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Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
MEDULA 
 
Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim temos a medula espinhal dentro 
dos ossos, mais precisamente dentro do canal vertebral. 
A medula espinhal é uma massa cilindroide de tecido nervoso situada dentro do canal 
vertebral sem entretanto ocupa-lo completamente. No homem adulto ela mede 
aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor na mulher. 
Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno 
do osso occipital. O limite caudal da medula tem importância clinica e no adulto situa-se 
geralmente em L2. 
A medula termina afinando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com um 
delgado filamento meníngeo, o filamento terminal. 
 
 
 
 
 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 
Forma e Estrutura da Medula 
 
A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, achatada no sentido antero-posterior. 
Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta duas dilatações denominadas de 
intumescência cervical e intumescência lombar. Estas intumescências medulares 
correspondem às áreas em que fazem conexão com as grossas raízes nervosas que 
formam o plexo braquial e lombossacral, destinados à inervação dos membros superiores e 
inferiores respectivamente. 
 
 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
A formação destas intumescências se deve pela maior quantidade de neurônios e, portanto, 
de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas. 
A intumescência cervical estende-se dos segmentos C4 até T1 da medula espinhal e a 
intumescência lombar (lombossacral) estende-se dos segmentos de T11 até L1 da medula 
espinhal. 
A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que percorrem em toda 
a sua extensão: o sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e 
o sulco lateral posterior. 
Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior que se situa entre o sulco 
mediano posterior e o sulco lateral posterior e que se continua em um septo intermédio 
posterior no interior do funículo posterior. 
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente as raízes 
ventrais e dorsais dos nervos espinhais. 
 
SECÇÕES DA MEDULA ESPINHAL EM TODAS REGIÕES 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de 
uma borboleta, ou de um “H”. Nela distinguimos de cada lado, três colunas que aparecem 
nos cortes como cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral 
só aparece na medula torácica e parte da medula lombar. No centro da substância 
cinzenta localiza-se o canal central da medula. 
A substância branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e descem 
na medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões: 
Funículo Anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior. 
Funículo Lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior. 
Funículo Posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este 
último ligado a substancia cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical da 
medula o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e 
fascículo cuneiforme. 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
Conexões com os Nervos Espinhais: Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior 
fazem conexão com pequenos filamentos nervosos denominados de filamentos radiculares, 
que se unem para formar, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos 
espinhais. As duas raízes se unem para formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união 
em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal. 
RAÍZES NERVOSAS 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos 
medulares assim distribuídos: 
 8 cervicais 
 12 torácicos 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 5 lombares 
 5 sacrais 
 1 coccígeo 
Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais porque o primeiro 
par de nervos espinhais sai entre o occipital e C1. 
RELAÇÃO DAS RAÍZES NERVOSAS COM AS VÉRTEBRAS 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Topografia da Medula: 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 
A um nível abaixo da segunda vértebra lombar encontramos apenas as meninges e as 
raízes nervosas dos últimos nervos espinhais, que dispostas em torno do cone medular e 
filamento terminal, constituem, em conjunto, a chamada cauda equina. 
Como as raízes nervosas mantém suas relações com os respectivos forames 
intervertebrais, há um alongamento das raízes e uma diminuição do ângulo que elas fazem 
com a medula. Estes fenômenos são mais pronunciados na parte caudal da medula, levando 
a formação da cauda equina. 
Ainda como conseqüência da diferença de ritmos de crescimento entre a coluna e a medula, 
temos o afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. Assim, no 
adulto, as vértebras T11 e T12 correspondem aos segmentos lombares. Para sabermos qual 
o nível da medula cada vértebra corresponde, temos a seguinte regra: entre os níveis C2 e 
T10, adicionamos o número dois ao processo espinhoso da vértebra e se tem o segmento 
medular subjacente. Aos processos espinhosos de T11 e T12 correspondem os cinco 
segmentos lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 corresponde aos cinco 
segmentos sacrais. 
 
 
 
 
 
Cone Medular Filamento Terminal 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 
Envoltório da Medula: 
A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas meninges, que são: Dura-
máter, Aracnoide e Pi-máter. 
A Dura-máter e a mais espessa e envolve toda a medula, como se fosse uma luva, o saco 
dural. Cranialmente ela se continua na dura-máter craniana, caudalmente ela se termina em 
um fundo-de-saco ao nível da vértebra S2. Prolongamentos laterais da dura-máter 
embainham as raízes dos nervos espinhais, constituído um tecido conjuntivo (epineuro), que 
envolve os nervos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
ENVOLTÓRIOS DA MEDULA ESPINHAL 
 
A Aracnoide espinhal se dispõem entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um folheto 
justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnoideas, que unem este 
folheto à pia-máter. 
A Pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente o tecido 
superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula termina no 
cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um filamento esbranquiçado 
denominado filamento terminal. 
Este filamento perfura o fundo-do-saco dural e continua até o hiato sacral. Ao atravessar o 
saco dural, o filamento terminal recebe vários prolongamentos da dura-máter e o conjunto 
passa a ser chamado de filamento da dura-máter. Este, ao se inserir no periósteo da 
superfície dorsal do cóccix, constitui o ligamento coccígeo. A pia-máter forma, de cada lado 
da medula, uma prega longitudinal denominada ligamento denticulado, que se dispõem em 
um planofrontal ao longo de toda a extensão da medula. 
A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral da medula ao 
longo de uma linha continua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais. A margem 
lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares que se inserem firmemente na 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
aracnóide e na dura-máter em um ponto que se alteram com a emergência dos nervos 
espinhais. Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula e 
importantes pontos de referencia em cirurgias deste órgão. 
 
Entre as meninges existem espaços que são importantes para a parte clínica médica devido 
às patologias que podem estar envolvidas com essas estruturas, tais como: hematoma 
extradural, meningites etc. O espaço epidural, ou extradural, situa-se entre a dura-máter e 
o periósteo do canal vertebral. 
Contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo venoso 
vertebral interno. O espaço subdural, situado entre a dura-máter e a aracnoide, é uma fenda 
estreita contendo uma pequena quantidade de líquido. O espaço subaracnoideo contem 
uma quantidade razoavelmente grande de líquido cérebro-espinhal ou liquor. Alguns autores 
ainda consideram um outro espaço denominado subpial, localizado entre a pia-mater e o 
tecido nervoso. 
 
 
 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 
 
TRONCO ENCEFÁLICO 
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o 
diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo, ou seja, conecta a medula espinal com 
as estruturas encefálicas localizadas superiormente. A substância branca do tronco 
encefálico inclui tratos que recebem e enviam informações motoras e sensitivas para o 
cérebro e também as provenientes dele. Dispersas na substância branca do tronco 
encefálico encontram-se massas de substância cinzenta denominadas núcleos, que 
exercem efeitos intensos sobre funções como a pressão sanguínea e a respiração. Na sua 
constituição entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que 
por sua vez, se agrupam em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos. 
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou imitem fibras nervosas que entram na 
constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão 
com o tronco encefálico. 
 
 
 
 
 
Bulbo Ponte Mesencéfalo 
O tronco encefálico se divide em: bulbo, situado caudalmente, mesencéfalo, e a ponte 
situada entre ambos. 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 
 
 
BULBO (MEDULA OBLONGA): 
 
 
O bulbo ou medula oblonga tem forma de um cone, cuja extremidade menor continua 
caudalmente com a medula espinhal. Como não se tem uma linha demarcando a separação 
entre medula e bulbo, considera-se que o limite está em um plano horizontal que passa 
imediatamente acima do filamento radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que 
corresponde ao nível do forame magno. 
O limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal visível no contorno deste órgão, 
sulco bulbo-pontino, que corresponde à margem inferior da ponte. A superfície do bulbo é 
percorrida por dois sulcos paralelos que se continuam na medula. Estes sulcos delimitam o 
que é anterior e posterior no bulbo. Vista pela superfície, aparecem como uma continuação 
dos funículos da medula espinhal. A fissura mediana anterior termina cranialmente em uma 
depressão denominada forme cego. 
De cada lado da fissura mediana anterior existe uma eminência denominada pirâmide, 
formada por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas 
motoras do cérebro aos neurônios motores da medula. Este trato é chamado de trato 
piramidal ou trato córtico-espinhal. 
Na parte caudal do bulbo, as fibras deste trato cruzam obliquamente o plano mediano e 
constituem a decussação das pirâmides. É devido à decussação das pirâmides que o 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
hemisfério cerebral direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério cerebral 
esquerdo controla o lado direito. Por exemplo: em uma lesão encefálica à direita, o corpo 
será acometido em toda sua metade esquerda. 
 
 
BULBO (MEDULA OBLONGA) – TRONCO ENCEFÁLICO – VISTA ANTERIOR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior temos a área lateral do bulbo, onde se 
observa uma eminência oval, a oliva, formada por uma grande quantidade de substância 
cinzenta. Ventralmente à oliva, emerge do sulco lateral anterior, os filamentos reticulares do 
nervo hipoglosso. Do sulco lateral posterior emergem os filamentos radiculares que se unem 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
para formar os nervos glossofaríngeo e o vago além dos filamentos que constituem a raiz 
craniana ou bulbar do nervo acessório que une se com a raiz espinhal. 
 
 
BULBO (MEDULA OBLONGA) – TRONCO ENCEFÁLICO – VISTA POSTERIOR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
A metade caudal do bulbo ou porção fechada do bulbo é percorrida por um estreito canal, 
continuação direta do canal central da medula, que se abre para formar o IV ventrículo, cujo 
assoalho é constituído pela metade rostral ou porção aberta do bulbo. O sulco mediano 
posterior termina a meia altura do bulbo, em virtude do afastamento dos seus lábios, que 
contribuem para a formação dos limites laterais do IV ventrículo. 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
Entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior, encontra-se a continuação do 
funículo posterior da medula, sendo que no bulbo, este é dividido em fascículo grácil e 
fascículo cuneiforme pelo sulco intermédio posterior. Estes fascículos são constituídos por 
fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, que terminam em duas massas de 
substância cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme, situados na parte mais cranial dos 
fascículos correspondentes. 
Estes núcleos determinam o aparecimento de duas eminências: o tubérculo grácil, mais 
medial, e o tubérculo cuneiforme, mais lateral. Em virtude do IV ventrículo, os tubérculos 
grácil e cuneiforme se afastam lateralmente como dois ramos de um “V” e gradualmente 
continuando para cima com o pedúnculo cerebelar inferior (corpo restiforme). Este, é 
formado por um grosso feixe de fibras que formam as bordas laterais da metade caudal do 
IV ventrículo, fletindo-se dorsalmente para penetrar no cerebelo. 
BULBO (MEDULA OBLONGA) – TRONCO ENCEFÁLICO – VISTA PÓSTERO-
LATERAL 
 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito importante para a regulação do ritmo 
respiratório. Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do vômito. A presença dos 
centros respiratórios e vasomotor no bulbo torna as lesões neste órgão particularmente 
perigosas. 
Em razão de sua importância com relação às funções vitais, o bulbo é muitas vezes 
chamado de centro vital. Pelo fato de essas estruturas serem fundamentais para o 
organismo, você pode compreender a seriedade de uma fratura na base do crânio. O bulbo 
é também extremamente sensível a certas drogas, especialmente os narcóticos. Uma dose 
excessiva de narcótico causa depressão do bulbo e morte porque a pessoa pára de respirar. 
PONTE: 
 
Ponte é a parte do tronco encefálico interposto entre obulbo e o mesencéfalo. Esta situada 
ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela 
túrcica do esfenoide. Sua base situada ventralmente apresenta uma estriação transversal 
em virtude da presença de numerosos feixes de fibras transversais que a percorrem. 
Estas fibras convergem de cada lado para formar um volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar 
médio, que se penetra no hemisfério cerebelar correspondente. Considera-se como limite 
entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio (braço da ponte) o ponto de emergência do 
nervo trigêmeo (V par craniano). Esta emergência se faz por duas raízes, uma maior, ou raiz 
sensitiva do nervo trigêmeo, e outra menor, ou raiz motora do nervo trigêmeo. 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTE – TRONCO ENCEFÁLICO – VISTA PÓSTERO-LATERAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 
 
 
 
 
Percorrendo longitudinalmente a superfície ventral da ponte 
existe um sulco, o sulco basilar, que geralmente aloja a artéria basilar. 
A parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino, de onde emerge de 
cada lado , a partir da linha mediana, o VI, o VII e o VIII par craniano. 
O VI par, o nervo abducente, emerge entre a ponte e a pirâmide do bulbo. O VIII par 
craniano, o nervo vestíbulo-coclear, emerge lateralmente próximo a um pequeno lobo 
denominado flóculo. O VII par craniano, o nervo facial, emerge lateralmente com o VIII par 
craniano, o nervo vestíbulo-coclear, com o qual mantém relações íntimas. Entre os dois, 
emerge o nervo intermédio, que é a raiz sensitiva do VII par craniano. 
 
 
 
 
 
 
 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 
 
 
 
PONTE – TRONCO ENCEFÁLICO – VISTA ANTERIOR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
A parte dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal do bulbo, 
constituindo ambas o assoalho do IV ventrículo. 
Núcleos da Ponte: 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 Núcleo Motor do Nervo Trigêmeo (V par craniano) – está situado na margem lateral do 
quarto ventrículo. 
 Núcleos Sensitivos do Nervo Trigêmeo (V par craniano) – continuação cefálica da 
coluna sensitiva da medula espinhal. As fibras que penetram na ponte vindas do gânglio do 
trigêmeo dividem-se em ramos ascendentes e descendentes. 
 Núcleo do Nervo Abducente (VI par craniano) – forma parte da substância cinzenta 
dorsal da eminência medial do assoalho do quarto ventrículo, profundamente ao colículo 
facial. 
 Núcleo do Nervo Facial (VII par craniano) – está situado profundamente na formação 
reticular, lateralmente ao núcleo do nervo abducente. Emergem pela borda do caudal entre 
a oliva e o pedúnculo cerebelar inferior. 
 Núcleo do Nervo Vestíbulococlear (VIII par craniano) – o núcleo da divisão vestibular 
ocupam uma grande área na porção lateral do quarto ventrículo. O núcleo da divisão coclear 
localiza-se na porção caudal da ponte. 
PONTE – ESQUEMA DOS NÚCLEOS DA PONTE – TRONCO ENCEFÁLICO – VISTA 
LATERAL 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 
 
Quarto ventrículo: está situado entre o bulbo e a ponte em sua face posterior e 
ventralmente ao cerebelo. Continua caudalmente com o canal central do bulbo e 
cranialmente com o aqueduto cerebral, cavidade do mesencéfalo que comunica o III e o IV 
ventrículo. A cavidade do IV ventrículo se prolonga de cada lado para formar os recessos 
laterais, situados na superfície dorsal do pedúnculo cerebelar inferior. 
 
 
Este recesso se comunica de cada lado com o espaço subaracnoideo por meio das duas 
aberturas laterais do IV ventrículo. Há também uma abertura mediana do IV ventrículo 
denominada de forme de Magendie, ou forame mediano, situado no meio da metade caudal 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
do tecto do IV ventrículo. Por meio desta cavidade, o líquido cérebro-espinhal, que enche a 
cavidade ventricular, passa para o espaço subaracnoideo. 
PONTE – QUARTO VENTRÍCULO – TRONCO ENCEFÁLICO – VISTA LATERAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
O assoalho de IV ventrículo ou fossa romboide, é formado pela parte dorsal da ponte e pela 
porção aberta do bulbo. 
Tecto do IV ventrículo: a metade cranial do tecto do IV ventrículo é constituída por uma 
fina lamina de substância branca, o véu medular superior, que se estende entre os dois 
pedúnculos cerebelares superiores. Na constituição da metade caudal temos as seguintes 
formações: 
 Uma pequena parte da substância branca do nódulo do cerebelo. 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 O véu medular inferior, formação bilateral constituída de uma fina lâmina branca presa 
medialmente às bordas laterais do nódulo do cerebelo. 
 Tela corioide do IV ventrículo, que une as duas formações anteriores às bordas da 
metade caudal do assoalho do IV ventrículo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTE – ASSOALHO DO QUARTO VENTRÍCULO – TRONCO ENCEFÁLICO – VISTA 
POSTERIOR 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
A tela corioide é formada pela união do epitélio ependimário, que reveste internamente o 
ventrículo com a pia-máter e reforça externamente este epitélio. Esta tela emite projeções 
irregulares e muito vascularizadas para a formação do plexo corioide do IV ventrículo. Este 
plexo corioide tem a forma de “T” e produz líquido cérebro-espinhal, que se acumula na 
cavidade ventricular passando ao espaço subaracnoideo através das aberturas laterais e da 
abertura mediana do IV ventrículo. 
A ponte tem um papel fundamental na regulação do padrão e ritmo respiratório. Lesões 
nessa estrutura podem causar graves distúrbios no ritmo respiratório. 
 
 
Mesencéfalo: 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 
Interpões-se entre a ponte e o cérebro, do qual é representado por um plano que liga os 
dois corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à comissura posterior. É atravessado 
por um estreito canal, o aqueduto cerebral. A parte do mesencéfalo situada dorsalmente ao 
aqueduto é o tecto do mesencéfalo. Ventralmente, temos os dois pedúnculos cerebrais, que 
por sua vez, se dividem em uma parte dorsal, o tegmento e outra ventral, a base do 
pedúnculo. 
 
Em uma secção transversal do mesencéfalo, vê-se que o tegmento é separado da base por 
uma área escura, a substância negra (nigra). Junto à sustância negra existem dois sulcos 
longitudinais: um lateral, sulco lateral do mesencéfalo, e outro medial, sulco medial do 
pedúnculo cerebral. Estes sulcos marcam o limite entre a base e o tegmento do pedúnculo 
cerebral. Do sulco medial emerge o nervo oculomotor, III par craniano. 
Tecto do mesencéfalo: em vista dorsal o tecto mesencefálico apresenta quatro eminências 
arredondadas denominadas colículos superiores e inferiores, separados por dois sulcos 
perpendiculares em forma de cruz. Na parte anterior do ramo longitudinal da cruz, aloja-se 
o corpo pineal, que pertence ao diencéfalo. Caudalmente a cada colículo inferior, emerge o 
IV par craniano, o nervo troclear. 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
MESENCÉFALO (ESQUEMA DIDÁTICO) – SECÇÃO TRANSVERSAL DO 
MESENCÉFALOFonte: MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: 
Atheneu, 1991. 
Cada colículo se liga a uma pequena eminência oval do diencéfalo, o corpo geniculado, 
através de um feixe superficial de fibras nervosas que constitui o seu braço. Assim o colículo 
inferior se liga ao corpo geniculado medial pelo braço do colículo inferior, e o colículo 
superior se liga ao corpo geniculado lateral pelo braço do colículo superior, o qual tem o seu 
trajeto escondido entre o pulvinar do tálamo e o corpo geniculado medial. O corpo 
geniculado lateral encontra-se na extremidade do trato óptico. 
 
 
 
 
 
 
 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 
MESENCÉFALO – COLÍCULOS E CORPOS GENICULADOS – VISTA PÓSTERO-
LATERAL 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
Pedúnculos Cerebrais: vistos ventralmente, os pedúnculos cerebrais aparecem com dois 
grandes feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte e divergem cranialmente 
para penetrar profundamente no cérebro. Delimitam assim uma profunda depressão 
triangular, a fossa interpeduncular, limitada anteriormente por duas eminências 
pertencentes ao diencéfalo, os corpos mamilares. O fundo da fossa interpeduncular 
apresenta pequenos orifícios para a passagem de vasos. Denomina-se substância 
perfurada posterior. 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
Núcleo Rubro – ocupa grande parte do tegmento. É uma massa em forma de oval que se 
estende do limite caudal do colículo superior até a região subtalâmica. É circular numa 
secção transversal. 
VISTA INFERIOR DO MESENCÉFALO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Núcleos do Mesencéfalo: 
 Núcleo da Raiz Mesencefálica do Nervo Trigêmeo (V par craniano) – forma uma região 
dispersa na porção lateral da substância cinzenta central que circunda o aqueduto. 
 Núcleo do Nervo Troclear (IV par craniano) – está ao nível do colículo inferior. 
Natália Oliveira Junqueira Franco 
Turma III – medicina mandic 
 
 Núcleo do Nervo Oculomotor (III par craniano) – aparece numa secção 
transversal. Estende-se até o colículo superior. 
 
MESENCÉFALO – ESQUEMA DOS NÚCLEOS – TRONCO ENCEFÁLICO – VISTA 
POSTERIOR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Revisão dos Pedúnculos Cerebelares: 
 Pedúnculo Cerebelar Inferior: tem origem no bulbo. 
 Pedúnculo Cerebelar Médio: tem origem na ponte. 
 Pedúnculo Cerebelar Superior: tem origem no mesencéfalo. 
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Turma III – medicina mandic 
 
 
Pedúnculo 
Cerebelar Inferior 
Origem: Bulbo 
 
Pedúnculo 
Cerebelar Médio 
Origem: Ponte 
 
Pedúnculo 
Cerebelar Superior 
Origem: 
Mesencéfalo 
 
 
 
 
 
 CEREBELO 
 
O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra-segmentar, deriva da parte dorsal do 
metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a formação do 
tecto do IV ventrículo. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado 
do lobo occipital por uma prega da dura-máter denominada tenda do cerebelo. 
Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos 
pedúnculos cerebelares médio e superior, respectivamente. Do ponto de vista fisiológico, o 
cerebelo difere fundamentalmente do cérebro porque funciona sempre em nível involuntário 
e inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora (equilíbrio e coordenação). 
Anatomicamente, distingue-se no cerebelo, uma porção ímpar e mediana, o vérmis, ligado 
a duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. O vérmis é pouco separado 
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dos hemisférios na face superior do cerebelo, o que não ocorre na face inferior, onde dois 
sulcos são bem evidentes o separam das partes laterais. 
 
 
 
CEREBELO – VISTA INFERIOR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
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CEREBELO – VISTA SUPERIOR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
A superfície apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que delimitam 
laminas finas denominadas folhas do cerebelo. Existem também sulcos mais pronunciados, 
as fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos, cada um deles podendo conter várias folhas. 
Esta disposição, visível na superfície do cerebelo, é especialmente evidente em secções 
deste órgão, que dão também uma ideia de sua organização interna. Vê-se assim que o 
cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, de 
onde irradia a lâmina branca do cerebelo, revestida externamente por uma fina camada de 
substância cinzenta, o córtex cerebelar. O corpo medular do cerebelo com suas lâminas 
brancas, quando vista em cortes sagitais, recebem o nome de “árvore da vida”. No interior 
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do campo medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta, que são os 
núcleos centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial. 
 
 
CEREBELO – SECÇÃO NO PLANO DO PEDÚNCULO CEREBELAR SUPERIOR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Lóbulos do Cerebelo: a divisão do cerebelo em lóbulos não tem nenhum significado 
funcional e sua importância é apenas topográfica. Os lóbulos recebem denominações 
diferentes no vérmis e nos hemisférios. A cada lóbulo do vérmix correspondem a dois 
hemisférios. 
A língula está quase sempre aderida ao véu medular superior. O folium consiste em apenas 
uma folha do vérmix. Um lóbulo importante é o flóculo, situado logo abaixo do ponto em que 
o pedúnculo cerebelar médio penetra no cerebelo, próximo ao nervo vestíbulo-coclear. Liga-
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se ao nódulo, lóbulo do vérmix, pelo pedúnculo do flóculo. As tonsilas são bem evidentes na 
parte inferior do cerebelo, projetando-se medialmente sobre a face dorsal do bulbo. 
 
 
CEREBELO – VISTA MEDIAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
Fissuras do Cerebelo: 
– Depois da língula temos a fissura pré-central. 
– Depois do lóbulo central temos a fissura pré-culminar. 
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– Depois do cúlmen temos a fissura prima. 
– Depois do declive temos a fissura pós-clival. 
– Depois do folium temos a fissura horizontal. 
– Depois do túber temos a fissura pré-piramidal. 
– Depois da pirâmide temos a fissura pós-piramidal. 
– Depois da úvula temos a fissura póstero-lateral. 
 
 
CEREBELO – VISTA LATERAL 
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DIENCÉFALO 
 
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo. O cérebro 
é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade craniana. O 
diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na porção mais inferior de cérebro. Ao 
diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, 
todas relacionadas com o III ventrículo. 
 
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III Ventrículo: 
 É uma cavidade no diencéfalo, ímpar, que se comunica com o IV ventrículo pelo aquedutocerebral e com os ventrículos laterais pelos respectivos forames interventriculares. 
 
Quando o cérebro é seccionado no plano sagital mediano, as paredes laterais do III 
ventrículo são expostas amplamente; verifica-se então a existência de uma depressão, o 
sulco hipotalâmico, que se estende do aqueduto cerebral até o forame interventricular. As 
porções da parede, situadas acima deste sulco, pertencem ao tálamo; e as situadas abaixo, 
pertencem ao hipotálamo. 
No assoalho do III ventrículo encontra-se, de anterior para posterior, as seguintes 
formações: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares, pertencentes ao 
hipotálamo.Unindo os dois tálamos observa-se freqüentemente uma estrutura formada por 
substância cinzenta, a aderência intetalâmica, que aparece apenas seccionada. 
DIENCÉFALO – VISTA MEDIAL 
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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
A parede posterior do ventrículo, muito pequena, é formada pelo epitálamo, que se localiza 
acima do sulco hipotalâmico. Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte mais 
alta das paredes laterais, há um feixe de fibras nervosas, as estrias medulares do tálamo, 
onde se insere a tela corioide, que forma o tecto do III ventrículo. A partir da tela corioide, 
invaginam-se na luz ventricular, os plexos corioides do III ventrículo, que se dispõem em 
duas linhas paralelas e são contínuos, através dos respectivos forames interventriculares, 
com os plexos corioides dos ventrículos laterais. 
A parede anterior do III ventrículo é formada pela lâmina terminal, fina lâmina de tecido 
nervoso, que une os dois hemisférios e dispõem-se entre o quiasma óptico e a comissura 
anterior. A comissura anterior, a lâmina terminal e as partes adjacentes das paredes laterais 
do III ventrículo pertencem ao telencéfalo. A luz do III ventrículo se evagina para formar 
quatro recessos na região do infundíbulo: 
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 Recesso do Infundíbulo, acima do quiasma óptico; 
 Recesso Óptico; 
 Recesso Pineal, na haste da glândula pineal; 
 Recesso Suprapineal, acima do corpo pineal. 
Tálamo: 
 
O tálamo, com comprimento de cerca de 3 cm, compondo 80% do diencéfalo, consiste em 
duas massas ovuladas pareadas de substância cinzenta, organizada em núcleos, com tratos 
de substância branca em seu interior. Em geral, uma conexão de substância cinzenta, 
chamada massa intermédia (aderência intertalâmica), une as partes direita e esquerda do 
tálamo. A extremidade anterior de cada tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo 
anterior do tálamo, que participa da delimitação do forame interventricular. 
A extremidade posterior, consideravelmente maior que a anterior, apresenta uma grande 
eminência, o pulvinar, que se projeta sobre os corpos geniculados lateral e medial. 
O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva, e o lateral da via óptica, e ambos são 
considerados por alguns autores como uma divisão do diencéfalo denominada de 
metatálamo. 
TÁLAMO 
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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
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A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do assoalho do ventrículo lateral, sendo 
revestido por epitélio ependimário (epitélio que reveste esta parte do tálamo e é denominada 
lâmina fixa). A porção medial do tálamo forma a parede lateral do III ventrículo, cujo tecto é 
constituído pelo fórnix e pelo corpo caloso, formações telencefálicas. A fissura transversa é 
ocupada por um fundo-de-saco da pia-máter que, a seguir, entra na constituição da tela 
corioide. A face lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela cápsula interna, compacto 
feixe de fibras que ligam o córtex cerebral a centros nervosos subcorticais. A face inferior do 
tálamo continua com o hipotálamo e o subtálamo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LIMITES DO TÁLAMO – SECÇÃO TRANSVERSAL DO CÉREBRO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
Alguns núcleos transmitem impulsos para as áreas sensoriais do cérebro: 
 Corpo (núcleo) Geniculado Medial – transmite impulsos auditivos; 
 Corpo (núcleo) Geniculado Lateral – transmite impulsos visuais; 
 Corpo (núcleo) Ventral Posterior – transmite impulsos para o paladar e para as 
sensações somáticas, como as de tato, pressão, vibração, calor, frio e dor. 
Os núcleos talâmicos podem ser divididos em cinco grupos: 
 Grupo Anterior 
 Grupo Posterior 
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 Grupo Lateral 
 Grupo Mediano 
 Grupo Medial 
NÚCLEOS DO TÁLAMO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
O tálamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão da porção 
inferior do encéfalo e medula espinhal para as áreas sensitivas do cérebro. O tálamo 
classifica a informação, dando-nos uma ideia da sensação que estamos experimentando, e 
as direciona para as áreas específicas do cérebro para que haja uma interpretação mais 
precisa. 
Funções do Tálamo: 
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 Sensibilidade; 
 Motricidade; 
 Comportamento Emocional; 
 Ativação do Córtex; 
 Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta. 
Hipotálamo: 
É uma área relativamente pequena do diencéfalo, 
situada abaixo do tálamo, com funções importantes principalmente relacionadas à atividade 
visceral. 
O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco 
hipotalâmico, que separa 
o tálamo. Apresenta algumas formações anatômicas visíveis na face inferior do cérebro: o 
quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os corpos mamilares. Trata-se de uma área 
muito pequena (4 g) mas, apesar disso, o hipotálamo, por suas inúmeras e variadas funções, 
é uma das áreas mais importantes do sistema nervoso. 
 
Corpos Mamilares: são duas eminências arredondadas de substância cinzenta evidentes 
na parte anterior da fossa interpeduncular. 
Quiasma Óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe fibras 
mielínicas do nervo óptico, que ai cruzam em parte e continuam nos tratos óptico que se 
dirigem aos corpos geniculados laterais, depois de contornar os pedúnculos cerebrais. 
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Túber Cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e do 
trato óptico, entre os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise por meio do 
infundíbulo. 
Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de um funil que se prende ao túber cinéreo, 
contendo pequenos prolongamentos da cavidade ventricular, o recesso do infundíbulo. A 
extremidade superior do infundíbulo dilata-se para constituir a eminência mediana do túber 
cinéreo, enquanto a extremidade inferior continua com um processo infundibular, ou lobo 
nervoso da hipófise. A hipófise esta contida na sela túrcica do osso esfenoide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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HIPOTÁLAMO – VISTA MEDIAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
O Hipotálamo é constituído fundamentalmente de substância cinzenta que se agrupa em 
núcleos. Percorrendo ohipotálamo existem, ainda, sistemas variados de fibras, como o 
fórnix. Este percorre de cima para baixo cada metade do hipotálamo, terminando no 
respectivo corpo mamilar. Impulsos de neurônios cujos dendritos e corpos celulares situam-
se no hipotálamo são conduzidos por seus axônios até neurônios localizados na medula 
espinhal, e em seguida muitos desses impulsos são então transferidos para músculos e 
glândulas por todo o corpo. 
Funções do Hipotálamo: 
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 Controle do sistema nervoso autônomo; 
 Regulação da temperatura corporal; 
 Regulação do comportamento emocional; 
 Regulação do sono e da vigília; 
 Regulação da ingestão de alimentos; 
 Regulação da ingestão de água; 
 Regulação da diurese; 
 Regulação do sistema endócrino; 
 Geração e regulação de ritmos circadianos. 
Epitálamo: 
 
Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o 
mesencéfalo. Seu elemento mais evidente é a glândula pineal, glândula endócrina de forma 
piriforme, ímpar e mediana, que repousa sobre o tecto mesencefálico. A base do corpo 
pineal se prende anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam um plano 
mediano, a comissura posterior e a comissura das habênulas, entre as quais penetra na 
glândula pineal um pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso pineal. 
A comissura posterior situa-se no prolongamento em que o aqueduto cerebral se liga ao III 
ventrículo e é considerada como limite entre o mesencéfalo e o diencéfalo. A comissura das 
habênulas interpõe-se entre duas pequenas eminências triangulares, os trígonos da 
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habênula. Esses estão situados entre a glândula pineal e o tálamo e continuam 
anteriormente, de cada lado, com as estrias medulares do tálamo. A tela corioide do III 
ventrículo insere-se, lateralmente, nas estrias medulares do tálamo e, posteriormente, na 
comissura das habênulas, fechando assim o III ventrículo. 
EPITÁLAMO – VISTA MEDIAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Portanto, o epitálamo é formado por: 
Trígono da Habênula – área triangular na extremidade posterior da tênia do tálamo junto 
ao corpo pineal. 
Corpo Pineal – é uma estrutura semelhante a uma glândula, de aproximadamente 8 mm de 
comprimento, que se situa entre os colículos superiores. Embora seu papel fisiológico ainda 
não esteja completamente esclarecido, a glândula pineal secreta o hormônio melatonina, 
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sendo assim, uma glândula endócrina. A melatonina é considerada a promotora do sono e 
também parece contribuir para o ajuste do relógio biológico do corpo. 
Comissura Posterior – é um feixe de fibras arredondado que cruza a linha mediana na 
junção do aqueduto com o terceiro ventrículo anterior e superiormente ao colículo superior. 
Marca o limite entre o mesencéfalo e diencéfalo. 
EPITÁLAMO – VISTA POSTERIOR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Com exceção da comissura posterior, todas as formações não endócrinas do epitálamo 
pertencem ao sistema límbico, estando assim relacionados com a regulação do 
comportamento emocional. 
 
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Subtálamo: 
Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegumento do mesencéfalo. Sua 
visualização é melhor em cortes frontais do cérebro. Verifica-se que ele se localiza abaixo 
do tálamo, sendo limitado lateralmente pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. 
O subtálamo apresenta formações de substância branca e cinzenta, sendo a mais 
importante o núcleo subtalâmico. Lesões no núcleo subtalâmico provocam uma síndrome 
conhecida como hemibalismo, caracterizada por movimentos anormais das extremidades.

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