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Teoria Geral do Contrato Ana Maria Blanco 2016/1 III Noção Conceitual de Contrato Leitura obrigatória: Artigo Judith Martins-Costa Entendimento do contrato como negócio jurídico que possui a declaração de duas ou mais vontades que se acordam. Este acordo de vontades pode ou não estar em contrato, pois compreende-se que este não é o escrito, assim como não é a disputa das partes contratantes, ou seja, estas não são rivais. Aqui, lembra-se da cooperação entre estes para realizarem suas vontades da melhor e mais eficaz maneira possível. É uma lei entre as partes. Vocação natural – O contrato naturalmente promove a circulação de riquezas na sociedade. Condições de Validade do Contrato b1. Requisitos de Validade Art. 104, CC. I – Agente capaz II – Objeto lícito, possível, determinado/determinável. III – Forma prescrita e não defesa em lei. I – O negócio jurídico que uma das partes não possuir a capacidade civil, por regra geral, não possuirá eficácia; Será inválido. III – Forma prescrita ou não defesa em lei Regra geral: Art. 107, CC. - Liberdade de formas. Com base no artigo 107 do Código Civil, a validade da declaração de vontade não depende de forma especial, a menos que esta esteja prevista em lei. (art. 108, cc) Art. 108, CC - Previsão em lei. Negócios jurídicos que visem constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a 30x o maior salário mínimo vigente no País, deverão ocorrer diante instrumento público. Art. 109, CC - Prévia combinação do Instrumento Público Quando combinado que seria feito por instrumento público e acabou não acontecendo, este negócio acaba tornando-se inválido. b2. Hipóteses de Invalidade b2.1) Nulidade (art. 166 a 170, CC) Um negócio jurídico nulo "não produz efeitos". Ele é inválido, assim como tudo o que sucede dele. Hipóteses de nulidade pelo art. 166, CC: Incapacidade absoluta de agente. Ilicitude, impossibilidade ou indeterminabilidade do objeto. Ilicitude de motivo determinante comum. Não revestir forma prescrita em lei. For prescrita alguma solenidade que a lei considere essencial para a validade Tiver por objeto fraudar lei imperativa A lei taxativamente declarar nulo ou proibir determinada prática. Simulação do Negócio Jurídico, art. 167, CC. Aparentar conferir/transmitir direitos a pessoas diversas daquelas as quais realmente se conferem ou transmitem estes direitos. Declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira. Instrumentos ante ou pré-datados. b2.2) Anulabiliadade (art. 171 CC) Um negócio jurídico anulável pode ser anulado ou não, e ocorre por incapacidade relativa do agente ou por vícios, sendo estes o erro, o dolo, a coação, o estado de perigo, a lesão ou a fraude contra credores. Erro, art. 139 a 144, CC. "Erro substancial" Dolo, art. 145 a 150, CC. Indução em erro. Intencionalidade e utilização de recursos fraudulentos. Coação, art. 151 a 155, CC. "Fundado temor (ameaça/agressão física/psicológica) de dano iminente à pessoa, sua família ou ao seu patrimônio." Art. 152 - Circunstâncias a serem observadas – lista aberta. Identidade de gênero, idade, condição, saúde, temperamento, etc. - Sempre partir da perspectiva da vítima. Coação Indireta – praticada por terceiro. Beneficiado possui conhecimento ou dever de conhecer – art. 154, CC. Cabe anulabilidade e responsabilidade civil solidária entre beneficiado e terceiro. Beneficiado não possui conhecimento ou dever de conhecer – art. 155, CC. Responsabilidade civil do terceiro, preservando o negócio jurídico. d. Estado de Perigo, art. 156, CC. "Premente necessidade de solver-se ou solver familiar", grave dano que já tenha se concretizado, o conhecimento do contratante quanto esse dano e necessidade, e, por isso, a obrigação excessivamente onerosa, configuram o estado de perigo. Ex: Pessoas ilhadas em alguma cidade, e vendedor aumenta excessivamente o valor do galão de água. e. Lesão, art. 157, CC. Quando prejudicado/lesado demonstra necessidade ou inexperiência e o contratante se aproveita do fato para propor valores desproporcionais, onde vítima não possui condições de assim classificá-los no momento, pela falta de experiência, ou não tem outra alternativa. f. Fraude contra credores, arts. 158 a 165, CC. Pressupostos essenciais: Anterioridade do crédito Ato de redução do patrimônio ativo (compra, venda, doação) Insolvência - perda da capacidade de solver (cumprir) as obrigações anteriormente assumidas. Prejuízo do credor Pressupostos não essenciais: São pressupostos não essenciais aqueles que não são necessários para que haja a configuração de fraude contra credores, porém, quando existentes, servem para o agravamento do caso em questão. ______________________________________________ Esquema geral c. Obrigação Deveres de prestação Deveres de prestação são os deveres relacionados à obrigação instituída expressamente ou implicitamente pela vontade das partes e subdividem-se em deveres principal e secundários. Dever principal - Primário Constituem o núcleo da relação obrigacional, tendo em vista sua finalidade - é a ALMA da relação obrigacional. Deveres Secundários - Acidentais São deveres relacionados ao cumprimento do dever principal e subdividem-se em meramente acessórios ou secundários com prestação autônoma. Meramente acessórios - Anexos São deveres que preparam/asseguram o cumprimento do dever principal. Com prestação autônoma São os deveres que têm lugar quando o dever principal está prejudicado em alguma medida, ou totalmente. Poderá ser sucedâneo ou concomitante/coexistente. Sucedâneo Surge diante da impossibilidade de cumprimento do dever principal, normalmente se traduzindo como uma indenização, tendo em vista a inviabilidade do dever principal. Concomitante Trata-se de deveres que impõem na hipótese do cumprimento do dever principal se dar de maneira imperfeita ou relativa. Deveres instrumentais ~pegar com nic o conceito de dever instrumental ______________________________________________ Esquema geral d. Princípios Contratuais Liberdade Em exame mais detido de como a Liberdade se apresenta na área contratual (âmbito do direito civil/privado), estamos diante da Livre Iniciativa Econômica. Da diferença entre liberdade de contratar e liberdade contratual: Enquanto a liberdade de contratar é uma faculdade jurídica, referindo-se à possibilidade de escolher contratar ou não, a liberdade contratual trata da possibilidade de escolher os termos do contrato e os efeitos jurídicos decorrentes. Ambos decorrem da autonomia privada. Liberdade Eticamente Situada, art. 421, cc. "A liberdade será exercida em razão e nos limites da função social do contrato" *Lógica do regramento de conduta. Função Social do Contrato A função social da propriedade e do contrato são ideias novas, realmente implementadas no ano de 2002, com o novo Código Civil. Basicamente, o princípio da função social do contrato se refere à qual a finalidade do contrato a ser fechado, combinado com qual impacto este terá no meio social, se vai gerar a circulação de riquezas ou simplesmente acumulá-las ou monopolizá-las, por exemplo. É uma referência, mas também um limite para o exercício da liberdade no âmbito contratual. Judith Martins-Costa se propôs a estudar toda a literatura gerada pelos "doutrinadores perdidos" para reconhecer quais os momentos em que a função social do contrato era exercida. São dois os tipos de eficácia (aplicabilidades com efeitos), aquela entre os sujeitos do contrato (intersubjetiva), e a que transcende os sujeitos do contrato (transubjetiva). Intersujetiva – Entre os sujeitos Transubjetiva – transcende os sujeitos Contratos que instrumentalizam a propriedade dos bens de produção Institui a utilização dos bens em razão de sua destinação. ex - uma empresa fechando e trabalhadores cotistas desta empresa. a. Tutela externa do crédito Impõe a terceiros, deveres de não interferência na esferajurídica dos contratantes. Desenvolvida através da leading case (penzoil x getty oil + texaco), possuindo o objetivo de proteger o contrato da influência de terceiros. b. Contratos que instrumentalizam necessidades essenciais da pessoa humana e políticas públicas. Ex- empresa de remédios decide quebrar contrato com comerciante 1, para vender para concorrente, visando maior lucratividade. -> Produto encarecido, sócio 1 "à mercê"; este poderá ter que demitir funcionários. b. Contratos com interdependência funcional Verifica-se nas hipóteses de redes contratuais. Impõe a consideração da unidade finalística alcançada por vários contratos que, embora autônomos uns dos outros, estão relacionados. Ex – reforma do beira-rio; todos os contratantes possuem a mesma finalidade; se uma parte descumprir/não executar adequadamente, desencadeia outra série de problemas para todas as outras partes. c. Contratos comunitários Ex- consócio c. Consideração da eficácia Eficácia positiva ou negativa do contrato na esfera jurídica de terceiros não determinados – tutela de bens jurídicos cuja titularidade é coletiva, difusa ou individual-homogênea. Ex - Pão de Açúcar e Carrefour; a concentração de mercado geraria preços absurdos, pois haveria menos concorrência. Confiança O princípio da confiança trata da tutela da legítima expectativa, que é aquela expectativa gerada por situação que foi alimentada pela outra parte. Boa-fé Subjetiva Convicção psicológica individual de agir conforme o direito; crer que age corretamente. Refere-se à perspectiva interna do sujeito. É o agir de boa-fé. Objetiva* Padrão de conduta proba, leal, transparente, honesta, correta, que leva em consideração os interesses do parceiro(a) contratual. Refere-se à perspectiva externa do comportamento do sujeito. É o agir segundo a boa-fé. A boa-fé objetiva trabalha em três funções. Critério de interpretação de negócio jurídico; art 113, CC. Ex: Parte 1. Jonilda. Pecuarista Teve acesso ao ensino superior Quer vender uma área de seu campo. Parte 2. Pedroso. Pecuarista Não teve acesso ao ensino superior Tem interesse em comprar determinada área. *Promessa de compra e venda; sem menção do valor total da área. Forma de pagamento: R$700.000,00 na data da assinatura da promessa + 300 cabeças de gado em 30 dias + R$100.000,00 em 2x ________________________________ R$50.000,00 + R$ 50.000,00 ou R$100.000,00 + 100.000,00? Critério balizador do exercício de direitos e posições jurídicas; art 187, CC Ex: Compra e venda de apartamento na planta, com entrega prevista para abril/2017; Em março, não estão com a obra adianta o suficiente para que a entrega seja realizada na data prometida. Assim, os credores podem recorrer ao vencimento antecipado. Fonte criadora de deveres jurídicos instrumentais; art. 422, CC. O dever de zelar pela integridade física do parceiro contratual; Dever de não agravamento de risco; etc. Ex: Cavalo que não pode ser conduzido com chicote; AVISAR. ________________________________________________ Conceitos extraídos de Cristiano Zanetti (responsabilidade pré contratual) e Judith Martins-Costa (obrigações; Boa-fé) Adimplemento Substancial Trata-se do afastamento do exercício de direito potestativo extintivo e, portanto, da resolução do contrato, tendo em vista o expressivo cumprimento da prestação devida. Inadimplemento antecipado Trata do afastamento da exigibilidade de uma prestação a possibilidade de extinção da relação contratual, tendo em vista a verificação do inadimplemento da contraprestação correspondente. Supressio *Suprimo direito. Impede a exigibilidade de uma prestação se o titular permaneceu inerte por longo tempo, de forma a criar, na contraparte, a legítima expectativa de que a mesma não mais seria exercida. Surrecio *adquiro direito/ um fazer reiterado cria direito para outro. Compreende um fazer prolongado, uma conduta reiterada que era a expectativa legítima, na contraparte, de que certa situação persistirá. Teoria dos atos próprios Venire Contra Factum Proprium Indica o exercício de uma posição jurídica em contradição com o comportamento anteriormente adotado por uma das partes na relação contratual. ; “Disse que ia fazer uma coisa, mas fez outra” Tu Quoque Veda o exercício de situação jurídica obtida em decorrência da prévia violação que confere a vantagem ao agente. No campo contratual, a tu Quoque guarda relação direta com a noção de sinalagma, na medida em que serve para ampliar a extensão da exceção do contrato não cumprido, vedando que aquele contratante que ponha em risco o programa contratual possa exigir que o outro cumpra sua prestação. Anotação: não pode obter vantagem a partir de violação de uma norma contratual. Ex: sair de carro e deixar chave dentro – agravamento de risco. Exceção do contrato não cumprido Exceptio non rite adimpleti contractus Trata-se da vedação do exercício da prestação por uma das partes contratantes em relação à prestação da outra, sempre que o primeiro não cumprir, também, com a sua prestação. Anotações: Tem lógica de não permitir exigência de prestação devida, se eu não o fiz. Diferença substancial: Tu Quoque refere-se à violação de regra antes de sua exigência, enquanto a exceção de contrato não cumprido trata da interdependência na relação. Ex: compra e venda – tem que pagar, tem que entregar. Relatividade contratual Regra de que contratos só produzem efeitos jurídicos perante as partes contratantes. Se alguém não é parte, jamais sofrerá efeitos da relação contratual e só as partes contratantes terão legitimidade de exigência de prestação. Força obrigatória do contrato Pacta Sunt Servanda Princípio que institui cumprimento do contrato, zelando pela preservação do vínculo, ainda que por meio coercitivo, sendo estes os meios judiciais à disposição, uma vez que proibida a autotutela. “Toda relação começa pelo exercício da liberdade e considera o contexto social em que se insere, baseando-se no princípio da confiança e da correta postura e boa conduta (boa-fé), e que o contrato só surgirá efeito entre eu e meu parceiro. Se todos os fatores estiverem OK, há a força obrigatória do contrato, com lógica de preservação de vínculo” e. Formação dos Contratos Por Proposta e Aceitação O contrato se dá pela ”cola” da proposta de uma parte, com a aceitação da outra. Mesmo que alguma parte da proposta não se especifique no contrato, pode ser exigida. Proposta a sujeito determinado Conceito Trata-se de negócio jurídico unilateral recepctício, seus efeitos jurídicos dependem do conhecimento da proposta por aquele a quem ela se dirige. Requisitos Toda proposta deve ser Completa Em relação ao contrato que se pretende realizar; Firme Adequada formalmente Elementos Subjetivos Capacidade do proponente Legitimidade do proponente Objetivos Declaração frente ao destinatário da proposta Observância da forma determinada em lei Não infringência de lei, “bons costumes” e boa-fé. Oferta ao público a sujeito indeterminado Não é recepctícia, não preciso provar reciprocidade, uma ver que é pressuposta. Noção conceitual Trata-se de negócio jurídico unilateral cujo elemento recepctício se pressupõe pelos meios empregados para sua veiculação. Está dirigida a um círculo indeterminado de pessoas. Tento pode visar a realização de um só contrato, quanto a realização de vários contratos. Características Indeterminação pessoal do destinatário Fungibilidade da pessoa do futuro contratante Anúncio público como meio de difusão. Eficácia da proposta Art. 427, CC. “A proposta obriga o proponente”, ou seja, o vincula aos termos da proposta, salvo se o contrário não resultar: [críticas] Dos termos dela; Aí não é proposta, é convite. É uma exceção desnecessária quando se sabe dos fundamentos do contrato, uma vez que não preenche requisito de firmeza. Da natureza do negócio: não existe contrato cujo conteúdo excepcione a vinculabilidade. Das circunstâncias do caso; única possibilidadeverdadeira de exceção. Todos os requisitos preenchidos, proposta feita, porém, pessoa morre ou torna-se incapaz. Casos possíveis da extinção das circunstâncias do caso: contratos com obrigações personalíssimas + superveniência, incapacidade ou morte. Art. 428, CC. Deixa de ser obrigatória: Entre presentes; Imediatidade da comunicação; Quando há prazo, exclui-se a obrigatoriedade quando a aceitação não ocorrer dentro deste. Em caso de inexistência de prazo, exclui-se a mesma quando não houver a aceitação imediata. Entre ausentes Quando não há prazo, exclui-se obrigatoriedade se decorrer tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente. Quando há, exclui-se a mesma quando não escrever resposta (expedição) no prazo. Retratação entre ausentes e presentes: Se antes ou concomitantemente do recebimento da proposta, chegar ao conhecimento do destinatário a retratação. Art. 429, CC. Caput: a oferta equivale à proposta, salvo circunstâncias ou uso. Equivaler não é ser igual. Circunstâncias: morte ou incapacidade, num contrato personalíssimo. Uso: se este meio não demonstrar falta de firmeza, não pode ser considerada uma oferta ao público, uma vez que não está preenchendo todos os requisitos. § único Pode revogar-se a oferta pela mesma via de divulgação desde que ressalva essa possibilidade na própria oferta. *Se alguma possibilidade de "desfazimento" da obrigação proposta for prevista em anúncio, não será uma revogação. Ex: "Até acabarem os estoques". Art. 30, CC. Tratamento jurídico de acordo com o CDC Proposta a sujeito indeterminado; oferta ao público. Completude: Necessária a toda informação ou publicidade. Adequação formal: veiculado por qualquer forma. Produtos e/ou serviços oferecidos e apresentados. Obriga/vincula o fornecedor aos termos da proposta. Art. 31, CDC. Necessidade da informação minuciosa do produto ou serviço. Art. 32, CDC. "Oferta" de componentes e peças; Continuidade na assistência ao consumidor do produto em questão. Art. 33, CDC Oferta por telefone ou reembolso postal. § único; vedada a publicidade de bens ou serviços por telefone mediante chamada onerosa, ou seja, o custo não poderá ser do consumidor. Art. 34, CDC Fornecedor solidariamente responsável por ato de seus prepostos ou representantes autônomos. Ex: vendedor dá valor errado, fornecedor terá de arcar. Art. 35, CDC Recusa ao cumprimento da oferta Inadimplemento contratual – o contrato já foi feito. Lógica de promoção do cumprimento do contrato. * Neste caso caberá o cumprimento forçado, outro produto/serviço equivalente ou resolução (fim) do contrato. Aceitação Noção conceitual: resposta afirmativa. Natureza jurídica: negócio jurídico unilateral recepctício. Tipos de aceitação Escrita Verbal Gestual Comportamentos concludentes Quem cala NÃO consente, exceto em caso de usos e costumes, em dispensa de declaração de vontade ou aceitação expressa. Eficácia Contraproposta não é eficácia, uma vez que não gera vínculo. Art. 430, CC Extravio da aceitação e seus efeitos Art. 433, CC Retratação da aceitação e seus efeitos – junto ou antes do recebimento da aceitação. Art. 434, CC Eficácia da aceitação nos contratos entre ausentes Regra geral: CAPUT – os contratos entre ausentes presumem-se concluídos desde a expedição da aceitação. Exceções: Incisos do art 434. CC. Hipóteses do art 433, CC - retratação. proponente estiver comprometido a esperar resposta. se a aceitação não chegar no prazo que fora convencionado/estipulado. Crítica: Eficácia só ocorre quando há o conhecimento da aceitação. Expedição faz-se necessária para saber se prazo foi cumprido. Art. 435, CC Reputa-se celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. Partes podem fazer com que isso seja alterado, através de uma regra dispositiva. Por Declarações Negociais Conjuntas Noção conceitual Trata-se de formação baseada em declarações de conteúdo idêntico que exprimem o acordo contratual num só texto subscrito por ambas as partes, texto comum que deve observar requisitos de completude, precisão e adequação formal. Características É composto por fases. Regula-se, sobre tudo, pelos princípios contratuais. Aplica-se a contratos sujeitos à forma escrita. Contratos com especial complexidade técnico-jurídica. Contratos plurilaterais. Fases do processo formativo Fase preliminar: fase preparatória e de desenvolvimento do futuro contrato. Troca de informações Convites para contratar Prospecções do futuro contrato Declarações de opção Redação de minutas Acordos pré-contratuais Fase do acordo pré-contratual final: Redige-se minuta contratual - rascunho/esboço do que será o instrumento contratual. Minuta: fidedigna à fase preliminar, e tutelada pelo princípio da confiança. Fase da conclusão do contrato Instrumento contratual Declarações negociais conjuntas no instrumento contratual Contratos Consigo mesmo Quando a pessoa representa uma parte, e também é a outra. Conceito: Trata-se de uma hipótese de formação do contrato, em que a vontade de cada uma das partes é declarada por uma única pessoa que está em duas situações jurídicas subjetivas distintas, na qualidade de parte, representando a si mesmo, e na qualidade de representante da outra parte. Regulação pelo art. 117, CC. Contratos reais São os que se formam mediante a entrega da coisa/objeto do contrato como requisito constitutivo do negócio, ou seja, se a coisa não estiver entregue, não formou o contrato. - TRADIÇÃO. Hipóteses: Comodato (art. 579 a 585, CC); Mútuo (arts. 586 a 382, CC) e Depósito (art. 627 a 652, CC) Contratos formados por adesão Noção conceitual São contratos cuja conclusão se dá pela adesão de uma das partes às condições gerais de um negócio, estipulados pela outra parte. Podem ou não ser precedidas por uma fase preliminar sob a lógica da proposta e aceitação ou por uma fase preliminar sob a lógica de extensa negociação. De um lado, uma parte redige previamente as cláusulas do negócio, do outra, a adesão por parte da outra parte, das cláusulas previamente articuladas. Condições gerais do negócio São cláusulas redigidas ou forma unilateral e uniforme por um dos contratantes, com o objetivo de integrarem-se em um número indeterminado de relações jurídicas Características CGN Pré-disposição unilateral Redação genérica Redação abstrata Rigidez quanto conteúdo. Tratamento jurídico CC/ 02 Art. 423, CC - interpretação mais favorável ao aderente. Art. 424, CC – nulidade de cláusulas prejudiciais a direitos resultantes do negócio. CDC Art. 54, CDC – ainda que haja inscrição de uma clausula, não desconfigura adesão. Resolução por inadimplemento Legível - fonte 12 Imediata e fácil compreensão quando não favorecer consumidor (ex: cláusula de agravamento de risco) f. Classificação dos contratos Quanto a Tipicidade Típicos Os contratos típicos são aqueles cujo modelo jurídico encontra-se previsto em normas legislativas de um dado sistema jurídico, sendo ilícita a prática destes de maneira atípica Art. 425, cc) Atípicos Os contratos atípicos são aqueles cujo modelo jurídico não é fixado em lei. Atípicos Puros São inteiramente diversos dos tipos legislativos, resultantes da importação de tipos de outros sistemas jurídicos. Atípicos Mistos São atípicos mistos por se utilizarem de um ou mais tipos de referência. Tipo modificado São oriundos de um tipo legislativo que serve como referência, mas que transcendem os limites do mesmo. Tipo múltiplo Estruturados por meio da combinação de mais de um tipo de referência, podendo haver prestações dos tipos de referencias em lados contrapostos. Ex: contrato de viagem que envolve transporte, alimentação, hospedagem, prestação de serviços, etc. Depois, ler as teorias pelas quais se define o tratamento jurídico dos contratos atípicos. Quanto a Formação Formados por adesão Aplica-se o disposto nos artigos 423 e 424, CC, sem prejuízo das disposições do CDC quando a relação for de consumo. Contratosnegociados Por proposta e aceitação - aplica-se o disposto nos arts. 427 a 435, CC, sem prejuízo de dispositivos pertinentes do CDC, conforme o caso; Declarações negociais conjuntas – assume especial relevância os princípios da confiança e boa-fé objetiva, uma vez que as tratativas são intensificadas e, muitas vezes, vinculantes. Contratos consensuais Adesão Negociado Ambos concentrando o tratamento na questão do consentimento expressado. Contratos reais Exceção que compreende alguns poucos tipos contratuais (mútuo, comodato e depositado), centra0se seu tratamento na tradição da coisa. Quanto a Forma Solenes Aqueles cuja forma é taxativamente fixada em lei, ou seja, é vinculada constituindo elemento essencial do negócio jurídico. Não-solenes Têm forma livre, podendo ser realizados por qualquer forma considerada instrumento de exteriorização suficiente para tornar socialmente reconhecível o conteúdo do negócio jurídico. Ex: maior parte de compra e venda de coisa móvel, transporte público, prestação de serviço (diarista, médico...) Quanto o Fator Tempo Execução instantânea Imediata A prestação é realizaad no momento da conclusão do acordo ou logo após. - compra e venda à vista. Diferida Caracterizam-se pelo fato de ao menos uma das prestações ser efetuada em tempo posterior ao da conclusão do contrato – compra e venda com pagamento do preço em parcelas. Duração Continuada Contratos nos quais a prestação se prolonga no tempo, sem interrupção. Ex- contrato de trabalho, contrato de sociedade, contrato de distribuição. Periódica Aqueles nos quais a prestação é realizada mediante repetições periódicas - contratos de fornecimento ou de prestação de serviços com periodicidade fixa (energia elétrica, telefonia, etc) Quanto as Prestações e sua Reciprocidade Contrato unilateral Bilateral Ler, depois, texto sobre sinalagma contratual Plurilateral Quanto Fluxo Patrimonial
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