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Distribuição mundial das Leishmanioses >400.000 casos novos de leishmaniose/ano 12 milhões de pessoas infectadas leishmaniose visceral leishmaniose tegumentar. A Leishmaniose é uma zoonose Parasito Hospedeiro Vetor Leishmaniose visceral Leishmaniose cutânea localizada Leishmaniose cutâneo-difusa Leishmaniose cutâneo-mucosa Manifestações clínicas das Leishmanioses L e is h m a n io s e t e g u m e n ta r Leishmanias: morfologia amastigota promastigota Família:Trypanosomatidae Gênero Leishmania Sub-gêneros Leishmania Viannia 30 espécies Ciclo de vida de Leishmania spp. Os Flebotomíneos • Gêneros de importância médica: Phlebotomus e Lutzomyia. • Cerca de 500 espécies em todo o mundo (400 só nas Américas). • 70 espécies de flebotomíneos são prováveis vetores de 20 espécies de Leishmania. •Diferentes espécies são vetores ideais para uma ou outra espécie do parasito • solo úmido em áreas de matas – adaptação ao ambiente periurbano. • fêmea hematófaga - Lesão do tecido. - Telmofagia - Inibição de: - vasoconstrição. - coagulação. - Apesar da fragilidade são vetores excelentes. - Suas secreções salivares contribuem para este papel. Vetor & transmissão Vetor & transmissão Papel da saliva do flebotomíneo na leishmaniose No inseto vetor Desenvolvimento no vetor Promastigota procíclico Promastigota metacíclico Metaciclogênese Amastigota FORMAS DE LEISHMANIA NOS FLEBOTOMÍNEOS Procíclico (18h) Paramastigota (3d) Metacíclico (3d) E no hospedeiro mamífero Os promastigotas metacíclicos forma infectiva & - gp63 - outros… Mecanismos de infecção e evasão A fagocitose e a evasão Peters & Sacks. Immunological Reviews. 213: 80, 2006 Mecanismos de evasão - escape dos mecanismos de defesa humorais - ambiente/multiplicação = fagolisossomo burst respiratório enzimas proteolíticas Patogênese leishmaniose visceral leishmaniose tegumentar Interações de quimiocinas na LC e efeitos na resposta imune inata Resposta imune inata e adaptativa na LC Quimiocinas na leishmaniose visceral Manifestações clínicas das leishmanioses leishmaniose visceral leishmaniose tegumentar Leishmania chagasi Leishmania donovani Leishmania infantum Reservatório: canídeos Leishmaniose visceral Leishmaniose visceral - Infecção das células fagocíticas do: - baço - fígado - medula óssea - linfonodos o padrão do comprometimento depende da resposta imune http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1561 Casos Confirmados - LV Leishmaniose Visceral Americana Período inicial – ou fase aguda Febre (- de 4 semanas), palidez cutâneo-mucosa e hepato(espleno)megalia. Hiperglobulinemia e VHS alta evolução para cura espontânea Período de estado – Febre irregular, emagrecimento progressivo, palidez cutâneo-mucosa e + hepato- esplenomegalia. Comprometimento do estado geral Mais de dois meses de evolução Período final – Calazar Clássico Febre contínua e maior comprometimento do estado geral Desnutrição e edema + hemorragias, icterícia e ascite. Óbito outras infecções bacterianas e/ou sangramentos. Manifestações clínicas das leishmanioses leishmaniose visceral leishmaniose tegumentar L. flaviscutellata, L. reducta e L. olmeca nociva L. umbratilis e L. anduzei L. wellcomei, L. whitmani, L. intermedia e L. migonei Doença benigna - cura espontânea é freqüente, boa resposta ao tratamento Resposta celular específica bem modulada - predominância TH1 Infectados – assintomáticos: IDRM +, sem história ou sinais de LTA LC pode ser causada por todas as espécies dermotrópicas de Leishmania, mas as lesões são distintas: L. (L.) amazonensis = denso infiltrado – abundante em macrófagos em parasitos L.(V) braziliensis (Viannia) = infiltrado mais discreto (linfócitos e plasmócitos) e escassez de macrófagos e parasitos. LC + resposta imune inadequada = maior gravidade: - o pólo anérgico multiparasitário (LCD) - o pólo hiperérgico-pauciparasitário (LM) Leishmaniose Tegumentar Leishmania braziliensis (5,6,7,8,9) Leishmania amazonensis (7) Leishmania guyanensis (7) Leishmania braziliensis (1,2,3) Leishmania amazonensis (1,2,3,4) Leishmania guyanensis (1,2,3) Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (1) Cutânea Única (2) Cutânea Múltipla (3) Cutânea Disseminada (4) Cutânea Difusa (5) Mucosa Tardia (6) Mucosa Concomitante (7) Mucosa Contígua (8) Mucosa Primária (9) Mucosa Indeterminada Cutânea Mucosa ??? Lesões cutâneas formas ulceradas Lesões cutâneas forma verrugosa Formas ulceradas múltiplas Lesões cutâneas forma nódulo - tuberoso forma nódulo - ulcerada Forma Cutânea Difusa Características Disseminação (a partir de lesão inicial) Apresentação clínica variada (nódulos cutâneos não ulcerados) Via de disseminação – hematogênica Agente etiológico – Leishmania amazonensis Teste IDRM (Negativo) Tendência a disseminação e cronicidade Polo anérgico Clínica Lesões iniciais Evolução das lesões – 8 anos Clínica Lesões iniciais Evolução das lesões – 2 anos Clínica Lesões iniciais Evolução das lesões – 10 anos Leishmaniose Mucosa Forma Mucosa Tardia (cicatriz cutânea) Forma Mucosa Concomitante (hematogênica) Forma Mucosa Contígua (propagação) Forma Mucosa Primária Forma Mucosa Indeterminada Polo hiperérgico Leishmaniose mucosa Complicações da apresentação clínica da LTA Úlcera cutânea - Infecção secundária - Miiase Úlcera de mucosa nasal – Rinite purulenta - Sinusite - Broncopneumonia Orofaringe - Sialorréia - Disfagia (desnutrição) Laringe - Disfonia - Afonia - Obstrução Face - Trombose Seio cavernoso - Meningocefalite Olhos - Distensão fenda ocular Hanseníase virchowiana Cromoblastomicose Diagnóstico diferencial na leishmaniose tegumentar Paracoccidioidomicose Diagnóstico - Clínico - Procura do parasita – sangue, biópsia, raspado, aspirado de medula óssea - Exame direto de esfregaços corados - Exame histopatológico - Cultura - Inóculo em animais SENSIBILIDADE : ESPECIFICIDADE: Diagnóstico - Clínico - Procura do parasita – sangue, biópsia, raspado, aspirado de medula óssea - Pesquisa direta: Detecção do DNA (PCR) - Após a cultura: Padrão de Isoenzimas SENSIBILIDADE : ESPECIFICIDADE: Diagnóstico Imunodiagnóstico - Reação de Montenegro - Sorologia (RIFI) SENSIBILIDADE : ESPECIFICIDADE: Tratamento - antimoniais pentavalentes - Glucantime - pentamidina - anfotericina B ALTA TOXICIDADE TRATAMENTO PROLONGADO RESISTÊNCIA Situação atual do tratamento de leishmanioses no Brasil Glucantime: fornecido pelo MS; fabricado pela Sanofi-Aventis Preço: R$ 430,00 (60 ampolas) Anfotericina B: 1 mg/kg/dia (50mg) 15-20 dias Preço: R$ 16500,00 (1g) Anfotericina Lipossomal: 4 mg/kg x 5 dias = 1g Preço: R$ 30990,00 Sensibilidade de isolados brasileiros ao Glucantime??? Estibogluconatode Sódio - Pentostam e Glucantime: antimoniais pentavalentes em uso - inibição das reações compartimentalizadas no glicossomo. - glicólise e beta-oxidação. - resistência a antimoniais - amplificação de genes que conferem resistência (?) - mecanismos desconhecidos - administração parenteral, toxicidade e custos elevados. Pentamidina - as diamidinas aromáticas são tóxicas para vários protozoários. -mecanismo de ação não é conhecido - interferência na síntese de poliaminas. - ligação ao DNA. - uso em casos de resistência a antimoniais. - toxicidade elevada na administração endovenosa - doses muito próximas das doses terapêuticas. Profilaxia Controle do vetor RESERVATÓRIOS PACIENTES Controle do hospedeiro mamífero Profilaxia Controle do vetor Problemas: O vetor não é domiciliar e desenvolve resistência aos inseticidas. Os inseticidas apresentam efeito residual curto. construção de moradias distantes da mata telas de proteção repelentes Profilaxia RESERVATÓRIOS - eliminação dos reservatórios domésticos PACIENTES - tratamento Controle do hospedeiro mamífero Problemas: os reservatórios selvagens não podem ser “eliminados”; tratamento longo, efeitos colaterais, dificuldade de acesso ao tratamento VACINA VACINAS leishmanização Em fase de desenvolvimento: Bacterias ou vírus recombinantes (Salmonella-gp63; Vaccinia-gp46) Subunidades definidas (gp63 recombinante; peptídeos sintéticos), combinação de antígenos Parasitas vivos, com modificação genética definida Parasitas mortos, com ou sem BCG
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