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ENTEROBACTÉRIAS I Profa. Dra. Natalia R. S. Miyasaka Generalidades BACTERIOSCOPIA Bacilos Gram Negativos Não formadores de esporos Anaeróbios Facultativos Localização Habita intestinos do homem e animais Microbiota normal ou agentes de infecção Solo, água e vegetação Gêneros e espécies Principais Doenças causadas por Enterobactérias Infecções Intestinais Enteropatogênicas Salmonella Shigella Escherichia coli patogênica Infecções Urinárias Escherichia coli (90 % casos) Infecções Hospitalares Klebsiella pneumoniae (KPC – Klebsiella pneumoniae carbapenemase) Sítios de Infecções com espécies de Enterobactérias listados em ordem de prevalência Incidência de Enterobactérias associada à Bacteremia ESTRUTURA ANTIGÊNICA E TIPOS SOROLÓGICOS ANTÍGENOS Antígeno O Polissacarídeo do LPS da parede celular Variações nos açúcares que formam a cadeia lateral do polissacarídeo Antígeno K (Kapsel=Cápsula) Em Salmonella: antígeno Vi (cápsula) Antígeno H Flagelina Apenas em enterobactérias móveis Composição Química da Parede Celular de Bactérias Gram Negativas Doenças Diarreicas associadas a Escherichia coli Diversos tipos sorológicos, identificados pela produção de soro anti-antígenos O, K, H 174 antígenos O 100 antígenos K 57 antígenos H Ex: EHEC O:157H:7 Variedade de E.coli patogênicas Escherichia coli Categorias E.coli enteroinvasora (EIEC) E.coli enterotoxigência(ETEC) E.coli enteropatogênica (EPEC) E.coli entero-hemorrágica (EHEC)ou E.coli produtora de toxina Shiga (STEC) E.coli enteroagregativa (EAEC) STEC (EHEC) Produção de citotoxinas (bacteriófagos lisogênicos) SLT-I (Toxina Shiga-like tipo I) SLT-II (Toxina Shiga-like tipo II) Colite hemorrágica grave, associada a ingestão de hambúrguer contaminado Carne moída mal-cozida e derivados de carne, água, leite não pasteurizado,espinafre,maças contaminadas Diarréia sanguinolenta e dores abdominais em crianças e adultos Sorotipo O157:H7 é mais comum encontrado em amostras clínicas EIEC Infecção intestinal, inflamação e necrose da mucosa do cólon Diarréia sanguinolenta, presença de leucócitos e muco Dores abdominais e febre Crianças maiores de 2 anos e adultos Transmissão pela água e alimentos contaminados O124, O143 e O164 ETEC Produção de Enterotoxinas (plasmídeos) LT (termolábil) ST (termoestável) Ambas estimulam hipersecreção prolongada de água Causa comum da Diarréia do “viajante” e lactentes Diarréia aquosa, não sanguinolenta, ausência de leucócitos e muco, vômitos, náuseas, febre baixa EAEC e EPEC EAEC Associada a diarréia crônica (mais de 14 dias) com desidratação EPEC Importante causa de diarréia em lactentes e crianças com menos de 2 anos (diarréia infantil) Associada a surtos em berçários Maior gravidade em crianças que não são amamentadas com leite materno Diarréia aquosa, geralmente auto-limitada, mas que pode tornar-se crônica e vômitos Salmonella Bacilos Gram negativos, anaeróbios facultativos, não formam esporos Tipos sorológicos baseados na diferenças dos antígenos O, H, Vi (capsulares) Todas são consideradas patogênicas Transmitidas a partir de animais e produtos de origem animal Provocam enterite, infecção sistêmica e febre entérica Febre tifóide Salmonella Typhi Apenas reservatório Humano Sorotipo mais virulento Período de incubação: cerca de 10 a 15 dias Sintomas Febre alta, 40 oC, cefaléia contínua, mialgia, fadiga, problemas gastrointestinais Febre tifóide Patogenicidade Após ingeridas, as bactérias não se multiplicam e atravessam a mucosa intestinal Ocorre multiplicação nas células fagocitárias Disseminação bacteriana no organismo Pode ser isolado no sangue, urina e fezes Taxa de mortalidade alta, se não houver tratamento Febre tifóide Patogenicidade Alguns indivíduos podem se tornar portadores crônicos, disseminando as bactérias por longo período de tempo Principal fonte de contaminação Exemplo clássico Typhoid Mary (Mary Maloon) – cozinheira, em NY, séc. XX, responsável por vários surtos e 3 óbitos Febre tifóide Tratamento Antibioticoterapia Cefalosporinas Profilaxia Vacina para trabalhadores de alto risco, laboratoriais ou militares Salmonelose Salmonella Paratyphi Encontrada em humanos e animais Período de incubação: cerca de 12 a 36 horas Depende do número de salmonelas ingerido Sintomas Náuseas, vômitos, diarréia sem sangue, febre Mortalidade Maior em lactentes, idosos e imunodeprimidos Salmonelose Alimentos mais freqüentemente relacionados Derivados de carne, leite Aves, ovos, derivados de ovos Ovos crús ou pouco cozidos Tratamento Consiste predominantemente em reidratação oral Antibioticoterapia não é muito útil Laudo confirma presença de salmonela em maionese que levou 50 para hospital A Vigilância Epidemiológica de Batatais confirmou, a presença de salmonela na maionese servida em um restaurante da cidade. O episódio provocou um surto de diarreia no município. Um laudo constatou a presença da bactéria em seis de dez amostras colhidas das pessoas que apresentaram o quadro de intoxicação. Em nota, o órgão informou ter recebido, entre os dias 12 a 16 de janeiro, 155 notificações de pessoas que apresentaram o quadro de salmonela após comerem uma maionese servida em um restaurante no município. O caso 50 pessoas procuraram o Pronto Socorro de Batatais com quadro de intoxicação alimentar após comerem uma maionese servida em um restaurante da cidade. Dessas, 26 tiveram que ser hospitalizadas e o empresário Antônio Sérgio Ferreira Lima, de 55 anos, morreu em decorrência da intoxicação. Microbiota intestinal humana Abundante e complexa Totalmente estabelecida após 1 ano de idade Presença de 1011 – 1012 microrganismos por grama de fezes Importância do diagnóstico laboratorial Identificação dos agentes causadores de doenças diarréicas, onde a hidratação oral não é suficiente para terapia Identificação de agentes patogênicos responsáveis por surtos de toxinfecção alimentar Coprocultura Análise Microbiológica Meios seletivos e diferenciadores Ágar MacConkey Ágar EMB – Eosina Azul de Metileno
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