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Diuréticos Osmóticos Os diuréticos osmóticos são caracterizados por serem filtrados livremente através dos capilares glomerulares e pobremente reabsorvidas pelos túbulos renais. O Manitol, mais conhecido no comércio pelo nome de Osmitrol é o principal representante da classe farmacológica dos diuréticos osmóticos, sendo assim tem como sítio de ação a alça de Henle e o Túbulo contornado proximal. Seu mecanismo de ação bloqueia os canais de sódio (Na+). Impede a absorção tubular da água e melhora a excreção de sódio e cloreto elevando para tal a osmolaridade do filtrado glomerular. Esse aumento de osmolaridade extracelular efetuado pela administração intravenosa do manitol induzirá um movimento de água intracelular para um espaço extracelular e vascular .Essa ação é o fundamento para o papel do manitol na redução da pressão intracraniana,do edema intracraniano e da pressão intra-ocular elevada. Não cruza a barreira hematocefálica portanto não chega a S.N.C. Cerca de 90% do composto inalterado é excretado na urina, uma vez que a metabolização do manitol é muito baixa (7 a 10%). A meia vida é de aproximadamente 40 a 60 minutos em bovinos e ovinos. O manitol também é útil em casos de intoxicação, para aumentar a excreção urinária de algumas substâncias. Pode ser utilizado junto com outros diuréticos para promover a redução rápida de edema e ascite, se o procedimento for indicado. Além disso, o Manitol, a Glicerina e a Ureia são recomendados para tratamento de Glaucoma. Em relação aos efeitos colaterais, o tratamento com manitol pode resultar em desequilíbrio hidroeletrolítico, edema pulmonar, taquicardia e transtorno circulatório. O uso de doses excessivas podem causar aumento da excreção de sódio, potássio e cloro, não acompanhado por água. Nessas condições, pode ocorrer o quadro de intoxicação por água, e o risco de haver edema pulmonar aumenta. A solução de manitol é contra-indicada em pacientes com anúria total (ausência de produção de urina), descompensação cardíaca grave, hemorragia intracraniana ativa, desidratação severa e edema pulmonar (acúmulo de fluido nos pulmões). Em pacientes desidratados, deve ser feita fluidoterapia adequada antes da administração do manitol. A solução de manitol nunca deve ser adicionada ao sangue total para transfusão, ou ser administrada no mesmo equipo usado para a infusão de sangue. Referente as interações medicamentosas, o uso simultâneo com glicosídeos digitálicos pode potencializar a possibilidade de toxicidade digitálica associada com hipopotassemia. Os efeitos diuréticosem associação com outros diuréticos podem ser potencializados, incluindo os inibidores da anidrase carbônica. Posologia indicada: Glicerina Oral- Glaucoma agudo (tratamento coadjuvante): Cães e gatos- 1 a 2 ml/kg, PO(solução 50%) 8-8 hrs. Ureia- Glaucoma ou preparação para neurocirurgias ( tratamento coadjuvante) 1 a 1,5 g/kg, IV. O Manitol varia a posologia conforme a indicação. Exemplo- Diurético na insuficiência renal oligúrica: Cães: (solução 20 a 25%) 0,25 a 0,5 g/kg,IV, Diurético( para manter fluxo urinário): Cães: 1g/kg de solução 5 a 25% IV.
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