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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Rodolfo Enrique Perdomo ESTUDO DA VIABILIDADE TÉCNICA E LEGAL DA INSTALAÇÃO DE UMA BASE DE OPERAÇÕES DE HELICÓPTEROS NA ZONA OESTE DE CURITIBA/PR CURITIBA 2010 Rodolfo Enrique Perdomo ESTUDO DA VIABILIDADE TÉCNICA E LEGAL DA INSTALAÇÃO DE UMA BASE DE OPERAÇÕES DE HELICÓPTEROS NA ZONA OESTE DE CURITIBA/PR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do grau de Especialista em Gestão de Empresa de Manutenção de Aeronaves da Universidade Tuiuti do Paraná. Orientadora: Prof. Me. Silvia Mara Veronese CURITIBA 2010 RESUMO Este trabalho analisa as condições técnicas e legais necessárias para a instalação de um Heliporto na zona oeste da cidade de Curitiba, nas proximidades da Cidade Industrial. Não será analisado o aspecto econômico pelo fato da mudança dinâmica da situação financeira do país e da região onde ocorreu o estudo. O trabalho visa pesquisar os requisitos enquadrados dentro das leis reguladoras da atividade, leis ambientais e municipais para o uso do solo e portarias específicas para a regulamentação da atividade. Foi analisada a escolha do terreno de acordo com as limitações legais de zoneamento na cidade de Curitiba e região, e foi feito um estudo da planta do heliporto respeitando as regulamentações de sinalização e circulação para helicópteros na zona de influência do mesmo, estando toda a pesquisa fundamentada nas legislações da agência reguladora, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Este trabalho se limita unicamente ao estudo da instalação física da base do heliporto, as limitações legais e o estudo de sinalização das pistas de pouso e decolagem. Palavras-chave: Helicóptero. Heliporto. RBAC. LISTA DE ILUSTRAÇÕES ILUSTRAÇÃO 1– CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE POUSO E DECOLAGEM .....9 ILUSTRAÇÃO 2 – CRESCIMENTO DA FROTA.......................................................12 ILUSTRAÇÃO 3 – REGISTRO DE HELICÓPTEROS NO BRASIL...........................13 ILUSTRAÇÃO 4 – REGISTRO DE HELICÓPTEROS 2009.....................................15 ILUSTRAÇÃO 5 – DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL EM CURITIBA ..................19 ILUSTRAÇÃO 6 – FOTO AÉREA DO TERRENO ESCOLHIDO...............................20 ILUSTRAÇÃO 7 – TERRENO ESCOLHIDO: RUAS CIRCUNDANTES....................20 ILUSTRAÇÃO 8 – MEDIDAS DO TERRENO ESCOLHIDO .....................................21 ILUSTRAÇÃO 9 – CERCANIAS DO TERRENO.......................................................22 ILUSTRAÇÃO 10 – AEROPORTOS DE CURITIBA..................................................23 ILUSTRAÇÃO 11 – DISTÂNCIAS ENTRE OS AEROPORTOS................................23 ILUSTRAÇÃO 12 – CORREDORES AÉREOS DE CURITIBA .................................24 ILUSTRAÇÃO 13 – RAIOS DE ABRANGÊNCIA DOS AEROPORTOS ...................25 ILUSTRAÇÃO 14 – QUADRO DE DEFINIÇÕES......................................................27 ILUSTRAÇÃO 15 – PISTA DE POUSO PRINCIPAL ................................................28 ILUSTRAÇÃO 16 – RAMPAS DE POUSO E DECOLAGEM ....................................29 ILUSTRAÇÃO 17 – PLANTA DOS ESCRITÓRIOS E SALAS DE APOIO ................30 ILUSTRAÇÃO 18 – CONDIÇÕES DO LOCAL..........................................................31 ILUSTRAÇÃO 19 – INSTALAÇÕES DO HELIPORTO ENGCOPTER......................32 ILUSTRAÇÃO 20 – TANQUE DE COMBUSTÍVEL SOBRE A SUPERFÍCIE............33 ILUSTRAÇÃO 21 – CAMINHÃO PARA ABASTECIMENTO REMOTO ....................34 ILUSTRAÇÃO 22 – CAMINHÃO BOMBA .................................................................35 ILUSTRAÇÃO 23 – TIPOS DE CERCA DE SEGURANÇA.......................................36 ILUSTRAÇÃO 24 – PORTARIA: FRENTE E FUNDOS ............................................36 ILUSTRAÇÃO 25 – PISTA DE POUSO COM SINAIS DELIMITADORES ................38 ILUSTRAÇÃO 26 – BALIZAMENTO PARA POUSO NOTURNO..............................38 ILUSTRAÇÃO 27 – PISTA DE POUSO COM ILUMINAÇÃO ACESA.......................39 ILUSTRAÇÃO 28 – TERRENO COM AS INSTALAÇÕES DA ENGCOPTER ..........40 SUMARIO 1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................6 2 ESTUDO DA LEGISLAÇÃO....................................................................................9 3 ESTUDO DE MERCADO.......................................................................................12 3.1 SITUAÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE HELICÓPTEROS ..........................12 3.2 SITUAÇÃO DO MERCADO REGIONAL DE HELICÓPTEROS..........................13 3.3 SERVIÇOS OFERECIDOS POR COMPANHIAS DE HELICÓPTEROS ............14 4 ESTUDO DO LOCAL DA IMPLANTAÇÃO ...........................................................16 4.1 CARACTERÍSTICAS DO LOCAL........................................................................16 4.2 ESCOLHA DO TERRENO ..................................................................................17 5 INSTALACAO DO HELIPORTO............................................................................26 5.1 PISTAS DE POUSO E DECOLAGEM ................................................................27 5.2 HANGARES E OFICINAS...................................................................................28 5.3 INSTALAÇÃO DE DEPÓSITOS DE COMBUSTÍVEL .........................................32 5.4 EXTINTORES DE INCENDIO .............................................................................35 5.5 SEGURANÇA PREDIAL DA BASE.....................................................................35 5.6 PROJETO DE SINALIZAÇÃO DA BASE ............................................................36 6 PESSOAL NECESSÁRIO PARA A OPERAÇÃO DO HELIPORTO .....................40 7 CERTIFICAÇÃO DO HELIPORTO ........................................................................43 8 CONCLUSÃO ........................................................................................................44 REFERÊNCIAS.........................................................................................................45 ANEXOS ...................................................................................................................47 6 1 INTRODUÇÃO Hoje, dentre os tantos gerenciamentos que o mundo moderno exige, cada vez mais são necessárias soluções para como administrar melhor o tempo. Uma forma de gerenciar o tempo econômico é a rápida movimentação de bens e de pessoas. Cada vez mais, torna-se decisiva a escolha pelo modal aéreo como solução para essas variáveis dentre as formas de transporte desenvolvidas, permitindo que tomadas de decisão sejam implementadas de forma rápida. Dessa forma, a sociedade produtiva buscou no desenvolvimento tecnológico a sua ferramenta de ação que permitiu a real alavancagem dos negócios e por consequência o progresso do uso do helicóptero. Embora ainda não seja popular em alguns países, o helicóptero tem servido para tais propósitos específicos, atendendo uma porção da sociedade que demanda esse tipo de solução. No Brasil não tem sido diferente de outros lugares do mundo aonde o uso do helicóptero vem fazendo a diferença a cada ano, aumentando o número de usuários deste meio de transporte. Isso tem resultado num considerável aumento do número de helicópteros, principalmente na cidade de São Paulo que, segundo Freitas (2008), detém a maior frota do país e a segunda maior do mundo, com mais de 136 helipontos homologados no entorno do aeroporto de Congonhas. Este meio de transporte vem sendo cada vez mais utilizado, não só em virtude de sua versatilidadepara alcançar lugares remotos, mas, também, pela sua praticidade operacional e a economia de recurso para a infraestrutura aeroportuária. Além do seu emprego nas atividades socioeconômicas, o helicóptero pode ser empregado em outras atividades como, por exemplo, busca e salvamento, resgates, patrulhamento ou simples translado de pessoas ou equipamentos para fins específicos. Muitos centros urbanos dentro do Brasil já utilizam este meio de transporte como alternativa, sendo o caso de cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis e Brasília, dentre outras. Hoje, Curitiba está em sexto lugar no ranking de frota de helicópteros no Brasil, com 42 aeronaves registradas, segundo König (2009). Justifica-se a motivação pelo estudo da implantação de uma base operacional de helicópteros na região metropolitana desta cidade em virtude da proximidade da Copa do Mundo de Futebol, em 2014, dos Jogos Olímpicos de 2012, 7 e a facilidade de saída, principalmente ao oeste do estado, aonde se encontram inúmeras atividades industriais e geradoras de negócios. Atualmente, a atividade de operação de helicópteros vem sendo desenvolvida exclusivamente nos dois aeroportos da cidade de Curitiba, ou seja, no aeroporto internacional Afonso Pena, na região de São Jose dos Pinhais, e no aeroporto metropolitano do Bacacheri, na região urbana. Uma das possíveis soluções para prevenir este déficit de infraestrutura gerado pelo natural crescimento do setor é a implantação de novos centros de operações de helicópteros na cidade de Curitiba ou região. Assim, se levanta o seguinte problema de pesquisa: quais os elementos necessários para a instalação de uma base de operações de helicópteros para fins comerciais na zona oeste de Curitiba, dentro do marco legal brasileiro? O objetivo geral desse trabalho é pesquisar as necessidades técnicas e legais necessárias para a instalação de uma base de operações de helicópteros para fins comerciais na zona oeste de Curitiba. Como objetivos específicos, pretende-se: • Estudar a legislação vigente reguladora da atividade proposta. • Levantar quais são os elementos necessários para a instalação de uma base de helicópteros: estudo de mercado, público-alvo, plantas e recursos humanos. Visando o desenvolvimento desta pesquisa, foram utilizadas fontes provenientes de conteúdos das disciplinas do curso de pós-graduação em Gestão de Empresa de Transporte Aéreo e Gestão de Empresa de Manutenção Aeronáutica, oferecidos pela Universidade Tuiuti do Paraná, além de informações disponibilizadas pela ANAC e pelos organismos reguladores de este tipo de atividade. Essa pesquisa configura-se um estudo, fundamentada por legislação. A metodologia usada para o desenvolvimento desse trabalho é do tipo analítica, empregando técnicas de documentação indireta bibliográfica, consoante com documentação direta de observação, análise de conteúdo e pesquisa do crescimento do uso de helicópteros no estado do Parana.. Da ordem de apresentação do conteúdo deste trabalho, expõe-se, inicialmente, o estudo da legislação municipal e federal, reguladoras da atividade. 8 Em seguida, é apresentado o estudo de mercado, tanto nacional quanto regional.comparado com o de Curitiba. Então, apresenta-se o estudo do local da implantação, seguido pelo projeto da base do heliporto, compreendido pelo projeto das pistas de pouso e decolagem, dos hangares e oficinas, da instalação de depósitos de combustível, extintores de incêndio, de segurança predial e de sinalização da base. Finalmente, há considerações sobre o pessoal necessário para a operação do heliporto, bem como para a certificação. 9 2 ESTUDO DA LEGISLAÇÃO Neste capítulo é feito um estudo das leis federais, estaduais e municipais, que regulam o uso do solo e as autorizações para o funcionamento de um heliporto. Qualquer instalação para pousos ou decolagens de helicópteros no Brasil é denominada Heliponto e é classificada pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), como mostrado na ilustração 1. ILUSTRAÇÃO 1- CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE POUSO E DECOLAGEM HELIPONTO CIVIL - Heliponto destinado, em princípio, ao uso de helicópteros civis. HELIPONTO ELEVADO - Heliponto localizado sobre edificações. HELIPONTO MILITAR - Heliponto destinado ao uso de helicópteros militares. HELIPONTO PRIVADO - Heliponto Civil destinado ao uso de helicópteros de seu proprietário ou de pessoas por ele autorizada, sendo vedada sua utilização em caráter comercial. HELIPONTO PÚBLICO - Heliponto Civil destinado ao uso de helicópteros em geral. HELIPORTOS - Helipontos Públicos dotados de instalações e facilidades para apoio de helicópteros e de embarque e desembarque de pessoas, tais como: pátio de estacionamento, estação de passageiros, locais de abastecimento, equipamentos de manutenção e outros. ÁREA DE POUSO E DECOLAGEM DE EMERGÊNCIA PARA HELICÓPTEROS - Área de Pouso e Decolagem construída sobre edificações, cadastrada no Comando Aéreo Regional respectivo, que poderá ser utilizada para pousos e decolagens de helicópteros, exclusivamente em casos de emergência ou de calamidade. ÁREA DE POUSO OCASIONAL - Área de dimensões definidas, que poderá ser usada, em caráter temporário, para pousos e decolagens de helicópteros mediante autorização prévia, específica e por prazo limitado, do Comando Aéreo Regional respectivo. Deverá obedecer às normas de segurança exigidas para os helipontos em geral. Fonte: ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, disponível em: http://www.anac.gov.br/biblioteca/portarias/port0018GM5.pdf. No decorrer do trabalho, analisam-se as alternativas de soluções para a instalação de um heliporto aplicando as leis federais encontradas e publicadas pela ANAC. O heliporto proposto está denominado de EngCopter – nome fantasia da base de operações, que será utilizado no decorrer de todo este trabalho. A primeira lei vigente a ser apresentada está composta por várias portarias que regulam a instalação de um Heliporto com fins comerciais no Brasil. Porém, a instalação 10 proposta baseia-se unicamente na portaria nº 18/GM5 de 14 de Fevereiro de 1974, da implantação de um heliporto na superfície do solo, na região metropolitana de Curitiba, não caracterizando heliporto elevado ou heliporto de operação “off Shore”.* As outras portarias da mesma lei aplicam-se para outros usos de heliportos com características específicas distintas da proposta deste estudo. A Portaria nº 18/GM5, de 14 de Fevereiro de 1974, aprova Instruções para Operação de Helicópteros e para construção e utilização de Helipontos ou Heliportos. A legislação – portaria nº 18/GM5 – tem por objetivo (ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, 1974, p. 4): A. Estabelecer • As normas e os requisitos para construção e utilização de helipontos; • As regras especiais de tráfego aéreo para helicópteros; • As normas operacionais para utilização dos helicópteros; • Os procedimentos especiais para helicópteros em zonas urbanas. B. Orientar • Aos operadores de helicópteros, quanto às exigências que deverão ser cumpridas visando à segurança na operação dessas aeronaves; • Aos operadores de heliportos e/ou helipontos quanto aos requisitos de segurança necessários para sua utilização; • As autoridades competentes quanto à fiscalização de áreas de pouso e do controle de tráfego aéreo de helicópteros, principalmente em áreas urbanas. Outras leis reguladoras aplicáveis a este estudo são: • Lei 9800/00, de uso e ocupação do solo em Curitiba e região. A lei 9800/00 – de 03 de Janeiro de 2000 da Prefeitura Municipal de Curitiba – orienta em relaçãoà autorização para desempenho de atividades específicas dentro da área onde se busca o terreno escolhido para instalação do heliporto. Nota: “off shore” e uma expressão inglesa que significa – longe da costa ou mar adentro. 11 De acordo com essa lei, a atividade proposta aplica-se como transporte aéreo e transporte de carga aérea, enquadradas dentro da normativa da prefeitura municipal da cidade de Curitiba, na folha de número 186 do livro de classificações de atividades para uso do solo. Tais operações podem ser desenvolvidas dentro dos zoneamentos urbanos definidos como ZR1; ZR2 e ZES, com restrições especificadas para cada uma das zonas. • RBA (Regulamento Brasileiro de Aeronáutica) 145, que regula a atividade de manutenção aeronáutica. A instalação do heliporto também está regulamentada pelo RBA 145, que prevê a homologação de oficina de manutenção de aeronaves, uma vez que é um dos serviços oferecidos dentro do heliporto. • RBA (Regulamento Brasileiro de Aeronáutica) 139, que está aprovado pela portaria 1351/DGAC da data de 30 de Setembro de 2003, aplicado para a certificação operacional de aeródromos no Brasil. Tais leis encontram-se em anexo neste trabalho. 12 3 ESTUDO DE MERCADO Lakatos e Marconi (2001, p. 107) sugerem o “Estudo de Mercado” como uma técnica para coleta de dados de documentação direta e o definem como sendo a obtenção organizada e sistemática de informações sobre o mercado, visando ajudar o processo decisivo nas empresas, minimizando a margem de erros. 3.1 SITUAÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE HELICÓPTEROS Prevê-se que a frota de helicópteros no Brasil terá um incremento de 18,5% entre o ano de 2007 e 2010, passando de 1097 para 1255 aeronaves registradas (Notas de aula do Professor Adônis Pinheiro, 2008) Na ilustração 2 é mostrado um gráfico comparativo do crescimento da frota de aeronaves em relação à frota de helicópteros no Brasil no período que começa no ano de 2001 e finaliza no ano de 2007. Desta forma, pode-se constatar um crescimento ininterrupto de 5% por ano, percentual inferior ao da predição da ANAC para o ano de 2010. ILUSTRAÇÃO 2 – CRESCIMENTO DA FROTA Fonte: Notas de aula do Professor Adônis Pinheiro, 2008. Nota: Gráfico comparativo do crescimento da frota de aeronaves no Brasil entre 2001 e 2007. 13 Nota-se, também, nesta ilustração, que a quantidade de helicópteros registrados no Brasil era de 1097 aeronaves registradas no ano de 2007, com um crescimento de 80 aeronaves em relação ao ano anterior. 3.2 SITUAÇÃO DO MERCADO REGIONAL DE HELICÓPTEROS Para estudar o mercado, primeiro deve-se determinar a região. Este trabalho foca a região sul do Brasil, por ser a área onde será feito o estudo da base, de acordo com a quantidade de aeronaves em operação. Como mostrado na Ilustração 3, os estados da região sul do Brasil, até o ano de 2008, tinham registradas 95 aeronaves, já na ilustração 4 pode-se ver um quadro com a quantidade de helicópteros registrados ;em 2009 na região sul do Brasil, notando um incremento de 24 aeronaves o que representa um 24%. Porém, pela proximidade do estado de São Paulo, poderão ser contempladas as aeronaves lá registradas como potenciais usuários dos serviços oferecidos pela EngCopter. ILUSTRAÇÃO 3 – REGISTRO DE HELICÓPTEROS NO BRASIL Fonte: Notas de aula do Professor Adônis Pinheiro, 2008 14 Ilustração 4 Registro de Helicópteros 2009 Fonte: ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, disponível em: http://www.anac.gov.br/arquivos/aeronaves/rankingTotalHelicopteroEstado.pdf Em função dos dados obtidos e o crescimento da frota de helicópteros na região estudada, procedeu-se a pesquisar quais tipos de serviços são os mais requeridos pelos usuários de helicópteros. Em segunda instancia procedeu-se ao estudo dos serviços a serem oferecidos pela EngCopter para os usuários de helicópteros que operem na região. 15 3.3 SERVIÇOS OFERECIDOS POR COMPANHIAS DE HELICÓPTEROS Foram consultadas empresas do ramo, principalmente da cidade de São Paulo, tais como Helisolutions, Helimarte, Helisicade, e do Rio de Janeiro , como a Helisul Rio de Janeiro, e constatou-se que os serviços mas requeridos por usuários de Helicópteros são: • Fretamento • Voos panorâmicos • Voos corporativos • Translado (porta a porta) • Aero-publicidade • Aero-inspeção • Aero-cinematografia • Foto e filmagem • Programas de manutenção • Gestão de tripulação • Equipe de apoio em terra • Documentação técnica • Seguros • SAE - Serviços Aéreos Especiais Decorrente dessas informações, a empresa EngCopter visa oferecer aos seus clientes a possibilidade de desenvolver alguns serviços focados nas aeronaves e não nos usuários das mesmas, que sejam oriundos da função natural do heliporto. Os serviços oferecidos pela infraestrutura do heliporto são: • Hangaragem de aeronaves • Programas de manutenção • Gestão de tripulação • Equipe de apoio em terra. • Abastecimento de aeronaves • Documentação técnica 16 • Planos de voo • Gestão de seguros • Gestão de documentos • Serviço meteorológico • WebSite com atualizações técnicas e regulamentações. • Cursos de treinamento em pilotagem e manutenção de helicópteros Um fator importante quando se trata de oferecer serviços é a análise dos custos desses serviços. O website da INFRAERO (2010) informa que as tarifas aplicadas variam de acordo com a classificação do aeroporto e o peso das aeronaves. Segundo a INFRAERO, as tarifas aeroportuárias são a fonte de ingressos para manutenção e desenvolvimento dos aeroportos sob sua responsabilidade. A EngCopter, por ser um heliporto particular, não depende das tarifas nem dos produtos taxados pela INFRAERO para captar os recursos que possibilitam seu desenvolvimento econômico. Estes dados são utilizados como mera referência dos custos aplicados para o setor. 17 4 ESTUDO DO LOCAL DA IMPLANTAÇÃO Para a escolha do local destinado à construção de um heliporto, considerações deverão ser feitas objetivando atender, principalmente, requisitos relativos à segurança das operações, interesse da comunidade e dos usuários/clientes (de acordo com portaria 18/GM5, 1974). Assim, considerações sobre facilidades de acesso ao local por superfície, nível de ruído emitido para a comunidade, condições do vento, interferência no tráfego aéreo local, além de outras mais, deverão ser cuidadosamente estudadas, como segue abaixo. 4.1 CARACTERÍSTICAS DO LOCAL Locais com topografia irregular, além dos problemas normais de engenharia, como terraplanagem, por exemplo, podem trazer outros, como anormalidade de ventos e menor segurança nas operações aéreas. Locais planos são indicados para a implantação de heliportos. Em um aeroporto, o local mais adequado é o pátio adjacente à Estação de Passageiros, desde que não interfira com o estacionamento das demais aeronaves e possua um corredor de saída que permita o táxi voando ou no solo, sem possibilidade de causar danos à terceiros ou prejudicar a operação no local. Já no caso da EngCopter, a única operação será de helicópteros, dispensando o cuidado com outro tipo de aeronaves. Também, de acordo com as condições meteorológicas, as operações de um helicóptero são mais fáceis quanto mais estável estiver o ar, devendo por isso serem evitadas zonas de turbulência. Estas são encontradas, normalmente, em locais onde existem obstáculos, como morros, edificações altas e outros. A situação e o traçado do heliporto devem ser tais que sejam mínimas asoperações com vento de lado ou a favor do vento. Em geral, um heliporto com duas direções de aproximação, diametralmente opostas, terá uma percentagem aceitável de utilização, desde que uma das aproximações esteja orientada em sentido oposto aos ventos predominantes. 18 Não são recomendados locais em que predominem temperaturas elevadas ou que estejam muito acima do nível do mar, pois exigirão correção nas dimensões da área de pouso (ANAC, portaria 18/GM5, 1974). Os heliportos devem ser localizados de maneira que o ruído dos helicópteros, nas operações de pousos e decolagens, não venha trazer incômodo à coletividade vizinha, respeitando os limites sonoros estabelecidos na legislação competente. Depois de considerada a regulamentação federal e municipal vigente para a instalação do heliporto, se procedeu a escolha do local. O local escolhido – qual seja a região da Cidade Industrial de Curitiba, CIC – está localizado após a barreira montanhosa da serra do mar, sendo um local sem maiores turbulências nem ventos fortes. O local escolhido para a instalação da EngCopter também não apresenta problemas de nevoeiros constantes, como no caso do aeroporto de Afonso Pena. 4.2 ESCOLHA DO TERRENO O terreno selecionado está situado na região oeste da cidade de Curitiba, mais especificamente na CIC, Cidade Industrial de Curitiba. De acordo com as leis ambientalistas e reguladoras de atividades na região metropolitana de Curitiba, a zona escolhida para a instalação do heliporto está apta para desempenhar esta atividade comercial, dentro do zoneamento ZES, seguindo as normativas específicas da atividade em relação à segurança, e poluição acústica, como previsto na lei federal. Na ilustração 4, tem-se um plano da cidade de Curitiba e redores com as diferentes zonas apropriadas para o desenvolvimento industrial. O local escolhido para instalar a EngCopter está dentro das áreas marcadas em vermelho, habilitadas para instalações com atividades similares à proposta. 19 ILUSTRAÇÃO 4 – DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL EM CURITIBA Nota: Mapa do PDI – Plano de Desenvolvimento Industrial da cidade de Curitiba - com as áreas de desenvolvimento industrial (Notas de aula da professora Jussara Maria da Silva, 2009) A Ilustração 5 mostra o terreno escolhido, localizado nas coordenadas 25 27’ 09 S e 49 21’ 38 O, com elevação de 3096 pés em relação ao nível do mar.(dados obtidos através do programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 2009), destacado na foto aérea por um retângulo branco. 20 ILUSTRAÇÃO 5 - FOTO AÉREA DO TERRENO ESCOLHIDO - 2009 O endereço comercial do terreno é a Avenida Juscelino Kubitscheck, sem número, esquina.com a Avenida Eduardo Sprada, e circundado pela rua Salvador Correia Coelho, como mostrado na Ilustração 6. ILUSTRAÇÃO 6 - TERRENO ESCOLHIDO: RUAS CIRCUNDANTES - 2009 Nota: Sinalizada com o número 01 está a Avenida Juscelino Kubitscheck; com o número 02 a avenida Eduardo Sprada e com o número 03 a rua Salvador Correia Coelho. Dados obtidos através do programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 2009. 21 Na Ilustração 7 mostram-se as medidas do terreno escolhido. ILUSTRAÇÃO 7 - MEDIDAS DO TERRENO ESCOLHIDO - 2009 Nota: As medidas das arestas do seu perímetro.representadas em metros. Dados obtidos através do programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 2009. Desta forma observa-se que o terreno escolhido tem uma frente de 440 metros na avenida Juscelino Kubitscheck e 230 metros de largura em sentido perpendicular à avenida mencionada, o que determina uma superfície aproximada de 101.200 metros quadrados. A escolha do terreno para a localização do heliporto foi feita, também, tomando-se em conta a regulamentação existente em relação ao ângulo de decolagem e pouso, atendendo as considerações da ANAC previstas na portaria 18/GM5 (1974). Outro ponto considerado foi a proximidade de indústrias e condomínios de classe econômica média-alta. Algumas das indústrias próximas ao terreno escolhido para o Heliporto são: • Volvo (0,15 km); • Bosch (2 km); • Rodolinea (2 km); • CNH (1,5 km); • Tecpar (1,5 km); • Craft Food (1,5 km); 22 • Eletrolux (1 km). Na Ilustração 8 mostra-se a localização do terreno escolhido e a proximidade de algumas dessas indústrias, a Universidade Unicemp e do bairro residencial Ecoville, que encontra se a 1,5 km de distância. ILUSTRAÇÃO 8 - CERCANIAS DO TERRENO - 2009 Nota: Vista em perspectiva do terreno escolhido delimitado em amarelo e cercanias mais próximas, indicando alguns dos potenciais clientes do heliporto: 01) Volvo do Brasil; 02) Universidade Unicemp; 03) , bairro Ecoville; 04) pequenas e médias empresas da cidade industrial. Dados obtidos através do programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 2009. Tais empresas são parte do potencial mercado consumidor dos serviços oferecidos pelo heliporto, não havendo, até o momento, na região, alternativas que ofereçam serviços similares. Na cidade de Curitiba, atualmente, os serviços de heliportos são oferecidos nos dois aeroportos: Aeroporto Internacional Afonso Pena e Aeroporto Regional do Bacacheri, ambos localizados em áreas distantes do local escolhido para a instalação do heliporto (EngCopter), como mostrado na Ilustração 9. 23 ILUSTRAÇÃO 9 – AEROPORTOS DE CURITIBA - 2009 Nota: Ponto 01, Aeroporto Afonso Pena; Ponto 02, Aeroporto Bacacheri; Ponto 03, Local escolhido para o Heliporto TCC.( EngCopter). Dados obtidos através do programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 2009. Desta forma, pode-se ter uma ideia das distâncias e a distribuição dos aeroportos e heliportos na cidade de Curitiba. Na Ilustração 10 mostram-se as distâncias respectivas em quilômetros entre os aeroportos e a distância dos mesmos com o centro da cidade. ILUSTRAÇÃO 10 – DISTÂNCIAS ENTRE OS AEROPORTOS - 2009 Legenda: 00) centro da cidade; 01) aeroporto Afonso Pena; 02) aeroporto Bacacheri; 03) EngCopter; as distâncias estão indicadas em quilômetros. Dados obtidos através do programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 2009. 24 Também, a escolha do local para a instalação do heliporto buscou descentralizar a atividade que, atualmente, está concentrada no aeroporto do Bacacheri, o que dará ao usuário alternativas e distribuirá melhor os locais de operações de helicópteros na cidade, além de descongestionar o trafego aéreo. Na ilustração 11 mostra-se um mapa esquemático da região de Curitiba e seus corredores aéreos. O circulo marcado em amarelo corresponde à localização do heliporto “EngCopter” fora dos corredores aéreos. ILUSTRAÇÃO 11 - CORREDORES AÉREOS DE CURITIBA - 2007 Fonte: BRASIL, AIC 12/07. 25 A localização do terreno pode ser considerada estratégica, não só pela proximidade da cidade industrial, senão também por ser a porta de entrada de Curitiba, quando se aproxima pelo lado oeste da cidade. Na ilustração 12 pode-se visualizar o raio de influência do EngCopter, considerando o centro de Curitiba como o limite. Pode-se observar que não existe confronto nem distúrbios com os raios de abrangência dos outros aeroportos e suas rotas de aproximação. ILUSTRAÇÃO 12 – RAIOS DE ABRANGÊNCIA DOS AEROPORTOS - 2010 Nota: Figura construída a partir de imagem capturada do programa computacional online Google-MapsTM em 14 ago. 2010. No oeste do estado do Paraná, em um entorno de algumas centenas de quilômetros, encontram-se centros industriais e produtivosde matérias-primas, tais como minérios, madeira, produção agrícola e outros que precisam de gerenciamento, o qual pode ser feito utilizando os serviços do helicóptero por praticidade e velocidade. 26 Também, o posicionamento do terreno é conveniente para ligar cidades vizinhas com a cidade de Curitiba utilizando o helicóptero. Tem-se, dentro desse conceito, a proximidade do litoral do estado e as cidades vizinhas de Ponta Grossa, Lapa; Joinville, Mafra, São Francisco, Canoinhas, Iraí, e várias outras dentro do raio de ação normal de um helicóptero, sem necessidade de escalas para reabastecimento nem grande estrutura de apoio . Pelo fato do heliporto “EngCopter “estar situado fora dos aeroportos locais e dentro da cidade industrial, os custos operacionais para pousos e decolagens e cargas impositivas são diferentes aos aplicados dentro dos aeroportos de Afonso Pena e Bacacheri. 27 5 PROJETO DO HELIPORTO São adotadas as definições da Portaria nº 18/GM5 (1974) e o RBHA 139 que regulamentam as instalações de aeroportos no Brasil. Seguem as definições. ILUSTRAÇÃO 13 – QUADRO DE DEFINIÇÕES – 1974 Área de Estacionamento Área destinada ao estacionamento de helicópteros, localizada dentro dos limites do heliporto ou heliponto. Área de Pouso e Decolagem Área do heliponto ou heliporto, com dimensões definidas, onde o helicóptero pousa e decola. Área de Pouso e Decolagem de Emergência para Helicópteros Área de Pouso e Decolagem construída sobre edificações, cadastrada no Comando Aéreo Regional respectivo, que poderá ser utilizada para pousos e decolagens de helicópteros, exclusivamente em casos de emergência ou de calamidade. Área de Pouso Ocasional Área de dimensões definidas, que poderá ser usada, em caráter temporário, para pousos e decolagens de helicópteros mediante autorização prévia, específica e por prazo limitado, do Comando Aéreo Regional respectivo. Área de Toque Parte da área de pouso e decolagem, com dimensões definidas, na qual é recomendado o toque do helicóptero ao pousar Corredor Aéreo de Circulação de Helicópteros(CH). Espaço aéreo para o qual deverá ser canalizado fluxo de tráfego de helicópteros, quando implantado numa TMA, cujas dimensões serão fixadas pela DEPV. Efeito de Solo Aumento de sustentação do helicóptero produzido pela reação do deslocamento de ar do rotor quando o aparelho paira ou se desloca com baixa velocidade próximo ao solo ou outras superfícies. O efeito de solo é efetivo até uma altura correspondente a aproximadamente 1/2 (meio) diâmetro do rotor. Heliponto Área homologada ou registrada, ao nível do solo ou elevada. utilizada para pousos e decolagens de helicópteros. Heliponto Civil Heliponto destinado, em princípio, ao uso de helicópteros civis. Heliponto Elevado Heliponto localizado sobre edificações. Heliponto Militar Heliponto destinado ao uso de helicópteros militares. Heliponto Privado Heliponto Civil destinado ao uso de helicópteros de seu proprietário ou de pessoas por ele autorizada, sendo vedada sua utilização em caráter comercial. Heliponto Público Heliponto Civil destinado ao uso de helicópteros em geral. Heliportos Helipontos Públicos dotados de instalações e facilidades para apoio de helicópteros e de embarque e desembarque de pessoas, tais como: pátio de estacionamento, estação de passageiros, locais de abastecimento, equipamentos de manutenção, entre outros. Heliportos Elevados Heliportos localizados sobre edificações. Pista de Rolagem Pista de dimensões definidas, destinada à rolagem de helicópteros entre a área de pouso ou de decolagem e a área de estacionamento ou de serviços. Rolagem Movimento do helicóptero de um ponto para outro, realizado na superfície ou pouco acima desta, conforme o tipo de trem de pouso do helicóptero Superfície de Aproximação e de Saída Superfície inclinada, livre de obstáculos, escolhida para as operações de aproximação e de saída de helicópteros, que se inicie no bordo da área de pouso, entendendo-se para cima e para fora, com a declividade de 1:8 Superfície de Transição Superfície inclinada, livre de obstáculos, que se inicia no bordo da área de pouso, estendendo-se, lateralmente, para cima e para fora, com a declividade de 1:2 Voo Pairado Manobra na qual o helicóptero é mantido em voo, sem movimento de translação em relação a um ponto no solo ou na água. Fonte: ANAC, portaria 18/GM5, 1974 28 5.1 PISTAS DE POUSO E DECOLAGEM A construção das pistas deve ter algumas considerações tais como a capacidade de suportar o peso da maior aeronave habilitada para operar no heliporto. O heliporto proposto tem duas pistas de pouso principais e seis secundarias, totalizando oito pistas operacionais. Neste caso, as duas pistas principais estão projetadas para suportar uma carga de 10.000 kg. Já as pistas secundárias têm capacidade para suportar o peso máximo das aeronaves comerciais que operam no Brasil, tendo, em média, um peso de 5.000 kg A capacidade de pouso da pista principal foi determinada pelo peso da maior aeronave em serviço no Brasil, o “Super Puma”, como é denominado o helicóptero da marca Eurocopter AS 332, que mesmo sendo apenas para uso militar, poderia fazer um pouso ou utilizar as instalações do heliporto. Na ilustração 14 está representada a pista de pouso principal com suas cotas, os algoritmos que indicam o peso máximo suportado e ainda as setas que indicam o sentido de pouso ou decolagem. ILUSTRAÇÃO 14 - PISTA DE POUSO PRINCIPAL 29 As pistas de pouso contemplam, ainda, a inclinação de rampa mínima para decolagem e aproximação (1:8), conforme regulamentação da portaria 18/GM5 (1974), como mostra a ilustração 15. Podem-se observar as pistas de pouso e decolagem e as rampas imaginárias para decolagem e aproximação. ILUSTRAÇÃO 15 – RAMPAS DE POUSO E DECOLAGEM Nota: Ilustração criada em programa computacional Autocad 14, 25 jun. 2010 5.2 HANGARES E OFICINAS Nas instalações existem dois hangares, um é utilizado para guardar aeronaves e o outro é utilizado como oficina de manutenção. O hangar principal tem uma superfície de 40 X 20 metros, 800 metros quadrados. O hangar reservado para oficinas tem uma superfície de 15 X 30 metros, 450 metros quadrados.. Na Ilustração 16 mostra-se um desenho esquemático do projeto dos hangares e salas de apoio do Heliporto EngCopter. 30 ILUSTRAÇÃO 16 – PLANTA DOS ESCRITÓRIOS E SALAS DE APOIO Nota: Ilustração criada em programa computacional Autocad 14, 25 jun. 2010 Além dos hangares para oficinas, existe um prédio reservado para escritórios, sala de recepção, sala de pilotos, sala de embarque, vestiários, sala de espera, loja de variedades, sala de operações, controle meteorológico e torre de controle. Uma vez que a EngCopter será homologada para manutenção de aeronaves, orientadas pelo RBA 145, os locais destinados para este fim deverão se adequar às solicitações legais. Desta forma, dentro do hangar destinado às oficinas, tem-se áreas destinadas a trabalhos fora das inclemências do tempo e protegidos dos elementos atmosféricos. O quadro que segue apresenta as condições necessárias para um local no qual se desempenham tarefas de manutenção de aeronaves. 31 ILUSTRAÇÃO 17 – CONDIÇÕES DO LOCAL De acordo com a ANAC, os locais de manutenção para o requerimento de um CHE devem abrigar as diferentes funções de uma empresa do tipo, como descrito a continuação. A1 Prédios para todos os equipamentos e materiais necessários A2 Espaços para os trabalhos que se propõe executar A3 Locais com área, volume e condiçõesapropriadas para estocar, segregar e proteger materiais, peças, ferramentas, equipamentos, testes etc A4 Locais para proteger adequadamente peças e subconjuntos durante desmontagens, limpezas, inspeções, reparos, modificações e remontagens A A5 Escritórios apropriados para arquivo, classificação, guarda e manuseio da documentação técnica relacionada aos trabalhos objeto da capacitação requerida além da catalogação e atualização de manuais, regulamentos, circulares e demais documentação pertinente O EngCopter deve prover adequado espaço de oficina para conter máquinas, ferramentas, equipamentos e bancadas de trabalho e permitir, ainda, a livre circulação. O espaço da oficina não precisa ser compartimentado fisicamente, mas máquinas e equipamentos devem ser segregados sempre que: B1 Usinagem de metal ou trabalho em madeira seja realizado tão perto de uma área de montagem, que resíduos ou impurezas possam, mesmo inadvertidamente, poluir ou contaminar conjuntos montados, parcialmente montados ou sendo trabalhados B2 Compartimentos abertos, destinados a limpeza de peças, estejam muito próximos de locais de outras atividades B3 Trabalho de entelagem seja executado em áreas onde exista óleo ou graxa B4 Pintura normal, ou com pistola, seja realizada em área de tal modo distribuída que resíduos, respingos ou poeira de tinta possam poluir ou contaminar conjuntos montados, semi-montados ou sendo trabalhados B5 Pintura com pistola, limpeza ou operações de usinagem sejam realizadas tão perto de operações de teste ou ensaios, que a precisão do equipamento de teste ou ensaio possa ser afetada B B6 Em qualquer outro caso que o DAC, por razões técnicas ou de segurança justificáveis, considerar necessário C O EngCopter deve prover adequado espaço coberto no local onde a maior parte do trabalho será executado. O espaço coberto deve ser suficientemente grande para conter o maior item a ser trabalhado, segundo a homologação requerida, e deve atender aos aplicáveis requisitos do parágrafo (a) desta seção. D O EngCopter deve prover apropriados locais de estocagem de itens padronizados, peças de reposição e matéria prima, separados das oficinas especializadas e do local geral de trabalho. Ele deve organizar o estoque de modo a que somente peças e suprimentos em bom estado sejam fornecidos às oficinas e deve seguir práticas de boa aceitação geral para proteger o material estocado E O EngCopter deve estocar e proteger partes sendo montadas, ou aguardando montagem, ou desmontagem, de modo a eliminar a possibilidade de danos às mesmas. F O EngCopter deve prover adequada ventilação nas oficinas e áreas de trabalho, de montagem e de estoque, a fim de evitar que a eficiência física dos empregados seja prejudicada G O EngCopter deve prover adequada iluminação em todos os ambientes de trabalho, a fim de evitar que a qualidade do trabalho sendo feito fique prejudicada H O EngCopter deve prover adequado controle de temperatura e umidade em todos os locais onde tal controle seja necessário para preservar a qualidade do trabalho sendo feito ou preservar a qualidade do material estocado I O EngCopter deve prover, sempre que requerido, um local apropriado para a área onde for realizada manutenção de baterias, isolado das demais seções, provido de piso resistente a ácidos e dotado de meios que permitam exaustão de gases. Baterias ácidas e alcalinas devem ser trabalhadas e armazenadas em locais totalmente isolados um do outro J O EngCopter deve prover, sempre que requerido, um local isolado para depósito de inflamáveis, afastado do hangar e arejado; Caso possua instalações elétricas, estas devem ser blindadas e com comandos externos 32 K O EngCopter deve prover um local isolado, externamente ao hangar e arejado, para o compressor, sempre que este for requerido L O EngCopter deve prover um local isolado para áreas onde forem feitos jateamentos de areia ou de esferas de vidro O EngCopter deve prover adequados dispositivos relativos à segurança do trabalho, incluindo pelo menos: M1 Extintores de incêndio adequados aos tipos de ocorrências mais prováveis, em número mínimo de 1 por ambiente; no caso de ambiente muito amplo, deve haver um número suficiente que permita ser alcançado em qualquer ponto em tempo hábil por qualquer pessoa normal M2 Sistema de proteção para instalação elétrica e fontes geradoras de eletricidade M M3 Caixa de primeiros socorros em local de fácil acesso, contendo no mínimo medicamentos e dispositivos aplicáveis em fratura, queimaduras e contaminação dos olhos N O cumprimento da legislação do Ministério do Trabalho, que aprova as Normas Regulamentadoras relativas a segurança e medicina no trabalho, pode atender ao requerido nos parágrafos (f), (g), (h) e (m) desta seção Nota: quadro criado a partir das instruções do RBA 145, com as condições necessárias para homologação (CHE) classe C. Na Ilustração 18 mostra-se o projeto completo das instalações do heliporto. ILUSTRAÇÃO 18 – INSTALAÇÕES DO HELIPORTO ENGCOPTER Nota: Ilustração criada em programa computacional Autocad 14, 25 jun. 2010 Além dos hangares, salas de apoio e prédio administrativo, o heliporto conta com área destinada a estacionamento de carros, área de circulação pavimentada e facilidades para carga e descarga de mercadorias. 33 5.3 INSTALAÇÃO DE DEPÓSITOS DE COMBUSTÍVEL Existem, nas instalações, dois depósitos de combustível para uso aeronáutico, com Querosene A-1 e AV-GAS, para atender eventuais necessidades de abastecimento em aeronaves. Estes depósitos estão instalados de forma que atendam a regulamentação vigente da ANAC em relação ao armazenamento de combustíveis. Os depósitos são externos, ou seja, estão sobre a superfície para que se possam detectar possíveis vazamentos. Também, para possibilitar uma rápida e contínua manutenção nos tanques de armazenamento, estes tanques estão sob um teto, como mostrado na Ilustração 19, para evitar a contaminação dos combustíveis com água vinda da chuva. ILUSTRAÇÃO 19 - TANQUE DE COMBUSTÍVEL SOBRE A SUPERFÍCIE Fonte: COMPRECAR. Disponível em: http://www.comprecar.com.br/imgSite/veiculos/2709318746.jpg. Acesso em 20 jul. 2010 34 Existem, ainda, caminhões equipados para o abastecimento de aeronaves nas pistas de pouso, exemplificados pela ilustração 20. Todas as informações referentes a normativa de instalação e operação se encontram na resolução 126/2009 da ANAC, disponível no anexo H deste trabalho. ILUSTRAÇÃO 20 – CAMINHÃO PARA ABASTECIMENTO REMOTO Fonte: PETROBRAS. Disponível em: http://www.hotsitespetrobras.com.br/petrobrasmagazine/Edicoes/Edicao57/pt/imgs/pt/ plano_negocios_08.jpg; Acesso em 06 set. 2010 5.4 EXTINTORES DE INCENDIO Também, atendendo às normativas para controle e extinção de incêndio contidas na lei N- 18/GM5, de 14 de fevereiro de 1974 , as instalações contam com estação de bombeiros, equipada com extintores de incêndio tipo A B C, espuma, baldes de areia e mangueira com hidrante. A água utilizada para abastecer o hidrante é recolhida da chuva e guardada em cisternas subterrâneas. Há um caminhão bomba para eventual combate de incêndio, similar ao mostrado na ilustração 21. 35 ILUSTRAÇÃO 21 – CAMINHÃO BOMBA Fonte: COMAER. Disponível em: http://www.atribunamt.com.br/wpcontent/uploads/2010/07/caminhao-ap2-28-05-10.jpg; Acesso em 07 set. 2010 Em heliportos não localizados em aeroportos, de acordo com a lei, recomenda-se existência de quantidades mínimas de equipamentos em função do tamanho máximo das aeronaves autorizadas a operar. Sendo assim, o heliporto da EngCopter, com previsãopara operação de aeronaves com peso superior a 4500 kg,. deverá ter à sua disposição os seguintes equipamentos: • 4 extintores de pó químico, de 12 kg cada um; • 2 extintores de CO², de 6 kg cada um; • 1 extintor, sobre rodas, de pó químico seco, de 70 kg; • 1 extintor, sobre rodas, de espuma química, de 75 litros; 36 Todos os extintores de incêndio deverão estar guardados em local protegido das inclemências do tempo, em lugar de fácil acesso e corretamente identificados. Deverá existir um quadro explicativo da aplicação de cada um dos extintores para casos específicos da origem do fogo. Todas as informações referentes a normativa de instalação e operação aplicáveis a extintores de incêndio se encontram na resolução 115/2009 da ANAC.e seus apêndices: 1, 2, 3 e 4., disponíveis no anexo I deste trabalho. 5.5 SEGURANÇA PREDIAL DA BASE Visando a segurança do heliporto, toda a propriedade do terreno é cercada por tela de arame e colunas tipo “palitos”, de concreto, e ainda deve existir uma guarita de segurança na entrada principal e outra nos fundos da propriedade. Na ilustração 22, tem-se uma imagem dos tipos de cerca empregados para a segurança predial da EngCopter. Na ilustração 23, tem-se uma imagem de guarita/portaria para controle de entrada e saída. ILUSTRAÇÃO 22 – TIPOS DE CERCA DE SEGURANÇA Fonte: CASAFORTE. Disponível em: www.casaforteconstrucoes.com.br/img/produtos/. Acesso em 07 set. 2010 ILUSTRAÇÃO 23 – PORTARIA: FRENTE E FUNDOS 37 Fonte: MRV ENGENHARIA. Disponível em: http://imoveis.mrv.com.br/casas/minasgerais/uberlandia/jardimkaraiba/thepalmshouseseclub/ Acesso em: 08 set. 2010 Para efeito de controle de portarias e reforço na segurança, está previsto o uso de crachás de identificação para todos os funcionários do heliporto. A base conta também com a proteção de uma empresa de segurança 24 horas, sendo esta terceirizada. Para solucionar qualquer tipo de inconveniente devido a cortes de energia, está prevista a instalação de um moto-gerador movido a Diesel com capacidade suficiente para atender todo o consumo de energia do heliporto. 5.6 SINALIZAÇÃO DA BASE Quando se trata de sinalização aeronáutica a primeira coisa que vem a tona e a simples e útil “Biruta”, bem conhecida no ambiente aeronáutico. O heliporto conta com uma biruta de sinalização de ventos localizada no alto do prédio principal, de fácil visualização para quem estiver efetuando operações de pouso ou decolagens no EngCopter. Todas as pistas estão sinalizadas conforme a norma da ANAC, informando com a letra “P” que se trata de uma pista de pouso privada para helicópteros e o número que indica o peso em toneladas que a pista suporta. Para as informações pintadas nas pistas de pouso existem normas quanto à dimensão, tipo de letra e cor das mesmas e dos algoritmos utilizados para indicar o peso máximo suportado pela pista de pouso. Os tipos e dimensões de algoritmos podem ser encontrados na portaria 18/GMF5 de 1974. 38 Além de serem pintados na forma e dimensão pré-estabelecida, os algoritmos devem ser de cor amarela ou branca, podendo ser fluorescentes para maior contraste das outras, também representadas dentro da área de pouso. Na Ilustração 24 mostra-se uma representação com cotas em metros de uma pista de pouso com o triângulo indicador da área de toque, e o peso máximo que a mesma suporta indicado com 2 algoritmos. Nos heliportos públicos, privados ou em hospitais, deverá existir uma faixa delimitadora da área de pouso, tais faixas serão idênticas às faixas delimitadoras da área de toque. 39 ILUSTRAÇÃO 24 – PISTA DE POUSO COM SINAIS DELIMITADORES Fonte: ANAC, portaria 18/GM5, 1974 Para eventuais pousos noturnos nas pistas principais do heliporto, está prevista a iluminação conforme estabelecido pela ANAC na portaria 18/GMF5 de 1974. Veja-se ilustração 25. ILUSTRAÇÃO 25 - BALIZAMENTO PARA POUSO NOTURNO Fonte: ANAC, portaria 18/GM5, 1974 40 Na ilustração 26 mostra-se um exemplo de uma pista de pouso com iluminação acessa. ILUSTRAÇÃO 26 – PISTA DE POUSO COM ILUMINAÇÃO ACESA Fonte: SUNLAB POWER. Disponível em: http://klipsenergia.com.br/images/Heliporto_2.jpg. Acesso em 26 jul. 2010 Além das pistas de pouso e decolagem, todas as instalações do heliporto devem estar corretamente identificadas. No portão de entrada, estão identificados os caminhos para chegar aos diferentes setores do heliporto; uma vez dentro do setor desejado, existe, no interior dos prédios, identificação dos diferentes departamentos ou lugares específicos que atendem as pessoas ou clientes. Dentro do prédio principal existe identificação para “Sala de Briefing”; Sala dos pilotos; Departamento financeiro; Centro de controle de documentação; Sanitário feminino, Sanitário masculino; Vestiários; Torre de controle; Gerência geral; Diretoria; Sala de espera; Sala de embarque. Também estão identificados os diferentes caminhos para transitar entre os prédios e hangares. Dentro deles é possível andar com segurança. A delimitação das áreas de circulação livre é feita com fita, no chão, nos hangares de pernoite, manutenção e no pátio de circulação. Está previsto, também, um caderno de registro de relatório de perigo (RELPER) para situações que possam ocasionar algum incidente ou acidente. 41 A ilustração 27 apresenta, como ideia geral final, o projeto do heliporto EngCopter, em toda sua estrutura predial e edificações, dentro do terreno escolhido para tais instalações. ILUSTRAÇÃO 27 – TERRENO COM AS INSTALAÇÕES DA ENGCOPTER Nota: Ilustração construída a partir de dados obtidos através do programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 2009. 42 6 PESSOAL NECESSÁRIO PARA A OPERAÇÃO DO HELIPORTO Não existe definição prevista para número mínimo de funcionários de um heliporto, posto que a quantidade se dá em relação ao número de operações e ao tamanho do mesmo. Existem cargos e funções que, do ponto de vista técnico e operacional, devem ser contempladas para o funcionamento do heliporto. Tais funções foram pesquisadas no Manual de implementação de aeroportos do IAC.( 2010) Obviamente, além destes cargos e funções, existem aqueles para a área de manutenção e também para toda a manutenção e segurança do heliporto. Seguem os cargos e funções apresentados para este trabalho. Superintendente do Aeroporto. (op cit.) Tem como funções principais: • Organizar, planificar, orientar, supervisionar, comandar e controlar atividades de operações de tráfego, comércio no terminal, serviços, construção, manutenção, segurança, administração, finanças e relações públicas no aeroporto; • Administrar o aeroporto, seguindo prescrição de normas e procedimentos emanados da Superintendência, através da Divisão de Aeroportos; Admitir e/ou dispensar empregados, cujos níveis são determinados pela Superintendência,através da Divisão de Aeroportos; • Conferir e assinar documentos circulantes do aeroporto; • Dar quitação e assinar recibos, segundo os parâmetros estabelecidos pela Superintendência, através da Divisão de Aeroportos; • Executar orçamentos autorizados; • Supervisionar e coordenar atividades a cargo de terceiros, no aeroporto, fiscalizando a execução dos serviços contratados; • Acompanhar, verificar e orientar os trabalhos de fiscalização e controle de tráfego de passageiros e bagagens; • Efetuar investigações e sindicâncias em atos de sabotagem, sinistros, incêndios e acidentes diversos, comunicando à Superintendência e solicitando apoio dasguarnições locais; 43 • Elaborar normas de trabalho. Gerente Operacional (op cit.) Tem como funções principais: • Controlar e inspecionar documentos de passageiros em embarques ou desembarques; • Orientar e fiscalizar as condições de operação de pistas, pátios de manobra e estacionamento de aeronaves; • Observar irregularidades no sistema de balizamento, táxi e estacionamento de aeronaves; • Manter contato com órgãos públicos, visando à cooperação mútua em serviços ou informações; • Observar a legislação aeroportuária no tocante à atividade de tráfego; • Organizar e supervisionar serviços de informações, cobrança de tarifas aeroportuárias, • chegada e saída de aeronaves, segurança e manutenção; • Coordenar e colaborar na execução dos planos de emergência, de desinterdição de pistas, de emergências médicas e de segurança e prevenção de atos ilícitos contra a Aviação Civil; • Estruturar ações administrativas, comerciais, de operações, manutenção, engenharia de segurança; • Instruir pedidos de isenção de pagamentos de tarifas; • Emitir relatório circunstanciado acerca de todas as atividades desenvolvidas no aeroporto, assim como medidas adotadas, e oferecer sugestões para os problemas surgidos; • Avaliar produção e produtividade dos funcionários; • Elaborar e conduzir programas de treinamento de pessoal. Auxiliar de Operação e tráfego (op cit.) Tem como funções principais: • Fornecer instruções relativas à sequência de local de parqueamento, normas de segurança quanto à movimentação de aeronaves, veículos, equipamentos, pessoas e no reabastecimento de aeronaves; 44 • Acompanhar, controlar e liberar cargas sujeitas a critérios especiais. Gerente de Segurança de Aviação Civil (op cit.) Tem como funções principais • Instruir, em caso de anormalidade, sobre detenção de passageiros e/ou pessoas suspeitas a bordo de aeronaves ou nas dependências do aeroporto; • Orientar a inspeção de equipamentos e instalações, bem como ministrar ensinamentos relativos à segurança, coordenando a distribuição e divulgação de normas inerentes; • Instruir sobre a utilização de equipamentos de proteção e combate a incêndio e outros procedimentos a serem adotados na revista de passageiros e bagagens. Auxiliar de Serviços (op cit.) Tem como funções principais • Coordenar e executar serviços administrativos, compilando dados, redigindo minutas, cartas e expedientes, bem como lendo e interpretando publicações; • Controlar recebimento de receitas arrecadadas; • Acompanhar tarefas de licitação, bem como fiscalizar o cumprimento de contratos; • Coordenar a gestão de atividades publicitárias e promocionais; • Desenvolver novas formas de captação de recursos e de melhoria dos serviços prestados pelo aeroporto. Responsável pela qualidade de serviço (RPQS) (op cit.) • Deve estar de acordo com a classe de homologação da empresa aeronáutica, CHE, sendo o inspetor principal da empresa. • Deve estar de acordo com a graduação e os certificados de conhecimento teóricos previstos no RBA 145 Mecânico de manutenção aeronáutica (op cit.) • Deve possuir as carteiras aeronáuticas que o habilitam a atuar na área de manutenção, de acordo com o RBA 145. 45 7 CERTIFICAÇÃO DO HELIPORTO Ao assinar a Convenção da Aviação Civil Internacional, em 1944, cada Estado-Contratante, entre eles o Brasil, assumiu a responsabilidade de garantir a segurança operacional, regularidade e eficiência das operações das aeronaves nos aeródromos sob sua jurisdição (Instituto de Aviação Civil – IAC, 2010) De acordo com aquela Convenção, sempre que a administração de um aeroporto é delegada a um operador ou uma administração, a Autoridade Aeronáutica do Brasil permanece com a responsabilidade de supervisionar e garantir que o operador atenda ou obedeça às Normas e Práticas Recomendadas (SARP - Standards and Recommended Practices) pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) e à legislação nacional aplicada ao assunto. (op cit.) Nesse contexto, o Brasil está implementando uma legislação, denominada RBHA 139 – Certificação Operacional de Aeroportos, que estabelece o processo para certificar os aeroportos brasileiros. Assim, conforme essa nova legislação, o DAC certificará os aeroportos a partir da aprovação do Manual Operacional de Aeroporto (MOA), apresentado pela organização que o administra ou pretenda administrar. (op cit.) O estudo feito para a implantação do Heliporto EngCopter atende as normativas do RBHA 139 assim como outras leis vigentes no Brasil, não sendo necessário a apresentação de várias documentações especificas aplicadas a aeroportos de grande porte ou ainda a aeroportos internacionais. Em anexo, encontra-se a lista de leis aplicáveis a homologação de um heliporto. 46 8 CONCLUSÃO Ao início da pesquisa pretendia-se realizar o estudo geral da instalação do heliporto denominado como EngCopter. Mas, com o decorrer do trabalho, a pesquisa foi migrando para o estudo específico das leis reguladoras da atividade, e a escolha do terreno para a instalação do mesmo. Foram citadas e estudadas duas leis, uma municipal que regula o uso e a ocupação do solo na cidade de Curitiba e região, e uma lei federal que regulamenta as necessidades para a instalação e operação de um heliporto no Brasil. O objetivo geral desse trabalho foi o de avaliar a viabilidade de instalação de uma base de operações de helicópteros para na zona oeste de Curitiba, satisfatoriamente atendido. Conclui-se que é viável a instalação proposta, amparada pela legislação vigente reguladora dessa atividade. Também, foram levantados os elementos necessários para a instalação da base EngCopter, plantas e recursos humanos. Durante o desenvolvimento da pesquisa foi constatado que as leis reguladoras da atividade especifica, ou seja a instalação de um heliporto, data do ano de 1974, não havendo alguma atualização para tal atividade. Em relação à lei municipal, a mesma data do ano de 2000. Após o encerramento deste trabalho de pesquisa pode-se afirmar que a EngCopter se fundamenta nas leis vigentes reguladoras da atividade, sejam municipais ou federais e por conseguinte tem todo o apoio que a lei profere tanto para as instalações quanto para seus usuários. O fato de estar dentro da lei, da a EngCopter uma condição estável e segura para o exercício das suas atividades, Como consideração para estudos futuros, recomenda-se que seja feita uma análise econômica atualizada, no momento da aplicação da instalação da base, que esta pesquisa não teve por objetivo contemplar. 47 REFERÊNCIAS AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC. Instruções para Operação de Helicópteros para Construção e Utilização de Helipontos ou Heliportos. Portaria nº 18/GM5 de 14 de Fevereiro de 1974. Disponível em: http://www.anac.gov.br/biblioteca/portarias/port0018GM5.pdf. Acesso em: 20 ago. 2009. AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC. RBAC 139 - Certificação Operacional de Aeroportos. 2003. AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC. RBHA 145 - Empresas de Manutenção de Aeronaves. 1990. AGENCIA NACIONAL DE AVIACAO CIVIL-. Total de helicópteros por estado 2009. Disponível em:http://www.anac.gov.br/arquivos/aeronaves/rankingTotalHelicopteroEstado.pdf AGENCIA NACIONAL DE AVIACAO CIVIL-. Sistema de gerenciamento de segurança operacional para pequenos provedores de serviços da aviação civil 2009. Disponível em:http://www.anac.gov.br/biblioteca/resolucao/ra2009-0106.pdf AGENCIA NACIONAL DE AVIACAO CIVIL-. Critérios regulatórios quanto a implantação, operação e manutençãodo serviço de prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeródromos civis 2009. Disponível em: http://www.anac.gov.br/biblioteca/boletim/bps/ra2009-0015.pdf BRASIL. AIC 12/07. Rotas especiais em vôo visual na CTR Curitiba, 07 Jun. 2007. CASAFORTE. Cerca de segurança. Disponível em: www.casaforteconstrucoes.com.br/img/produtos/. Acesso em 07 set. 2010 COMAER. Caminhão Pipa. Disponível em: http://www.atribunamt.com.br/wpcontent/uploads/2010/07/caminhao-ap2-28-05- 10.jpg; Acesso em 07 set. 2010. COMPRECAR. Tanque de combustível sobre a superfície. Disponível em: http://www.comprecar.com.br/imgSite/veiculos/2709318746.jpg. Acesso em 20 jul. 2010. FREITAS, Clayton. Frota de helicópteros em SP deve aumentar 18% até 2010 e preocupa Aeronáutica. Folha Online, 28/02/2008. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u377030.shtml. Acesso em: 07 set. 2010. INFRAERO – INFRAESTRUTURA AERONÁUTICA. Tarifas Aeroportuárias. Disponível em: http://www.infraero.gov.br/item_gera.php?gi=taraero&menuid=tar. Acesso em: 02 set. 2010 48 INSTITUTO DE AVIAÇÃO CIVIL – IAC. Manual de Implementação de Aeroportos. Disponível em: http://ong.prosperustec.com.br/mprd/wp– content/uploads/2008/10/anac–manualimplementacaogeral.pdf. Acesso em: 01 set. 2010. KÖNIG, Mauri. Curitiba descobre o helicóptero. Capital concentra dois terços dos 42 helicópteros do Paraná. É a sexta maior frota do país, que tem 1.255 dessas aeronaves. Folha Online, 04/10/2009. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=930378. Acesso em: 18 jul. 2010. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001. MRV ENGENHARIA. Guarita. Disponível em: http://imoveis.mrv.com.br/casas/minasgerais/uberlandia/jardimkaraiba/thepalmshous eseclub/. Acesso em: 08 set. 2010 PETROBRAS. Caminhão para abastecimento remoto. Disponível em: http://www.hotsitespetrobras.com.br/petrobrasmagazine/Edicoes/Edicao57/pt/imgs/pt / plano_negocios_08.jpg; Acesso em 06 set. 2010. PINHEIRO, Adônis. 2008. Notas de aula do curso de pós-graduação em Gestão de Empresa de Transporte Aéreo e Gestão de Empresa de Manutenção Aeronáutica, oferecidos pela Universidade Tuiuti do Paraná. PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. A lei 9800/00 – Uso e ocupação do solo em Curitiba e região, de 03 de Janeiro de 2000. SILVA, Jussara Maria da. 2009. Notas de aula do curso de pós-graduação em Gestão de Empresa de Transporte Aéreo e Gestão de Empresa de Manutenção Aeronáutica, oferecidos pela Universidade Tuiuti do Paraná. SUNLAB POWER. Pista de pouso com iluminação acesa. Disponível em: http://klipsenergia.com.br/images/Heliporto_2.jpg. Acesso em 26 jul. 2010 ANAC 49 ANEXOS • ANEXO A - AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC. Instruções para Operação de Helicópteros para Construção e Utilização de Helipontos ou Heliportos. Portaria nº 18/GM5 de 14 de Fevereiro de 1974. • ANEXO B - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. A lei 9800/00 – Uso e ocupação do solo em Curitiba e região, de 03 de Janeiro de 2000. • ANEXO C - AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC. RBAC 139 - Certificação Operacional de Aeroportos. 2003. • ANEXO D - AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC. RBHA 145 - Empresas de Manutenção de Aeronaves. 1990. • ANEXO E - BRASIL. AIC 12/07. Rotas especiais em voo visual na CTR Curitiba, 07 Jun. 2007. • ANEXO F - INSTITUTO DE AVIAÇÃO CIVIL – IAC. Manual de Implementação de Aeroportos. 2010. MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA COMANDO GERAL DE APOIO DIRETORIA DE ELETRÔNICA E PROTEÇÃO AO VÔO Instruções para Operação de Helicópteros para Construção e Utilização de Helipontos ou Heliportos Portaria nº 18/GM5, de 14 de Fevereiro de 1974. Portaria nº 046/GM5, de 6 de Maio de 1974. Portaria nº 397/GM5, de 21 de Maio de 1976. Portaria nº 745/GM5, de 06 de Outubro de 1976. Portaria nº 463/GM5, de 06 de Maio de 1977. Portaria nº 1230/GM5, de 15 de Outubro 1979. Portaria nº 353/GM5, de 21 de Março de 1981. Portaria nº 830/GM5, de 22 de Julho de 1983. A DIVULGAÇÃO DESTA PORTARIA, ATRAVÉS DA PRESENTE FMA-DEPV-61-15, FOI APROVADA POR ATO BAIXADO PELO EXMO, SR. DIRETOR DE ELETRÔNICA E PROTEÇÃO AO VÔO, CONFORME FEZ PÚBLICO O BOLETIM Nº 161 DE 23 DE AGOSTO DE 1974 E ENTRARÁ EM VIGOR A PARTIR DE 03 DE FEVEREIRO DE 1975. 1 PORTARIA N- 18/GM5, DE 14 DE FEVEREIRO DE 1974* Aprova Instruções para Operação de Helicópteros e para construção e utilização de Helipontos ou Heliportos O MINISTRO DE ESTADO da Aeronáutica, usando das atribuições que lhe confere o artigo 64 do Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, e o disposto no Decreto nº 70.171, de 18 de fevereiro de 1972; e Considerando a necessidade de disciplinar a construção de helipontos e heliportos, de estabelecer regras especiais para o tráfego aéreo de helicópteros e de fixar normas operacionais para a sua utilização RESOLVE: Art. 1º - Aprovar as Instruções anexas a esta Portaria, que estabelece Requisitos para construção e utilização de helipontos ou heliportos, Regras especiais de Tráfego Aéreo, Normas operacionais e Procedimentos especiais na operação de helicópteros. Art. 2º - O Diretor-Geral do Departamento de Aviação Civil, o Comandante do Comando de Apoio de Infra-Estrutura e o Diretor da Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo, poderão baixar instruções complementares necessárias a explicitar a aplicação das Instruções aprovadas por esta Portaria, nos assuntos afetos aos seus respectivos Órgãos. Art. 3º - As homologações e/ou registros de helipontos ou heliportos que estiverem contrariando o disposto nestas Instruções, deverão ser cancelados. Art. 4º - O não cumprimento das disposições aprovadas por esta Portaria acarretará aos infratores as sanções previstas no Código Brasileiro do Ar. 2 Art. 5º - Os casos omissos serão resolvidos pelas Autoridades citadas no artigo 2º desta Portaria. Art. 6º - A presente Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário e, em especial, a IMA-DR-60-04, de 01 de julho de 1969 e sua emenda nº 1. a. de 02 de outubro de 1970. JOELMIR CAMPOS DE ARARIPE MACEDO Ministro da Aeronáutica * NOTA - Esta Portaria já se encontra em conformidade com as modificações introduzidas pela Portaria nº 461GM5, de 16 de maio de 1974. 3 INTRODUÇÃO I - As presentes Instruções têm por finalidade: 1 - Estabelecer: a - os requisitos para construção e utilização de helipontos; b - as regras especiais de tráfego aéreo para helicópteros; c - as normas operacionais para utilização dos helicópteros; d - os procedimentos especiais para helicópteros em zonas urbanas. 2 - Orientar: a - os operadores de helicópteros, quanto às exigências que deverão ser cumpridas visando a segurança na operação dessas aeronaves; b - os operadores de heliportos e/ou helipontos quanto aos requisitos de segurança necessários para sua utilização; c - as autoridades competentes quanto à fiscalização de áreas de pouso e do controle de tráfego aéreo de helicópteros, principalmente em áreas urbanas. II - Para maior facilidade de manuseio, as presentes Instruções foram divididas em 05 (cinco) partes, englobando os seguintes assuntos: 1 - Parte I - Definições e Disposições Gerais; 2 - Parte II - Requisitos para Construção de Helipontos; 3 - Parte III -Regras Especiais de Tráfego Aéreo para Helicópteros; 4 - Parte IV- Normas Operacionais para Helicópteros; 5 - Parte V- Procedimentos Especiais para Helicópteros em Zonas Urbanas. 4 PARTE I DEFINIÇÕES E DISPOSIÇÕES GERAIS 1.0 - DEFINIÇÕES 1.1 - Para efeito do disposto nestas Instruções, são adotadas as seguintes definições: a -Área de Estacionamento Área destinada ao estacionamento de helicópteros, localizada dentro dos limites do heliporto ou heliponto. b -Área de Pouso e Decolagem Área do heliponto ou heliporto, com dimensões definidas, onde o helicóptero pousa e decola (Fig. 1 e 2). c -Área de Pouso e Decolagem de Emergência para Helicópteros Área de Pouso e Decolagem construída sobre edificações, cadastrada no Comando Aéreo Regional respectivo, que poderá ser utilizada para pousos e decolagens de helicópteros, exclusivamente em casos de emergência ou de calamidade. d -Área de Pouso Ocasional Área de dimensões definidas, que poderá ser usada, em caráter temporário, para pousos e decolagens de helicópteros mediante autorização prévia, específica e por prazo limitado, do Comando Aéreo Regional respectivo. Deverá obedecer às normas de segurança exigidas para os helipontos em geral. e -Área de Toque Parte da área de pouso e decolagem, com dimensões definidas, na qual é recomendado o toque do helicóptero ao pousar (Fig. 1 e 2). f-Corredor Aéreo de Circulação de Helicópteros(CH). Espaço aéreo para o qual deverá ser canalizado fluxo de tráfego de helicópteros, quando implantado numa TMA, cujas dimensões serão fixadas pela DEPV. g- Efeito de Solo Aumento de sustentação do helicóptero produzido pela reação do deslocamento de ar do rotor quando o aparelho paira ou se desloca com baixa velocidade próximo ao solo ou outras superfícies. O efeito de solo é efetivo até uma altura correspondente a aproximadamente 1/2 (meio) diâmetro do rotor. h-Heliponto Área homologada ou registrada, ao nível do solo ou elevada. utilizada para pousos e decolagens de helicópteros (Fig. 1). i-Heliponto Civil Heliponto destinado, em princípio, ao uso de helicópteros civis. j-Heliponto Elevado Heliponto localizado sobre edificações. l-Heliponto Militar Heliponto destinado ao uso de helicópteros militares. m-Heliponto Privado Heliponto Civil destinado ao uso de helicópteros de seu proprietário ou de 5 pessoas por ele autorizada, sendo vedada sua utilização em caráter comercial. n -Heliponto Público Heliponto Civil destinado ao uso de helicópteros em geral. o -Heliportos Helipontos Públicos dotados de instalações e facilidades para apoio de helicópteros e de embarque e desembarque de pessoas, tais como: Pátio de estacionamento, estação de passageiros, locais de abastecimento, equipamentos de manutenção, etc. (Fig. 2). p - Heliportos Elevados Heliportos localizados sobre edificações. q - Pista de Rolagem Pista de dimensões definidas, destinada à rolagem de helicópteros entre a área de pouso ou de decolagem e a área de estacionamento ou de serviços. r - Rolagem Movimento do helicóptero de um ponto para outro, realizado na superfície ou pouco acima desta, conforme o tipo de trem de pouso do helicóptero. s - Superfície de Aproximação e de Saída Superfície inclinada, livre de obstáculos, escolhida para as operações de aproximação e de saída de helicópteros, que se inicie no bordo da área de pouso, entendendo-se para cima e para fora dessa área, com a declividade de 1:8 (Fig. 1, 2 e 3). t - Superfície de Transição Superfície inclinada, livre de obstáculos, que se inicia no bordo da área de pouso, estendendo-se, lateralmente, para cima e para fora dessa área, com a declividade de 1:2 (Fig. 1). u - Vôo Pairado Manobra na qual o helicóptero é mantido em vôo, sem movimento de trans- lação em relação a um ponto no solo ou na água. 2.0 - DISPOSIÇÕES GERAIS 2.1- Os helipontos civis poderão ser utilizados por helicópteros militares. 2.2 - Consideram-se helicópteros militares aqueles pertencentes às Forças Armadas. 2.3 - Os helipontos militares poderão ser utilizados por helicópteros civis, obedecidas as prescrições estabelecidas pela autoridade militar que tiver jurisdição sobre o heliponto. 2.4 - Além das condições estabeleci-das nas presentes instruções e no que couber, a construção e conseqüente utilização de helipontos militares deverá ser precedida de consulta ao Estado-Maior da Aeronáutica. 2.5 - Os helipontos civis serão abertos ao tráfego através de processo de registro ou homologação a cargo da autoridade aeronáutica competente, definida nos subitens 16.3 e 16. 4 do item 16 da Parte II das presentes Instruções. 2.6 - Os helipontos públicos serão construídos, mantidos e explorados diretamente pela União, ou mediante concessão ou autorização, obedecidas as condições nelas estabelecidas. 2.6.1 - Entre as condições de concessão ou da autorização, figurará, obrigatoriamente, a observância das instruções de natureza administrativa e técnica, emanadas de autoridades federais, para assegurar, no território nacional, a uniformidade das normas relativas à navegação aérea e aos transportes aéreos em helicópteros. 2.6.2 - Nos helipontos públicos sediados em Unidades Militares, as jurisdições e esferas de competência das autoridades civis e militares serão definidas em regulamentação especial. 2. 7 - Tendo em vista que um heliporto é um heliponto público dotado de facilidades de apoio e de embarque e desembarque de pessoas e cargas, somente a palavra <<heliponto>> será utilizada nas presentes Instruções. 6 7 8 9 PARTE II REQUISITOS PARA CONSTRUÇÃO DE HELIPONTOS 1.0 - GENERALIDADES 1.1 - As recomendações que ora se seguem visam a atender a todos os helicópteros. Funcionam em sua generalidade e nunca devem ser impostas a toda e qualquer classe de equipamento. Muito se pode obter em funcionalidade quando realmente são conhecidas as características dos helicópteros, fato esse de grande valia ao se projetar, especificamente, helipontos privados. 1.2 - Em todos os casos, a opinião do órgão governamental responsável pela aprovação e fiscalização dos helipontos deverá ser obtida, conforme o estabelecido no item 15.0 da Parte Il das presentes Instruções. 1.3 - As características a seguir apresentadas são específicas para os helipontos ao nível do solo. Para helipontos elevados, por exemplo, em terraços de edifício, as recomendações previstas no item 9.0 desta Parte II deverão ser consideradas. 2.0 - ESCOLHA DO LOCAL 2.1 -Para se escolher o local destinado à construção de um heliponto, muitas considerações deverão ser feitas objetivando uma série de atendimentos, principalmente os relativos à segurança das operações, interesse da comunidade e dos usuários. Assim, considerações sobre facilidades de acesso por superfície ao local, nível de ruído sobre a comunidade, condições de vento, interferência no tráfego aéreo local, além de outras mais, deverão ser cuidadosamente estudadas. 2.2 - Os helipontos devem ser localizados de maneira que o ruído dos helicópteros, nas operações de pousos e decolagens, não venha trazer incômodo à coletividade vizinha, respeitados os limites sonoros estabelecidos na legislação competente. 3.0 - CARACTERISTICAS DO LOCAL 3. 1 Topografia Locais com topografia irregular, além dos problemas normais
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