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13 de setembro

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13/09
Erro do tipo
Art.20/CP
 Essencial 
Escusável ou inevitável 
- exclui dolo ou culpa
- pode ser desculpável 
Exemplo: a pessoa no aeroporto pegou uma mala igual a sua achando que era sua, porém, era de outra pessoa e devolveu para seu dono -> é um erro que pode ser desculpável 
Inescusável ou evitável
- exclui dolo, mas não exclui culpa
Exemplo: homem que matou o próprio filho em casa, achando que era um ladrão
Acidental: sempre haverá responsabilidade penal de acordo com a intenção do sujeito.
Erro sobre pessoa: o agente, com dolo, pratica o tipo penal em pessoa diversa da que pretendia.
A pessoa responde de acordo com o dolo dele. 
Erro de execução: ao invés de atingir a pessoa pretendida, atinge outro. 
Exemplo: veneno para uma pessoa e a outra pessoa toma. 
OBS: ambos acima são de pessoa para pessoa! 
Resultado diverso do pretendido: “Aberratio Criminis” quer dizer que o agente, por erro na execução, comete crime diverso daquele pretendido.
Exemplo: a pessoa atira na vitima e acaba acertando uma loja; (responderá por culpa e não por dolo) 
A pessoa quer acertar uma loja e atinge uma pessoa. 
Exemplo 2: Alguém movido pelo ciúme e embriagado, o que lhe retira o dolo mesmo eventual da ação, provoca incêndio em colchão que guarnece a cama do amante, propagando-se o fogo, contra sua expressa vontade e apesar de seus esforcos, pela residência.
No caso em tela, invés do agente, movido pelo dolo, provocar apenas o dano no colchão, por erro na execução e contra sua vontade, acaba incendiando a residência inteira. Neste exemplo, aplica-se o concurso formal de crime, uma vez que a intenção do agente era praticar o dano, no entanto, acabou praticando também o crime de incêndio.
OBS: neste caso, pode ocorre de pessoa para coisa e de coisa para pessoa.
Erro de execução ou “aberatio ictus” (art. 73/ CP – 2ª parte) – erro de execução com resultado duplo 
“Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Resultado diverso do pretendido”
 TESE – A com intenção de matar B 
- A quer matar B (doloso), porém, acaba matando B (culposo) – A responderá por crime doloso com acréscimo do art.70/CP 
“Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime continuado”
- A tenta matar B, mas só o fere (tentativa de homicídio) e acaba ferindo C (lesão culposa) – A responderá por tentativa de homicídio com acréscimo do art.70 
- A quer matar B, mas só o fere, porém, acaba matando C – A responderá por homicídio doloso e consumado com acréscimo do art. 70
- A mata B (homicídio doloso e consumado) e fere C (lesão culposa)
 Concurso de crimes: quando um sujeito praticar 02 ou mais crimes – concurso formal (art.70) 
OFENDÍCULOS
 Causas excludentes de ilicitude ou de antifuricidade (art.23)
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Estado de necessidade
 Essa ilicitude ou antijuridicidade, contudo, consistente na relação de contrariedade entre a conduta típica do autor e o ordenamento jurídico, pode ser suprimida, desde que, no caso concreto, estejam presentes uma das hipóteses previstas no artigo 23 do Código Penal: o estado de necessidade, a legítima defesa, o estrito cumprimento do dever legal ou o exercício regular de direito.
 A incidência da excludente da ilicitude, conduto, não pode servir de salvo conduto para eventuais excessos do autor, que venham a extrapolar os limites do necessário para a defesa do bem jurídico, do cumprimento de um dever legal ou do exercício regular de um direito. Havendo excesso, o autor do fato será responsável por ele, caso restem verificados seu dolo ou sua culpa. Nesse sentido é a regra do parágrafo único do artigo 23 do Código Penal.
 Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
 § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
 Como primeira causa de exclusão da ilicitude, arrolada no inciso I do artigo 23 do Código Penal, o estado de necessidade se configura quando a prática de determinado ato, descrito como crime, é voltado à defesa de direito do autor ou de outrem, motivado por situação de fato que ele não provocou e que também era inevitável.
- Estado de necessidade defensivo: ocorre quando o agente pratica o ato necessário contra a coisa ou animal do qual promana (nasce) o perigo para o bem jurídico. 
Exemplo: A, atacado por um cão bravo, vê-se obrigado a matar o animal.
- Estado de necessidade agressivo: ocorre quando o agente se volta contra pessoa ou coisa daquela da qual provém o perigo para o bem jurídico. 
Exemplo: gato preso pra fora entre a tela de proteção e a janela, um grupo de pessoas invade o apartamento dos donos para salvar o gatinho. 
 Legítima defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
 A legítima defesa ocorre quando seu autor pratica um fato típico, previsto em lei como crime, para repelir a injusta agressão de outrem a um bem jurídico seu ou de terceiro.
Tal agressão deve ser proveniente de ato humano, caso contrário, poderá restar  caracterizado o estado de necessidade.
E, assim como no estado de necessidade, a legítima defesa também pressupõe uma agressão atual ou iminente (prestes a ocorrer). Outrossim, deve ser injusta, não cabendo invocá-la quando a agressão ao bem jurídico decorre de provocação do autor.
De outro lado, a ação do autor, para que seja reconhecida como excludente da ilicitude, deve se dar com o emprego moderado dos meios necessários para repelir agressão, exigindo a lei que aquele mensure os meios necessários para resguardar o bem jurídico tutelado.
O excesso do autor, aquilo que extrapolar o necessário para a defesa do bem jurídico em ameaça, não será albergado pela legítima defesa e é passível de responsabilização, na hipótese de haver dolo ou culpa.
LEGÍTIMA DEFESA X ESTADO DE NECESSIDADE
No estado de necessidade há conflito entre vários bens jurídicos diante de uma situação de perigo, que não pode ser prevista, em que o perigo decorre de comportamento humano, animal ou ainda por evento da natureza. Deste modo, o perigo não tem destinatário certo e os interesses em conflitosão legítimos.
Já na legítima defesa, há ameaça ou ataque por pessoa imputável, a um bem jurídico, podendo este ser de outrem. Trata-se, portanto, de agressão humana, que possui destinatário certo e os interesses do agressor são ilegítimos. Tem como requisito subjetivo o conhecimento da situação de fato justificante e como requisitos objetivos a proteção de direito próprio ou alheio, uso moderado dos meios necessários (não adiantando encontrar o meio necessário e sim usá-lo moderadamente, ou seja, de maneira suficiente a repelir a agressão), que seja injusta a agressão e que ela esteja ocorrendo ou prestes a ocorrer. 
Certo é que, na legítima defesa temos uma ação defensiva com aspectos agressivos, enquanto que no estado de necessidade a ação é agressiva com o intuito defensivo.

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