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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CONTABILIDADE PÚBLICA
PROF. TAGIANE G. FIORENTIN TRES
	
1 A CONTABILIDADE PÚBLICA
A importância da Contabilidade, no setor público, pode ser constatada a partir da verificação de que aproximadamente 10,6% da população ocupada está voltada para atividades do setor público segundo pesquisa mensal de emprego do IBGE de novembro de 2008. Em novembro de 2007 esse percentual era de 10,2%1 revelando que as oportunidades no setor governamental estão aumentando. Sem dúvida a complexidade da administração pública exige funcionários bem treinados, com conhecimento das boas práticas de gerência, tanto de recursos humanos, como da gestão do patrimônio público.
1.1 Contabilidade Pública no Brasil: fatos relevantes
- 1914 – O Ministro da Fazenda não teve condições de realizar operações de crédito com banqueiros ingleses por incapacidade de oferecer garantias para os empréstimos. Motivo: falta de contabilidade organizada que produzisse informações consistentes sobre a situação econômica, financeira e patrimonial do Governo.
- 1921 – Foi criada a Contadoria Geral da República, uma repartição da Diretoria do Tesouro Nacional, denominada Diretoria Central da Contabilidade Pública.
- 1922 – A Diretoria Central de Contabilidade Pública foi transformada na Contadoria Central da República. Foi criado o Código de Contabilidade Pública e o Regulamento Geral de Contabilidade Pública e dividiu a Contabilidade Pública em Orçamentária, Financeira e Patrimonial.
- 1940 – Decreto 1.990, de 31/01/1940, foi denominada a Contadoria Geral da República.
Essa vinculação histórica da Contabilidade Pública com o Ministério da Fazenda justifica a estrutura da STN (Secretaria do Tesouro Nacional) que congrega, ainda hoje, o Sistema de Administração Financeira Federal e de Contabilidade Federal além de comandar o SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira).
- 1964 – Lei 4.320 – tratou da importância do controle do orçamento e definiu que as demonstrações tivessem como base a Contabilidade. A lei 4320/64 tratou das informações em quatro dimensões: orçamentária, financeira, patrimonial e compensação (atos potenciais). Também criou as demonstrações contábeis obrigatórias:
- Balanço orçamentário
- Balanço financeiro
- Demonstração das Variações Patrimoniais
- Balanço Patrimonial
	A lei 4320/64 inseriu no contexto da contabilidade pública a utilização de lançamentos por sistemas:
- Sistema financeiro
- Sistema Patrimonial
- Sistema Orçamentário
- Sistema de compensação
- 1988 - sistema de Controle Interno foi estruturado na forma apresentada na figura a seguir:
- 2000 – A Lei de Responsabilidade Fiscal nº 101/2000, estabeleceu normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.
- 2008 – Edições, através de resoluções do Conselho Federal de Contabilidade, das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público - NBCASP 16.
1.2 Conceituações, objeto e campo de aplicação - NBC T 16.1
O texto deste tópico foi extraído da NBC T 16.1. 
1.2.1 CONCEITO: A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. 
1.2.2. OBJETIVO: O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. 
1.2.3. OBJETO: O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o patrimônio público. 
1.2.4. FUNÇÃO SOCIAL: A função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à instrumentalização do controle social. 
1.2.5 CAMPO DE APLICAÇÃO DA CASP 
Segundo a NBC T 16.1, o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange: 
a) as pessoas jurídicas de Direito Público Interno, ou seja, União, Estados, Distrito Federal, Municípios, seus órgãos, fundos, autarquias e fundações; 
b) os serviços sociais; 
c) os conselhos profissionais; 
d) parcialmente: entidades que possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de suas atividades, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social. 
1.3 NBC TSP, IPSAS e MCASP
1.3.1 Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público (NBC TSP)
No dia 21 de novembro de 2008, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aprovou Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público (NBC TSP). Constituem a NBC T 16, que aborda “Aspectos Contábeis Específicos da Gestão Governamental”, desmembrada em 11 partes.
	RESOLUÇÃO CFC
	NBC T
	DESCRIÇÃO
	1.128/2008
	16.1
	Conceituação, objeto e campo de aplicação
	1.129/2008
	16.2
	Patrimônio e Sistemas Contábeis
	1.130/2008
	16.3
	Planejamento e seus instrumentos sob o enfoque contábil
	1.131/2008
	16.4
	Transações no Setor Público
	1.132/2008
	16.5
	Registro Contábil
	1.133/2008
	16.6
	Demonstrações Contábeis
	1.134/2008
	16.7
	Consolidação das Demonstrações Contábeis
	1.135/2008
	16.8
	Controle interno
	1.136/2008
	16.9
	Depreciação, Amortização e Exaustão
	1.137/2008
	16.10
	Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos
	1.366/2011
	16.11
	Sistema de Informações de Custos no Setor Público
Fonte: www.cfc.org.br
Destaca-se que o CFC e os CRCs estão participando de um processo de convergência das normas contábeis aos padrões internacionais, inclusive das relativas à Contabilidade Pública. Mediante a Resolução CFC n.º 1.103/2007, o CFC instituiu o Comitê Gestor de Convergência Brasil (CGCB). O objetivo do Comitê é contribuir para o desenvolvimento sustentável do País buscando, por meio de uma reforma contábil e de auditoria, maior transparência das informações financeiras utilizadas pelo mercado e pela sociedade, além do aprimoramento das práticas da profissão, considerando sempre a convergência da Contabilidade brasileira aos padrões internacionais (CARLIN, 2008).
O CGCB busca monitorar as ações a serem implantadas para viabilizar a convergência das normas contábeis e de auditoria, por meio de uma série de ações definidas. O Plano de Ação, quando de sua concepção (em torno de 2009), almejava a convergência das NBC TSP às IPSAS até 2012. Nesse ponto, merece referência o envolvimento da STN que, por meio da Portaria do Ministério da Fazenda n.º 184, de 25/08/2008 (MF, 2008), recebeu a responsabilidade de identificar as necessidades de convergência às normas emitidas pela IFAC e pelo CFC. As siglas IPSAS e IFAC são tratadas logo em seguida.
1.3.2 International Public Sector Accounting Standards (IPSAS)
A sigla IPSAS pode ser traduzida (de modo livre) como Normas (ou Padrões) Internacionais de Contabilidade do Setor Público (NICSP), constituindo um conjunto de regras emitidas pela International Federation of Accountants (IFAC, traduzida como Federação Internacional de Contadores).
Em certo grau, as IPSAS são baseadas nas International Accounting Standards (IAS,traduzido como Padrões Internacionais de Contabilidade) e nas International Financial Reporting Standards (IFRS, traduzido como Padrões Internacionais de Evidenciação Financeira), aplicadas na área da Contabilidade Empresarial. As IAS foram emitidas originalmente pelo International Accounting Standards Committee(IASC, traduzido como Comitê Internacional de Padrões Contábeis), criado em 1973. As IFRS são emitidas e atualizadas pelo International Accounting Standards Board (IASB, traduzido como Conselho Internacional de Padrões Contábeis), componente da estrutura do IASC que assumiu as responsabilidades técnicas de emitir e atualizar as referidas normas a partir de 2001.
O conjunto das IPSAS emitidas pela IFAC somava trinta e duas normas até janeiro de 2012.
1.3.3 Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP)
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) foi elaborado pela STN e CFC e refere-se a um conjunto de “partes” com textos de orientação e regulação, conforme evidenciado no quadro a seguir.
Quadro demonstrativo do MCASP – 5ª Edição
	Parte Geral
	Introdução ao MCASP
	Parte I
	Procedimentos Contábeis Orçamentários
	Parte II
	Procedimentos Contábeis Patrimoniais
	Parte III
	Procedimentos Contábeis Específicos
	Parte IV
	Plano de Contas Aplicado ao Setor Público
	Parte V
	Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público
	Parte VI
	Perguntas e respostas
	Parte VII
	Exercício Prático 
	Parte VIII
	Demonstrativo de estatísticas de finanças públicas
Fonte: Adaptado de STN
O MCASP faz parte das ações da STN que se apresentam em consonância com as orientações estratégicas para a CASP, conforme documento elaborado pelo CFC (2008), visando (STN, 2008):
a) a convergência aos padrões internacionais de CASP;
b) a implementação de procedimentos e práticas contábeis que permitam o reconhecimento, a mensuração, a avaliação e a evidenciação dos elementos que integram o patrimônio público;
c) a implantação de sistema de custos no âmbito do setor público;
d) a melhoria das informações que integram os demonstrativos contábeis e os relatórios necessários à consolidação das contas nacionais; e
e) possibilitar a avaliação do impacto das políticas públicas e da gestão, nas dimensões social, econômica e fiscal, segundo aspectos relacionados à variação patrimonial.
1.4 Patrimônios Públicos 
Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens (ATIVO), tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações (PASSIVO) (NBCASP: NBC T 16.1 e 16.2). O valor residual positivo entre o valor do Ativo e do Passivo corresponde ao Patrimônio Líquido da entidade governamental. 
Os bens que formam o patrimônio do Estado classificam-se segundo dois critérios:
· critério jurídico;
· critério contábil.
a) Critério jurídico
O Código Civil divide inicialmente os bens em públicos e particulares conceituando como públicos os do domínio nacional, pertencentes à União, aos Estados e aos Municípios e como particulares todos os outros.
No desenvolvimento de sua atividade, a administração tanto se serve de bens que se acham sujeitos ao seu domínio como de bens dos cidadãos sobre os quais exerce determinados poderes no interesse geral.
Esses bens, segundo o critério jurídico, são assim classificados:
Bens de uso comum do povo;
Bens de uso especial;
Bens dominicais.
Os bens de uso comum do povo, também denominados de domínio público, são divididos, segundo sua formação em:
naturais – correspondem aos bens que não absorveram ou absorvem recursos públicos como mares, baías, enseadas, rios, praias, lagos, ilhas etc.;
artificiais – são aqueles bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos e, portanto, cuja existência supõe a intervenção do homem, como ruas, praças, avenidas, canais, fontes etc.
São, portanto, de uso comum todos os bens destinados ao uso da comunidade quer individual ou coletivamente e por isso apresentam as seguintes características:
quando naturais não são contabilizados como Ativo;
quando artificiais são contabilizados no ativo e incluídos no patrimônio da instituição;
quando naturais não são inventariados ou avaliados;
não podem ser alienados enquanto conservarem a qualificação de uso comum do povo;
são impenhoráveis e imprescritíveis;
o uso pode ser oneroso ou gratuito, conforme estabelecido em lei;
Os bens de uso especial, ou do patrimônio administrativo são os destinados à execução dos serviços públicos, como os edifícios ou terrenos utilizados pelas repartições ou estabelecimentos públicos, bem como os móveis e materiais indispensáveis ao seu funcionamento. Tais bens têm uma finalidade pública permanente, razão pela qual são denominados bens patrimoniais indispensáveis. Ex. Escola
Os bens do patrimônio administrativo têm as seguintes características:
são contabilizados no ativo;
são inventariados e avaliados;
são inalienáveis quando empregados no serviço público e enquanto conservarem esta condição.
Os bens dominicais, ou do patrimônio disponível, são os que integram o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público como objeto de direito pessoal ou real das entidades do setor público.
Os bens dominicais possuem as seguintes características:
estão sujeitos à contabilização no ativo;
são inventariados e avaliados;
podem ser alienados nos casos e na forma que a lei estabelecer;
dão e podem produzir renda.
b) Critério Contábil
Segundo o critério contábil os bens públicos são classificados em:
Ativo circulante que compreende as próprias disponibilidades, os bens e direitos e os valores realizáveis desde que atendam a um dos seguintes critérios:
- estarem disponíveis para realização imediata e
- tiverem a expectativa de realização até o término do exercício seguinte.
 Ativos permanentes ou não circulantes compreendem todos os demais ativos e incluem os bens, direitos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa
1.5. Variações Patrimoniais 
1.5.1. Conceito e classificação 
Variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. 
Assim, todas as alterações ocorridas no patrimônio são denominadas Variações Patrimoniais e podem ser classificadas em: 
 Quantitativas; e 
 Qualitativas. 
As variações quantitativas decorrem de transações que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido, correspondendo aos fenômenos modificativos patrimoniais e subdividindo-se em: 
 Variações Patrimoniais Aumentativas – quando aumentam o patrimônio líquido. Ex. Recebimento de receitas.
 Variações Patrimoniais Diminutivas – quando diminuem o patrimônio líquido. Ex. Pagamento de despesas.
As variações qualitativas alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido, determinando modificações apenas na composição específica dos elementos patrimoniais. Correspondem à materialização dos fenômenos permutativos patrimoniais. Ex.: contratação de operação de crédito, alienação de bens do imobilizado.
Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas. Ex. Alienação de bens por valor superior ao registrado no imobilizado. 
1.5.2. Resultado patrimonial 
O resultado patrimonial corresponde à diferença entre o valor total das variações patrimoniais aumentativas e o valor total das variações patrimoniais diminutivas de um dado período. 
Caso o total das variações patrimoniais aumentativas sejam superiores ao total das variações patrimoniais diminutivas, diz-se que o resultado patrimonial foi superavitário ou que houve um superávit patrimonial. Caso contrário, diz-se que o resultado patrimonial foi deficitário ou que houve um déficit patrimonial.
Exercícios de fixação
01) (CESPE –TJ/RO – 2012) No que diz respeito a conceito, objeto, objetivo e campo de atuação da contabilidade governamental, assinale a opção correta.
a) Para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo fiscal ou creditício, de órgão público, não são consideradas como entidades do setor público.
b) A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil em que se aplicam, no processo gerador de informações, os princípios orçamentários e as normas contábeis direcionadas ao controle patrimonial de entidades públicas.
c) O objetivo da contabilidade aplicada ao setor público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, independentemente dos aspectos orçamentários.
d) O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o patrimônio público e privado de pessoas jurídicas que no período receberem recursos governamentais.
e) A contabilidade aplicada ao setor público fornece informações que auxiliam o processo de tomada de decisões por parte dos agentes e administradores públicos, a adequada prestação de contas e o suporte necessário para a instrumentalização do controle social.
02) Classifique os bens públicos a seguir:
1 – Ambulâncias ___________________________________________
2 – Praias ________________________________________________
3 - Prédio não utilizado______________________________________
4 – Hospital ______________________________________________
5 – Ponte________________________________________________
6 - Veículo fora de uso______________________________________
7 – Ilha _________________________________________________
8 – Praça________________________________________________
09 – Estrada______________________________________________
03) Exercício de Fixação: Informe quais as entidades abaixo que estão dentro do campo de aplicação da contabilidade pública segundo a doutrina majoritária:
1 - Agencia Nacional do Petróleo_______________
2 - Ministério da Fazenda _______________
3 – Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ) _______________
4 - Tribunal de Contas _______________
5 – Petrobras _______________
6 – Organização não Governamental _______________
7 – Embrapa _______________
8 - Banco do Brasil_______________
9 – INSS _______________
10 - Fundação Roberto Marinho_______________
11 – BNDES _______________
12 - Conselho Regional de Contabilidade _______________
13 – Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS ​_______________
14 – RADIOBRÁS _______________
15 - Câmaras Municipais _______________
16 - Ministério Público _______________
17 – Tribunal de Justiça _______________
1.6 Estrutura do sistema contábil aplicado ao setor público (NBC T 16.2)
	
A NBC T 16.2 trata do patrimônio e dos sistemas contábeis.
O sistema contábil representa a estrutura de informações sobre identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação dos atos e dos fatos da gestão do patrimônio público, com o objetivo de orientar e suprir o processo de decisão, a prestação de contas e a instrumentalização do controle social.
A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é organizada na forma de sistema de informações, cujos subsistemas convergem para o produto final, que é a informação sobre o patrimônio público
1.6.1 Subsistemas de informações contábeis
O sistema contábil deve ser estruturado nos seguintes subsistemas de informações:
- orçamentário: registra, processa e evidencia os atos e fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária, tais como, o orçamento inicial e suas alterações, a programação e a execução orçamentária, o resultado orçamentário.
- patrimonial e de resultados: gera informações sobre o patrimônio, a situação dinâmica e estática, engloba as contas do ativo e passivo, exceto as contas de compensação e as VPAs e VPDs, ou seja, registra, processa e evidencia os fatos financeiros, não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público.
- custos: registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública, levando em conta os objetos de custos estabelecidos, subsidiando a administração com informações relacionadas com o método de custeio adotado para a apuração dos custos e os principais critérios de mensuração.
- compensação: registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle, tais como, alterações potenciais nos elementos patrimoniais, acordos, garantias e responsabilidades.
	Os subsistemas contábeis devem ser integrados entre si e a outros subsistemas de informações de modo a subsidiar a administração pública sobre:
(a)	desempenho da unidade contábil no cumprimento da sua missão;
(b)	avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de trabalho com relação à economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade;
(c)	avaliação das metas estabelecidas pelo planejamento;
(d) avaliação dos riscos e das contingências.
Portanto, o sistema de Contabilidade Pública constitui-se num sistema de informações que visa atender às necessidades dos administradores, às determinações legais que regem a Administração Pública e ao oferecimento ao cidadão de informes sobre o destino dos recursos dos tributos que lhe foram cobrados
1.7 Regimes contábeis (NBC T 16.2)
	A Lei 4320/64, dispõe que o exercício financeiro coincidirá com o ano civil e que pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (regime misto)
	Por sua vez a LRF/2000 em seu art. 50, parágrafo 2º diz:”a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa”.
	Assim, identifica-se os critérios de contabilização de receitas e despesas no setor público:
- Regime de caixa: as despesas ocorrem no momento do efetivo pagamento, ou seja, na saída do recurso do disponível. As receitas somente são registradas quando ocorre a entrada dos recursos.
- Regime de competência: registra as receitas quando nasce o crédito em favor do Estado mediante o lançamento tributário efetuado pelo órgão competente. Reconhece as despesas em função dos compromissos ou obrigações assumidas.
- Regime misto: apropriam-se as despesas pelo regime de empenho e as receitas pelo regime de caixa.
Resumindo:
EVENTOS ORÇAMENTÁRIO: Regime Misto
EVENTOS PATRIMONIAIS: Regime de competência tanto para receitas como para despesas
	.
Exercícios:
1) A Prefeitura ABC apresentou as seguintes informações relativas a Receitas e Despesas: 
- IPTU vencido em 2011 recebido em 2012 .................. 10.000
 - ISS de 2012 recebido em 2012....................................20.000
- Despesa empenhada em 2011 e paga em 2012........... 15.000 
- Despesa empenhada em 2012 e paga em 2012..............5.000 
Com base nessas informações e de acordo com o regime contábil misto, o resultado do exercício de 2012 foi:
a) 5.000
b) 10.000
c) 15.000
d) 20.000
e) 25.000
2) Em um governo municipal e conforme o regime orçamentário, a receita oriunda dos Impostos sobre Serviços deve ser registrada quando de: 
a) sua previsão. 
b) sua atualização da previsão. 
c) seu lançamento. 
d) sua arrecadação. 
e) seu recolhimento
3) Em março de 2010, uma empresa adquiriu uma apólice de seguro anual, com vigência entre 1º de abril de 2010 e 31 de março de 2011, no valor de R$ 1.800,00. O pagamento da apólice será feito em três parcelas de R$ 600,00, em 31 de março de 2010, 30 de abril de 2010 e 31 de maio de 2010. Considerando o regime de competência, como deve ser contabilizada a despesa deseguros da empresa em relação à apólice vendida?
a) Despesa de R$ 1.800,00 no mês de março de 2010. 
b) Despesa de R$ 1.800,00 no mês de abril de 2010. 
c) Despesa de R$ 600,00 nos meses de março de 2010, abril de 2010 e maio de 2010. 
d) Despesa de R$ 150,00 nos meses de abril de 2010 a março de 2011. 
04) (CRC-2012-1) Relacione os subsistemas de informações da Contabilidade Aplicada ao Setor Público descritas na primeira coluna com os seus objetivos na segunda coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
( ) Registrar, processar e evidenciar os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária.
( ) Registrar, processar e evidenciar os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com função especificas de controle.
( ) Registrar, processar e evidenciar os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados a sociedade pela entidade pública.
( ) Registrar, processar e evidenciar os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público.
(1) Orçamentário
(2) Patrimonial
(3) Custos
(4) Compensação
A sequencia CORRETA 
a) 2, 4, 3, 1.
b) 2, 3, 4, 1.
c) 1, 4, 3, 2.
d) 1, 2, 3, 4.
05) (Cespe UNB – MPU/2013) Acerca dos princípios de contabilidade sob a perspectiva do setor público e do sistema de contabilidade federal, julgue os itens a seguir.
O sistema contábil do setor público está estruturado nos seguintes subsistemas / módulos de informações: caixa, contas a receber, contas a pagar, faturamento e folha de pagamento.
( ) Certo ( ) Errado
06) (Cespe UNB – MPU/2013) Acerca da conceituação, do objeto e do campo de aplicação da contabilidade governamental e do patrimônio e suas variações, julgue os itens subsequentes.
Os subsistemas contábeis devem ser integrados entre si e a outros subsistemas de informações de modo a subsidiar a administração pública com informações sobre o conhecimento da composição e movimentação patrimonial.
( ) Certo ( ) Errado
07) (Cespe – MPE/2012) Com base no que dispõe a legislação sobre direito financeiro e contabilidade pública, julgue os itens que se seguem.
O subsistema de custos contém conta contábil com vistas ao controle e acompanhamento do custo de cada ação desenvolvida por órgãos e entidades públicas.
( ) Certo ( ) Errado
08) (ISAE – AL/2011) Para o Estado registrar o consumo de merenda em estoque, deverá movimentar as contas no subsistema:
a) Financeiro
b) Patrimonial
c) Orçamentário
d) Administrativo
e) Tributário
09) (Cespe/2011 – EBC) Com relação a registros contábeis, julgue os itens a seguir.
 O registro contábil da assinatura de um contrato de serviço deve ser realizado em contas contábeis do subsistema de compensação.
( ) Certo ( ) Errado
10) (Cespe/2011 – EBC) Com relação a registros contábeis, julgue os itens a seguir.
Para o registro da receita prevista na lei orçamentária anual (LOA), devem ser utilizadas contas contábeis do subsistema de contas orçamentário.
( ) Certo ( ) Errado
11) (Cesgranrio/2008- TJ/RO) Dentre os critérios de contabilização de receitas e despesas do setor público, existe o regime misto. Neste regime, os critérios de apropriação são:
	Despesas pelo
a) Regime de competência 
b) Regime de competência
c) Regime de caixa 
d) Regime de caixa 
e) Regime de caixa 
	Receitas pelo
Regime de caixa
Regime de competência
Valor de realização
Regime de caixa
Regime de competência
12) (FCC 2006 – TRT 4ª região) Contabilidade orçamentária no momento do empenho é fato que denota o regime
a) de caixa da despesa pública
 b) de competência da despesa pública.
c) misto do registro orçamentário
d) de caixa da receita pública.
e) misto para despesas; regime de caixa para receitas
1.8 Princípios contábeis sob a perspectiva do setor público
O ponto de partida para qualquer área do conhecimento humano deve ser sempre os princípios que a sustentam. Esses princípios espelham a ideologia de determinado sistema, seus postulados básicos e seus fins. Vale dizer, os princípios são eleitos como fundamentos e qualificações essenciais da ordem que institui.
Adicionalmente, as novas demandas sociais estão a exigir um novo padrão de informações geradas pela Contabilidade Pública, e que seus demonstrativos – item essencial das prestações de contas dos gestores públicos – devem ser elaborados de modo a facilitar, por parte dos seus usuários e por toda a sociedade, a adequada interpretação dos fenômenos patrimoniais do setor público, o acompanhamento do processo orçamentário, a análise dos resultados econômicos e o fluxo financeiro.
a) Princípio de ENTIDADE
O Princípio da Entidade se afirma, para o ente público, pela autonomia e responsabilização do patrimônio a ele pertencente. A autonomia patrimonial tem origem na destinação social do patrimônio e a responsabilização pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos.
b) Princípio da CONTINUIDADE
No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade.
c) Principio da OPORTUNIDADE
O Princípio da Oportunidade é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos processos de reconhecimento, mensuração e evidenciação da informação contábil, dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público. (A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma.
d) Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Nos registros dos atos e fatos contábeis será considerado o valor original dos componentes patrimoniais. Valor Original, que ao longo do tempo não se confunde com o custo histórico, corresponde ao valor resultante de consensos de mensuração com agentes internos ou externos, com base em valores de entrada – a exemplo de custo histórico, custo histórico corrigido e custo corrente; ou valores de saída – a exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor presente do fluxo de benefício do ativo e valor justo.
e) Princípio da COMPETÊNCIA
O Princípio da Competência aplica-se integralmente ao Setor Público, ou seja, o Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
f) Princípio da PRUDÊNCIA
As estimativas de valores que afetam o patrimônio devem refletir a aplicação de procedimentos de mensuração que prefiram montantes, menores para ativos, entre alternativas igualmente válidas, e valores maiores para passivos.
A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo já escriturado por determinados valores, segundo os Princípios do Valor Original, surgirem possibilidades de novas mensurações. 
A aplicação do Princípio da Prudência não deve levar a excessos ou a situações classificáveis como manipulação do resultado, ocultação de passivos, super ou subavaliação de ativos. Pelo contrário, em consonância com os Princípios Constitucionais da Administração Pública, deve constituir garantia de inexistência de valores fictícios, de interesses de grupos ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores.
Formalidades do registro contábil (NBC T 16.5)
As entidades do setor públicodevem manter procedimentos uniformes de registros contábeis, em rigorosa ordem cronológica, como suporte às informações.
São características do registro e da informação contábil no setor público, devendo observância aos princípios e às Normas Brasileiras Aplicadas ao Setor Público. 
(a) Comparabilidade – os registros e as informações contábeis devem possibilitar a análise da situação patrimonial de entidades do setor público ao longo do tempo e estaticamente, bem como a identificação de semelhanças e diferenças dessa situação patrimonial com a de outras entidades. 
(b) Compreensibilidade – as informações apresentadas nas demonstrações contábeis devem ser entendidas pelos usuários. Para esse fim, presume-se que estes já tenham conhecimento do ambiente de atuação das entidades do setor público. Todavia, as informações relevantes sobre temas complexos não devem ser excluídas das demonstrações contábeis, mesmo sob o pretexto de que são de difícil compreensão pelos usuários. 
(c) Confiabilidade – o registro e a informação contábil devem reunir requisitos de verdade e de validade que possibilitem segurança e credibilidade aos usuários no processo de tomada de decisão. 
(d) Fidedignidade – os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem representar fielmente o fenômeno contábil que lhes deu origem. 
(e) Imparcialidade – os registros contábeis devem ser realizados e as informações devem ser apresentadas de modo a não privilegiar interesses específicos e particulares de agentes e/ou entidades. 
(f) Integridade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem reconhecer os fenômenos patrimoniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas quaisquer partes do fato gerador.
(g) Objetividade – o registro deve representar a realidade dos fenômenos patrimoniais em função de critérios técnicos contábeis preestabelecidos em normas ou com base em procedimentos adequados, sem que incidam preferências individuais que provoquem distorções na informação produzida. 
(h) Representatividade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem conter todos os aspectos relevantes. 
(i) Tempestividade – os fenômenos patrimoniais devem ser registrados no momento de sua ocorrência e divulgados em tempo hábil para os usuários. 
(j) Uniformidade – os registros contábeis e as informações devem observar critérios padronizados e contínuos de identificação, classificação, mensuração, avaliação e evidenciação, de modo que fiquem compatíveis, mesmo que geradas por diferentes entidades. Esse atributo permite a interpretação e a análise das informações, levando-se em consideração a possibilidade de se comparar a situação econômico-financeira de uma entidade do setor público em distintas épocas de sua atividade. 
(k) Utilidade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem atender às necessidades específicas dos diversos usuários. 
(l) Verificabilidade – os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem possibilitar o reconhecimento das suas respectivas validades.
(m) Visibilidade – os registros e as informações contábeis devem ser disponibilizadas para a sociedade e expressar, com transparência, o resultado da gestão e a situação patrimonial da entidade do setor público.
EXERCÍCIOS SOBRE A APLICAÇÃO PRÁTICA DOS PRINCÍPIOS CONTÁBEIS. 
Indique o princípio contábil se aplica em cada situação apresentada.
01) Registrar no Passivo possíveis gastos que o ente poderá vir a ter decorrentes de reclamatórias trabalhistas. 
02) Utilização de métodos de cálculo para depreciação, exaustão e amortização. 
03) Demonstrar que a merenda escolar foi toda distribuída com os alunos das escolas as quais se destinavam.
04) Disponibilidade de recursos do patrimônio público sob a guarda para convênio de saneamento básico.
05) Executar o programa de erradicação do analfabetismo enquanto houver pessoas analfabetas no Município 
06) Registro de despesas com o respectivo empenho anterior 
07) Avaliação de bens para efeito de leilão 
08)Registro de uma despesa de energia elétrica no respectivo mês da ocorrência do fato gerador. 
09) Reconhecer no Ativo a possibilidade de recebimento de contas a receber de liquidação duvidosa. 
10) Registro de retenções realizadas com o devido recolhimento 
11) Estoques de merenda escolar vencida e bens inservíveis, devem ser avaliados pelo valor realizável, pois se trata de "ativos" que perderam seu potencial de benefício futuro e não tem mais finalidade pública, tendem a ser alienado ou baixado como perda no resultado. 
12) Demonstrar que os recursos humanos da entidade estão todos cumprindo seu dever funcional de prestar serviços à população 
(Cespe/2013-MPU) Acerca dos princípios de contabilidade sob a perspectiva do setor público e do sistema de contabilidade federal, julgue os itens a seguir. 
O princípio da entidade aplica-se ao ente público pela autonomia e responsabilização sobre o patrimônio; nesse sentido, é correto afirmar que o patrimônio pertence à entidade e a entidade, por sua vez, pertence ao patrimônio. 
( ) certo ( ) Errado
O princípio da oportunidade está estritamente relacionado à existência de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil, sob pena de perda da relevância das informações evidenciadas. 
( ) certo ( ) Errado
A continuidade, sob a perspectiva governamental, está relacionada ao cumprimento da destinação social do patrimônio público e será perene enquanto perdurar sua finalidade. 
( ) certo ( ) Errado
De acordo com as formalidades da escrituração contábil brasileira, assinale a alternativa correta.
I. As entidades brasileiras devem manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos, através de processo manual, mecanizado ou eletrônico.
II. Os registros contábeis devem ser confeccionados em moeda corrente nacional e em ordem cronológica de dia, mês e ano.
III. A terminologia utilizada no registro contábil deve expressar o verdadeiro significado das transações.
IV. É admitido o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos lançamentos, desde que permanentes e uniformes, devendo constar, em elenco identificador, no "Diário" ou em registro especial revestido das formalidades extrínsecas.
V. A escrituração contábil é atribuição e responsabilidade exclusiva do Contabilista legalmente habilitado.
Apenas uma afirmativa está certa. 
Apenas duas afirmativas estão certas. 
Apenas três afirmativas estão certas
Todas as afirmativas estão certas. 
05) De acordo com a NBC TSP 16.1 e a NBC TSP 16.5, as entidades do setor público devem manter procedimentos uniformes de registros contábeis, por meio de processo manual, mecanizado ou eletrônico, em rigorosa ordem cronológica, como suporte às informações.
As características do registro e da informação contábil apresentadas abaixo são verdadeiras, EXCETO:
a) Fidedignidade – onde os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem representar fielmente o fenômeno contábil que lhes deu
origem.
b) Imparcialidade – onde os registros contábeis devem ser realizados e as informações devem ser apresentadas de modo a privilegiar interesses
específicos e particulares de agentes e/ou entidades.
c) Integridade – onde os registros contábeis e as informações apresentadas devem reconhecer os fenômenos patrimoniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas quaisquer partes do fato gerador.
d) Verificabilidade – onde os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem possibilitar o reconhecimento das suas respectivas validades.
1.10 Plano de Contas Aplicado ao Setor Público - PCASP
O PCASP surgiu como resultado de um processo democrático, por meio do Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis. Esse grupo é composto por representantes de todo o país. Foi elaborado com base em critériostécnicos, seguindo os calendários definidos junto à Federação para sua implantação. Assim, em apoio ao processo de convergência, o PCASP permite que os entes possam adotar de forma sistematizada as normas contábeis, incluindo os seguintes aspectos:
a) Segregação da informação orçamentária da patrimonial;
b) Registro das variações patrimoniais segundo o regime de competência;
c) Registro de procedimentos patrimoniais específicos;
d) Elaboração de estatísticas fiscais mundiais com base nos padrões estabelecidos pelo Fundo Monetário Internacional – FMI.
1.10.1 Conceito 
Plano de contas é a estrutura básica da escrituração contábil, formada por um conjunto de contas previamente estabelecido, que permite obter as informações necessárias à elaboração de relatórios gerenciais e demonstrações contábeis conforme as características gerais da entidade, possibilitando a padronização de procedimentos contábeis.
	As contas são agrupadas segundo suas funções, possibilitando:
a) Identificar, classificar e efetuar a escrituração contábil, pelo método das partidas dobradas, dos atos e fatos de gestão, de maneira uniforme e sistematizada;
b) Acompanhar e controlar a aprovação e a execução do planejamento e do orçamento, evidenciando a receita prevista, lançada, realizada e a realizar, bem como a despesa autorizada, empenhada, realizada, liquidada, paga e as dotações disponíveis;
c) Elaborar os Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, a demonstração das Variações Patrimoniais, do Fluxo de Caixa, das Mutações do Patrimônio Líquido e do Resultado Econômico;
d) Conhecer a composição e situação do patrimônio analisado, por meio da evidenciação de todos os ativos e passivos;
e) Analisar e interpretar os resultados econômicos e financeiros;
f) “Individualizar” os devedores e credores, com a especificação necessária ao controle contábil do direito ou obrigação;
g) Controlar contabilmente os atos potenciais oriundos de contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres; e,
h) Determinar os custos das operações do governo.
	De acordo com a teoria patrimonialista, as contas são classificadas em:
- contas patrimoniais: representam a situação estática, ou seja o patrimônio, os elementos do ativo e passivos, que são os bens, direitos, obrigações com terceiros e o patrimônio líquido.
- contas de resultado: representam a situação dinâmica, as variações patrimoniais, ou seja, as contas que alteram o patrimônio líquido e demonstram o resultado do exercício.
	Para isso as contas do sistema contábil devem ser distribuídas no plano de contas de acordo com a natureza das informações, nos subsistemas:
- subsistema de informações patrimoniais e de resultado;
- subsistema de informações orçamentárias;
- subsistema de custos;
- subsistema de compensação.
	SISTEMA
	SUBSISTEMAS
	DEMONSTRAÇÕES PRODUZIDAS
�
No PCASP as contas contábeis são classificadas segundo a natureza das informações que evidenciam.
Contas com Informações de Natureza Patrimonial: são as contas que registram, processam e evidenciam os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público, representadas pelas contas que integram o Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) e Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA);
Contas com Informações de Natureza Orçamentária: são as contas que registram, processam e evidenciam os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária, representadas pelas contas que registram a aprovação e execução do planejamento e orçamento, inclusive Restos a Pagar;
Contas com Informações de Natureza Típica de Controle: são as contas que registram, processam e evidenciam os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como outras que tenham função precípua de controle, seja para fins de elaboração de informações gerenciais específicas, acompanhamento de rotinas, elaboração de procedimentos de consistência contábil ou para registrar atos que não ensejaram registros nas contas patrimoniais, mas que potencialmente possam vir a afetar o patrimônio.
�
	PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO - PCASP
	DÉBITO
	CRÉDITO
	1 ATIVO
1.1 Ativo Circulante
1.1.1. Caixa e equivalentes de caixa
1.1.2 Créditos a curto prazo
1.1.3 Demais créditos e valores a curto prazo
1.1.4 Investimentos e aplicações temporárias a curto prazo
1.1.5 Estoques
1.1.9 Variações patrim. diminutivas pagas antecipadamente
1.2 Ativo Não Circulante
1.2.1 Ativo Realizável a Longo Prazo
1.2.2 Investimentos
1.2.3 Imobilizado
1.2.4 Intangível
	2 PASSIVO 
2.1 Passivo Circulante
2.1.1 Obrigações trab. Prev. e assistências a pagar a curto prazo
2.1.2 Empréstimos e financiamentos a curto prazo
2.1.3 Fornecedores e contas a pagar a curto prazo
2.1.4 Obrigações fiscais a curto prazo
2.1.5 Obrigações de repartição a outros entes
2.1.7 Provisões a curto prazo
2.1.8 Demais obrigações a curto prazo
2.2 Passivo Não Circulante
2.2.1 Obrigações trab. Prev. e assistências a pagar a longo prazo
2.2.2 Empréstimos e financiamentos a longo prazo
2.2.3 Fornecedores a longo prazo
2.2.4 Obrigações fiscais a longo prazo
2.2.7 Provisões a longo prazo
2.2.8 Demais obrigações a longo prazo
2.2.9 Resultado diferido
2.3 Patrimônio Líquido
2.3.1 Patrimônio Social e capital social
2.3.2 Adiantamentos para futuro aumento de capital
2.3.3 Reservas de capital
2.3.4 Ajustes de avaliação patrimonial
2.3.5 Reservas de lucros
2.3.6 Demais reservas
2.3.7 Resultados acumulados
2.3.9 (-) Ações/cotas em tesouraria
	
3 VARIAÇÃO PATRIMONIAL DIMINUTIVA
3.1 Pessoal e encargos
3.2 Benefícios previdenciários e assistências
3.3 Uso de bens, serviços e consumo de capital fixo
3.4 variações patrimoniais diminutivas financeiras 
3.5 Transferências concedidas
3.6 Desvalorização e perdas de ativos
3.7 Tributárias
3.9 Outras variações patrimoniais diminutivas
	
4 VARIAÇÃO PATRIMONIAL AUMENTATIVA
4.1 Impostos, taxas e contribuição de melhoria
4.2 Contribuições
4.3 Exploração de bens, serviços e direitos 
4.4 Variações patrimoniais aumentativas financeiras
4.5 Transferências recebidas
4.6 Valorização e ganhos com ativos
4.9 Outras variações patrimoniais aumentativas
	
5 CONTROLES DA APROVAÇÃO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO 
5.1 Planejamento aprovado
5.2 Orçamento aprovado
5.3 Inscrição de restos a pagar
	
6 CONTROLES DA EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO
6.1 Execução do planejamento
6.2 Execução do orçamento
6.3 Execução de Restos a pagar
	
7 CONTROLES DEVEDORES
7.1 Atos potenciais
7.2 Administração financeira
7.3 Dívida Ativa
7.4 Riscos fiscais
7.8 Custos
7.9 Outros controles
	
8 CONTROLES CREDORES
8.1 Execução dos atos potenciais
8.2 Execução da administração financeira
8.3 Execução da dívida ativa
8.4 Execução dos riscos fiscais
8.8 Apuração de custos
8.9 Outros controles
 �
A estrutura do plano de contas deve ser entendido da seguinte forma:
- Grupos 1 e 2 – Contas patrimoniais
- Grupos 3 e 4 – Contas de resultado
- Grupos 5 e 6 – Contas orçamentárias
- Grupos 7 e 8 – Contas de controle 
Sendo que os grupos 1 a 4 registram a contabilidade patrimonial, com relação ao patrimônio público e suas variações qualitativas e quantitativas: regime de competência
Os grupos 5 e 6 registram a contabilidade orçamentária, pois nessas classes são feitos os controles do Planejamento e do Orçamento, desde a aprovação até a execução: regime misto.
Os grupos 7 e 8 registram as informações típicas de controle, atos e fatos que podem vir a modificar a situação patrimonial e informações adicionais. Incluem-se informações relativas aos custos no setor público. Atos potenciais, identificar oscompromissos futuros e os riscos assumidos (compensação) e informações sobre a programação financeira e outros controles de administração do caixa.
O registro contábil deve ser feito pelo método das partidas dobradas e os lançamentos devem debitar e creditar contas que apresentem a mesma natureza de informação, seja patrimonial, orçamentária ou de controle.
Assim, os lançamentos estarão fechados dentro das classes 1, 2, 3 e 4 ou das classes 5 e 6 ou das classes 7 e 8.
1.11 Classificação das atividades em dois grupos: ATOS e FATOS
ATOS: têm a capacidade de alterar os ATIVOS e PASSIVOS apenas de forma potencial.
Ex.: a assinatura de um contrato de aluguel.
FATOS: representam as atividades que têm a capacidade de alterar os ativos e passivos. Podem ser:
a) Modificativos: alteram a situação líquida (Variação Patrimonial Aumentativa ou Diminutiva – VPA e VPD)
Ex.: Recebimento de um serviço prestado no valor de R$ 10.000,00 à vista.
No exemplo citado, o FATO só impacta um elemento do ATIVO (caixa). Eu ganhei R$ 10.000,00 no meu caixa.
O ATIVO foi alterado. O PASSIVO não foi alterado. A SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA aumentou de valor.
b) Mistos: alteram a situação líquida
Ex.: Recebimento à vista de duplicatas a receber no total de R$ 50.000,00, concedendo‐se um desconto de R$ 15.000,00.
No exemplo citado, o FATO impacta dois elementos do ATIVO (caixa e duplicatas a receber). Eu perdi R$ 50.000,00 de duplicatas a receber e ganhei R$ 35.000,00 no meu caixa.
O ATIVO foi alterado. O PASSIVO não foi alterado. A SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA diminuiu de valor. Houve permuta entre o caixa e as duplicatas a receber e também diminuição da SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL.
c) Permutativos: não alteram a situação líquida (Variação Qualitativa)
Ex.: 
1) Aquisição de um veículo no valor de R$ 20.000,00 à vista.
No exemplo citado, o FATO só impacta elementos do ATIVO (veículo e caixa). Eu perdi R$ 20.000,00 em caixa e ganhei R$ 20.000,00 em veículo.
O ATIVO não foi alterado. O PASSIVO não foi alterado. A SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA permaneceu a mesma.
2) Aquisição de um veículo no valor de R$ 20.000,00 a prazo.
No exemplo citado, o FATO impacta elementos do ATIVO (veículo) e do PASSIVO (contas a pagar). Eu ganhei R$ 20.000,00 em veículo e ganhei R$ 20.000,00 em conta a pagar.
O ATIVO aumentou em 20.000,00. O PASSIVO aumentou em 20.000,00. A SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA permaneceu a mesma, pois o lado positivo aumentou o mesmo valor do lado negativo.
Para a Ciência Contábil “RECEITA” é:
- Variação patrimonial ativa, aumentativa ou positiva;
- Altera quantitativamente o patrimônio por meio do aumento de um ativo ou redução do passível exigível;
-A receita aumenta a situação líquida patrimonial;
- É reconhecida no momento do fato gerador;
- É independente do recebimento.
Para a Ciência Contábil “DESPESA” é:
- Variação patrimonial passiva, diminutiva ou negativa.
- Sacrifício patrimonial intencional;
- Produz efeito sobre o patrimônio por meio da redução de um ativo ou aumento do passível exigível;
- Reconhecidas no momento do fenômeno;
- Reconhecidas independente do pagamento.
- As despesas diminuem a situação líquida patrimonial.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1) CLASSIFICAR OS FATOS ABAIXO EM: 
PERMUTATIVOS (variações qualitativas/não alteram a situação patrimonial líquida)
MODIFICATIVOS (variações quantitativas/ alteram a situação patrimonial líquida)
MISTOS (Variações mistas ou compostas)
	Recebimento de um veículo (e Nota Fiscal) adquirido a prazo
	
	Recebimento de valor proveniente de contratação de uma operação de crédito com o PIMES
	
	Recebimento de um veículo (da Receita Federal) em doação 
	
	Reconhecimento em 1º de janeiro do IPTU a receber do contribuinte X
	
	Recebimento do IPTU de 2013 do contribuinte X
	
	Constituição de provisão de 1/12 de 13º salário 
	
	Pagamento de um veículo adquirido a prazo
	
	Liquidação de despesa com aquisição de material de expediente
	
	Empenho de despesa com material de expediente
	
	Prestação de contas de adiantamento a funcionário
	
	Roubo de dinheiro do caixa da prefeitura
	
	Recebimento de receita de Rendimento de aplicação financeira
	
	Recebimento de dívida ativa 
	
	Inscrição de Dívida Ativa
	
2) ASSOCIE OS FATOS A SEGUIR AOS CONCEITOS:
VPA – Variação Patrimonial Aumentativa (fato modificativo aumentativo)
VPD – Variação Patrimonial Diminutiva (fato modificativo diminutivo)
Variação Qualitativa (Fato Permutativo)
Nenhuma das Alternativas
1) Empenho de material de consumo
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
2) Recebimento de cota-parte do ICMS
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
3) Liquidação de despesa do empenho de material de consumo pela entrada das mercadorias no almoxarifado
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
4) Recebimento, em doação de uma empresa privada, de 01 microcomputador
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
5) Perda verificada em aplicação financeira sendo que durante o exercício houve rendimentos positivos
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
6) Constituição da provisão para férias 
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
7) Assinatura de convênio com entidade para o repasse de subvenção social
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
8) Retirada do material de consumo do almoxarifado para consumo
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
9) Recebimento de recursos provenientes de operação de crédito de longo prazo
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
10) Constituição de crédito a receber referente ao IPTU (receita lançada)
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
11) Liquidação de empenho referente a prestação de serviço de consultoria
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
12) Abertura de crédito suplementar por excesso de arrecadação
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
13) Cessão de uso, para o Município de equipamentos de propriedade do Estado para a instalação de posto SINE
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
14) Liquidação da despesa de empenho referente a adiantamento (suprimento de fundos)
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
15) Prestação de contas do adiantamento
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
16) Liquidação de empenho de férias anteriormente provisionadas
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
17) Alienação de bens (veículos de propriedade do Município)
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
18) Roubo de dinheiro do caixa da prefeitura
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
19) Recebimento do IPTU anteriormente lançado
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
20) Redução de dotação
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
21)Aplicação de recursos no mercado financeiro
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
22) Rendimento de aplicação financeira
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
23)Inscrição de Certidão de Decisão do TCE – Título executivo
	( ) VPA
	( ) VPD
	( )Permutativo
	( ) NDA
2 PARTICULARIDADES DA CONTABILIDADE PÚBLICA
2.1 Restos a Pagar
 Contabilidade Aplicada à Administração Pública seja na área Federal, Estadual, Municipal ou no Distrito Federal, tem como carro chefe a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. 
Costumamos dizer que a Lei 4.320/64 está para Contabilidade Aplicada à Administração Pública assim como a Lei das Sociedades por Ações, Lei 6.404/76, está paraa Contabilidade Aplicada à Atividade Empresarial.
A despesa pública no Brasil é realizada em consonância com o orçamento de determinado exercício. Uma vez que um dos princípios orçamentários é a anualidade, que determina a vigência do orçamento, para somente o exercício ao qual se refere, não sendo permitida a sua transferência para o exercício seguinte, conclui-se que a despesa orçamentária é executada pelo regime de competência, conforme Art. 35, II da Lei nº 4.320/64, que indica pertencer ao exercício financeiro somente as despesas nele legalmente empenhadas.
Contudo, a norma legal ainda determina em seu Art. 36: "Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.”
Restos a pagar: é a despesa orçamentária empenhada que não for paga até o dia 31 de dezembro.
Uma vez empenhada, a despesa pertence ao exercício financeiro em que o empenho ocorreu, onerando a dotação orçamentária daquele exercício.
Classificação:
Processados: aqueles cujo empenho foi entregue ao credor, que por sua vez já forneceu o material, prestou o serviço ou  executou a obra, e a despesa foi considerada liquidada, estando apta ao pagamento.
Não processados: são aqueles cujo empenho foi legalmente emitido, mas depende ainda da fase de liquidação, isto é, o empenho fora emitido, porém o objeto adquirido ainda não foi entregue e depende de algum fator para sua regular liquidação;
2.2 Suprimento de Fundos (Regime de adiantamento)
	Segundo o art. 65 da Lei 4320/64, “o pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídas, por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento.”
	 Ainda, segundo o art. 68 da Lei 4320/64, O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
2.2.1 Conceito: É a modalidade de realização de despesa por meio de adiantamento concedido a servidor, para prestação de contas posterior, quando não for realizável o pagamento utilizando-se os serviços da rede bancária.
2.2.2 Concessão: 
para atender a despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie;
quando a despesa deve ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento;
para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
2.2.3 Proibição para concessão:
• a responsável por dois suprimentos;
• a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor;
• a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de sua aplicação; e
• a servidor declarado em alcance (que não prestou contas no prazo determinado, ou que teve suas contas impugnadas).
2.3 Dívida pública
2.3.1 Conceito: Significa o conjunto de compromissos, de curto ou longo prazos, assumidos pelo Estado com terceiros.
2.3.2 Classificação, segundo a Lei 4.320/64: 
- Dívida Fundada
- Dívida Flutuante
a) Divida Flutuante:
O artigo 92 da Lei nº 4.320/64 trata da dívida flutuante.
- A dívida flutuante compreende:
I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II - os serviços da dívida a pagar (parcelas de amortização e de juros da dívida fundada);
III - os depósitos (consignações ou cauções e garantias recebidas em função de execução de obra pública, por exemplo);
IV - os débitos de tesouraria (ARO – operações de crédito por antecipação de receita destinadas a cobrir insuficiências de caixa ou tesouraria).
	Não dependem de autorização orçamentária. Têm a finalidade de atender a eventuais insuficiências de caixa e administrar bens e valores de terceiros
b) Dívida Fundada:
O artigo 98 da Lei nº 4.320/64 trata da dívida fundada.
- A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 (doze) meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financiamento de obras e serviços públicos.
A lei 4.320/64 estabelece, ainda, que a dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços de amortização e juros.
São: 
I – dívida pública consolidada ou fundada
II – dívida pública mobiliária
III – operação de crédito
IV – concessão de garantia
V – refinanciamento da dívida mobiliária
	Dependem de autorização orçamentária. Tem a finalidade de atender o desequilíbrio orçamentário e financiamento de obras e serviços públicos.
2.4 Dívida ativa
Segundo a Lei 4320/64 Art. 39. “Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não-tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias” 
“§ 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título”
2.4.1 Conceito: É a inscrição que se faz em conta de devedores, relacionadas a tributos, multas e créditos da Fazenda Pública, lançados, mas não arrecadados no exercício de origem.
2.4.2 Classificação:
- Dívida Ativa Tributária: reúne somente os créditos relativos a tributos (impostos, taxas e contribuições) lançados e não arrecadados. 
Segundo a Lei 4320/64, “Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas”
- Dívida Ativa Não-Tributária: engloba todos os demais créditos, líquidos e certos, da Fazenda Pública. 
Segundo a Lei 4320/64, Dívida Ativa Não-Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais”
Apuração: a dívida ativa é apurada através da seguinte fórmula:
Total lançado (-) total arrecadado = valor inscrito como dívida ativa.
Exercícios
01) De acordo com o art. 36 da Lei 4320/64, consideram-se Restos a Pagar as despesas _____________________ mas não pagas até _________________________, distinguindo-se as ___________________________ e ________________________. 
Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas da frase acima:
(a) Liquidadas – o término do exercício seguinte – processadas - não processadas.
(b) Empenhadas – 31 de dezembro – processadas - não processadas.
(c) Realizadas – o término do exercício - liquidadas - não liquidadas.
(d) Empenhadas – 31 de dezembro – reconhecidas - não reconhecidas.
(e) Realizadas - 31 de dezembro - reconhecidas - não reconhecidas.
02) Segundo a Lei 4320/64, a dívida flutuante compreende:
(a) Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida
(b) Os serviços da dívida a pagar
(c) Os depósitos
(d) Os débitos de tesouraria
(e) Todas as alternativas estão corretas
03) O Regime de Adiantamento é um processamento especial da despesa pública orçamentária previsto na Lei 4.320/64. NÃO é condição para o regime de adiantamento/suprimentode fundos:
(a) Realização em casos excepcionais.
(b) Aplicação aos casos de despesas expressamente definidas em lei.
(c) Realização em caso de despesa que não possa subordinar-se ao processo normal de aplicação.
(d) O adiantamento será precedido de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas
(e) Um servidor pode ser responsável por dois adiantamentos.
04) “São todos os compromissos assumidos pelo governo e os respectivos juros”. Este conceito refere-se:
(a) Despesa pública
(b) Dívida pública
(c) Receita pública
(d) Regime de Adiantamento
(e) Licitação 
05) De acordo com a Lei 4320/64 a despesa deve percorrer os seguintes estágios:
(a) Programação, empenho, liquidação e pagamento
(b) Programação, empenho, ordem de pagamento e pagamento
(c) Empenho, liquidação e pagamento
(d) Empenho, liquidação, ordem de pagamento e pagamento
(e) Nenhuma das alternativas anteriores
06) São importâncias relativas a tributos, multas e créditos da Fazenda Pública, lançados mas não cobrados ou não recebidos no prazo de vencimento, a partir da data de sua inscrição. Esse conceito refere-se a:
(a) Dívida Fundada
(b) Dívida Flutuante 
(c) Dívida interna
(d) Dívida Ativa
(e) Dívida consolidada
07) “Entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação”. Este conceito diz respeito a um procedimento especial da despesa pública denominado:
Superveniência ativa.
Requisição de compra.
Crédito suplementar.
Regime de adiantamento
Restos a pagar
08) De acordo com a lei 4320/64, a dívida pública classifica-se em:
	(a) Orçamentária e Extra-orçamentária
	(b) Exigível a Longo Prazo e Exigível a Curto Prazo
	(c) Circulante e Não Circulante
	(d) Interna e Externa
	(e) Fundada ou consolidada e Flutuante ou administrativa
3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO SETOR PÚBLICO
	
As Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público estabelecem a obrigatoriedade dos órgão públicos elaborarem demonstrações Contábeis, para tanto foi elaborado o MCASP - Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, Parte V – Demonstrações Contábeis.
	Este manual tem como objetivo padronizar os conceitos, as regras e os procedimentos relativos às demonstrações contábeis do setor público a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, permitindo a evidenciação e a consolidação das contas públicas em âmbito nacional, em consonância com os procedimentos do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP).
	As demonstrações contábeis assumem papel fundamental, por representarem importantes saídas de informações geradas pela Contabilidade Aplicada ao Setor Público, promovendo transparência dos resultados orçamentário, financeiro, econômico e patrimonial do setor público.
	Para cumprimento do objetivo de padronização dos procedimentos contábeis, este manual observa os dispositivos legais que regulam o assunto, como a Lei nº 4.320/1964, a Lei Complementar nº 101/2000, e também as disposições do Conselho Federal de Contabilidade relativas aos Princípios de Contabilidade, bem como as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCT 16).
	De acordo com a Lei nº 4.320/1964, art. 101, os resultados gerais do exercício serão apresentados nos seguintes demonstrativos:
a) Balanço Patrimonial (BP);
b) Balanço Orçamentário (BO);
c) Balanço Financeiro (BF);
d) Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP);
As NBCASP T 16 criaram outros demonstrativos:
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
Demonstração do Resultado Econômico (DR) - Facultativo
c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).
	
3.1 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO 
O Balanço Orçamentário, definido pela Lei nº 4.320/1964, demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. 
Em sua estrutura, deve evidenciar as receitas e as despesas orçamentárias por categoria econômica, confrontar o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, demonstrar o resultado orçamentário e discriminar: 
(a) as receitas por fonte (espécie); e 
(b) as despesas por grupo de natureza. 
O Balanço Orçamentário apresentará as receitas detalhadas por categoria econômica, origem e espécie, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo a realizar. Demonstrará também as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação.
3.1.1 Definições 
Para levantamento do Balanço Orçamentário, é necessário definir os seguintes conceitos: 
PREVISÃO INICIAL: identifica os valores da previsão inicial das receitas, constantes na Lei Orçamentária Anual (LOA). Esses valores permanecerão inalterados durante todo o exercício, pois refletem a posição inicial do orçamento constante da LOA. 
RECEITAS REALIZADAS: identifica as receitas realizadas no período. Consideram-se realizadas as receitas arrecadadas diretamente pelo órgão, ou por meio de outras instituições como, por exemplo, a rede bancária.
DOTAÇÃO INICIAL: identifica o valor dos créditos iniciais constantes da LOA. 
DOTAÇÃO ATUALIZADA: identifica o valor da dotação inicial mais os créditos adicionais abertos ou reabertos durante o exercício
DESPESAS EMPENHADAS: identifica os valores das despesas empenhadas até o encerramento do exercício.
DESPESAS LIQUIDADAS: identifica os valores das despesas liquidadas até o encerramento do exercício. 
DESPESAS PAGAS: identifica os totais das despesas pagas pertencentes ao orçamento do exercício financeiro. Assim, não inclui os valores referentes ao pagamento de restos a pagar. 
SUPERÁVIT: Representa a eventual diferença, a maior entre as receitas realizadas e as despesas emprenhadas.
DÉFICIT: Representa a eventual diferença, a menor entre as receitas realizadas e as despesas empenhadas. 
3.1.2 Estrutura
	
	
	PREVISÃO
	PREVISÃO
	RECEITAS
	SALDO
	RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS
	INICIAL
	ATUALIZADA
	REALIZADAS
	
	
	
	(a)
	(b)
	c = (b-a)
	 RECEITAS CORRENTES
	 
	 
	 
	 
	 RECEITAS DE CAPITAL
	 
	 
	 
	 
	SUBTOTAL DAS RECEITAS (I)
	 
	 
	 
	 
	REFINANCIAMENTO (II)
	 
	 
	 
	 
	SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (III) = (I + II)
	 
	 
	 
	 
	DÉFICIT (IV)
	 
	 
	 
	–
	TOTAL (V) = (III + IV)
	 
	 
	 
	–
	SALDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 
(UTILIZADOS PARA CRÉDITOS ADICIONAIS)
Superávit Financeiro
Reabertura de créditos adicionais
	–
	 
	 
	–
	
	DOTAÇÃO INICIAL
	DOTAÇÃO ATUALIZADA
	DESPESAS
EMPENHADAS
	DESPESAS
LIQUIDADAS
	DESPESAS
PAGAS
	SALDO DA DOTAÇÃO
	DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
	
	
	
	
	
	
	
	(d)
	(e)
	(f)
	(g)
	(h)
	(i)=(e-f)
	 DESPESAS CORRENTES
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 DESPESAS DE CAPITAL
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	SUBTOTAL DAS DESPESAS (VI) 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA/
REFINANCIAMENTO (VII)
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (VIII) = (VI + VII)
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	SUPERÁVIT (IX)
	 
	 
	 
	-
	–
	-
	TOTAL (X) = (VII + IX)
	 
	 
	 
	 
	 
	 
3.1.3 Lançamento contábeis no subsistema orçamentário
a) DESPESA
FIXAÇÃO DA DESPESA
D – Dotação inicial
C – Crédito Disponível 
EMPENHO DA DESPESA
D – Crédito disponível 
C – Crédito empenhado a liquidar 
LIQUIDAÇÃO DA DESPESA
D – Crédito empenhado a liquidar 
C _ Crédito empenhado liquidado a pagar 
PAGAMENTO DA DESPESA
D – Crédito empenhado liquidado a pagar 
C – Crédito empenhado pago 
CREDITO ADICIONAL
D – Dotação Suplementar 
C – Crédito Disponível
b) RECEITA
PREVISÃO DA RECEITA
D – Previsão da receita
C – Receita arealizar
RECEBIMENTO DA RECEITA
D – Receita a realizar
C - Receita realizada
3.1.4 ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA
Análise tradicional
A análise tradicional busca comparar a Previsão/Dotação e a Execução e pode indicar as seguintes situações:
	EXCESSO DE ARRECADAÇÃO 
	RECEITA PREVISTA < RECEITA ARRECADADA 
	ECONOMIA ORÇAMENTÁRIA 
	DESPESA FIXADA > DESPESA REALIZADA 
	SUPERÁVIT ORÇAMENTÁRIO 
	RECEITA ARRECADA > DESPESA REALIZADA 
	DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO 
	RECEITA ARRECADA < DESPESA REALIZADA 
	EQULÍBRIO ORÇAMENTÁRIO 
	RECEITA ARRECADA = DESPESA REALIZADA 
	SUPERÁVIT CORRENTE 
	RECEITA CORRENTE > DESPESA CORRENTE 
	DÉFICIT CORRENTE 
	RECEITA CORRENTE < DESPESA CORRENTE 
	SUPERÁVIT DE CAPITAL 
	RECEITA DE CAPITAL > DESPESA DE CAPITAL 
	DÉFICIT DE CAPITAL 
	RECEITA DE CAPITAL < DESPESA DE CAPITAL 
	DÉFICIT DE ARRECADAÇÃO
	RECEITA PREVISTA > RECEITA ARRECADADA
	EXCESSO DE DESPESA
	DESPESA FIXADA < DESPESA REALIZADA (situação de inconsistência)
ANÁLISE DOS QUOCIENTES – BALANÇO ORÇAMENTÁRIO SEGUNDO O DCASP
1 - O Quociente do Equilíbrio Orçamentário é resultante da relação entre a Previsão Inicial da Receita e a Dotação Inicial da Despesa, indicando se há equilíbrio entre a previsão e fixação constante na LOA.
QEO = quociente do equilíbrio orçamentário: DF / RP
	= 1, resultado nulo
	> 1, montante de créditos adicionais abertos
	< 1, difícil ocorrência
2 - O Quociente de Execução da Receita é resultante da relação entre a Receita Realizada e a Previsão Atualizada da Receita, indicando a existência de excesso ou falta de arrecadação para a cobertura de despesas.
QER = quociente da execução da receita: RE / RP
	= 1, resultado nulo
	> 1, excesso de arrecadação
	< 1, déficit na arrecadação
3 - O Quociente de Desempenho da Arrecadação é resultante da relação entre a Receita Realizada e a Previsão Inicial da Receita, indicando a existência de excesso ou falta de arrecadação para administração dos indicadores fiscais.
4 - O Quociente de Utilização do Excesso de Arrecadação é resultante da relação entre os Créditos Adicionais abertos por meio de excesso de arrecadação e o total do excesso de arrecadação, indicando a parcela do excesso de arrecadação utilizada para abertura de créditos adicionais.
Adicionalmente, é pertinente que esta análise seja desdobrada por destinação de recursos.
5 - O Quociente de Utilização do Superávit Financeiro é resultante da relação entre os Créditos Adicionais Abertos por meio de superávit financeiro e o total do superávit financeiro apurado no exercício anterior, indicando a parcela do superávit financeiro utilizada para abertura de créditos adicionais.
6 - O Quociente de Execução da Despesa é resultante da relação entre a Despesa Executada e Dotação Atualizada, cuja discrepância pode ser ocasionada por ineficiência no processo planejamento-execução ou a uma economia de despesa orçamentária.
QED = quociente de execução da despesa: DE / DF
	= 1, difícil ocorrência, resultado nulo
	> 1, jamais ocorrerá
	< 1, economia orçamentária
7 - O Quociente do Resultado Orçamentário é resultante da relação entre a Receita Realizada e a Despesa Empenhada, indicando a existência de superávit ou déficit.
QRO = quociente do resultado orçamentário: RE / DE
	= 1, resultado nulo
	> 1, superávit orçamentário
	< 1, déficit orçamentário
8 - O Quociente da Execução Orçamentária Corrente é resultante da relação entre a Receita Realizada Corrente e a Despesa Empenhada Corrente. A interpretação desse quociente indica se a receita corrente suportou as despesas correntes ou se foi necessário utilizar receitas de capital para financiar despesas correntes.
9 - O Quociente Financeiro Real da Execução Orçamentária é resultante da relação entre a Receita Realizada e a Despesa Paga, indicando o quanto a receita orçamentária arrecadada representa em relação à despesa orçamentária paga
Exercício de Fixação
01) No exercício de 2013 foram realizadas as seguintes operações:
01 – 	Previsão da receita (LOA)
	Receita corrente – 1.000
	Receita de capital – 200
02 – 	Fixação da despesa (LOA)
	Despesa corrente – 1.100
	Despesa de capital – 100
03 – Arrecadação de receita de IPTU/2013 - 50
04 – Arrecadação de receita de transferência de ICMS – 200
05 – Empenho, liquidação e pagamento de material de expediente - 50
06 – Recebimento pela venda de veículo usado – 100
07 – Empenho, liquidação e pagamento de salário dos funcionários ref. 01/2013 – 500
08 – Empenho, liquidação e pagamento de veículo – 90
09 – Abertura de Crédito Especial – Despesa de capital - 30
Pede-se: Realizar os lançamentos no subsistema orçamentário e elaborar o balanço orçamentário.
02) No exercício de 2013 foram realizadas as seguintes operações orçamentárias
01 – 	Previsão da receita (LOA)
	Receita corrente – 10.000
	Receita de capital – 3.000
02 – 	Fixação da despesa (LOA)
	Despesa corrente – 9.000
	Despesa de capital – 4.000
03 – Empenho, liquidação e pagamento de terreno – 2.000
04 - Arrecadação de receitas tributárias - 1.000
05– Arrecadação de receita de transferências correntes – 4.000
06 – Empenho, liquidação e pagamento de material de consumo – 1.300
07 – Recebimento de operação de crédito para construção de escola – 1.000
08 - Empenho, liquidação e pagamento de despesas de pessoal e encargos ref. 01/2013 – 6.000
09 – Recebimento de receita de serviços - 100
10 – Empenho, liquidação e pagamento de juros e encargos da dívida – 1.150
11 – Receita de alienação de bens móveis 1.100
12 – Recebimento de receita de contribuições 3.000
13 – Abertura de Crédito Especial – Despesa de corrente - 100
Pede-se: Realizar os lançamentos no subsistema orçamentário e elaborar o balanço orçamentário.
Análise:
a) A economia orçamentária do exercício foi de:__________________________
b) QER = quociente da execução da receita: RE / RP
	
QEO = quociente do equilíbrio orçamentário: DF / RP
QED = quociente de execução da despesa: DE / DF
	
QRO = quociente do resultado orçamentário: RE / DE
03) Analise o Balanço apresentado de acordo com o anexo 12 da Lei 4320/64 e com valores em reais:
a) Em relação ao Balanço Orçamentário acima, no que se refere à execução orçamentária e à execução da despesa, é correto afirmar que o: 
a) déficit foi de R$ 200,00 sem economia orçamentária 
b) déficit foi de R$ 2.000,00 com uma economia orçamentária de R$ 1.800,00 
c) superávit foi de R$ 2.000,00 com uma economia orçamentária de R$ 200,00 
d) superávit foi de R$ 2.200,00 com uma economia orçamentária de R$ 200,00 
e) superávit foi de R$ 2.200,00 com uma economia orçamentária de R$ 2.000,00 
04) Um Ente Político arrecadou R$ 500.000,00 de receita, aumentando assim a sua previsão de receita em R$ 100.000,00. Já que houve o equilíbrio entre receitas e despesas no orçamento. Resultou da gestão desta administração pública uma economia orçamentária em R$ 50.000. Empenhando todo o valor restante. Do valor empenhado 30% não foi liquidado. E foram pagos apenas R$ 100.000. De acordo com as normas de escrituração contábeis: 
Previsão da Receita 
Receita realizada:
Despesa Fixada:
Economia orçamentária:
Despesa empenhada:
Restos a pagar não processados (despesa empenhada e não liquidada)
Despesa liquidada:
Despesa paga:
Restos a pagar não processados (despesa empenhada, liquidada e não paga)
05) A Receita Pública flui para os cofres públicos dentro de uma sistemática evolutiva, tendo em vista a seqüência operacional de que resulta seu recebimento. Estágios da Receita Pública são 
A) Previsão, Lançamento, Arrecadação e Empenho. 
B) Previsão, Lançamento, Recolhimento e Liquidação. 
C) Previsão, Lançamento, Arrecadação e Recolhimento. 
D) Previsão, Arrecadação, Liquidação e Empenho. 
E) Previsão,

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