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AULA 12 - CRIME CONSUMADO E CRIME TENTADO

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Prof. Mônica S. Ferreira Goulart
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I – DISPOSITIVO LEGAL
 O Código Penal, em seu art. 14, preocupou-se em conceituar o momento da consumação do crime, bem como quando o delito permanece na fase da tentativa (conatus), esclarecendo o seguinte:
Art. 14. Diz-se crime:
I – consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
II – tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
 Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
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Crime consumado:
Consuma-se o crime quando o tipo está inteiramente realizado, ou seja, quando o fato concreto se subsume no tipo abstrato da lei penal. Quando o agente realiza todos os elementos que compõem a descrição do tipo legal (art. 14, I).
Determinar o momento consumativo do crime é operação de extrema relevância, pois reflete no termo inicial da prescrição e na competência territorial.
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Nos crimes materiais , a consumação ocorre com a produção do resultado de dano ou de perigo descrito no tipo penal. Ex: consuma-se o homicídio com a morte da vítima.
Nos crimes formais e de mera conduta a consumação ocorre com a própria ação, já que não exige resultado material.
Nos crimes permanentes , a consumação se protrai no tempo, desde o instante em que nele se reúnem os seus elementos até que cesse o comportamento do agente.
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Crime consumado x crime exaurido
Na consumação são realizados todos os elementos constantes da definição legal. Ex: furto se consuma no momento que o agente subtrai, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. É quando o bem saí da esfera de domínio da vítima e passa para o domínio do agente.
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Crime exaurido ocorre quando o agente, após atingir o resultado consumativo, continua a agredir o bem jurídico, procura dar-lhe uma nova destinação ou tenta tirar novo proveito, fazendo com que sua conduta continue a produzir efeitos no mundo concreto, mesmo após a realização integral do tipo.
 Art. 317, corrupção passiva – solicitar (consumação), receber (exaurimento); art. 159, extorsão mediante sequestro – se consuma no momento em que o criminoso pede a vantagem indevida, mas só se exaure quando o criminoso RECEBE a vantagem, pois só aí o crime produz seus efeitos finais.
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Tentativa
Na tentativa há prática de ato de execução, mas o sujeito não chega à consumação por circunstâncias independentes de sua vontade.
Elementos da tentativa:
Início da execução;
A não-consumação (pela própria vontade do agente – desistência voluntária ou arrependimento eficaz) ou por circunstâncias estranhas a ela (tentativa) ;
A interferência de circunstâncias alheias à vontade do agente. Há dolo em relação o crime total.
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Iter criminis (Caminho do crime)
 COGITAÇÃO: o agente apenas mentaliza, idealiza, prevê, antevê, planeja, deseja, representa mentalmente a prática do crime. Nessa fase o crime é impunível, pois cada um pode pensar o que bem quiser.
PREPARAÇÃO: prática dos atos imprescindíveis à execução do crime. Nessa fase ainda não se iniciou a agressão ao bem jurídico. O agente não começou a realizar o verbo constante da definição legal (o núcleo do tipo penal), logo o crime não pode ser punido. Ex. “arma” para o crime de homicídio (arma de fogo, Lei 10.826/03); chave falsa para o delito de furto.
EXECUÇÃO: O bem jurídico começa a ser atacado. Nessa fase o agente inicia a realização do núcleo do tipo. O crime já se torna punível.
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Espécie de tentativa:
a) Tentativa imperfeita: há interrupção do processo executório; o agente não chega a praticar todos os atos de execução do crime, por circunstâncias alheias às sua vontade. Ex: O agente começa a atirar na vitima, com o dolo de matar, mas, terceira pessoa o imobiliza e o crime não se consuma.
b) Tentativa Perfeita ou acabada (também conhecida por crime falho): o agente pratica todos os atos de execução do crime, mas não o consuma por circunstâncias alheias à sua vontade. Ex: o agente descarrega sua arma na vítima , atingindo mortalmente , mas é salva por intervenção médica.
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c) Branca ou incruenta: a vítima não é atingida, nem vem a sofrer ferimentos, ou seja, não resulta lesão.
d) Vermelha ou cruenta, a vítima sofre lesões, sendo certo que o crime não chega a ser consumado.
Se o agente tenta matar a vítima com uma faca, mas esta consegue dominá-lo no momento exato do golpe a ponto de escapar dele, será exemplo de tentativa branca. Acaso ocorram lesões em decorrência das facadas, configurará tentativa cruenta ou vermelha.
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Infrações que não admite tentativa:
culposas (salvo a culpa imprópria, para parte da doutrina);
preterdolosas (no latrocínio tentado, o resultado era querido pelo agente, logo, embora qualificado pelo resultado, esse delito só poderá ser preterdoloso quando consumado);
contravenções penais (a tentativa não é punida – v. art. 4º da LCP);
crimes omissivos próprios (de mera conduta – não exige resultado naturalístico pela omissão);
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Crime impossível ou tentativa inidônea
Ocorre quando após a prática de um fato, constata-se que o agente jamais conseguiria consumar o crime, quer pela ineficácia absoluta do meio empregado (tentativa com aplicação de farinha em vez de veneno ou arma desmuniciada), quer pela absoluta impropriedade do objeto visado pela executiva (manobra abortiva em mulher que não está grávida, disparo de arma de fogo, com animus necandi, em cadáver).

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