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9/08/2016 DIREITO PENAL Direito penal é uma ciência que estuda os comportamentos humanos que constituem crime desde que tenham correspondência na lei. Com base nisso o direito penal se fundamenta em 2 princípios fundamentais: - Princípio da legalidade estrita: segundo o qual o comportamento humano praticado somente será considerado crime de estiver descrito na lei, igualmente também deverá ter previsão legal a sanção correspondente ao crime praticado, que deverá ser proporcional a gravidade do delito praticado. O principio da legalidade é estrito porque a adequação do comportamento humano praticado a lei deve ser total, ou seja, deve corresponder não apenas aos elementos objetivo mas também ao elemento subjetivo que corresponde a intenção especifica daquele que praticou a ação que se chama dolo. Por conta disto, no âmbito penal nunca será possível suprir a lacuna legal com analogia. - Principio da anterioridade: a lei que descreve o comportamento típico que constitui crime deve preexistir a ocorrência concreta deste mesmo fato. Portanto o fato praticado é que deve se adequar a lei, e não o inverso. Por conta do principio da anterioridade decorre os princípios que informa a lei penal no tempo. Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. b) princípio da anterioridade da lei penal: Por tal princípio, a norma penal (diga-se, a mais severa) só se aplica aos fatos praticados após sua vigência. Novamente neste ponto a Constituição Federal recepcionou tal garantia penal, pois prevista no inc. XL do seu art. 5.º. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Lei penal no tempo Como regra, aplica-se a lei penal vigente ao tempo da pratica do fato, entretanto pode ocorrer do fato ser praticado sob a vigência de uma lei e ao mesmo tempo do processo julgamento do autor deste fato, já estar vigendo uma nova lei que dispõe de modo diferente sobre o fato praticado, o julgador deverá escolher qual das leis aplicar observando: Retroatividade: segundo o qual a lei nova somente poderá ser aplicada ao fato praticado anteriormente á sua vigência, se, de alguma forma beneficiar o réu. Abolito criminis: Configura como hipótese de que a retroatividade de lei mais benéfica deverá ser aplicada ao condenado. Traduz-se no termo latim utilizado para decretar a abolição do crime, ou seja, quando nova lei penal descriminaliza fato que a lei anterior considerava como crime. Neste sentido, a lei passada é revogada e o fato típico, então, passa a constituir fato atípico. NOVATIO LEGIS IN MELLIUS: É a lei nova mais favorável que a anterior. Essa tem plena aplicação no Direito Penal Brasileiro, prevista pelo Código Penal, em seu artigo 2º, parágrafo único e pela Magna Carta, em seu artigo 5º, XL. Vale dizer que, não importa o modo pelo qual a lei nova favoreça o agente, ela será aplicada a fatos pretéritos a sua entrada em vigor. Irretroatividade: se a lei nova prejudicar de alguma forma o réu, ela não poderá ser aplicada ao fato ocorrido anteriormente á sua vigência. Novatio Legis: É a hipótese da lei nova que vem a tornar fato anteriormente não incriminado pelo direito penal como fato incriminado, como fato típico. A lei nova que incrimine o praticante de fato que ao tempo da prática não era típico, não poderá ser aplicada, pois é irretroativa. Ao tempo da prática, determinado fato não era considerado crime pelo Direito. Ultra atividade: todas as vezes que a lei nova for prejudicial ao réu e por isso não puder ser aplicada ao fato ocorrido anteriormente a sua vigência, o julgador estará autorizado a aplicar a lei anterior revogada que se tornará ultra ativa, ou seja, somente poderá ser aplicada naquele caso. Fenômeno pelo qual uma norma jurídica é aplicada a fato ocorrido após a sua revogação.
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