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Curso de Ética no Serviço Público - ICMBio

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CURSO EM PDF – ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO – ICMBio 
Prof. Armando Guedes 
 
www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 1 
 
AULA DEMONSTRATIVA 
 
APRESENTAÇÃO 
Olá, amigos concurseiros ! 
Mais uma vez é com imenso prazer que recebo o convite do 
CANAL DOS CONCURSOS para ministrar o curso de ÉTICA NO 
SERVIÇO PÚBLICO para ingresso nos cargos de ANALISTA e 
TÉCNICO do ICMBio. 
Como você, um dia também fui concurseiro. Tenho noção do 
árduo caminho a ser trilhado, mas posso lhe garantir que todo o esforço 
valerá. Nesses anos de estudo, afirmo: SÓ NÃO PASSA EM CONCURSO 
PÚBLICO QUEM DESISTE! Isso mesmo, tendo foco e determinação, a 
vaga é sua, só não vale desistir. 
Não interessa se você é novo, velho, tem família, filhos, 
trabalha. Tendo foco e NÃO desistindo, você triunfará. 
Veja o meu caso. Trabalhando como Agente de Polícia Federal, 
cargo que exerci durante 14 anos, casado, pai de duas crianças lindas 
(que pai coruja!), passei para Defensor Público Federal. Foi fácil? Óbvio 
que não. Mas tomando posse no cargo, você esquecerá de todo 
sacrifício, pode acreditar. 
Não há fórmula mágica. Como já mencionado, tenha foco, 
determinação e NUNCA desista. Acredite, a vaga será sua! 
Bem, vamos ao curso. 
O Edital do seu concurso acabou de ser publicado, com prova 
prevista para o dia 06/04/2014. Assim, este curso será composto de 
03 (três) aulas, incluindo esta aula demonstrativa, dividido da seguinte 
forma: 
AULA DEMONSTRATIVA: Ética e moral. Ética, princípios e valores. Ética 
e democracia: exercício da cidadania. Ética e função pública. Ética no 
Setor Público. Lei nº 8.429/1992: disposições gerais, atos de 
improbidade administrativa. 
AULA 01: Lei nº 8.112/1990 e alterações: regime disciplinar (deveres e 
proibições, acumulação, responsabilidades, penalidades). 
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AULA 02: Ética no Setor Público. Decreto nº 1.171/ 1994 (Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal). 
Após a parte teórica, traremos exercícios, todas da banca 
CESPE, responsável pela realização do presente certame, devidamente 
comentados, pertinentes ao tema abordado na aula. 
Por fim, no final da aula, no tópico questões propostas, 
repetimos as questões sem o gabarito e sem comentário, para que você 
possa se testar. Caberá a você a escolha: tentar resolver primeiro as 
questões e depois ler os comentários ou começar pelas questões 
comentadas e depois tentar fazê-las sozinho. 
Bem, feita a apresentação, mãos à obra! 
 
 
CURSO EM PDF – ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO – ICMBio 
Prof. Armando Guedes 
 
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO 
 
INTRODUÇÃO. 
Para o ser humano, viver é conviver, ou seja, o homem para 
poder sobreviver, necessita viver em sociedade. Assim, desde os tempos 
mais remotos, o homem se organiza em grupos sociais. 
Na medida em que o ser humano se organiza em sociedade, há 
necessidade de se estabelecer regras e normas aptas a regulamentar o 
convívio social. Nesse universo de normas e regras, destaca-se a ética. 
A ética tem sido um dos temas mais priorizados nos últimos 
tempos, em razão dos constantes escândalos políticos e sociais expostos 
na mídia diariamente, fazendo com que a sociedade faça uma releitura 
de seus valores, visando resgatar valores morais abandonados. 
 
ÉTICA E MORAL. 
A palavra ética deriva do grego ethos, significando 
“comportamento”. Ética pode ser conceituada como sendo o estudo dos 
juízos de apreciação referentes à conduta humana, do ponto de vista do 
bem e do mal. É um conjunto de normas e princípios que norteiam a 
boa conduta do ser humano. 
A ética é a parte da filosofia que aborda o comportamento 
humano, seus anseios, desejos e vontades. É a ciência da conduta 
humana perante o ser e os seus semelhantes, definindo o que é virtude, 
o que é bom ou mal, certo ou errado, permitido ou proibido. 
A ética pode ser dividida em duas partes: ética normativa e 
ética metaética. Aquela propõe os princípios de conduta correta, 
enquanto esta investiga o uso de conceitos como o bem e o mal, o certo 
e o errado etc. 
Moral, por sua vez, deriva do latim mos, significando 
“costumes”. De forma sucinta, podemos dizer que a moral é o 
instrumento de trabalho da ética. Em outras palavras, a ética é a ciência 
da moral. 
Não podemos falar de ética sem mencionar moral, pois ambas 
se entrelaçam na vida do homem que vive em sociedade. Assim, muitos 
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utilizam as duas expressões sem fazer distinção. Todavia, a doutrina 
mais abalizada diferencia ética de moral. Para essa doutrina, de forma 
correta, a moral é um conjunto de normas, princípios, preceitos, 
costumes e valores que norteiam o comportamento do homem no seu 
seio social. Nesse sentido, a moral é normativa. Noutro giro, a ética é a 
teoria, o conhecimento ou a ciência do comportamento moral, que busca 
explicar, compreender, justificar e criticar a moral de uma sociedade. 
Nesse sentido, a ética é filosófica, é científica. 
Com base nessa diferenciação, alguns doutrinadores 
diferenciam ética de moral de diversos modos. Vejamos alguns: 
- ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas; 
- ética é permanente, moral é temporal; 
- ética é universal (tem como última referência a dignidade da pessoa 
humana, a busca do bem comum), moral é cultural (varia de uma 
sociedade para outra, de uma época para outra); 
- ética é regra, moral é conduta de regra e 
- ética é teoria, moral é prática. 
O ato moral tem em sua estrutura dois aspectos: o normativo 
e o factual. O aspecto normativo são as normas que anunciam um 
“dever ser” (ex: não roube, não trai seu amigo etc.). Já o aspecto 
factual são os atos humanos que se concretizam no mundo real, ou 
seja, é a aplicação da norma moral no dia a dia do convívio social. 
 
ÉTICA, PRINCÍPIOS E VALORES. 
Os princípios são códigos de condutas que servem de norte 
para que o indivíduo pratique suas ações no meio social. Os princípios 
que regem a nossa conduta em sociedade são aqueles códigos e regras 
que aprendemos por meio do convívio social, passados de pai para filho. 
Em realidade, a qualidade própria dos princípios éticos nada 
mais é que uma decorrência lógica do fato de se fundarem na dignidade 
da pessoa humana, vista como componente essencial para a vida social. 
A doutrina elenca 05 (cinco) teorias sobre a formação dos 
princípios éticos. Vamos sintetizá-las: 
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1ª – Teoria Fundamentalista: propõe que os princípios éticos sejam 
obtidos de uma fonte externa ao ser humano. 
2ª – Teoria Utilitarista: entende que os princípios éticos devem ser 
elaborados seguindo um critério que traga um maior bem para a 
sociedade como um todo (critério da maior utilidade para o todo). 
3ª – Teoria Kantiana: propõe que os princípios éticos sejam extraídos do 
fato de que cada um deve se comportar de acordo com os princípios 
universais. 
4ª – Teoria Contratualista: parte do pressuposto que o ser humano 
assumiu com os seus semelhantes a obrigação (contrato) de se 
comportar de acordo com regras morais, para poder conviver numa 
sociedade harmoniosa. 
5ª – Teoria Relativista: segundo a qual cada pessoa deveria decidir 
sobre o que é ou não ético, com base nas suas próprias convicções e na 
sua própria concepção sobre o bem e o mal.Assim sendo, o que é ético 
para um pode não o ser para outro (relativismo). 
Já os valores, servem como “termômetro” para aferir caráter 
de uma pessoa. Nesse sentido, o caráter de uma pessoa é determinado 
pelo valor de suas ações. Sua ação será valorizada na medida em que 
for cobiçada e copiada pelas demais pessoas do grupo social. 
 
ÉTICA E DEMOCRACIA: EXERCÍCIO DA CIDADANIA. 
O Brasil passou por um recente período de ditadura militar, 
durante o qual os valores morais e sociais foram reprimidos pelo regime 
militar, prevalecendo os valores que o Estado autoritário impôs, de 
forma unilateral, ao povo brasileiro. Assim, durante o período militar, 
podemos afirmar que vivemos numa verdadeira “apatia” social. 
Esse cenário foi alterado pela democracia implementada com 
Constituição de 1988. A partir desta, o povo volta a eleger e fiscalizar 
seus representantes (vereadores, deputados, prefeitos, governantes 
etc.). O controle do processo eleitoral passa a ser comandado pelo povo 
que, de forma periódica, escolhe seus representantes. Estes, cientes de 
que estão sendo observados e fiscalizados, devem pautar suas condutas 
sob o manto da ética, sob pena de serem extirpados do cenário político 
nacional. 
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Cidadania, em sentido restrito, encontra-se atrelado ao 
exercício dos direitos políticos, ou seja, cidadão é aquele que tem o 
direito de votar e de ser votado. Todavia, aqui, o emprego da expressão 
cidadania qualifica o cidadão em sentido amplo, o possibilitando exercer 
direitos e assumir obrigações. Neste sentido amplo, todos são cidadãos. 
Assim, além de direitos, o cidadão tem deveres. Trata-se de 
verdadeira via de mão dupla: os direitos do cidadão aumentam na 
mesma proporção de seus deveres perante a sociedade. Portanto, ser 
cidadão é ter direitos e, também, ser chamado à responsabilidade para 
lutar pela defesa da vida com qualidade e do bem-estar geral (deveres). 
Existem direitos que nem sempre se concretizam no mundo 
real (ex: direito à saúde, direito à educação, direito à moradia etc.). A 
cidadania nem sempre é uma realidade efetiva e nem sempre é para 
todos. A efetivação da cidadania e a consciência coletiva dessa condição 
são indicadores do desenvolvimento ético e moral de uma sociedade. 
Para a ética, não basta que exista um elenco de direitos 
definidos numa Constituição. O desafio ético para uma sociedade é o de 
concretizar no mundo fático os direitos elencados nas leis, permitindo 
que todos alcancem a cidadania plena. 
Além dos direitos, a cidadania traz uma gama de deveres. 
Assim, por exemplo, é dever do cidadão colaborar financeiramente com 
o custeio das despesas comuns através do pagamento de tributos. Outro 
dever do cidadão, por exemplo, é difundir o hábito de reciclar o lixo, 
poupar água, usar fontes alternativas de energia e outras medidas, tudo 
para preservar o meio ambiente. 
 
ÉTICA E FUNÇÃO PÚBLICA e ÉTICA NO SETOR PÚBLICO. 
O exercício da função pública deve ser feito sempre atrelado 
ao interesse público, buscando o bem comum. Nesse sentido, no 
exercício das mais diversas funções publicas, o agente público deve 
respeitar os valores éticos e morais enraizados na sociedade. 
Ressalta-se que o agente público deve estar atento aos 
padrões éticos e morais delineados pela sociedade não apenas no 
exercício de suas funções públicas, devendo incorporar tais padrões à 
sua vida privada. 
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A busca pela eticidade e pela moralidade é tão ferrenha que a 
Constituição de 1988 alçou a moralidade ao patamar de princípio 
constitucional norteador de toda Administração Pública (art. 37, caput 
da CRFB/88). 
Infelizmente, mesmo ganhando “status” de princípio 
constitucional, a ética e a moral são institutos que, muitas vezes, se 
distanciam dos agentes públicos. Não é à toa que a sociedade brasileira, 
a muito, mostra-se insatisfeita com o setor público. De um modo 
geral, o nosso país enfrenta descrédito da opinião pública a respeito do 
comportamento dos administradores públicos (Poder Executivo) e da 
classe política (Poder Legislativo). 
A atividade pública deve ser conduzida com muita seriedade, 
pois desfazer a imagem negativa do padrão ético do setor público é 
tarefa das mais árduas. A ética no setor público é pré-requisito 
fundamental para a confiança pública, constituindo-se em marco 
fundamental para uma boa administração. 
 Nesse ponto, o Código de Ética tem importante função, pois, 
ao trazer valores éticos e morais a serem observados pelo agente 
público, melhora a imagem do “desgastado” setor público. 
 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – Lei nº 8.429/92 
 
Antes de iniciarmos o estudo da improbidade administrativa, 
lembramos que será, aqui, fundamental, a leitura da Lei nº 8.429/92. 
Trata-se de uma lei com poucos artigos e de leitura fácil. Muitas 
questões das provas objetivas são cópias fiéis da letra de lei. Então, não 
deixe de ler a Lei nº 8.429/92. Feita essa observação, vamos iniciar a 
matéria. 
Podemos conceituar improbidade administrativa como a 
designação técnica de corrupção administrativa, oriunda do 
desvirtuamento da função administrativa e desrespeito à ordem jurídica, 
caracterizado pelo favorecimento à minoria em desfavor da maioria, 
tráfico de influência, enriquecimento sem causa e exercício nocivo à 
função pública. 
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Assim, a improbidade administrativa é uma imoralidade 
qualificada por lei, que importa enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário 
ou violação aos princípios administrativos, apta a ensejar um processo 
judicial promovido pela pessoa jurídica lesada ou pelo Ministério Público 
e poderá resultar em sanções civis, administrativas e políticas. 
A base constitucional direta para a responsabilização pelos atos 
de improbidade administrativa encontra-se no §4º do art. 37 da 
CRFB/88, com a seguinte redação: 
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a 
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a 
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e 
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
Com o objetivo de dar concreção ao citado dispositivo 
constitucional, em 1992 foi editada a Lei nº 8.429 (mais uma vez: 
leitura obrigatória!). 
Probidade administrativa e moralidade administrativa são 
princípios constitucionais que se identificam, tendo em vista que ambos 
se relacionam com a ideia de honestidade na Administração Pública. 
Todavia, quando se fala em improbidade como infração sancionada pelo 
ordenamento jurídico, como ato ilícito, deixa de haver sinonímia entre 
as expressões improbidade e imoralidade, porque aquele tem um 
sentido muito mais amplo, que abrange não só atos desonestos ou 
imorais, mas também e principalmente atos ilegais. Assim, quando se 
fala em infrações/atos ilícitos, a improbidade é mais ampla que a 
imoralidade. 
o ato de improbidade administrativa tem natureza de ilícito 
civil, mas pode implicar também na configuração de um ilícito penal 
e/ou um ilícito administrativo, caso haja previsão legal. Assim, há 
possibilidade de ser instaurado, de uma só vez, uma ação penal (para 
apurar o ilícito penal), um processo administrativo disciplinar (para 
apurar o ilícito administrativo) e uma ação de improbidade (para apurar 
o ilícito civil), como corolário da independência das instâncias (as 
responsabilidades civil, criminal e administrativa são, emregra, 
independentes). 
A Lei nº 8.429/92, que regulamenta o §4º do art. 37 da 
CRFB/88, NÃO elenca nenhuma sanção de natureza penal. Como 
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afirmado, ato de improbidade trata-se de ilícito civil, não podendo um 
ilícito civil ser penalizado com uma sanção de natureza penal. 
A doutrina elenca quatro elementos definidores da improbidade 
administrativa, a saber: o sujeito passivo, o sujeito ativo, os atos de 
improbidade administrativa e o elemento subjetivo da improbidade. 
Vamos estudá-los. 
O sujeito passivo da improbidade é quem sofre com a prática 
do ato de improbidade. O art. 1º da Lei nº 8.429/92 elenca os sujeitos 
passivos da improbidade administrativa, podendo os mesmos serem 
resumidos da seguinte forma: 
- Administração Pública Direta e Indireta; 
- pessoa jurídica de direito privado em que o Estado concorra ou 
concorreu com mais de 50% do patrimônio ou receita; 
- pessoa jurídica de direito privado que receba subvenção, benefício ou 
incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público e 
- pessoa jurídica de direito privado em que o Estado concorra ou 
concorreu com menos de 50% do patrimônio ou receita. 
Nessas duas últimas hipóteses, a sanção patrimonial se limita 
à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. 
Por seu turno, o sujeito ativo da improbidade é quem pratica 
o ato de improbidade. A lei estudada prevê como sujeito ativo: 
- o agente público, servidor ou não (art. 2º); 
- o terceiro que, “mesmo não sendo agente público, induza ou concorra 
para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer 
forma direta ou indireta”. (art. 3º) e 
- o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se 
enriquecer ilicitamente (art. 8º). 
Quanto ao sujeito ativo, duas importantes observações. 
Primeiro é a distinção feita pela doutrina entre ato de 
improbidade próprio, aquele praticado por agente público e ato de 
improbidade impróprio, aquela praticado por terceiro. 
A segunda observação foi que em 2007, o Supremo Tribunal 
Federal decidiu que os agentes políticos que respondem por crime 
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de responsabilidade estão excluídos da ação de improbidade, pois 
se respondessem pelos dois haveria bis in idem. Assim, por exemplo, se 
o Presidente da República praticar ato que atente contra a probidade 
administrativa (art. 85, inciso V da CRFB/88), somente responderá por 
crime de responsabilidade, não cabendo ação de improbidade. 
A Lei nº 8.429/92 elenca 03 (três) modalidades de atos de 
improbidade administrativa: 
 que importam ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (art. 9º) 
 ATOS DE 
IMPROBIDADE que causam PREJUÍZO AO ERÁRIO (art. 10) 
 que atentam contra os PRINCÍPIOS DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (art. 11). 
O ato de improbidade administrativa nasce de uma ação ou 
omissão, não sendo, necessariamente, um ato administrativo (ex: 
servidor público recebe dinheiro a título de comissão, haverá ato de 
improbidade, mas não estamos diante de um ato administrativo). 
A improbidade administrativa resta configurada 
independentemente da ocorrência de dano ao patrimônio (ex: um ato 
que viole um princípio da Administração, sem causar prejuízo econômico 
ao erário) ou de controle de contas pelo Tribunal de Contas. Nesse 
sentido o art. 21 da lei em estudo. 
“Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: 
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo 
quanto à pena de ressarcimento; 
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle 
interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.” 
A doutrina ensina que o art. 11 da lei estudada, que elenca os 
atos de improbidade que atentam contra os princípios da Administração, 
trata-se de um tipo subsidiário ou um tipo de reserva, no sentido de 
que somente deve ser usado quando não for possível enquadrar a 
conduta do agente às hipóteses estabelecidas nos art. 9º e 10. Noutro 
giro, se a conduta do agente puder ser enquadrada, simultaneamente, 
nos art. 9º, 10 e 11, dever-se-á ser aplicado somente o art. 9º, que 
trata dos atos que importam enriquecimento ilícito, por estabelecer as 
sanções mais graves. 
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O último elemento definidor da improbidade administrativa se 
refere ao elemento subjetivo. 
A doutrina, de forma quase unânime, entende que para a 
configuração dos atos de improbidade que causam prejuízo ao erário 
basta CULPA OU DOLO do agente. Leiamos o art. 10: ”Constitui ato de 
improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou 
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, 
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das 
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente...” 
Já para configuração dos atos que importem enriquecimento 
ilícito ou que atentem contra os princípios da Administração Pública 
exigi-se DOLO do agente, não havendo, aqui, espaço para culpa. 
 Assim, para a maioria da doutrina só haverá enriquecimento 
ilícito (art. 9º) e violação de princípios administrativos (art. 11) 
mediante DOLO, ao passo que poderá haver prejuízo ao erário (art. 10) 
mediante DOLO ou CULPA. 
Estudados os elementos definidores da improbidade 
administrativa, vamos analisar as sanções aplicáveis aos atos de 
improbidade administrativa. 
O §4º do art. 37 da CRFB/88 elenca somente quatro sanções, 
a saber: 
- suspensão dos direitos políticos; 
- a perda da função pública; 
- a indisponibilidade dos bens e 
- o ressarcimento ao erário. 
A Lei nº 8.429/92 possui um rol mais extenso de sanções, 
prevendo, por exemplo: multa civil e proibição de contratar com o Poder 
Público. Assim: 
- para a prática de atos que importem enriquecimento ilícito (art. 9º), as 
sanções estão previstas no art. 12, inciso I, da Lei nº 8.429/93; 
- para a prática de atos que causam prejuízo ao erário (art. 10), as 
sanções estão previstas no art. 12, inciso II da citada lei e 
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- para a prática de atos que atentem contra os princípios da 
Administração Pública (art. 11), as sanções estão previstas no art. 12, 
inciso III da citada lei. 
Sobre as sanções aplicáveis aos atos de improbidade 
administrativa, duas importantes considerações. 
Durante muito tempo se discutiu se as sanções previstas nos 
incisos do art. 12 deveriam ser aplicadas todas em conjunto de forma 
cumulativa, o que a doutrina denominava de aplicação das sanções “em 
bloco”, ou o juiz poderia aplicar apenas as sanções mais pertinentes ao 
caso concreto. A corrente que defendia a aplicação das sanções “em 
bloco” nunca prevaleceu, restando, totalmente, sucumbida em 2009, 
com a edição da Lei nº 12.120 que alterou o caput do art. 12 da Lei nº 
8.429/92. Leiamos o artigo com a nova redação. 
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e 
administrativas previstas na legislação específica, está o 
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes 
cominações, QUE PODEM SER APLICADAS ISOLADA OU 
CUMULATIVAMENTE, de acordo com a gravidade do fato: 
(Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009). 
Portanto, hoje, não pairam mais dúvidas, restando totalmente 
afastada a corrente que defendia a aplicação das sanções “em bloco”, 
em virtude da alteração legislativa acima mencionada.A segunda observação a ser feita é que as sanções referentes 
à perda da função pública e à suspensão dos direitos políticos somente 
se efetivarão com o trânsito em julgado da sentença condenatória, 
conforme estabelece o art. 20 da lei em comento. 
Passaremos, agora, a tecer comentários sobre o 
procedimento da ação de improbidade administrativa. 
A maioria da doutrina entende que a ação judicial de 
improbidade administrativa tem natureza jurídica de ação civil publica, 
sendo denominada de ação civil pública por ato de improbidade. 
Qualquer pessoa poderá representar à autoridade 
administrativa competente ou ao Ministério Público para que seja 
instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de 
improbidade (art. 14 da lei estudada). Todavia, a legitimidade ativa 
para a propositura da ação judicial de improbidade administrativa é 
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somente do Ministério Público ou da pessoa jurídica interessada 
(art. 17). Se o Ministério Público não atuar como autor, deverá, 
obrigatoriamente, atuar como fiscal da lei (§4º do art. 17). 
Na ação de improbidade administrativa é vedado acordo, 
transação ou conciliação (§1º do art. 17), sendo que o dinheiro 
arrecadado terá como destino a pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito 
(art. 18). 
A Lei de Improbidade Administrativa prevê quatro medidas 
cautelares, a saber: indisponibilidade dos bens do indiciado (art. 7º); 
sequestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido 
ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público (art. 16 caput); 
bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras no exterior 
(§2º do art. 17) e afastamento do agente público do exercício do cargo, 
emprego ou função, sem prejuízo da remuneração (parágrafo único do 
art. 20). 
Quanto à prescrição, ela encontra-se prevista no art. 23 da 
lei estudada. Leiamos o dispositivo. 
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas 
nesta lei podem ser propostas: 
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo 
em comissão ou de função de confiança; 
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para 
faltas disciplinares puníveis com demissão do serviço público, nos 
casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. 
Aqui deve ser lembrado que o que prescreve é o ato de 
improbidade, vez que o dano é imprescritível com fulcro no art. 37, §5º 
da CRFB/88. Assim, mesmo que o agente não possa ser condenado pela 
prática de um ato de improbidade administrativa, em virtude da 
consumação da prescrição prevista no citado art. 23, caberá a 
propositura da ação civil de ressarcimento ao erário, vez que, esta, com 
base na Constituição, é imprescritível. 
Para encerrarmos nossa aula, devemos diferenciar ação de 
improbidade administrativa da ação popular. A ação popular visa 
anular o ato lesivo e ressarcir o erário. Já a ação de improbidade visa 
anular o ato lesivo, ressarcir o erário e aplicar sanções ao agente (ou ao 
terceiro) que praticou os atos lesivos. 
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Bem, com essas ponderações, encerramos nossa parte teórica. 
Vamos às questões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
QUESTÃO 01 
CESPE - 2010 - TCE-BA - Procurador 
Julgue o item subsecutivo. 
Atos de improbidade administrativa são os que geram 
enriquecimento ilícito ao agente público ou causam prejuízo 
material à administração pública. Quem pratica esses atos pode 
ser punido com sanções de natureza civil e política - mas não 
penal - como o ressarcimento ao erário, a indisponibilidade dos 
bens e a perda da função pública. 
Resposta: ERRADA. 
Comentário: A Lei nº 8.429/92, que regulamenta o §4º do art. 37 da 
CRFB/88, NÃO elenca nenhuma sanção de natureza penal. Como 
explicado, ato de improbidade trata-se de ilícito civil, não podendo um 
ilícito civil ser penalizado com uma sanção de natureza penal. Assim, a 
segunda parte do enunciado da questão está correta. 
A questão está errada, pois na sua primeira parte afirma que 
“Atos de improbidade administrativa são os que geram enriquecimento 
ilícito ao agente público ou causam prejuízo material à administração 
pública”, esquecendo-se de fazer menção aos atos que atentam contra 
os princípios da administração pública. 
QUESTÃO 02 
CESPE - 2009 - DPF - Agente da Polícia Federal 
Julgue o item a seguir. 
Frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo 
indevidamente constitui ato de improbidade administrativa e, 
por consequência, impõe a aplicação da lei de improbidade e a 
sujeição do responsável unicamente às sanções nela previstas. 
Resposta: ERRADA 
Comentário: Como já explicado na parte teórica, em razão da 
independência das instâncias, o ato de improbidade administrativa pode 
também configurar um ilícito penal, dando ensejo à instauração de uma 
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ação penal e/ou um ilícito administrativo, dando ensejo à instauração de 
um processo administrativo disciplinar. Para não deixar margem de 
dúvida, o art. 12 da Lei nº 8.429/93 prevê de forma expressa que: 
“Independentemente das sanções penais, civis e 
administrativas, previstas na legislação específica, está o 
responsável pelo ato de improbidade às seguintes cominações...” . 
Portanto, a questão está errada, pois afirma que o responsável 
pelo ato se sujeitará UNICAMENTE às sanções previstas na lei de 
improbidade. 
QUESTÃO 03 
CESPE - 2010 - INSS 
Acerca das sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de 
enriquecimento ilícito no exercício de cargo, emprego ou função 
da administração pública, julgue o próximo item. 
As punições constantes da Lei de Improbidade Administrativa 
(Lei n.º 8.429/1992) são aplicáveis a qualquer agente público, 
servidor ou não. 
Resposta: CERTA 
Comentário: A questão se limita a copiar o início do art. 1º da Lei nº 
8.429/93: “Os atos de improbidade praticados por qualquer agente 
público, servidor ou não....” 
Por isso, voltamos a insistir, sabendo do risco de nos 
tornarmos cansativos, LEIA A LEI! Muitas questões são praticamente 
cópias da letra fria da lei. 
QUESTÃO 04 
CESPE - 2010 - EMBASA - Analista de Saneamento - Advogado 
Acerca da Lei de Improbidade Administrativa, considerando a 
jurisprudência do STF, julgue o item a seguir. 
A aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade 
Administrativa independe da efetiva ocorrência de dano ao 
patrimônio público, mas fica suspensa até a aprovação ou 
rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo 
tribunal ou conselho de contas. 
Resposta: ERRADA 
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Comentário: A questão está errada, pois a sua segunda parte se 
distancia do estabelecido no art. 21 da Lei nº 8.429/92. Novamente, 
pela importância do tema, leiamos o dispositivo. 
“Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: 
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo 
quanto à pena de ressarcimento; 
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle 
interno ou pelo Tribunalou Conselho de Contas.” 
Assim, o ato de improbidade independe da ocorrência de dano 
ao patrimônio (ex: um ato que viole um princípio da Administração, sem 
causar prejuízo econômico ao erário) e, também, independe de controle 
de contas pelo Tribunal de Contas. 
QUESTÃO 05 
CESPE - 2012 - IBAMA - Técnico Administrativo 
A respeito de ética no serviço público, julgue o item a seguir. 
A ética, enquanto filosofia da moral, constata o relativismo 
cultural e o adota como pressuposto de análise da conduta 
humana no contexto público. 
Resposta: ERRADA. 
Comentário: ao contrário, a ética despreza o relativismo cultural, 
orientando-se pela universalidade, cujo caráter, vale frisar, independe 
da cultura, momento, espaço, etc. 
QUESTÃO 06 
CESPE - 2010 - ANEEL - Técnico Administrativo 
Julgue o item seguinte, acerca da ética e da moral. 
Importante característica da moral, o que a torna similar à lei, é 
o fato de ser absoluta e constituir um padrão para julgamento 
dos atos. 
Resposta: ERRADA. 
Comentário: ao contrário, a moral é temporal, é cultural, ou seja, varia 
de uma sociedade para outra, de uma época para outra, não sendo, em 
hipótese alguma absoluta. A ética, sim, é absoluta. 
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QUESTÃO 07 
CESPE - 2010 - MPS - Agente Administrativo 
Com relação à ética, julgue o item que se segue. 
A noção de ética está diretamente relacionada com os costumes 
de um grupo social. 
Resposta: ERRADA. 
Comentário: é a noção de moral que se encontra relacionada com os 
costumes. Então, lembre-se: associe costumes à moral e associe 
conduta/comportamento à ética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES PROPOSTAS 
QUESTÃO 01 
CESPE - 2010 - TCE-BA - Procurador 
Julgue o item subsecutivo. 
Atos de improbidade administrativa são os que geram 
enriquecimento ilícito ao agente público ou causam prejuízo 
material à administração pública. Quem pratica esses atos pode 
ser punido com sanções de natureza civil e política - mas não 
penal - como o ressarcimento ao erário, a indisponibilidade dos 
bens e a perda da função pública. 
QUESTÃO 02 
CESPE - 2009 - DPF - Agente da Polícia Federal 
Julgue o item a seguir. 
Frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo 
indevidamente constitui ato de improbidade administrativa e, 
por consequência, impõe a aplicação da lei de improbidade e a 
sujeição do responsável unicamente às sanções nela previstas. 
QUESTÃO 03 
CESPE - 2010 - INSS 
Acerca das sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de 
enriquecimento ilícito no exercício de cargo, emprego ou função 
da administração pública, julgue o próximo item. 
As punições constantes da Lei de Improbidade Administrativa 
(Lei n.º 8.429/1992) são aplicáveis a qualquer agente público, 
servidor ou não. 
QUESTÃO 04 
CESPE - 2010 - EMBASA - Analista de Saneamento - Advogado 
Acerca da Lei de Improbidade Administrativa, considerando a 
jurisprudência do STF, julgue o item a seguir. 
A aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade 
Administrativa independe da efetiva ocorrência de dano ao 
patrimônio público, mas fica suspensa até a aprovação ou 
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rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo 
tribunal ou conselho de contas. 
QUESTÃO 05 
CESPE - 2012 - IBAMA - Técnico Administrativo 
A respeito de ética no serviço público, julgue o item a seguir. 
A ética, enquanto filosofia da moral, constata o relativismo 
cultural e o adota como pressuposto de análise da conduta 
humana no contexto público. 
QUESTÃO 06 
CESPE - 2010 - ANEEL - Técnico Administrativo 
Julgue o item seguinte, acerca da ética e da moral. 
Importante característica da moral, o que a torna similar à lei, é 
o fato de ser absoluta e constituir um padrão para julgamento 
dos atos. 
QUESTÃO 07 
CESPE - 2010 - MPS - Agente Administrativo 
Com relação à ética, julgue o item que se segue. 
A noção de ética está diretamente relacionada com os costumes 
de um grupo social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
1 – E 2 – E 3 – C 4 – E 5 – E 
6 – E 7 – E

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