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Apostila Atividades Aquáticas Natação

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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO 
FACULDADE DE ED. FÍSICA E FISIOTERAPIA 
Campus - Bairro São José - (054)316-8380 e 316-8389 
Telex 54 5394 - Fax (054)316-8025 - Cep 99001-970 - P. Fundo - RS 
 
 
 
 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
DE 
ATIVIDADES AQUÁTICAS 
NATAÇÃO 
 
 
 
Elaborado por: CLEITON C. BONA e PAULO C. MELLO 
 
 
 
 
PASSO FUNDO - RS 
 2
SUMÁRIO 
1 NATAÇÃO 04 
1.1 Objetivos 04 
1.2 Vantagens da Natação 04 
 
2 HIDROGINÁSTICA 04 
2.1 Baixo Impacto e Ótimos Resultados 04 
2.2 Objetivos 05 
2.3 Vantagens da Hidroginástica 05 
 
3 HISTÓRIA DA NATAÇÃO 06 
 
4 NATAÇÃO BRASILEIRA 06 
4.1 A Era Bronze 07 
4.2 A Era Prata 08 
4.3 A Era Ouro 08 
4.4 Em 2010 09 
 
5 ESTILOS 09 
 
6 PISCINAS 09 
 
7 COMPETIÇÕES 10 
 
8 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES 10 
 
9 NADO CRAWL 10 
9.1 Análise Técnica 10 
9.2 Análise Competitiva 11 
 
 3
9.3 Educativos – Crawl 12 
 
10 NADO COSTAS 17 
10.1 Análise Técnica 17 
10.2 Análise Competitiva 18 
10.3 Educativos – Costas 19 
10.4 Dicas e Técnicas Pedagógicas do Nado Costas 22 
10.5 Técnicas do Nado Costas 24 
 
11 NADO PEITO 26 
11.1 Análise Técnica 26 
11.2 Análise Competitiva 27 
 
12 NADO BORBOLETA 28 
12.1 Origem do Nado Borboleta 28 
12.2 Aspectos Hidro-Dinâmicos do Nado Borboleta 29 
12.3 Musculaturas Utilizadas no Nado Borboleta 30 
12.4 Benefícios do Nado Borboleta 30 
12.5 Golfinho ou Borboleta – Correções 31 
12.6 Orientações Para a Propulsão do Nado Borboleta 32 
 
13 REFLETINDO SOBRE PERFIL DO PROFISSIONAL DA NATAÇÃO 33 
13.1 Proteção Pessoal 33 
13.2 Didática de Ensino 33 
13.3 Relações Interpessoais 35 
REFERÊNCIAS 36 
SITES RECOMENDADOS 36 
 
 4
1 NATAÇÃO 
 
 Considerada por muitos especialistas um "esporte completo" a natação é 
extremamente eficaz. Utilizando-se de método composto por níveis de 
aprendizagem diferentes, onde o aluno deverá ter certos pré-requisitos para 
passar para a próxima etapa. 
 
1.1 Objetivos 
• Iniciação; 
• Aprendizado dos nados: crawl, costa, peito e borboleta; 
• Aperfeiçoamento dos com respectivas saídas e viradas; 
• Condicionamento físico; 
• Competições. 
 
1.2 Vantagens da Natação 
• Peso corporal aliviado; 
• Ausência de impacto; 
• Ambiente descontraído; 
• Melhora a auto-confiança; 
• Diminui dores e espasmos musculares; 
• Melhora a performance global; 
• Auto-defesa; 
• Água é bom condutor de energia; 
• Sobrecarga natural; 
• Ausência do desconforto da transpiração. 
 
 
2 HIDROGINÁSTICA 
 
2.1 Baixo Impacto e Ótimos Resultados... 
 Metodologia exclusiva é responsável por um grande ganho de 
condicionamento físico e qualidade de vida. Pode ser praticada por todas as 
faixas etárias, sendo muito eficaz no combate ao stress, pois é uma atividade 
lúdica que se pratica com música e utiliza diversos acessórios, como halteres, 
 5
"spaghetis", caneleiras especiais, flutuadores, etc.. com os quais são criadas 
diversas coreografias com uma ampla variedade de exercícios e movimentos. 
 
2.2 Objetivos 
• Melhorar condições cardio-respiratórias; 
• Trabalhar força e resistência muscular; 
• Melhorar flexibilidade; 
• Melhorar coordenação motora global, ritmo e agilidade. 
 
2.3 Vantagens da Hidroginástica 
• Peso corporal aliviado; 
• Ausência de impacto; 
• Ambiente descontraído; 
• Diminui dores e espasmos musculares; 
• Melhora a auto-confiança; 
• Melhora a performance global; 
• Sobrecarga natural 
• Água é bom condutor de energia; 
• Ausência do desconforto da transpiração. 
 
 
3 HISTÓRIA DA NATAÇÃO 
 
Esporte recreativo e competitivo. Nas Olimpíadas modernas é o segundo 
esporte em importância, depois do atletismo, disputado desde os Jogos de 
1896. Há registros egípcios sobre o nado de 2500 a.C. Gregos e romanos 
consideravam-no parte do treino militar. O primeiro país a adotá-lo como 
esporte foi o Japão. 
A natação moderna, como esporte, começa no fim do Século XIX, na 
Europa, em torneios isolados e campeonatos nacionais. A partir de 1900, a 
França organiza provas com a participação de franceses, ingleses, holandeses, 
australianos, suecos, austríacos, alemães e belgas. 
Em uma Olimpíada, a natação é um dos esportes nobres. Desde 23 de 
junho de1894, quando o barão Pierre de Coubertain, apoiado por amigos e 
 6
inúmeras celebridades, inaugurou os Jogos Olímpicos modernos, atletas de 
todas as partes do planeta superaram limites nas raias da maior de todas as 
competições. 
A Fédération Internationale de Natation Amateur (Fina) rege o esporte 
no mundo hoje. 
 
4 NATAÇÃO BRASILEIRA 
 
A natação brasileira trilha um longo caminho nas águas turbulentas da 
elite internacional. 
Em 1920, na Antuérpia, a equipe verde e amarela fez sua estréia em 
uma Olimpíada e foram necessários mais de 32 anos para que o primeiro 
nadador subisse ao pódio. 
A natação é considerada uma competição a partir de 1898, quando o 
Clube de Natação e Regatas do Rio de Janeiro, realiza o primeiro campeonato 
brasileiro. O percurso escolhido tem distância de 1500 metros, da fortaleza 
Villegaignon até a praia de Santa Luzia. 
Em 1913 as provas (chamadas concursos aquáticos) são organizadas 
pela Federação Brasileira das Sociedades de Remo e realizadas na enseada 
de Botafogo, Rio de Janeiro. 
A partir de 1914, a natação passa a ser promovida pela Confederação 
Brasileira de Desportos. 
As primeiras piscinas para competições são construídas em 1919, pelo 
Fluminense Futebol Clube, no Rio de Janeiro, e em 1923, pela Associação 
Atlética São Paulo, em São Paulo. 
No início do século, as provas de natação eram realizadas em rios. 
O Tietê foi local de célebres competições. As travessias realizadas 
nesse rio eram bastantes populares. 
Em 1923, a Associação Atlética São Paulo, uma das entidades 
fundadoras da Federação Paulista de Natação (FPN), inaugurou a primeira 
piscina para competições no estado. 
A modalidade crescia e o reflexo era a maior presença de paulistas nas 
seleções brasileiras. 
 7
Na Olimpíada de 1936, Berlim, Maria Lenk repetiu o desempenho na 
mesma prova, enquanto João Havelange, então atleta do Espéria, nadou os 
400m e os 1500m. 
 
4.1 Era Bronze 
A brasileira Maria Lenk, em 1939, foi recordista mundial nos 200m e 
400m nado peito, na Olimpíada de Helsinki, em 1952, Tetsuo Okamoto ganhou 
a medalha de bronze nos 1500 m livre, com o tempo de 19m05s56. 
O segundo brasileiro a conquistar uma medalha olímpica na piscina foi 
Manoel dos Santos, bronze nos 100m livre dos Jogos de Roma, em 1960, com 
a marca de 55s54. 
A essa altura, também já eram disputados os Jogos Pan-Americanos e a 
participação dos nadadores de São Paulo era significativa. 
A Natação brasileira voltaria a uma final olímpica no México/68 graças a 
outro paulista: José Sílvio Fiolo foi o quarto colocado nos 100m Nado Peito. Na 
Olimpíada seguinte, Munique/72, o nadador participaria de outras duas finais: 
foi o sexto colocado nos 100m Peito e quinto no revezamento 4x100 quatro 
estilos. 
Em 1948, a natação masculina do Brasil pela primeira vez chegou a uma 
final olímpica. Nos jogos de Londres, Willy Otto Jordan (Pinheiros) foi sexto 
colocado nos 200m Peito. 
Quatro anos mais tarde, Tetsuo Okamoto, nadador do Yara Clube 
Marília, foi oterceiro nos 1500m. colocação que Manoel dos Santos (Pinheiros) 
repetiu em Roma/60 nos 100m Nado Livre. Um ano mais tarde, o nadador 
tornou-se recordista mundial da prova. 
Vinte anos depois, em 1980, nos Jogos Olímpicos de Moscou, chegou a 
vez de Djan Madruga, Jorge Fernandes, Cyro Delgado e Marcus Matiolli. 
Os quatro fizeram 7m29s30 no revezamento 4x200 metros livres e 
ganharam a terceira medalha de bronze para a natação do Brasil em 
Olimpíadas. 
Em 1982 o paulista de Andradina, Ricardo Prado, tornou-se o único 
brasileiro até hoje a vencer um campeonato mundial em piscina longa. Em 
Guayaquil, no Equador, Prado venceu, com recorde mundial, os 400m Medley. 
 8
No ano seguinte, nos jogos Pan-Americanos de Caracas, Pradinho 
venceu 200m e os 400m Medley. Em Los Angeles/84, o nadador foi prata nos 
400m Medley e quarto colocado nos 200m Costas. 
 
4.2 Era Prata 
A era de prata chega aos Jogos de Los Angeles, em 1984, com Ricardo 
Prado, que entra para a história do esporte nacional ao conquistar o segundo 
lugar nos 400m medley, com o tempo de 4m18s45. 
Gustavo Borges se consagrou por ser o primeiro atleta brasileiro a 
conquistar três medalhas em Olimpíadas. 
Em Barcelona, em 1992, ele foi vice-campeão nos 100m livre com 
49s43. Nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, Gustavo subiu no pódio para 
receber a medalha de prata pelos 200m livre, 1m48s08, e o bronze, pelos 
100m livre, 49s02. 
Além de Gustavo Borges, a Olimpíada de Atlanta fez outro medalhista 
brasileiro, Fernando Scherer, que conquistou bronze nos 50m livre com a 
marca de 22s29. 
O maior nadador brasileiro da década de 90 é o paulista Gustavo Borges 
(Pinheiros), que permanece como um dos melhores do mundo nas provas que 
nada. 
Bicampeão pan-americano dos 100m em 91/95 
Vice-campeão olímpico dos 100m - Barcelona/92 
Vice-campeão olímpico dos 200m - Atlanta/96 
Bronze nos 100m e no revezamento 4x100m nado livre - Roma/94 
Uma nadadora paulista, Fabíola Pulga Molina (Associação Esportiva 
São José), tornou-se em janeiro de 98 na Austrália a primeira brasileira a nadar 
uma final de campeonato mundial. Fabíola nadou a final "B"dos 100m costas. 
 
4.3 Era de Ouro 
César Augusto Cielo Filho (Santa Bárbara d'Oeste, 10 de janeiro de 
1987) é um nadador brasileiro, campeão olímpico dos 50 metros livre nos 
Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, campeão e recordista mundial dos 100 
metros livres e campeão mundial dos 50 metros livres em Roma, em 2009. 
 9
Ganhou três medalhas de ouro e uma medalha de prata nos Jogos 
Panamericanos de 2007, no Rio de Janeiro. 
Recordista mundial dos 50 e 100m livres em piscina olímpica, também 
detém os recordes brasileiro e sul-americano nos 4x100m livres e 4x100m 
medley em piscina olímpica, dos revezamentos 4x50m livres em piscina curta 
(25 metros) e longa (50 metros), e dos 4x200m livres em piscina curta. 
Medalha de ouro nos 50m e 100m livre do Grand Prix de Missouri/EUA 2008. 
 
4.4 Em 2010 
Em 27 de junho de 2010, Cielo se tornou o primeiro nadador do mundo a 
quebrar o antigo recorde mundial dos 50 metros livres de Alexander Popov, de 
21s64, sem ajuda dos maiôs tecnológicos. Cielo obteve a marca de 21s55 
vestindo apenas uma bermuda e venceu o Paris Open. 
 
5 ESTILOS 
Estilos – São quatro: crawl, costas, peito e borboleta. No crawl (ou livre), 
o peito fica submerso. Um braço é estendido enquanto o outro dá impulso 
dentro da água. Os pés batem para dar velocidade. No nado costas, o nadador 
desliza com as costas voltadas para o fundo da piscina, movimentando braços 
e pés como no crawl. No nado peito, o atleta contrai os braços, dentro da água, 
próximos das laterais do corpo, junta-os sob o peito e depois os estende a sua 
frente. As pernas, com os joelhos voltados para fora, são encolhidas e depois 
estendidas. 
No nado borboleta, os braços são erguidos simultaneamente para fora 
da água, imitando os movimentos das asas da borboleta. Quando voltam para 
a água, são estendidos ao mesmo tempo que o nadador mergulha a cabeça. 
As pernas, sempre juntas, ajudam a dar impulso. 
Muitos ainda entendem como estilos: medley individual (O atleta os 
quatro estilos na seguinte ordem: borboleta, costas, peito e crawl) e medley por 
revezamento (Quatro atletas nada um estilo... costas, peito, borboleta e crawl). 
 
6 PISCINAS 
Existem duas piscinas consideradas oficiais: a de 25 metros ou semi-
olímpica e a de 50 metros ou olímpica. 
 10
 
7 COMPETIÇÕES 
Acontecem em piscinas de 25 m ou de 50 m, divididas em raias. Podem 
ser individuais ou por equipe. Nos revezamentos, disputados por equipes de 
quatro atletas, cada nadador completa uma parte da prova. São disputas que 
alternam velocidade e resistência. Há também a prova de nado medley, que 
combina os quatro estilos. A distância percorrida é padronizada. Além do 
torneio olímpico, disputa-se um campeonato mundial a cada quatro anos. 
 
8 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES 
A Natação é um ato de propulsão e auto-sustentação na água com 
movimentos combinados de braços e pernas que foi aprendido pelo homem 
através do instinto ou observando os animais. 
 É considerado um dos exercícios mais completos na atualidade, a ponto 
de exceder o simples divertimento ou a prática desportiva, para ser utilizado 
com finalidades terapêuticas na recuperação de atrofias musculares e 
tratamento de problemas respiratórios. 
 Além disso, é importante como atividade física para manutenção da 
saúde e como meio de defesa contra afogamentos ou em operações de 
salvamento. 
 
 
9 NADO CRAWL 
9.1 Análise Técnica 
No Crawl, o corpo fica na posição horizontal em decúbito ventral (barriga 
para baixo). O rosto submerso, com água na altura da testa, olhando para frente e 
para baixo ao mesmo tempo. 
As pernas realizam movimentos alternados, iniciando a partir da articulação 
coxo-femural, em ritmo ativo e passivo. No ativo, o movimento é de cima para baixo, 
com a perna levemente flexionada e, com o pé ligeiramente voltado para dentro e o 
tornozelo relaxado concentrando a força no peito do pé e; no iítmo passivo é o 
relaxamento do ativo, com extensão total da perna, até que o calcanhar atinja o 
 11
nível da água. Deve-se dar muita importância a pernada de Crawl, pois além 
da propulsão, ela é responsável pelo equilíbrio e sustentação (flutuação). 
Os braços executam movimentos de rotação alternados e diferenciados, 
divididos em 4 fases. Na Fase de Pegada, a mão entra na água, ligeiramente 
inclinada para fora (± 45º do nível da água) a partir do polegar e indicador, bem à 
frente da cabeça, na linha dos ombros, alongando em seguida o braço a uma 
distância máxima. A Fase de Puxada, após os braços entrarem na água, tem o 
padrão de um "S" alongado, realizando um pequeno movimento da mão para lateral 
(apoio), depois se aproximando do corpo (altura do quadril), mantendo o cotovelo 
alto, com o objetivo de "pegar grande quantidade de água em pontos diferentes" 
(Princípio de Bernoulli) e, acelerando o movimento gradativamente. A Fase de 
Finalização ocorre quando a mão passa próxima à coxa, sendo o cotovelo o 
primeiro a romper a linha da água. A Fase de Recuperação é na lateral do corpo, o 
braço fora da água flexionado tendo o cotovelo como ponto mais alto (foto ao lado) 
e relaxando à frente para iniciar a Fase de Pegada. Não esquecer de tirar bem o 
ombro fora da água, pois além de diminuir a resistência frontal, auxiliam o giro da 
cabeça no movimento da respiração. 
Quanto à respiração, ela ocorre no meio da Fase de Puxada de um dos 
braços (o lado escolhido pelo aluno), enquanto o outro braço encontra-se no 
momento final da recuperação e próximo à Pegada. A cabeça faz um girolateral 
(para o lado escolhido), mantendo uma das orelhas submersas e a boca livre para 
inspiração. A cabeça retorna para água juntamente com o braço do lado escolhido, 
sendo que ela retornará mais rapidamente que ele e o outro braço estará iniciando 
a Puxada. 
Tipos de respiração do Nado Crawl (nº de braçadas x nº respiração): 2 x 1 e 
4 x 1 (respiração unilateral); 3 x 1 e 5 x 1 (respiração bilateral). 
 
9.2 Análise Competitiva 
Nado livre significa que numa prova assim denominada, o competidor pode 
nadar qualquer estilo, exceto nas provas medley individual ou revezamento 4 
 12
estilos, nado livre significa qualquer nado diferente do nado de costas, peito 
ou borboleta. 
Alguma parte do nadador tem que tocar a parede ao completar cada volta e 
no final. 
 
9.3 Educativos - Crawl 
1. Adaptação ao meio líquido 
2. Flutuação 
3. Movimento das pernas (propulsão) 
4. Movimento dos braços (propulsão) 
5. Coordenação dos braços e pernas 
6. Respiração 
7. Coordenação – perna e respiração 
8. Coordenação – braço e respiração 
9. Coordenação geral 
10. Saídas e viradas. 
 
1. Exercícios de adaptação ao meio líquido (confiança): 
a) Sentado na borda (chutar a água, alternadamente com as pernas); 
b) Sentado na borda entrar na água e sair com apoio dos braços, de costas 
para a parede da piscina; 
c) Andar na piscina, com as mãos na borda; 
d) Andar na piscina sem apoio; 
e) Andar livremente na piscina, em várias direções; 
f) Fazer brincadeiras com ou sem bola. Ex: siga o chefe, gato e rato, jogo dos 
números, guerra d’água, vôlei, basquete, futebol pólo, trenzinho, túnel, 
montanha russa. 
 
2. Flutuação 
Princípio de Archimedes: Empuxo (força de baixo para cima, igual ao peso do 
fluído deslocado) 
Peso > E (afunda) Peso = E (indiferente) Peso < E (flutuação) 
Progressão pedagógica da flutuação: 
 13
a) Na água em pé, segurando na borda, inspirar pela boca e colocar o 
rosto na água (1º com a mão no nariz, depois sem a mão no nariz); 
b) Em coluna, semi-círculo ou círculo. (cabeça dentro da água) Mini 
competição; 
c) Dois a dois, jogo dos dedos (nº); abrir os olhos dentro d’água e indicar o 
número que o colega sinalizou; 
d) Submergir e tocar com a mão o fundo da piscina; 
e) Esconde – esconde; 
f) Executar o educativo (tartaruga, medusa ou cogumelo); 
g) Executar a tartaruga e em seguida, estender os braços e pernas e flutuar 
(dois a dois ou individual); 
h) Em pé, executar a tartaruga, estender braços e pernas, voltar à posição de 
início e ficar em pé novamente; 
i) Ficar na posição de tartaruga e logo ficar na posição de “x”; 
j) Dois a dois ou apoiado na borda, flutuar com braços e pernas estendidos, 
iniciar o deslize; 
k) Deslizar tomando impulso no fundo e depois na parede da piscina. 
 
3. Movimentação das pernas (propulsão, ação): 
a) Segurando na borda, decúbito ventral, cabeça fora d’água, movimentar 
alternadamente as pernas; 
b) Idem ao anterior, mas com a cabeça dentro d’água; 
c) Dois a dois, segurando nas mãos ou na cintura do colega, em 
deslocamento executar o movimento de pernas; 
d) Deslocamento executando o movimento de pernas com flutuadores nas 
mãos (rosto dentro e fora da água); 
e) Deslocamento na água com movimentação das pernas sem flutuadores; 
(Variação do educativo: com as duas mãos à frente; com uma mão à frente e a 
outra ao lado; com as duas mãos ao lado do corpo). 
 
4. Movimentação dos braços (propulsão, ação): 
Duas fases: 1) fase aérea (recuperação): 
 2) fase aquática (tração ou propulsão): 
 14
a) Na água em pé, parado, corpo flexionado, executar a movimentação de 
um braço, o outro fica estendido à frente. (variação do ex.: andando); 
b) Idem ao exercício anterior, andando, com a prancha segurada por um braço 
à frente e com a respiração bloqueada; 
c) Idem ao anterior, sem prancha, alternando braço sem pausa; 
d) Flutuador entre as pernas, executar a movimentação do braço (primeiro 
com um braço, várias vezes, depois com o outro, e após isto com os dois 
alternadamente); 
e) Idem ao anterior, sem o flutuador. 
 
5. Coordenação de braços e pernas (Membros sup. e inf.): 
a) Segurando na borda com um braço, rosto na água, executar trabalho 
alternado de pernas e braços; 
b) Idem anterior, trocando o braço de apoio; 
c) Segurando a prancha à frente com um braço, executar pernas e um dos 
braços; 
d) Sem apoio ou flutuador, um braço à frente, executar o movimento das 
pernas e de um braço; 
e) Sem a prancha, alternar as pernas e os braços sem pausa. 
 
6. Respiração (frontal, lateral, bilateral): 
a) Individual ou em dupla: Inspirar pela boca, afundar a cabeça, expirar pela 
boca e nariz fortemente até que a cabeça saia fora da água; 
b) Segurando-se na borda, executar a respiração lateral (variar os dois lados); 
c) Em pé, dentro d’água, executar a respiração lateral (lado dir. e lado esq.), 
(com bloqueio e sem bloqueio); 
d) Idem ao anterior, respiração bilateral (ritmar a respiração). 
 
7. Coordenação Pernas e Respiração: (inspirar pela boca, expirar pelo nariz e 
boca): 
a) Em decúbito ventral, segurando na borda da piscina, executar a respiração 
frontal e bater pernas; 
b) Em d.v., com apoio do companheiro em deslocamento, executar a 
respiração frontal; 
 15
c) Em d.v., com flutuador, respiração frontal e batida de pernas; 
d) Em d.v., um braço segurando na borda, outro ao lado do corpo, respiração 
lateral executando o movimento de pernas; 
e) Segurando a prancha executar como no exercício anterior. 
 
8. Coordenação braços e respiração: (inspirar pela boca, expirar pelo nariz e 
boca): 
a) Na água, em pé, fixo, rosto submerso, executar o trabalho de um braço 
(fase aérea e aquática) e a respiração lateral com bloqueio, lembrando que o 
outro braço deve ficar estendido; 
b) Variar o exercício trocando o braço e o lado da respiração; 
c) Variar o educativo andando pela piscina em linha reta; 
d) Executa o movimento completo, alternando os braços e a respiração lateral; 
e) Em decúbito ventral, pés apoiados na borda ou pelo companheiro, executar 
o movimento dos braços com a respiração lateral; 
f) Em decúbito ventral, flutuador entre as pernas, executar o movimento dos 
braços com respiração lateral. 
 
9. Coordenação Geral – braços, pernas e respiração (CRAWL): 
 Coordenar o movimento de pernas com os braços alternadamente, 
combinando com a respiração, lateral (direito), lateral (esquerdo) e bilateral (dir. 
e esq.) 
 
10. Saídas e Viradas: 
 Nas saídas do nado crawl, é indispensável que o aluno desenvolva 
impulsão, reflexo, coordenação de movimentos. Podemos dividir a saída em 
convencional (simples), saída de agarre (Grab start), e saída do atletismo. 
 
Saída Convencional: (Descrição do movimento) 
a) Movimento de balanço executado com os braços em movimento; 
b) Impulsão dos braços da frente para trás; 
c) Impulsão com os braços em direção à frente; 
d) Giro dos braços. 
*O vôo deve ser direcionado à frente e levemente à cima da posição de 
saída o mais longe possível. 
 16
*A entrada na água será sempre com a ponta dos dedos, cabeça entre os 
braços, corpo levemente obliquo em relação à superfície, o corpo deve 
permanecer estendido dentro da água, devendo ser uma entrada rasa de 
acordo com esse nado, aproximadamente 60 cm de profundidade. Deve usar o 
deslize para ganhar velocidade devido ao impulso tomado na saída, para 
beneficiar o nadador. 
*No momento apropriado, começa a executar o movimento de pernas e um 
dos braços já executa uma pegada, enquanto o outro permanece estendido à 
frente. 
 
Saída Agarrada ou Agarre (Grab start)(Descrição do movimento) 
a) Pés bem separados ou não; 
b) Pernas flexionadas; 
c) Mãos segurando firme a parte anterior do bloco; 
d) Mãos forçando para cima; 
e) Soltar o corpo para frente; 
f) Descrever uma curva fechada com o corpo e, pelo abaixamento da 
cabeça, trazê-lo em direção da água, em posição oblíqua em relação ao nível 
da superfície; 
g) Entrar com as mãos na água, abrindo um “buraco” na superfície; 
h) Fazer o corpo todo entrar pelo local aberto pelas mãos; 
i) Uma vez se sentindo a superfície, elevar a cabeça para trazer o corpo 
em direção à linha da água; 
j) Iniciar o nado; 
k) Não respirar nas primeiras braçadas, a fim de equilibrar o corpo; 
l) O nadador deve, ao entrar na água, manter os braços juntos aos 
ouvidos, mãos sobrepostas, pernas em movimentos. 
 Na saída de atletismo, é igual ao de agarre, porém muda a posição dos pés, 
um mais à frente do outro, tomando mais impulsão com uma das pernas. 
 
Viradas: 
 No estilo crawl a regra estabelece que o nadador deva tocar o final da 
piscina (parede) com qualquer parte do corpo. Com isso, devido a este nado 
ser muito veloz, a virada ideal é em cambalhota (olímpica). 
 
 17
 Virada em cambalhota ou olímpica: 
a) Aproximação: deve ser feita em alta velocidade, tomar cuidado com a 
distância exata do final da raia e calcular o momento ideal para executar a 
virada; 
b) Rotação: o nadador deve executar uma rotação paralelo à superfície da 
água, começando com os pés e pernas estendidas. As mãos devem mover-se 
para trás em direção às coxas e o queixo ao peito. Toma-se uma posição 
carpada com a cabeça direcionada para baixo, então o corpo estará sendo 
jogado para a parede da piscina, e com um movimento acentuado de um 
braço, atravessando a largura do corpo, provocará um quarto de giro no corpo. 
O nadador passa de uma posição carpada para uma posição semiflexionada; 
c) Toque: as pernas estarão semiflexionadas, os pés estarão firmes e 
levemente afastados na parede para executar a impulsão, nesta hora o corpo 
está (quarto de giro) “deitado lateralmente”, com os braços estendidos em 
frente à cabeça; 
e) Impulso: Extensão vigorosa das pernas, combinada com um quarto de giro. 
O impulso deve estar em torno de 30 a 45 cm de profundidade. A cabeça entre 
os braços; 
f) Deslize: Continuar em posição estendida para facilitar o deslize e preparar 
para subir à superfície, pronto para iniciar o nado. 
 
10 NADO COSTAS 
10.1 Análise Técnica 
No Nado Costas, o corpo encontra-se na posição horizontal em decúbito dorsal 
(barriga para cima), com a cabeça fixa e o rosto fora d´água e as orelhas 
submersas porém na linha da água. 
A pernada é o grande segredo de um nado Costas bem executado. Uma 
pernada forte significa um melhor posicionamento horizontal, mantendo o 
corpo flutuando na linha da água, diminuindo a resistência frontal. As pernas 
executam movimentos alternados e diferenciados, partindo da articulação 
coxo-femural, como no Crawl, porém, muda o ritmo ativo e passivo. No ativo, o 
movimento da perna é de baixo para cima, levemente flexionada, com o pé 
 18
voltado para dentro, até atingir a linha da água. No passivo, ocorre a 
extensão total da perna e o movimento se dá de cima para baixo. Não deve-se 
esquecer que uma boa força abdominal também auxilia o nadador de Costas a 
manter o quadril elevado na linha da água. 
Os braços executam movimentos de rotação alternados e diferenciados. Na 
Pegada, o braço entra totalmente estendido bem à frente da cabeça, na linha 
do ombro, a palma da mão voltada para fora entrando na água primeiramente 
com o dedo mínimo para uma melhor posição hidrodinâmica. A Puxada, tem o 
padrão de um "S" alongado, iniciando após a entrada da mão na água a mais 
ou menos uns 20cm da superfície. A elevação do ombro contrário à braçada, 
auxilia a mão a afundar. Caso o nadador não afunde a mão, realizará o 
movimento na maior distância e empurrando a mesma água, contrariando o 
Princípio de Bernoulli. Após afundar a mão o nadador movimenta a mão para 
lateral ou ligeiramente para cima, empurrando a água para trás e para baixo 
aproximando-se do corpo na altura do quadril, mantendo o cotovelo baixo e 
acelerando o movimento, com o auxílio do ombro. A Finalização, ocorre 
quando da extensão total do braço próximo ao corpo, ao lado da coxa, com a 
palma da mão voltada para o fundo da piscina empurrando a água para baixo 
(força de sustentação - objetivando elevar mais os quadris), com ligeira rotação 
do corpo. Inicia-se a fase de Recuperação, dando ênfase na elevação do 
ombro. O polegar é o primeiro a romper a linha da água, onde o braço 
encontra-se estendido, porém relaxado. Executa-se um movimento de rotação 
do braço e na altura da cabeça, a mão realiza um giro para que o braço entre 
estendido no prolongamento do ombro e com o dedo mínimo primeiro 
(Pegada). 
"Uma pernada forte, a cabeça fixa e o rolamento dos ombros acompanhando 
os braços são a "chave" do sucesso no nado costas" Rodrigo do Herval Felipe 
10.2 Análise Competitiva 
Os competidores devem alinhar-se na água, de frente para a cabeceira de 
saída, com ambas as mãos colocadas nos suportes de agarre. Os pés, 
inclusive os dedos, devem ficar sob a superfície da água. Manter-se na calha 
ou dobrar os dedos sobre a borda da calha é proibido. 
 19
Ao sinal de partida e quando virar, o nadador deve dar impulso e nadar de 
costas durante o percurso, exceto quando executa a volta. 
A posição normal de costas pode incluir um movimento rotacional do corpo até, 
mas não ultrapassando os 90 graus. A posição da cabeça não é relevante. 
Alguma parte do nadador tem que quebrar a superfície da água durante o 
percurso, exceto quando é permitido ao nadador estar completamente 
submerso durante a volta e por uma distância não maior que 15 metros após a 
saída e em cada volta (virada). Neste ponto a cabeça tem que quebrar a 
superfície. 
Durante a volta, os ombros podem girar além da vertical para o peito após 
uma contínua braçada ou uma contínua e simultânea dupla braçada podem ser 
usadas para iniciar a volta. Quando o corpo tiver deixado a posição de costas, 
não pode haver mais pernada ou braçada que seja independente da ação 
continua de volta. O nadador tem que retornar a posição de costas após deixar 
a parede. 
Quando executar a volta, tem que haver o toque na parede com alguma parte 
do corpo do nadador. 
Quando no final da prova, o nadador tem que tocar a parede na posição de 
costas. 
 
10.3 Educativos – Costas 
 
Exercícios educativos para aprendizagem do nado: 
1-Flutuação 
2-Movimento de pernas 
3-Movimento de braços 
4-Respiração 
5-Coordenação geral 
6-Saída e Virada 
 
 20
1)-Flutuação (todos os educativos dentro da água) 
a)-Posição em decúbito dorsal: respiração bloqueada, deitar na superfície com 
auxílio do companheiro; manter o quadril firme e elevando o abdômen para 
cima. 
b)-Idem ao educativo anterior, mas com deslocamento na piscina. 
c)-Idem ao educativo anterior, e o companheiro retirando algumas vezes a 
ajuda. 
d)-Flutuar de costas, com os braços abertos na lateral do corpo. 
e)-Flutuar de costas, com os braços abertos na lateral e fechando em direção à 
coxa. 
 
2)-Movimento de Pernas (Propulsão ou ação das pernas) 
a)-Na água, em d.d., segurando na borda com as duas mãos, executar a 
batida de pernas alternadas. 
b)-Em d.d., com auxílio do colega apoiando, executar o trabalho de pernas em 
deslocamento. 
c)-Em d.d., com a prancha no peito, ou na nuca, ou nas axilas, executar o 
trabalho de pernas em deslocamento. 
d)-Idem ao educativo anterior, mas com um braço estendido no prolongamento 
do corpo.e)-Em d.d., deslocar-se com a prancha no prolongamento do corpo com os 
dois braços segurando-a. 
f)-Em d.d., deslocar-se com a prancha no prolongamento do corpo, com um 
braço segurando-a e o outro ao lado do corpo. 
g)-Deslocar-se sem apoio (flutuador), e os braços ao lado do corpo (próximo 
da coxa) 
h)-Deslocar-se sem apoio (flutuador), mas com um braço ao longo do corpo e 
o outro ao lado. 
i)-Deslocar-se sem apoio (flutuador), com os dois braços ao longo do corpo. 
 
3)-Movimento de Braços (Propulsão ou ação) 
a)-Em pé na água, andando para trás, movimentar um braço várias vezes; 
depois o outro e após isto os dois alternando-os. 
 21
b)-Deitado em d.d., prancha segura no peito com um braço, o companheiro 
segura os pés. Deslocar-se com a movimentação de um braço (várias vezes), 
depois troca e finalmente sem a prancha executar o movimento alternado dos 
braços. 
c)-Deitado em d.d., prancha entre as pernas e a outra no peito, movimentam 
alternadamente os braços. 
d)-Deitado em d.d., prancha entre as pernas, executar o movimento dos braços 
alternadamente. 
 
4)-Respiração (inspiração e expiração) 
a)-Ritmar a inspiração rapidamente pela boca, quando uma das mãos estiver 
entrando e a outra saindo, ou seja, quando o braço passar pelo rosto, começa 
a inspirar) 
b)-Executar educativos em pé, em d.d. parado, em d.d. deslocando-se. 
 
5)-Coordenação Geral 
a)-Na água, em d.d., com uma prancha segurada no peito com um braço, 
executar a movimentação alternada de pernas e o movimento com um dos 
braços. 
b)-Idem ao anterior, trocando os braços. 
c)-Em d.d., segurando a prancha com os braços alongados atrás da cabeça, 
executar o movimento de pernas e braços alternadamente. 
d)-Em pé, treinar com a respiração, a cada passagem do braço pelo rosto, 
inspirar. 
e)-Prancha entre as pernas, d.d., trabalhando alternadamente os braços com 
respiração. 
f)-Executar o nado completo. 
 
6)-Saída (dicas) 
a)-A maneira de segurar no suporte de saída. 
b)-Colocação dos pés na borda da piscina. 
c)-Idem a) e b) com flexão dos braços e cabeça, junto com a inspiração 
bloqueada. 
 22
d)-Projeção dos braços para o lado e para trás, com arqueamento do corpo 
(hiper-extensão) 
e)-Projetar o corpo para trás e expirar pelo nariz quando entrar na água 
f)-Após a entrada na água, deslizar e manter os braços unidos e estendidos 
atrás da cabeça. 
g)-Subir com o deslize para a superfície e começar a prepara o início do nado. 
 
7)-Virada 
a)-Orientação pelas bandeirinhas demarcatórias à 5m da cabeceira da piscina 
b)-Treinar a distância adequada de acordo com o seu biótipo 
c)-Sentindo-se próximo da parede ele executa uma revolução no corpo, 
ficando de bruços (d.dorsal. para d.ventral), na posição do nado crawl. Faz a 
aproximação e executa a virada como se fosse de nado livre, reto sobre o eixo 
do corpo; e realiza a virada com um forte impulso na parede com os pés e as 
mãos para trás e unidas. Pode ser usado golfinhadas em baixo da água para 
ganhar tempo e distância até iniciar o nado. 
 
10.4 Dicas e Técnicas Pedagógicas do Nado Costas 
Posição do Corpo: 
 O mais paralelo possível ao nível da água, sem deixar o quadril cair. 
 O queixo formando um ângulo de 30º com o tórax 
 O melhor biótipo para este nado é longelínIeo com M.I. compridos. 
 Deve executar os movimentos o mais natural possível em uma posição 
cômoda. 
Posição da Cabeça: 
 A cabeça sem movimentação, como se estivesse em um travesseiro. 
 O queixo em 30º graus com o tórax, pois os olhos precisam manter um 
ângulo de 45º com a linha da água. 
 Ouvidos submersos. 
 Geralmente os nadadores velocistas mantêm a cabeça alta. 
Quadris: 
 Devem permanecer altos e fixos, com ligeira oscilação devido ao 
trabalho alternado das pernas e tronco. 
 
 23
Propulsão de Pernas: 
 Pernadas fortes e efetivas são essenciais no nado costas. 
 Flexão dos tornozelos, pés ligeiramente voltados para dentro. 
 Os pés não devem romper a linha da água, formando apenas uma 
ebulição. 
 As pernas flexionam-se na ação descendente e estendem-se na 
ascendente. (Propulsão e recuperação) 
 Um batimento fraco de pernas pode produzir uma rotação irregular e 
bamboleio dos quadris. 
Propulsão de Braços: 
 Entrada – deve ser ao prolongamento do corpo, o braço deve estar 
próximo do ouvido, palma da mão para fora, entrando em primeiro lugar o dedo 
mínimo. O ponto de entrada na água deve ser atrás da cabeça, ligeiramente 
fora do eixo central do corpo e o braço não pode de maneira alguma flexionar 
durante a entrada na água. 
 Apoio – Também chamado de pegada, em torno de 50 a 60 cm de 
profundidade da linha de superfície; dedos ligeiramente separados. 
 Tração – fase onde a mão vai até ao alcance do cotovelo, percorrendo 
um trajeto arqueado na água. O cotovelo serve apenas como condutor da mão. 
 Empurrada – quando a mão alcança o cotovelo, a mão passa a ser 
empurrada pelo cotovelo até sua extensão total. 
 Finalização – a extensão do braço se dá a mais ou menos 10 cm da 
coxa, executando uma chicotada (snap), finalizando com a palma da mão para 
baixo. 
 Recuperação – o braço deve estar solto, retilíneo para trás, em direção 
à linha do ombro, até o ponto de entrada da mão na água. À medida que o 
braço avança a palma da mão volta-se para fora e quando o braço passar pela 
linha vertical do ombro, o dedo mínimo deve estar apontando para baixo. 
Rotação dos Ombros: 
 Os ombros giram em torno de um eixo no plano sagital, onde a cabeça 
faz parte deste eixo. Possibilitando empregar os braços como alavancas para 
reduzir a resistência. 
 24
 O braço ao entrar na água provoca uma queda do ombro 
correspondente, o que vai causar uma rotação em torno do eixo central do 
corpo, ocasionando a elevação do outro. 
 
10.5 Técnicas do Nado Costas 
 
1. pernada de costas com braços estendidos a cima da cabeça: perna, 
equilíbrio, posição; 
2. pernada de costas com braços estendidos ao longo do corpo: Idem; 
3. pernada de costas com braços nas costas,mãos no glúteo: Idem; 
4. pernada de costas com os braços estendidos na cabeça com prancha: 
Idem; 
5. pernada de costas equilibrando um objeto na cabeça: Idem; 
6. pernada de costas com um braço estendido ao longo da cabeça: Idem; 
7. pernada de costas com um braço á frente e o outro á cima da cabeça: 
Idem, flutuação; 
8. pernada de costas batendo palmas: flutuação, pernas, coordenação; 
9. pernada de costas com movimentos de ombros: perna, rolamento de 
ombro; 
10. pernada de costas com movimento de um só braço: perna, rolamento de 
ombro; 
11. pernada de costas com prancha no peito: noções de flutuação, perna; 
12. pernada de costas com prancha atrás da cabeça : Idem; 
13. pernada de costas com prancha em baixo do quadril: Idem + equilíbrio; 
14. pernada com as mãos na coxa (quadríceps): perna, conscientização 
corporal; 
15. somente 1 das pernas, perna direita ou perna esquerda: propriocepção, 
equilíbrio; 
16. pernada vertical com ênfase na inversão do pé: perna; 
17. pernada submersa + perna fora da água : perna, percepção; 
18. pernada de costas com os 2 braços estendidos acima da cabeça: 
flutuação, perna; 
19. pernada de costas + 3 segundos + perna de crawl, um Br estendido à 
cabeça: equilíbrio; 
 25
20. costas com meia fase aérea e volta ao início da braçada: fase aérea, 
coordenação; 
21. costas fase aérea inteira e volta,movimentos alternados: fase aérea, 
coordenação; 
22. costas fase aérea inteira e volta, movimentos simultâneos:fase aérea, 
flutuação; 
23. costas um braço gira e outro parado estendido ao longo do corpo: fases, 
braço,ombro;24. costas um braço gira e outro faz meia fase aérea: braço, fases, 
coordenação e flutuação; 
25. braçada dupla de costas: posição, fases, braço, coordenação; 
26. braçada dupla de costas com perna de golfinho: fases do 
braço,flutuação,coordenação; 
27. costas com perna de golfinho: coordenação; 
28. costas puxando a corda: fase aquática; 
29. costas 1 braço, o outro, os 2 juntos: fases da braçada, coordenação, giro 
de ombros; 
30. somente braço com flutuador: braço, noção de flutuação; 
31. nadar costas com os braços estendidos na fase aquática: percepção, erro 
na puxada; 
32. costas jogando água para o fundo,forçando o movimento do meio para o 
final: finalização; 
33. nadar costas com 2 movimentos de ombros à cada braçada: rolamento de 
ombros; 
34. nado gigante: cinestesia, propriocepção; 
35. costas 1X6X1: equilíbrio, giro de ombro; 
36. costas 3X6X3: equilíbrio, coordenação, giro de ombro; 
37. nadar costas com a cabeça alta: velocidade, perna; 
38. nado silencioso: coordenação, posição de nado; 
39. mão-fechada: sensibilidade, consciência corpórea; 
40. flexão dos cotovelos na fase aérea: recuperação do tríceps; 
41. Br. Direito/ Per Esq. E Br. Esq. / Per Dir.: coordenação, consciência 
corporal; 
42. Br. Direito/ Per Dir. E Br. Esq. / Per Esq.: Idem; 
 26
43. acrescentar um dedo a cada ciclo de braçada: sensibilidade; 
44. costas com perna de peito: coordenação; 
45. 3 braçadas com direito + 3 braçadas com esquerdo + 3 braçadas Juntos: 
coordenação; 
46. saída com golfinho submerso + perna de costas: saída , melhora da 
hidrodinâmica; 
47. saída com golfinho submerso + perna de costas + 3 braçadas: saída para o 
nado; 
48. 2 ciclos de costas + 2 ciclos de nado crawl: rotações do corpo, fases da 
braçada; 
49. palmateio só fase inicial com flutuador: percepção de 1a pegada; 
50. palmateio da fase intermediária, sem material: sustentação, fases da 
braçada. 
 
11 NADO PEITO 
11.1 Análise Técnica 
No Peito o nadador encontra-se em decúbito ventral, o corpo levemente 
inclinado com a cabeça mais alta que as pernas (na maior parte da execução 
do nado). 
Durante a pernada a cabeça fica submersa e queixo próximo ao peito. 
As pernas realizam movimentos simultâneos. Primeiramente, há uma flexão 
das pernas, afundando levemente os joelhos e aproximando os tornozelos e 
calcanhares do quadril. Com um pequeno movimento dos pés contraídos para 
fora, e concentrando a força na planta dos pés, empurra-se a água para o lado 
e para trás, primeiramente afastando a perna e depois a coxa, ocorrendo em 
seguida à extensão total das pernas e uma rápida aproximação para diminuir a 
resistência da água e facilitar o deslize do corpo. 
Enquanto isso, os braços ficam estendidos à frente da cabeça, para 
diminuir a resistência frontal e também facilitar o deslize. Após a finalização da 
pernada e o deslize do corpo, inicia-se a fase da Pegada, onde os braços que 
encontram-se estendidos à frente da cabeça, e com a mão ligeiramente 
 27
inclinada para fora, realizam a braçada afastando lateralmente os braços 
(este movimento também é propulsivo), até atingirem a linha dos ombros, onde 
começa a fase da Puxada, que tem o padrão "ovalado" de tracionar a água 
para trás e para o lado, mantendo os cotovelos mais altos que os antebraços, 
até atingirem a linha dos ombros e abaixo do corpo. Até esse momento, a 
cabeça permanece na água e as pernas relaxadas. Ao final da Puxada e início 
da Finalização, onde ocorre à rápida aproximação dos cotovelos ao corpo, com 
ligeira rotação dos antebraços, eleva-se a cabeça para o início da respiração, 
recuperação dos braços e recuperação das pernas. A fase de Recuperação 
dos braços poderá ser realizada com as mãos acima da linha da água ou 
abaixo. Deve-se estender os braços rapidamente à frente da cabeça, e 
colocando ao mesmo tempo a cabeça na água. Durante esse mesmo instante 
será realizada a pernada. 
Uma observação deve ser dada para quem realiza a recuperação com a 
mão acima da linha da água. O dedo mínimo deverá ficar próximo da água e 
os cotovelos não poderão sair de dentro da água. Nesse estilo, o atleta que 
eleva muito as mãos poderá ter problemas quanto ao desgaste fisiológico. 
 
11.2 Análise Competitiva 
A partida da primeira braçada após a saída e após cada virada, o corpo 
deve ser mantido sobre o peito e os ombros paralelos com a superfície da 
água. 
Todos os movimentos dos braços devem ser simultâneos e no mesmo 
plano horizontal, sem movimentos alternados. 
As mãos devem ser lançadas juntas para frente a partir do peito, abaixo 
ou sobre a água. Os cotovelos deverão estar abaixo da água exceto para a 
última braçada. As mãos deverão ser trazidas para trás na superfície ou abaixo 
da superfície da água. As mãos não podem ser trazidas para trás além da linha 
dos quadris, exceto durante a primeira braçada após a saída e em cada volta. 
 28
Todos os movimentos das pernas devem ser simultâneos e no plano 
horizontal, sem movimentos alternados. 
Os pés devem estar virados para fora durante a parte propulsiva da 
pernada. Não são permitidos movimentos em forma de tesoura, pernada 
vertical alternada ou de golfinho. É permitido quebrar a superfície da água com 
os pés, exceto seguido de uma pernada de golfinho. 
Em cada virada e na chegada da prova, o toque deve ser feito com as 
duas mãos simultaneamente acima, abaixo ou no nível da água. Os ombros 
devem permanecer no plano horizontal até que o toque seja efetuado. A 
cabeça pode submergir após a última braçada anterior ao toque, contando que 
quebre a superfície da água em qualquer ponto durante o último completo ou 
incompleto ciclo anterior ao toque. 
Durante cada ciclo completo de uma braçada e uma pernada, nesta 
ordem, parte da cabeça do nadador deve quebrar a superfície da água, exceto 
após a saída e após cada virada quando o nadador poderá dar uma braçada 
completa até as pernas e uma pernada enquanto completamente submerso. A 
cabeça tem que quebrar a superfície da água antes que as mãos virem para 
dentro na parte mais larga da segunda braçada. 
 
12 NADO BORBOLETA 
12.1 Origem do Nado Borboleta 
 
Henry Myers resolveu tirar seus braços simultaneamente por cima dos 
ombros mantendo o trabalho de perna de peito, batizando assim o nome deste 
nado de borboleta. 
Já em 1934, Jack Sile, conseguiu coordenar os movimentos 
ondulatórios de membros inferiores com a braçada. 
Este nado também é conhecido como “golfinho” (pela semelhança com 
o mamífero). 
 
 29
12.2 Aspectos Hidro-Dinâmicos do Nado Borboleta 
Corpo 
- Decúbito ventral; 
 
Cabeça 
- Submersa e queixo próximo ao peito ou lateral; 
 
Respiração 
- Inspiração – elevação frontal da cabeça; 
- Expiração – pela boca ou nariz; 
 
Braços 
- Simultâneos, semelhante ao nado de crawl; 
 
Pegada 
- Entram simultaneamente na água, na direção aos ombros; 
 
Puxada 
- Subaquática, aproximando-se do corpo (altura do quadril); 
 
Finalização 
- Mãos próximas ás coxas, palma da mão para dentro; 
 
Recuperação 
- Lateral do corpo, por cima da água; 
 
Coordenação braços / respiração 
- Inspiração ocorre no meio da puxada, quando as mãos se encontram em 
baixo do corpo; 
 
Pernas / respiração 
- Movimento da cabeça só ocorre na recuperação da segunda pernada; 
- Ponto mais alto do nado será, quando os tornozelos estiverem na superfície 
da água (quadril fundo). 
 30
 
12.3 Musculaturas Utilizadas no Nado Borboleta 
 
 
 
 
 
 
Fig. A Fig. B 
1. grande dorsal 1. trapézio 
2. serrátil 2. tríceps 
3. glúteo máximo 3. bíceps 
4. bíceps 4. grupo deltóide 
5. gastronêmios 5. extensores 
6. peitorais 6.flexores 
7. reto abdominal 7. peitorais 
8. quadríceps 
9. extensores 
 
 
 
12.4 Benefícios do Nado Borboleta 
 
 
Além de muita técnica e coordenação este nado requer um trabalho de 
força específica em várias musculaturas, e articulações do corpo de nossas 
crianças. Portanto, segundo Makarenko (2001), poderíamos inserir propostas 
fora da água, para desenvolvermos essas musculaturas em específico. 
 
 
 31
 
 
 
 
 
Assim como nos nados crawl e costas, no nado borboleta também será 
utilizado o grande palmar (ante-braço e mão) para fazermos a 1a e 2a 
varreduras. 
 
 
12. 5 Golfinho ou Borboleta - Correções 
 
 
 
Fase 
 
Correto 
 
Errado 
 
Correção 
 
Flutuação 
Horizontal quando a 
cabeça esta submersa, 
inclinado quando a 
cabeça sai da água. 
 
Deixar o corpo na 
posição 
horizontal 
 
Realizar movimentos 
de ondulação, com 
auxílio dos quadris. 
 
 
Respiração 
Frontal ou lateral, 
cabeça saindo da água 
até o queixo e inspira o 
ar pela boca; expiração 
pelo nariz ou boca com a 
cabeça submersa no fim 
da braçada. 
 
 
Levantar a 
cabeça além da 
posição correta 
 
Empurrar a água com 
os braços para os 
lados e para trás e 
menos para baixo 
 
 
Propulsão 
de pernas 
 
Pernas unidas, gerando 
o movimento para cima e 
para baixo. 
 
Pouca amplitude 
do movimento e 
mexer apenas os 
quadris. 
Realizar os 
movimentos de perna 
em posição vertical e 
também nadando de 
costas ( decúbito 
dorsal ). 
 
 
Propulsão 
de braços 
 
Afastamento lateral 
simultâneo, empurrando 
a água para trás, para 
baixo e para os lados. 
 
Não afundar os 
braços e puxar a 
água para trás. 
 
Fazer os movimentos 
parado, dentro ou fora 
da água. Consciência 
Corporal. 
 
 32
12.6 Orientações Para a Propulsão do Nado Borboleta 
 
1. Sempre espere até que seus cotovelos estejam acima de suas mãos antes 
de aplicar força. O erro mais comum que os principiantes cometem é tentar 
dominar a água no início da parte submersa da braçada. Eles tentam aplicar 
força quando seus braços estão voltados para baixo, dentro d’água. O primeiro 
terço de qualquer braçada na sua parte submersa deve ser uma busca suave 
para o agarre, o qual não deve ser efetuado até que os antebraços estejam 
voltados para baixo, contra a água. 
 
2. Sempre dê as braçadas em direções diagonais. Os nadadores nunca 
deverão tentar empurrar suas mãos e seus braços diretamente para trás. Ao 
contrário, eles sempre devem deslocá-los para trás em diagonal. 
 
3. Sempre incline ligeiramente as mãos na direção em que elas estão se 
movimentando. O ângulo de ataque correto pode ser aproximado para 
determinada varredura se as palmas das mãos do nadador estiverem 
ligeiramente inclinadas na direção em que estão se deslocando. 
 
4. Devem ocorrer duas ou mais mudanças de direção durante a fase 
submersa de qualquer braçada. Os nadadores não devem tentar empurrar 
suas mãos diretamente para trás desde o início até o final da parte submersa 
da braçada. As mudanças de direção dos membros devem ser consideráveis 
para que o nadador encontre água mais tranqüila, que possa ser acelerada 
para trás, tão logo determinada seção prévia de água tenha sido deslocada 
para trás. 
 
5. As velocidades das mãos devem acelerar gradualmente desde o agarre até 
o final da parte submersa. As mãos dos nadadores aceleram-se em pulsos 
durante a parte submersa da braçada, reduzindo a velocidade ao fazerem a 
transição de uma braçada para a seguinte e, logo depois, acelerando até o 
próximo ponto de transição. 
 
6. As mãos e os antebraços devem estar alinhados durante as fases 
propulsivas da maioria das braçadas em sua fase submersa. A tendência de 
flexionar ou estender excessivamente os punhos é um dos erros mais comuns 
 33
dos nadadores. Ela reduz as características de fólio das mãos e dos braços e 
cria turbulência, o que diminui os esforços propulsivos dos nadadores. 
 
7. Sempre mantenha as mãos apontadas para fora até que elas passem por 
baixo dos cotovelos durante a varredura para dentro. Os nadadores que 
inclinam suas mãos para dentro muito cedo durante a varredura para dentro 
perdem força propulsiva, porque seus ângulos de ataque tornam-se 
demasiadamente perpendiculares antes do término do movimento. 
 
8. Os esforços propulsivos devem cessar quando as mãos ultrapassam as 
pernas em seu trajeto para a superfície. Outro dos erros comuns cometidos 
pelos nadadores consiste em tentar fazer pressão contra a água até que suas 
mãos cheguem á superfície. Maglischo (1999). 
 
 
13 REFLETINDO SOBRE O PERFIL DO PROFISSIONAL DA NATAÇÃO 
 
 Com a proliferação das faculdades de Educação Física, a formação 
superior do professor de Educação Física já é condição “sine qua non” para a 
caracterização de um bom profissional da área. Porém não basta "passar" pela 
Faculdade. É preciso viver a faculdade, aproveitar todas as oportunidades que 
ela lhe proporciona, empenhar-se no estudo daquilo que se discute em nível 
acadêmico.Todavia, além do conhecimento técnico e científico, há alguns 
pontos de ordem prática que ajudam o professor a obter sucesso no ramo da 
Natação. 
 
13.1 Proteção Pessoal: 
-Usar sempre protetor solar e boné para cobrir-se do sol 
-Óculos escuros; 
-Roupas que permitam a transpiração; 
-Hidratar-se antes, durante e após as aulas; 
-Cuidado com o tom de voz. 
 
13.2 Didática de Ensino: 
 34
-De vez em quando o professor deverá tirar o boné e os óculos e olhar seus 
alunos nos olhos; isso é muito importante, do contrário, muitos alunos nem o 
reconhecerão se encontrá-lo na rua; 
-Nunca falar com os alunos de costas para você; 
-Estar sempre preparado para entrar na piscina; 
-Iniciantes precisam do professor junto dentro d'água na maior parte do tempo; 
-É sempre o professor quem fica de frente para o sol, nunca os alunos; 
-Variar a posição de ensino ao redor da piscina; 
-Observar o tom de voz para que não fique nem muito alto para os que estão 
próximos e nem muito baixo para os alunos mais distantes; 
-Caso o professor proponha alguma atividade em círculo, deverá explicá-la 
antes da formação do mesmo ou formar o círculo incluindo-se nele, para só 
então dar as instruções; 
-Falar pouco: explicações muito longas são cansativas e confusas; 
-O material na borda da piscina deverá estar sempre organizado; 
-Nunca jogar o material aos alunos e sim, entregar a eles; 
-Usar roupas justas, pois casacos e moletons largos impedem que os alunos 
identifiquem o movimento feito pelo professor; 
-Usar o efeito "espelho" quando estiver de frente para os alunos; 
-Evitar ficar só de sunga ou maiô na borda da piscina (a não ser que precise 
entrar na água em algum momento durante a aula) pois, a visão dos alunos de 
baixo para cima pode não ser agradável nessa situação; 
-O professor deverá estar centrado na aula em 100% do tempo; são incabíveis 
atitudes como comer na borda da piscina, conversar com colegas de trabalho, 
lixar unhas, ler ou descolorir os pelos durante a aula, mesmo que se trate de 
uma turma de alunos avançados. Sempre há o que corrigir, mudar, incentivá-
los; 
-Experimente utilizar músicas em suas aulas, mesmo com adultos: o resultado 
é sensacional; 
-Seja sempre pontual e nunca acabe as aulas antes do tempo previsto, em 
situações normais; 
-Prepare suas aulas sempre, ainda depois de 30 anos de trabalho isso é 
necessário; 
 
 35
13.2 Relações Interpessoais: 
-Nunca use apelidos para chamar os alunos (gordinho, Paraíba, etc.) a não ser 
que você esteja certo de que o próprio aluno gosta de ser chamado daquela 
maneira. 
-Criança não tembunda, tem bumbum; 
-Cuidado com o palavreado muito informal, mesmo com adultos; 
-Receba bem o seu aluno no início das aulas; 
-Sempre o convide a voltar após o término da aula; 
-Demonstre interesse por algum problema relatado por seu aluno (ex: você 
melhorou da dor nas costas na aula passada?); 
-Sua postura corporal demonstra muito sobre você: nada de ficar encostado 
nas paredes, sentado, ou com uma atitude corporal derrotista e desanimada; 
-Entre na piscina de vez em quando, mesmo com seus alunos avançados, para 
partilhar do meio líquido com eles; a diferença é incrível; 
 
 Os melhores professores são aqueles que guiam: eles dividem o que 
sabem e não se tornam os centros das atenções, os estudantes é que são o 
objetivo final de tudo. 
 
 Não é o suficiente saber o seu programa e material. Você precisa 
conhecer o seu grupo, saber quem são as pessoas que você vai ensinar. Os 
talentos, os defeitos, as fraquezas. Você precisa saber onde eles estão e 
procurar olhar onde eles poderão chegar. 
 
 A melhor maneira de ensinar não está em uma fórmula, é algo pessoal. 
Diferentes pessoas ensinam a mesma matéria de forma diferente porque são 
diferentes e vêem o mundo de forma diferente. Nós ensinamos o que somos. O 
ato de ensinar requer coragem para explorar o seu próprio sentimento de 
identidade. 
 
 
 
Profº Dndo. Paulo Cezar Mello 
CREF2/RS 0003951-G 
 
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REFERÊNCIAS 
 
COLWN, Cecil M. Nadando para o século XXI. São Paulo: Manole, 2000. 
 
CÔRREA, Célia Regina Fernandes. Atividades aquáticas para bebês. 2ª ed. 
Rio de Janeiro: Sprint, 2004. 
 
DELGADO, César Augusto; DELGADO, Shirley de Jesus Gomes Nogueira. A 
pratica da hidroginástica. 2ª ed. Rio de janeiro: Sprint, 2004. 
 
DURAN, Mauricio. Aprendendo a nadar em ludicidade. São Paulo: Phorte, 
2005. 
 
MAGLISCHO, Ernest W. Nadando ainda mais rápido. São Paulo: Manole, 
1999. 
 
PALMER, Mervyn L. A ciência de ensino da natação. São Paulo: Manole, 1990. 
 
RAMALDES, Ana. Hidro 1000: exercícios com acessórios. 2ª ed. Rio de 
janeiro: Sprint, 2004. 
 
 
SITES RECOMENDADOS: 
www.cbda.com.br 
www.fina.com 
www.efdeportes.com 
www.altavista.com.br

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