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TECTOSSILICATOS, FOSFATOS, ARSENATOS E VANADATOS.

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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA 
FACULDADE DE CIÊNCIA DA TERRA 
 
 
 
 
 
MINERALOGIA 
 
 
 
TEMA: 
TECTOSSILICATOS, FOSFATOS, ARSENATOS E VANADATOS. 
 
 
CURSO: GEOLOGIA 
GRUPO Nº 6 
SALA Nº 6 
TURMA: GOMK 3.1 
 
 
 
 DOCENTE 
 
LUANDA-2016 __________________ 
 EDGAR PINTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TECTOSSILICATOS, FOSFATOS, ARSENATOS E VANADATOS. 
 
 
 
 
POR: 
 
 
 
EDNALDO PATRÍCIO BENTO RIBEIRO- 7316 
HÉLIA FRANCISCA RAFAEL POMBO-024239 
PATRÍCIA DA SILVA SALVADOR-25040 
 
 
 
 
 
LUANDA-2016 
 
 
 
ÍNDICE PAG 
 
INTRODUÇÃO------------------------------------------------------------------------------1 
CLASSE DOS TECTOSSILICATOS -------------------------------------------------1-2 
GRUPO DA SÍLICA------------------------------------------------------------------------2 
MINERAIS DE SÍLICA---------------------------------------------------------------------------------2 
GRUPO DOS FELDSPATOS----------------------------------------------------------------3 
GRUPO DOS FELDSPATÓIDES----------------------------------------------------------------3-4 
GRUPOS DAS ZEÓLITAS-------------------------------------------------------------------------4-5 
GRUPO DOS FOSFATOS ----------------------------------------------------------------6 
GRUPO DOS ARSENATOS--------------------------------------------------------------------------7 
GRUPO DOS VANADATOS-------------------------------------------------------------8 
UTILIDADE E VALOR ECONÓMICO DOS MINERAIS--------------------------9-10 
OCORRÊNCIA OU LOCALIZÇÃO DESTES MINERAIS EM ANGOLA------10 
CONCLUSÃO------------------------------------------------------------------------------11 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS---------------------------------------------------12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
Este trabalho resume os principais conceitos teóricos relativos à classe dos Tectossilicatos, 
Fosfatos, Arsenatos e os Vanadatos. São apresentadas os minerais que compõem estes grupos 
bem como algumas das características mais importantes incluindo estruturas internas ou 
cristalinas, propriedades físicas e químicas, suas aplicações, importância económica e sua 
ocorrência ou localização em Angola. 
Os elementos químicos mais abundantes na crosta terrestre em ordem decrescente são O, Si, 
Al, seguidos de Fe, K, Ca, Na e Mg. O oxigênio soma cerca de 94 % em volume e os 6 % 
restantes correspondem a todos os demais elementos químicos. Se considerarmos percentagens 
atômicas, O, Si e Al constituem perto de 80 % do total sendo de se esperar, portanto, que os 
minerais mais abundantes na crosta do planeta sejam silicatos e aluminossilicatos. 
 
 CLASSE DOS TECTOSSILICATOS 
O grupo dos Tectossilicatos na classificação dos minerais, faz parte da classe dos minerais 
silicatados. Em química, um silicato é um composto consistindo de silício e oxigênio (SixOy), 
um ou mais metais e possivelmente hidrogênio. É usado também em referência à sílica ou a 
um dos ácidos silícicos. 
Os minerais compostos de silicatos são caracterizados pela forma tetraédrica de seus cristais. 
Por vezes, os tetraedros se juntam em cadeias, cadeias duplas, folhas ou em estruturas 
tridimensionais. Eles são subclassificados em grupos baseados no grau de polimerização do 
tetraedro, tal como Nesossilicatos, Ciclossilicatos, Tectossilicatos e assim por diante. 
Em geologia e astronomia, o termo silicato é usado para denotar um tipo de rocha que consiste 
de silício e oxigênio (geralmente como SiO2 ou SiO4), um ou mais metais e possivelmente 
hidrogênio. Tais rochas variam de granito a gabro. A maioria da crosta da Terra é composta de 
rochas de silicato, assim como as crostas de outros planetas rochosos. 
Os minerais da classe dos tectossilicatos são os mais importantes entre os denominados 
minerais formadores de rocha. Mais de 60% em volume das rochas que constituem a crosta 
terrestre estão formadas por minerais desta classe. 
A estrutura cristalina básica - assim como no caso dos demais silicatos - é formada por um 
retículo construído a partir de tetraedros Si(Al)O4, onde os átomos de Si - na maioria das vezes 
parcialmente substituídos pelo Al - são coordenados por quatro átomos de O (oxigénio), 
formando a unidade tetraédrica fundamental. As ligações Si-O e Al-O nos tetraedros contêm 
contribuições covalente e iônica em proporções similares e são muito fortes. No caso particular 
dos tectossilicatos, cada átomo de O está sempre compartilhado por dois tetraedros adjacentes, 
formando uma rede tridimensional contínua com o mais alto grau de polimerização possível 
para aquelas unidades fundamentais. 
Os principais minerais desta classe incluem os grupos da sílica (do qual o quartzo é o mineral 
mais típico), dos feldspatos, dos feldspatóides e das zeólitas, além das escapolitas, minerais 
de ocorrência mais restrita, que aparecem em algumas rochas metamórficas cálcio-silicáticas. 
A importância dos tectossilicatos em petrologia fica muito clara, por exemplo, quando 
1 
 
 
lembramos que a classificação petrográfica atual das rochas ígneas com volumes de minerais 
félsicos iguais ou superiores a 10 %, portanto, as rochas não ultramáficas (o diagrama QAPF, 
Quartzo - Feldspato Alcalino - Plagioclásio - Feldspatóides (ou Fóides), da IUGS, 
Internacional Union of Geological Sciences) tem como base essencial a presença e as 
proporções volumétricas relativas entre os minerais desta classe. Adicionalmente, a maioria 
dos tectossilicatos tem grande importância tecnológica, com inúmeras aplicações industriais 
(Ex: materiais cerâmicos, eletrônicos, ópticos), vários deles sendo aproveitados também como 
gemas semipreciosas. 
 
 GRUPO DA SÍLICA 
O grupo da sílica reúne diversos polimorfos cristalinos (os denominados minerais de sílica), 
muitas variedades criptocristalinas e ainda compostos amorfos. Minerais e mineralóides este 
grupo se formam em ambientes geológicos e sob condições de temperatura e pressão muito 
diversificados. 
 
MINERAIS DE SÍLICA 
Os retículos cristalinos construídos apenas com as unidades tetraédricas básicas dos silicatos 
(SiO4)
4- apresentarão todos os átomos de O ligados a átomos de Si, resultando em proporção 
constante Si:O= 1:2, e serão eletricamente neutros. Existem diferentes possibilidades de arranjo 
estrutural destas unidades tetraédricas, cada qual correspondendo a uma variedade 
polimórfica com propriedades de simetria, morfológicas e energéticas próprias. São 
conhecidos oito polimorfos de SiO2 de ocorrência natural e, dentre eles, os mais importantes 
são o quartzo, a tridimita, a cristobalita, a coesita e a stishovita, Fig 1. 
Ex: 
 
 
 
 
 
 Fig 1- 
Quartzo e coesita. 
 
 
2 
 
 
 GRUPO DOS FELDSPATOS 
Os feldspatossão os tectossilicatos mais importantes e diversificados. Ocorrem como minerais 
essenciais em quaisquer rochas ígneas não ultramáficas e a proporção relativa entre as séries 
dos feldspatos alcalinos e plagioclásios é um parâmetro fundamental para a classificação destas 
rochas. São comuns também em algumas rochas sedimentares e na maioria das rochas 
metamórficas, em que, trazem importantes subsídios relativos ao grau de maturidade e às 
condições de metamorfismo, respectivamente. 
A presença abundante de Al, cátion que é bem adaptado à coordenação tetraédrica, na maioria 
dos sistemas silicáticos força substituições catiônicas do tipo Si+4 ↔ Al+3, dando origem a 
aluminossilicatos com a unidade fundamental (Si,Al)O4. O excesso de carga negativa criada 
pela entrada de Al na estrutura exige a presença de cátions adicionais para neutralizá-lo, dando 
origem ao grupo dos feldspatos. Estes cátions ocupam as cavidades (sítios) maiores presentes 
no retículo e, portanto, apresentam raios iônicos relativamente grandes, em geral próximos a 1 
Å (0,1 nm). 
O grupo dos feldspatos pode ser representado pela fórmula mínima geral MT4O8, em que os 
sítios T são ocupados por Si e Al - eventualmente por quantidades em níveis de traço de Fe3+ 
e, mais raramente, Ti, P, B3+e Ga3+ - e os sítios M por metais alcalinos (em geral, K e Na, 
eventualmente Rb, com carga elétrica +1, raramente, NH4) ou alcalino-terrosos (em geral Ca, 
mas também por Sr e Ba em quantidades de traços, com carga +2 e, mais raramente, Eu e Pb). 
Ex: 
 
 
 
 
Fig 2- feldspatos. 
GRUPO DOS FELDSPATÓIDES 
Os feldspatóides são tectossilicatos com composição química similar a dos feldspatos, mas com 
relativa deficiência em SiO2. As estruturas dos feldspatóides são também mais abertas, com 
cavidades em geral maiores entre as unidades tetraédricas fundamentais [(Si,Al)O4]. 
Os minerais mais comuns entre os feldspatóides compreendem o grupo da nefelina, de 
fórmula mínima genérica (Na,K)AlSiO4, que inclui a nefelina [Na3(Na,K)[AlSiO4]4 
propriamente dito e a kalsilita [K(AlSiO4)], ambas com simetria do grupo espacial P63. Estes 
minerais apresentam estrutura hexagonal aberta com densidades entre 2,56 e 2,67 g/cm3, de 
certa forma similar à estrutura da tridimita de alta temperatura, construída por tetraedros 
(SiO4)
4- e (AlO4)
5- intercalados, contendo Na+ e K+ (eventualmente algum Ca++) como cátions 
balanceadores de carga elétrica. 
3 
 
 
Na estrutura ideal da nefelina 1/4 dos sítios catiônicos - ocupados pelo K+ - são bem regulares 
e aproximadamente hexagonais em cortes (000n), 3/4 dos sítios são mais irregulares e ocupados 
por cátions Na+. 
Ex: 
 
 
 
 
 
 Fig 3- kalsilita e Sodalita. 
GRUPOS DAS ZEÓLITAS 
Constitui uma grande família de alumino-silicatos hidratados de metais alcalinos e alcalino-
terrosos com uma rede de ânions tridimensional infinitamente alargada e com relação atômica 
O:Al+Si+2. As espécies apresentam marcantes semelhanças quanto às composições químicas 
e modo de ocorrência, dureza entre 3,5 e 5,5 e densidade relativa entre 2 e 2,4, e a 
maioria funde-se rapidamente com intumescência pronunciada, propriedade que lhe dá o 
nome, através da derivação das palavras gregas zeo (ferver) e lithos (pedra), uma vez que 
aparentam ferver em sua própria água, quando aquecidos. São minerais secundários e, no caso 
de metamorfismo de baixo grau ou diagênese elevada, primários encontram-se, de forma 
característica, em cavidades e veios, em rochas ígneas básicas e disseminados em arenitos, 
arcóseos e grauvaques anquimetamorfizadas. 
As espécies são formadas por cadeias de anéis tetraédricos de SiO4 e AlO4, ligadas pelos cátions 
intersticiais (Na, Ca, K, Ba, Sr) originando uma estrutura aberta, com grandes canais, nos quais 
a água e outras moléculas podem se alojar. A água dos canais desprende-se facilmente e de 
maneira contínua com o aquecimento, deixando a estrutura intacta, ao contrário do que ocorre 
com vários espécimes com água estrutural, em que a retirada da água causa o desabamento da 
estrutura, como no caso da gipsita. Após a desidratação completa de uma zeólita, os canais 
podem ser preenchidos novamente com água ou com amônia, vapor de mercúrio, vapor de iodo 
ou uma variedade de outras substâncias. Este processo é seletivo e depende da estrutura 
particular da zeólita e do tamanho das moléculas, assim podendo ser usadas como peneiras 
moleculares. 
 
 
Uma outra propriedade importante das zeólitas é a troca de base ou a troca de cátions, que 
ocorre quando passa uma solução aquosa através dos canais; nesse processo os íons em solução 
podem ser trocados por íons da estrutura. Devido a este processo zeólitas e produtos sintéticos 
4 
 
 
com estrutura das zeólitas são usados para o amolecimento da água, como agentes 
despoluidores e inibidores de amadurecimentos de frutas. 
As zeólitas incluem diversos grupos minerais constituídos por aluminossilicatos hidratados 
com fórmula geral representada por (Na2,K2,Ca,Ba)[(Al,Si)O2 ]nxH2O. Cerca de quatro 
dezenas de zeólitas de ocorrência natural, reunidas em diversos grupos. Comparativamente aos 
demais tectossilicatos estudados, as zeólitas se assemelham mais do ponto de vista químico ao 
grupo dos feldspatos, em que os cátions mono- e/ou bivalentes juntamente com Al substituem 
átomos de Si, conforme expresso na fórmula unitária Ma/n((AlO2)a.(SiO2) b).wH2O. Nesta 
fórmula, M representa um cátion de valência n (Na+1 e Ca+2 os mais comuns, mas também K+1, 
Ba+2 e Sr+2), (a+b) é o total de tetraedros na cela unitária, com b/a assumindo valores entre 1 
e 5 e w é o número de moléculas, oclusas, de água. 
As estruturas das zeólitas são muito variáveis e relativamente complexas. De uma forma geral, 
os retículos cristalinos dos minerais destes grupos podem ser descritos como o resultado da 
combinação de três unidades estruturais principais: 
1. Unidades primárias ou "fundamentais" (T), constituídas pelos tetraedros (SiO4)
4- e (AlO4)
5-
, similares às descritas e presentes em feldspatos e feldspatóides; 
2. Unidades estruturais secundárias, formadas pela combinação das unidades tetraédricas 
segundo cadeias e/ou anéis simples (S) ou duplos (D), em arranjos dos mais diversos; 
3. Unidades estruturais poliédricas, em que os tetraedros fundamentais se unem formando 
poliedros de configurações diversas e simetria alta, denominados pelas letras α, β etc. 
Uma das classificações mais importantes, embora relativamente antiga, das zeólitas, a 
classificação de Breck, tem caráter estrutural e é baseada no tipo de unidades estruturais 
secundárias que constroem o retículo, sendo muito ilustrativa da variedade estrutural que 
caracteriza estes minerais. Esta classificação reúne as zeólitas em 7 grupos maiores, de acordo 
com a presença na estrutura de cadeias simples S4R (Grupo 1) ou S6R (Grupo 2), ou duplas 
D4R (Grupo 3) ou D6R (Grupo 4), ou ainda complexas T5O10 (Grupo 5) ou T8O16 (Grupo 6) 
ou ainda T10O20 (Grupo 7). 
São exemplos de minerais deste grupo: a Analcima, a Cabazita, a Escolecita e muitos outros. 
Ex: 
 
 
 
 
 
Fig 4- Analcima e Estilbita. 
 
5 
 
 
GRUPO DOS FOSFATOS 
Conta-nos a história que o alquimista Henning Brand, no século XVII, em uma de suas 
rotineiras tentativas de criar a pedra filosofal (fórmula que o permitiria transmutar metais 
menos nobres em ouro), isolou pela primeira vez o que viria a ser chamado de fósforo, a partir 
da evaporação de amostras de urina.“O brilho emitido pela substância no escuro está na origem 
de sua denominação: do grego phós, ‘luz’, e phóros, ‘transportador” 
Um fosfato, constituído por um ânion trivalente contendo um átomo de fósforoe quatro átomos 
de oxigênio (PO4
3-), representa um grupo de compostos derivados do elemento químico 
fósforo, os quais também podem ser definidos como sais inorgânicos ou ésteres do ácido 
fosfórico (H3PO4), o ácido mais importante daqueles derivados diretamente do elemento 
químico fósforo. 
Este ácido, por tratar-se de um ácido triprótico, pode dar origem a três diferentes grupos de 
compostos salinos, aqueles pertencentes ao grupo MH2PO4 (fosfatos diácidos ou 
dihidrogenofosfatos), ao grupo M2HPO4 (fosfatos monoácidos ou monohidrogenofosfatos) e 
ao grupo M3PO4 (fosfatos ou fosfatos neutros). 
Os fosfatos incluem numerosas espécies minerais de composição bem variada, embora a 
quantidade em peso desses elementos na crosta da Terra seja relativamente pequena, resultando 
em grande número de minerais raros. O fósforo, arsênio e vanádio pentavalentes são 
ligeiramente maiores que o enxofre, resultando em grupo iônico tetraédrico idêntico ao do 
sulfato. Como o sulfato não pode compartilhar oxigênio ou polimerizar-se. O fosfato mais 
comum é a apatite, a qual constitui um importante mineralóide, encontrado nos dentes e nos 
ossos de muitos animais. O fósforo, arsênio e vanádio podem substituir-se mutualmente, como 
íon coordenador central, no grupo tetraédrico dos oxigênios, sendo isto melhor observado no 
subgrupo da piromorfita do grupo da apatita, onde a piromorfita, a mimetita e a vanadinita são 
isoestruturais, apresentando todas as gradações de substituição entre os compostos puros. O 
constituinte mais importante e frequente dessa classe é a apatita. Esta apresenta solução sólida 
entre os ânions flúor, cloro, oxigênio e hidroxila, como também substituição parcial do fosfato 
pelos grupos carbonato e silicato. O cálcio pode ser substituído pelo Mn, Sr, Pb, Cu, Zn, La e 
outros elementos de terras raras. Esta substituição iônica complexa, típica dos fosfatos, 
resultam em relações químicas e estruturas complexas. Fosfatos e arseniatos de Ca 
monoclínicos, a exemplo dos sulfatos (gipsita), exibem muitas propriedades similares como 
tamanho das celas primitivas, dureza, densidade, etc. Os fosfatos constituem recursos minerais 
de grande importância (fertilizantes). 
Ex: 
 
 
 
 
 
Fig 5- Apatita e Monazite. 
6 
 
 
GRUPO DOS ARSENATOS 
São considerados arseniatos ou seja, arsenatos os compostos derivados do elemento químico 
arsênio (As), um semi-metal sólido nas condições ambientes, localizado no 4° Período da 
Família 5A (15) da Tabela Periódica, com número atômico 33 e massa atômica 72,922. Esse 
elemento, em sua forma pura, é utilizado para beneficiamento do espelho, vidro e alguns 
diodos. Um arseniato clássico contém o íon AsO4
3-, dando origem a um sal arsênico, onde o 
elemento As apresenta estado de oxidação +5 (pentavalente). 
Os sais arseniatos e os sais fosfatos assemelham-se em vários aspectos, incluindo o estado de 
oxidação de seu ânion (3-), pois os elementos As e fósforo (P) aparecem na mesma Família da 
Tabela Periódica, dando origem aos ácidos fosfórico (H3PO4) e arsênico (H3AsO4), quando em 
pH baixo. Em soluções alcalinas seus ânions existem na forma livre. “Arseniatos ocorrem 
naturalmente em uma variedade de minerais. Esses minerais podem conter hidratos ou anidro 
arseniatos”. Mas apesar das compatibilidades, ao contrário dos fosfatos, arseniatos não são 
perdidos de um mineral a partir do intemperismo. Exemplos de arseniatos contendo minerais 
incluem a Adamita, a Alarsite, Adelita [CaMg (AsO4) (OH)], e Eritrita [Co (AsO4)2.8H2O]. 
Arseniatos são muito difundidos na Química de Complexação. A reação química entre soluções 
contendo arseniato de sódio (Na3AsO4) com sais de metais pesados dão origem a formação de 
arseniatos complexos, cuja composição é fundamentalmente influenciada pelo pH do meio. 
Uma vez que a adsorção de As2O5 por hidróxidos metálicos é comum, métodos analíticos 
reacionais não são eficazes para determinação de sua composição, sendo necessárias outras 
alternativas, como espectrofotométricas e instrumentais. 
“O arseniato pode substituir o fosfato inorgânico no passo da glicólise que produz 1,3-
bisfosfoglicerato, produzindo antes 1-arseno-3-fosfoglicerato. Esta molécula é instável e é 
rapidamente hidrolisada, formando o próximo intermédio do processo, 3-fosfoglicerato. 
Assim, a glicólise ocorre, mas a molécula de ATP que seria gerada a partir de 1,3-
bisfosfoglicerato perde-se - o arseniato é um desacoplador da glicólise, o que explica a sua 
toxicidade” . 
Não se deve confundir o elemento químico arsênio ou seus derivados em geral com um de seus 
compostos em particular, o trióxido de arsênio, ou popularmente arsênico, um dos mais 
poderosos venenos que conhecemos. Sua intoxicação é imediata, o organismo tenta expulsá-lo 
por vômito e diarréia, mas sua absorção metabólica geralmente é mais rápida, e a vítima pode 
chegar a óbito por falência cardíaca. Em relação às dosagens letais, estas variam muito de um 
indivíduo a outro, uma vez que o organismo pode adquirir tolerância ao veneno, mas sempre 
quando em dosagens baixas. 
Ex: 
 
 
 
 Fig 6- Adamita e Eritrita.
 
 
7 
 
 
GRUPO DOS VANADATOS 
Em química um vanadato é um composto que contem um oxianião de vanádio em seu estado de 
oxidação mais alto, +5. O ião vanadato mais simples é o anião ortovanadato VO23- , tetraedro , a qual 
está presente por exemplo, nos ortovanadato de sódio e em soluções de V2O5 em uma base forte (pH > 
13). 
Os Vanadatos como Íão de oxivanádio em vários estados de oxidação. Atuam principalmente 
como inibidores do transporte iônico devido às suas capacidades de inibirem os sistemas de 
transporte de Na(+)-, K(+)- e Ca(+)-ATPase. 
São exemplos de minerais deste grupo a vanadinita, que é um mineral de formula Pb5 (VO4)3 
Cl, colorovanadato de chumbo faz parte de uma série com dois outros minerais: Piromorfita [ 
PO5 ( PO4 3Cl)] e Mimetita [ PO5 ( AsO4) 3Cl)]. Tem cristais hexagonais, geralmente prismático. 
É frágil e tem uma fractura desigual. A dureza na escala de Mohs é de 2.75-3 e a sua densidade 
relativa é de 6.7-7.2. tem um brilho vítreo a resinoso, de coloração amarela, castanha 
amarelada, castanha avermelhada ou vermelho. É translucido e opaco. 
Descloizite é uma espécie mineral raro que consistem de chumbo básico e vanadato de zinco, 
(Pb, Zn) 2 (OH) VO4, cristalizando-se no sistema cristalino ortorrômbico e isomorfos com 
olivenite. Gálio apreciáveis e germânio podem também ser incorporadas no cristal estrutura. A 
cor é profundo vermelha-cereja, a marrom ou preto, e os cristais são transparente ou translucido 
com um brilho gorduroso; a raia é amarela-alaranjado ao marram; gravidade especifica 5,9-
6,2; dureza 31/2. Uma variedade conhecida como cuprodescloizite é verde maçante na cor; ele 
contem uma quantidade considerável de cobre zinco e substituindo algum Arsénio vanádio, há 
também um análogo arseniato chamado arsendescloizite. 
Ex: 
 
 
 
 
 
 Fig 6- Vanadinita e Mimetita. 
 
 
 
 
 
8 
 
 
UTILIDADE E VALOR ECONÓMICO DOS MINERAIS 
1º Os Tectossilicatos, usado como Areia para moldes de fundição, fabricação de vidro, 
esmalte, saponáceos, dentifrícios, abrasivos, lixas, fibras ópticas, refratários, cerâmica, 
produtos eletrônicos, relógios, indústria de ornamentos; fabricação de instrumentos ópticos, de 
vasilhas químicas etc. É muito utilizado também na construção civil como agregado fino e na 
confecção de jóias de baixo preço, em objetos ornamentais e enfeites, na confecção de 
cinzeiros, colares, pulseiras, pequenas esculturas, etc. Alguns cristais de quartzo são 
piezoeléctricos e usados como osciladoresem aparelhos electrónicos tais como relógios e 
rádios. 
2º Os fosfatos são compostos muito encontrados em minerais, como por exemplo, a fosfopirita, 
a apatita e a uranita. Os fosfatos, quando solúveis, são utilizados em larga escala na agricultura 
e no tratamento do solo para renovação de culturas. O fosfato de cálcio é um constituinte 
essencial de dentes e ossos. Os fosfatos de maior importância industrial são o fosfato de sódio 
dodecahidratado (Na3PO4.12H2O), utilizado na eliminação da dureza da água, para 
desengorduramentos em geral, na emulsificação do queijo e na indústria fotográfica, o fosfato 
de amônio ((NH4)2HPO4)), utilizado como impregnador de fibras e inibidor da propagação de 
chamas, e o dihidrogeno fosfato de sódio (NaH2PO4), utilizado na composição de alguns 
fermentos químicos em pó. Atualmente, muita pesquisa tem sido desenvolvida na investigação 
dos efeitos poluentes de algumas classes de fosfatos. Mas é conhecido o fato do crescimento 
de muitos organismos, terrestres mas principalmente marinhos, ser diretamente influenciado 
pela disponibilidade de fosfato no meio. Como consequência ambiental, poderíamos ter uma 
superpopulação de algas marinhas superficiais, por exemplo, o que dificultaria a diluição de 
gás oxigênio na água e traria graves consequências à fauna aquática. 
 
3º Arsenatos, utilizado como conservante de couro e madeira (arseniato de cobre e crômio), 
uso que representa, segundo algumas estimativas, cerca de 70% do seu consumo mundial. O 
arsenieto de gálio é um importante semicondutor empregado em circuitos integrados mais 
rápidos e caros que os de silício. Aditivo em ligas metálicas de chumbo e latão. Inseticida 
(arseniato chumbo), herbicidas (arsenito de sódio) e venenos. O dissulfeto de arsênio é usado 
como pigmento e em pirotécnica. Descolorante na fabricação do vidro (trióxido de arsênio). É 
aplicado também na conservação de fosseis. Recentemente renovou-se o interesse 
principalmente pelo uso do trióxido de arsênio para o tratamento de pacientes com leucemia. 
4º Vanadatos, aproximadamente 80% do vanádio produzido é empregado como ferrovanádio 
ou como aditivo em aço. 
É usado para a produção de aços inoxidáveis para instrumentos cirúrgicos e ferramentas, em 
aços resistentes a corrosão e misturado com alumínio em ligas de titânio, é empregado em 
motores a reação. Também, em aços, empregados em eixos de rodas, engrenagens e outros 
componentes críticos. 
 É um importante estabilizador de carbetos na fabricação de aços. 
 Emprega-se em alguns componentes de reatores nucleares. 
 Forma parte de alguns imãs supercondutores. 
9 
 
 
Alguns compostos de vanádio são utilizados como catalisadores na produção de anidrido 
maleico e ácido sulfúrico. É muito usado o pentóxido de vanádio, V2O5, empregado em 
cerâmica. 
 
OCORRÊNCIA OU LOCALIZÇÃO DESTES MINERAIS EM ANGOLA 
1º Tectossilicatos Deste subgrupo selecionamos os seguintes: Albite: em pegmatitos na região 
do Giraul e na região do Dande. Andesina: sem referências quanto a localização. 
2º Fosfatos- Piromorfite: na região de Quinzo, concelho de Damba. 
3º Arsenatos- Beudantite: minas de Quimbumba. Mimetita: minas de Quimbumba, onde 
ocorre associado a galena, piromorfite, vanadite, anglesite, descloizite-motramite e beudantite; 
também ocorre na região de Lueca. 
4º Vanadatos- Descloizite: Morro de Quinzo, concelho Cuima, distrito Zaire em Quinzo Novo 
e em Lueca, concelho da Damba, Uíje associado a minerais de ferro. Motramite: Morro de 
Quinzo, concelho Cuima, distrito Zaire em Quinzo Novo e em Lueca, concelho da Damba, 
Uíje associado a minerais de ferro. Vanadite: zona de falhas do Luango nas regiões do Lueca 
e Quinzo, concelho da Damba, distrito de Uíje. Volbortite: regiões do Lueca, concelho da 
Damba, distrito de Uíje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
Diante do nosso trabalho de investigação o Grupo nº 6 da turma GOMK 3.1 chegou as seguintes 
conclusões: 
A crosta terrestre é formada essencialmente de rochas, cujos constituintes são na maioria das 
vezes os minerais, podendo também os constituir-se dos chamados mineralóides, como o vidro 
vulcânico, o carvão ou outros compostos de origem orgânica. 
Um Mineral é um elemento ou um composto químico, via de regra, resultante de processo 
orgânico de composição química geralmente defendia e encontrado naturalmente na crosta 
terrestre. Os minerais em geral, são sólidos. Somente a água e o mercúrio se encontram no 
estado líquido, em condições normais de pressão e temperatura. 
O mais importante dos minerais é o feldspato, que perfaz ao redor de 60% da totalidade dos 
minerais. Devem ser citados pela sua importância petrográficas e ocasionalmente econômica 
os seguintes minerais: apatita, nefelina, monazita, e muitos outros, quase sempre em 
quantidades subordinadas nas rochas ígneas formadores de litosfera. 
Os minerais silicatados ou simplesmente silicatos constituem a maior e mais importante classe 
de minerais constituintes das rochas. Classificam-se de acordo com a estrutura do seu grupo 
anião silicato, dependendo da razão entre seus átomos de silício e oxigênio. 
Os Tectossilicatos, ou silicatos de armação, apresentam uma armação tridimensional de 
tetraedros de silicato com SiO2 ou um rácio de 1:2. É o maior dos grupos de silicatos, incluindo 
cerca de 75% dos materiais da crosta terrestre. 
Os Fosfatos, arsenietos e vanadatos, são um grupo muito grande aparece bem caracterizada, 
cerca de 400 espécies, o mais abundante é a apatite. 
Como estudantes do curso de geologia e futuros profissionais de ciências da terra, é nos imposta 
de forma constante a necessidade de estudar e conhecer os minerais. A sociedade em que 
estamos inseridos de certa forma tem ainda poucas informações sobre a quantidade real de 
minérios existentes no nosso subsolo, uma vez que os dados até aqui existentes são um tanto 
antigos pois a maioria data de antes da independência do país ou pouco tempo depois desse 
marco. Diante da necessidade de dados geológicos mais atualizados, estamos cientes da 
existência de um plano do governo que já está sendo implementado (Planageo), que visa fazer 
uma revisão cabal da cartografia e mapeamento geólogico do território Angolano. Com este 
trabalho, conseguimos ter uma vasta percepção dos minerais existentes no nosso pais peso 
embora só falamos sobre os minerais da classe dos silicatos, propriamente os tectossilicatos e 
também dos minerais do grupo dos fosfatos, arsenatos e vanadatos, todos estes de extrema 
importância nas nossas actividades diárias como humanos. 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
www.google.com 
http://geolab7.webnode.com/minerais/silicatos/tectossilicatos/ 
Livro de Atlas Básico de Fosseis e Minerais (Pág. 30,32, 42 e 43). 
Wikipédia, a enciclopédia livre. 
http://www.geofisicabrasil.com/noticias/204-clipping/4819-brasil-estreia-na-producao-de-
vanadio.html 
 
 
 
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