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60015ResumoAula5 P1DPenal Parte Geral I

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Direito Penal – Parte Geral 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
www.cursoenfase.com.br 
 
Sumário 
1. Teoria do Crime (Teoria do Delito) – Cont............................................................... 2 
1.1. Responsabilidade Jurídico-penal pelo Resultado ............................................. 2 
1.2. Teoria da Causalidade Adequada ..................................................................... 3 
1.3. Teoria da Imputação Objetiva do Resultado .................................................... 4 
1.3.1. A criação de um risco juridicamente desaprovado ....................................... 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal – Parte Geral 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
2 
www.cursoenfase.com.br 
Professora: Ana Paula Viera 
 
 
1. Teoria do Crime (Teoria do Delito) – Cont. 
1.1. Responsabilidade Jurídico-penal pelo Resultado 
Ao final da aula passada falou-se sobre Responsabilidade Jurídico-penal pelo 
Resultado: na doutrina mais moderna, para responsabilizar alguém penalmente por um 
resultado não basta tão somente a relação de causalidade física (relação causa e efeito). 
Até o Finalismo, na tipicidade objetiva (no tipo objetivo) trabalhava-se apenas com a 
relação de causalidade física – teoria da conditio sine qua non com o método da eliminação 
hipotética. 
Como já mencionado na aula passada, relação de causalidade física leva a soluções 
muito amplas, gerando responsabilidade na prática para antecedentes muito longínquos do 
resultado. 
Para corrigir o problema os finalistas limitaram a responsabilidade pelo resultado na 
tipicidade subjetiva: dolo e culpa. 
Percebeu-se, com o tempo, que mesmo esta limitação não era suficiente, eis que 
muitas hipóteses não são bem trabalhadas no dolo ou na culpa, não devendo servir à 
responsabilidade penal. 
Hoje, para que alguém responda jurídico-penalmente por um resultado (ou seja, para 
que se receba uma pena maior em razão de determinado resultado) são necessários dois 
raciocínios: 
i) demonstrar que entre conduta e resultado há relação de causalidade física, 
isto é, aquela que existe no mundo da natureza. Necessário estabelecer, 
portanto, uma relação de causa e efeito. 
Apenas a primeira etapa não é suficiente para esgotar a ideia de fazer alguém 
responder penalmente pelo resultado. Será imprescindível passar por uma segunda etapa: o 
estudo da imputação. 
ii) Imputação – necessária, eis que, por vezes, a relação de causalidade leva a 
soluções muito amplas que não interessam para o Direito Penal. Aqui serão 
estudados princípios jurídicos. 
Portanto, sempre que se pensar em um tipo penal deve-se observar seu aspecto 
objetivo (aquilo que precisa acontecer no mundo – conduta, suas características e um 
Direito Penal – Parte Geral 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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resultado, se o crime assim o exigir) e, se o crime é doloso, o tipo subjetivo (as intenções que 
o agente deve apresentar para que a conduta seja típica) 
Até o Finalismo Depois do funcionalismo 
 
 
 
 
 
Com a imputação, foram incluídos no tipo objetivo uma série de questões e 
elementos valorativos novos. Estes novos elementos agem de forma a limitar, já no próprio 
tipo objetivo responsabilidade jurídico-penal pelo resultado. 
 
1.2. Teoria da Causalidade Adequada 
Antes de se chegar a uma teoria da imputação objetiva, foi criada a teoria da 
causalidade adequada, que possuiu o mérito de apontar claramente a insuficiência da 
relação de causalidade física para determinação da responsabilidade penal. 
Porém, a teoria sofreu acertadas críticas por ter misturado duas etapas de análise 
diferentes, e que não deveriam ser misturadas: relação de causalidade física e juízo de valor 
(imputação). 
A primeira, não se valora, simplesmente se detecta – pois está no mundo dos fatos, 
da natureza. Já a segunda é somente juízo de valor. Portanto, são dois juízos diferentes. 
O resultado foi a criação de um critério pouco seguro para os operadores do direito. 
Para a teoria da causalidade adequada, causa, em sentido jurídico, é somente aquela 
adequada para produzir um resultado. Ficam excluídas aquelas condições que só por uma 
casualidade produziram o resultado. 
O objetivo desta teoria era trabalhar com os cursos causais extraordinários, vistos na 
aula passada no exemplo reproduzido abaixo. 
Exemplo1: tiro + incêndio no Hospital = morte. 
É considerada adequada uma condição quando ela eleva a possibilidade de 
produção de um resultado de maneira relevante; quando não é improvável que o 
comportamento traga consigo tal resultado. 
Tipo 
Objetivo 
Ação + relação de 
causalidade + resultado 
Tipo 
Subjetivo 
Dolo + elemento 
subjetivo especial 
Tipo 
Objetivo 
Ação + relação de causalidade 
+ imputação + resultado 
Tipo 
Subjetivo 
Dolo + elemento subjetivo 
especial 
Direito Penal – Parte Geral 
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Resta claro que a diretriz criada pela Teoria da Causalidade Adequada é por demais 
vaga, gerando insegurança em sua utilização. É dizer, aplicando-se seu critério pode-se 
chegar a conclusões diferentes para um mesmo caso concreto. 
 
1.3. Teoria da Imputação Objetiva do Resultado 
Além da simples relação de causalidade, exige uma relação de risco. Assim, a Teoria 
da Imputação vai acrescentar um raciocínio à relação de causalidade física1. 
Os estudos do presente curso serão baseados no modelo de imputação de Roxin, já 
que o modelo de Jakobs no Brasil é pouco seguido. 
O Funcionalismo do Roxin possui algumas diretrizes valorativas de grande 
importância. A primeira delas, e a mais importante, é a de que o Direito Penal tem como 
função proteger bens jurídicos. É dizer: o Direito Penal não trata de condutas que não sejam 
perigosas ou lesivas para um bem jurídico. 
Tal noção foi desenvolvida dentro da tipicidade objetiva: uma conduta para ser típica 
precisa criar um risco para o bem jurídico. Pode ser que um conduta seja causa física para 
um resultado, mas se ela, juridicamente, não cria um risco para o bem jurídico, não 
interessará ao Direito Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
Roxin, portanto, foi coerente com suas premissas sobre o sistema jurídico-penal: se o 
Direito Penal serve para proteger bens jurídicos, a teoria da imputação deve estar 
relacionada com tais noções. 
O tipo objetivo não se esgota mais nos elementos ação, resultado e relação de 
causalidade. A teoria da imputação criou outros dois: 
a) a criação de um risco juridicamente desaprovado; 
 
1
 A Professora indica que o melhor livro sobre Teoria da Imputação é a obra “Um panorama da Teoria 
da Imputação”, de Luís Greco. 
Tipo Objetivo 
1) Ação + Relação de Causalidade + 
Resultado2) Imputação 
 
a) criação de um risco juridicamente 
desaprovado (avaliação ex ante) 
b) realização deste risco no 
resultado 
Direito Penal – Parte Geral 
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b) a realização deste risco no resultado. 
 
1.3.1. A criação de um risco juridicamente desaprovado 
É um elemento ligado à tipicidade da conduta: se a conduta não é criadora de risco 
ela é atípica, mesmo que antes se tenha apurado a existência de uma relação de causa e 
efeito física. 
� Como aferir se uma conduta é criadora de risco para um bem jurídico? 
Primeiramente, deve-se imaginar que existe uma pessoa acompanhando a conduta 
enquanto ela é realizada (seria um “hipotético terceiro observador”). Este hipotético 
terceiro observador, acompanhando a conduta enquanto é realizada, deve fazer uma 
avaliação, antes do resultado acontecer (avaliação ex ante), apontando se a conduta é 
criadora de risco para um bem jurídico. 
Exemplo1: o sobrinho “A”, querendo receber uma herança do rico tio “B”, dirige-se ao 
guichê do aeroporto e compra uma passagem aérea para seu tio com destino a Milão. Não 
há nada de diferente quanto ao avião, trata-se de aeronave normal; mas “A” fornece a 
passagem a seu tio desejando muito que ele morra. Por azar de “B”, o avião efetivamente 
cai e não deixa qualquer sobrevivente. 
No exemplo há uma ação, um resultado, uma relação de causalidade física entre a 
ação e o resultado (pois não fosse a ação de comprar a passagem de avião, “B” não teria 
embarcado no voo e morrido). A primeira etapa está completa. 
Na segunda etapa, a imputação, o terceiro observador acompanha a conduta 
enquanto ela é realizada e, antes do resultado, perceberá o sobrinho indo ao guichê e 
comprando a passagem, bem como sua má fé ao fazê-lo. No entanto, a conduta do sobrinho 
é cotidiana; nela não é possível notar um risco desaprovado. 
O resultado desta análise é de que a conduta do sobrinho é atípica – mesmo 
existindo relação de causa e efeito entre a conduta do sobrinho e o resultado. 
Acrescente-se que para fazer sua avaliação de risco, o terceiro observador hipotético 
terá acesso a conhecimentos especiais de que o autor disponha. 
Assim, imagine-se a seguinte variação do exemplo anterior: 
Exemplo2: o sobrinho “A” ia comprar a passagem para Milão, mas chegando ao 
aeroporto ouviu uma conversa entre dois terroristas sobre uma bomba que seria colocado 
no voo para Dubai. Com este conhecimento especial, o sobrinho muda de ideia e trocando a 
passagem para Milão por uma passagem no voo para Dubai. 
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O terceiro observador ao analisar o risco da conduta terá acesso a esse 
conhecimento especial. Assim, certamente o terceiro observador identificará que a conduta 
do sobrinho “A” apresenta risco desaprovado. 
Repise-se: se a conduta não cria risco ela é atípica, irrelevante para o Direito Penal. 
Em um crime doloso, se a conduta criou um risco, ela será típica e se estará, ao 
menos, diante de uma tentativa (a questão da consumação será analisada no próximo 
momento – “realização deste risco no resultado”). 
Em resumo, nesta primeira etapa da teoria da imputação - criação de um risco 
juridicamente desaprovado: 
• O Direito Penal, para proteger bens jurídicos e cumprir sua função preventiva, só 
pode proibir ações ex ante perigosas. 
• Análise ex ante, levando-se em conta os conhecimentos do observador objetivo, 
bem como os conhecimentos especiais de que o autor eventualmente disponha. 
A ideia de criação de um risco desaprovado pode ser desdobrada em outras três 
situações: 
i) a diminuição do risco – se uma conduta para ser típica deve criar um risco ao bem 
jurídico, é evidente que se tal conduta diminui um risco já existente será atípica. 
• sem a criação, ao mesmo tempo, de novos riscos 
• Pressupõe a redução de uma mesma linha de risco. Não vale a substituição de um 
risco por outro (poderia ser enquadrado como estado de necessidade); 
• A diminuição do risco se avalia ex-ante 
Exemplo3: “A” observa que uma pedra vai cair e esmagar o indivíduo “B”. “A” decide 
empurrar a pedra afastando-a o máximo possível do contato com “B”. A conduta de “A” 
evita que “B” seja esmagado pela pedra, mas não consegue evitar que o dedo de “B” seja 
por ela quebrado. 
“A” diminuiu uma linha de risco já existente, por isso sua conduta em relação ao 
resultado dedo quebrado é atípica. 
O exemplo não se enquadra em estado de necessidade, uma vez que para configurar 
o mesmo a conduta de “A” deveria ser típica (estado de necessidade é causa de exclusão da 
ilicitude, não da tipicidade). 
Atenção: para usar a ideia de diminuição de risco, deve-se trabalhar dentro da 
mesma linha de risco já existente. Não pode ser criada uma nova linha de risco. 
Exemplo4: a mesma situação do Exemplo3, mas com uma alteração – “A” ao invés de 
empurrar a pedra, empurra “B”, que acaba caindo e quebrando a perna. Ainda que nas duas 
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situações “A” tenha agido para salvar “B”, no presente caso “A” não seguiu a mesma linha 
de risco, ao contrário, criou uma nova linha com a conduta de empurrar “B”. 
Aqui, a conduta de “A” será típica, porém não será ilícita em razão do estado de 
necessidade. 
O exemplo abaixo é o clássico, utilizado por muitos doutrinadores para demonstrar a 
situação de diminuição de risco. 
Exemplo5: “C” é envenenado e “D”, para salvar sua vida, dá um antídoto para “C”. A 
vida de “C” é salva, mas o antídoto causou lesões graves. Aqui, o antídoto é causa física da 
lesão, uma vez que se não existisse o resultado não teria ocorrido como ocorreu. Todavia, 
existiu efetiva diminuição do risco numa mesma linha e, por isso, a conduta de “D” é atípica. 
ii) a não criação de um risco juridicamente relevante – se na visão do observador 
objetivo a conduta não cria risco, ela é atípica. 
• risco insignificante e risco pequeno, dada a utilidade social da conduta. 
Aqui a ideia é a eventual criação de um risco muito pequeno, tão pequeno que pode 
ser considerado irrelevante. Nestes casos, como dito, a conduta também será atípica. 
Exemplo6: uma barragem está para estourar. “A” joga um balde de água e a 
barragem estoura. A conduta de “A” é causa física do resultado, pois a quantidade de água 
acrescentada vai contribuir de alguma forma para o resultado. Porém, o terceiro observador, 
observando a conduta enquanto ela é realizada, analisará que o risco criado por “A” em 
relação ao ocorrido era muito pequeno, irrelevante. Conclui-se que a conduta de “A” é 
atípica. 
iii) o risco permitido - o autor cria um risco juridicamente relevante que, porém, é 
permitido. 
São situações cotidianas que envolvem certa margem de risco, mas são toleradas por 
serem situações importantes para a vida em comunidade. Estabelece-se uma determinada 
margem de risco aceitável como limite. 
Exemplo6: meios de transporte, indústrias, esportes arriscados, tratamentos médicos 
nos limites da lex artis. 
Exemplo7: como dirigir umautomóvel é uma atividade de risco, o Poder Público cria 
uma série de regras de segurança que, se obedecidas, farão com que o risco seja reduzido 
até chegar em uma margem tolerável de risco permitido. 
Mantendo-se dentro desta margem, a conduta do agente será atípica. 
Direito Penal – Parte Geral 
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Na doutrina mais antiga, as situações aqui descritas eram tratadas dentro do 
exercício regular de um direito, como uma causa de exclusão da ilicitude. A teoria de 
imputação tragou tais situações para dentro da tipicidade. 
Ao estudar tipicidade será possível observar que ela foi ganhando complexidade com 
o tempo e o desenvolvimento da doutrina. Mesmo antes da teoria da imputação, a teoria 
conglobante de Zaffaroni já trazia tais situações para dentro da tipicidade. 
• O princípio da confiança: é de extrema importância neste momento, pois está ligado 
às atividades que demandam um atuar conjunto entre pessoas. Explica-se: 
Sempre que se atua em conjunto com outras pessoas, o Direito Penal espera que 
cada indivíduo aja com a postura de cumprir seu papel adequadamente. Isto é, para que a 
conduta seja considerada atípica, o Direito Penal confia que cada pessoa envolvida na ação 
conjunta cumprirá seu papel adequadamente. 
Exemplo8: no trânsito é possível confiar que, se uma pessoa deseja entrar na frente 
de outra, o indicará com a seta. 
O Direito Penal não exige que um indivíduo desconfie o tempo todo das demais 
pessoas que praticam a atividade conjunta para que a conduta seja considerada atípica.

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