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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA TAINÁ CARVALHO DE JESUS DOSAGEM DE PROTEÍNAS TOTAIS E ALBUMINA NO SORO SALVADOR, 2016 1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS Proteínas, palavra que vem do grego “protos”, que significa “a primeira” ou “a mais importante”, são compostos formados por aminoácidos, sintetizadas a partir de 20 alfa-aminoácidos, dos quais cada um terá destinos metabólicos diferentes no corpo; diferentes atividades em distintas vias metabólicas em vários órgãos. Por sua vez, os aminoácidos são compostos orgânicos que contém um grupo amina (NH2) e um grupo carboxílico (COOH) cuja função é formar as proteínas. Na dieta, vários aminoácidos devem estar presentes para que as necessidades do organismo sejam satisfatórias, enquanto outros não. Como consequência, a qualidade nutricional das proteínas pode ser determinada pelo tipo e pela quantidade de seus aminoácidos constituintes. Os aminoácidos podem ser classificados como essenciais e não-essenciais. Os essenciais não podem ser sintetizados pelo organismo em quantidades suficientes, dessa forma devem ser fornecidos pela dieta, e os não-essenciais são outros aminoácidos sintetizados a nível celular. As proteínas séricas podem ser divididas, eletroforeticamente, em cinco conjuntos proteicos, sendo eles albumina, α-, β1-, β2- e γ-globulinas. A avaliação dos valores de proteínas séricas é um instrumento que pode ser utilizado para indicar alterações metabólicas e auxiliar no diagnóstico clínico de diversas enfermidades (PINHEIRO, Raymundo; et al. Apud Santarosa, 2005). Segundo Santos, N.S.J. et al. (apud Doweiko JP,1991), a albumina é a mais abundante proteína plasmática, completando um total de 50% das proteínas totais do soro humano. Comparada a outras proteínas, ela é uma molécula relativamente pequena, formada por uma cadeia de 584 aminoácidos. Ela desempenha também, um papel na manutenção do equilíbrio ácido-básico. Além disso, a albumina está envolvida no transporte de um grande número de substâncias fisiológicas: moléculas lipossolúveis como os ácidos graxos de cadeia longa, hormônios como a tiroxina, o cortisol e a aldosterona e pequenos íons como o cálcio, o cobre, o níquel e o zinco. O fígado é o único órgão capaz de sintetiza-la. Cerca de 12% a 20% da capacidade de síntese hepática é disponibilizada para a síntese desta proteína, produzindo diariamente 150mg a 250mg de albumina por kilograma de peso corporal em indivíduos saudáveis. 2. FUNDAMENTOS DA REAÇÕES Na dosagem das proteínas totais, as ligações peptídicas das proteínas reagem com uma solução alcalina de sulfato de cobre (Reativo do Biureto), formando um complexo de coloração violeta, cuja intensidade de cor é proporcional à concentração de proteínas na amostra. Na dosagem da albumina, esta reage com o Verde de Bromocresol, em meio ácido, formando um complexo corado de verde. A intensidade da cor é proporcional à concentração de albumina na amostra. 3. MATERIAIS UTILIZADOS - Tubos de ensaio - Estante/galeria - Pipeta - Pipetador automático - Auxiliar de pipetagem - Ponteiras de pipeta - Espectrofotômetro - Reagente do Biureto - Reagente de cor - Solução padrão 4. RESULTADOS OBTIDOS Leitura do espectrofotômetro. Comprimento de onda: 545 nm em proteínas e totais e 630 nm em albumina. Absorbância Proteínas Totais: - Solução padrão: 0,233 - Solução teste: 0,358 CÁLCULO : Proteínas (mg/dl) = Absorbância do Teste X CP Absorbância do Padrão Proteínas (g/dl) = 0,358 X 4 = 6,1 g/dL 0,233 Absorbância Albumina: - Solução padrão: 0,161 - Solução teste: 0,108 Albumina (g/dl) = Absorbância do Teste X CP Absorbância do Padrão Albumina (g/dl) = 0,108 X 4 = 2,7 g/dL 0,161 Proteínas Totais – Albumina = Globulina 6,1 – 2,7 = 3,4 g/dl 5. CONCLUSÃO No resultado da análise das dosagens, o nível sérico de proteínas totais e de globulina, estavam dentro dos valores desejáveis, enquanto a albumina estava com um nível diminuído. Com base nesse resultado, uma doença hepática seria descartada e o paciente poderia estar com uma insuficiência renal, pode ser que ele esteja perdendo albumina pela urina. 6.BIBLIOGRAFIA 1. LOURENZONI, F.O. et al. METABOLISMO DE PROTEÍNAS. s.n.t 2. SANTOS, A. et al. DOSAGEM DE PROTEÍNAS TOTAIS E ALBUMINA. Cariacica, 2015. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA TAINÁ CARVALHO DE JESUS DETERMINAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO SALVADOR, 2016 1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS Colesterol é um álcool policíclico de cadeia longa, usualmente considerado um esteroide, encontrado nas membranas celulares e transportado no plasma sanguíneo de todos os animais. É um componente essencial das membranas celulares dos mamíferos. O colesterol é o principal esterol sintetizado pelos animais, mas pequenas quantidades são também sintetizadas por outros eucariotas, como plantas e fungos. O colesterol é sintetizado primariamente da acetil CoA através da cascata da HMG-CoA redutase em diversas células e tecidos. Cerca de 20 a 25% da produção total diária (1 g/dia) ocorre no fígado; outros locais de maior taxa de síntese incluem os intestinos, glândulas adrenais e órgãos reprodutivos. Em uma pessoa de cerca de 68 kg, a quantidade total de colesterol é de 35 g, a produção interna típica diária é de cerca de 1 g e a ingesta é de 200 a 300mg. Do colesterol liberado ao intestino com a produção de bile, 92-97% é reabsorvido e reciclado via circulação entero-hepática Os lípides, por serem parcialmente insolúveis no meio aquoso, são transportados no organismo, sob a forma de partículas denominadas lipoproteínas. O HDL, lipoproteínas de alta densidade, têm grande importância no transporte de colesterol dos tecidos periféricos para o fígado (transporte reverso de colesterol). A concentração de HDL-c no plasma é avaliada determinando-se a concentração do colesterol associado às HDL. Em relação aos riscos de DAC ( doença arterial coronariana), a relação de risco do HDL é inversa pois, quanto mais elevado seu valor, menor o risco de DAC. O LDL, lipoproteínas de baixa densidade, se formam na circulação a partir das VLDL, através da perda de triglicerídeos e das apolipoproteínas, exceto o apo B-100, transportando o colesterol do fígado para os tecidos periféricos, sendo constituido por dois terços do colesterol total plasmático. O perfil lipídico é definido pelas determinações do colesterol total (CT), Triglicérides (TG) HDL-c (colesterol contido nas HDL) e cálculo do LDL-c (colesterol contido nas LDL), utilizando-se a fórmula Friedewald: LDL-c = CT – (HDL-c + TG/5). Esta fórmula não deve ser empregada quando os valores dos TG forem > 400 mg/dl. 2. FUNDAMENTOS DAS REAÇÕES Colestrol Total Os ésteres de colesterol são hidrolisados pela colesterol-esterase formando colesterol livre mais ácido graxo. O colesterol livre após oxidação pela colesterol-oxidase forma peróxido de hidrogênio mais 4-colesterona. O H2O2 reagindo com a 4-aminoantipirina e fenol produz uma quinoneimina de cor vermelha, cuja intensidade é proporcional à concentração de colesterol na amostra. Éster de colesterol colesterol esterase colesterol + ácido graxo Colesterol + O2 colesterol oxidase H2O2 + 4-colesterona H2O2 + 4-aminoantipirina + fenol peroxidase quinoneimina + 4 H2O Cor vermelha HDL-c Esta reação ocorreem duas etapas. Na primeira etapa o ácido túngstico e o cloreto de magnésio precipitam seletiva e quantitativamente os quilomícrons, as VLDL-c e LDL-c. Após centrifugação, o sobrenadante contem as lipoproteínas de alta densidade HDL-c. Na segunda etapa o colesterol é determinado utilizando-se o sistema enzimático Colesterol. Triglicérides no Soro Os triglicérides são hidrolisados pela lípase lipoprotéica e o glicerol liberado é fosforilado pela glicerolquinase formando glicerol-3-fosfato, que é oxidado a dihidroxicetona e peróxido de hidrogênio, pela ação da glicerol-3-fosfato oxidase. Depois, numa reação catalisada pela peroxidase o peróxido de hidrogênio reage com 4-aminoantipirina mais 4-clorofenol, produzindo a quinoneimina (coloração vermelha), cuja intensidade de cor é proporcional à quantidade de triglicérides na amostra. Vide reação abaixo: Triglicérides + H2O lipase lipoprotéica Glicerol + Ácidos graxos Glicerol + ATP glicerolquinase Glicerol-3-P + ADP Glicerol-3-P + O2 glicerol 3-fosfato-oxidase Dihidroxiacetona + H2O2 H202 + 4-aminoantipirina + 4-clorofenol peroxidase Quinoneimina + H2O Cor vermelha LDL-c O valor do LDL-colesterol pode ser obtido em mg/dL por cálculo, utilizando a fórmula de Friedewald: LDL–colesterol = Colesterol Total – ( HDL-colesterol + VLDL) VLDL = Triglicérides/5 Obtém-se bons resultados com a aplicação dessa fórmula quando os triglicerídeos são menores que 400 mg/dL 3. MATERIAIS UTILIZADOS - Tubos de ensaio - Estante/galeria - Pipeta - Pipetador automático - Auxiliar de pipetagem - Ponteiras de pipeta - Espectrofotômetro - Banho-maria - Centrífuga - Reagente de cor do colesterol - Sobrenadante - Solução Padrão HDL-c - Amostra (soro) - Reagente de cor - Solução padrão 4. RESULTADOS OBTIDOS Leitura do espectrofotômetro. Comprimento de onda: 500 nm. Absorbância Colesterol Total : - Solução padrão: 0,397 - Solução teste: 0,452 CÁLCULO: Colesterol Total (mg/dl) = Absorbância do Teste X CP Absorbância do Padrão Colesterol Total (mg/dl) = 0,452 X 200= 227,7 mg/dL 0,397 Absorbância HDL-c : - Solução padrão: 0,141 - Solução teste: 0,212 CÁLCULO: HDL-c (mg/dl) = Absorbância do Teste x 20 x 2 Absorbância do Padrão HDL-c (mg/dl) = 0,212 X 20 x 2= 60,1 mg/dL 0,141 Absorbância Triglicérides no soro : - Solução padrão: 0,293 - Solução teste: 0,123 CÁLCULO: Triglicérides (mg/dl) = Absorbância do Teste x CP Absorbância do Padrão Triglicérides (mg/dl) = 0,123 X 200 = 84 mg/dL 0,293 Calcular LDL VLDL-c = TG/5 VLDL-c = 84/5= 16,8 LDL – c = CT – (HDL-c + VLDL-c) 227,2 – (60,1+16,8) = 158,8 mg/dL 5.CONCLUSÃO No resultado da análise da determinação do perfil lipídico,o colesterol total e LDL-c estavam com o níveis desejáveis altos, enquanto os triglicérides e HDL- c estavam com os níveis no valor desejável. Então há dois fatores ruins o colesterol total e o LDL-c, então o paciente é de médio risco, tendo uma hipercolesterolemia isolada, com o aumento de colesterol total. 6.BIBLIOGRAFIA 1. ALVES, C. Et al. DOSAGEM DE COLESTEROL. Disponível em : http://www.ebah.com.br/content/ABAAAentEAC/relatorio-dosagem-colesterol-ok . Acesso em : 13 de Maio de 2016. 2. XAVIER, H.T. et al. V Diretriz Brasileira De Dislipidemias e prevenção da aterosclerose – Sociedade Brasileira de Cardiologia. Rio de Janeiro, 2013.
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