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DIREITO CONSTITUCIONAL PARA AFT AFRFB ATRFB

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AFT_constitucional_5_fontes_vitor_cruz_Aula 08.pdf
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
Aula 8 - Organização do Estado: 
Olá Pessoal, tudo certo?! A aula de hoje é bem abrangente e por isso 
dividirei em 4 partes: 
1 - Organização político-administrativa: É a forma pela qual o 
Estado Brasileiro se organiza, a distribuição territorial do poder e 
organização do território de cada ente. 
2- Bens públicos: São aquelas disposições constitucionais que 
elencam as propriedades da União, Estados, DF e Municípios. 
3 - Competências administrativas e legislativas de cada ente. 
4 - Disposições constitucionais relativas aos Estados, Distrito 
Federal, Municípios e Territórios. 
Desses 4 temas os de maior relevância para fins de concurso são as 
competências e a organização político administrativa. Hoje não 
podemos perder tempo! Vamos nessa: 
Organização Político-administrativa: 
Sabemos que o Brasil adota como forma de Estado a federação, ou 
seja, o modo de distribuição geográfica do poder político se dá com a 
formação de entidades autônomas que segundo o art. 18 da 
Constituilção são 4: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
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Não confunda Distrito Federal com território federal, não tem 
nada haver uma coisa com outra. O Distrito Federal é uma 
entidade autônoma da federação, O território federal náo é 
autônomo, pois integra à União. 
Art. 18, § 2° - Os Territórios Federais integram a União, e 
sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
Veja que estamos falando de autonomia, não de soberania. A 
soberania, que a Constituição adota em seu art. 1°, I, como um 
fundamento da República Federativa do Brasil (definida como o 
poder supremo que o Estado Brasileiro possui nos limites do 
seu território, não se sujeitando a nenhum outro poder de 
igual ou superior magnitude e tornando-se um país 
independente de qualquer outro no âmbito internacional) irá se 
manifestar apenas na pessoa da República Federativa do Brasil, 
entendida como a união de todos os entes internos, representando 
todo o povo brasileiro, povo este que é o verdadeiro titular da 
soberania. O ente federativo "União" não possui soberania, 
apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e 
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Municípios. A República Federativa do Brasil é a única soberana e 
que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito 
internacional. 
Assim, embora a União (e somente a União) possa representar o 
Brasil externamente, lá fora ninguém sabe que está "tratando com a 
União" e sim com a República Federativa do Brasil. Somente esta 
(República Federativa do Brasil) é que é pessoa jurídica de direito 
público externo. Assim, temos 2 visões de nosso país: a visão interna 
e a externa. Veja: 
1. Visão interna do Brasil: Federação formada por Estados, 
Municípios e Distrito Federal. Todos sendo harmonizados pelo 
poder central (União), sendo assim, 4 espécies de pessoas 
jurídicas de direito público interno. 
2. Visão externa do Brasil: República Federativa do Brasil, como 
única pessoa jurídica de direito público externo. 
Vítor, por que dizemos então que eles são autônomos? 
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Dizemos isso porque eles possuem relativa independência entre si, 
esta independência, que chamaremos de autonomia se manifesta 
através de três ou quatro facetas (dependendo do doutrinador): 
1- Autogoverno: capacidade de os entes escolherem seus 
governantes sem interferência de outros entes; 
2- Auto-organização: capacidade de instituírem suas próprias 
constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso dos 
municípios e do DF); 
3- Autolegislação: capacidade de elaborarem suas próprias leis 
através de um processo legislativo próprio, embora devam seguir as 
diretrizes do processo em âmbito federal. 
4- Auto-administração: capacidade de se administrarem de forma 
independente, tomando suas próprias decisões executivas e 
legislativas. 
• 
(Para alguns doutrinadores a auto-organização englobaria a 
autolegislação). 
• Princípios da organização do Estado. 
Temos que relembrar aqui uma coisa que, em concursos, costuma-se 
cobrar, com bastante frequência: os princípios constitucionais que se 
referem aos direcionamentos aplicáveis aos diversos entes (Estados, 
Municípios e DF) que formam a nossa federação. São eles: 
Os princípios sensíveis - são aqueles presentes no art. 34, VII da 
Constituição Federal, que se não respeitados poderão ensejar a 
intervenção federal. 
Os princípios federais extensíveis - são aqueles princípios federais 
que são aplicáveis pela simetria federativa aos demais entes políticos, 
como por exemplo, as diretrizes do processo legislativo, dos 
orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos. 
Os princípios estabelecidos - são aqueles que estão 
expressamente ou implicitamente no texto da Constituição Federal 
limitando o poder constituinte do Estado-membro. 
• Brasília: 
CF, Art. 18, § 1° - Brasília é a Capital Federal. 
Até a Constituição de 1969, tínhamos a disposição "O Distrito Federal 
é a Capital da União". Com a Constituição de 1988 mudou-se o texto 
para "Brasília é a Capital Federal". Essa mudança feita há mais de 20 
anos ainda gera muitas discussões nos concursos. Veremos que o 
Distrito Federal não pode ser dividido em municípios, por este motivo, 
a banca ESAF considera que Brasília e Distrito Federal são a mesma 
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coisa. Por outro lado, o CESPE considera que são coisas distintas, 
justificando a mudança do texto. 
Solução: vamos usar a literalidade da Constituição - Brasília é a 
Capital Federal - com exceção da ESAF, onde consideraremos que a 
capital federal pode ser Brasília ou o Distrito Federal (já que para ela 
são a mesma coisa). 
• Questões da FCC: 
1. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) São unidades federadas 
autônomas, conforme a organização político-administrativa do Brasil, 
a) Estados-Membros e Regiões Metropolitanas. 
b) União e Territórios. . 
c) Estados-Membros e Municípios. 
d) União e Regiões Metropolitanas. 
e) Territórios e Distrito Federal. 
Comentários: 
A federação brasileira é formada, segundo o art. 18 da CF, por 4 
entidades autônomas: União, Estados, DF e Municípios. 
Todas estas entidades são autônomas, nenhuma delas é soberana. 
Territórios Federais não são entidades autônomas, eles pertencem à 
União. Atualmente, não existe no Brasil nenhum território federal, 
mas nada impede que eles venham a existir. Para isso, deve-se editar 
uma lei complementar, nos termos do art. 18 §2° da Constituição. 
Regiões metropolitanas também não são entes autônomos, são 
subdivisões que os Estados, por foça do art. 25 §3°, possuem a 
faculdade de criar - através de uma lei complementar estadual - para 
que possam organizar melhor a sua atividade administrativa ao longo 
do seu território. Assim, essa criação não forma entidades, mas 
meras divisões administrativas. 
Gabarito: Letra C. 
2. (FCC/AJAJ-TRF4°/2010 - Adaptada) A organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, 
os Estados, os Municípios e o Distrito Federal, sendo que somente o 
último não possui autonomia. 
Comentários: 
O DF é autônomo, ele possui todas as facetas da autonomia 
(autogoverno, auto-organização, autolegislação e auto-
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administração). Os territórios federais é que não são autônomos, não 
confunda isso. 
Gabarito: Errado. 
3. (FCC/AJAJ - TRT-3a/2009) Tendo em vista a organização do 
Estado, é certo que: 
a) A União é pessoa jurídica de direito público interno e externo 
sendo o único ente formador do Estado Federal, uma vez que os 
demais entes são divisões administrativo-territoriais. 
b) a República Federativa do Brasil representa o Estado Federal nos 
atos de Direito Internacional, porque quem pratica os atos desse 
Direito é a União Federal e os Estados federados. 
c) à União cabe exercer as prerrogativas de soberania do Estado 
brasileiro, quando representa a República Federativa do Brasil nas 
relações internacionais. 
d) a União, por ser soberana em todos os aspectos, pode ser 
considerada entidade federativa em relação aos Estados membros e 
Municípios. 
e) os entes integrantes da Federação, em determinadas situações, à 
exceção dos Territórios, têm competência para representar o Estado 
federal frente a outros Estados soberanos. 
Comentários: 
Letra A - Errada. A União é pessoa jurídica de direito público apenas 
interno, não é pessoa de direito público externo. 
Letra B - Errado. Não é isso não... O representante é a União, a 
União, e somente ela, é que representa a República Federativa do 
Brasil. 
Letra C - Perfeito!!! Agora sim. A União não é soberana, mas "pega 
emprestado" as prerrogativas da soberania com a República 
Federativa do Brasil para poder representá-la. 
Letra D - Muito errado. Nem precisa comentar essa não é mesmo? 
Letra E - Errada. Somente a União pode representar a Federação, por 
força da exclusividade conferida pelo art. 21, I da Constituição 
Federal. 
Gabarito: Letra C. 
4. (FCC/EPP-SP/2009) O Município, na federação brasileira, 
a) tem a sua autonomia política configurada pela Constituição 
Federal, bem como pela Constituição Estadual pertinente, que pode 
reduzi-la ou ampliá-la. 
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b) é dotado de personalidade jurídica de direito público, 
consubstanciando modalidade de descentralização administrativa. 
c) embora criado por lei estadual, não pode ter a sua autonomia 
política restringida pelo Estado respectivo. 
d) dispõe de ampla autonomia política, sendo-lhe facultado regular a 
duração do mandato dos respectivos Prefeitos e Vereadores. 
e) pode se projetar, territorialmente, em relação a mais de um 
Estado, desde que lei complementar federal assim o permita. 
Comentários: 
Letra A - Errado. O Estado não pode reduzir ou ampliar a autonomia 
do Município, estes limites estão definidos na Constituição Federal. 
Letra B - Errado. O Município realmente é uma pessoa jurídica de 
direito público interno, porém, é criado por descentralização 
POLÍTICA. Descentralização administrativa é aquela que cria 
autarquias, empresas públicas e etc. 
Letra C - Correto. É verdade que os Municípios são criados por lei 
estadual (CF, art. 18 §4°), porém, são dotados de ampla autonomia 
(conforme vimos na questão anterior), não podendo esta ser 
restringida pelo Estado-membro. 
Letra D - Errado. Embora dotados de autonomia, os entes devem 
respeitar os limites impostos pela Constituição. Ou seja, sempre que 
a Constituição Federal estabelecer algo, não poderá o ente dispor em 
contrário. A própria Constituição Federal já fixa o mandato de todos 
os chefes do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) como 
sendo de 4 anos. 
Letra E - Errado. Os limites territoriais do Município devem estar 
contidos dentro de um único Estado. 
Gabarito: Letra C. 
• Questões da ESAF: 
5. (ESAF/MPU/2004) Em decorrência do princípio federativo, a 
União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os Territórios 
são entes da organização político-administrativa do Brasil. 
Comentários: 
Errado. Os entes são apenas a União, os Estados, o DF e os 
Municípios. Já os Territórios não são entes, eles integram a União, e 
não são dotados de autonomia. 
Gabarito: Errado. 
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6. (ESAF/AFC-CGU/2008) A organização político-administrativa 
da República Federativa do Brasil, segundo as normas da Constituição 
de 1988, compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, todos soberanos, nos termos da Constituição. 
Comentários: 
São todos autônomos, despidos de soberania (CF art. 18 caput). 
Soberania é o poder supremo para agir dentro de um território. 
Nenhum ente político tem poder supremo, pois todos estão limitados 
pelos princípios da Constituição Federal. 
Gabarito: Errado. 
7. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A organização político-
administrativa da União compreende os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios, todos autônomos na forma do disposto na própria 
Constituição Federal. 
Comentários: 
Conseguiram achar a pegadinha? 
Os Estados, DF e Municípios não fazem parte da organização político-
administrativa da União, mas sim, juntamente com a própria União, 
fazem parte da organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil (CF art. 18 caput). 
Maldade pura!!! 
Gabarito: Errado. 
8. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Nem o governo federal, nem os 
governos dos Estados, nem os dos Municípios ou o do Distrito Federal 
são soberanos, porque todos são limitados, expressa ou 
implicitamente, pelas normas positivas da Constituição Federal. 
Comentários: 
Os entes federativos são todos autônomos, despidos de soberania (CF 
art. 18 caput). Soberania é o poder supremo para agir dentro de um 
território. Nenhum ente político tem poder supremo, pois todos estão 
limitados pelos princípios da Constituição Federal. 
Gabarito: Correto. 
9. (ESAF/PGFN/2007) São integrantes do pacto federativo 
brasileiro os Estados-Membros, o Distrito Federal e os Municípios, 
todos autônomos, já que a soberania é atributo exclusivo da União. 
Comentários: 
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A União não é soberana, a única pessoa soberana é a República 
Federativa do Brasil, estando a União apenas autorizada a usar 
temporariamente esta soberania ao tratar de relações internacionais 
e editar leis nacionais, sem contudo se apropriar de tal atributo. 
Gabarito: Errado. 
10. (ESAF/AFT/2006) Na República Federativa do Brasil, a União 
exerce a soberania do Estado brasileiro e se constitui em pessoa 
jurídica de Direito Público Internacional, a fim de que possa exercer o 
direito de celebrar tratados, no plano internacional. 
Comentários: 
Quem é pessoa jurídica de direito público internacional é a República 
Federativa do Brasil, a União é apenas pessoa jurídica de direito 
público interno, sendo autônoma, mas não Soberana. 
• 
Gabarito: Errado. 
11. (ESAF/ATA-MF/2009) Os Estados-membros se auto-
organizam por meio da escolha direta de seus representantes nos 
Poderes Legislativo e Executivo locais, sem que haja qualquer vínculo 
de subordinação por parte da União. 
Comentários: 
As bancas costumam muito fazer essa maldade: colocam coisas 
fundamentalmente certas, mas com pequenos deslizes. É correto 
dizer: Os Estados membros promovem uma escolha direta de seus 
representantes nos Poderes Legislativo e Executivo locais, sem que 
haja qualquer vínculo de subordinação por parte da União. Porém, o 
erro cometido foi que, neste caso, segundo a doutrina,
a questão 
deveria se referir a faceta da autonomia chamada "autogoverno" e 
não "auto-organização". 
Gabarito: Errado. 
12. (ESAF/ATA-MF/2009) A autonomia estadual também se 
caracteriza pelo autogoverno, uma vez que ditam suas respectivas 
Constituições. 
Comentários: 
Neste caso, segundo a doutrina, o correto seria "auto-organização" e 
não "autogoverno". 
Gabarito: Errado. 
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13. (ESAF/ATA-MF/2009) Os Estados-membros em sua tríplice 
capacidade garantidora de autonomia se auto-administram 
normatizando sua própria legislação e regras de competência. 
Comentários: 
O correto, segundo a doutrina, seria "auto-organização" (ou 
"autolegislção", se pensássemos em quatro facetas) na e não "auto-
administração". 
Gabarito: Errado. 
14. (ESAF/AFC-CGU/2008) O Distrito Federal é chamado de 
Brasília e com esse nome constitui a Capital Federal. 
Comentários: 
Grande discussão paira em relação a este enunciado, porém, este foi 
o pensamento da banca ESAF, considerou DF e Brasília como 
sinônimos. Cabe ressaltar que para outras bancas, como o CESPE, a 
resposta a se marcar deverá se errado. 
Gabarito: Correto. 
15. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Brasília é a Capital Federal. 
Comentários: 
Diferentemente de questões polêmicas de anos anteriores, a ESAF 
desta vez limitou-se a transcrever o art. 18 §1° da Constituição 
literalmente. 
Gabarito: Correto. 
16. (ESAF/AFC-CGU/2008) A criação de territórios federais, que 
fazem parte da União, depende de emenda à Constituição. 
Comentários: 
Depende de lei complementar (CF, art. 18 §2°). 
Gabarito: Errado. 
17. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Os Territórios Federais integram 
a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
Comentários: 
Perfeita literalidade do art. 18 §2° da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
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Reorganização do espaço territorial: 
A doutrina costuma relacionar as hipóteses de reorganização do 
espaço territorial da seguinte forma: 
• Cisão ou Subdivisão - Um ente subdivide o seu 
território dando origem a outros entes. O ente inicial 
deixa de existir. 
• Desmembramento-formação - Uma parte de um ente 
se desmembra formando um novo ente. O ente inicial 
continua existindo e agora temos um ente completamente 
novo. 
• Desmembramento-anexação - Uma parte de um ente 
se desmembra, porém, ao invés de formar um novo ente, 
ela é anexada por outro existente. O ente inicial continua 
existindo e não temos a formação de um ente novo, mas 
um aumento territorial de "outro. 
• Fusão - Dois ou mais entes se agregam e assim formam 
um ente novo. Os entes iniciais deixam de existir. 
18. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) No que concerne à 
Organização do Estado, se um Estado for dividido em vários novos 
Estados-membros, todos com personalidades diferentes, 
desaparecendo por completo o Estado-originário, ocorrerá a 
hipótese de alteração divisional interna denominada fusão. 
Comentários: 
Isso será caso de cisão e não de fusão, que é quando dois ou mais 
entes se agregam para formar um ente novo. 
Gabarito: Errado. 
19. (CESPE/AGU/2009) No tocante às hipóteses de alteração 
da divisão interna do território brasileiro, é correto afirmar que, na 
subdivisão, há a manutenção da identidade do ente federativo 
primitivo, enquanto, no desmembramento, tem-se o 
desaparecimento da personalidade jurídica do estado originário. 
Comentários: 
O termo "cisão" ou "subdivisão" é usado quando um ente subdivide 
o seu território dando origem a outros entes. Desta forma, o ente 
inicial deixa de existir. 
Gabarito: Errado. 
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CF, art. 18, § 3° - Os Estados podem incorporar-se entre si, 
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, 
mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei 
complementar. 
Atenção a essas duas disposições: 
• Aprovação da população diretamente interessada, através de 
plebiscito; e 
• Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso 
Nacional. 
Procedimento: " 
O procedimento de plebiscitos e referendos está estabelecido pela lei 
9709/98. 
Para que ocorra a reorganização do território do Estado, o Congresso 
Nacional irá convocar o plebiscito. Se a consulta for desfavorável, não 
há prosseguimento dos procedimentos, não se passando para fase 
seguinte. Porém, se a consulta for favorável à reorganização, o 
processo será enviado às respectivas assembléias para que estas 
opinem pela sua aprovação ou rejeição. 
Essa manifestação da assembleia legislativa, no entanto, é 
meramente opinativa, não se constituindo em uma manifestação 
vinculativa (Lei 9709/98, art. 4°, §3°), nem mesmo essencial, 
podendo as mesmas inclusive, se abster da manifestação. 
Após isso, a matéria segue para o CN, onde então deverá ser votada 
como lei complementar para que se desfeche o processo. 
20. (FCC/Analista - TRT 15a/2009 - Adaptada) É vedada a 
subdivisão de Estados (Certo/Errado). 
Comentários: 
Do art. 18 §3° da Constituição depreende-se claramente que os 
Estados podem não só subdividir-se, como também incorporar-se 
entre si ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem 
novos Estados ou Territórios Federais. Para que isso seja feito, deve 
ser mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
Gabarito: Errado. 
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21. (FCC/Procurador-TCE-AP/2010) Em dezembro de 2009, foi 
aprovado pelo Senado Federal projeto de Decreto Legislativo que 
autoriza a realização de plebiscito sobre a criação do chamado Estado 
de Carajás. O novo Estado seria formado por 38 Municípios do sul e 
sudeste do atual Estado do Pará, com extensão total de 285.000 km2 
e 1.300.000 habitantes. O plebiscito seria realizado nesses 
Municípios, seis meses após a publicação do Decreto Legislativo. A 
referida proposta de criação do Estado de Carajás 
a) é inconstitucional, uma vez que a união estabelecida entre os 
entes da Federação é indissolúvel. 
b) seria possível somente durante os trabalhos de Assembleia 
Nacional Constituinte, a exemplo do que ocorreu com a criação do 
Estado de Tocantins. 
c) deveria ser precedida da criação do Território de Carajás, o qual, 
somente após demonstrar sua viabilidade, seria então transformado 
em Estado. 
d) é compatível com a Constituição desde que, ademais da consulta à 
população interessada, mediante plebiscito, seja aprovada pelo 
Congresso Nacional, por lei complementar. 
e) deveria ser precedida de Estudos de Viabilidade, apresentados e 
publicados na forma da lei, e ser aprovada por lei do Estado do Pará, 
dentro do período determinado por lei complementar federal. 
Comentários: 
Pode haver reorganização dos Estados na vigência da atual 
constituição. Logo, é incorreta a letra A e B da questão. Porém, para 
que ocorra, precisamos de: 
• Aprovação da população diretamente interessada, através de 
plebiscito; e 
• Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional. 
Assim, a letra D é a alternativa correta. Já a letra E se refere
a 
criação de Municípios e não de Estados. e a letra C é absurda. 
Gabarito: Letra D. 
22. (ESAF/ATA-MF/2009) A criação, a incorporação, a fusão e o 
desmembramento dos Estados far-se-ão por lei complementar 
federal, após divulgação dos Estudos de Viabilidade, apresentados e 
publicados na forma da lei. 
Comentários: 
Pessoal, ATENÇÃO!!! 
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Falou em "Estudos de viabilidade" tem que falar de município, senão 
está, de pronto, errado. A questão está errada, desta forma, por 
contrariar o disposto na CF art. 18 §§3° e 4°, 
Gabarito: Correto. 
23. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Os Estados podem incorporar-se 
entre si, subdividir se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante 
aprovação da população diretamente interessada, por meio de 
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
Comentários: 
Trata-se da transcrição literal do art. 18 §3° da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
24. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Sobre a organização Político-
Administrativa e a formação dos Estados, é correto afirmar que: 
a) de acordo com as disposições constitucionais vigentes, é possível 
criar novos Estados, mesmo que não seja por intermédio de divisão 
de outro ou outros Estados. 
b) os Territórios Federais transformados em Estados não podem mais 
restabelecer a situação anterior. 
c) poderá ocorrer a fusão entre Estados. Nesse caso, nem todos 
perdem a primitiva personalidade, pois, ao surgir o Estado novo, este 
adquire a personalidade de um deles. 
d) nos processos de transformação dos Estados, o Senado não está 
obrigado a ouvir nem ao pronunciamento plebiscitário, nem ao das 
Assembleias, notando-se que estas não decidem, apenas opinam pela 
aprovação, pela rejeição, ou simplesmente se abstêm de tomar 
partido. 
e) qualquer processo de transformação do Estado deve passar por 
um pronunciamento plebiscitário favorável à alteração, devendo o 
processo ser remetido ao Senado, a quem cabe a aprovação das 
alterações, mediante lei. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Em nosso entendimento essa alternativa estaria 
correta. No entanto, vamos primeiramente observar o pensamento da 
ESAF: atualmente, todo o território nacional está dividido em 26 
estados + 1 Distrito Federal. Não existe em nosso país, atualmente, 
territórios federais. Logo, para se formar novos estados, precisa-se 
necessariamente dividir algum outro, não há a possibilidade de 
transformar territórios em Estados, pois não há territórios. 
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Porém, a banca esqueceu que se poderia formar um novo Estado 
através da fusão de outros dois ou mais, o que tornaria a assertiva 
correta. 
Letra B - Errado. A própria Constituição admite essa hipótese quando 
diz, em seu art. 18 §2°, que os Territórios Federais integram a União, 
e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado 
de origem serão reguladas em lei complementar. 
Letra C - Errado. A fusão entre estados ocorre para dar lugar a um 
novo estado, distinto daqueles que se fundiram. Dessa forma, ambos 
os estados deixam de existir para dar lugar a um novo ente de 
personalidade diferente. Caso houvesse manutenção da 
personalidade de um deles, seria caso de anexação e não de fusão. 
Letra D - Correto. Entendemos que esta assertiva etária errada. A 
oitiva é feita pelo Congresso e não pelo "Senado", este seria o erro, o 
resto do enunciado está correto. Para que ocorra a reorganização do 
território do Estado, o Congresso Nacional irá convocar o plebiscito. 
Se a consulta for favorável à reorganização, o processo será enviado 
às respectivas assembléias para que estas opinem pela sua 
aprovação ou rejeição. Segundo a lei 9709/98, essa manifestação da 
assembleia legislativa, é meramente opinativa, não se constituindo 
em uma manifestação vinculativa nem essencial, podendo as mesmas 
inclusive, se abster da manifestação. 
Letra E - Errado. Encontramos dois erros: um erro é que será 
remetido ao Congresso e não ao Senado. Outro erro, é que será 
elaborada uma lei complementar e não somente um "lei" que induz a 
pensar em "lei ordinária". 
Gabarito: Letra D. 
CF, art. 18 §4° A criação, a incorporação, a fusão e o 
desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, 
dentro do período determinado por Lei Complementar 
Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei. 
Atenção a essas três disposições: 
• far-se-á por lei estadual no período de lei complementar 
federal; 
• Aprovação, por plebiscito, da população envolvida; 
• Deve-se apresentar e publicar, na forma da lei, Estudos de 
Viabilidade Municipal. 
14 
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Lembrem-se: estudo de viabilidade é só no caso de 
Municípios! 
25. (FCC/TJAA-TRT 8a/2010) Com relação a Organização 
Político Administrativa, 
a) o desmembramento de Município far-se-à por lei municipal, dentro 
do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá 
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios 
envolvidos, sem necessidade de divulgação prévia dos Estudos de 
Viabilidade Municipal na imprensa oficial. 
b) a fusão de Municípios far-se-à por lei municipal, dentro do período 
determinado por Lei Ordinária Federal, e dependerá de consulta 
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, 
após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e 
publicados na forma da lei. 
c) os Estados podem desmembrar-se para se anexarem a outros 
Estados, mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
d) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos 
Estados, mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito 
nacional e da aprovação do Senado Federal. 
15 
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Segundo o posicionamento do TSE (TSE - MS 2.812 -
Bahia), essa previsão da dependência de lei complementar 
federal faz com que a norma se torne de eficácia limitada, e como 
tal norma ainda não existe, isto inviabiliza a criação de novos 
Municípios. Mas, houve criações de Municípios sem observância 
desta disposição, e estas criações foram declaradas 
inconstitucionais pelo STF, porém, tal discussão ensejou a edição 
da EC n° 57/08 que acrescentou o artigo abaixo: 
CF, ADCT, art. 96 ^ Ficam convalidados (confirmados, com 
a validade ratificada...) os atos de criação, fusão, 
incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido 
publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos 
estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua 
criação. 
Observação: Quem convoca o plebiscito para redefinição 
de Estados é o Congresso Nacional, pois o tema é de 
abrangência nacional. Quem convoca o plebiscito para redefinição 
de Municípios é a Assembleia Legislativa, pois é tema estadual. 
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e) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos 
Estados, mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito 
nacional e da aprovação da Câmara dos Deputados. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Precisa divulgar os estudos de viabilidade. 
Letra B - Errado.
Ela se faz por lei ESTADUAL. 
Letra C - Correto. É a disposição do art. 18 §3°. 
Letra D - Errado. Não precisa de emenda constitucional, nem de 
plebiscito nacional, e nem de aprovação do Senado. 
Letra E - Errado. Não precisa de emenda constitucional, nem de 
plebiscito nacional, e nem de aprovação da Câmara. 
Gabarito: Letra C. 
• 
26. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A criação, a incorporação, a 
fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, 
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e 
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações 
dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
Comentários: 
Novamente a banca usa da literalidade, esta pode ser encontrada no 
art. 18 §4° da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
27. (ESAF/AFC-CGU/2008) A criação de Municípios deve ser feita 
por lei complementar federal. 
Comentários: 
De acordo com o art. 18 §4° da Constituição, será por lei estadual 
no período de lei complementar federal. 
Gabarito: Errado. 
28. (ESAF/TCU/2006) Nos termos da Constituição Federal, a 
criação de novos municípios, que é feita por lei estadual, só poderá 
se realizar quando for publicada a lei complementar federal que 
disciplinar o período dentro do qual será autorizada essa criação. 
Comentários: 
É isso mesmo. O STF declarou inconstitucional muitas criações de 
Municípios devido a falta lei complementar federal para disciplinar o 
tema. Isso contribuiu que contribuiu para a edição da EC 57/08 que 
16 
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inclui o art. 96 nos ADCT ^ Ficam convalidados (confirmados, com a 
validade ratificada,...) os atos de criação, fusão, incorporação e 
desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 
de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na 
legislação do respectivo Estado à época de sua criação. 
Gabarito: Correto. 
29. (ESAF/PGFN/2007) Para a criação de novos Municípios é 
necessária prévia consulta por plebiscito convocado pela Câmara de 
Vereadores. 
Comentários: 
Não é a Câmara de Vereadores que convoca, e sim a Assembleia 
Legislativa. 
Gabarito: Errado. " 
30. (FEPESE/Pref. São José/2007) De acordo com a 
Constituição Federal brasileira 
de 1988, assinale ( F ) falso ou ( V ) verdadeiro quanto à organização 
político-administrativa: 
1.( ) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de 
Municípios, far-se-ão por lei estadual. 
2.( ) Somente nos casos de criação e desmembramento de 
Municípios, a Constituição exige consulta prévia, mediante plebiscito. 
3.( ) É dispensada a apresentação dos Estudos de Viabilidade 
Municipal no caso de incorporação e fusão de Municípios. 
4.( ) A fusão de Municípios depende de consulta, na forma de 
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos. 
Assinale a seqüência correta. 
a. ( ) V - V - F - F 
b. ( ) V - F - V - F 
c. ( ) V - F - F - V 
d. ( ) F - V - V - F 
e. ( ) F - F - V - V 
Comentários: 
1a - Correto. Ainda que no período de lei complementar federal, o ato 
se faz por lei estadual. 
2a - Errado. Deverá ser na criação, incorporação, fusão ou 
desmembramento. 
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3a - Errado. É necessária esta apresentação. 
4a - Perfeito. (CF, art. 18 §4°). 
Gabarito: Letra C. 
Vedações aos entes federativos: 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, 
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou 
seus representantes relações de dependência ou aliança, 
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse 
público; 
II - recusar fé aos documentos públicos; 
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre 
si. 
31. (FCC/Analista - TRT 15a/2009 - Adaptada) Aos Estados é 
permitida, na forma da lei, a subvenção a cultos religiosos ou igrejas 
(Certo/Errado). 
Comentários: 
Não só aos Estados, mas a todos os entes políticos é vedada esta 
subvenção, ressalvada somente, como vimos, a colaboração de 
interesse público nos termos da Constituição, art. 19, I. 
Gabarito: Errado. 
32. (ESAF/ATA-MF/2009) É vedado aos Estados manter relação 
de aliança com representantes de cultos religiosos ou igrejas, 
resguardando-se o interesse público. 
Comentários: 
Somente pode haver cooperação entre entes estatais e entidades 
religiosas quando se tratar de interesse público (CF, art. 19). 
Gabarito: Correto. 
33. (ESAF/CGU/2006) Por ser a República Federativa do Brasil 
um Estado laico, a Constituição Federal veda qualquer forma de 
aliança com cultos religiosos. 
Comentários: 
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18 
34. (FCC/Analista - TRT 15a/2009) Quanto à organização do 
Estado brasileiro, é correto que 
a) é vedada a subdivisão de Estados. 
b) a fusão de Municípios far-se-á por emenda constitucional. 
c) a criação de Territórios Federais será regulada em lei 
complementar. • 
d) aos Estados é permitida, na forma da lei, a subvenção a cultos 
religiosos ou igrejas. 
e) a anexação de municípios para formarem Estados ou Territórios 
Federais, autorizada por resolução do Congresso Nacional, dependerá 
de referendo popular. 
Comentários: 
Letra A - Obviamente errada. 
Letra B - Está errada também. Será por lei estadual e dentro de 
período estabalecido por lei complementar federal. 
Letra C - Correto. Como vimos, os Territórios Federais não são entes 
autônomos, eles integram a União. A sua criação, transformação em 
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei 
complementar (CF, art. 18 §2°). 
Letra D - Vimos que isto está errado. 
Letra E - Esta assertiva está completamente errada. O primeiro erro é 
que a Constituição não prevê anexação de Municípios para formarem 
Estados. Outro erro é o fato de que, ainda que encarando isso como 
"desmenbramento de Estado", não será por resolução do CN, mas por 
lei complementar do Congresso, e o útimo erro é que se fará um 
plebiscito à população e não um referendo. 
Gabarito: Letra C. 
35. (ESAF/AFC-CGU/2008) Assinale a única opção correta 
relativa à organização político-administrativa da República Federativa 
do Brasil, segundo as normas da Constituição de 1988. 
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1g 
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Não é qualquer forma de aliança que é vedada, pois poderá haver 
cooperação entre entes estatais e entidades religiosas quando se 
tratar de interesse público (CF, art. 19). 
Gabarito: Errado. 
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a) Compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, todos soberanos, nos termos da Constituição. 
b) A criação de territórios federais, que fazem parte da União, 
depende de emenda à Constituição. 
c) O Distrito Federal é chamado de Brasília e com esse nome constitui 
a Capital Federal. 
d) A criação de Municípios deve ser feita por lei complementar 
federal. 
e) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
criar distinções entre brasileiros ou estrangeiros. 
Comentários: 
Organização político-administrativa está lá no art. 18 e 19 da 
Constituição. Vejamos: 
• 
Letra A - Errado. Pois são autônomos e não soberanos. 
Letra B - Errado.
Exige-se apenas lei complementar, não precisa de 
emenda. 
Letra C - Correto. Sem polêmicas!!! Esse é o pensamento da ESAF 
sobre o tema, embora muita gente não concorde com isso. 
Letra D - Errado. Será por lei estadual no período de lei 
complementar federal. 
Letra E - Errado. A vedação é somente na criação de distinção entre 
brasileiros, entre estrangeiros pode haver distinção, por exemplo, os 
estrangeiros de um país podem possuir procedimentos de entrada no 
território nacional facilitado ou dificultado se comparado com os 
procedentes de algum outro país, sem que haja inconstitucionalidade 
nisso. 
Gabarito: Letra C. 
Bens Públicos: 
Existem bens exclusivos da União e outros que dependendo da 
situação poderão pertencer tanto a União, quanto aos Estados, ou 
aos Municípios e até mesmo a terceiros. 
Para responder as questões deste tema, colocarei abaixo um resumo 
sobre os Bens Públicos que foi retirado do livro "Constituição Federal 
Anotada para Concursos": 
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Elas podem ainda ser de terceiros. 
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21 
• Ilhas COSTEIRAS e OCEANICAS: 
Municípios ^ Quando for sede do Município, salvo se for afetada 
por serviço público ou unidade ambiental federal 
(nestes casos será da União); 
Estados ^ Quando estiverem em seu domínio; 
União -> As demais, inclusive o caso acima. 
À defesa das fronteiras, fortificações e construções 
militares ou vias federais; ou 
À preservação ambiental. 
Terras Devolutas são aquelas que nunca tiveram proprietários ou 
foram devolvidas, ficando sem dono, passam então a integrar o 
patrimônio público. 
• Águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e 
em depósito: 
se na forma da lei, decorrerem de obras da 
• Lagos, rios e demais águas correntes: 
• Se banhar mais de um Estado; 
• Se fizerem limite com países ou se deles provierem 
ou se estenderem; 
• Também o são os terrenos marginais destes e as 
praias fluviais. 
• Todos que atualmente lhe pertencem ou os que lhe vierem a 
ser atribuídos; 
• Praias marítimas, os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
• O mar territorial; 
• Os recursos naturais da plataforma continental e da zona 
econômica exclusiva; 
• Os recursos minerais, inclusive do subsolo; 
• Os potenciais de energia hidráulica; 
• As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e 
pré-históricos; 
• As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
Observe que todos os recursos minerais são propriedade da União 
e, em se tratando da plataforma continental e da zona econômica 
exclusiva, também o serão todos os demais recursos naturais além 
dos minerais. 
• É assegurado aos entes federativos bem como a órgãos da 
administração direta da União, participação no resultado da 
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para 
fins de geração de energia elétrica e de outros recursos 
minerais no respectivo território, plataforma continental, mar 
territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação 
financeira por essa exploração. 
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• A faixa de fronteira é considerada fundamental para defesa 
do território nacional, e sua ocupação e utilização serão 
reguladas em lei. 
0 código civil divide esses bens públicos em 3 espécies, que se 
referem à destinação do bem: 
1 - Bens de uso comum: São os destinados ao uso de toda a 
população, indistintamente. Ex: rios, mares, estradas, ruas e praças. 
2 - Bens de uso especial: Estão destinados a uma finalidade 
específica, são os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou 
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municipal, e suas autarquias. Ex. Repartições públicas, bibliotecas, 
quartéis. 
3- Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade 
especial, nem são de uso comum. São aqueles bens dos quais o 
Estado pode se desfazer. 
• Questões da FCC: 
36. (FCC/TJAA-TRT 3a/2009) No que diz respeito à organização 
político-administrativa da União é correto afirmar que 
a) a faixa de fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta 
quilômetros de largura. 
b) são bens da União, dentre outros, os potenciais de energia 
hidráulica e os sítios arqueológicos. 
c) o desmembramento de Municípios far-se-á por lei municipal da 
respectiva localidade e das limítrofes. 
d) é permitida à União manter, com representantes de igrejas, e em 
quaisquer hipóteses, relações de aliança. 
e) a formação de Estados ou Territórios Federais será feita por meio 
de referendo e por ato normativo do Senado Federal. 
Comentários: 
Letra A - Errada. A faixa é de 150 e não 180 Km e lembramos que é 
só em relação às fronteiras terrestres. 
Letra B - Correto. 
Letra C - É feito por Lei Estadual, no período de lei complementar 
federal. 
Letra D - Errado. Isso é vedado a todos os entes pelo art. 19. 
Letra E - Errado. Será por plebiscito e por lei complementar no 
Congresso. 
Gabarito: Letra B. 
37. (FCC/AJAJ-TRE-AL/2010) É INCORRETO afirmar que entre 
os bens dos Estados incluem-se 
a) as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
b) as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em 
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de 
obras da União. 
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c) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu 
domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou 
terceiros. 
d) as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União. 
e) o mar territorial e os potenciais de energia hidráulica. 
Comentários: 
Letra A - Correto. As terras devolutas são bens dos ESTADOS. A não 
ser que sejam indispensáveis: 
• À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou 
vias federais; ou 
• À preservação ambiental. 
Neste caso serão da União! Desta forma, é correto falar que "se não 
for da União, será dos Estados". 
Letra B - Correto. As águas são bens dos Estados, mas se elas foram 
decorrentes de obras da União, irá pertencer a ela já que, em se 
tratando de águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes 
e em depósito, temos: 
Regra ^ Estados; 
Exceção -> União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União. 
Letra C - Também está correto. Como vimos as ilhas COSTEIRAS e 
OCEÂNICAS, podem pertencer a terceiros, ou: 
aos Municípios ^ Quando for sede do Município, salvo se for 
afetada por serviço público ou unidade ambiental 
federal (nestes casos será da União); 
aos Estados ^ Quando estiverem em seu domínio; 
à União ^ As demais, inclusive o caso acima (afetação da ilha 
municipal). 
Letra D - Correta. Em se tratando de ilhas FLUVIAIS e LACUSTRES, 
temos: 
Regra ^ Estados; 
Exceção ^ União, se fizer limite com outros países. 
Letra E - Está errada e é o gabarito!!! Essa foi muito fácil, não foi? 
Nem precisava resolver as outras... mar territorial é obviamente da 
União, mais óbvio ainda são os potencias de energia hidráulica, pois 
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24 
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tudo que é recurso energético, mineral e etc. está sob o cuidado da 
União. 
Gabarito: Letra E. 
38. (FCC/Técnico-TRE-AL/2010)
Incluem-se entre os bens dos 
Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes 
e em depósito, incluídas, em regra, as decorrentes de obras da 
União. emergentes e em depósito, incluídas, em regra, as 
decorrentes de obras da União (C/E). 
Comentários: 
As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em 
depósito, são: 
Regra ^ Estados; 
• 
Exceção -> União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União. 
Desta forma, erra a questão, pois deve-se "excluir" as que 
decorrerem de obras da União. 
Gabarito: Errado. 
39. (FCC/Técnico-TRT-MG/2010 - Adaptada) A faixa de 
fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta quilômetros 
de largura. 
Comentários: 
O correto seria faixa até 150km de largura, e lembrando que isso é 
somente ao longo das fronteiras terrestres. Muitas questões tentam 
dizer "aéreas", "marítimas" e assim se tornam incorretas. 
Gabarito: Errado. 
40. (FCC/Técnico-TRT-MG/2010 - Adaptada) São bens da 
União, dentre outros, os potenciais de energia hidráulica e os sítios 
arqueológicos. 
Comentários: 
Perfeito, exatamente como vimos no resumo. 
Gabarito: Correto. 
41. (FCC/TJ-DF/2008 - Adaptada) As terras devolutas 
pertencem aos estados, com exceção das terras devolutas 
indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções 
militares, das vias federais de comunicação e à preservação 
ambiental, definidas em lei. 
25 
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Comentários: 
Perfeito, como vimos: 
• Terras Devolutas: 
Regra ^ Estados; 
Exceção -> União, se indispensáveis: 
• À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou 
vias federais; ou 
• À preservação ambiental. 
Gabarito: Correto. 
• Questões da ESAF: 
42. (ESAF/ATA-MF/2009) Incluem-se entre os bens dos Estados 
as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
Comentários: 
As terras devolutas em regras são dos Estados. Somente serão da 
União se indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e 
construções militares, das vias federais de comunicação e à 
preservação ambiental, definidas em lei (CF, art. 20, II e art. 26, IV). 
Gabarito: Correto. 
43. (ESAF/CGU/2006) As cavidades naturais subterrâneas e 
os sítios arqueológicos e pré-históricos, desde que não situados em 
terras de propriedade dos Estados, pertencem à União. 
Comentários: 
Segundo o art. 20, X, da Constituição, não há esta restrição para que 
pertençam à União. Eles serão sempre da União. 
Gabarito: Errado. 
44. (ESAF/CGU/2006) Pertencem aos Estados as ilhas fluviais 
localizadas em seu território, que não se situem na zona limítrofe 
com outros países. 
Comentários: 
É o disposto no art. 26, III combinado com o art. 20, IV da 
Constituição Federal. 
Gabarito: Correto. 
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45. (ESAF/TCU/2006) O aproveitamento, pela União, dos 
potenciais hidroenergéticos localizados em cursos de água que 
integrem os bens estaduais, depende de expressa autorização do 
poder executivo estadual e far-se-á mediante compensação financeira 
por essa exploração. 
Comentários: 
Prescinde (dispensa) de autorização tal exploração por parte da União 
(CF, art. 21 XII, b), já que a Constituição atribuiu somente a União a 
prerrogativa de explorar estes potenciais, ainda que sob o regime de 
concessão, permissão ou autorização. 
Gabarito: Errado. 
• Questões de outras bancas: 
46. (CETRO/TCM-SP/2006) Existem certos bens públicos que, a 
depender de determinadas circunstâncias especiais, tanto podem ser 
da União ou do Estado ou do Município, como é o caso 
(A) dos terrenos de marinha. 
(B) das praias marítimas. 
(C) do mar territorial. 
(D) dos recursos minerais. 
(E) das ilhas oceânicas e as costeiras. 
Comentários: 
O único bem que pode pertencer a qualquer um dos entes: União, 
Estados e Municípios, são as ilhas oceânicas e costeiras, por isso é 
muito cobrado em provas. 
Gabarito: Letra E. 
Trata-se de um tema muito explorado em concursos e, geralmente, 
os candidatos têm aversão ao seu estudo pela aparente 
complexidade e extensão. Estes problemas são facilmente 
dissipados, se, antes de iniciarmos o estudo, atentarmos para 
algumas lógicas usadas pelos Constituintes ao estabelecer as 
competências. 
Existem 2 tipos de competência elencadas na Constituição: 
competência material (administrativa) e competência legislativa. 
A competência material (realizar as coisas) pode ser: 
27 
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Competências Administrativas e Legislativas: 
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• Exclusiva da União (art. 21) - quando só a União 
poderá realizar tais atos, sem poder delegar a nenhum 
outro ente, ou 
• Comum - ou paralela - (art. 23) - quando todos os 
entes da federação puderem, em pé de igualdade, agir 
para concretizar aquilo que está exposto. 
A competência legislativa (regulamentar como as coisas serão 
feitas) pode ser: 
• privativa da União (art. 22) - quando couber somente 
a União legislar sobre o tema - embora neste caso, 
através de uma lei complementar, ela permita que os 
Estados façam a regulamentação de questões específicas 
-; ou 
• Concorrente (art. 24) - quando a União não irá fazer 
nada além das normas gerais (normas genéricas que se 
aplicam a todos os entes) e com base nessas normas 
gerais - sem precisar receber a delegação da União - os 
Estados irão elaborar as normas específicas. O nome é 
concorrente pois são 2 legislações que concorrem para um 
certo ponto (a regulamentação do tema): 
Observação 1 - Embora tenhamos a classificação doutrinária 
executável somente pela União, e de "competência privativa" a 
competência legislativa, as bancas de concurso não são tão inflexíveis 
com isso. Diversas vezes colocam no enunciado: "competência 
exclusiva para legislar" ou "competência privativa para executar". Ou 
seja, fique atento, mas não marque incorreta uma questão de prova 
somente pr este fato (principalmente se a questão for do CESPE). 
Critério para repartição de competências: 
As competências são instituídas de acordo com o critério da 
"predominância do interesse", ou seja, a União faz as coisas de 
Norma Específica 
Suplementar 
Normas Gerais 
28 
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de chamar "competência exclusiva" a competência material 
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âmbito nacional (e relações internacionais), os Estados fazem as 
coisas de âmbito regional, e os Municípios fazem no âmbito local. 
A vedação da medida provisória para regulamentar o art. 25 §2° foi 
inserida pela EC 05/95 e é importante observar que o art. 246 dispõe 
que "é vedado se regulamentar por MP qualquer artigo da CF 
modificado por EC entre 1° de janeiro de 95 (o que inclui a EC 05/95) 
até a EC 32/01", o que tornaria desnecessário esse texto. 
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A técnica utilizada pela Constituição para repartir as competências foi 
a seguinte: 
1- Enumerar as competências da União e dos Municípios -
Assim, ela estabeleceu de forma expressa e taxativamente quais 
seriam as competências federais (CF, art. 21 ao 24) e municipais (CF, 
art. 30). 
2- Estabelecer a competência residual (ou remanescente) para 
os Estados - Assim, a competência estadual não foi taxativa, 
cabendo aos Estados fazer "tudo aquilo que não lhe
forem 
vedados". 
Observação - Existe uma exceção: A União possui 
competência residual quando se trata de "matéria tributária", 
podendo instituir novos impostos e contribuições que não 
foram previstos no texto constitucional 
3- Atribuiu competência legislativa hibrida ao DF - Assim o DF 
possui as competências legislativas taxativas dos Municípios e as 
remanescentes dos Estados. 
Atenção!!! Em que pese a competência remanescente ou 
residual dos Estados/DF, existem para estes entes duas 
competências expressas no art. 25. 
Art. 25 §2° - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou 
mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, 
na forma da lei, vedada a edição de medida provisória 
para a sua regulamentação. 
Art. 25 §3° - Os Estados poderão, mediante lei 
complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agru-
pamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, 
o planejamento e a execução de funções públicas de interesse 
comum. 
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1- Como as competências são instituídas de acordo com o critério 
da "predominância do interesse", sempre que se usar o termo 
nacional ou internacional, já sabemos que é competência da 
União. 
2- Como a União é o poder central da federação, responsável por 
uniformizar as medidas e evitar os conflitos entre os entes, será ela 
que irá estabelecer as "diretrizes", "critérios", "bases", 
"normas gerais"... (tente imaginar o Rio de Janeiro 
estabelecendo uma norma geral para ser cumprida por SP, MG, 
RS... isto é inimaginável) 
3- Se a questão tocar em temas "sensíveis" como atividade 
nuclear, guerra, índios, energia, telecomunicações mais uma vez 
estaremos diante de competência da União. 
4- Como vimos, as competências federativas encontram-se 
basicamente em 4 artigos da Constituição: 21,22,23 e 24. Destes, 
o Município só participa de 1 rol de competências: Competência 
"administrativa" comum. Logo, sempre que se deparar com uma 
questão que traga "compete à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios", essa competência nunca poderá ser 
legislativa, apenas administrativa, pois, competência legislativa 
para Município só ocorre na Constituição quando ele atua sozinho 
(CF, art. 30, I e II). 
(OBS. Isso não se aplica para questões da banca "CESPE", pois 
esta entende que os Municípios legislam concorrentemente, 
agregando o art. 30, II ao art. 24, a FCC de vez em quando 
também aparece com uma dessa) 
5- A competência comum refere-se a temas coletivos, difusos... 
assim, caberá a todos os entes políticos unir forças para preservar 
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As únicas coisas que precisam estar completamente decoradas são: 
1- Os parágrafos únicos do art. 22 e 23, e os parágrafos do art. 24, 
já que eles são cobrados literalmente, constantemente, em 
concursos. 
2- As duas competências expressas dos Estados (CF, art. 25 §§2° e 
3°). Os Estados só tem essas duas competências expressas, então 
caem muito em prova, e não pode errar de jeito algum!!! 
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florestas, fauna, combater a pobreza, zelar pela guarda da 
Constituição e o patrimônio público. 
6- Geralmente as coisas que são de competência comum entre os 
entes, estarão atreladas a legislações concorrentes, veja o exemplo 
abaixo: 
Competência Comum: 
Legislação concorrente -
legislar sobre: 
proteger os documentos, as 
obras e outros bens de valor 
histórico, artístico e cultural; 
proteção ao patrimônio 
histórico, cultural, artístico, 
turístico e paisagístico; 
proporcionar os meios de 
acesso à cultura, à educação e 
à ciência; 
educação, cultura, ensino e 
desporto; 
proteger o meio ambiente e 
combater a poluição em 
qualquer de suas formas; 
responsabilidade por dano ao 
meio ambiente, ao 
consumidor, a bens e direitos 
de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e 
paisagístico; 
preservar as florestas, a fauna 
e a flora; 
florestas, caça, pesca, fauna, 
conservação da natureza, 
defesa do solo e dos recursos 
naturais, proteção do meio 
ambiente e controle da 
poluição. 
7- A Constituição dispôs expressamente sobre alguns serviços que 
podem ser executados pelos entes de forma direta ou sob regime 
de delegação (concessão, permissão ou autorização). Porém, pela 
literalidade da Constituição, os serviços ali expressos foram 
previstos da seguinte forma: 
• União — diretamente ou por autorização, permissão e concessão; 
• Municípios — diretamente ou por permissão e concessão; 
• Estados — diretamente ou apenas por concessão. 
Assim, se a questão cobrar "Municípios" e falar em "autorização" já 
está errada, pois pela literalidade Municípios = permissão ou 
concessão. Da mesma forma, se falar em "Estados", tem que falar 
em "concessão", senão já está errado. 
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Essas coisas já são muiiiiito manjadas! Se você errar vai ficar 
pra trás, pois todo mundo vai acertar: 
1- Direitos: Existem 5 que são de legislação concorrente, e 10 que 
são de legislação privativa da União - gravem somente os 5 
concorrentes. Assim temos: 
Concorrentes- Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico 
e Urbanístico - (Mnemónico: Tri - Fi - Penit - EC - Ur); 
Privativos da União - O que sobrou! 
2- Legislar sobre desapropriação = É privativo da União; 
X 
Decretar a desapropriação = Poder Público (executivo) em geral, 
em especial o Municipal, que é o responsável pelo ordenamento 
urbano. 
3- Direito Processual - Competência legislativa privativa da União 
(CF, art. 22, I), já que não está no Tri-Fi-Penit-Ec-Ur; 
X 
Procedimentos em matéria processual - Competência legislativa 
concorrente (CF, art. 24, XI) - ou seja, observada as normas gerais 
da União, cada ente poderá estabelecer no seu âmbito, como serão 
os procedimentos a serem usados no andamentos dos seus 
processos. 
4- Seguridade social = é o conjunto de Saúde + Previdência Social 
+ Assistência Social = Esse conjunto, como um todo, é de 
competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, XXIII). 
X 
Previdência Social, bem como a proteção e defesa da saúde = 
A legislação é concorrente, pois cada ente possui o seu regime 
próprio de previdência (CF, art. 24, XII) e proteger e defender a 
saúde é algo que merece união de forças dos entes públicos. 
5- Legislar sobre educação = Competência concorrente. 
X 
Legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional = 
Privativa da União, até porque, tudo que tiver diretrizes, bases e 
nacional, será competência da União. 
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Jurisprudência: 
Súmula vinculante n° 2: "É inconstitucional a lei ou ato normativo 
estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e 
sorteios, inclusive bingos e loterias." 
Isso porque segundo o art. 22, XX compete à União legislar sobre os 
sistemas de consórcios e sorteios. 
• Questões da FCC: 
47. (FCC/TJAA - TRE-AC/2010) Em matéria de competência 
legislativa concorrente relacionada à União, Estados e Distrito 
Federal, é correto afirmar que 
a) a competência da União para legislar sobre normas gerais não 
exclui a competência suplementar dos Estados. 
b) no âmbito da legislação concorrente, a competência da União 
estende-se ao estabelecimento de normas específicas. 
c) a superveniência de lei federal sobre normas gerais não
suspende, 
em qualquer hipótese, a eficácia da lei estadual. 
d) a competência da União para legislar sobre normas gerais ou 
específicas exclui a competência suplementar dos Estados. 
e) inexistindo lei federal sobre normas de qualquer natureza, os 
Estados só podem exercer a competência limitada para atender suas 
peculiaridades. 
Comentários: 
Essa questão é quase um resumo de tudo que está nos parágrafos do 
art. 24: 
• §§1° e 2° - Na competência concorrente caberá à União 
estabelecer tão somente as normas gerais, e os 
Estados/DF vão suplementar essas normas com as 
peculiaridades de cada ente. 
• §3° Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os 
Estados exercerão a competência legislativa plena, ou 
seja, vão legislar de forma completa para que possa atender 
às suas necessidades. 
• §4° Mas, se após o exercício pelo Estado/DF da competência 
plena, for editada lei federal sobre normas gerais, esta irá 
suspender a eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for 
contrário. 
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Letra A - Correta. 
Letra B - Errado. Ela se limita às normas gerais. 
Letra C - Errado. Ela suspende a lei estadual naquilo que lhe for 
contrário. 
Letra D - Errado. A questão faz uma "dobradinha" de exclusão com a 
letra A. Somente uma das duas poderia estar correta, essa está 
errada já que não exclui a competência suplementar estadual. 
Letra E - Errado. Inexistindo normas gerais, eles legislam de forma 
plena. 
Gabarito: Letra A. 
48. (FCC/Analista - TCE - AM/2008 - Adaptada) Em matéria de 
legislação concorrente, diante da inexistência de lei federal, o Estado 
exercerá a competência legislativa plena (Certo/Errado). 
Comentários: 
Segundo o art. 24 da Constituição, em seu §3°, inexistindo lei federal 
sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa 
plena, legislando de forma completa para atender às suas 
peculiaridades. 
Gabarito: Correto. 
49. (FCC/Procurador - PGE-AM/2010) A propósito do modelo 
de repartição de competências adotado na Constituição Federal, 
pode-se afirmar que 
a) aos Estados foram asseguradas apenas competências residuais. 
b) as competências materiais são sempre de exercício concorrente 
por todos os entes federativos. 
c) todas as competências privativas legislativas da União Federal 
podem ser exercidas pelos Estados naquilo que for necessário para 
atender a suas peculiaridades, mas não pelos Municípios. 
d) entre as competências legislativas dos Municípios se inclui a de 
suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber. 
e) ao Distrito Federal não foi assegurado o exercício de competências 
legislativas em regime de concorrência com a União 
Comentários: 
Letra A - Errado. Embora as competências estaduais sejam em regra 
residuais ou remanescentes, eles possuem 2 competências 
expressas: 
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• Art. 25 § 2° - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou 
mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, 
na forma da lei, vedada a edição de medida provisória 
para a sua regulamentação. 
• Art. 25§ 3° - Os Estados poderão, mediante lei 
complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agru-
pamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, 
o planejamento e a execução de funções públicas de interesse 
comum. 
Letra B - Errado. Primeiro que a competência material é exclusiva ou 
comum. A competência legisaltiva é que pode ser chamada de 
privativa ou concorrente. Segundo que mesmo se empregado o termo 
"concorrente" no sentido de "comum" ela estaria errada. 
Letra C - Errado. Questão também com vários erros. As competências 
privativas não são em regra exercíveis pelos Estados. Para que os 
Estados possam exercê-las precisa haver uma lei complementar 
federal autorizado aquela questão específica, o que nem sempre vai 
ocorrer. O outro erro da questão é o fato de que os municípios 
poderão também, em certos casos exercer alguma daquelas 
competências, pois ao Município compete (segundo a CF, art. 30, II) 
suplementar a legislação federal e estadual naquilo que lhe couber, 
ou seja, naquilo que for necessário para adequar a legislação às 
peculiaridades do Município. 
Letra D - Correto. É a competência atribuída pelo art. 30, II da 
Constituição. 
Letra E - Errado. Tanto os Estados quanto o Distrito Federal legislam 
concorrentemente com a União sobre as matérias do art. 24 da 
Constituição. 
Gabarito: Letra D. 
50. (FCC/AJAJ-TRF4°/2010 - Adaptada) Os Estados não 
possuem competência legislativa residual, sendo-lhes vedado atuar 
em áreas que não lhe forem expressamente atribuídas pela 
Constituição Federal. 
Comentários: 
A Constituição fez justamente o contrário. Atribuiu competência 
residual aos Estados, dando-lhes o poder de legislar sobre tudo aquilo 
que não seja lhes seja vedado, ou seja, aquilo que ficou atribuído 
expressamente à União ou aos Municípios. 
Gabarito: Errado. 
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51. (FCC/Procurador - Recife/2008) Cabe aos Estados-
membros exercer somente as competências enumeradas na 
Constituição Federal. 
Comentários: 
Os estados a competência é remanescente, e não taxativa. Assim, 
eles podem exercer as duas competências que lhes foram 
enumeradas pela Constituição (CF, art. 25 §§2° e 3°) e tudo aquilo 
que a Constituição não lhes vedou. 
Gabarito: Errado. 
52. (FCC/AJAJ-TRF4°/2010 - Adaptada) O Distrito Federal 
possui competência legislativa residual, estando subtraídas do seu 
campo de atuação apenas as matérias expressamente atribuídas pela 
Constituição Federal à União. 
Comentários: 
Questão bem interessante. Sabemos que o Distrito Federal tem 
competência híbrida, atua como Estado e como Município. Assim, 
como os Estados possuem a competência residual, o DF também a 
tem. Veja então que o DF pode legislar sobre tudo aquilo que está 
expressamente elencado para os Municípios, sobre as duas 
competências expressas dos Estados e sobre as competências 
remanescentes estaduais, sendo-lhes vedado somente aquilo que é 
expressamente atribuído à União. 
A questão está correta. Lembrando que, se a questão falasse em 
"Estados", em vez de "Distrito Federal", deveria ressalvar tanto as 
competências da União quanto as dos Municípios, porém, ao falar em 
Distrito Federal, não precisou ressalvar a dos Municípios, pois estas 
são exercidas também pelo DF. 
Gabarito: Correto. 
53. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Aos Estados cabe explorar, 
diretamente ou mediante permissão, os serviços locais de gás 
canalizado, na forma da lei, cuja regulamentação se fará mediante 
medida provisória. 
Comentários: 
Questão de dois erros, o correto seria "concessão" e é vedada a 
medida provisória para regulamentar esse serviço. 
Gabarito: Correto. 
• Questões do ESAF: 
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54. (ESAF/TCU/2001) Em matéria de legislação concorrente, não 
havendo legislação estadual sobre a matéria, cabe à União suprir a 
omissão, tanto em aspectos de normas gerais como de normas 
específicas. 
Comentários: 
Em legislação concorrente, a União se limitará a fazer as normas 
gerais, não podendo legislar de forma específica (CF, at. 24 §1°). Os 
Estados/DF é que poderão, caso não haja normas gerais da União, 
legislar
plenamente, fazendo normas gerais e específicas. 
Gabarito: Errado. 
55. (ESAF/ATA-MF/2009) Cabe aos Estados explorar 
diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás 
canalizado, vedada a edição de medida provisória para a sua 
regulamentação. 
Comentários: 
É o que dispõe a Constituição em seu art. 25 §2°. Trata-se de uma 
das únicas duas competências expressas aos Estados-membros, a 
outra é instituir regiões metropolitanas. 
Gabarito: Correto. 
56. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Os Estados podem instituir 
regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, 
constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar 
a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de 
interesse comum. 
Comentários: 
É a redação encontrada no art. 25 §3° da Constituição. Os Estados só 
possuem duas competências expressas, essa é uma delas. 
Gabarito: Correto. 
57. (ESAF/ATA-MF/2009) Os Estados poderão, mediante lei 
complementar federal, instituir regiões metropolitanas, constituídas 
por regiões administrativas limítrofes. 
Comentários: 
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A questão trata da competência estadual expressa no art. 25 §3° da 
Constituição. Porém, a lei complementar referida é estadual e não 
federal. 
Gabarito: Errado. 
58. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Cabe aos Estados organizar 
e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os 
serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, 
que tem caráter essencial. 
Comentários: 
A repartição geográfica de competências se dá de acordo com a 
predominância de interesse. Assim, serviços nacionais ficam a cargo 
da União, os regionais para os Estados e os locais para os Municípios. 
A redação do enunciado se encontra no art. 30, V da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
59. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Compete aos Municípios 
explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de 
gás canalizado. 
Comentários: 
É competência estadual encontrada no art. 25 §2° CF. Trata-se de 
uma das únicas duas competências expressas aos Estados-membros, 
a outra é instituir regiões metropolitanas. 
Gabarito: Errado. 
60. (ESAF/TCU/2006) A exploração dos serviços locais de gás 
canalizado pode ser feita pelos Estados, desde que a União, mediante 
instrumento próprio, faça uma autorização, concessão ou permissão 
para a sua execução. 
Comentários: 
Tal exploração será feita diretamente ou apenas mediante 
concessão, de acordo com a Constituição em seu art. 25 §2°. 
Gabarito: Errado. 
61. (ESAF/TRF/2006) Obedecendo ao princípio geral de 
repartição de competência adotado pela Constituição de 1988, a 
exploração dos serviços locais de gás canalizado foi reservada para os 
municípios. 
Comentários: 
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• Questões da FCC: 
62. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) Compete privativamente à 
União legislar sobre direito 
a) comercial. 
b) tributário. 
c) financeiro. 
d) penitenciário. 
e) urbanístico. 
Comentários: 
Existem 5 que são de legislação concorrente, e 10 que são de 
legislação privativa da União - gravem somente os 5 concorrentes. 
Assim temos: 
Concorrentes- Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico 
e Urbanístico - (Mnemónico: Tri - Fi - Penit - EC - Ur); 
Privativos da União - O que sobrou! 
O gabarito é a letra A, pois é o único que não se enquadra no "Tri-Fi-
Penit-Ec-Ur". 
63. (FCC/Analista Judiciário - Biblioteconomia - TRT 
24a/2011) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal 
legislar concorrentemente sobre: 
a) águas. 
b) proteção à infância e à juventude. 
c) energia. 
d) informática. 
e) cidadania. 
Comentários: 
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É competência estadual encontrada no art. 25 §2° CF. Trata-se de 
uma das únicas duas competências expressas aos Estados-membros, 
a outra é instituir regiões metropolitanas. 
Gabarito: Errado. 
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A questão pede legislação concorrente, logo, devem ser assuntos não 
privativos da União. Aguas, energia, recursos minerais e etc. são 
coisas em dais quais só a União pode tratar. Assim também é a 
informática, pois a Constituição reservou à esfera privativa da União 
tudo que mexe com informática, telecomunicações e radiofusão (CF, 
art. 22, IV). 
A cidadania, bem como a nacionalidade, também deve ficar na esfera 
federal, pois se trata de conceitos que precisam estar uniformes em 
todo o território nacional, envolve exercício de direitos políticos. Não 
há lógica termos legislações diversas sobre os conceitos inerentes à 
cidadania. 
A resposta correta é a letra B - proteção à infância e à juventude -
que trata de tema de preocupação geral, devendo haver uma união 
de forças para efetivar a proteção. 
Gabarito: Letra B. 
64. (FCC/TJAA-TRT 8/2010) Compete à União, aos Estados e ao 
Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
a) propaganda comercial. 
b) comércio interestadual. 
c) trânsito. 
d) transporte. 
e) procedimentos em matéria processual. 
Comentários: 
Tá aí a pegadinha clássica: 
Direito Processual - Competência legislativa privativa da União (CF, 
art. 22, I), já que não está no Tri-Fi-Penit-Ec-Ur; 
X 
Procedimentos em matéria processual - Competência legislativa 
concorrente (CF, art. 24, XI) - ou seja, observada as normas gerais 
da União, cada ente poderá estabelecer no seu âmbito, como serão 
os procedimentos a serem usados no andamentos dos seus 
processos. 
Gabarito: Letra E. 
65. (FCC/Procurador BACEN/2006) Na Federação brasileira, a 
competência para legislar sobre direito financeiro é: 
a) Comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
b) Privativa da União. 
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c) Exclusiva dos Estados e do Distrito Federal. 
d) Concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal. 
e) Cumulativa da União e dos Municípios. 
Comentários: 
A questão pediu o "FI" do Tri-Fi-Penit-Ec-Ur - Logo, é competência 
concorrente. 
Gabarito da questão: Letra D! 
66. (FCC/Procurador - Recife/2008 - Adaptada) Cabe aos 
Estados-membros suprir a inexistência de lei federal em matéria de 
direito eleitoral (Certo/Errado). 
Comentários: 
Suprir a inexistência de lei federal, ou seja, legislar de forma plena, 
ocorre para as matérias do âmbito da legislação concorrente. Direito 
Eleitoral é matéria privativa da União (CF, art. 22, I), já que os 
direitos concorrentes são os do "Tri-Fi-Penit- Ec-Ur" e o Eleitoral não 
está ali. Desta forma, não há possibilidade de que os Estados supram 
a inexistência da lei federal. 
Gabarito: Errado. 
67. (FCC/Defensor Público - SP/2009) Trata-se de matéria de 
competência legislativa concorrente da União, Estados e Distrito 
Federal: direito tributário, processual penal e penal. 
Comentários: 
Acabamos de ver que para ser concorrente tem que ser "Tri-Fi-Penit-
Ec-Ur"! Temos o "Tri", mas o resto não se enquadra. 
Gabarito: Errado. 
68. (FCC/Técnico - TRT-PI/2009) Compete à União, aos Estados 
e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito 
a) civil, comercial, penal, processual e eleitoral. 
b) tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico. 
c) agrário, marítimo,

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