Buscar

Aula 08

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: TEORIA E PRÁTICA
Aula 8- A POLÍTICA DE A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO GOVERNO LULA 
Tema da Apresentação
OBJETIVOS E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
Nessa aula abordaremos a política de educação profissional no Governo Lula, suas principais propostas e contradições. 
Os objetivos desta aula são:
Distinguir os avanços e recuos políticos presentes na proposição do Decreto 5.154/04
Analisar as contradições presentes nas propostas para a educação profissional do governo Lula: promessas de integração entre formação básica e formação específica X programas focais
Tema da Apresentação
INFORMAÇÕES INICIAIS
Serão tomados como base dessa aula dois artigos, fundamentais para a análise do período, disponíveis na internet:
FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise A política de educação profissional no Governo Lula: um percurso histórico controvertido Educação &. Sociedade, vol.26, no.92, p.1087-1113, out 2005. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302005000300017&lng=pt&nrm=iso
KUENZER, Acacia Zeneida. A educação profissional nos anos 2000: a dimensão subordinada das políticas de inclusão. Educação & Sociedade, vol.27, n° 96, p. 877-910, out 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302006000300012&lng=pt&nrm=iso
Tema da Apresentação
INTRODUÇÃO
O percurso tomado pela política educacional no Governo Lula representa a disputa entre os setores progressistas e conservadores da sociedade brasileira pela hegemonia nesse campo. As mudanças que ocorreram no campo da educação profissional no Brasil no período revelam que a luta travada pelos setores progressistas para mudanças mais profundas na educação profissional foi marcada por conflitos e contradições. 
A principal meta de educação profissional, anunciada pelo Ministério da Educação ao início do Governo Lula, seria de reconstruí-la como política pública e corrigir distorções de conceitos e práticas, decorrentes das medidas adotadas pelo governo anterior. 
Como vimos, o governo FHC, através do Decreto 2.208/97, havia dissociado a educação profissional da educação básica, aligeirado a formação técnica em módulos dissociados e estanques, dando um cunho de treinamento superficial à formação profissional de jovens e adultos trabalhadores.
Tema da Apresentação
A HERANÇA DA POLÍTICA DO GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Além disso, no plano da formulação das políticas, o governo FHC, formulou o Plano Nacional de Qualificação do Trabalhador (PLANFOR). O PLANFOR, implementado de 1995 a 2002 pelo MT, teve como proposta articular as políticas públicas de Emprego, Trabalho e Renda, tendo como principal fonte de financiamento o FAT. Tinha como meta qualificar, por meio da oferta de Educação Profissional, pelo menos, 20% da População Economicamente Ativa (PEA), o que significou aproximadamente 15 milhões de pessoas com idade superior aos 16 anos, tendo em vista a inclusão no mundo do trabalho. 
As avaliações externas mostraram que o PLANFOR, além do mau uso dos recursos públicos, caracterizou-se pela baixa qualidade e baixa efetividade social, decorrente de sua precária articulação com as políticas de geração de emprego e renda, de sua desarticulação com as políticas de educação, e da ênfase em cursos de curta duração, focados no desenvolvimento de habilidades específicas.
Tema da Apresentação
A REVOGAÇÃO DO DECRETO 2.208/97
A regulamentação da educação profissional formulada a partir da LDB (Lei n. 9.394/96), pelo Decreto n. 2.208/ 97 e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino técnico e o ensino médio estava sendo contestada pelas forças progressistas da sociedade brasileira. Lutava-se pela modificação da política, apontando-se para a necessidade da construção de novas regulamentações, mais coerentes com a utopia de transformação da realidade da classe trabalhadora brasileira.
O Governo Lula, buscou inicialmente corrigir a política de educação profissional através da revogação do Decreto n. 2.208/97, restabelecendo a possibilidade de integração curricular dos ensinos médio e técnico, de acordo com o que dispõe o artigo n. 36 da LDB. Essa era uma correção relevante, em razão do seu fundamento político e por se tratar de um compromisso assumido com a sociedade. 
Tema da Apresentação
A OPÇÃO DOS SETORES PROGRESSISTAS
Com a eleição de Lula, os setores progressistas defenderam, num primeiro momento, a criação de um novo decreto que revogasse o 2.208/97, em vez da simples regulamentação dos artigos da LDB que abordavam a questão da educação profissional, porque acreditavam que haveria espaço para o aprofundamento dos debates.
Pensavam que um novo decreto seria um dispositivo transitório que que iria garantir a pluralidade de ações, mas também abriria espaços para uma maior mobilização da sociedade civil em torno do assunto. O que se pretendia era a (re)construção dos fundamentos da formação dos trabalhadores para uma concepção emancipatória. Acreditava-se que a mobilização da sociedade pela defesa do ensino médio unitário e politécnico, promoveria um fortalecimento das forças progressistas para a disputa por uma transformação mais estrutural da educação brasileira, levando a uma revisão profunda e orgânica da atual LDB.
Tema da Apresentação
O DECRETO 5.154/04
O Decreto mantem as diretrizes curriculares nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação, estabelece que a educação profissional deverá ser organizada por áreas profissionais, e deverá ser desenvolvida por meio de cursos e programas de: capacitação, aperfeiçoamento, especialização e atualização, em todos os níveis de escolaridade. Estes cursos poderão ser ofertados segundo itinerários formativos e englobam os níveis de:
	1. formação inicial e continuada de trabalhadores – Estes cursos deverão estar articulados preferencialmente, com os cursos de educação de jovens e adultos, objetivando a qualificação para o trabalho e a elevação do nível de escolaridade do trabalhador
	2. educação profissional técnica de nível médio – Estes cursos serão desenvolvidos de forma articulada com o ensino médio, podendo ocorrer de forma integrada, concomitante ou subseqüente (para quem já tenha concluído) ao ensino médio.
	3. educação profissional tecnológica de graduação e de pós-graduação
Tema da Apresentação
A MANUTENÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
A manutenção das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e para a Educação Profissional, após a edição do novo decreto, dá continuidade à política curricular do governo anterior, marcada pela ênfase no individualismo e na formação por competências voltadas para a empregabilidade. Reforça-se o viés adequacionista da educação aos princípios neoliberais.
O CNE, ao ratificar as diretrizes curriculares para o Ensino Médio e para a Educação Profissional, anteriores ao Decreto n. 5.154/2004, acaba por referendar a independência entre formação média e profissional, na medida em que estabelece que podem ser ministradas como partes autônomas, embora integrantes do mesmo curso. 
Tema da Apresentação
O RETORNO À FRAGMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS
Após um ano de vigência do Decreto n. 5.154/2004, a mobilização da sociedade civil esperada não ocorreu. O que se viu foi o inverso. De uma política consistente de integração entre educação básica e profissional, passou-se à fragmentação.
De fato, em julho de 2004, três dias após o Decreto n. 5.154/2004, foi anunciado um novo programa, o Escola de Fábrica, com um modelo restrito à aprendizagem profissional. 
Se o novo decreto restabelece a possibilidade do ensino integrado entre educação geral e formação específica, o novo programa colocava sob a tutela da lógica empresarial a formação dos jovens excluídos do mercado de trabalho e que não tiveram acesso à educação regular.
Tema da Apresentação
AS REFORMAS PARCIAIS E A POLÍTICA FRAGMENTADA
Apesar das declarações favoráveis à integração do ensino médio, apóso Decreto, o governo conduz sua política para o terreno das reformas parciais. De acordo com os setores progressistas, esperava-se que após a Lei 5.154/04 houvesse uma reforma integral do ensino médio, o que significaria uma revisão da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional na perspectiva da implantação de uma educação laica, gratuita, de qualidade, politécnica e de formação omnilateral. 
Mas a política de educação profissional do governo Lula se processou mediante programas focais, a exemplo dos seguintes: Escola de Fábrica, PROEJA, PROJOVEM.
Tema da Apresentação
A POLÍTICA 
Além do PROJOVEM e do PROEJA, existem outros vários projetos distribuídos entre ministérios, secretarias, secretarias especiais, alguns deles com seus respectivos conselhos, vinculados ao Plano Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego. 
Com o objetivo de viabilizar cada um desses projetos, são estabelecidas parcerias entre a Secretaria-Geral da República, ministérios, governos estaduais, municipais e outros órgãos federais, entidades da Sociedade Civil, empresas públicas e privadas, sempre prevalecendo a primazia do repasse dos recursos ao setor privado, por meio das redes ou franquias sociais. E, de modo geral, eles são muito parecidos, com pequenas especificidades, não justificando tamanha fragmentação de ações e pulverização de recursos. Como resultado, reproduzem-se estruturas, espaços e recursos, financeiros e humanos, para os mesmos fins, configurando-se uma clara estratégia populista de eficácia discutível. (KUENZER, 2002)
Tema da Apresentação
O PNQ
Esses programas integram a “nova” proposta de política pública de Educação Profissional do governo Lula, expressa no Plano Nacional de Qualificação (PNQ), para o período 2003/2007, que, nos documentos oficiais, apresenta três grandes objetivos: inclusão social e redução das desigualdades sociais; crescimento com geração de trabalho, emprego e renda, ambientalmente sustentável e redutor das desigualdades regionais; e promoção e expansão da cidadania e fortalecimento da democracia.
A nova proposta apresenta as seguintes concepções: o reconhecimento da Educação Profissional como direito, como política pública e como espaço de negociação política; exigência de integração entre educação básica e profissional, para o que a duração média dos cursos deveria passar a ser estendida para 200 horas; reconhecimento dos saberes socialmente produzidos pelos trabalhadores; a integração das Políticas Públicas de Emprego, Trabalho e Renda entre si e destas com relação às Políticas Publicas de Educação e Desenvolvimento; transparência e controle no uso dos recursos públicos (PNQ, 2003/2007).
Tema da Apresentação
ANALISANDO CRITICAMENTE OS PROGRAMAS IMPLEMENTADOS
A análise do PNQ evidencia a existência de um avanço conceitual significativo com relação ao PLANFOR. É possível afirmar que os programas trazem, no plano conceitual, as marcas progressistas do Partido dos Trabalhadores, do Governo Lula. Entretanto, quando se analisa a operacionalidade dos programas, é possível concluir que se trata de uma política de corte neoliberal. Presos às propostas neoliberais, os programas integram uma política focalizada de inserção social.
Implementa-se, na maior parte dos casos, um trabalho pedagógico empobrecido, despido de articulação teórica e de compromisso político. O currículo não traduz uma real integração entre as dimensões da educação formal, da educação profissional e da cidadania, nem propicia práticas interdisciplinares. Os programas acabam por adotar uma racionalidade instrumental, considerando o processo formativo em uma dimensão restrita, distanciando-se, nesta perspectiva, de uma formação de cunho emancipatório. Estão, portanto, longe de promover uma proposta educativa que integre ciência, conhecimento, cultura e trabalho, revelando-se incapazes de formar sujeitos autônomos e protagonistas de cidadania ativa. 
Tema da Apresentação
ANALISANDO CRITICAMENTE OS PROGRAMAS IMPLEMENTADOS
Em nome de uma proposta de educação para a inclusão social, os projetos trazem um amálgama de: a) qualificação social entendida como ação comunitária, b) aprendizagem de fragmentos do trabalho no espaço produtivo entendida como conhecimento científico-tecnológico, c) domínio de algumas ferramentas da informática e das linguagens entendido como capacidade de trabalho intelectual, d) discussão sobre algumas dimensões da cidadania entendida como capacidade de intervenção social. Embora estes elementos sejam fundamentais para a educação dos trabalhadores, a forma superficial e aligeirada, na maioria das vezes descolada da educação básica de qualidade, reveste as propostas de caráter formalista e demagógico. (KUENZER, 2002)
Tema da Apresentação
ANALISANDO CRITICAMENTE OS PROGRAMAS IMPLEMENTADOS
Os projetos não fazem referência à implementação de procedimentos pedagógicos que assegurem o desenvolvimento das competências complexas que caracterizam o trabalho intelectual. Em particular as que assegurem o exercício da crítica, da criação, da participação política ou do acesso aos conhecimentos necessários para enfrentar os desafios de uma sociedade cada vez mais excludente. Para atuar nessa sociedade, é fundamental o domínio de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos, com vistas à formação de um profissional com autonomia intelectual e ética. Ao contrário, vários dos projetos analisados, embora sutilmente, negam esta necessidade. (KUENZER, 2002)
Tema da Apresentação
ANALISANDO CRITICAMENTE OS PROGRAMAS IMPLEMENTADOS
Embora as mudanças ocorridas no mundo do trabalho passem a exigir ampliação da educação básica, à qual se integre formação profissional de natureza tecnológica, fundada no domínio intelectual da técnica como relação entre conhecimentos e competências cognitivas complexas, o que se vem oferecendo aos trabalhadores se resume à reprodução do conhecimento tácito. Kuenzer (2002), ao analisar as novas demandas de Educação Profissional derivadas das mudanças na base técnica, com a crescente utilização da base microeletrônica, que exigem cada vez mais domínio das categorias referentes ao trabalho intelectual em contraposição à centralidade do conhecimento tácito, típica do taylorismo/fordismo, afirma que:
(...) causa espanto (...) ao tempo em que as pesquisas levem a estas constatações, que as políticas públicas em vigor para todos os níveis de ensino proponham como tarefa à escola o desenvolvimento de competências entendidas como capacidades de realizar tarefas práticas, desvalorizando, e mesmo declarando desnecessário, o conhecimento científico. 
Tema da Apresentação
OS RESULTADOS DA POLÍTICA
Com a profusão de programas criados, foram abertos muitos canais de repasse de recursos para o setor privado, sob a coordenação de diferentes ministérios e da Secretaria-Geral da Presidência da República. Há o repasse de parte das funções do Estado para a sociedade civil, acompanhado do repasse de recursos, que acabam por fugir do controles públicos da União.
Os programas, do Governo FHC e do Governo Lula, não se diferenciam no que diz respeito à concepção das relações entre Estado e Sociedade Civil, que passam a se dar por meio de parcerias entre o setor público e o setor privado. Há, portanto, a continuidade de uma realidade que se generalizou no governo FHC e que, embora negada no plano do discurso, fortalece-se no Governo Lula: o repasse de recursos públicos para o setor privado, por intermédio de parcerias justificadas pela "impossibilidade" do Estado cumprir suas funções. 
Tema da Apresentação
OS RESULTADOS DA POLÍTICA
Assim, do ponto de vista do repasse de recursos públicos para a iniciativa privada, no Governo Lula não houve avanços no sentido da publicização, permanecendo, e de modo mais intenso, a mesma lógica: o repasse de parte das funções do Estado, e dos recursos para a sua execução, para o setor privado, sob a alegação da eficácia e da ampliação da capacidade de atendimento, a ser operacionalizada pelasparcerias com instituições privadas.
Sob o discurso da parceria entre o Estado, a Sociedade Civil e o setor empresarial, a partir do entendimento de que as organizações da Sociedade Civil tendem a obter melhores resultados entre o público jovem em situação de vulnerabilidade social, e que essas instituições são capazes de chegar a lugares onde o Estado não chega estão sendo carreados recursos para o setor comunitário realizar a função do Estado no tocante à Educação Profissional, sem que haja indicações, por parte das avaliações dos programas, de que os projetos estão atingindo suas finalidades. 
Tema da Apresentação
OS RESULTADOS DA POLÍTICA
De modo geral, a oferta gratuita, pelos setores público e comunitário, é quantitativamente insignificante e pouco aderente às demandas dos excluídos. Os resultados não evidenciam outra possibilidade de inclusão senão por intermédio da realização de trabalhos precarizados e predominantemente eventuais. 
As pesquisas mostram a falta de efetividade social dos programas que vêm sendo desenvolvidos, que se revestem de caráter fragmentado, assistencialista e compensatório, sem que se configurem de fato como política pública. Não é de estranhar, portanto, a reivindicação feita pelos gestores públicos da Educação Profissional, para que esses inúmeros projetos que fragmentam as ações e os recursos, atribuindo a execução ao setor privado, sejam substituídos por uma política de Estado que contemple, de forma orgânica, o financiamento e a gestão pública, comprometidos com o bom uso dos recursos públicos, a ser assegurado pelos controles públicos da União.
Tema da Apresentação
CONCLUSÃO
Não obstante toda a expectativa em contrário, a vitória das forças conservadoras tem feito predominar a manutenção de princípios e práticas que orientaram as reformas no Governo Fernando Henrique Cardoso.
O Governo Lula, também no campo da educação profissional, assumiu apenas marginalmente, o projeto discutido com as forças progressistas no período pré-eleitoral 
Conclui-se que, embora o PNQ apresente avanço conceitual, os programas e projetos que dele se derivaram propõem outra concepção epistemológica, que privilegia a prática em detrimento da teoria, as relações sociais sobre as práticas educativas intencionais e sistematizadas, o relativismo sobre o realismo.
Tema da Apresentação

Outros materiais