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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA FACULDADE DE CIÊNCIA DA TERRA MINERALOGIA TEMA: TECTOSSILICATOS, FOSFATOS, ARSENATOS E VANADATOS. CURSO: GEOLOGIA GRUPO Nº 6 SALA Nº 6 TURMA: GOMK 3.1 DOCENTE LUANDA-2016 __________________ EDGAR PINTO TECTOSSILICATOS, FOSFATOS, ARSENATOS E VANADATOS. POR: EDNALDO PATRÍCIO BENTO RIBEIRO- 7316 HÉLIA FRANCISCA RAFAEL POMBO-024239 PATRÍCIA DA SILVA SALVADOR-25040 LUANDA-2016 ÍNDICE PAG INTRODUÇÃO------------------------------------------------------------------------------1 CLASSE DOS TECTOSSILICATOS -------------------------------------------------1-2 GRUPO DA SÍLICA------------------------------------------------------------------------2 MINERAIS DE SÍLICA---------------------------------------------------------------------------------2 GRUPO DOS FELDSPATOS----------------------------------------------------------------3 GRUPO DOS FELDSPATÓIDES----------------------------------------------------------------3-4 GRUPOS DAS ZEÓLITAS-------------------------------------------------------------------------4-5 GRUPO DOS FOSFATOS ----------------------------------------------------------------6 GRUPO DOS ARSENATOS--------------------------------------------------------------------------7 GRUPO DOS VANADATOS-------------------------------------------------------------8 UTILIDADE E VALOR ECONÓMICO DOS MINERAIS--------------------------9-10 OCORRÊNCIA OU LOCALIZÇÃO DESTES MINERAIS EM ANGOLA------10 CONCLUSÃO------------------------------------------------------------------------------11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS---------------------------------------------------12 INTRODUÇÃO Este trabalho resume os principais conceitos teóricos relativos à classe dos Tectossilicatos, Fosfatos, Arsenatos e os Vanadatos. São apresentadas os minerais que compõem estes grupos bem como algumas das características mais importantes incluindo estruturas internas ou cristalinas, propriedades físicas e químicas, suas aplicações, importância económica e sua ocorrência ou localização em Angola. Os elementos químicos mais abundantes na crosta terrestre em ordem decrescente são O, Si, Al, seguidos de Fe, K, Ca, Na e Mg. O oxigênio soma cerca de 94 % em volume e os 6 % restantes correspondem a todos os demais elementos químicos. Se considerarmos percentagens atômicas, O, Si e Al constituem perto de 80 % do total sendo de se esperar, portanto, que os minerais mais abundantes na crosta do planeta sejam silicatos e aluminossilicatos. CLASSE DOS TECTOSSILICATOS O grupo dos Tectossilicatos na classificação dos minerais, faz parte da classe dos minerais silicatados. Em química, um silicato é um composto consistindo de silício e oxigênio (SixOy), um ou mais metais e possivelmente hidrogênio. É usado também em referência à sílica ou a um dos ácidos silícicos. Os minerais compostos de silicatos são caracterizados pela forma tetraédrica de seus cristais. Por vezes, os tetraedros se juntam em cadeias, cadeias duplas, folhas ou em estruturas tridimensionais. Eles são subclassificados em grupos baseados no grau de polimerização do tetraedro, tal como Nesossilicatos, Ciclossilicatos, Tectossilicatos e assim por diante. Em geologia e astronomia, o termo silicato é usado para denotar um tipo de rocha que consiste de silício e oxigênio (geralmente como SiO2 ou SiO4), um ou mais metais e possivelmente hidrogênio. Tais rochas variam de granito a gabro. A maioria da crosta da Terra é composta de rochas de silicato, assim como as crostas de outros planetas rochosos. Os minerais da classe dos tectossilicatos são os mais importantes entre os denominados minerais formadores de rocha. Mais de 60% em volume das rochas que constituem a crosta terrestre estão formadas por minerais desta classe. A estrutura cristalina básica - assim como no caso dos demais silicatos - é formada por um retículo construído a partir de tetraedros Si(Al)O4, onde os átomos de Si - na maioria das vezes parcialmente substituídos pelo Al - são coordenados por quatro átomos de O (oxigénio), formando a unidade tetraédrica fundamental. As ligações Si-O e Al-O nos tetraedros contêm contribuições covalente e iônica em proporções similares e são muito fortes. No caso particular dos tectossilicatos, cada átomo de O está sempre compartilhado por dois tetraedros adjacentes, formando uma rede tridimensional contínua com o mais alto grau de polimerização possível para aquelas unidades fundamentais. Os principais minerais desta classe incluem os grupos da sílica (do qual o quartzo é o mineral mais típico), dos feldspatos, dos feldspatóides e das zeólitas, além das escapolitas, minerais de ocorrência mais restrita, que aparecem em algumas rochas metamórficas cálcio-silicáticas. A importância dos tectossilicatos em petrologia fica muito clara, por exemplo, quando 1 lembramos que a classificação petrográfica atual das rochas ígneas com volumes de minerais félsicos iguais ou superiores a 10 %, portanto, as rochas não ultramáficas (o diagrama QAPF, Quartzo - Feldspato Alcalino - Plagioclásio - Feldspatóides (ou Fóides), da IUGS, Internacional Union of Geological Sciences) tem como base essencial a presença e as proporções volumétricas relativas entre os minerais desta classe. Adicionalmente, a maioria dos tectossilicatos tem grande importância tecnológica, com inúmeras aplicações industriais (Ex: materiais cerâmicos, eletrônicos, ópticos), vários deles sendo aproveitados também como gemas semipreciosas. GRUPO DA SÍLICA O grupo da sílica reúne diversos polimorfos cristalinos (os denominados minerais de sílica), muitas variedades criptocristalinas e ainda compostos amorfos. Minerais e mineralóides este grupo se formam em ambientes geológicos e sob condições de temperatura e pressão muito diversificados. MINERAIS DE SÍLICA Os retículos cristalinos construídos apenas com as unidades tetraédricas básicas dos silicatos (SiO4) 4- apresentarão todos os átomos de O ligados a átomos de Si, resultando em proporção constante Si:O= 1:2, e serão eletricamente neutros. Existem diferentes possibilidades de arranjo estrutural destas unidades tetraédricas, cada qual correspondendo a uma variedade polimórfica com propriedades de simetria, morfológicas e energéticas próprias. São conhecidos oito polimorfos de SiO2 de ocorrência natural e, dentre eles, os mais importantes são o quartzo, a tridimita, a cristobalita, a coesita e a stishovita, Fig 1. Ex: Fig 1- Quartzo e coesita. 2 GRUPO DOS FELDSPATOS Os feldspatossão os tectossilicatos mais importantes e diversificados. Ocorrem como minerais essenciais em quaisquer rochas ígneas não ultramáficas e a proporção relativa entre as séries dos feldspatos alcalinos e plagioclásios é um parâmetro fundamental para a classificação destas rochas. São comuns também em algumas rochas sedimentares e na maioria das rochas metamórficas, em que, trazem importantes subsídios relativos ao grau de maturidade e às condições de metamorfismo, respectivamente. A presença abundante de Al, cátion que é bem adaptado à coordenação tetraédrica, na maioria dos sistemas silicáticos força substituições catiônicas do tipo Si+4 ↔ Al+3, dando origem a aluminossilicatos com a unidade fundamental (Si,Al)O4. O excesso de carga negativa criada pela entrada de Al na estrutura exige a presença de cátions adicionais para neutralizá-lo, dando origem ao grupo dos feldspatos. Estes cátions ocupam as cavidades (sítios) maiores presentes no retículo e, portanto, apresentam raios iônicos relativamente grandes, em geral próximos a 1 Å (0,1 nm). O grupo dos feldspatos pode ser representado pela fórmula mínima geral MT4O8, em que os sítios T são ocupados por Si e Al - eventualmente por quantidades em níveis de traço de Fe3+ e, mais raramente, Ti, P, B3+e Ga3+ - e os sítios M por metais alcalinos (em geral, K e Na, eventualmente Rb, com carga elétrica +1, raramente, NH4) ou alcalino-terrosos (em geral Ca, mas também por Sr e Ba em quantidades de traços, com carga +2 e, mais raramente, Eu e Pb). Ex: Fig 2- feldspatos. GRUPO DOS FELDSPATÓIDES Os feldspatóides são tectossilicatos com composição química similar a dos feldspatos, mas com relativa deficiência em SiO2. As estruturas dos feldspatóides são também mais abertas, com cavidades em geral maiores entre as unidades tetraédricas fundamentais [(Si,Al)O4]. Os minerais mais comuns entre os feldspatóides compreendem o grupo da nefelina, de fórmula mínima genérica (Na,K)AlSiO4, que inclui a nefelina [Na3(Na,K)[AlSiO4]4 propriamente dito e a kalsilita [K(AlSiO4)], ambas com simetria do grupo espacial P63. Estes minerais apresentam estrutura hexagonal aberta com densidades entre 2,56 e 2,67 g/cm3, de certa forma similar à estrutura da tridimita de alta temperatura, construída por tetraedros (SiO4) 4- e (AlO4) 5- intercalados, contendo Na+ e K+ (eventualmente algum Ca++) como cátions balanceadores de carga elétrica. 3 Na estrutura ideal da nefelina 1/4 dos sítios catiônicos - ocupados pelo K+ - são bem regulares e aproximadamente hexagonais em cortes (000n), 3/4 dos sítios são mais irregulares e ocupados por cátions Na+. Ex: Fig 3- kalsilita e Sodalita. GRUPOS DAS ZEÓLITAS Constitui uma grande família de alumino-silicatos hidratados de metais alcalinos e alcalino- terrosos com uma rede de ânions tridimensional infinitamente alargada e com relação atômica O:Al+Si+2. As espécies apresentam marcantes semelhanças quanto às composições químicas e modo de ocorrência, dureza entre 3,5 e 5,5 e densidade relativa entre 2 e 2,4, e a maioria funde-se rapidamente com intumescência pronunciada, propriedade que lhe dá o nome, através da derivação das palavras gregas zeo (ferver) e lithos (pedra), uma vez que aparentam ferver em sua própria água, quando aquecidos. São minerais secundários e, no caso de metamorfismo de baixo grau ou diagênese elevada, primários encontram-se, de forma característica, em cavidades e veios, em rochas ígneas básicas e disseminados em arenitos, arcóseos e grauvaques anquimetamorfizadas. As espécies são formadas por cadeias de anéis tetraédricos de SiO4 e AlO4, ligadas pelos cátions intersticiais (Na, Ca, K, Ba, Sr) originando uma estrutura aberta, com grandes canais, nos quais a água e outras moléculas podem se alojar. A água dos canais desprende-se facilmente e de maneira contínua com o aquecimento, deixando a estrutura intacta, ao contrário do que ocorre com vários espécimes com água estrutural, em que a retirada da água causa o desabamento da estrutura, como no caso da gipsita. Após a desidratação completa de uma zeólita, os canais podem ser preenchidos novamente com água ou com amônia, vapor de mercúrio, vapor de iodo ou uma variedade de outras substâncias. Este processo é seletivo e depende da estrutura particular da zeólita e do tamanho das moléculas, assim podendo ser usadas como peneiras moleculares. Uma outra propriedade importante das zeólitas é a troca de base ou a troca de cátions, que ocorre quando passa uma solução aquosa através dos canais; nesse processo os íons em solução podem ser trocados por íons da estrutura. Devido a este processo zeólitas e produtos sintéticos 4 com estrutura das zeólitas são usados para o amolecimento da água, como agentes despoluidores e inibidores de amadurecimentos de frutas. As zeólitas incluem diversos grupos minerais constituídos por aluminossilicatos hidratados com fórmula geral representada por (Na2,K2,Ca,Ba)[(Al,Si)O2 ]nxH2O. Cerca de quatro dezenas de zeólitas de ocorrência natural, reunidas em diversos grupos. Comparativamente aos demais tectossilicatos estudados, as zeólitas se assemelham mais do ponto de vista químico ao grupo dos feldspatos, em que os cátions mono- e/ou bivalentes juntamente com Al substituem átomos de Si, conforme expresso na fórmula unitária Ma/n((AlO2)a.(SiO2) b).wH2O. Nesta fórmula, M representa um cátion de valência n (Na+1 e Ca+2 os mais comuns, mas também K+1, Ba+2 e Sr+2), (a+b) é o total de tetraedros na cela unitária, com b/a assumindo valores entre 1 e 5 e w é o número de moléculas, oclusas, de água. As estruturas das zeólitas são muito variáveis e relativamente complexas. De uma forma geral, os retículos cristalinos dos minerais destes grupos podem ser descritos como o resultado da combinação de três unidades estruturais principais: 1. Unidades primárias ou "fundamentais" (T), constituídas pelos tetraedros (SiO4) 4- e (AlO4) 5- , similares às descritas e presentes em feldspatos e feldspatóides; 2. Unidades estruturais secundárias, formadas pela combinação das unidades tetraédricas segundo cadeias e/ou anéis simples (S) ou duplos (D), em arranjos dos mais diversos; 3. Unidades estruturais poliédricas, em que os tetraedros fundamentais se unem formando poliedros de configurações diversas e simetria alta, denominados pelas letras α, β etc. Uma das classificações mais importantes, embora relativamente antiga, das zeólitas, a classificação de Breck, tem caráter estrutural e é baseada no tipo de unidades estruturais secundárias que constroem o retículo, sendo muito ilustrativa da variedade estrutural que caracteriza estes minerais. Esta classificação reúne as zeólitas em 7 grupos maiores, de acordo com a presença na estrutura de cadeias simples S4R (Grupo 1) ou S6R (Grupo 2), ou duplas D4R (Grupo 3) ou D6R (Grupo 4), ou ainda complexas T5O10 (Grupo 5) ou T8O16 (Grupo 6) ou ainda T10O20 (Grupo 7). São exemplos de minerais deste grupo: a Analcima, a Cabazita, a Escolecita e muitos outros. Ex: Fig 4- Analcima e Estilbita. 5 GRUPO DOS FOSFATOS Conta-nos a história que o alquimista Henning Brand, no século XVII, em uma de suas rotineiras tentativas de criar a pedra filosofal (fórmula que o permitiria transmutar metais menos nobres em ouro), isolou pela primeira vez o que viria a ser chamado de fósforo, a partir da evaporação de amostras de urina.“O brilho emitido pela substância no escuro está na origem de sua denominação: do grego phós, ‘luz’, e phóros, ‘transportador” Um fosfato, constituído por um ânion trivalente contendo um átomo de fósforoe quatro átomos de oxigênio (PO4 3-), representa um grupo de compostos derivados do elemento químico fósforo, os quais também podem ser definidos como sais inorgânicos ou ésteres do ácido fosfórico (H3PO4), o ácido mais importante daqueles derivados diretamente do elemento químico fósforo. Este ácido, por tratar-se de um ácido triprótico, pode dar origem a três diferentes grupos de compostos salinos, aqueles pertencentes ao grupo MH2PO4 (fosfatos diácidos ou dihidrogenofosfatos), ao grupo M2HPO4 (fosfatos monoácidos ou monohidrogenofosfatos) e ao grupo M3PO4 (fosfatos ou fosfatos neutros). Os fosfatos incluem numerosas espécies minerais de composição bem variada, embora a quantidade em peso desses elementos na crosta da Terra seja relativamente pequena, resultando em grande número de minerais raros. O fósforo, arsênio e vanádio pentavalentes são ligeiramente maiores que o enxofre, resultando em grupo iônico tetraédrico idêntico ao do sulfato. Como o sulfato não pode compartilhar oxigênio ou polimerizar-se. O fosfato mais comum é a apatite, a qual constitui um importante mineralóide, encontrado nos dentes e nos ossos de muitos animais. O fósforo, arsênio e vanádio podem substituir-se mutualmente, como íon coordenador central, no grupo tetraédrico dos oxigênios, sendo isto melhor observado no subgrupo da piromorfita do grupo da apatita, onde a piromorfita, a mimetita e a vanadinita são isoestruturais, apresentando todas as gradações de substituição entre os compostos puros. O constituinte mais importante e frequente dessa classe é a apatita. Esta apresenta solução sólida entre os ânions flúor, cloro, oxigênio e hidroxila, como também substituição parcial do fosfato pelos grupos carbonato e silicato. O cálcio pode ser substituído pelo Mn, Sr, Pb, Cu, Zn, La e outros elementos de terras raras. Esta substituição iônica complexa, típica dos fosfatos, resultam em relações químicas e estruturas complexas. Fosfatos e arseniatos de Ca monoclínicos, a exemplo dos sulfatos (gipsita), exibem muitas propriedades similares como tamanho das celas primitivas, dureza, densidade, etc. Os fosfatos constituem recursos minerais de grande importância (fertilizantes). Ex: Fig 5- Apatita e Monazite. 6 GRUPO DOS ARSENATOS São considerados arseniatos ou seja, arsenatos os compostos derivados do elemento químico arsênio (As), um semi-metal sólido nas condições ambientes, localizado no 4° Período da Família 5A (15) da Tabela Periódica, com número atômico 33 e massa atômica 72,922. Esse elemento, em sua forma pura, é utilizado para beneficiamento do espelho, vidro e alguns diodos. Um arseniato clássico contém o íon AsO4 3-, dando origem a um sal arsênico, onde o elemento As apresenta estado de oxidação +5 (pentavalente). Os sais arseniatos e os sais fosfatos assemelham-se em vários aspectos, incluindo o estado de oxidação de seu ânion (3-), pois os elementos As e fósforo (P) aparecem na mesma Família da Tabela Periódica, dando origem aos ácidos fosfórico (H3PO4) e arsênico (H3AsO4), quando em pH baixo. Em soluções alcalinas seus ânions existem na forma livre. “Arseniatos ocorrem naturalmente em uma variedade de minerais. Esses minerais podem conter hidratos ou anidro arseniatos”. Mas apesar das compatibilidades, ao contrário dos fosfatos, arseniatos não são perdidos de um mineral a partir do intemperismo. Exemplos de arseniatos contendo minerais incluem a Adamita, a Alarsite, Adelita [CaMg (AsO4) (OH)], e Eritrita [Co (AsO4)2.8H2O]. Arseniatos são muito difundidos na Química de Complexação. A reação química entre soluções contendo arseniato de sódio (Na3AsO4) com sais de metais pesados dão origem a formação de arseniatos complexos, cuja composição é fundamentalmente influenciada pelo pH do meio. Uma vez que a adsorção de As2O5 por hidróxidos metálicos é comum, métodos analíticos reacionais não são eficazes para determinação de sua composição, sendo necessárias outras alternativas, como espectrofotométricas e instrumentais. “O arseniato pode substituir o fosfato inorgânico no passo da glicólise que produz 1,3- bisfosfoglicerato, produzindo antes 1-arseno-3-fosfoglicerato. Esta molécula é instável e é rapidamente hidrolisada, formando o próximo intermédio do processo, 3-fosfoglicerato. Assim, a glicólise ocorre, mas a molécula de ATP que seria gerada a partir de 1,3- bisfosfoglicerato perde-se - o arseniato é um desacoplador da glicólise, o que explica a sua toxicidade” . Não se deve confundir o elemento químico arsênio ou seus derivados em geral com um de seus compostos em particular, o trióxido de arsênio, ou popularmente arsênico, um dos mais poderosos venenos que conhecemos. Sua intoxicação é imediata, o organismo tenta expulsá-lo por vômito e diarréia, mas sua absorção metabólica geralmente é mais rápida, e a vítima pode chegar a óbito por falência cardíaca. Em relação às dosagens letais, estas variam muito de um indivíduo a outro, uma vez que o organismo pode adquirir tolerância ao veneno, mas sempre quando em dosagens baixas. Ex: Fig 6- Adamita e Eritrita. 7 GRUPO DOS VANADATOS Em química um vanadato é um composto que contem um oxianião de vanádio em seu estado de oxidação mais alto, +5. O ião vanadato mais simples é o anião ortovanadato VO23- , tetraedro , a qual está presente por exemplo, nos ortovanadato de sódio e em soluções de V2O5 em uma base forte (pH > 13). Os Vanadatos como Íão de oxivanádio em vários estados de oxidação. Atuam principalmente como inibidores do transporte iônico devido às suas capacidades de inibirem os sistemas de transporte de Na(+)-, K(+)- e Ca(+)-ATPase. São exemplos de minerais deste grupo a vanadinita, que é um mineral de formula Pb5 (VO4)3 Cl, colorovanadato de chumbo faz parte de uma série com dois outros minerais: Piromorfita [ PO5 ( PO4 3Cl)] e Mimetita [ PO5 ( AsO4) 3Cl)]. Tem cristais hexagonais, geralmente prismático. É frágil e tem uma fractura desigual. A dureza na escala de Mohs é de 2.75-3 e a sua densidade relativa é de 6.7-7.2. tem um brilho vítreo a resinoso, de coloração amarela, castanha amarelada, castanha avermelhada ou vermelho. É translucido e opaco. Descloizite é uma espécie mineral raro que consistem de chumbo básico e vanadato de zinco, (Pb, Zn) 2 (OH) VO4, cristalizando-se no sistema cristalino ortorrômbico e isomorfos com olivenite. Gálio apreciáveis e germânio podem também ser incorporadas no cristal estrutura. A cor é profundo vermelha-cereja, a marrom ou preto, e os cristais são transparente ou translucido com um brilho gorduroso; a raia é amarela-alaranjado ao marram; gravidade especifica 5,9- 6,2; dureza 31/2. Uma variedade conhecida como cuprodescloizite é verde maçante na cor; ele contem uma quantidade considerável de cobre zinco e substituindo algum Arsénio vanádio, há também um análogo arseniato chamado arsendescloizite. Ex: Fig 6- Vanadinita e Mimetita. 8 UTILIDADE E VALOR ECONÓMICO DOS MINERAIS 1º Os Tectossilicatos, usado como Areia para moldes de fundição, fabricação de vidro, esmalte, saponáceos, dentifrícios, abrasivos, lixas, fibras ópticas, refratários, cerâmica, produtos eletrônicos, relógios, indústria de ornamentos; fabricação de instrumentos ópticos, de vasilhas químicas etc. É muito utilizado também na construção civil como agregado fino e na confecção de jóias de baixo preço, em objetos ornamentais e enfeites, na confecção de cinzeiros, colares, pulseiras, pequenas esculturas, etc. Alguns cristais de quartzo são piezoeléctricos e usados como osciladoresem aparelhos electrónicos tais como relógios e rádios. 2º Os fosfatos são compostos muito encontrados em minerais, como por exemplo, a fosfopirita, a apatita e a uranita. Os fosfatos, quando solúveis, são utilizados em larga escala na agricultura e no tratamento do solo para renovação de culturas. O fosfato de cálcio é um constituinte essencial de dentes e ossos. Os fosfatos de maior importância industrial são o fosfato de sódio dodecahidratado (Na3PO4.12H2O), utilizado na eliminação da dureza da água, para desengorduramentos em geral, na emulsificação do queijo e na indústria fotográfica, o fosfato de amônio ((NH4)2HPO4)), utilizado como impregnador de fibras e inibidor da propagação de chamas, e o dihidrogeno fosfato de sódio (NaH2PO4), utilizado na composição de alguns fermentos químicos em pó. Atualmente, muita pesquisa tem sido desenvolvida na investigação dos efeitos poluentes de algumas classes de fosfatos. Mas é conhecido o fato do crescimento de muitos organismos, terrestres mas principalmente marinhos, ser diretamente influenciado pela disponibilidade de fosfato no meio. Como consequência ambiental, poderíamos ter uma superpopulação de algas marinhas superficiais, por exemplo, o que dificultaria a diluição de gás oxigênio na água e traria graves consequências à fauna aquática. 3º Arsenatos, utilizado como conservante de couro e madeira (arseniato de cobre e crômio), uso que representa, segundo algumas estimativas, cerca de 70% do seu consumo mundial. O arsenieto de gálio é um importante semicondutor empregado em circuitos integrados mais rápidos e caros que os de silício. Aditivo em ligas metálicas de chumbo e latão. Inseticida (arseniato chumbo), herbicidas (arsenito de sódio) e venenos. O dissulfeto de arsênio é usado como pigmento e em pirotécnica. Descolorante na fabricação do vidro (trióxido de arsênio). É aplicado também na conservação de fosseis. Recentemente renovou-se o interesse principalmente pelo uso do trióxido de arsênio para o tratamento de pacientes com leucemia. 4º Vanadatos, aproximadamente 80% do vanádio produzido é empregado como ferrovanádio ou como aditivo em aço. É usado para a produção de aços inoxidáveis para instrumentos cirúrgicos e ferramentas, em aços resistentes a corrosão e misturado com alumínio em ligas de titânio, é empregado em motores a reação. Também, em aços, empregados em eixos de rodas, engrenagens e outros componentes críticos. É um importante estabilizador de carbetos na fabricação de aços. Emprega-se em alguns componentes de reatores nucleares. Forma parte de alguns imãs supercondutores. 9 Alguns compostos de vanádio são utilizados como catalisadores na produção de anidrido maleico e ácido sulfúrico. É muito usado o pentóxido de vanádio, V2O5, empregado em cerâmica. OCORRÊNCIA OU LOCALIZÇÃO DESTES MINERAIS EM ANGOLA 1º Tectossilicatos Deste subgrupo selecionamos os seguintes: Albite: em pegmatitos na região do Giraul e na região do Dande. Andesina: sem referências quanto a localização. 2º Fosfatos- Piromorfite: na região de Quinzo, concelho de Damba. 3º Arsenatos- Beudantite: minas de Quimbumba. Mimetita: minas de Quimbumba, onde ocorre associado a galena, piromorfite, vanadite, anglesite, descloizite-motramite e beudantite; também ocorre na região de Lueca. 4º Vanadatos- Descloizite: Morro de Quinzo, concelho Cuima, distrito Zaire em Quinzo Novo e em Lueca, concelho da Damba, Uíje associado a minerais de ferro. Motramite: Morro de Quinzo, concelho Cuima, distrito Zaire em Quinzo Novo e em Lueca, concelho da Damba, Uíje associado a minerais de ferro. Vanadite: zona de falhas do Luango nas regiões do Lueca e Quinzo, concelho da Damba, distrito de Uíje. Volbortite: regiões do Lueca, concelho da Damba, distrito de Uíje. 10 CONCLUSÃO Diante do nosso trabalho de investigação o Grupo nº 6 da turma GOMK 3.1 chegou as seguintes conclusões: A crosta terrestre é formada essencialmente de rochas, cujos constituintes são na maioria das vezes os minerais, podendo também os constituir-se dos chamados mineralóides, como o vidro vulcânico, o carvão ou outros compostos de origem orgânica. Um Mineral é um elemento ou um composto químico, via de regra, resultante de processo orgânico de composição química geralmente defendia e encontrado naturalmente na crosta terrestre. Os minerais em geral, são sólidos. Somente a água e o mercúrio se encontram no estado líquido, em condições normais de pressão e temperatura. O mais importante dos minerais é o feldspato, que perfaz ao redor de 60% da totalidade dos minerais. Devem ser citados pela sua importância petrográficas e ocasionalmente econômica os seguintes minerais: apatita, nefelina, monazita, e muitos outros, quase sempre em quantidades subordinadas nas rochas ígneas formadores de litosfera. Os minerais silicatados ou simplesmente silicatos constituem a maior e mais importante classe de minerais constituintes das rochas. Classificam-se de acordo com a estrutura do seu grupo anião silicato, dependendo da razão entre seus átomos de silício e oxigênio. Os Tectossilicatos, ou silicatos de armação, apresentam uma armação tridimensional de tetraedros de silicato com SiO2 ou um rácio de 1:2. É o maior dos grupos de silicatos, incluindo cerca de 75% dos materiais da crosta terrestre. Os Fosfatos, arsenietos e vanadatos, são um grupo muito grande aparece bem caracterizada, cerca de 400 espécies, o mais abundante é a apatite. Como estudantes do curso de geologia e futuros profissionais de ciências da terra, é nos imposta de forma constante a necessidade de estudar e conhecer os minerais. A sociedade em que estamos inseridos de certa forma tem ainda poucas informações sobre a quantidade real de minérios existentes no nosso subsolo, uma vez que os dados até aqui existentes são um tanto antigos pois a maioria data de antes da independência do país ou pouco tempo depois desse marco. Diante da necessidade de dados geológicos mais atualizados, estamos cientes da existência de um plano do governo que já está sendo implementado (Planageo), que visa fazer uma revisão cabal da cartografia e mapeamento geólogico do território Angolano. Com este trabalho, conseguimos ter uma vasta percepção dos minerais existentes no nosso pais peso embora só falamos sobre os minerais da classe dos silicatos, propriamente os tectossilicatos e também dos minerais do grupo dos fosfatos, arsenatos e vanadatos, todos estes de extrema importância nas nossas actividades diárias como humanos. 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS www.google.com http://geolab7.webnode.com/minerais/silicatos/tectossilicatos/ Livro de Atlas Básico de Fosseis e Minerais (Pág. 30,32, 42 e 43). Wikipédia, a enciclopédia livre. http://www.geofisicabrasil.com/noticias/204-clipping/4819-brasil-estreia-na-producao-de- vanadio.html 12
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