Buscar

mic em necrose pulpar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

UNINGÁ – UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ 
FACULDADE INGÁ 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENDODONTIA 
 
 
 
 
 
 
ALEXANDRE RUBIK 
 
 
 
 
 
MEDICAÇÃO INTRACANAL EM DENTES COM NECROSE 
PULPAR APÓS O PREPARO QUÍMICO-MECÂNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PASSO FUNDO 
2007 
 2 
ALEXANDRE RUBIK 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICAÇÃO INTRACANAL EM DENTES COM NECROSE 
PULPAR APÓS O PREPARO QUÍMICO-MECÂNICO 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à unidade de Pós-
graduação da Faculdade Ingá – UNINGÁ – 
Passo Fundo-RS como requisito parcial para 
obtenção do título de Especialista em 
Endodontia. 
 
 
Orientador: Prof. Ms. Mateus Silveira Martins 
Hartmann 
 
 
 
 
PASSO FUNDO 
2007 
 
 
 3 
ALEXANDRE RUBIK 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICAÇÃO INTRACANAL EM DENTES COM NECROSE 
PULPAR APÓS O PREPARO QUÍMICO-MECÂNICO 
 
Monografia apresentada à comissão 
julgadora da Unidade de Pós-graduação da 
Faculdade Ingá – UNINGÁ – Passo Fundo-
RS como requisito parcial para obtenção do 
título de Especialista em Endodontia. 
 
 
 
 
Aprovada em ___/ ___/_____. 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
_____________________________________________ 
Prof. Ms. Matheus S. Martins Hartmann 
 
_____________________________________________ 
Prof. Dr. José Roberto Vanni 
 
_____________________________________________ 
Prof. Ms. Volmir João Fornari 
 
 
 
 
 
 
 4 
RESUMO 
 
 
As medicações intracanais fazem parte do tratamento endodôntico e são 
motivo de discussão pelo fato de não haver uma unanimidade sobre qual o melhor 
medicamento, já que os vários estudos a respeito do assunto são contraditórios. 
Muitas substâncias foram utilizadas ao longo dos tempos com o objetivo principal de 
eliminar os microrganismos que sobreviveram ao PQM sem que essa medicação 
causasse danos aos tecidos vivos. É importante salientar que nenhuma medicação 
intracanal utilizada nos dias atuais preenche todos os requisitos desejáveis a uma 
medicação ideal e as opiniões ainda são contraditórias sobre qual seria a medicação 
intracanal mais indicada. Vários estudos têm demonstrado que algumas substâncias 
merecem destaque quando utilizadas para esse fim por apresentarem resultados 
satisfatórios. As principais medicações utilizadas em dentes com necrose pulpar 
após o PQM são o tricresol formalina, o paramonoclorofenol canforado, o hidróxido 
de cálcio e a clorexidina. Este trabalho teve por objetivo, através de um 
levantamento bibliográfico, expor as vantagens, as desvantagens, as indicações, as 
contra-indicações, as formas de apresentação e a aplicação das substâncias 
disponíveis mais utilizadas como medicação intracanal em dentes com necrose 
pulpar após o preparo químico-mecânico (PQM). Desta maneira, concluí-se que, 
após o PQM de dentes com necrose pulpar e não sendo possível sua obturação 
imediata, a medicação intracanal de escolha é o paramonoclorofenol canforado, 
pelas suas excelentes propriedades antimicrobianas, ação satisfatória em tempo 
reduzido, além da facilidade de aplicação e remoção do interior dos canais 
radiculares. 
 
 
Palavras-chave: Endodontia. Tratamento do canal radicular. Necrose da polpa 
dentária. Dente não-vital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
ABSTRACT 
 
 
Intracanal medications are part of the endodontic treatment and have been a 
motive of discussion because no consensus has yet been reached with respect to 
which should be the best medication, as contradictory outcomes have been reached 
in different studies. Therefore, over the last years, several substances have been 
purposed with the main goal of eliminating persistent microorganisms that survive the 
CMP without causing any damage to the living tissues. It is worthy mentioning that no 
currently used intracanal medication fulfills all desirable requirements of an ideal 
medication and the opinions are still controversial with respect to which would be the 
most indicated dressing. Several studies have demonstrated that some substances 
stand out when used as intracanal dressings because of their satisfactory results. 
The most commonly used intracanal medications for teeth with pulp necrosis after 
CMP are tricresol formalin, camphorate paramonochlorophenol, calcium hydroxide 
and chlorhexidine. The purpose of this review of literature was to address the 
advantages, disadvantages, indications, contraindications, forms of presentation and 
application of the substances that are most frequently used as intracanal dressings in 
teeth with pulp necrosis after chemomechanical preparation (CMP). Therefore, it may 
be concluded that, after CMP of teeth with pulp necrosis, and in cases where 
immediate obturation is not possible, camphorate paramonochlorophenol should be 
the material intracanal dressing of choice because of its excellent antimicrobial 
properties, satisfactory action in a short period of time, and ease of application and 
removal from the root canals. 
 
Key Words: Endodontics. Root canal treatment. Dental pulp necrosis. Non-vital tooth. 
 
 
 
 
 
 6 
SUMÁRIO 
 
 
1 Introdução .......................................................................................................... 07 
2 Revisão de literatura .......................................................................................... 08 
 2.1 Paramonoclorofenol ...................................................................................... 11 
 2.2 Tricresol formalina ......................................................................................... 13 
 2.3 Hidróxido de cálcio ........................................................................................ 15 
 2.3.1 Ação antimicrobiana ................................................................................. 15 
 2.3.1.1 Mecanismos de ação .......................................................................... 17 
 2.3.1.2 Limitações da utilização do hidróxido de cálcio .................................. 18 
 2.3.1.3 Efeito do veículo na atividade antimicrobiana ..................................... 19 
 2.3.2 Ação antiinflamatória ................................................................................ 20 
 2.3.3 Biocompatibilidade ................................................................................... 21 
 2.3.4 Veículos ................................................................................................... 21 
 2.3.5 Métodos de introdução no canal radicular ............................................... 25 
 2.4 Clorexidina .................................................................................................... 25 
3 Conclusão .......................................................................................................... 28 
4 Referências ........................................................................................................ 29 
 
 
 7 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O avanço tecnológico e científico na Endodontia, pelo aprimoramento das 
técnicas de preparo e obturação dos canais radiculares, tem melhorado o 
prognóstico dos tratamentos endodônticos. Novos equipamentos, como os 
instrumentos de níquel-titânio, o emprego dos localizadores eletrônicos foraminais e 
as mais diversas substâncias irrigadoras, facilitaram a ação do endodontista 
(LEONARDO; SILVA, 2005). 
 Entretanto, é necessário um conhecimento biológico sobre a patologia que 
envolve o sistema de canais radiculares, para que se chegue ao diagnóstico mais 
correto possível e a um tratamento individualizado para cada caso. 
 O preparo químico-mecânico(PQM) é um dos passos mais importantes do 
tratamento endodôntico, porém essa manobra por si só não é capaz de destruir 
completamente os microrganismos. Além disso, não existe uma droga capaz de 
promover a total desinfecção do sistema de canais radiculares, ficando a dúvida 
sobre se o canal radicular pode ou não ser obturado (QUIDUTE; AGUIAR, 2002). 
 Assim, as medicações intracanais fazem parte do tratamento endodôntico há 
muito tempo, sendo motivo de discussão pelo fato de não haver uma unanimidade 
sobre qual o melhor medicamento, já que os vários estudos a respeito do assunto 
são contraditórios. Sabe-se que há um receio entre muitos profissionais de realizar a 
endodontia em dentes com necrose pulpar em sessão única. Mesmo os cirurgiões-
dentistas mais habilidosos nem sempre conseguem realizar o tratamento em sessão 
única, por falta de tempo, seja por condições do próprio paciente, e necessitam 
utilizar uma medicação intracanal. 
 Todavia, é unanimidade que, após o PQM de dentes necrosados, quando 
esses não forem obturados na mesma sessão, torna-se imprescindível a colocação 
de uma medicação intracanal (LEONARDO; SILVA, 2005). 
 Desta forma, este trabalho tem por objetivo, por meio de um levantamento 
bibliográfico, expor às vantagens, as desvantagens, as indicações, as contra-
indicações, as formas de apresentação e a aplicação do paramonoclorofenol, do 
tricresol formalina, do hidróxido de cálcio e da clorexidina que são as principais 
substâncias utilizadas como medicação intracanal em dentes com necrose pulpar 
após o PQM. 
 8 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
O tratamento endodôntico ideal visa à limpeza e a modelagem de todo o 
sistema de canais radiculares, procurando eliminar a infecção, auxiliado por 
soluções irrigadoras indicadas e por medicações intracanais apropriadas, para que, 
ao final, obtenha-se uma obturação satisfatória do sistema de canais radiculares 
(ALBUQUERQUE; DINIZ; MATHEUS, 1999). 
 Para Hizatugo et al. (2002), o objetivo principal do tratamento endodôntico é 
criar condições propícias para que ocorra o restabelecimento da normalidade dos 
tecidos periapicais. Esse objetivo é conseguido principalmente pela ação químico-
mecânica dos instrumentos endodônticos e das soluções irrigadoras, promovendo a 
desinfecção do sistema de canais radiculares, e pela obturação tridimensional desse 
sistema. 
 Entretanto, sabe-se que os microrganismos não são destruídos na sua 
totalidade do complexo de canais radiculares após o PQM (SJÖGREN et al., 1997), 
o que pode ocorrer por falhas na instrumentação, pela presença de áreas 
inacessíveis à ação dos instrumentos endodônticos e da solução irrigadora e pela 
presença de microrganismos. 
Assim Khademi et al. (2006) avaliaram qual seria o instrumento mínimo a ser 
utilizado para que houvesse uma efetiva penetração da substância irrigadora e 
remoção da lama dentinária. Foram utilizados 40 raízes vestibulares de molares 
extraídos que foram divididos em quatro grupos de acordo com o instrumento apical 
utilizado: 20, 25, 30 e 35. Após a irrigação final e remoção da lama dentinária as 
amostras foram avaliadas por microscópio eletrônico de varredura. Os autores 
concluíram que o instrumento apical mínimo a ser utilizado para uma eficiente 
penetração da solução irrigadora é o 30. 
Hshieh et al. (2007) avaliaram a importância da profundidade de inserção das 
agulhas de irrigação em sete dentes extraídos unirradiculares, instrumentados com 
calibres diferentes de limas que variavam de 25 até 80. O calibre das agulhas para 
irrigação utilizadas foram 23, 25 e 27, e a profundidade de inserção das agulhas foi 
de 3, 6 e 9 mm aquém do ápice radicular. Comprovaram que a agulha com calibre 
27, utilizada a 3 mm do ápice em um canal radicular dilatado até o instrumento 30 
mostrou uma efetiva irrigação da região periapical. Quando a agulha estiver a 6 mm 
 9 
do ápice radicular, a irrigação será satisfatória na região periapical somente se o 
canal radicular for dilatado até o instrumento 50 ou um de número maior. Já quando 
a agulha de irrigação estiver a uma distância de 9 mm do ápice radiográfico a 
irrigação não será efetiva sobre a região periapical. 
 Para Estrela e Estrela (2002), a fase do preparo radicular é a responsável 
pela sanificação do canal radicular, com a eliminação de restos de matéria orgânica 
e de grande quantidade de microrganismos, porém, isoladamente, não garante a 
sua completa remoção. Afirmam ainda que a presença de microrganismos nem 
sempre determina um fracasso, todavia a ausência desses certamente contribuirá 
para o sucesso do tratamento. 
 Siqueira Jr. (2002) afirma que a infecção no interior do sistema de canais 
radiculares não é eliminada de forma eficaz somente pelo PQM e pela obturação do 
canal radicular, estando o sucesso do tratamento dependente também da aplicação 
de uma medicação intracanal adequada após o PQM. 
 Dessa forma, após o PQM faz-se necessária a utilização de uma substância 
no interior do canal radicular ou da câmara pulpar com o objetivo de destruir os 
microrganismos que sobreviveram ao PQM. Assim, deverá ser aplicado um 
medicamento no interior do sistema de canais radiculares que atuará como um 
recurso auxiliar ao PQM, visando à destruição dos microrganismos (SOARES; 
GOLDBERG, 2001; BATISTA; BERGER, 2002). 
 A medicação intracanal também pode ser encontrada na literatura com outras 
nomenclaturas, como curativo entre sessões, curativo de demora e medicação local 
(SOARES; GOLDBERG, 2001). 
 A busca por uma substância ideal para ser utilizada como medicação 
intracanal que atenda a todos os requisitos para essa função tem gerado um número 
elevado de pesquisas, com resultados muitas vezes contraditórios. Estes autores 
salientam que a medicação intracanal deve atuar de forma efetiva sobre toda a 
microbiota do sistema de canais radiculares (mesmo aquela protegida pelo biofilme 
apical), além de ter ação anti-exsudativa, induzir a mineralização, ter capacidade de 
dissolver restos orgânicos e estimular o reparo apical e periapical (LEONARDO; 
SILVA, 2005). 
 Segundo Lopes e Siqueira Jr. (1999), a utilização de uma medicação 
intracanal dá-se por diversos motivos: promover a eliminação e impedir a 
proliferação de microrganismos remanescentes após o PQM; atuar como barreira 
 10 
físico-quimica contra a infecção ou a reinfecção por microrganismos da saliva; 
reduzir a inflamação perirradicular; solubilizar matéria orgânica; neutralizar produtos 
tóxicos; controlar exsudação persistente; controlar reabsorção dentinária inflamatória 
externa e estimular a reparação por tecido mineralizado. 
 Souza (2003) considera que o medicamento intracanal ideal deve apresentar 
duas características básicas: exercer uma ação antiinflamatória (em virtude de o ato 
operatório ser traumático) e apresentar ação bactericida (pelo temor da permanência 
de microrganismos após o PQM). 
 Os principais requisitos desejáveis para uma medicação intracanal são: 
capacidade antimicrobiana, biocompatibilidade, largo espectro de ação, atividade 
prolongada, não manchar as estruturas dentárias, não ser alergênico e ser de fácil 
remoção. Porém, ainda não existe uma substância que reúna todas essas 
características (RUIZ; ANDRADE; SILVA, 2007). 
 Soares e Goldberg (2001) ressaltam a importância da quantidade de 
medicação, do local de aplicação e do tempo de aplicação, que deverá ser 
individualizado para cada medicamento e para cada caso clínico. 
 Ainda que, atualmente, as dúvidas quanto à escolha de uma substância ideal 
para ser utilizada como medicação intracanal sejam menores quando comparadas a 
um passado recente, ainda existem (SOUZA, 2003) e podem estar relacionadasà 
grande quantidade de substâncias encontradas no comércio (LEONARDO; SILVA 
2005). 
 Pelisser et al. (2005), entendendo a fase de medicação intracanal como um 
componente importante do tratamento endodôntico, enviaram um questionário para 
141 faculdades de odontologia do país, direcionado à disciplina de Endodontia de 
cada faculdade. O questionário constituiu-se de perguntas com relação ao tipo de 
medicação preconizada em diferentes condições patológicas e fases do tratamento 
endodôntico. Concluíram que o diagnóstico da condição pulpar e a fase do 
tratamento endodôntico influenciam na seleção da medicação utilizada. As 
medicações mais utilizadas nos casos de polpa viva, segundo a pesquisa, são a 
associação corticosteróide-antibiótico e o hidróxido de cálcio. Já, nos casos de polpa 
morta, as medicações comumente utilizadas são o hidróxido de cálcio, o 
paramonoclorofenol canforado e o tricresol formalina. 
 Assim, discorre-se sobre as principais substâncias utilizadas como medicação 
intracanal em dentes necrosados após o preparo químico-mecânico. 
 11 
2.1 Paramonoclorofenol 
 
 O paramonoclorofenol foi proposto, inicialmente, como medicação intracanal 
por Walkhoff em 1891, sendo que a forma mais utilizada dessa medicação é em 
associação com a cânfora (PMCC), alteração sugerida por este autor em 1929 
(BATISTA; BERGER, 2002). Constitui-se, sem dúvida, na medicação intracanal mais 
utilizada durante muitos anos. A quase unanimidade pela utilização dessa 
medicação deve-se a sua grande ação antimicrobiana e à praticidade do seu uso 
(SOUZA, 2003). 
O paramonoclorofenol é um anti-séptico que age baseado em sua função 
fenólica e pela presença do íon cloro que é liberado lentamente; caracteriza-se por 
apresentar um odor fenólico característico e é normalmente associado a outras 
substâncias, ou diluído em relação a sua formulação original. Pode ser associado à 
cânfora (PMCC) e ao furacin, ou, ainda, diluído em água. A cânfora, além de servir 
como veículo, ajuda a diminuir a ação irritante do paramonoclororofenol e aumenta 
seu poder bactericida (LOPES; SIQUEIRA JR., 1999; SOARES; GOLDBERG, 2001). 
É unanimidade entre vários autores a preocupação com a ação irritante do 
PMCC sobre os tecidos periapicais (LOPES; SIQUEIRA JR., 1999, SOARES; 
GOLDBERG, 2001; SOUZA, 2003; LEONARDO; SILVA, 2005). 
Em relação à forma de ação do PMCC, ainda há divergências se este age 
somente por contato ou à distância pela ação de vaporização. Dessa forma, Batista 
e Berger (2002) afirmaram que a aplicação do PMCC poderá ser com bolinhas de 
algodão levemente umedecidas com a medicação, seladas no interior da câmara 
pulpar, ocorrendo, assim, a ação do medicamento pela liberação de vapores. Porém, 
a utilização através do umedecimento de cones de papel absorvente com o PMCC 
colocados no interior dos canais radiculares, é defendida pelos que julgam que a 
ação do PMCC ocorre pelo contato deste com os microrganismos (SOARES; 
GOLDBERG, 2001). 
Morais et al. (2001) concluíram que o paramonoclorofenol canforado não 
possui ação a distância e que a sua utilização deve se dar com pontas de papel 
absorvente embebido na medicação e introduzido no canal radicular até o 
comprimento de trabalho. Salientam ainda que os anti-sépticos devem ser utilizados 
com cautela e que são ineficazes contra alguns tipos de enterococcus. 
 12 
Soares e Goldberg (2001) ressaltam a importância do uso do PMCC em 
dentes despulpados que apresentam canais radiculares atrésicos e que necessitem 
de uma resolução clínica rápida (menos de sete dias), impossibilitando, dessa forma, 
a ação eficiente do hidróxido de cálcio como medicação intracanal. 
É consenso que o PMCC só poderá ser utilizado como um medicamento 
intracanal em dentes necrosados e somente após o PQM estar concluído (SOARES; 
GOLDBERG, 2001; LEONARDO; SILVA, 2005). Isso ocorre porque a presença de 
matéria orgânica provoca a neutralização do poder anti-séptico desse medicamento. 
Também a capacidade de coagular proteínas leva à formação de tampões 
impermeáveis, o que impossibilita uma ação efetiva desse medicamento na 
presença de matéria orgânica. 
Leonardo et al. (1993) avaliaram a penetrabilidade dentinária de diferentes 
substâncias utilizadas como medicação intracanal. Concluíram que o PMCC 
utilizado no interior do canal radicular em um cone de papel absorvente umedecido 
com o medicamento foi a substância que apresentou a menor penetração dentinária, 
quando comparado com as seguintes substâncias: Calen (S.S. White Artigos 
Dentários Ltda. Rio de Janeiro); Calen + PMCC (preparado pela disciplina de 
Endodontia da Faculdade de Odontologia de Araraquara/UNESP); Calen + 
paramonoclorofenol (preparado pela Faculdade de Odontologia de 
Araraquara/UNESP); pasta aqu o s a d e hidróxido de cálcio (preparado pela 
Faculdade de Odontologia de Araraquara/UNESP). Os últimos três medicamentos 
foram os que alcançaram o maior índice de difusão na massa dentinária. 
Sardi, Froener e Fachin (1995) realizaram estudo in vivo no qual selecionaram 
19 pacientes que apresentavam dentes com necrose pulpar e lesões periapicais 
visíveis radiograficamente. Esses dentes foram submetidos a amostras 
bacteriológicas após o PQM e após a remoção da medicação intracanal. Foi 
utilizado como medicação intracanal o PMCC em cinco dentes e a pasta de 
hidróxido de cálcio associada ao soro fisiológico foi em 14 dentes. Sete dias após, a 
medicação intracanal foi removida e novo teste bacteriológico foi realizado. 
Constataram que nos dentes onde o PMCC fora utilizado como medicação 
intracanal não houve crescimento bacteriano em 100% dos casos, ao passo que nos 
canais radiculares nos quais a pasta de hidróxido de cálcio fora utilizada não houve 
crescimento bacteriano em 80% dos casos. 
 13 
Fachinelli et al. (2005) avaliaram a efetividade antibacteriana de diferentes 
medicações intracanais: hipoclorito de sódio 1%, gel de clorexidina 2%, pasta de 
hidróxido de cálcio utilizando água destilada como veículo e paramonoclorofenol 
canforado. Vinte dentes com necrose pulpar e com lesão periapical visível 
radiograficamente foram instrumentados e divididos em quatro grupos de cinco 
dentes cada, variando conforme a medicação utilizada no interior dos canais 
radiculares. Após sete dias foram realizadas a coleta e a cultura microbiológica. Em 
relação aos microrganismos anaeróbios, todas as medicações foram eficientes: 
100% das culturas negativas. Já, para os microrganismos aeróbios, somente a pasta 
de hidróxido de cálcio foi totalmente eficiente, com 100% de casos negativos, ao 
passo que o paramonoclorofenol canforado e a clorexidina apresentaram 60% de 
culturas negativas. Já o hipoclorito de sódio apresentou 100% de casos positivos. 
 Fachin, Nunes e Mendes (2006) avaliaram in vivo a cicatrização de dentes 
portadores de lesão periapical após o PQM e a utilização de quatro diferentes 
medicações intracanal, que permaneceram por sete dias antes da obturação do 
canal radicular. O acompanhamento da lesão foi radiográfico, aos três, seis e nove 
meses após a obturação radicular. Os medicamentos utilizados foram: PMCC, gel de 
clorexidina 2%, pasta de hidróxido de cálcio (veículo água destilada) e hipoclorito de 
sódio 1%. Ao final de nove meses, os melhores resultados foram obtidos nos dentes 
nos quais se utilizou o PMCC como medicação intracanal, seguido pelo hidróxido de 
cálcio, clorexidina 2% e hipoclorito de sódio 1%. 
 
 
2.2 Tricresol formalina 
 
 O formocresol e o tricresol formalina são considerados a mesma substância 
quanto a sua composição química; diferem, porém, pela concentração de formalina 
em suas formulações, visto que o tricresolformalina apresenta em torno de 90% de 
formalina em sua composição, ao passo que o formocresol tem em torno de 19 a 
43% (SIQUEIRA JR.; LOPES, 1999). 
 O tricresol formalina foi introduzido como medicamento intracanal na 
odontologia em 1906 por Buckley (BATISTA; BERGER, 2002). 
Para Leonardo e Silva (2005), o tricresol formalina constitui-se, sem dúvida, 
no mais potente anti-séptico contra microrganismos anaeróbios, porém, pelo fato de 
 14 
este medicamento agir a distância pela vaporização de gases, acreditam que pode 
causar uma extensa necrose nos tecidos periapicais. Dessa forma, estes autores 
recomendam a utilização do tricresol formalina somente em casos específicos, como 
em pacientes de alto risco sem a devida cobertura antibiótica, ou para uma 
neutralização mediata do conteúdo séptico-tóxico do canal radicular, com o objetivo 
de evitar pós-operatórios desagradáveis. 
A ação antimicrobiana do tricresol formalina ocorre pela ação alquilante sobre 
proteínas e ácidos nucléicos dos microrganismos, levando-os à destruição. Essa 
propriedade é devida à ação da formalina. O tricresol, por sua vez, caracteriza-se 
por ser um anti-séptico extremamente potente, cerca de quatro a cinco vezes mais 
ativo que o fenol, porém menos tóxico, tanto que foi adicionado ao formaldeído com 
o objetivo de diminuir suas propriedades irritantes (SIQUEIRA JR.; LOPES, 1999). 
A grande desvantagem do tricresol formalina é o seu poder de irritação aos 
tecidos vivos, característica que é responsável pela contra-indicação como um 
medicamento intracanal pela grande maioria dos autores. Assim, quando utilizado, o 
tricresol deve ser aplicado em quantidades mínimas com uma bolinha de algodão 
levemente umidificada posicionada somente na câmara pulpar (SOARES; 
GOLDBERG, 2001). 
Esberard, Queiroz e Santos (1993) avaliaram clínica e radiograficamente 
cinqüenta dentes com lesão periapical radiograficamente visível, os quais foram 
abordados e receberam um curativo com tricresol formalina. Os dentes foram 
analisados a cada trinta dias por, no máximo, nove meses, por meio de radiografias 
periapicais. Notaram uma diminuição da lesão radiográfica em 34 dentes. Segundo 
os autores, o tricresol formalina não determina o aparecimento de sintomatologia 
dolorosa em dentes com lesão periapical crônica, porém, em dentes necrosados 
sem lesão periapical visível radiograficamente, essa afirmação não pode ser feita 
com exatidão. 
Melo, Albuquerque e Castro (2004) estudaram a efetividade antibacteriana do 
tricresol formalina em sua fórmula comercial e diluído em álcool 96, nas proporções 
de 1:2, 1:3, 1:5, 1:10, sobre as seguintes bactérias: Enterococcus faecalis, 
Pseudomonas aeruginosa, Bacillus subtilis e a mistura destas. Concluíram que o 
tricresol formalina na diluição de 1:3 mostrou-se efetivo na destruição de todas as 
bactérias e com um provável potencial citotóxico baixo. 
 15 
Thomas et al. (2006), em uma revisão de literatura da utilização de 
medicamentos intracanais a base de formaldeído, como é o caso do tricresol 
formalina, afirmaram que o potencial citotóxico desta medicação está relacionado 
diretamente com a quantidade utilizada da substância. Salientaram que a dificuldade 
maior está em limitar o volume da medicação a ser colocada no interior da câmara 
pulpar, ficando dúvidas sobre qual a concentração e a quantidade ideal a serem 
utilizadas da medicação sem causar efeitos indesejáveis locais e sistêmicos. 
Silva et al. (2006) avaliaram o efeito antimicrobiano do tricresol formalina 
através de contato e por volatilização. O estudo foi realizado in vitro, sendo utilizadas 
duas cepas bacterianas, Enterococcus faecalis e Bacillus subtilis. O tricresol 
formalina foi aplicado no interior da câmara pulpar dos dentes utilizados no estudo 
por meio de uma bolinha de algodão levemente embebida com a medicação e a 
ação antimicrobiana foi avaliada através do método de difusão em ágar por contato 
e à distância. Foram utilizadas placas de Petry que foram inoculadas com as 
suspensões microbianas. Os resultados demonstraram que o tricresol formalina não 
apresentou efeito antimicrobiano por volatilização via forame apical e que a ação 
antimicrobiana por contato do tricresol formalina foi de difusão e não de inibição. 
 
 
2.3 Hidróxido de cálcio 
 
Os primeiros relatos da utilização do hidróxido de cálcio na odontologia são 
atribuídos a Nygren, em 1838, para o tratamento da fístula dental. Já Codman, em 
1851, relatou o seu uso em amputações radiculares de dentes com vitalidade pulpar. 
Entretanto, o hidróxido de cálcio só foi introduzido na endodontia baseado em 
evidências científicas em 1920 por Hermann (FAVA; HERMANN apud LOPES; 
SIQUEIRA JR., 1999). 
 
 2.3.1 Ação antimicrobiana 
 
O h idróxido de cálcio caracteriza-se por ser uma base forte, com pH 
aproximado de 12,5. Apresenta-se na forma de um pó, o qual deve ser adicionado a 
um veículo para que possa dissociar-se em íons cálcio e hidroxila, que são os 
responsáveis pela elevação do pH do meio onde a medicação estará presente. Essa 
 16 
elevação do pH é a principal responsável pelo efeito antimicrobiano que este 
medicamento apresenta (QUIDUTE; AGUIAR, 2002; SIQUEIRA JR., 2002; 
LEONARDO, 2005). 
A atividade antimicrobiana de medicamentos a base de hidróxido de cálcio foi 
estudada por Maniglia et al. (2003), o qual utilizou sete diferentes formulações a 
base de hidróxido de cálcio: hidróxido de cálcio PA + aderogil, pasta base do 
cimento dycal, hidróxido de cálcio + adeforte, pasta base do cimento life, pasta 
catalisadora do cimento Hydro C, pasta base do cimento Hydro C, hidróxido de 
cálcio PA + água destilada. Essas medicações foram testadas por método de 
d i f usão em ágar com dois tipos de bactérias: Enterococcus faecalis e 
Staphylococcus aureus. Os resultados mostraram que a pasta base do Hydro C, 
base do Dycal, hidróxido de cálcio PA + água destilada e pasta base do Life não 
mostraram diferença estatística entre si, porém foram superiores quanto ao efeito 
antimicrobiano em relação à pasta catalisadora do Hydro C, hidróxido de cálcio PA + 
aderogil e hidróxido de cálcio PA + adeforte. 
Estrela, Estrela e Pécora (2003) realizaram um estudo in vitro com o objetivo 
de avaliar o tempo necessário de permanência do hidróxido de cálcio no interior de 
canais radiculares infectados, com o objetivo de eliminar os microrganismos que 
sobreviveram ao PQM. Foram utilizados 168 dentes humanos anteriores, os quais 
foram contaminados com Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, 
Pseudomonas aeruginosa, Bacillus subtilis e Candida albicans. Após o PQM, os 
canais radiculares foram preenchidos com uma pasta de hidróxido de cálcio 
associada à água destilada. As amostras foram coletadas nos intervalos de 1 
minuto, 7, 15, 21, 27, 30, 45, 60 e 90 dias. Os resultados indicaram que o efeito 
antimicrobiano ideal ocorreu após sessenta dias de utilização da pasta de hidróxido 
de cálcio. 
Bisterzo et al. (2003) compararam o efeito antimicrobiano de quatro 
substâncias utilizadas como medicação intracanal sobre microrganismos 
normalmente encontrados em infecções endodônticas. O estudo foi realizado pela 
técnica de difusão em ágar e as substâncias utilizadas foram: hidróxido de cálcio 
associado ao soro fisiológico, hidróxido de cálcio associado ao PMCC, 
paramonoclorofenol + polietilenoglicol 400 + rinossoro (PRP) e fosfato de 
dexametasona + paramonoclorofenol + polietilenoglicol 400 + rinossoro (NDP). O 
estudo concluiu que o PRP e o NDP apresentaram uma acentuada atividade 
 17 
antimicrobiana contra todos os microrganismos utilizados no estudo, ao passo que o 
hidróxido de cálcio associadoao soro fisiológico e ao PMCC apresentou a menor 
atividade antimicrobiana das medicações que foram testadas. 
 Segundo Leonardo et al. (2004), o hidróxido de cálcio é o único medicamento 
intracanal capaz de inativar os efeitos tóxicos da endotoxina bacteriana, tanto in vitro 
quanto in vivo. Afirmam ainda que a endotoxina bacteriana está presente em todos 
os canais radiculares necrosados com lesão periapical visível radiograficamente e é 
responsável pela origem e manutenção da destruição óssea periapical. 
Alencar et al. (2005) compararam amostras bacteriológicas em 45 dentes 
humanos necrosados antes do preparo biomecânico e após a instrumentação e 
utilização de uma medicação intracanal com Calen+PMCC por 7, 14 e 30 dias. 
Houve uma redução mínima de 97% e máxima de 98,5% na microbiota radicular, 
sendo os melhores resultados obtidos nas amostras após trinta dias de utilização da 
medicação intracanal. 
 Num estudo clínico, Siqueira Jr., Magalhães e Rôças (2007) avaliaram a 
redução bacteriana em onze dentes com lesão periapical crônica. Os dentes foram 
preparados usando hipoclorito de sódio a 2,5% como solução irrigadora e, após, os 
canais radiculares foram preenchidos com uma pasta de hidróxido de cálcio 
associada ao PMCC, que permaneceu por um período de sete dias. Foram 
realizadas três amostras microbiológicas, uma antes do PQM, outra após o PQM e a 
última após a utilização da medicação intracanal. Observaram uma diminuição 
bacteriana de 45,5% após o PQM, quando comparado com a amostra microbiológica 
inicial. Porém, após a utilização da medicação intracanal, a redução dessas 
bactérias no interior dos canais foi de 90,9%, quando comparadas com a amostra 
inicial. 
 
 2.3.1.1 Mecanismos de ação 
 
O mecanismo de ação do hidróxido de cálcio ocorre por contato, ou seja, a 
medicação precisa entrar em contato com os microrganismos para que possa 
eliminá-los ou inativá-los. A ação antimicrobiana do hidróxido de cálcio depende da 
dissociação do hidróxido de cálcio em íons cálcio e hidroxila, o que ocorre em 
presença de água. O pH elevado proporcionado pela dissociação dos íons provoca a 
destruição da membrana celular das bactérias e de sua estrutura protéica, 
 18 
interferindo no seu metabolismo e levando-as à morte (LOPES; SIQUEIRA JR.,1999; 
RUIZ; ANDRADE; SILVA, 2007). 
Para Estrela (1999), também ocorre dano ao DNA da célula bacteriana, 
dificultando a multiplicação sem mutações das células. A inativação enzimática 
bacteriana também é conseqüência da ação do hidróxido de cálcio, porém, essa 
inativação pode ser reversível quando a medicação agir por um curto período de 
tempo sobre as bactérias. 
Maniglia et al. (2005) compararam nos tempos de 1, 2, 7, 14, 17 e 33 dias a 
concentração de íons cálcio e hidroxila e também o pH do meio proporcionado pela 
dissociação do hidróxido de cálcio com os seguintes veículos: hidróxido de cálcio 
com água destilada, pasta base do cimento life, hidróxido de cálcio adicionado ao 
aderogil e hidróxido de cálcio adicionado ao adeforte. Em relação à liberação de 
cálcio, o hidróxido de cálcio adicionado à água destilada mostrou-se superior às 
outras formas do hidróxido de cálcio; já, em relação ao pH do meio, a pasta base do 
cimento life apresentou o pH mais elevado, seguida do hidróxido de cálcio 
adicionado à água destilada. 
Camargo et al (2003) também avaliaram in vitro a concentração de pH e a 
liberação de íons cálcio, utilizando o hidróxido de cálcio como medicação intracanal 
com diferentes veículos: detergente, solução salina, polietilenoglicol 400 + 
paramonoclorofenol canforado (Calen PMCC) e polietilenoglicol 400 + 
paramonoclorofenol furacinado (PMFC). Após 7 e 14 dias as mensurações de pH e 
liberação de cálcio foram obtidas. Como resultado o Calen PMCC foi superior as 
demais análises, seguido pelo PMFC e solução salina, que se mostraram 
equivalentes entre si, porém esses foram superiores ao detergente. Ainda, notou-se 
que o período de 14 dias apresentou uma maior liberação de íons cálcio. 
 
2.3.1.2 Limitações da utilização do hidróxido de cálcio 
 
O fato de o hidróxido de cálcio agir por contato pode levar a uma dificuldade 
de ação em canais radiculares muito atrésicos, em razão da dificuldade de inserção 
da medicação nesses canais (SOARES; GOLDBERG, 2001). Também se faz 
necessário um tempo maior de atuação dessa medicação quando comparada com 
as medicações inespecíficas, já que a difusão dos íons hidroxila não ocorre 
imediatamente. Existem alguns microrganismos que são mais resistentes a um alto 
 19 
pH, como a Enterococcus faecalis, Cândida albicans e o Actinomyces radicidentis; 
quando estes microrganismos não são destruídos, o tratamento endodôntico pode 
ficar comprometido (LOPES; SIQUEIRA JR., 1999). 
Outro fator que dificulta a ação do hidróxido de cálcio é a dificuldade de 
desinfetar o interior dos túbulos dentinários, bem como as porções externas da raiz 
radicular. Essa característica ocorre em razão da dificuldade de difusão ou baixa 
solubilidade do hidróxido de cálcio, bem como pela capacidade tampão da dentina, 
que tende a neutralizar o pH elevado proporcionado pela presença do hidróxido de 
cálcio (LOPES; SIQUEIRA JR., 1999). 
 Como o hidróxido de cálcio age por contato, as paredes dentinárias devem 
estar permeáveis à dissociação dos íons; dessa forma, vale lembrar a importância 
da utilização do EDTA para expor os túbulos dentinários (BATISTA; BERGER, 
2002). 
 
2.3.1.3 Efeito do veículo na atividade antimicrobiana 
 
A função antimicrobiana do hidróxido de cálcio está diretamente relacionada 
com o tipo do veículo utilizado e com o tempo de permanência da medicação no 
interior do canal radicular. Dessa forma, acreditam que a associação do hidróxido de 
cálcio com veículos biologicamente ativos aumenta o poder anti-séptico do hidróxido 
de cálcio (SIQUEIRA JR., 2002). 
Em uma revisão de literatura, Siqueira Jr. e Lopes (1999) afirmaram que a 
principal função do hidróxido de cálcio como medicamento intracanal está centrada 
na sua atividade antimicrobiana, mesmo que sua forma de atuação ainda não esteja 
completamente esclarecida. Porém, sabe-se que essa medicação não é capaz de 
eliminar todas as espécies de microrganismos presentes no interior dos canais 
radiculares infectados. Em virtude de suas características físicas, a sua atividade 
antimicrobiana pode ser ineficaz em todo o sistema de canais radiculares, quando 
utilizado em curtos períodos de tempo. Os autores sugerem, assim, a necessidade 
de novos estudos, bem como a associação do hidróxido de cálcio com outros 
medicamentos, com o objetivo de potencializar sua atividade antimicrobiana, sendo 
a associação mais indicada com o PMCC. 
Siqueira Jr. et al. (2000) compararam os efeitos antibacterianos do hidróxido 
de cálcio com diferentes veículos com um medicamento intracanal pouco conhecido, 
 20 
o óleo ozonizado. O estudo foi realizado por meio do teste de difusão em ágar. 
Várias espécies bacterianas foram utilizadas no experimento e os seguintes 
medicamentos foram avaliados: óleo ozonizado, pasta de hidróxido de cálcio 
associado à glicerina, pasta de hidróxido de cálcio associado ao tricresol formalina e 
glicerina (na proporção de 1:10), pasta de hidróxido de cálcio associado ao PMCC e 
glicerina (nas proporções de 1:1 e 1:2). O medicamento que apresentou o melhor 
resultado em relação à inibição do crescimento bacteriano foi o óleo ozonizado, 
seguido pela pasta de hidróxido de cálcio associado ao PMCC e glicerina, 
principalmente na proporção de 1:1. Por outro lado, a pasta de hidróxido de cálcio 
associado à glicerina apresentou ausência total de inibição do crescimento detodas 
as bactérias. 
 
2.3.2 Ação antiinflamatória 
 
Os resultados das pesquisas em relação à ação antiinflamatória ainda são 
bastante contraditórios, porém sabe-s e q u e , por apresentar característica 
higroscópica, o hidróxido de cálcio diminui um dos sinais da inflamação que é o 
edema (LOPES; SIQUEIRA JR., 1999). 
Além da função higroscópica, a ação antiinflamatória do hidróxido de cálcio é 
atribuída à formação de pontes de proteinato de cálcio e à inibição da enzima 
fosfolipase, responsável por desencadear reações que dão origem final às 
prostaglandinas, que são mediadores químicos da inflamação. Contudo, o hidróxido 
de cálcio pode causar um efeito contrário, causando um influxo de cálcio para o 
interior das células, originando uma injúria a essas, desencadeando um processo 
inflamatório e a liberação de prostaglandinas. Por isso, Lopes e Siqueira Jr. (1999) 
não consideram o hidróxido de cálcio como uma substância antiinflamatória. 
A formação de pontes de proteinato de cálcio ocorreria pela reação do cálcio, 
oriundo da dissociação i ô nica do hidróxido de cálcio com as proteínas das 
substâncias intercelulares de células endoteliais. Lopes e Siqueira Jr. (1999) 
consideram essa hipótese pouco provável, pois acreditam que o cálcio reagiria antes 
com proteínas extracelulares, com proteínas do exsudato e com o gás carbônico 
residual; dessa forma, o cálcio seria rapidamente consumido. 
Gahyva e Siqueira (1999) avaliaram a sintomatologia pós–operatória em 320 
dentes uni e multirradiculares com necrose pulpar e lesão radiográfica visível. Após 
 21 
o PQM, os canais radiculares foram totalmente preenchidos por uma pasta de 
hidróxido de cálcio associado ao tricresol formalina e glicerina. Na análise dos 
resultados observaram um pós–operatório considerado excelente em 85% dos 
casos, bom em 6,9%, regular em 4,4% e ruim em somente 3,7% dos casos. 
 
2.3.3 Biocompatibilidade 
 
A biocompatibilidade do hidróxido de cálcio é, sem dúvida, uma de suas 
características em que há unanimidade entre os autores. O fato de o hidróxido de 
cálcio apresentar uma difusibilidade baixa colabora para que não penetre em grande 
quantidade no interior dos tecidos, não causando, dessa forma, áreas extensas de 
necrose, já que sempre ocorre uma necrose superficial dos tecidos vivos quando 
entram em contato com o hidróxido de cálcio (LOPES; SIQUEIRA JR.,1999). 
Nelson Filho et al. (1999) avaliaram a resposta inflamatória de tecidos vivos 
em contato com pastas de hidróxido de cálcio com diferentes veículos. As pastas 
utilizadas foram o Calen, o Calen associado ao PMCC, o Calen associado ao 
paramonoclorofenol e o Calasept. As pastas foram introduzidas no tecido 
subcutâneo de ratos e as avaliações foram feitas em diferentes tempos: 6, 12 e 24 
horas e em 2, 3, 5, 7 e 15 dias; a cada avaliação três ratos de cada grupo contendo 
um tipo diferente de hidróxido de cálcio eram sacrificados para que fosse feita a 
análise microscópica do local onde o hidróxido de cálcio havia sido injetado. 
Concluíram que todas as pastas causaram uma resposta inflamatória, porém o 
Calen foi o mais biocompatível das pastas testadas. O Calen associado ao PMCC 
mostrou-se menos agressivo aos tecidos quando comparado com o Calen associado 
ao paramonoclorofenol sem a cânfora. Já o Calasept obteve os piores resultados, 
originando uma resposta infamatória por um período mais prolongado que as outras 
pastas. 
 
 2.3.4 Veículos 
 
 Como o hidróxido de cálcio se apresenta em forma de pó, faz-se necessária a 
utilização de outra substância, que, associada a esse, permita a liberação dos íons 
hidroxila e cálcio. Essas substâncias são chamadas de veículos e podem ser 
classificadas sob diferentes pontos de vista. 
 22 
 Segundo Lopes e Siqueira Jr. (1999), em relação à atividade antibacteriana 
os veículos podem ser chamados de inertes ou ativos. Os veículos inertes são na 
maioria das vezes biocompatíveis, pois não influenciam significativamente nas 
propriedades do hidróxido de cálcio. Como exemplo: a água destilada, o soro 
fisiológico, as soluções anestésicas, a solução de metilcelulose, o óleo de oliva, a 
glicerina, o polietilenoglicol e o propilenoglicol. Os veículos biologicamente ativos 
conferem efeitos antimicrobianos adicionais ao hidróxido de cálcio, como, por 
exemplo, o PMCC, a clorexidina, o iodeto de potássio iodetado, a cresatina e o 
tricresol formalina. 
Lopes e Siqueira Jr. (1999) também classificam os veículos em relação as 
suas características físico-químicas, podendo ser hidrossolúveis ou oleosos. Os 
veículos hidrossolúveis podem ser subdivididos em aquosos e viscosos. 
 
 AQUOSOS 
 HIDROSSOLÚVEIS 
VEÍCULOS VISCOSOS 
 
 OLEOSOS 
 
Os veículos aquosos caracterizam-se pela rápida dissociação iônica e rápida 
difusão desses íons, aumentando, dessa forma, a velocidade de ação do 
medicamento, que age por contato frente aos microrganismos, porém esse também 
perde mais rapidamente seu efeito junto aos microorganismos, necessitando de 
trocas mais freqüentes da medicação. Entre esses veículos destacam-se o soro 
fisiológico, a água destilada, soluções anestésicas e a solução de metilcelulose 
(LOPES; SIQUEIRA JR., 1999; BATISTA; BERGER, 2002). 
Os veículos viscosos caracterizam-se por apresentarem uma dissociação 
mais lenta do hidróxido de cálcio, apresentando um efeito bactericida inicial não tão 
potente, porém mais duradouro. Dentre esses veículos destacam-se a glicerina, o 
polietilenoglicol e o propilenoglicol. Um exemplo comercial é o Calen (LOPES; 
SIQUEIRA JR., 1999; LEONARDO; SILVA, 2005). 
Os veículos oleosos são pouco solúveis em presença de água; dessa forma, 
quando adicionados ao pó de hidróxido de cálcio, ocorre a formação de uma pasta 
com característica de pouca solubilidade e difusão nos tecidos. São exemplos de 
 
 
 23 
veículos oleosos o ácido oléico, o ácido linoléico, o ácido isosteárico, o óleo de oliva, 
o óleo de papoula-lipiodol, o silicone e a cânfora (LOPES; SIQUEIRA JR., 1999; 
LEONARDO; SILVA, 2005). 
Gomes et al. (2002) em um estudo in vitro, concluíram que a capacidade de 
difusão das pastas de hidróxido de cálcio e sua conseqüente atividade 
antimicrobiana estão diretamente relacionadas com o tipo de veículo utilizado. 
Pastas com veículos oleosos mostraram atividade antimicrobiana superior à das 
pastas que utilizaram veículos aquosos e viscosos. 
Estrela et al. (2005) compararam a tensão superficial do hidróxido de cálcio 
quando associado a diferentes veículos. Concluíram que não houve alteração 
significativa na tensão superficial original dos veículos quando comparados a esses 
em associação com o hidróxido de cálcio. As substâncias que apresentaram os 
maiores valores de tensão superficial em ordem decrescente foram a água destilada, 
e a clorexidina 2%. Os menores valores de tensão superficial em ordem crescente 
foram observados na associação com um detergente aniônico (lauril éter sulfato de 
sódio 3%), otosporin e paramonoclorofenol canforado. A associação com o 
paramonoclorofenol furacinado apresentou um tensão superficial com valor 
moderado quando comparado com as outras substâncias utilizadas no estudo. 
Soares et al. (2005) avaliaram o efeito do hidróxido de cálcio em veículo inerte 
– Calasept como medicação intracanal em 32 raízes de dentes pré-molares de cães 
com lesões periapicais crônicas. A pasta Calasept foi aplicada no interior dos canais 
radiculares após o PQM, permanecendo por 15 e 30 dias. Amostras microbiológicas 
foram realizadas antes do PQM, após o PQM e após a remoção do curativo 
intracanal. Os autores concluíram que a pasta Calasept contribuiu para adiminuição 
dos microrganismos remanescentes após o PQM, contribuindo para a anti-sepsia 
dos canais radiculares. Notaram, ainda, que não houve diferença na ação anti-
séptica da pasta Calasept em relação aos dois períodos de permanência da pasta 
no interior dos canais radiculares. 
Estrela et al. (2006) testaram a influência do iodofórmio sobre a ação 
antibacteriana do hidróxido de cálcio. O estudo foi realizado in vitro, tendo a 
associação de hidróxido de cálcio + solução salina, hidróxido de cálcio – iodofórmio 
+ solução salina e iodofórmio + solução salina. Foram utilizadas no experimento as 
seguintes bactérias: Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Pseudomonas 
aeruginosa, Bacillus subtilis, Candida albicans. Os resultados demonstraram que o 
 24 
iodofórmio não influenciou na atividade antibacteriana do hidróxido de cálcio, pois a 
associação hidróxido de cálcio + solução salina obteve halos de inibição 
semelhantes à associação hidróxido de cálcio – iodofórmio + solução salina. Já a 
pasta contendo iodofórmio + solução salina mostrou-se um ineficiente antibacteriano 
contra as bactérias testadas. 
Soares, Leonardo e Silva (2006a) realizaram um estudo em 72 canais 
radiculares de dentes de cães, na qual procuraram avaliar o efeito anti-séptico da 
utilização de quatro pastas de hidróxido de cálcio associadas a diferentes veículos. 
Os dentes tiveram lesões periapicais previamente induzidas e foram preparados 
utilizando um sistema rotatório; a substância irrigadora utilizada foi o hipoclorito de 
sódio a 5,25%. As pastas de hidróxido de cálcio utilizadas foram o Calen, Calen + 
PMCC, hidróxido de cálcio + solução anestésica e hidróxido de cálcio + digluconato 
de clorexidina a 2%. Foram realizadas duas amostras microbiológicas, a primeira 
antes do PQM e a segunda após a remoção das pastas de hidróxido de cálcio. Os 
resultados demonstraram que houve uma grande diminuição do número de 
microrganismos em todos os canais radiculares onde as pastas de hidróxido de 
cálcio foram utilizadas; entretanto, somente houve redução de 100% dos 
microrganismos onde se utilizaram as pastas de hidróxido de cálcio associadas à 
solução anestésica e ao digluconato de clorexidina. 
Soares, Leonardo e Silva (2006b) avaliaram histomicrobiologicamente a 
distribuição de microrganismos no interior de canais radiculares e região periapical 
de oitenta raízes de cães que tiveram lesões periapicais induzidas. Os dentes 
tiveram lesões periapicais previamente induzidas e foram preparados utilizando um 
sistema rotatório; a substância irrigadora utilizada foi o hipoclorito de sódio a 5,25%. 
As pastas de hidróxido de cálcio utilizadas foram o Calen, Calen + PMCC, hidróxido 
de cálcio + solução anestésica e hidróxido de cálcio + digluconato de clorexidina a 
2%. A medicação permaneceu no interior dos canais radiculares por 21 dias. A 
análise histomicrobiológica dos canais radiculares e região periapical dos dentes 
avaliados evidenciou uma diminuição discreta do número de microrganismos quando 
comparados a um grupo de controle que não foi submetido ao PQM e medicação 
intracanal. 
 
 
 
 25 
2.3.5 Métodos de introdução no canal radicular 
 
O pó de hidróxido de cálcio, quando adicionado a um veículo, origina uma 
pasta com consistência semelhante à de um creme dental (BATISTA; BERGER, 
2002). Essa pasta pode ser levada ao interior do canal radicular por meio de vários 
métodos, como a utilização de limas endodônticas, porta-amálgama, condensadores 
verticais, seringas especiais próprias e instrumentos acionados a motor com brocas 
de Lentulo e McSpadden. Também a associação de técnicas é muito utilizada por 
vários profissionais (LEONARDO; SILVA, 2005). 
O preenchimento total do canal radicular é um passo essencial para o 
tratamento medicamentoso com o hidróxido de cálcio, pois a sua ação depende do 
seu íntimo contato com os tecidos. Um canal radicular bem preparado e modelado 
facilita muito a inserção do material no interior radicular (LOPES; SIQUEIRA JR., 
1999). 
Oliveira et al. (2005) avaliaram quatro diferentes métodos de preenchimento 
de canais radiculares com pasta de hidróxido de cálcio utilizando um veiculo aquoso. 
Foram utilizadas limas tipo K manuais (grupo I), calcadores de canal (grupo II), 
condensadores McSpadden (grupo III) e brocas Lentulo (grupo IV) em raízes distais 
de molares inferiores que foram instrumentadas até a lima K 80. Os autores 
concluíram que no preenchimento do terço cervical não houve diferença estatística 
entre os grupos; no terço apical, o melhor preenchimento foi com a lima tipo K, 
seguido dos calcadores endodônticos, condensador de McSpadden, e, por último, a 
broca lentulo e houve diferença estatística significante entre os grupos I e II sobre o 
grupo IV. 
Além das funções já relatadas do hidróxido de cálcio, ainda se destacam a 
indução de reparo por tecido mineralizado, a capacidade de solubilizar matéria 
orgânica e a propriedade anti-hemorrágica (LOPES; SIQUEIRA JR., 1999; BATISTA 
e BERGER, 2002; LEONARDO; SILVA, 2005). 
 
2.4 Clorexidina 
 
A clorexidina também se apresenta como uma substância que pode ser 
utilizada como um medicamento intracanal, cuja principal característica como 
medicamento diz respeito a sua substantividade (LEONARDO; SILVA, 2005) 
 26 
Miranzi et al. (2000) avaliaram in vivo a ação da clorexidina como substância 
irrigadora e como medicação intracanal. Foram selecionados dois pacientes que 
apresentavam dentes com lesão periapical visível radiograficamente. A solução 
irrigadora utilizada para o tratamento endodôntico desses dentes foi a clorexidina 
0,2%, e a medicação intracanal utilizada foi a solução de clorexidina 2%. A 
medicação intracanal foi introduzida no canal radicular de forma que preenchesse 
toda a sua extensão. Foram realizadas várias trocas de medicação, objetivando a 
diminuição da área radiolúcida periapical visível radiograficamente. Após 180 e 210 
dias, os canais radiculares foram obturados. Os autores notaram uma sensível 
diminuição da lesão radiográfica durante a fase de trocas de medicação. Dessa 
forma, os autores concluíram que o uso racional da clorexidina como medicação 
intracanal viabiliza a desinfecção do sistema de canais radiculares, mantendo essa 
condição durante o tratamento, permanecendo ativa em constante concentração 
durante tempo determinado. Aconselham, ainda, a utilização da clorexidina como 
medicação intracanal pelo seu poder de penetração nos túbulos dentinários e deltas 
apicais. 
Lima, Fava e Siqueira Jr. (2001) realizaram um estudo in vitro com o objetivo 
de comparar a eficácia antimicrobiana da clorexidina 2% e de outros medicamentos 
intracanais a base de antibióticos contra o Enterococcus Faecalis. A clorexidina a 
2% foi a única medicação utilizada capaz de reduzir significativamente o número de 
bactérias, seguida pela associação de clindamicina com metronidazol, que 
apresentou bons resultados em um dia de ação contra o Enterococcus Faecalis. 
Ferreira et al. (2002) avaliaram in vitro a atividade antimicrobiana de quatro 
substâncias utilizadas como medicação intracanal. As substâncias testadas foram o 
hidróxido de cálcio 10% em solução, o paramonoclorofenol canforado, o digluconato 
de clorexidina 2% e o detergente de mamona 10%. Os antimicrobianos foram 
testados somente contra bactéria anaeróbias (Fusobacterium nucleatum, Prevotella 
nigrescens, Clostridium perfringens e Bacteroides fragilis). Todas as substâncias 
utilizadas demonstraram possuir um efeito bactericida, porém os maiores halos de 
inibição de crescimento bacteriano ocorreram com a utilização do digluconato de 
clorexidina 2%, seguidos pelo detergente de mamona,paramonoclorofenol 
canforado e, por último, a solução de hidróxido de cálcio. 
Almyroudi et al. (2002) testaram quatro diferentes substâncias anti-sépticas in 
vitro contra o Enterococcus faecalis. Os antisépticos utilizados no estudo foram o 
 27 
hidróxido de cálcio, a clorexidina em gel, clorexidina em forma líquida (Pério Chip) e 
uma associação do hidróxido de cálcio com a clorexidina. As substâncias foram 
avaliadas em 3, 8 e 14 dias. Os melhores resultados antibacterianos ocorreram com 
a utilização da clorexidina. A clorexidina em gel e a associação com o hidróxido de 
cálcio obtiveram os melhores resultados, seguida pela ação do Pério Chip. O 
hidróxido de cálcio obteve bons resultados na eliminação dos Enterococcus faecalis 
na avaliação de três e oito dias, porém não foi eficaz após 14 dias de utilização. 
Schäfer e Bössmann (2005) compararam a clorexidina 2%, uma pasta de 
hidróxido de cálcio (Calxyl) e uma associação em partes iguais de clorexidina 2% e 
hidróxido de cálcio. O estudo foi realizado in vitro e procurou-se avaliar o efeito 
antimicrobiano dessas substâncias frente ao Enterococcus faecalis. A análise 
microbiológica demonstrou que a clorexidina apresentou efeito antibacteriano 
superior as das pastas de hidróxido de cálcio e que não houve diferença estatística 
no efeito antibacteriano entre as duas pastas a base de hidróxido de cálcio. 
Paquette et al. (2007) realizaram um estudo em vivo com 22 dentes com 
lesão periapical visível radigraficamente. Primeiramente, foi realizado o preparo 
químico mecânico desses dentes e, em seguida, uma coleta de microrganismos do 
interior dos canais radiculares para contagem dos mesmos. Os dentes foram 
preenchidos com gluconato de clorexidina na forma líquida e, após 7 e 15 dias, foi 
realizada nova coleta do interior dos canais radiculares para contagem dos 
microrganismos. Após as contagens dos microrganismos, concluíram que a 
medicação intracanal a base de gluconato de clorexidina 2% não foi capaz de 
reduzir a concentração de bactérias presentes no interior dos canais radiculares. 
 
 28 
3 CONCLUSÃO 
 
 
 Ao final desta revisão bibliográfica a respeito das substâncias utilizadas como 
medicação intracanal após o PQM em dentes necrosados, conclui-se que: 
· As principais substâncias utilizadas como medicação intracanal são o PMCC, 
o tricresol formalina, o hidróxido de cálcio e a clorexidina; 
· O tricresol formalina é o medicamento que apresenta o maior efeito anti-
séptico contra microrganismos anaeróbios, porém é extremamente irritante 
aos tecidos periapicais e a sua utilização não é indicada após o PQM; 
· O PMCC caracteriza-se por ser um poderoso agente anti-séptico, porém 
apresenta efeito irritante aos tecidos periapicais quando em contato com 
estes; 
· O hidróxido de cálcio apesar de sua biocompatibilidade é de difícil inserção no 
interior dos canais radiculares e necessita um longo tempo de permanência 
para ser efetivo; 
· A clorexidina é um medicamento relativamente novo e a sua grande 
vantagem está relacionada à sua substantividade, além de necessitar mais 
estudos como medicação intracanal; 
· O PMCC é a medicação intracanal mais indicada pelas suas excelentes 
propriedades antimicrobianas, ação satisfatória em tempo reduzido, além da 
facilidade de aplicação e remoção do interior dos canais radiculares. 
 29 
REFERÊNCIAS 
 
 
ALBUQUERQUE, D.S.; DINIZ, A.S.; MATHEUS, T.C.U. Considerações clínicas 
sobre a microbiota endodôntica. Revista do Conselho Regional de Odontologia 
de Pernambuco, Recife, v. 2, n. 2, p. 102-107, out., 1999. 
 
 
ALENCAR, A.H. et al. Determinação dos microorganismos no canal radicular, antes 
do preparo biomecânico e após a utilização da medicação intracanal, em dentes 
com necrose pulpar e reação periapical crônica. Arquivos em Odontologia, Belo 
Horizonte, v. 41, n. 2, p. 105-192, abr./jun., 2005. 
 
 
ALMYROUDI, A. et al. The effectiveness of various disinfectants used as endodontic 
intracanal medications: an in vitro study. Journal of Endodontics, v. 28, n. 3, p. 
163-167, Mar., 2002. 
 
 
BATISTA, A.; BERGER, C.R. Tratamento da polpa morta. In BERGER, C.R.; 
Endodontia Clínica, São Paulo, Pancast, 2002, p. 219-232. 
 
 
BISTERZO, J.C. et al. Avaliação da atividade antimicrobiana de medicamentos 
intracanal. Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, São Paulo, 
v. 57, n. 5, p. 373-376, 2003. 
 
 
CAMARGO, C.H.R. et al. Avaliação do pH e liberação de íons cálcio, na utilização 
intracanal de pastas à base de hidróxido de cálcio. Ciência Odontológica 
Brasileira, v. 6, n. 1, p. 51-59, jan./mar., 2003. 
 
 
ESBERARD, R.M.; QUEIROZ, S.N.; SANTOS, A.A. Avaliação clínica e radiográfica 
em dentes humanos portadores de lesões periapicais crônicas. Revista Gaúcha de 
Odontologia, Porto Alegre, v. 41, n. 4, p. 209-212, jul./ago., 1993. 
 
 
ESTRELA, C.; ESTRELA, C.R.A.; O hidróxido de cálcio é a única medicação 
intracanal para combater a infecção endodôntica? In: ___. CARDOSO, R.J.A.; 
GONÇALVES, E.A.N. Endodontia/Trauma, São Paulo, Artes Médicas, 2002, p. 
239-266. 
 
 
ESTRELA, C. et al. Surface tension of calcium hydroxide associated with different 
substances. Journal of Applied Oral Science, Bauru, v. 13, n. 2, p. 152-156, Apr. 
/Jun., 2005. 
 
 30 
ESTRELA, C. et al. Influence of iodoform on antimicrobial potential of calcium 
hydroxide. Journal of Applied Oral Science, Bauru, v. 14, n. 1, p. 33-37, Jan. /Feb., 
2006. 
 
ESTRELA, C.; ESTRELA, C.R.A.; PÉCORA, J.D. A study of the time necessary for 
calcium hydroxide to eliminate microorganisms in infected canals. Journal of 
Applied Oral Science, Bauru, v. 11, n. 2, p. 133-137, Apr. /Jun., 2003. 
 
ESTRELA, C.; FIGUEIREDO, J.A.P. Endodontia: princípios biológicos e mecânicos. 
1. ed. São Paulo, Artes Médicas, 1999. 
 
 
FACHINELLI, G.P et al. Bacteriologia das periodontites apicais crônicas após 
utilização da medicação intracanal. Revista da Faculdade de Odontologia da 
Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, v. 10, n. 2, p. 26-32, jul./dez., 2005. 
 
 
FACHIN, E.V.F.; NUNES, L.S.S.; MENDES, A.F.; Alternativas de medicação 
intracanal em casos de necrose pulpar com lesão periapical. Revista Odonto 
Ciência – Fac. Odontologia/PUCRS, Porto Alegre, v. 21, n. 54, p. 351-357, 
out./dez., 2006. 
 
 
FERREIRA, C.M. et al. Activity of endodontic antibacterial agents against selected 
anaerobic bactéria. Brazilian Dental Journal, Ribeirão Preto, v. 13, n. 2, p. 118-122, 
May, 2002. 
 
 
GAHYVA, S.M.; SIQUEIRA, M.R. Hidróxido de cálcio associado ao tricresol 
formalina como curativo de demora: resposta pós – operatória. Revista Brasileira 
de Odontologia, Rio de Janeiro, v. 56, n. 4, p. 181-184, jul/ago., 1999. 
 
 
GOMES, B.P.F.A. et al. In Vitro antimicrobial activity of calcium hydroxide pastes and 
their vehicles against selected microorganisms. Brazilian Dental Journal, v. 13, n. 
3, p. 155-161, 2002. 
 
 
HIZATUGO, R. et al. Endodontia em sessão única – mito ou realidade? São Paulo, 
Atheneu 2002. 
 
 
HSIEH, Y.D et al. Dynamic recording of irrigant fluid distribution in root canals using 
thermal image analysis. International Endodontic Journal, v. 40, n. 5, p. 11-17, 
May, 2007. 
 
 
 31 
KHADEMI, A.A.; MOHAMMAD, Z.; FEIZIANFARD, M. Determination of the minimum 
instrumentation size for penetration of irrigants to the apical third of root canal 
systems. Journal of Endodontics, v. 32, n. 5, p. 417-420, May, 2006. 
 
 
LEONARDO, M.R. et al. Penetrabilidade do “curativo de demora” no sistema de 
canal radicular. Avaliação de diferentes produtos. Revista Gaúcha de Odontologia, 
v. 41, n. 4, p. 199-203, jul./ago., 1993. 
 
 
LEONARDO, M.R.; SILVA, L.A.B.; “Curativode demora” medicação tópica entre 
sessões. In: LEONARDO, M.R. Endodontia: tratamento de canais radiculares: 
princípios técnicos e biológicos. São Paulo, Artes Médicas, 2005, p. 977-1048. 
 
LEONARDO, M.R. et al. Importance of bacterial endotoxin (LPS) in endodontics. 
Journal of Applied Oral Science, Bauru, v.12, n. 2, p. 93-98, Apr./Jun., 2004. 
LIMA, K.C.; FAVA, L.R.G.; SIQUEIRA JR.; J.F. Susceptibilities of Enterococcus 
faecalis biofilms to some antimicrobial medications. Journal of Endodontics, v.27, 
n. 10, p. 616-619, Oct., 2001. 
 
 
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JR., J.F. Medicação intracanal. In: ___. Endodontia – 
biologia e técnica. 2ª ed. Rio de Janeiro, MEDSI, 1999. p. 581-619. 
 
 
MANIGLIA, C.A.G. et al. Dissociação iônica de medicações intracanais 
experimentais à base de hidróxido de cálcio. Jornal Brasileiro de Endodontia, v. 5, 
n. 21/22, p. 433-440, 2005. 
 
 
MANIGLIA, C.A.G. et al. Estudo da atividade antimicrobiana de medicamentos à 
base de hidróxido de cálcio para USO intracanal. Jornal Brasileiro de Endodontia, 
Curitiba, v.4, n.12, p. 31-37, 2003. 
 
 
MELO, A.B.P.; ALBUQUERQUE, D.S.; CASTRO, C.M.M.B. Estudo comparativo in 
vitro da capacidade antimicrobiana das diluições do tricresol formalina. Jornal 
Brasileiro de Endodontia, Curitiba, v. 5, n. 17, p. 126-131, 2004. 
 
 
MIRANZI, M.A.S. et al. Reparo de radiolucência periapical usando gluconato de 
clorexidine a 2%. Jornal Brasileiro de Clínica e Estética em Odontologia, 
Curitiba, v. 4, n. 19, p. 25-32, 2000. 
 
 
NELSON FILHO, P. et al. Connective tissue responses to calcium hydroxide-based 
root canal medicaments. International Endodontic Journal, v. 32, p. 303-311, 
1999. 
 32 
 
 
OLIVEIRA, M.D.C. et al. Avaliação in vitro de diferentes métodos de preenchimento 
de canais radiculares amplos com pasta de hidróxido de cálcio/veículo aquoso- parte 
2. Jornal Brasileiro de Endodontia, Curitiba, v. 5, n. 19, p. 295-299, 2005. 
 
 
PAQUETTE, L. et al. Antibacterial efficacy of chlorhexidine gluconate intracanal 
medication in vivo. Journal of Endodontics, v. 33, n. 7, p. 788-795, Jul., 2007. 
 
 
PELISSER, F.V.V. et al. Medicações intracanais preconizadas em faculdades de 
odontologia brasileiras. Revista da Faculdade de Odontologia da Universidade 
de Passo Fundo, Passo Fundo, v. 10, n. 1, p. 74-80, jan./jun., 2005. 
 
 
QUIDUTE, I.L.; AGUIAR, C.M. Hidróxido de cálcio como medicação intracanal. 
Endodontia on-line. Disponível em: < http://www.endodontia.org>. Acesso em: 29 
de agosto 2006. 
 
 
RUIZ, P.A. et al. Medicação intracanal. Endodontia on-line. Disponível em: 
< http://www.endodontia.org>. Acesso em: 21 de maio 2007. 
 
 
SARDI, M.P.S.; FROENER, R.; FACHIN, E.V.F. Hidróxido de cálcio como medicação 
intracanal em casos de necrose pulpar com lesão periapical. Revista da Faculdade 
de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v. 
36, n. 1, p. 17-20, Ago., 1995. 
 
 
SCHÄFER, E.; BÖSSMANN, K. Antimicrobial efficacy of chlorhexidine and two 
calcium hydroxide formulations against Enterococcus faecalis. Journal of 
Endodontics, v. 31, n. 1, p. 53-56, Jan., 2005. 
 
 
SILVA, K.P. et al. Avaliação in vitro da atividade do tricresol formalina por contato e 
por volatilização frente ao Enterococcus faecalis e ao Bacillus subtilis. Revista de 
Endodontia Pesquisa e Ensino On Line, Santa Maria, ano 2, n. 4, jul./dez. 2006. 
Disponível em: < http://www.ufsm.br/endodontiaonline>. Acesso em: 26 junho de 
2007. 
 
 
SIQUEIRA JR. J.F.; Medicação intracanal: por que e quando usar? In: ___. 
CARDOSO, R.J.A.; GONÇALVES, E.A.N. Endodontia/Trauma, São Paulo, Artes 
Médicas, 2002. p. 219-238. 
 
 
 33 
SIQUEIRA JÚNIOR., J.F.; LOPES, H.P. Mechanisms of antimicrobial activity of 
calcium hydroxide: a critical review. International Endodontic Journal, v. 32, p. 
361-369, 1999. 
 
 
SIQUEIRA JÚNIOR., J.F.; MAGALHÃES, K.M.; RÔÇAS,I.N. Bacterial reduction in 
infected root canals treated with 2.5% NaOCl as an irrigant and calcium 
hydroxide/camphorated paramonochlorophenol paste as an intracanal dressing. 
Journal of Endodontics, v. 33, n. 6, p. 667-672, Jun., 2007. 
 
 
SIQUEIRA JÚNIOR., J.F. et al. Efeitos antibacterianos de um novo medicamento – o 
óleo ozonizado – comparados às pastas de hidróxido de cálcio. Revista Brasileira 
de Odontologia, Rio de Janeiro, v. 57, n. 4, p. 252-256, jul./ago., 2000. 
 
 
SJÖGREN, U; et al. Influence of infection at the time of root filling on the outcome of 
endodontic treatment of teeth with apical periodontitis. International Endodontic 
Journal, v. 30, p. 297-306, 1997. 
 
 
SOARES, I.J.; GOLDBERG, F. Procedimentos químicos auxiliares do preparo 
mecânico. In: ___ Endodontia: técnica e fundamentos. Porto Alegre; Artmed, 2001. 
p.155-170. 
 
 
SOARES, J.A.; LEONARDO, M.R.; SILVA, L.A.B. Elimination of intracanal infection 
in dogs' teeth with induced periapical lesions after rotary instrumentation: influence of 
different calcium hydroxide pastes. Journal of Applied Oral Science, Bauru, v.14, 
n. 3, p. 172-177, May/Jun., 2006a. 
 
 
SOARES, J.A.; LEONARDO, M.R.; SILVA, L.A.B. Histomicrobiologic aspects of the 
root canal system and periapical lesions in dogs' teeth after rotary instrumentation 
and intracanal dressing with Ca(OH)2 pastes. Journal of Applied Oral Science, 
Bauru, v. 14, n. 5, p. 355-364, Sep./Oct., 2006b. 
 
 
SOARES, J.A.; et al. Effect of biomechanical preparation and calcium hydroxide 
pastes on the antisepsis of root canal systems in dogs. Journal of Applied Oral 
Science, Bauru, v. 13, n. 1, p. 93-100, Jan./ Mar., 2005. 
 
 
SOUZA, R.A.; Medicação intracanal. In: ___ Endodontia clínica. São Paulo; 
Santos; 2003. p.133-158. 
 
 
THOMAS, M.I.; et al. Formaldeído na odontologia: aspectos antimicrobianos, 
carcinogênicos e mutagênicos. Um estudo da sua viabilidade na clínica 
 34 
odontológica. Revista Odonto Ciência – Faculdade de Odontologia da PUC-RS, 
Porto Alegre, v. 21, n. 54, p. 387-391, out./dez., 2006.

Outros materiais