esses poderes a disposição do Estado para que ele tenha meios de impor a sua a supremacia. Os agentes públicos, por gozarem desses poderes (= prerrogativas), encontram-se numa posição superior ao cidadão comum. Assim, o Estado consegue dirimir os conflitos da sociedade. Esse poder não é uma faculdade da Administração. A professora Di Pietro asVLP�GL]�³(PERUD�R�YRFiEXOR�poder dê a impressão de que se Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita trata de faculdade da Administração, na realidade trata-se de poder- dever, já que reconhecido ao poder público para que o exerça em EHQHItFLR�GD�FROHWLYLGDGH��RV�SRGHUHV�VmR�SRLV�LUUHQXQFLiYHLV´��� São poderes da Administração: 1.Poder hierárquico; 2.Poder disciplinar; 3.Poder regulamentar; 4. Poder de polícia. Alguns autores colocam a discricionariedade e a vinculação como poderes da $GPLQLVWUDomR�� SRU� LVVR�� HVVHV� ³SRGHUHV´� WDPEpP� VHUmR� WUDWDGRV� DR� longo desta aula. Os poderes, contudo, não são uma arma brutal que provoca um ataque sem defesa contra os administrados, eles são limitados pelos direitos individuais previstos na Constituição, como o direito a ampla defesa e o contraditório, por exemplo, pela lei, pelos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade e por diversos outros postulados, como o do controle dos atos administrativos. Agindo o administrador fora dos objetivos legais ele comete abuso de poder, e se ao contrário não exerce os poderes a ele conferidos comete abuso de poder por omissão. Ótimo professor! Quanto ao poder-dever, entendi a noção geral de poder, mas há um contrapeso em relação a esses poderes? Não incide aqui no direito administrativo a máxima de que grandes poderes geram grandes responsabilidades? Há sim um contrapeso, meus caros e este contrapeso são os deveres (= restrições ou sujeições) dos administradores públicos. O administrador não pode se abster de praticar os atos de sua competência legal, uma vez que ele deve obediência ao princípio da legalidade. Dessa forma, quando a Administração tem o dever de agir, mas assim não faz, o agente que for omisso será responsabilizado, possibilitando que cidadão acione as vias judiciais para a obtenção do ato que a autoridade ou a Administração tinha o dever de fazê-lo, e não o fez. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Tendo em vista que a Administração deve obedecer à lei, inclusive nas atividades discricionárias, surgem os deveres do Administrador Público. De forma geral, a Administração deve agir com eficiência (= boa administração), proporcionalidade, lealdade, obediência (o servidor deve obedecer e executar às ordens legais de seus superiores), devendo ainda prestar contas de seus atos e agir de forma correta, ética, com probidade. Hely Lopes traz os três principais deveres do Administrador Público: 1. DEVER DE EFICIÊNCIA: Espera-se que o Administrador Público tenha bons resultados, atuando com o melhor desempenho possível em suas atribuições. Esse dever se impõe a todo agente público, visando resultados positivos e satisfatórios para a atividade pública com a sociedade. Não basta agir com rapidez, o rendimento é essencial! Além de abranger os aspectos quantitativos e qualitativos do serviço. 2. DEVER DE PROBIDADE: Este dever está enraizado na conduta do Administrador, do mais simples ao mais complexo ato praticado pelo Administrador, afinal, para que o Administrador aja com na forma da lei, a probidade é indispensável. O dever de probidade é tão importante que foi tratado pela Constituição Federal. Veja só: 3. DEVER DE PRESTAR CONTAS: Já que Administração ³DGPLQLVWUD´�RV�EHQV�H�WDPEpP�JHUH�RV� LQWHUHVVHV�GD�SRSXODomR�FRPR� um todo, existe um cuidado a ser feito com a gerência do que é do SRYR�� 1DV� SDODYUDV� GH� +HO\� /RSHV�� ³6H� R� DGPLQLVWUDU� FRUUHVSRQGH� DR� desempenho de um mandato de zelo e conservação de bens e Art. 37 § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao Erário, na forma e gradação prevista em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita interesses de outrem, manifesto é que quem o exerce deverá contas ao proprietário.´ O dever de prestar contas é da Administração para com a sociedade, devendo a gestão administrativa ser clara, não só quanto ao uso de dinheiro, mas a toda atividade realizada pela Administração.Este dever também foi tratado na nossa Constituição Federal: E o dever de lealdade, professor, o que esse dever significa? Significa que o administrador deve ser leal às instituições públicas. Assim como ele é fiel a sua esposa, ele deve ser fiel ao interesse público, devendo se dedicar ao serviço e respeitar as leis e as instituições estatais, nunca atuando contra os objetivos da Administração. 2.1. Uso e Abuso de poder Uso e abuso de poder é o gênero que abrange duas espécies: desvio de poder e excesso de poder. Bandeira de Mello (2010, p. 407) observa que o desvio de poder pode se manifestar de duas formas: (a) o agente busca finalidade alheia ao interesse público; (b) o agente busca uma finalidade de interesse público, mas alheia à prevista para o ato que utilizou. Art. 70 § único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Como se vê: sempre, no desvio de poder, o que está envolvido é a finalidade do ato, ou fora do interesse público ou fora da finalidade prevista na lei para aquele ato específico. Excesso de poder, por sua vez, é vício na competência. Quando o agente atua transbordando de sua competência, ou seja, vai além de sua competência definida em lei ou na Constituição, há o excesso de poder. Assim, temos o importante quadro, com fundamento na doutrina de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino ± SINAL DE ALERTA: 1. (CESPE ± 2015 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Julgue o item que se segue, referentes aos poderes da administração pública. O excesso de poder, espécie de abuso de poder, ocorre quando o agente público ultrapassa os limites impostos a suas atribuições. O abuso de poder é divido em duas vertentes. A primeira o Excesso de Poder, que ocorre quando o agente excede os limites da sua competência. Logo viola não só o princípio da Supremacia do Interesse Público mas também a sua competência. A segunda é o Desvio de Poder ou de finalidade, que ocorre quando o agente possui a competência, mas não responde a Desvio de poder ± vício na finalidade Abuso de poder Excesso de poder ± vício na competência Questões de concurso Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita determinada finalidade disposta na lei. Logo viola não só os princípios da Impessoalidade e da Moralidade, como também a sua finalidade. Gabarito ± Certo. 2. (CESPE - 2013 - TJ-DF - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Considere que determinado agente público detentor de competência para aplicar a penalidade de suspensão resolva impor, sem ter atribuição para tanto, a penalidade de demissão, por entender que o fato praticado se encaixaria em uma das hipóteses de demissão. Nesse caso, a conduta do agente caracterizará abuso de poder, na modalidade denominada excesso de poder. Com o que vimos você já acertaria, mas observe como o CESPE copiou o exemplo dado por Di Pietro: ³6eria o excesso de poder, que ocorre quando a autoridade vai além daquilo que ela teria competência para praticar. Por exemplo, ela só pode aplicar a pena até de suspensão, mas aplica a pena de demissão. Outro exemplo é o do policial que se excede no uso da força. Ele tem competência para atuar, mas se excede no uso dos meios que a lei lhe dá para atingir os fins de interesse público.´ Item correto! 3. (FCC - 2010 - TRE-AM - Técnico Judiciário) Sobre o abuso de poder, é correto afirmar que: a) para combatê-lo, não há medida judicial cabível, devendo o prejudicado recorrer à via administrativa. b) o abuso de poder só pode revestir a forma omissiva, não a comissiva. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita c) o uso do poder é lícito, enquanto o abuso pode ser lícito ou ilícito, dependendo da finalidade. d) a improbidade deve sempre ser considerada uma espécie de abuso de poder. e) todo ato abusivo é nulo, por excesso ou desvio de poder Existe sim medida judicial cabível para combater o abuso de poder. Sempre o direito individual do administrado for ofendido, haverá a possibilidade de correção MXGLFLDO��/HWUD�³D´ O abuso de poder pode ser tanto da forma comissiva, quanto da omissiva. Dependerá da forma em que a lei foi violada e causou lesão ao direito individual do AdmiQLVWUDGR��/HWUD�³E´�HUUDGD� Quando você se deparar com alguma questão que afirma a licitude do abuso de poder, pode marcar errada. Em nenhum caso será permitido o abXVR�GH�SRGHU��/HWUD�³F´�HUUDGD� Abuso de poder é o gênero, que abrange duas espécies: desvio de poder e excesso de poder. Como se vê, improbidade não é uma espécie de abuso de poder, OHWUD�³G´�errada. /HWUD� ³H´� p� D� DOWHUQDWLYD� FRUUHWD�� 7RGR� DWR� DEXVLYR� p� QXOR�� SRU� excesso ou desvio de poder. Gabarito: letra E 4. (FCC ± 2015 - TCE-CE -Analista de Controle Externo- Atividade Jurídica) Carmelo e Leôncio são servidores públicos, sendo o primeiro chefe do segundo. Leôncio e Carmelo participaram de um torneio interno de futebol e Leôncio foi eleito o melhor jogador do campeonato. Carmelo, inconformado com o resultado do prêmio futebolístico, removeu Leôncio para localidade distante, a fim de que este não mais pudesse participar do campeonato. Neste caso, Carmelo Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita a) deveria ter contado com a anuência da autoridade superior para efetuar a remoção. b) agiu dentro das suas atribuições legais. c) poderia ter realizado esta remoção, uma vez que possui poder hierárquico para tal. d) somente poderia ter realizado a remoção, com este fundamento, após a instauração de processo administrativo. e) incorreu em desvio de poder. Bandeira de Mello (2010, p. 407) observa que o desvio de poder pode se manifestar de duas formas: (a) o agente busca finalidade alheia ao interesse público; (b) o agente busca uma finalidade de interesse público, mas alheia à prevista para o ato que utilizou. Como se vê: sempre, no desvio de poder, o que está envolvido é a finalidade do ato, ou fora do interesse público ou fora da finalidade prevista na lei para aquele ato específico. Excesso de poder, por sua vez, é vício na competência. Quando o agente atua transbordando de sua competência, ou seja, vai além de sua competência definida em lei ou na Constituição, há o excesso de poder. Gabarito ± Letra E. 3.Poder Hierárquico Segundo Leandro Zannoni, ³R� SRGHU� KLHUiUTXLFR� GHFRUUH� GD� hierarquia, que é o vinculo de subordinação e coordenação entre órgãos H� DJHQWHV� VXSHULRUHV� H� LQIHULRUHV´�� 2X� VHMD�� WDQWR� RV� yUJmRV� FRPR� RV� agentes públicos estão organizados de forma hierárquica e dessa relação de superioridade surgem poderes, o chamado poder hierárquico. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita O poder hierárquico garante que o princípio da eficiência seja cumprido na administração pública, através do poder de coordenação e subordinação dentro da mesma pessoa jurídica. Aqueles que são subordinados estão mais próximos da execução dos atos. Os superiores controlam e fiscalizam a atuação dos inferiores. Nos Poderes Legislativo e Judiciário a relação é diferente, pois os seus membros (juízes e parlamentares) gozam de independência funcional no exercício de suas funções típicas. No Poder Judiciário, por exemplo, existe uma distribuição de competência entre as instâncias, essas instâncias funcionam com independência umas das outras, e prevalece o princípio da livre convicção do juiz, em que não há subordinação jurídica aos tribunais superiores. Zannoni ainda leciona que da hierarquia decorrem os seguintes poderes: i) De editar atos normativos (como decretos, resoluções, portarias e instruções) com o intuito de ordenar genericamente os subordinados; ii) De comandar os subordinados por meio de ordens específicas, os quais devem obedecer, salvo se a ordem for manifestamente ilegal; iii) De fiscalizar a atividade inferior; iv) De anular os atos inferiores ilegais; v) De revogar os atos inferiores inoportunos ou inconvenientes; vi) De aplicar sanções aos infratores; vii) De solucionar conflitos de atribuição (positivos ou negativos); viii) Delegar atribuições ix) Avocar atribuições. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita MUITO CUIDADO: O poder hierárquico não chega ao ponto de excluir ou retirar a competência do subordinado. Isso porque, a competência decorre de lei e não da vontade do administrador. Assim sendo, quando há a delegação - ³transferência de atribuições de um órgão a outro no aparelho administrativo´- CRETELLA JR., deverá ser temporária e certa, tendo em vista que a lei prevê como regra o exercício da função pelo órgão ou agente originário. Obviamente que havendo uma delegação ilegal o agente delegante não será obrigado a cumpri-la. A avocação de atribuições, por sua vez, ocorre quando a autoridade hierarquicamente superior chama para si, as atribuições do seu subordinado, sendo esse exercício temporário e discricionário. 5. (CESPE ± 2015 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Julgue o item que se segue, referentes aos poderes da administração pública. O poder hierárquico é aquele que confere à administração pública a capacidade de aplicar penalidades. A questão não trata do poder hierárquico e sim do poder de disciplinar, que concede à administração pública o poder de pugnar as infrações seus servidores e infrações administrativas cometidas por particulares que estejam vinculados por algum motivo jurídico. Gabarito ± Errado. 6. (2014/CESPE/TJ-SE/Técnico Judiciário - Área Judiciária) No tocante aos atos e aos poderes administrativos, julgue os próximos Questões de concurso Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita itens. O Poder Judiciário só tem competência para revogar os atos administrativos por ele mesmo produzidos. RESPOSTA: O Poder Judiciário, na sua função atípica de administração, expede atos administrativos, podendo nesse caso revogar, por conveniência e oportunidade, ou anular, quando eivados de vícios. Veja o que a súmula 473 diz: Súmula 473 STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Gabarito: C 7. (2014/ CESPE/TJ-DF/ Titular de Serviços de Notas e de Registros) Com relação aos poderes administrativos, assinale a opção correta. a) A polícia administrativa realiza atividades fiscalizatórias e repressivas e suas ações incidem sobre bens, serviços e pessoas. b) Ao buscar uma finalidade, ainda que de interesse público, alheia à categoria do ato que utilizou, o agente público competente incorre em excesso de poder. c) Os atos administrativos praticados no exercício do poder de polícia não são suscetíveis de controle judicial, uma vez que se caracterizam por coercibilidade e autoexecutoriedade. d) A atividade da administração pública que, mediante atos normativos ou concretos, limita ou condiciona a liberdade e a Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita propriedade dos indivíduos, de acordo com o interesse coletivo, refere- se ao exercício do poder regulamentar. e) A avocação e a delegação de competência são atos administrativos praticados no exercício do poder hierárquico da administração pública. RESPOSTA: a) ERRADO. Poder de polícia não atua sobre pessoas, apenas sobre propriedade e liberdade. b) ERRADO. O excesso de poder ocorre quando o administrador é competente para realizar o ato, mas ao fazê-lo extrapola seu limite. No caso, ocorreu desvio de finalidade. c) ERRADO. Todo ato administrativo é suscetível de controle judicial na forma do art. 5o, XXXV, CF. O Poder Judiciário não pode adentrar na discricionariedade do administrador. d) ERRADO. O item se refere ao poder de polícia. e) CORRETO. A avocação e a delegação de competência são, de fato, atos administrativos praticados no exercício do poder hierárquico da administração pública. Gabarito: E 8. (FCC ± 2014 ± TRT-19º- Técnico) Carlos Eduardo, servidor público estadual e chefe de determinada repartição pública, adoeceu e, em razão de tal fato, ficou impossibilitado de comparecer ao serviço público. No entanto, justamente no dia em que o mencionado servidor faltou ao serviço, fazia-se necessária a prática de importante ato administrativo. Em razão do episódio, Joaquim, servidor público subordinado de Carlos Eduardo, praticou o ato, vez que a lei autorizava a delegação. O fato narrado corresponde a típico exemplo do poder (A) disciplinar. (B) de polícia. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquitawww.estrategiaconcursos.com.br 14 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita (C) regulamentar. (D) hierárquico. (E) normativo-disjuntivo. Observe que a questão frisa que o ato foi praticado, vez que a lei autorizava a delegação. É muito importante essa observação!! Dito isso e por tudo que acabamos de ver na aula, fica fácil né? Gabarito: D 9. (FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário) O poder hierárquico encontra-se presente: a) nas relações entre a Administração pública e as empresas regularmente contratadas por meio de licitação. b) na relação funcional entre servidores estatutários e seus superiores. c) nas relações de limitação de direitos que se trava entre administrados e autoridades públicas. d) entre servidores estatutários de mesmo nível funcional. e) somente entre servidores e superiores militares. A relação do poder hierárquico dá-se no âmbito da própria Administração Pública. Assim, não tem o que se falar de poder hierárquico entre Administração Pública e administrados ou contratados por licitação. Para que se configure hierarquia, deve haver uma relação de subordinação, que pode ser entre órgãos, ou entre servidores e seus VXSHULRUHV��FRPR�LQIRUPD�D�DOWHUQDWLYD�³E´� *DEDULWR��³E´� 10. (FCC ± 2013 ± TRT ±Técnico Judiciário) A possibilidade de autoridade superior de órgão da Administração direta revogar ou anular atos praticados por seus subordinados, nos termos da lei, é exteriorização do poder. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita a) de Tutela. b) Hierárquico. c) Disciplinar. d) Regulamentar. e) Normativo. Como vimos, da hierarquia decorre o poder de anular ou revogar atos praticados pelos subordinados. Anular os atos inferiores ilegais. Revogar os atos inferiores inoportunos ou inconvenientes. *DEDULWR��³%´ 11. (FCC ± 2012 ± TJ ± Analista Judiciário) Considere sob o foco do poder hierárquico: I. Chamar a si funções originariamente atribuídas a um subordinado significa avocar, e só deve ser adotada pelo superior hierárquico e por motivo relevante. II. A revisão hierárquica é possível, desde que o ato já tenha se tornado definitivo para a Administração ou criado direito subjetivo para o particular. III. As delegações quando possíveis, não podem ser recusadas pelo inferior, como também não podem ser subdelegadas sem expressa autorização do delegante. IV. A subordinação e a vinculação política significam o mesmo fenômeno e não admitem todos os meios de controle do superior sobre o inferior hierárquico. Está correto o que se afirma APENAS em a) II, III e IV. b) II e IV. c) I, II e III. d) I e III. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita e) I, III e IV. I- O item está perfeito. É isso mesmo!! II- O erro pode ser justificado com a súmula 473 do STF. Vamos lembra-la? STF Súmula nº 473 - Administração Pública - Anulação ou Revogação dos Seus Próprios Atos - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. III- Correto. IV- Subordinação e vinculação são dois institutos opostos! Gabarito: D 12. (FCC/2011/TRE-TO/Técnico Judiciário) Sobre o poder hierárquico, é correto afirmar: a) É possível a apreciação da conveniência e da oportunidade das determinações superiores pelos subalternos. b) Em geral, a responsabilidade pelos atos e medidas decorrentes da delegação cabe à autoridade delegante. c) As determinações superiores - com exceção das manifestamente ilegais -, devem ser cumpridas; podem, no entanto, ser ampliadas ou restringidas pelo inferior hierárquico. d) Rever atos de inferiores hierárquicos é apreciar tais atos em todos os seus aspectos, isto é, tanto por vícios de legalidade quanto por razões de conveniência e oportunidade. e) A avocação de ato pelo superior não desonera o inferior da responsabilidade pelo mencionado ato. Por óbvio, não cabe aos subalternos avaliar a conveniência e oportunidade de seus superiores. Porém, não se esqueça de que as Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita RUGHQV� LOHJDLV� QmR� GHYHUmR� VHU� FXPSULGDV�� /HWUD� ³D´� HUUDGD�� $� autoridade que pratica o ato, mesmo quando esse ato decorre de uma atribuição delegada, deve se responsabilizar pelas consequências de VXDV� Do}HV�� OHWUD� ³E´� HUUDGD� Imagine só se as ordens dadas pelos superiores pudessem ser ampliadas ou restringidas? Os subordinados passariam a criar competências, o que só a lei pode fazer. O pior: cada qual se acharia no direito de fazer o que bem entendesse ou de não fazer nada. LHWUD� ³F´� HUUDGD�� 3RU� IDYRU�� QmR� VH� HVTXHoDP� TXH� QD� avocação, como é o superior quem pratica o ato, é ele quem será UHVSRQViYHO�SHODV�FRQVHTXrQFLDV�GHVVH�DWR�� OHWUD� ³H´�HUUDGD��5HVSRVWD� FRUUHWD��/HWUD�³G´� *DEDULWR��³'´ 13. (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário) NÃO constitui característica do poder hierárquico: a) delegar atribuições que não lhe sejam privativas. b) dar ordens aos subordinados, que implica o dever de obediência, para estes últimos, salvo para as ordens manifestamente ilegais. c) controlar a atividade dos órgãos inferiores, tendo o poder de anular e de revogar atos administrativos. d) avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência exclusiva do órgão subordinado. e) editar atos normativos que poderão ser de efeitos internos e externos. Nessa questão não tem como fugir da listinha: Decorre do poder hierárquico, a atribuição de: i) De editar atos normativos (como decretos, resoluções, portarias e instruções) com o intuito de ordenar genericamente os subordinados; Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita ii) De comandar os subordinados por meio de ordens específicas, os quais devem obedecer, salvo se a ordem for manifestamente ilegal; $OWHUQDWLYD�³E´�FRUUHWD� iii) De fiscalizar a atividade inferior; $OWHUQDWLYD�³F´�FRUUHWD� iv) De anular os atos inferiores ilegais; v) De revogar os atos inferiores inoportunos ou inconvenientes; vi) De aplicar sanções aos infratores; vii) De solucionar conflitos de atribuição (positivos ou negativos); viii) Delegar atribuições; -$OWHUQDWLYD�³D´�FRUUHWD� ix) Avocar DWULEXLo}HV�´�± $OWHUQDWLYD�³G´�FRUUHWD� OEVHUYH� QR� SULPHLUR� LWHP� TXH� D� FDUDFWHUtVWLFD� ³Ge editar atos normativos (como decretos, resoluções, portariase instruções) com o intuito de ordenar JHQHULFDPHQWH� RV� VXERUGLQDGRV�´� não chega ao ponto de viabilizar a edição de atos com efeitos externos! O poder hierárquico se volta para dentro da administração! /HWUD�³H´�QmR�é uma característica do poder hierárquico. *DEDULWR��³(´ 14. (FCC - 2011 - TRT - 20ª Região/SE - Técnico Judiciário) Dispõe o Poder Executivo de poder para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. Trata-se do poder a) disciplinar. b) discricionário. c) regulamentar. d) de polícia. e) hierárquico. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita O enunciado descreve literalmente o poder hierárquico. Lembre-se que o poder hierárquico decorre da hierarquia, que é o vinculo de subordinação e coordenação entre órgãos e agentes superiores e inferiores. Portanto, a resposta é a letra "e". Gabarito: E 15. (FCC ± 2015 - TRE-RR - Técnico Judiciário - Área Administrativa) A edição de atos normativos de efeitos internos, com o objetivo de ordenar a atuação dos órgãos subordinados decorre do poder a) disciplinar. b) regulamentar. c) hierárquico. d) de polícia. e) normativo. &RPR�DFDEDPRV�GH�HVWXGDU�DFLPD��6HJXQGR�/HDQGUR�=DQQRQL�³R� poder hierárquico decorre da hierarquia, que é o vinculo de subordinação e coordenação entre órgãos e agentes superiores e LQIHULRUHV´�� 2X� VHMD�� WDQWR� RV� yUJmRV� FRPR� RV� DJHQWHV� S~EOLFRV� HVWmo organizados de forma hierárquica e dessa relação de superioridade surgem poderes, o chamado poder hierárquico. Gabarito ± Letra C. 16. (FCC ± 2014 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Judiciário - Tecnologia da Informação) Quando se diz que as relações da Administração pública estão sujeitas à hierarquia, se quer dizer que é possível estabelecer alguma relação de coordenação e de subordinação entre os órgãos que compõem a Administração. Essa competência expressa-se quando a Administração Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita a) edita atos normativos de efeitos externos, obrigando seus subordinados e os particulares que com eles se relacionam. b) edita atos normativos para organizar a atuação dos órgãos que integram sua estrutura. c) instaura processos administrativos para apuração de irregularidades e aplicação de sanções disciplinares e contratuais. d) celebra contratos com particulares para atendimento do interesse público. e) fiscaliza a atuação dos subordinados e dos particulares, inclusive com a aplicação de penalidades. Pessoal, o Poder hierárquico tem a atribuição de criar, organizar, distribuir e principalmente escalonar certas funções de seus órgãos, Ou seja, editar atos normativos (como decretos, resoluções, portarias e instruções) com o intuito de ordenar genericamente os subordinados para então comandar os subordinados por meio de ordens específicas, os quais devem obedecer, salvo se a ordem for manifestamente ilegal. Gabarito - Letra B. 4. Poder disciplinar O poder disciplinar é um poder-dever que cabe à Administração de examinar infrações cometidas por servidores públicos e demais pessoas com vínculo jurídico específico, sujeitas à disciplina administrativa. Podendo ainda aplicar penalidades se necessário após a devida averiguação dos fatos. Esse poder disciplinar está intimamente ligado ao poder hierárquico. No momento em que à administração exerce o controle Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita interno das pessoas a ela vinculadas, exerce o poder disciplinar em uma relação decorrente do poder hierárquico. Nos contratos administrativos regidos pela Lei nº 8.666/93 não há hierarquia. Apesar das cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos, a Administração e o particular contratado não se situam em uma relação de subordinação. Contudo, as bancas vêm adotando cegamente o posicionamento doutrinário de Vicente de Paulo e Marcelo Alexandrino de que as sanções administrativas a que se sujeitam os contratados decorrem do SRGHU� GLVFLSOLQDU�� XPD� YH]� TXH� HVWH� VHULD� ³XP� YtQFXOR� MXUtGLFR� HVSHFtILFR´�� Por isso, fique atento: para concurso, o poder disciplinar fundamenta as sanções aplicadas nos contratos administrativos. CUIDADO: Quando o assunto é a aplicação de pena para crimes e contravenções próprias do Código Penal pelo Poder Judiciário, não há manifestação do poder disciplinar. Nesse caso, o poder público está exercendo poder punitivo do Estado e não o poder disciplinar. Você verá que quando a lei confere alguma margem de liberdade ao administrador para decidir sobre qual medida será adotada na situação que se apresenta, o ato a ser praticado será discricionário. Agora, uma pergunta: o poder disciplinar é discricionário? Em regra não. Normalmente, a lei, de forma expressa, estabelece qual é a sanção ideal a ser aplicada no caso concreto. Se ocorreu o fato X, a lei diz que o superior deve aplicar a sanção Y. Nesse caso, ocorrido o fato X, não há pra onde correr. A sanção Y deve ser aplicada, não há discricionariedade. Pode-se chegar a essa conclusão observando o posicionamento do 67-�� ³6.1. A infração do art. 117, XI, da Lei 8.112/90 ± µatuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita segundo grau, e de cônjuge ou companheiro¶ ±, impõe a aplicação da pena de demissão, nos termos do art. 132, XIII, desse mesmo estatuto. 6.2. Portanto, nesse caso, o administrador não tem qualquer margem de discricionariedade na aplicação da pena, tratando-se de ato plenamente vinculado. Configurada a infração do art. 117, XI, da Lei 8.112/90, deverá ser aplicada a pena de demissão, nos termos do art. 132, XIII, da Lei 8.112/90, sob pena de responsabilização criminal e administrativa do superior hierárquico desidioso´� (MS 15.437/DF, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/10/2010, DJe 26/11/2010) Há casos, porém, em que a discricionariedade existe. Isso porque, algumas vezes a própria lei concede à autoridade competente a prerrogativa de decidir o alcance da sanção. Se, por exemplo, a lei prevê que para o fato A aplica-se a pena de suspensão por até 90 dias, ocorrido o fato A, o superior hierárquico tem a liberdade de escolher por quanto tempo suspende o seu subalterno: por 10, 20, 50 ou 90 dias, por exemplo. Por fim, IMPORTANTE ter em mente que, conforme determina o artigo5º�� /9�� GD� &)�� ³aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;´� Assim, para que a Administração utilize de seu poder disciplinar, ela deve promover o contraditório e a ampla defesa do acusado, em processo administrativo regularmente instaurado, antes de dar a punição. Para corroborar esse entendimento, destacamos também o § 1º do art. 41 da Constituição Federal: Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita NÃO CAIA NESSA PEGADINHA: Juiz não é demitido com processo administrativo. Ele tem a garantia da ³vitaliciedade´. O que é isso professor? Isso quer dizer que ele só pode ser demitido por decisão judicial transitada em julgado! Isso mesmo: só um juiz ou um tribunal (composto de juízes) pode demitir um colega! Veja o art. 95, I, da Constituição: Como se vê, a vitaliciedade é adquirida com 2 anos. Após a aquisição da vitaliciedade, a demissão só ocorre com sentença judicial transitada em julgado. Vejam que esse assunto cai em prova! Vamos às questões!!! ATENÇÃO! NÃO CONFUNDAM PODER HIERÁRQUICO COM PODER DISCIPLINAR!!! Questões de concurso § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 17. (FCC ± 2015 - TCM-RJ - Auditor-Substituto de Conselheiro) Considere que uma empresa contratada pela Administração pública para a prestação de serviços de limpeza tenha cometido diversos descumprimentos de suas obrigações contratuais e a ela tenham sido aplicadas, pela Administração, proibição de participar de licitações. No caso citado, a atuação da Administração é expressão de seu poder a) disciplinar, que permite aplicar penalidades não apenas aos servidores públicos mas também às demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. b) regulamentar, exercido nos limites da legislação que rege a matéria. c) hierárquico, decorrente da supremacia do interesse público sobre o privado. d) discricionário, que permite à Administração a escolha da conduta que melhor atenda ao interesse público no caso concreto. e) normativo, que permite impor obrigações aos administrados em prol do interesse público. O poder disciplinar fundamenta as sanções aplicadas nos contratos administrativos. Quando o assunto é a aplicação de pena para crimes e contravenções próprias do Código Penal pelo Poder Judiciário, não há manifestação do poder disciplinar. Nesse caso, o poder público está exercendo poder punitivo do Estado e não o poder disciplinar. Gabarito ± Letra A. 18. (CESPE/2011/TJ-ES/Analista Judiciário) O poder disciplinar consiste em distribuir e escalonar as funções, ordenar e rever as atuações e estabelecer as relações de subordinação entre os órgãos públicos, inclusive seus agentes. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Essa é a definição do Poder Hierárquico. Portanto, item errado. 19. (CESPE/2010/TRT-21ªReg/Técnico Judiciário) A avocação deriva do poder disciplinar e é utilizada de forma excepcional quando o servidor público subalterno comete uma falta funcional e é punido com a perda temporária da função, desde que devidamente justificado pelo chefe do setor. Errado. Mais uma vez o examinador tentou confundir Poder Hierárquico com Poder Disciplinar. Mas já sabemos que a avocação decorre do poder hierárquico e não do poder disciplinar, é importante lembrar que a avocação não é um tipo de punição, mas trata-se da ação de chamar para si uma competência do subordinado, desde que não seja competência exclusiva. 20. (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) A atribuição conferida a autoridades administrativas com o objetivo de apurar e punir faltas funcionais, ou seja, condutas contrárias à realização normal das atividades do órgão e irregularidades de diversos tipos traduz-se, especificamente, no chamado poder hierárquico. Mais uma vez a banca fazendo a relação entre poder hierárquico e disciplinar! Item errado. Estamos diante do conceito de poder disciplinar e não hierárquico! 21. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Auditoria Governamental) O poder disciplinar da administração pública confunde-se com o poder punitivo do Estado. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita A partir de hoje vocês não podem mais confundir! O poder punitivo está intimamente ao Direito Penal e à proteção de bens jurídicos considerados da mais alta importância, como a vida e a integridade física. O poder de polícia está ligado a aspectos administrativos da vida do Estado e dos administrados e a limitação de alguns direitos, ao poder de sancionar os servidores e alguns particulares em situação excepcionais. Resposta: errado. 22. (FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário) A propósito do poder disciplinar da Administração pública, é correto afirmar: a) Afasta 7 se ater aos expressos termos da lei. b) Aplica-se aos servidores em geral, não se estendendo a particulares, salvo se tiverem celebrado contrato administrativo com a Administração pública. c) É excludente em relação ao poder hierárquico, que se aplica apenas na orientação das atividades dos servidores. d) Abrange as sanções impostas a particulares, sujeitos a disciplina interna da Administração, como os estudantes de escola pública. e) É expressão da relação de coordenação e subordinação, abrangendo atuação de controle, por isso restrito à esfera funcional. Como vimos, o poder disciplinar dá certa margem de discricionariedade para a autoridade, portanto, D� DOWHUQDWLYD� ³D´� HVWi� HUUDGD�� $� DOWHUQDWLYD� ³E´� ID]� XPD� UHVWULomR� TXDQWR� DRV� SDUWLFXODUHV� passíveis de aplicação do poder disciplinar, restando, assim, mencionar aqueles que tem uma relação jurídica especial, como por exemplo: os doentes de hospitalpúblico, os detentos e estudantes de escola pública. 4XDQWR� j� DOWHUQDWLYD� ³F´�� R� SRGHU� GLVFLSOLQDU� p� LQWLPDPHQWH� OLJDGR� DR� poder hiHUiUTXLFR�� $� DOWHUQDWLYD� ³H´� FRQFHLWXD� R� SRGHU� KLHUiUTXLFR�� Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita $VVLP�� D� DOWHUQDWLYD� FRUUHWD� p� D� OHWUD� ³G´�� TXH�� FRPR� YLVWR�� R� SRGHU� disciplinar abrange sanções impostas a particulares, por exemplo, aos estudantes de escolas públicas. *DEDULWR��³G´� 23. (FCC ± 2013 ± TRT ± Técnico Judiciário) Entre os poderes atribuídos à Administração pública insere-se o denominado poder disciplinar, que corresponde ao poder de a) impor restrições à atuação de particulares, em prol da segurança pública. b) coordenar e controlar a atividade de órgãos inferiores, verificando a legalidade dos atos praticados. c) editar normas para disciplinar a fiel execução da lei. d) organizar a atividade administrativa, redistribuindo as unidades de despesas. e) apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos. /HWUD�³D´��WUDWD-se de poder de polícia. /HWUD�³E´��SRGHU�KLHUiUTXLFR /HWUD�³F´��SRGHU�UHJXODPHQWDU /HWUD�³G´��SRGHU�KLHUiUTXLFR /HWUD�³H´��Finalmente, poder disciplinar Gabarito: E 24. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) A Administração Pública, ao tomar conhecimento de infrações, cometidas por estudantes de uma escola pública, utiliza-se de um de seus poderes administrativos, qual seja, o poder disciplinar. Nesse caso, a Administração Pública Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita a) poderia utilizar-se de tal poder contra os estudantes da escola pública. b) não poderia utilizar-se de tal poder, porém, pode impor sanções aos estudantes, com fundamento no poder de polícia do Estado. c) poderia utilizar-se de tal poder, no entanto, ele está limitado à fase de averiguação, não cabendo à Administração, nessa hipótese, punir. d) não poderia utilizar-se de tal poder, vez que ele somente é aplicável aos servidores públicos. e) poderia utilizar-se de tal poder, que, nessa hipótese, será discricionário, ou seja, pode a Administração escolher entre punir e não punir. O poder disciplinar é um poder-dever que cabe à Administração de examinar infrações cometidas por servidores públicos e demais pessoas com vínculo jurídico específico, sujeitas à disciplina administrativa. Podendo ainda aplicar penalidades se necessário após a devida averiguação dos fatos. /HWUD�³D´�FRUUHWD� *DEDULWR��³$´ 25. (FCC ± 2012 ± TER-CE ± Técnico Judiciário) No que diz respeito ao poder disciplinar, a apuração regular de infração disciplinar e a motivação da punição disciplinar são, respectivamente, a) indispensável para a legalidade da punição interna da Administração e prescindível para a validade da pena, em razão da discricionariedade do poder disciplinar. b) faculdade da Administração Pública, em razão da discricionariedade presente no poder disciplinar e imprescindível para a validade da pena. c) indispensável para a legalidade da punição interna da Administração e imprescindível para a validade da pena. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita d) faculdade da Administração Pública, em razão da discricionariedade presente no poder disciplinar e prescindível para a validade da pena, vez que a motivação tanto pode ser resumida, como suprimida em alguns casos. e) dispensável para a aplicação de penalidade, se houver prova contundente acerca do cometimento da infração e imprescindível para a validade da pena. Já vimos que a apuração regular de infração disciplinar e a motivação da punição disciplinar são indispensáveis e imprescindíveis para a validade da pena. Gabarito: C 26. (FCC ± 2012 ± TRT-1º- Juiz do Trabalho) A respeito dos poderes da Administração, é correto afirmar que o poder a) regulamentar fundamenta a edição, pelo Chefe do Executivo, de normas gerais destinadas à coletividade, disciplinadoras de atividades individuais. b) hierárquico autoriza a avocação, pelo Ministério supervisor, de matérias inseridas na competência das autarquias a ele vinculadas. c) disciplinar autoriza a Administração a apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos, não alcançando as sanções impostas a particulares não sujeitos à disciplina interna da Administração. d) normativo autoriza a edição, pelo Chefe do Poder Executivo, de decretos em matéria de organização administrativa, tais como a criação de órgãos e cargos públicos. e) hierárquico é aquele conferido aos agentes públicos para proferir ordens e aplicar sanções a seus subordinados, com vistas ao bom desempenho do serviço público. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 9DPRV�Oi"�$V�OHWUDV�³E´�H�³G´�WUDWDP�GR�SRGHU�KLHUiUTXLFR��&RPR�Mi� estudamos, não há hierarquia entre a Administração Direta e Indireta. Assim, não é possível que o Ministro (Administração Direta) avoque, com base no Poder Hierárquico, as matérias inseridas na competência das entidades vinculadas (Administração Indireta). Além disso, a letra ³E´, misturou os conceitos: poder hierárquico e disciplinar. O poder disciplinar autoriza a Administração a apurar infrações e aplicar penalidades. Assim WHPRV�QRVVD�UHVSRVWD��OHWUD�³F´�� Gabarito: C 27. (FCC ± 2012 ± TRT ± Analista Judiciário) Constitui exemplo do poder disciplinar da Administração pública a) a imposição de restrições a atividades dos cidadãos, nos limites estabelecidos pela lei. b) a imposição de sanção a particulares que contratam com a Administração. c) a edição de atos normativos para ordenar a atuação de agentes e órgãos administrativos. d) a edição de regulamentos para a fiel execução da lei. e) o poder conferido às autoridades de dar ordens a seus subordinados e rever seus atos. As questões são bem repetitivas mesmo...Por isso, basta treinar! Como vimos, a Administração, em decorrência do poder disciplinar, pode impor sanções a particulares que contratam com a Administração. Gabarito: B 28. (FCC ± 2012 ± TCE-AP ± Técnico de Controle Externo) Submetem-se ao poder disciplinar da Administração: a) servidores submetidos ao regime estatutário e servidores ocupantes de emprego público. b) funcionários públicos, exclusivamente. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita c) particulares queatuam em setores considerados de interesse público. d) as entidades da Administração indireta, em face da tutela exercida pelo ente instituidor. e) os administrados, em face do poder da Administração de limitar a atuação privada em prol do interesse coletivo. Como essa questão pode gerar certa dúvida, tratarei dos itens mais importantes. B) A aplicação das punições é destinada aos agentes públicos, não exclusivamente aos funcionários públicos. Errado. C) Lembre-se que o poder disciplinar só alcança os particulares ligados a Administração mediante algum vínculo jurídico (ex: contrato administrativo). Errado E) Esse é o poder de polícia! Gabarito: A 29. (FCC - 2012 - TRE-SP - Analista Judiciário) A atividade da Administração consistente na limitação de direitos e atividades individuais em benefício do interesse público caracteriza o exercício do poder a) regulamentar, exercido mediante a edição de atos normativos para fiel execução da lei e com a prática de atos concretos, dotados de autoexecutoriedade. b) de polícia, exercido apenas repressivamente, em caráter vinculado e com atributos de coercibilidade e auto- executoriedade. c) disciplinar, exercido com vistas à aplicação da lei ao caso concreto, dotado de coercibilidade e autoexecutoriedade. d) de polícia, exercido por meio de ações preventivas e repressivas dotadas de coercibilidade e autoexecutoriedade. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita e) disciplinar, consistente na avaliação de conveniência e oportunidade para aplicação das restrições legais ao caso concreto, o que corresponde à denominada autoexecutoriedade. Evidente que o enunciado traz a definição de poder de polícia. O poder de polícia decorre da prerrogativa que o Estado tem de restringir o exercício dos direitos individuais em prol do interesse coletivo. 0DV�Yi�FRP�FDOPD��$�DOWHUQDWLYD�³E´�GL]�TXH�R�SRGHU�GH�SROtFLD� é exercido apenas repressivamente, o que não é verdade, além de repressivo, poderá atuar também de forma preventiva. $VVLP��Vy�QRV�UHVWD�D�DOWHUQDWLYD�³G´��TXH�p�D�FRUUHWD� *DEDULWR��³'´ 30. (FCC ± 2011 ± TER-TO ± Técnico Judiciário) Sobre o poder disciplinar, é correto afirmar: a) Existe discricionariedade quanto a certas infrações que a lei não define, como ocorre, por exemplo, com o "procedimento irregular" e a "ineficiência no serviço", puníveis com pena de demissão. b) Há discricionariedade para a Administração em instaurar procedimento administrativo, caso tome conhecimento de eventual falta praticada. c) Inexiste discricionariedade quando a lei dá à Administração o poder de levar em consideração, na escolha da pena, a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço público. d) O poder disciplinar é sempre discricionário e decorre da supremacia especial que o Estado exerce sobre aqueles que se vinculam à Administração. e) É possível, em determinadas hipóteses, que a Administração deixe de punir o servidor comprovadamente faltoso. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Bom pessoal, nessa questão a banca utilizou os ensinamentos da professa Di Pietro. Peço vênia para a transcrição. "Discricionalidade existe também com relação a certas infrações que a lei não define; é o caso do "procedimento irregular" e da "ineficiência no serviço", puníveis com pena de demissão, e da "falta grave", punível com suspensão; são expressões imprecisas, de modo que a lei deixou à Administração a possibilidade de enquadrar os casos concretos em uma ou outra dessas infrações." Gabarito: A 5. Poder regulamentar Tudo bem até aqui? Qualquer dúvida você pode me mandar um e-mail. Vamos em frente! A corrente majoritária dos doutrinadores aponta o poder regulamentar como sendo a competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo para editar atos administrativos normativos, complementares à lei para a sua fiel execução. 1DV�SDODYUDV�GH�0DUFHOR�$OH[DQGULQR�³2V�DWRV�DGPLQLVWUDWLYRV�QmR� têm destinatários determinados; incidem sobre todos os fatos ou situações que se enquadrem nas hipóteses que abstratamente preveem. Os atos administrativos normativos editados pelo Chefe do Poder Executivo assumem a forma de decreto�´� Veja o que a Constituição Federal diz a respeito: ³$UW������&RPSHWH�SULYDWLYDPHQWH�DR�3UHVLGHQWH�GD�5HS~EOLFD�� (...) IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;´ Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Mas se só o Chefe do Poder Executivo tem o poder regulamentar, em que ³SRGHU´�VH�HQTXDGUDULDP�DV�UHVROXo}HV��LQVWUXo}HV�QRUPDWLYDV�� regimentos expedidos por outras autoridades administrativas? Nesse caso, fala-se em ³SRGHU� QRUPDWLYR´, que é o poder da Administração de editar atos gerais (o ato não é dirigido a um sujeito específico, mas a uma generalidade) e abstratos (o ato não foi editado para incidir sobre um único fato, mas para ser aplicado todas as vezes que ocorrer determinada situação descrita na norma). E qual seria a diferença fundamental entre lei e regulamento, professor? Leandro Zannoni dá uma resposta precisa a essa pergunta: ³D�lei e o regulamento não se confundem, pois aquela poderá inovar na ordem jurídica, criando direitos e obrigações para as partes, já que a lei é ato normativo primário, fundado na Constituição. Já o regulamento, não obstante ser geral e abstrato, não pode inovar a ordem jurídica, pois sua função é de apenas detalhar o significado da lei: é ato normativo secundário.´� Essa distinção entre poder regulamentar e poder normativo é consagrada, principalmente, por Di Pietro. Carvalho Filho e Bandeira de Mello não adotam essa divisão. Assim, é bom que você saiba que parte da doutrina (= Di Pietro) considera que poder normativo é gênero e poder regulamentar (ato só do Chefe do Executivo) é espécie desse gênero. MUITO CUIDADO, MEUS CAROS, ESSE É O PONTO FULCRAL DE NOSSA AULA!!! Existe no nosso ordenamento exceção a essa regra? Ou melhor, existe regulamento autônomo no Brasil? Há sim uma exceção, meus caros. A prevista no art. 84, VI, da Constituição. Vejamos: Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Como se vê, pode o Presidente (e os demais chefes do Poder Executivo: Governadores e Prefeitos) editar decreto autônomo, primário, para a: x ³RUJDQL]DomR´ e x ³IXQFLRQDPHQWR´ da administração federal DESDE QUE esse decreto não implique em: x ³DXPHQWR�GH�GHVSHVD´ ou x ³FULDomR�RX�H[WLQomR�GH�yUJmRV�S~EOLFRV´�Além disso, ele pode editar um decreto autônomo para extinguir funções ou cargos públicos quando vagos. Lembre-se desse ponto da aula: (a) não há decreto autônomo, em regra; (b) há decreto autônomo para a organização e funcionamento da Administração; (c) esse decreto não pode aumentar despesa nem criar ou extinguir órgãos públicos; (d) há decreto autônomo para extinguir funções ou cargos quando vagos. (VVH� ³GHFUHWR� DXW{QRPR´� �FRPR� p� FRQKHFido o decreto com fundamento no art. 84, VI, da Constituição) pode ser delegado aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado- Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. Nesse sentido, o parágrafo único do art. 84 da Constituição: ³$UW������&RPSHWH�SULYDWLYDPHQWH�DR�3UHVLGHQWH�GD�5HS~EOLFD�� (...) VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;´ Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita MUITO CUIDADO NESSE PONTO! A autorização para o Presidente delegar essa atribuição não significa que os atos normativos possam ser delegados. Como vimos acima, há previsão legal expressa no sentido de se vedar a delegação de atos normativos (art. 13, I, da Lei nº 9.784/99). Assim, a previsão constitucional do art. 84, parágrafo único, é uma exceção e deve ser interpretada restritivamente, para se alcançar apenas as hipóteses elencadas na CF. Por fim, não podemos fechar esse tópico sem a menção à forma de controle que a Constituição traz para retirar do ordenamento jurídico um decreto que exorbite do poder regulamentar. Ou seja: se o Presidente editar um decreto dizendo o que só a lei pode dizer, o que ocorre? Nesse caso, o Congresso Nacional pode sustar o ato normativo. Confira a redação do art. 49, V, da Constituição: Vamos ver como esse tópico cai em concurso? Vamos lá! Questões de concurso ³$UW�� ���� 3DUiJUDIR�~QLFR��2�3UHVLGHQWH�GD�5HS~EOLFD�SRGHUi�GHOHJDU� DV� atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado- Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações´. ³Art.49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: (...) V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;´ Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 31. (CESPE ± 2015 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Relativamente ao poder regulamentar, à regulação e ao poder de polícia administrativa, assinale a opção correta. a) O regulamento autônomo diferencia-se do regulamento de execução porque, enquanto este é editado com fundamento na lei, aquele possui fundamento direto na Constituição, sendo possível, portanto, que inove na ordem jurídica. b) Nem todos os atos de polícia são autoexecutórios, mas todos possuem o atributo da coercibilidade na medida em que impõem restrições ou condições que devem ser obrigatoriamente cumpridas pelos particulares. c) No âmbito federal, adota-se o limite temporal de três anos para o exercício de ação punitiva pela administração pública no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor. d) No exercício do poder regulamentar, compete ao presidente da República sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e as propostas de emenda à Constituição, bem como expedir decretos e regulamentos que disciplinem sua execução. e) O poder regulamentar exercido pelo chefe do Poder Executivo não se confunde com o poder regulatório atribuído a certas entidades administrativas. Ambos possuem, porém, conteúdo eminentemente técnico e englobam o exercício de atividades normativas, executivas e judicantes. Para respondermos essa questão, devemos nos voltar ao art. 84 inc. VI alíneas a e b da Constituição Federal que dispõe: ³$UW������&RPSHWH�SULYDWLYDPHQWH�DR�3UHVLGHQWH�GD�5HS~EOLFD�� (...) VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;´ Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita É este artigo que dispõe sobre o regulamento autônomo no Brasil, com essa única exceção. É o chefe do Poder Executivo (Presidente) e os demais chefes do Poder Executivo: Governadores e Prefeitos) que editam esse decreto autônomo, primário, para a: x ³RUJDQL]DomR´ e x ³IXQFLRQDPHQWR´ da administração federal DESDE QUE esse decreto não implique em: x ³DXPHQWR�GH�GHVSHVD´�RX� x ³FULDomR�RX�H[WLQomR�GH�yUJmRV�S~EOLFRV´� Além disso, ele pode editar um decreto autônomo para extinguir funções ou cargos públicos quando vagos. Lembre-se desse ponto da aula: (a) não há decreto autônomo, em regra; (b) há decreto autônomo para a organização e funcionamento da Administração; (c) esse decreto não pode aumentar despesa nem criar ou extinguir órgãos públicos; (d) há decreto autônomo para extinguir funções ou cargos quando vagos. (VVH� ³GHFUHWR� DXW{QRPR´� �FRPR� p� FRQKHFLGR� R� GHFUHWR� FRP� fundamento no art. 84, VI, da Constituição) pode ser delegado aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado- Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. Gabarito ± Letra A. 32. (2014/CESPE/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de Registros) A respeito dos poderes administrativos, assinale a opção correta. a) Desde que haja previsão legal, é possível o exercício do poder de polícia, em especial a realização de atos coercitivos, por pessoa jurídica da iniciativa privada não integrante da administração pública. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita b) O poder disciplinar e o hierárquico fundamentam a aplicação de sanção administrativa a particular que, contratado pela administração, descumpra obrigações contratuais. c) Insere-se no âmbito do poder regulamentar a competência privativa, não passível de delegação, do presidente da República para expedir decretos para a fiel execução das leis. d) A interdição de estabelecimentos comerciais, a apreensão de mercadorias e a detenção de pessoas são exemplos de atos praticados pela administração pública no âmbito do poder de polícia. e) Dada a relação de hierarquia existenteentre a União e autarquia federal, é possível a delegação a esta de parte da competência daquela, quando conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. RESPOSTA: a) ERRADA. O exercício do Poder de Polícia não pode ser delegado a entidades privadas, conforme entendimento do STF na ADI 1.717/DF Rel. Min. Sydnei Sanches. b) ERRADA. O item estaria correto se escrito assim: O poder disciplinar fundamenta a aplicação de sanção administrativa a particular que, contratado pela administração, descumpra obrigações contratuais. c) CORRETA. Existe uma diferença entre decreto regulamentar (que não pode ser delegado) com decreto autônomo (que pode ser delegado). Decreto Regulamentar (expedido apenas para dar fiel execução às leis) não pode ser delegado. Já decreto autônomo, aqueles elencados no art. 84, V e VI da CF podem ser delegados. d) ERRADA. A detenção de pessoas não incide na esfera das infrações administrativas. Cabe à polícia judiciária a detenção de pessoas. Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita e) ERRADA. Não existe hierarquia entre a União e uma autarquia federal. Há apenas um vínculo. Porém, é possível que a União delegue determinadas competências para uma autarquia, conforme o art. 12 da Lei federal 9.784. Gabarito ± letra C. 33. (2014/CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Execução de Mandados) Em relação aos poderes administrativos, assinale a opção correta. a) As prerrogativas do Poder Legislativo incluem a sustação dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar. b) O poder discricionário não é passível de controle pelo Poder Judiciário. c) O desvio de poder configura-se quando o agente atua fora dos limites de sua competência administrativa. d) Nenhum ato inerente ao poder de polícia pode ser delegado, dado ser expressão do poder de império do Estado. e) O poder hierárquico restringe-se ao Poder Executivo, uma vez que não há hierarquia nas funções desempenhadas no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário RESPOSTA: a) CORRETO. Segundo a Constituição Federal: Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita "Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;" b) ERRADO. O poder discricionário, em determinadas circunstâncias, pode ser controlado pelo poder judiciário. c) ERRADO. A afirmativa trata de excesso de poder e não desvio de poder. d) ERRADO. Alguns Doutrinadores admitem a delegação da polícia administrativa em circunstâncias excepcionais. e) ERRADO. Existe poder hierárquico nos três poderes da república e no ministério público. 34. (CESPE /2011/TRE-ES /Técnico Judiciário) Caso se determine, por meio de lei, a certa autoridade a competência para editar atos normativos secundários, essa competência pode ser objeto de delegação. Os atos normativos secundários, que são os decretos de execução ou regulamentares, são indelegáveis, conforme previsão legal do art. 13, I, da Lei nº 9.784/99. Por isso, o item está errado. 35. (CESPE - 2013 - TCE-RO - Agente Administrativo) Quando a administração expede normas de caráter geral e impessoal, ela está desempenhando o poder regulamentar e a função normativa simultaneamente. Tudo certo, pessoal. Como falamos, Poder Regulamentar está intimamente ligado às competências do chefe do Executivo e, nesse caso se consubstanciam principalmente por meio de decretos. O poder Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita regulamentar é uma categoria dentro do poder normativo, que é mais amplo e é consubstanciado em regimentos, instruções, deliberações, resoluções e portarias. Resposta: correto. 36. (2014/ CESPE/ TJ-CE/Analista Judiciário - Área Administrativa) No tocante aos poderes da administração pública, assinale a opção correta. a) O poder disciplinar é aquele exercido pela administração pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e aos empregados terceirizados que lhe sejam subordinados. b) O poder de polícia, em sentido amplo, estende-se à atividade do Estado de condicionar a liberdade e a propriedade, ajustando-as aos interesses coletivos, o que abrange os atos do Judiciário, do Legislativo e do Executivo. c) Na hipótese de o presidente da República editar decreto que exorbite do poder regulamentar, é possível a sustação do referido ato normativo do Poder Executivo pelo Congresso Nacional. d) Caso um agente público atue fora dos limites de sua competência, ficarão caracterizados tanto o excesso quanto o desvio de poder. e) Decorre do poder hierárquico a possibilidade de delegação da edição de atos de caráter normativo, devendo o ato de delegação ser publicado em meio oficial RESPOSTA: O artigo 49, inciso V, da Constituição Federal estabelece que é da competência exclusiva do Congresso Nacional: Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 148 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; Sendo assim, temos o item C como correto. Veja os outros itens: a) ERRADA. Empregados terceirizados não se encontram submetidos à disciplina administrativa. b) ERRADA. Em sentido amplo, o poder de polícia, corresponde à atividade estatal de condicionar a liberdade e a propriedade ajustando-as aos interesses coletivos e envolve os atos do Legislativo e do Executivo d) ERRADA. No caso de excesso de poder, o agente público ultrapassa os limites da competência legal outorgada. Já no desvio de poder, o agente público exerce a competência nos estritos limites legais, mas atinge finalidade diversa daquela prevista na lei. e) ERRADA. Segundo a Lei 9784/99, em seu artigo. 13, inciso I: Não podem ser objeto de delegação: a edição de atos de caráter normativo. Gabarito: C 37. (FCC ± 2013 ± TRT ± Analista Judiciário) Decreto do Poder Executivo Municipal restringiu a circulação de veículos em determinado horário em perímetro identificado da cidade, sob o fundamento de que a restrição seria necessária para melhoria da qualidade do ar na região, comprovadamente inadequada por medidores oficiais. A medida, considerando que o poder executivo municipal tenha competência Direito Administrativo p/ TRT ʹ Técnico Judiciário ʹ Área Administrativa. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 03 Prof. Daniel Mesquita
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