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Substituição Nucleofílica Alifática TAINÁRA ORLANDO Santa Maria, 29 setembro 2015 2 Introdução Mecanismos de Substituição Nucleofílica Alifática SN1 -- Estereoquímica SN1 SN2 -- Estereoquímica SN2 Descrição detalhada SN1 SN2 Reatividade: fatores que influenciam as reações SN1 e SN2 SN1 X SN2 Referências Introdução Composto Alifático – composto que não apresenta anéis aromáticos em sua estrutura. Substituição Nucleófílica - substituição de um grupo por outro. Substituição Nucleofílica no Csp3 – importância sintética! 3 Nu- + R – X R – Nu + X- Tipos de Substituição 4 RX Y: RY X: RX Y: RY X: RX Y: X:RY RX Y: RY X : • Bases de Lewis • Solvólise 5 Mecanismos de Substituição Nucleofílica Alifática SN1 SN2 6 Estrutura do haleto de alquila; Reatividade do nucleófilo; Concentração do nucleófilo; Solvente em que a reação é realizada. Mecanismo predominante depende: 2 Etapas 7 Lenta Rápida Etapa determinante da velocidade SN1 Substituição Nucleofílica Unimolecular Mecanismo SN1 8 Reação de primeira ordem. O ataque nucleofílico pode ocorrer em ambos os lados. v = K1 [ RX ] 9 10 Não há interação covalente entre substrato e nucleófilo no ET. Forma carbocátion, racemização. Postulado de Hammond. Perfil energético de uma reação que ocorre por um mecanismo SN1 SN1 11 Estereoquímica da SN1 • Mecanismo = Intermediário C+ planar • Hibridização trigonal sp2 solvatação simétrica Produtos Racêmicos. 1 Etapa 12 SN2 Substituição Nucleofílica Bimolecular Mecanismo SN2 13 Reação de segunda ordem. O ataque nucleofílico ocorre na face oposta do LG. v = k [R- X] [Nu] 14 formação da ligação Nu-C sincronizada com quebra da ligação C-LG Inversão de configuração. SN2 15 ESTEREOQUÍMICA DA REAÇÃO 16 17 DESCRIÇÃO DETALHADA SN1 E SN2 18 X = grupo doador de densidade eletrônica Ex: CH3 X = grupo retirador de densidade eletrônica Ex: m-Cl Ocorre rapidamente C+ estável Mecanismo externo SOLVÓLISE DE TOSILATOS DE BENZILA 19 Estereoquímica da SN1 Inversão de configuração Retenção ou Inversão de configuração Simetricamente solvatado, gera produto racêmico O ataque nucleofílico pode ocorrer em cada fase, gerando assim: Três espécies de pares iônicos sendo +- equivalentes em energia e separados por pequenas barreiras energéticas. 20 Estereoquímica da SN1 Estereoquímica da SN1 21 O diagrama B representa uma SN2, com intermediário que é um carbocátion; No entanto, requer a presença do Nu; A reação é de segunda ordem; A= SN1 B= SN2 C= SN2 Transição de SN1 para SN2 22 Segundo Jencks, a diferença entre os mecanismos SN1 e SN2 está na estabilidade e no tempo de vida do carbocátion intermediário; 23 FATORES QUE INFLUENCIAM AS REAÇÕES SN1 e SN2 As reações de substituição são facilitadas por fatores que diminuem a energia do complexo ativado ou aumentar a energia do reagente. 24 NUCLEÓFILO Bom Nucleófilo (SN2); Nu promove o ataque ao carbono do substrato; Nucleófilo mole: HOMO de alta energia; Diferença de energia entre HOMO (Nu-) e LUMO (E+) é pequena aumentando a reatividade dos compostos; 25 Não há uma escala absoluta de nucleofilicidade; No entanto, podemos ter uma noção das características estruturais que governam nucleofilicidade e a relação entre nucleofilicidade e basicidade; A relação nucleofilicidade e basicidade é importante para a competição entre as reações de substituição (nucleofilicidade) e eliminação (desprotonação pelo ataque da base); A taxa de uma reação SN2 é diretamente relacionada com a eficácia do nucleófilo no deslocamento do grupo de saída. Em contraste, a nucleofilicidade relativa não tem efeito sobre a taxa de reação SN1. NUCLEOFILICIDADENUCLEÓFILO 26 PROPRIEDADES QUE PODEM INFLUENCIAR A NUCLEOFILICIDADE A eletronegatividade do átomo atacante; A polarizabilidade do átomo de ataque; A energia de solvatação do nucleófilo; A força da ligação formada com o carbono; Efeito estérico do nucleófilo; NUCLEÓFILO A ligação mais forte entre o nucleofílico o e carbono resultada em um TS mais estáveis e uma energia de ativação reduzida. Novamente, porque o processo SN2 requer a formação de ligação por um par de elétrons do nucleófilo, quanto mais facilmente distorcidos o átomo que ataca, maior será a sua nucleofilicidade. Diminui a energia do nucleófilo. Aumenta a Ea. Para ocorrer a reação tem que romper a camada de solvatação. O aumento do efeito estérico diminui a sua reatividade e aumenta a energia de ativação da reação. O processo SN2 requer doação de densidade eletrônica a um orbital antiligante do reagente, sendo assim a alta eletronegatividade é desfavorável. 27 Efeitos do aumento na polaridade do solvente EFEITO DO SOLVENTE FRENTE SN2 28 SOLVENTE POLAR PRÓTICO Nucleófilo tem maior interação com o solvente. SOLVENTE POLAR APRÓTICO Nucleófilo quase não tem interação com o solvente. F- H O CH3 H O CH3 H O CH3 H O CH3 HO H3C I- H O CH3 H OH3C H O CH3 EFEITO DO SOLVENTE FRENTE SN2 Nu- DUROS SÃO MAIS SOLVATADOS Nu- MOLES SÃO MENOS SOLVATADOS Solventes polares diminuem consideravelmente a E.A; Promove a separação das cargas; --- apolar ___ polar SOLVENTE FRENTE SN1 R-X -> R+ + X- R + -X -> R+ + X 30 SOLVENTE FRENTE SN1 31 GRUPO RETIRANTE X- ou X relativamente estável • Maior estabilidade da base conjugada, melhor LG: Ordem oposta eletronegatividade => força da ligação ao carbono. I- > Br- > Cl- >> F- HO- + RCH2I RCH2OH + I - 30.000 HO- + RCH2Br RCH2OH + Br - 10.000 HO- + RCH2Cl RCH2OH + Cl - 200 HO- + RCH2F RCH2OH + F - 1 Velocidade 32 GRUPO RETIRANTE X- ou X relativamente estável Taxa de solvólise de RX em 80% etanol. X= Tosilato / Brometo Reação endotérmica, não espontânea. Solução: transformar em um melhor LG. ORDEM DE ESTABILIDADE PARA CARBOCÁTIONS ALIFÁTICOS Terciário Secundário Primário NATUREZA DO SUBSTRATO FRENTE SN1 Metilico > > > 34 NATUREZA DO SUBSTRATO Frente SN2 Efeito estérico Nu ataca o orbital σ* Terciário Secundário Primário Metilico < < < 35 VELOCIDADES RELATIVAS DAS REAÇÕES DOS HALETOS DE ALQUILA NAS SN2 NATUREZA DO SUBSTRATO Frente SN2 36 EFEITO DE CONJUGAÇÃO HIPERCONJUGAÇÃO * Deslocalização de carga de ligações sigma. RESSONÂNCIA 38 EFEITO DA CONJUGAÇÃO NA REATIVIDADE • No estado de transição se o carbono tem caráter catiônico, substituintes doadores de elétrons o estabilizam. • Já se o carbono tiver caráter aniônico, grupos retiradores de elétrons o estabilizam. EFEITO DE CONJUGAÇÃO + M - M EFEITO MESOMÉRICO Dentro de qualquer série de carbocátions, substituintes afetam a estabilidade de modo previsível. Substituintes doadores de elétrons estabilizam carbocátions, ao passo que substituintes retiradores de elétrons desestabilizam. Migração do grupo alquil ou hidreto Não é possível REARRANJO DE CARBOCÁTION 41 Velocidade de Solvólise PARTICIPAÇÃO DO GRUPO VIZINHO • O grupo carbonila facilita a ionização do grupo tosilato; • Os oxigênios estabilizam o carbocátion formado; • O ataque do grupo acetato ocorrerá pelo lado de trás, uma vez que a parte frontal está impedida; • Ocorrendo a inversãode configuração. PARTICIPAÇÃO DO GRUPO VIZINHO 42 Cis Retenção de configuração Inversão de configuração Trans SNI Substituição Nucleofílica Interna 43 Parte do grupo de saída deve ser capaz de atacar o substrato, destacando-se a partir do resto do grupo de partida no processo. → O ataque do grupo de saída, necessariamente será na parte da frente, uma vez que não é capaz de chegar a parte traseira, o que resulta na retenção da configuração. → SN1→ dissociação em um íon par íntimo. Íon par íntimo. Substituição Nucleofílica a um carbono alílica: Rearranjos alílico 44 SN1’ Normal Rearranjado Com o aumento da polaridade do solvente, o diferencial do produto diminui e, em alguns casos, está totalmente ausente Todos estes factos indicam que o primeiro passo para estas reacções é a formação de um par ião íntima assimétrico que é submetido a uma quantidade considerável de retorno interno, e em que o contra-ião permanece perto do carbono a partir do qual se afastou 45 Substituição Nucleofílica a um carbono alílica: Rearranjos alílico SN2’ 46 Substituição Nucleofílica a um carbono alílica: Rearranjos alílico SNI’ SN1 X SN2 Influência SN1 SN2 Substrato metílico -- X Substrato primário -- X Substrato Secundário X X Substrato terciário X -- Nü Fraco Forte Racemização X -- Inversão total de configuração -- X Solvente Polar Prótico Polar Aprótico 47 Referências Advanced Organic Chemistry Part A: Structure and Mechanisms. FRANCIS A. CAREY; RICHARD J. SUNDBERG, Fifth Edition, 2007. Organic Chemistry. Jonathan Clayden, Nick Greeves, Stuart Warren. Oxford University Press, USA, 2012. Substitution. Disponivel em: http://www.chemgapedia.de/vsengine/topics/en/Chemie/Organische_ 00032Chemie/Substitution/index.html Acessado em 25/09/2015. Mecanismos de reacción. Disponível em: http://quimicaorganicadonbosco.blogspot.com.br/p/mecanismos-de- reaccion-2.html Acessado em 25/09/2015. 48
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