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Estudo da viabilidade tecnica e legal da instalacao de uma base de operacoes de helicopteros na zona oeste de Curitiba pr

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ 
Rodolfo Enrique Perdomo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DA VIABILIDADE TÉCNICA E LEGAL DA INSTALAÇÃO 
DE UMA BASE DE OPERAÇÕES DE HELICÓPTEROS 
NA ZONA OESTE DE CURITIBA/PR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2010 
Rodolfo Enrique Perdomo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DA VIABILIDADE TÉCNICA E LEGAL DA INSTALAÇÃO 
DE UMA BASE DE OPERAÇÕES DE HELICÓPTEROS 
NA ZONA OESTE DE CURITIBA/PR 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
como requisito para obtenção do grau de 
Especialista em Gestão de Empresa de 
Manutenção de Aeronaves da Universidade Tuiuti 
do Paraná. 
 
Orientadora: Prof. Me. Silvia Mara Veronese 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2010
RESUMO 
 
Este trabalho analisa as condições técnicas e legais necessárias para a instalação 
de um Heliporto na zona oeste da cidade de Curitiba, nas proximidades da Cidade 
Industrial. Não será analisado o aspecto econômico pelo fato da mudança dinâmica 
da situação financeira do país e da região onde ocorreu o estudo. O trabalho visa 
pesquisar os requisitos enquadrados dentro das leis reguladoras da atividade, leis 
ambientais e municipais para o uso do solo e portarias específicas para a 
regulamentação da atividade. Foi analisada a escolha do terreno de acordo com as 
limitações legais de zoneamento na cidade de Curitiba e região, e foi feito um estudo 
da planta do heliporto respeitando as regulamentações de sinalização e circulação 
para helicópteros na zona de influência do mesmo, estando toda a pesquisa 
fundamentada nas legislações da agência reguladora, a Agência Nacional de 
Aviação Civil (ANAC). Este trabalho se limita unicamente ao estudo da instalação 
física da base do heliporto, as limitações legais e o estudo de sinalização das pistas 
de pouso e decolagem. 
 
Palavras-chave: Helicóptero. Heliporto. RBAC. 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
ILUSTRAÇÃO 1– CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE POUSO E DECOLAGEM .....9 
ILUSTRAÇÃO 2 – CRESCIMENTO DA FROTA.......................................................12 
ILUSTRAÇÃO 3 – REGISTRO DE HELICÓPTEROS NO BRASIL...........................13 
ILUSTRAÇÃO 4 – REGISTRO DE HELICÓPTEROS 2009.....................................15 
ILUSTRAÇÃO 5 – DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL EM CURITIBA ..................19 
ILUSTRAÇÃO 6 – FOTO AÉREA DO TERRENO ESCOLHIDO...............................20 
ILUSTRAÇÃO 7 – TERRENO ESCOLHIDO: RUAS CIRCUNDANTES....................20 
ILUSTRAÇÃO 8 – MEDIDAS DO TERRENO ESCOLHIDO .....................................21 
ILUSTRAÇÃO 9 – CERCANIAS DO TERRENO.......................................................22 
ILUSTRAÇÃO 10 – AEROPORTOS DE CURITIBA..................................................23 
ILUSTRAÇÃO 11 – DISTÂNCIAS ENTRE OS AEROPORTOS................................23 
ILUSTRAÇÃO 12 – CORREDORES AÉREOS DE CURITIBA .................................24 
ILUSTRAÇÃO 13 – RAIOS DE ABRANGÊNCIA DOS AEROPORTOS ...................25 
ILUSTRAÇÃO 14 – QUADRO DE DEFINIÇÕES......................................................27 
ILUSTRAÇÃO 15 – PISTA DE POUSO PRINCIPAL ................................................28 
ILUSTRAÇÃO 16 – RAMPAS DE POUSO E DECOLAGEM ....................................29 
ILUSTRAÇÃO 17 – PLANTA DOS ESCRITÓRIOS E SALAS DE APOIO ................30 
ILUSTRAÇÃO 18 – CONDIÇÕES DO LOCAL..........................................................31 
ILUSTRAÇÃO 19 – INSTALAÇÕES DO HELIPORTO ENGCOPTER......................32 
ILUSTRAÇÃO 20 – TANQUE DE COMBUSTÍVEL SOBRE A SUPERFÍCIE............33 
ILUSTRAÇÃO 21 – CAMINHÃO PARA ABASTECIMENTO REMOTO ....................34 
ILUSTRAÇÃO 22 – CAMINHÃO BOMBA .................................................................35 
ILUSTRAÇÃO 23 – TIPOS DE CERCA DE SEGURANÇA.......................................36 
ILUSTRAÇÃO 24 – PORTARIA: FRENTE E FUNDOS ............................................36 
ILUSTRAÇÃO 25 – PISTA DE POUSO COM SINAIS DELIMITADORES ................38 
ILUSTRAÇÃO 26 – BALIZAMENTO PARA POUSO NOTURNO..............................38 
ILUSTRAÇÃO 27 – PISTA DE POUSO COM ILUMINAÇÃO ACESA.......................39 
ILUSTRAÇÃO 28 – TERRENO COM AS INSTALAÇÕES DA ENGCOPTER ..........40 
 
SUMARIO 
 
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................6 
2 ESTUDO DA LEGISLAÇÃO....................................................................................9 
3 ESTUDO DE MERCADO.......................................................................................12 
3.1 SITUAÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE HELICÓPTEROS ..........................12 
3.2 SITUAÇÃO DO MERCADO REGIONAL DE HELICÓPTEROS..........................13 
3.3 SERVIÇOS OFERECIDOS POR COMPANHIAS DE HELICÓPTEROS ............14 
4 ESTUDO DO LOCAL DA IMPLANTAÇÃO ...........................................................16 
4.1 CARACTERÍSTICAS DO LOCAL........................................................................16 
4.2 ESCOLHA DO TERRENO ..................................................................................17 
5 INSTALACAO DO HELIPORTO............................................................................26 
5.1 PISTAS DE POUSO E DECOLAGEM ................................................................27 
5.2 HANGARES E OFICINAS...................................................................................28 
5.3 INSTALAÇÃO DE DEPÓSITOS DE COMBUSTÍVEL .........................................32 
5.4 EXTINTORES DE INCENDIO .............................................................................35 
5.5 SEGURANÇA PREDIAL DA BASE.....................................................................35 
5.6 PROJETO DE SINALIZAÇÃO DA BASE ............................................................36 
6 PESSOAL NECESSÁRIO PARA A OPERAÇÃO DO HELIPORTO .....................40 
7 CERTIFICAÇÃO DO HELIPORTO ........................................................................43 
8 CONCLUSÃO ........................................................................................................44 
REFERÊNCIAS.........................................................................................................45 
ANEXOS ...................................................................................................................47 
 
 
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Hoje, dentre os tantos gerenciamentos que o mundo moderno exige, cada 
vez mais são necessárias soluções para como administrar melhor o tempo. Uma 
forma de gerenciar o tempo econômico é a rápida movimentação de bens e de 
pessoas. Cada vez mais, torna-se decisiva a escolha pelo modal aéreo como 
solução para essas variáveis dentre as formas de transporte desenvolvidas, 
permitindo que tomadas de decisão sejam implementadas de forma rápida. 
Dessa forma, a sociedade produtiva buscou no desenvolvimento tecnológico 
a sua ferramenta de ação que permitiu a real alavancagem dos negócios e por 
consequência o progresso do uso do helicóptero. Embora ainda não seja popular em 
alguns países, o helicóptero tem servido para tais propósitos específicos, atendendo 
uma porção da sociedade que demanda esse tipo de solução. 
No Brasil não tem sido diferente de outros lugares do mundo aonde o uso do 
helicóptero vem fazendo a diferença a cada ano, aumentando o número de usuários 
deste meio de transporte. Isso tem resultado num considerável aumento do número 
de helicópteros, principalmente na cidade de São Paulo que, segundo Freitas 
(2008), detém a maior frota do país e a segunda maior do mundo, com mais de 136 
helipontos homologados no entorno do aeroporto de Congonhas. 
Este meio de transporte vem sendo cada vez mais utilizado, não só em 
virtude de sua versatilidadepara alcançar lugares remotos, mas, também, pela sua 
praticidade operacional e a economia de recurso para a infraestrutura aeroportuária. 
Além do seu emprego nas atividades socioeconômicas, o helicóptero pode 
ser empregado em outras atividades como, por exemplo, busca e salvamento, 
resgates, patrulhamento ou simples translado de pessoas ou equipamentos para fins 
específicos. 
Muitos centros urbanos dentro do Brasil já utilizam este meio de transporte 
como alternativa, sendo o caso de cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, 
Florianópolis e Brasília, dentre outras. Hoje, Curitiba está em sexto lugar no ranking 
de frota de helicópteros no Brasil, com 42 aeronaves registradas, segundo König 
(2009). 
Justifica-se a motivação pelo estudo da implantação de uma base 
operacional de helicópteros na região metropolitana desta cidade em virtude da 
proximidade da Copa do Mundo de Futebol, em 2014, dos Jogos Olímpicos de 2012, 
7 
 
e a facilidade de saída, principalmente ao oeste do estado, aonde se encontram 
inúmeras atividades industriais e geradoras de negócios. 
Atualmente, a atividade de operação de helicópteros vem sendo 
desenvolvida exclusivamente nos dois aeroportos da cidade de Curitiba, ou seja, no 
aeroporto internacional Afonso Pena, na região de São Jose dos Pinhais, e no 
aeroporto metropolitano do Bacacheri, na região urbana. 
Uma das possíveis soluções para prevenir este déficit de infraestrutura 
gerado pelo natural crescimento do setor é a implantação de novos centros de 
operações de helicópteros na cidade de Curitiba ou região. Assim, se levanta o 
seguinte problema de pesquisa: quais os elementos necessários para a instalação 
de uma base de operações de helicópteros para fins comerciais na zona oeste de 
Curitiba, dentro do marco legal brasileiro? 
O objetivo geral desse trabalho é pesquisar as necessidades técnicas e 
legais necessárias para a instalação de uma base de operações de helicópteros 
para fins comerciais na zona oeste de Curitiba. Como objetivos específicos, 
pretende-se: 
• Estudar a legislação vigente reguladora da atividade proposta. 
• Levantar quais são os elementos necessários para a instalação de uma base 
de helicópteros: estudo de mercado, público-alvo, plantas e recursos 
humanos. 
Visando o desenvolvimento desta pesquisa, foram utilizadas fontes 
provenientes de conteúdos das disciplinas do curso de pós-graduação em Gestão 
de Empresa de Transporte Aéreo e Gestão de Empresa de Manutenção 
Aeronáutica, oferecidos pela Universidade Tuiuti do Paraná, além de informações 
disponibilizadas pela ANAC e pelos organismos reguladores de este tipo de 
atividade. 
Essa pesquisa configura-se um estudo, fundamentada por legislação. A 
metodologia usada para o desenvolvimento desse trabalho é do tipo analítica, 
empregando técnicas de documentação indireta bibliográfica, consoante com 
documentação direta de observação, análise de conteúdo e pesquisa do 
crescimento do uso de helicópteros no estado do Parana.. 
Da ordem de apresentação do conteúdo deste trabalho, expõe-se, 
inicialmente, o estudo da legislação municipal e federal, reguladoras da atividade. 
8 
 
Em seguida, é apresentado o estudo de mercado, tanto nacional quanto 
regional.comparado com o de Curitiba. 
Então, apresenta-se o estudo do local da implantação, seguido pelo projeto 
da base do heliporto, compreendido pelo projeto das pistas de pouso e decolagem, 
dos hangares e oficinas, da instalação de depósitos de combustível, extintores de 
incêndio, de segurança predial e de sinalização da base. 
Finalmente, há considerações sobre o pessoal necessário para a operação 
do heliporto, bem como para a certificação. 
 
9 
 
2 ESTUDO DA LEGISLAÇÃO 
 
 Neste capítulo é feito um estudo das leis federais, estaduais e municipais, 
que regulam o uso do solo e as autorizações para o funcionamento de um heliporto. 
Qualquer instalação para pousos ou decolagens de helicópteros no Brasil é 
denominada Heliponto e é classificada pela ANAC (Agência Nacional de Aviação 
Civil), como mostrado na ilustração 1. 
 
ILUSTRAÇÃO 1- CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE POUSO E DECOLAGEM 
HELIPONTO CIVIL - Heliponto destinado, em princípio, ao uso de helicópteros civis. 
HELIPONTO ELEVADO - Heliponto localizado sobre edificações. 
HELIPONTO MILITAR - Heliponto destinado ao uso de helicópteros militares. 
HELIPONTO PRIVADO - Heliponto Civil destinado ao uso de helicópteros de seu 
proprietário ou de pessoas por ele autorizada, sendo vedada sua utilização em 
caráter comercial. 
HELIPONTO PÚBLICO - Heliponto Civil destinado ao uso de helicópteros em geral. 
HELIPORTOS - Helipontos Públicos dotados de instalações e facilidades para apoio 
de helicópteros e de embarque e desembarque de pessoas, tais como: pátio de 
estacionamento, estação de passageiros, locais de abastecimento, equipamentos de 
manutenção e outros. 
ÁREA DE POUSO E DECOLAGEM DE EMERGÊNCIA PARA HELICÓPTEROS - 
Área de Pouso e Decolagem construída sobre edificações, cadastrada no Comando 
Aéreo Regional respectivo, que poderá ser utilizada para pousos e decolagens de 
helicópteros, exclusivamente em casos de emergência ou de calamidade. 
ÁREA DE POUSO OCASIONAL - Área de dimensões definidas, que poderá ser 
usada, em caráter temporário, para pousos e decolagens de helicópteros mediante 
autorização prévia, específica e por prazo limitado, do Comando Aéreo Regional 
respectivo. Deverá obedecer às normas de segurança exigidas para os helipontos 
em geral. 
 
Fonte: ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, disponível em: 
http://www.anac.gov.br/biblioteca/portarias/port0018GM5.pdf. 
 
No decorrer do trabalho, analisam-se as alternativas de soluções para a 
instalação de um heliporto aplicando as leis federais encontradas e publicadas pela 
ANAC. O heliporto proposto está denominado de EngCopter – nome fantasia da 
base de operações, que será utilizado no decorrer de todo este trabalho. A primeira 
lei vigente a ser apresentada está composta por várias portarias que regulam a 
instalação de um Heliporto com fins comerciais no Brasil. Porém, a instalação 
10 
 
proposta baseia-se unicamente na portaria nº 18/GM5 de 14 de Fevereiro de 1974, 
da implantação de um heliporto na superfície do solo, na região metropolitana de 
Curitiba, não caracterizando heliporto elevado ou heliporto de operação “off Shore”.* 
As outras portarias da mesma lei aplicam-se para outros usos de heliportos com 
características específicas distintas da proposta deste estudo. 
A Portaria nº 18/GM5, de 14 de Fevereiro de 1974, aprova Instruções para 
Operação de Helicópteros e para construção e utilização de Helipontos ou 
Heliportos. A legislação – portaria nº 18/GM5 – tem por objetivo (ANAC – Agência 
Nacional de Aviação Civil, 1974, p. 4): 
 
A. Estabelecer 
 
• As normas e os requisitos para construção e utilização de helipontos; 
• As regras especiais de tráfego aéreo para helicópteros; 
• As normas operacionais para utilização dos helicópteros; 
• Os procedimentos especiais para helicópteros em zonas urbanas. 
 
B. Orientar 
 
• Aos operadores de helicópteros, quanto às exigências que deverão ser 
cumpridas visando à segurança na operação dessas aeronaves; 
• Aos operadores de heliportos e/ou helipontos quanto aos requisitos de 
segurança necessários para sua utilização; 
• As autoridades competentes quanto à fiscalização de áreas de pouso e do 
controle de tráfego aéreo de helicópteros, principalmente em áreas urbanas. 
 
Outras leis reguladoras aplicáveis a este estudo são: 
 
• Lei 9800/00, de uso e ocupação do solo em Curitiba e região. 
A lei 9800/00 – de 03 de Janeiro de 2000 da Prefeitura Municipal de Curitiba 
– orienta em relaçãoà autorização para desempenho de atividades específicas 
dentro da área onde se busca o terreno escolhido para instalação do heliporto. 
 
Nota: “off shore” e uma expressão inglesa que significa – longe da costa ou mar adentro. 
11 
 
De acordo com essa lei, a atividade proposta aplica-se como transporte 
aéreo e transporte de carga aérea, enquadradas dentro da normativa da prefeitura 
municipal da cidade de Curitiba, na folha de número 186 do livro de classificações 
de atividades para uso do solo. Tais operações podem ser desenvolvidas dentro dos 
zoneamentos urbanos definidos como ZR1; ZR2 e ZES, com restrições 
especificadas para cada uma das zonas. 
• RBA (Regulamento Brasileiro de Aeronáutica) 145, que regula a 
atividade de manutenção aeronáutica. 
A instalação do heliporto também está regulamentada pelo RBA 145, que 
prevê a homologação de oficina de manutenção de aeronaves, uma vez que é um 
dos serviços oferecidos dentro do heliporto. 
• RBA (Regulamento Brasileiro de Aeronáutica) 139, que está aprovado 
pela portaria 1351/DGAC da data de 30 de Setembro de 2003, aplicado 
para a certificação operacional de aeródromos no Brasil. 
 
Tais leis encontram-se em anexo neste trabalho. 
 
 
12 
 
3 ESTUDO DE MERCADO 
 
Lakatos e Marconi (2001, p. 107) sugerem o “Estudo de Mercado” como uma 
técnica para coleta de dados de documentação direta e o definem como sendo a 
obtenção organizada e sistemática de informações sobre o mercado, visando ajudar 
o processo decisivo nas empresas, minimizando a margem de erros. 
 
3.1 SITUAÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE HELICÓPTEROS 
 
Prevê-se que a frota de helicópteros no Brasil terá um incremento de 18,5% 
entre o ano de 2007 e 2010, passando de 1097 para 1255 aeronaves registradas 
(Notas de aula do Professor Adônis Pinheiro, 2008) 
Na ilustração 2 é mostrado um gráfico comparativo do crescimento da frota 
de aeronaves em relação à frota de helicópteros no Brasil no período que começa 
no ano de 2001 e finaliza no ano de 2007. Desta forma, pode-se constatar um 
crescimento ininterrupto de 5% por ano, percentual inferior ao da predição da ANAC 
para o ano de 2010. 
 
ILUSTRAÇÃO 2 – CRESCIMENTO DA FROTA 
 
Fonte: Notas de aula do Professor Adônis Pinheiro, 2008. 
Nota: Gráfico comparativo do crescimento da frota de aeronaves no Brasil entre 2001 e 2007. 
13 
 
Nota-se, também, nesta ilustração, que a quantidade de helicópteros 
registrados no Brasil era de 1097 aeronaves registradas no ano de 2007, com um 
crescimento de 80 aeronaves em relação ao ano anterior. 
 
3.2 SITUAÇÃO DO MERCADO REGIONAL DE HELICÓPTEROS 
 
Para estudar o mercado, primeiro deve-se determinar a região. Este trabalho 
foca a região sul do Brasil, por ser a área onde será feito o estudo da base, de 
acordo com a quantidade de aeronaves em operação. 
Como mostrado na Ilustração 3, os estados da região sul do Brasil, até o ano 
de 2008, tinham registradas 95 aeronaves, já na ilustração 4 pode-se ver um quadro 
com a quantidade de helicópteros registrados ;em 2009 na região sul do Brasil, 
notando um incremento de 24 aeronaves o que representa um 24%. Porém, pela 
proximidade do estado de São Paulo, poderão ser contempladas as aeronaves lá 
registradas como potenciais usuários dos serviços oferecidos pela EngCopter. 
 
ILUSTRAÇÃO 3 – REGISTRO DE HELICÓPTEROS NO BRASIL 
 
Fonte: Notas de aula do Professor Adônis Pinheiro, 2008 
 
 
14 
 
 
Ilustração 4 Registro de Helicópteros 2009 
Fonte: ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, disponível em: 
http://www.anac.gov.br/arquivos/aeronaves/rankingTotalHelicopteroEstado.pdf 
 
 
Em função dos dados obtidos e o crescimento da frota de helicópteros na 
região estudada, procedeu-se a pesquisar quais tipos de serviços são os mais 
requeridos pelos usuários de helicópteros. 
Em segunda instancia procedeu-se ao estudo dos serviços a serem 
oferecidos pela EngCopter para os usuários de helicópteros que operem na região. 
 
15 
 
3.3 SERVIÇOS OFERECIDOS POR COMPANHIAS DE HELICÓPTEROS 
 
Foram consultadas empresas do ramo, principalmente da cidade de São 
Paulo, tais como Helisolutions, Helimarte, Helisicade, e do Rio de Janeiro , como a 
Helisul Rio de Janeiro, e constatou-se que os serviços mas requeridos por usuários 
de Helicópteros são: 
 
• Fretamento 
• Voos panorâmicos 
• Voos corporativos 
• Translado (porta a porta) 
• Aero-publicidade 
• Aero-inspeção 
• Aero-cinematografia 
• Foto e filmagem 
• Programas de manutenção 
• Gestão de tripulação 
• Equipe de apoio em terra 
• Documentação técnica 
• Seguros 
• SAE - Serviços Aéreos Especiais 
 
Decorrente dessas informações, a empresa EngCopter visa oferecer aos 
seus clientes a possibilidade de desenvolver alguns serviços focados nas aeronaves 
e não nos usuários das mesmas, que sejam oriundos da função natural do heliporto. 
Os serviços oferecidos pela infraestrutura do heliporto são: 
 
• Hangaragem de aeronaves 
• Programas de manutenção 
• Gestão de tripulação 
• Equipe de apoio em terra. 
• Abastecimento de aeronaves 
• Documentação técnica 
16 
 
• Planos de voo 
• Gestão de seguros 
• Gestão de documentos 
• Serviço meteorológico 
• WebSite com atualizações técnicas e regulamentações. 
• Cursos de treinamento em pilotagem e manutenção de helicópteros 
 
Um fator importante quando se trata de oferecer serviços é a análise dos 
custos desses serviços. O website da INFRAERO (2010) informa que as tarifas 
aplicadas variam de acordo com a classificação do aeroporto e o peso das 
aeronaves. Segundo a INFRAERO, as tarifas aeroportuárias são a fonte de 
ingressos para manutenção e desenvolvimento dos aeroportos sob sua 
responsabilidade. 
A EngCopter, por ser um heliporto particular, não depende das tarifas 
nem dos produtos taxados pela INFRAERO para captar os recursos que 
possibilitam seu desenvolvimento econômico. Estes dados são utilizados como 
mera referência dos custos aplicados para o setor. 
 
17 
 
4 ESTUDO DO LOCAL DA IMPLANTAÇÃO 
 
Para a escolha do local destinado à construção de um heliporto, 
considerações deverão ser feitas objetivando atender, principalmente, requisitos 
relativos à segurança das operações, interesse da comunidade e dos 
usuários/clientes (de acordo com portaria 18/GM5, 1974). 
Assim, considerações sobre facilidades de acesso ao local por superfície, 
nível de ruído emitido para a comunidade, condições do vento, interferência no 
tráfego aéreo local, além de outras mais, deverão ser cuidadosamente estudadas, 
como segue abaixo. 
 
4.1 CARACTERÍSTICAS DO LOCAL 
 
Locais com topografia irregular, além dos problemas normais de engenharia, 
como terraplanagem, por exemplo, podem trazer outros, como anormalidade de 
ventos e menor segurança nas operações aéreas. Locais planos são indicados para 
a implantação de heliportos. 
Em um aeroporto, o local mais adequado é o pátio adjacente à Estação de 
Passageiros, desde que não interfira com o estacionamento das demais aeronaves 
e possua um corredor de saída que permita o táxi voando ou no solo, sem 
possibilidade de causar danos à terceiros ou prejudicar a operação no local. Já no 
caso da EngCopter, a única operação será de helicópteros, dispensando o cuidado 
com outro tipo de aeronaves. 
Também, de acordo com as condições meteorológicas, as operações de um 
helicóptero são mais fáceis quanto mais estável estiver o ar, devendo por isso serem 
evitadas zonas de turbulência. Estas são encontradas, normalmente, em locais onde 
existem obstáculos, como morros, edificações altas e outros. 
A situação e o traçado do heliporto devem ser tais que sejam mínimas asoperações com vento de lado ou a favor do vento. Em geral, um heliporto com duas 
direções de aproximação, diametralmente opostas, terá uma percentagem aceitável 
de utilização, desde que uma das aproximações esteja orientada em sentido oposto 
aos ventos predominantes. 
18 
 
Não são recomendados locais em que predominem temperaturas elevadas 
ou que estejam muito acima do nível do mar, pois exigirão correção nas dimensões 
da área de pouso (ANAC, portaria 18/GM5, 1974). 
Os heliportos devem ser localizados de maneira que o ruído dos 
helicópteros, nas operações de pousos e decolagens, não venha trazer incômodo à 
coletividade vizinha, respeitando os limites sonoros estabelecidos na legislação 
competente. 
Depois de considerada a regulamentação federal e municipal vigente para a 
instalação do heliporto, se procedeu a escolha do local. O local escolhido – qual seja 
a região da Cidade Industrial de Curitiba, CIC – está localizado após a barreira 
montanhosa da serra do mar, sendo um local sem maiores turbulências nem ventos 
fortes. O local escolhido para a instalação da EngCopter também não apresenta 
problemas de nevoeiros constantes, como no caso do aeroporto de Afonso Pena. 
 
 
4.2 ESCOLHA DO TERRENO 
 
O terreno selecionado está situado na região oeste da cidade de Curitiba, 
mais especificamente na CIC, Cidade Industrial de Curitiba. De acordo com as leis 
ambientalistas e reguladoras de atividades na região metropolitana de Curitiba, a 
zona escolhida para a instalação do heliporto está apta para desempenhar esta 
atividade comercial, dentro do zoneamento ZES, seguindo as normativas específicas 
da atividade em relação à segurança, e poluição acústica, como previsto na lei 
federal. 
Na ilustração 4, tem-se um plano da cidade de Curitiba e redores com as 
diferentes zonas apropriadas para o desenvolvimento industrial. O local escolhido 
para instalar a EngCopter está dentro das áreas marcadas em vermelho, habilitadas 
para instalações com atividades similares à proposta. 
 
19 
 
ILUSTRAÇÃO 4 – DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL EM CURITIBA 
 
Nota: Mapa do PDI – Plano de Desenvolvimento Industrial da cidade de Curitiba - com as áreas de 
desenvolvimento industrial (Notas de aula da professora Jussara Maria da Silva, 2009) 
 
A Ilustração 5 mostra o terreno escolhido, localizado nas coordenadas 25 27’ 
09 S e 49 21’ 38 O, com elevação de 3096 pés em relação ao nível do mar.(dados 
obtidos através do programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 
2009), destacado na foto aérea por um retângulo branco. 
 
20 
 
ILUSTRAÇÃO 5 - FOTO AÉREA DO TERRENO ESCOLHIDO - 2009 
 
 
O endereço comercial do terreno é a Avenida Juscelino Kubitscheck, sem 
número, esquina.com a Avenida Eduardo Sprada, e circundado pela rua Salvador 
Correia Coelho, como mostrado na Ilustração 6. 
 
ILUSTRAÇÃO 6 - TERRENO ESCOLHIDO: RUAS CIRCUNDANTES - 2009 
 
Nota: Sinalizada com o número 01 está a Avenida Juscelino Kubitscheck; com o número 02 a avenida 
Eduardo Sprada e com o número 03 a rua Salvador Correia Coelho. Dados obtidos através do 
programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 2009. 
 
21 
 
Na Ilustração 7 mostram-se as medidas do terreno escolhido. 
 
ILUSTRAÇÃO 7 - MEDIDAS DO TERRENO ESCOLHIDO - 2009 
 
Nota: As medidas das arestas do seu perímetro.representadas em metros. 
Dados obtidos através do programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 2009. 
 
Desta forma observa-se que o terreno escolhido tem uma frente de 440 
metros na avenida Juscelino Kubitscheck e 230 metros de largura em sentido 
perpendicular à avenida mencionada, o que determina uma superfície aproximada 
de 101.200 metros quadrados. 
A escolha do terreno para a localização do heliporto foi feita, também, 
tomando-se em conta a regulamentação existente em relação ao ângulo de 
decolagem e pouso, atendendo as considerações da ANAC previstas na portaria 
18/GM5 (1974). 
Outro ponto considerado foi a proximidade de indústrias e condomínios de 
classe econômica média-alta. Algumas das indústrias próximas ao terreno escolhido 
para o Heliporto são: 
• Volvo (0,15 km); 
• Bosch (2 km); 
• Rodolinea (2 km); 
• CNH (1,5 km); 
• Tecpar (1,5 km); 
• Craft Food (1,5 km); 
22 
 
• Eletrolux (1 km). 
 
Na Ilustração 8 mostra-se a localização do terreno escolhido e a proximidade 
de algumas dessas indústrias, a Universidade Unicemp e do bairro residencial 
Ecoville, que encontra se a 1,5 km de distância. 
 
ILUSTRAÇÃO 8 - CERCANIAS DO TERRENO - 2009 
 
Nota: Vista em perspectiva do terreno escolhido delimitado em amarelo e cercanias mais próximas, 
indicando alguns dos potenciais clientes do heliporto: 01) Volvo do Brasil; 02) Universidade Unicemp; 
03) , bairro Ecoville; 04) pequenas e médias empresas da cidade industrial. 
Dados obtidos através do programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 2009. 
 
Tais empresas são parte do potencial mercado consumidor dos serviços 
oferecidos pelo heliporto, não havendo, até o momento, na região, alternativas que 
ofereçam serviços similares. 
Na cidade de Curitiba, atualmente, os serviços de heliportos são oferecidos 
nos dois aeroportos: Aeroporto Internacional Afonso Pena e Aeroporto Regional do 
Bacacheri, ambos localizados em áreas distantes do local escolhido para a 
instalação do heliporto (EngCopter), como mostrado na Ilustração 9. 
23 
 
ILUSTRAÇÃO 9 – AEROPORTOS DE CURITIBA - 2009 
 
Nota: Ponto 01, Aeroporto Afonso Pena; Ponto 02, Aeroporto Bacacheri; 
Ponto 03, Local escolhido para o Heliporto TCC.( EngCopter). 
Dados obtidos através do programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 2009. 
 
Desta forma, pode-se ter uma ideia das distâncias e a distribuição dos 
aeroportos e heliportos na cidade de Curitiba. Na Ilustração 10 mostram-se as 
distâncias respectivas em quilômetros entre os aeroportos e a distância dos mesmos 
com o centro da cidade. 
 
ILUSTRAÇÃO 10 – DISTÂNCIAS ENTRE OS AEROPORTOS - 2009 
 
Legenda: 00) centro da cidade; 01) aeroporto Afonso Pena; 02) aeroporto Bacacheri; 03) EngCopter; 
as distâncias estão indicadas em quilômetros. 
Dados obtidos através do programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 2009. 
24 
 
Também, a escolha do local para a instalação do heliporto buscou 
descentralizar a atividade que, atualmente, está concentrada no aeroporto do 
Bacacheri, o que dará ao usuário alternativas e distribuirá melhor os locais de 
operações de helicópteros na cidade, além de descongestionar o trafego aéreo. 
Na ilustração 11 mostra-se um mapa esquemático da região de Curitiba e 
seus corredores aéreos. O circulo marcado em amarelo corresponde à localização 
do heliporto “EngCopter” fora dos corredores aéreos. 
 
ILUSTRAÇÃO 11 - CORREDORES AÉREOS DE CURITIBA - 2007 
 
Fonte: BRASIL, AIC 12/07. 
25 
 
A localização do terreno pode ser considerada estratégica, não só pela 
proximidade da cidade industrial, senão também por ser a porta de entrada de 
Curitiba, quando se aproxima pelo lado oeste da cidade. 
Na ilustração 12 pode-se visualizar o raio de influência do EngCopter, 
considerando o centro de Curitiba como o limite. Pode-se observar que não existe 
confronto nem distúrbios com os raios de abrangência dos outros aeroportos e suas 
rotas de aproximação. 
 
ILUSTRAÇÃO 12 – RAIOS DE ABRANGÊNCIA DOS AEROPORTOS - 2010 
 
Nota: Figura construída a partir de imagem capturada 
do programa computacional online Google-MapsTM em 14 ago. 2010. 
 
No oeste do estado do Paraná, em um entorno de algumas centenas de 
quilômetros, encontram-se centros industriais e produtivosde matérias-primas, tais 
como minérios, madeira, produção agrícola e outros que precisam de 
gerenciamento, o qual pode ser feito utilizando os serviços do helicóptero por 
praticidade e velocidade. 
26 
 
Também, o posicionamento do terreno é conveniente para ligar cidades 
vizinhas com a cidade de Curitiba utilizando o helicóptero. Tem-se, dentro desse 
conceito, a proximidade do litoral do estado e as cidades vizinhas de Ponta Grossa, 
Lapa; Joinville, Mafra, São Francisco, Canoinhas, Iraí, e várias outras dentro do raio 
de ação normal de um helicóptero, sem necessidade de escalas para 
reabastecimento nem grande estrutura de apoio . 
Pelo fato do heliporto “EngCopter “estar situado fora dos aeroportos locais e 
dentro da cidade industrial, os custos operacionais para pousos e decolagens e 
cargas impositivas são diferentes aos aplicados dentro dos aeroportos de Afonso 
Pena e Bacacheri. 
 
27 
 
5 PROJETO DO HELIPORTO 
 
São adotadas as definições da Portaria nº 18/GM5 (1974) e o RBHA 139 
que regulamentam as instalações de aeroportos no Brasil. Seguem as definições. 
 
ILUSTRAÇÃO 13 – QUADRO DE DEFINIÇÕES – 1974 
Área de 
Estacionamento 
Área destinada ao estacionamento de helicópteros, localizada dentro dos 
limites do heliporto ou heliponto. 
Área de Pouso e 
Decolagem 
Área do heliponto ou heliporto, com dimensões definidas, onde o helicóptero 
pousa e decola. 
Área de Pouso e 
Decolagem de 
Emergência para 
Helicópteros 
Área de Pouso e Decolagem construída sobre edificações, cadastrada no 
Comando Aéreo Regional respectivo, que poderá ser utilizada para pousos e 
decolagens de helicópteros, exclusivamente em casos de emergência ou de 
calamidade. 
Área de Pouso 
Ocasional 
Área de dimensões definidas, que poderá ser usada, em caráter temporário, 
para pousos e decolagens de helicópteros mediante autorização prévia, 
específica e por prazo limitado, do Comando Aéreo Regional respectivo. 
Área de Toque Parte da área de pouso e decolagem, com dimensões definidas, na qual é 
recomendado o toque do helicóptero ao pousar 
Corredor Aéreo de 
Circulação de 
Helicópteros(CH). 
Espaço aéreo para o qual deverá ser canalizado fluxo de tráfego de 
helicópteros, quando implantado numa TMA, cujas dimensões serão fixadas 
pela DEPV. 
Efeito de Solo Aumento de sustentação do helicóptero produzido pela reação do 
deslocamento de ar do rotor quando o aparelho paira ou se desloca com 
baixa velocidade próximo ao solo ou outras superfícies. O efeito de solo é 
efetivo até uma altura correspondente a aproximadamente 1/2 (meio) 
diâmetro do rotor. 
Heliponto Área homologada ou registrada, ao nível do solo ou elevada. utilizada para 
pousos e decolagens de helicópteros. 
Heliponto Civil Heliponto destinado, em princípio, ao uso de helicópteros civis. 
Heliponto Elevado Heliponto localizado sobre edificações. 
Heliponto Militar Heliponto destinado ao uso de helicópteros militares. 
Heliponto Privado Heliponto Civil destinado ao uso de helicópteros de seu proprietário ou de 
pessoas por ele autorizada, sendo vedada sua utilização em caráter 
comercial. 
Heliponto Público Heliponto Civil destinado ao uso de helicópteros em geral. 
Heliportos Helipontos Públicos dotados de instalações e facilidades para apoio de 
helicópteros e de embarque e desembarque de pessoas, tais como: pátio de 
estacionamento, estação de passageiros, locais de abastecimento, 
equipamentos de manutenção, entre outros. 
Heliportos Elevados Heliportos localizados sobre edificações. 
Pista de Rolagem Pista de dimensões definidas, destinada à rolagem de helicópteros entre a 
área de pouso ou de decolagem e a área de estacionamento ou de serviços. 
Rolagem Movimento do helicóptero de um ponto para outro, realizado na superfície ou 
pouco acima desta, conforme o tipo de trem de pouso do helicóptero 
Superfície de 
Aproximação e de 
Saída 
Superfície inclinada, livre de obstáculos, escolhida para as operações de 
aproximação e de saída de helicópteros, que se inicie no bordo da área de 
pouso, entendendo-se para cima e para fora, com a declividade de 1:8 
Superfície de 
Transição 
Superfície inclinada, livre de obstáculos, que se inicia no bordo da área de 
pouso, estendendo-se, lateralmente, para cima e para fora, com a 
declividade de 1:2 
Voo Pairado Manobra na qual o helicóptero é mantido em voo, sem movimento de 
translação em relação a um ponto no solo ou na água. 
 
Fonte: ANAC, portaria 18/GM5, 1974 
28 
 
5.1 PISTAS DE POUSO E DECOLAGEM 
 
A construção das pistas deve ter algumas considerações tais como a 
capacidade de suportar o peso da maior aeronave habilitada para operar no 
heliporto. O heliporto proposto tem duas pistas de pouso principais e seis 
secundarias, totalizando oito pistas operacionais. 
Neste caso, as duas pistas principais estão projetadas para suportar uma 
carga de 10.000 kg. Já as pistas secundárias têm capacidade para suportar o peso 
máximo das aeronaves comerciais que operam no Brasil, tendo, em média, um peso 
de 5.000 kg 
A capacidade de pouso da pista principal foi determinada pelo peso da maior 
aeronave em serviço no Brasil, o “Super Puma”, como é denominado o helicóptero 
da marca Eurocopter AS 332, que mesmo sendo apenas para uso militar, poderia 
fazer um pouso ou utilizar as instalações do heliporto. 
Na ilustração 14 está representada a pista de pouso principal com suas 
cotas, os algoritmos que indicam o peso máximo suportado e ainda as setas que 
indicam o sentido de pouso ou decolagem. 
 
ILUSTRAÇÃO 14 - PISTA DE POUSO PRINCIPAL 
 
29 
 
As pistas de pouso contemplam, ainda, a inclinação de rampa mínima para 
decolagem e aproximação (1:8), conforme regulamentação da portaria 18/GM5 
(1974), como mostra a ilustração 15. Podem-se observar as pistas de pouso e 
decolagem e as rampas imaginárias para decolagem e aproximação. 
 
ILUSTRAÇÃO 15 – RAMPAS DE POUSO E DECOLAGEM 
 
Nota: Ilustração criada em programa computacional Autocad 14, 25 jun. 2010 
 
5.2 HANGARES E OFICINAS 
 
Nas instalações existem dois hangares, um é utilizado para guardar 
aeronaves e o outro é utilizado como oficina de manutenção. O hangar principal tem 
uma superfície de 40 X 20 metros, 800 metros quadrados. O hangar reservado para 
oficinas tem uma superfície de 15 X 30 metros, 450 metros quadrados.. Na 
Ilustração 16 mostra-se um desenho esquemático do projeto dos hangares e salas 
de apoio do Heliporto EngCopter. 
30 
 
ILUSTRAÇÃO 16 – PLANTA DOS ESCRITÓRIOS E SALAS DE APOIO 
 
Nota: Ilustração criada em programa computacional Autocad 14, 25 jun. 2010 
 
 
Além dos hangares para oficinas, existe um prédio reservado para 
escritórios, sala de recepção, sala de pilotos, sala de embarque, vestiários, sala de 
espera, loja de variedades, sala de operações, controle meteorológico e torre de 
controle. 
Uma vez que a EngCopter será homologada para manutenção de 
aeronaves, orientadas pelo RBA 145, os locais destinados para este fim deverão se 
adequar às solicitações legais. 
Desta forma, dentro do hangar destinado às oficinas, tem-se áreas 
destinadas a trabalhos fora das inclemências do tempo e protegidos dos elementos 
atmosféricos. O quadro que segue apresenta as condições necessárias para um 
local no qual se desempenham tarefas de manutenção de aeronaves. 
 
31 
 
ILUSTRAÇÃO 17 – CONDIÇÕES DO LOCAL 
De acordo com a ANAC, os locais de manutenção para o requerimento de um CHE devem 
abrigar as diferentes funções de uma empresa do tipo, como descrito a continuação. 
A1 Prédios para todos os equipamentos e materiais necessários 
A2 Espaços para os trabalhos que se propõe executar 
A3 Locais com área, volume e condiçõesapropriadas para estocar, segregar e proteger 
materiais, peças, ferramentas, equipamentos, testes etc 
A4 Locais para proteger adequadamente peças e subconjuntos durante desmontagens, 
limpezas, inspeções, reparos, modificações e remontagens 
A 
A5 Escritórios apropriados para arquivo, classificação, guarda e manuseio da 
documentação técnica relacionada aos trabalhos objeto da capacitação requerida além 
da catalogação e atualização de manuais, regulamentos, circulares e demais 
documentação pertinente 
O EngCopter deve prover adequado espaço de oficina para conter máquinas, ferramentas, 
equipamentos e bancadas de trabalho e permitir, ainda, a livre circulação. O espaço da oficina 
não precisa ser compartimentado fisicamente, mas máquinas e equipamentos devem ser 
segregados sempre que: 
B1 Usinagem de metal ou trabalho em madeira seja realizado tão perto de uma área de 
montagem, que resíduos ou impurezas possam, mesmo inadvertidamente, poluir ou 
contaminar conjuntos montados, parcialmente montados ou sendo trabalhados 
B2 Compartimentos abertos, destinados a limpeza de peças, estejam muito próximos de 
locais de outras atividades 
B3 Trabalho de entelagem seja executado em áreas onde exista óleo ou graxa 
B4 Pintura normal, ou com pistola, seja realizada em área de tal modo distribuída que 
resíduos, respingos ou poeira de tinta possam poluir ou contaminar conjuntos 
montados, semi-montados ou sendo trabalhados 
B5 Pintura com pistola, limpeza ou operações de usinagem sejam realizadas tão perto de 
operações de teste ou ensaios, que a precisão do equipamento de teste ou ensaio 
possa ser afetada 
B 
B6 Em qualquer outro caso que o DAC, por razões técnicas ou de segurança justificáveis, 
considerar necessário 
C O EngCopter deve prover adequado espaço coberto no local onde a maior parte do trabalho 
será executado. O espaço coberto deve ser suficientemente grande para conter o maior item a 
ser trabalhado, segundo a homologação requerida, e deve atender aos aplicáveis requisitos do 
parágrafo (a) desta seção. 
D O EngCopter deve prover apropriados locais de estocagem de itens padronizados, peças de 
reposição e matéria prima, separados das oficinas especializadas e do local geral de trabalho. 
Ele deve organizar o estoque de modo a que somente peças e suprimentos em bom estado 
sejam fornecidos às oficinas e deve seguir práticas de boa aceitação geral para proteger o 
material estocado 
E O EngCopter deve estocar e proteger partes sendo montadas, ou aguardando montagem, ou 
desmontagem, de modo a eliminar a possibilidade de danos às mesmas. 
F O EngCopter deve prover adequada ventilação nas oficinas e áreas de trabalho, de montagem 
e de estoque, a fim de evitar que a eficiência física dos empregados seja prejudicada 
G O EngCopter deve prover adequada iluminação em todos os ambientes de trabalho, a fim de 
evitar que a qualidade do trabalho sendo feito fique prejudicada 
H O EngCopter deve prover adequado controle de temperatura e umidade em todos os locais 
onde tal controle seja necessário para preservar a qualidade do trabalho sendo feito ou 
preservar a qualidade do material estocado 
I O EngCopter deve prover, sempre que requerido, um local apropriado para a área onde for 
realizada manutenção de baterias, isolado das demais seções, provido de piso resistente a 
ácidos e dotado de meios que permitam exaustão de gases. Baterias ácidas e alcalinas devem 
ser trabalhadas e armazenadas em locais totalmente isolados um do outro 
J O EngCopter deve prover, sempre que requerido, um local isolado para depósito de 
inflamáveis, 
afastado do hangar e arejado; Caso possua instalações elétricas, estas devem ser blindadas e 
com comandos externos 
32 
 
 
K O EngCopter deve prover um local isolado, externamente ao hangar e arejado, para o 
compressor, sempre que este for requerido 
L O EngCopter deve prover um local isolado para áreas onde forem feitos jateamentos de areia 
ou de esferas de vidro 
O EngCopter deve prover adequados dispositivos relativos à segurança do trabalho, incluindo 
pelo menos: 
M1 Extintores de incêndio adequados aos tipos de ocorrências mais prováveis, em número 
mínimo de 1 por ambiente; no caso de ambiente muito amplo, deve haver um número 
suficiente que permita ser alcançado em qualquer ponto em tempo hábil por qualquer 
pessoa normal 
M2 Sistema de proteção para instalação elétrica e fontes geradoras de eletricidade 
M 
M3 Caixa de primeiros socorros em local de fácil acesso, contendo no mínimo 
medicamentos e dispositivos aplicáveis em fratura, queimaduras e contaminação dos 
olhos 
N O cumprimento da legislação do Ministério do Trabalho, que aprova as Normas 
Regulamentadoras relativas a segurança e medicina no trabalho, pode atender ao requerido 
nos parágrafos (f), (g), (h) e (m) desta seção 
Nota: quadro criado a partir das instruções do RBA 145, 
com as condições necessárias para homologação (CHE) classe C. 
 
Na Ilustração 18 mostra-se o projeto completo das instalações do heliporto. 
 
ILUSTRAÇÃO 18 – INSTALAÇÕES DO HELIPORTO ENGCOPTER 
 
Nota: Ilustração criada em programa computacional Autocad 14, 25 jun. 2010 
 
Além dos hangares, salas de apoio e prédio administrativo, o heliporto conta 
com área destinada a estacionamento de carros, área de circulação pavimentada e 
facilidades para carga e descarga de mercadorias. 
33 
 
5.3 INSTALAÇÃO DE DEPÓSITOS DE COMBUSTÍVEL 
 
Existem, nas instalações, dois depósitos de combustível para uso 
aeronáutico, com Querosene A-1 e AV-GAS, para atender eventuais necessidades 
de abastecimento em aeronaves. 
Estes depósitos estão instalados de forma que atendam a regulamentação 
vigente da ANAC em relação ao armazenamento de combustíveis. Os depósitos são 
externos, ou seja, estão sobre a superfície para que se possam detectar possíveis 
vazamentos. Também, para possibilitar uma rápida e contínua manutenção nos 
tanques de armazenamento, estes tanques estão sob um teto, como mostrado na 
Ilustração 19, para evitar a contaminação dos combustíveis com água vinda da 
chuva. 
 
 
ILUSTRAÇÃO 19 - TANQUE DE COMBUSTÍVEL SOBRE A SUPERFÍCIE 
 
 
Fonte: COMPRECAR. 
Disponível em: http://www.comprecar.com.br/imgSite/veiculos/2709318746.jpg. 
Acesso em 20 jul. 2010 
 
34 
 
Existem, ainda, caminhões equipados para o abastecimento de aeronaves 
nas pistas de pouso, exemplificados pela ilustração 20. Todas as informações 
referentes a normativa de instalação e operação se encontram na resolução 
126/2009 da ANAC, disponível no anexo H deste trabalho. 
 
ILUSTRAÇÃO 20 – CAMINHÃO PARA ABASTECIMENTO REMOTO 
 
Fonte: PETROBRAS. Disponível em: 
http://www.hotsitespetrobras.com.br/petrobrasmagazine/Edicoes/Edicao57/pt/imgs/pt/ 
plano_negocios_08.jpg; Acesso em 06 set. 2010 
 
 
5.4 EXTINTORES DE INCENDIO 
 
Também, atendendo às normativas para controle e extinção de incêndio 
contidas na lei N- 18/GM5, de 14 de fevereiro de 1974 , as instalações contam com 
estação de bombeiros, equipada com extintores de incêndio tipo A B C, espuma, 
baldes de areia e mangueira com hidrante. A água utilizada para abastecer o 
hidrante é recolhida da chuva e guardada em cisternas subterrâneas. Há um 
caminhão bomba para eventual combate de incêndio, similar ao mostrado na 
ilustração 21. 
35 
 
 
 
ILUSTRAÇÃO 21 – CAMINHÃO BOMBA 
 
Fonte: COMAER. Disponível em: 
http://www.atribunamt.com.br/wpcontent/uploads/2010/07/caminhao-ap2-28-05-10.jpg; 
Acesso em 07 set. 2010 
 
Em heliportos não localizados em aeroportos, de acordo com a lei, 
recomenda-se existência de quantidades mínimas de equipamentos em função do 
tamanho máximo das aeronaves autorizadas a operar. Sendo assim, o heliporto da 
EngCopter, com previsãopara operação de aeronaves com peso superior a 4500 
kg,. deverá ter à sua disposição os seguintes equipamentos: 
 
• 4 extintores de pó químico, de 12 kg cada um; 
• 2 extintores de CO², de 6 kg cada um; 
• 1 extintor, sobre rodas, de pó químico seco, de 70 kg; 
• 1 extintor, sobre rodas, de espuma química, de 75 litros; 
 
36 
 
Todos os extintores de incêndio deverão estar guardados em local protegido 
das inclemências do tempo, em lugar de fácil acesso e corretamente identificados. 
Deverá existir um quadro explicativo da aplicação de cada um dos extintores 
para casos específicos da origem do fogo. 
Todas as informações referentes a normativa de instalação e operação 
aplicáveis a extintores de incêndio se encontram na resolução 115/2009 da ANAC.e 
seus apêndices: 1, 2, 3 e 4., disponíveis no anexo I deste trabalho. 
 
5.5 SEGURANÇA PREDIAL DA BASE 
 
Visando a segurança do heliporto, toda a propriedade do terreno é cercada 
por tela de arame e colunas tipo “palitos”, de concreto, e ainda deve existir uma 
guarita de segurança na entrada principal e outra nos fundos da propriedade. 
Na ilustração 22, tem-se uma imagem dos tipos de cerca empregados para a 
segurança predial da EngCopter. Na ilustração 23, tem-se uma imagem de 
guarita/portaria para controle de entrada e saída. 
 
ILUSTRAÇÃO 22 – TIPOS DE CERCA DE SEGURANÇA 
 
Fonte: CASAFORTE. Disponível em: www.casaforteconstrucoes.com.br/img/produtos/. 
Acesso em 07 set. 2010 
 
ILUSTRAÇÃO 23 – PORTARIA: FRENTE E FUNDOS 
37 
 
 
Fonte: MRV ENGENHARIA. Disponível em: 
http://imoveis.mrv.com.br/casas/minasgerais/uberlandia/jardimkaraiba/thepalmshouseseclub/ 
Acesso em: 08 set. 2010 
Para efeito de controle de portarias e reforço na segurança, está previsto o 
uso de crachás de identificação para todos os funcionários do heliporto. 
A base conta também com a proteção de uma empresa de segurança 24 
horas, sendo esta terceirizada. 
Para solucionar qualquer tipo de inconveniente devido a cortes de energia, 
está prevista a instalação de um moto-gerador movido a Diesel com capacidade 
suficiente para atender todo o consumo de energia do heliporto. 
 
5.6 SINALIZAÇÃO DA BASE 
 
Quando se trata de sinalização aeronáutica a primeira coisa que vem a tona 
e a simples e útil “Biruta”, bem conhecida no ambiente aeronáutico. O heliporto 
conta com uma biruta de sinalização de ventos localizada no alto do prédio principal, 
de fácil visualização para quem estiver efetuando operações de pouso ou 
decolagens no EngCopter. 
Todas as pistas estão sinalizadas conforme a norma da ANAC, informando 
com a letra “P” que se trata de uma pista de pouso privada para helicópteros e o 
número que indica o peso em toneladas que a pista suporta. Para as informações 
pintadas nas pistas de pouso existem normas quanto à dimensão, tipo de letra e cor 
das mesmas e dos algoritmos utilizados para indicar o peso máximo suportado pela 
pista de pouso. Os tipos e dimensões de algoritmos podem ser encontrados na 
portaria 18/GMF5 de 1974. 
38 
 
Além de serem pintados na forma e dimensão pré-estabelecida, os 
algoritmos devem ser de cor amarela ou branca, podendo ser fluorescentes para 
maior contraste das outras, também representadas dentro da área de pouso. 
Na Ilustração 24 mostra-se uma representação com cotas em metros de 
uma pista de pouso com o triângulo indicador da área de toque, e o peso máximo 
que a mesma suporta indicado com 2 algoritmos. Nos heliportos públicos, privados 
ou em hospitais, deverá existir uma faixa delimitadora da área de pouso, tais faixas 
serão idênticas às faixas delimitadoras da área de toque. 
 
39 
 
ILUSTRAÇÃO 24 – PISTA DE POUSO COM SINAIS DELIMITADORES 
 
Fonte: ANAC, portaria 18/GM5, 1974 
 
Para eventuais pousos noturnos nas pistas principais do heliporto, está 
prevista a iluminação conforme estabelecido pela ANAC na portaria 18/GMF5 de 
1974. Veja-se ilustração 25. 
 
ILUSTRAÇÃO 25 - BALIZAMENTO PARA POUSO NOTURNO 
 
Fonte: ANAC, portaria 18/GM5, 1974 
40 
 
Na ilustração 26 mostra-se um exemplo de uma pista de pouso com 
iluminação acessa. 
 
ILUSTRAÇÃO 26 – PISTA DE POUSO COM ILUMINAÇÃO ACESA 
 
Fonte: SUNLAB POWER. Disponível em: http://klipsenergia.com.br/images/Heliporto_2.jpg. 
Acesso em 26 jul. 2010 
 
Além das pistas de pouso e decolagem, todas as instalações do heliporto 
devem estar corretamente identificadas. 
No portão de entrada, estão identificados os caminhos para chegar aos 
diferentes setores do heliporto; uma vez dentro do setor desejado, existe, no interior 
dos prédios, identificação dos diferentes departamentos ou lugares específicos que 
atendem as pessoas ou clientes. 
Dentro do prédio principal existe identificação para “Sala de Briefing”; Sala 
dos pilotos; Departamento financeiro; Centro de controle de documentação; 
Sanitário feminino, Sanitário masculino; Vestiários; Torre de controle; Gerência 
geral; Diretoria; Sala de espera; Sala de embarque. 
Também estão identificados os diferentes caminhos para transitar entre os 
prédios e hangares. Dentro deles é possível andar com segurança. A delimitação 
das áreas de circulação livre é feita com fita, no chão, nos hangares de pernoite, 
manutenção e no pátio de circulação. 
Está previsto, também, um caderno de registro de relatório de perigo 
(RELPER) para situações que possam ocasionar algum incidente ou acidente. 
 
41 
 
A ilustração 27 apresenta, como ideia geral final, o projeto do heliporto 
EngCopter, em toda sua estrutura predial e edificações, dentro do terreno escolhido 
para tais instalações. 
 
ILUSTRAÇÃO 27 – TERRENO COM AS INSTALAÇÕES DA ENGCOPTER 
 
Nota: Ilustração construída a partir de dados obtidos através 
do programa computacional online Google-EarthTM, em 01 out. 2009. 
 
42 
 
6 PESSOAL NECESSÁRIO PARA A OPERAÇÃO DO HELIPORTO 
 
Não existe definição prevista para número mínimo de funcionários de um 
heliporto, posto que a quantidade se dá em relação ao número de operações e ao 
tamanho do mesmo. 
Existem cargos e funções que, do ponto de vista técnico e operacional, 
devem ser contempladas para o funcionamento do heliporto. Tais funções foram 
pesquisadas no Manual de implementação de aeroportos do IAC.( 2010) 
Obviamente, além destes cargos e funções, existem aqueles para a área de 
manutenção e também para toda a manutenção e segurança do heliporto. Seguem 
os cargos e funções apresentados para este trabalho. 
 
Superintendente do Aeroporto. (op cit.) 
Tem como funções principais: 
• Organizar, planificar, orientar, supervisionar, comandar e controlar atividades 
de operações de tráfego, comércio no terminal, serviços, construção, 
manutenção, segurança, administração, finanças e relações públicas no 
aeroporto; 
• Administrar o aeroporto, seguindo prescrição de normas e procedimentos 
emanados da Superintendência, através da Divisão de Aeroportos; Admitir 
e/ou dispensar empregados, cujos níveis são determinados pela 
Superintendência,através da Divisão de Aeroportos; 
• Conferir e assinar documentos circulantes do aeroporto; 
• Dar quitação e assinar recibos, segundo os parâmetros estabelecidos pela 
Superintendência, através da Divisão de Aeroportos; 
• Executar orçamentos autorizados; 
• Supervisionar e coordenar atividades a cargo de terceiros, no aeroporto, 
fiscalizando a execução dos serviços contratados; 
• Acompanhar, verificar e orientar os trabalhos de fiscalização e controle de 
tráfego de passageiros e bagagens; 
• Efetuar investigações e sindicâncias em atos de sabotagem, sinistros, 
incêndios e acidentes diversos, comunicando à Superintendência e 
solicitando apoio dasguarnições locais; 
43 
 
• Elaborar normas de trabalho. 
 
Gerente Operacional (op cit.) 
Tem como funções principais: 
• Controlar e inspecionar documentos de passageiros em embarques ou 
desembarques; 
• Orientar e fiscalizar as condições de operação de pistas, pátios de manobra e 
estacionamento de aeronaves; 
• Observar irregularidades no sistema de balizamento, táxi e estacionamento 
de aeronaves; 
• Manter contato com órgãos públicos, visando à cooperação mútua em 
serviços ou informações; 
• Observar a legislação aeroportuária no tocante à atividade de tráfego; 
• Organizar e supervisionar serviços de informações, cobrança de tarifas 
aeroportuárias, 
• chegada e saída de aeronaves, segurança e manutenção; 
• Coordenar e colaborar na execução dos planos de emergência, de 
desinterdição de pistas, de emergências médicas e de segurança e 
prevenção de atos ilícitos contra a Aviação Civil; 
• Estruturar ações administrativas, comerciais, de operações, manutenção, 
engenharia de segurança; 
• Instruir pedidos de isenção de pagamentos de tarifas; 
• Emitir relatório circunstanciado acerca de todas as atividades desenvolvidas 
no aeroporto, assim como medidas adotadas, e oferecer sugestões para os 
problemas surgidos; 
• Avaliar produção e produtividade dos funcionários; 
• Elaborar e conduzir programas de treinamento de pessoal. 
 
Auxiliar de Operação e tráfego (op cit.) 
Tem como funções principais: 
• Fornecer instruções relativas à sequência de local de parqueamento, normas 
de segurança quanto à movimentação de aeronaves, veículos, equipamentos, 
pessoas e no reabastecimento de aeronaves; 
44 
 
• Acompanhar, controlar e liberar cargas sujeitas a critérios especiais. 
 
Gerente de Segurança de Aviação Civil (op cit.) 
Tem como funções principais 
• Instruir, em caso de anormalidade, sobre detenção de passageiros e/ou 
pessoas suspeitas a bordo de aeronaves ou nas dependências do aeroporto; 
• Orientar a inspeção de equipamentos e instalações, bem como ministrar 
ensinamentos relativos à segurança, coordenando a distribuição e divulgação 
de normas inerentes; 
• Instruir sobre a utilização de equipamentos de proteção e combate a incêndio 
e outros procedimentos a serem adotados na revista de passageiros e 
bagagens. 
 
Auxiliar de Serviços (op cit.) 
Tem como funções principais 
• Coordenar e executar serviços administrativos, compilando dados, redigindo 
minutas, cartas e expedientes, bem como lendo e interpretando publicações; 
• Controlar recebimento de receitas arrecadadas; 
• Acompanhar tarefas de licitação, bem como fiscalizar o cumprimento de 
contratos; 
• Coordenar a gestão de atividades publicitárias e promocionais; 
• Desenvolver novas formas de captação de recursos e de melhoria dos 
serviços prestados pelo aeroporto. 
 
Responsável pela qualidade de serviço (RPQS) (op cit.) 
• Deve estar de acordo com a classe de homologação da empresa aeronáutica, 
CHE, sendo o inspetor principal da empresa. 
• Deve estar de acordo com a graduação e os certificados de conhecimento 
teóricos previstos no RBA 145 
 
Mecânico de manutenção aeronáutica (op cit.) 
• Deve possuir as carteiras aeronáuticas que o habilitam a atuar na área de 
manutenção, de acordo com o RBA 145. 
45 
 
7 CERTIFICAÇÃO DO HELIPORTO 
 
Ao assinar a Convenção da Aviação Civil Internacional, em 1944, cada 
Estado-Contratante, entre eles o Brasil, assumiu a responsabilidade de garantir a 
segurança operacional, regularidade e eficiência das operações das aeronaves nos 
aeródromos sob sua jurisdição (Instituto de Aviação Civil – IAC, 2010) 
De acordo com aquela Convenção, sempre que a administração de um 
aeroporto é delegada a um operador ou uma administração, a Autoridade 
Aeronáutica do Brasil permanece com a responsabilidade de supervisionar e garantir 
que o operador atenda ou obedeça às Normas e Práticas Recomendadas (SARP - 
Standards and Recommended Practices) pela Organização da Aviação Civil 
Internacional (OACI) e à legislação nacional aplicada ao assunto. (op cit.) 
Nesse contexto, o Brasil está implementando uma legislação, denominada 
RBHA 139 – Certificação Operacional de Aeroportos, que estabelece o processo 
para certificar os aeroportos brasileiros. Assim, conforme essa nova legislação, o 
DAC certificará os aeroportos a partir da aprovação do Manual Operacional de 
Aeroporto (MOA), apresentado pela organização que o administra ou pretenda 
administrar. (op cit.) 
O estudo feito para a implantação do Heliporto EngCopter atende as 
normativas do RBHA 139 assim como outras leis vigentes no Brasil, não sendo 
necessário a apresentação de várias documentações especificas aplicadas a 
aeroportos de grande porte ou ainda a aeroportos internacionais. 
Em anexo, encontra-se a lista de leis aplicáveis a homologação de um 
heliporto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
8 CONCLUSÃO 
 
Ao início da pesquisa pretendia-se realizar o estudo geral da instalação do 
heliporto denominado como EngCopter. Mas, com o decorrer do trabalho, a 
pesquisa foi migrando para o estudo específico das leis reguladoras da atividade, e 
a escolha do terreno para a instalação do mesmo. Foram citadas e estudadas duas 
leis, uma municipal que regula o uso e a ocupação do solo na cidade de Curitiba e 
região, e uma lei federal que regulamenta as necessidades para a instalação e 
operação de um heliporto no Brasil. 
O objetivo geral desse trabalho foi o de avaliar a viabilidade de instalação de 
uma base de operações de helicópteros para na zona oeste de Curitiba, 
satisfatoriamente atendido. Conclui-se que é viável a instalação proposta, amparada 
pela legislação vigente reguladora dessa atividade. Também, foram levantados os 
elementos necessários para a instalação da base EngCopter, plantas e recursos 
humanos. 
Durante o desenvolvimento da pesquisa foi constatado que as leis 
reguladoras da atividade especifica, ou seja a instalação de um heliporto, data do 
ano de 1974, não havendo alguma atualização para tal atividade. Em relação à lei 
municipal, a mesma data do ano de 2000. 
Após o encerramento deste trabalho de pesquisa pode-se afirmar que a 
EngCopter se fundamenta nas leis vigentes reguladoras da atividade, sejam 
municipais ou federais e por conseguinte tem todo o apoio que a lei profere tanto 
para as instalações quanto para seus usuários. O fato de estar dentro da lei, da a 
EngCopter uma condição estável e segura para o exercício das suas atividades, 
Como consideração para estudos futuros, recomenda-se que seja feita uma análise 
econômica atualizada, no momento da aplicação da instalação da base, que esta 
pesquisa não teve por objetivo contemplar. 
47 
 
REFERÊNCIAS 
 
AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC. Instruções para Operação de 
Helicópteros para Construção e Utilização de Helipontos ou Heliportos. Portaria nº 
18/GM5 de 14 de Fevereiro de 1974. Disponível em: 
http://www.anac.gov.br/biblioteca/portarias/port0018GM5.pdf. Acesso em: 20 ago. 
2009. 
 
AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC. RBAC 139 - Certificação 
Operacional de Aeroportos. 2003. 
 
AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC. RBHA 145 - Empresas de 
Manutenção de Aeronaves. 1990. 
 
AGENCIA NACIONAL DE AVIACAO CIVIL-. Total de helicópteros por estado 2009. 
Disponível 
em:http://www.anac.gov.br/arquivos/aeronaves/rankingTotalHelicopteroEstado.pdf 
 
AGENCIA NACIONAL DE AVIACAO CIVIL-. Sistema de gerenciamento de 
segurança operacional para pequenos provedores de serviços da aviação civil 2009. 
Disponível em:http://www.anac.gov.br/biblioteca/resolucao/ra2009-0106.pdf 
 
AGENCIA NACIONAL DE AVIACAO CIVIL-. Critérios regulatórios quanto a 
implantação, operação e manutençãodo serviço de prevenção, salvamento e 
combate a incêndio em aeródromos civis 2009. Disponível em: 
http://www.anac.gov.br/biblioteca/boletim/bps/ra2009-0015.pdf 
 
BRASIL. AIC 12/07. Rotas especiais em vôo visual na CTR Curitiba, 07 Jun. 2007. 
 
CASAFORTE. Cerca de segurança. Disponível em: 
www.casaforteconstrucoes.com.br/img/produtos/. Acesso em 07 set. 2010 
 
COMAER. Caminhão Pipa. Disponível em: 
http://www.atribunamt.com.br/wpcontent/uploads/2010/07/caminhao-ap2-28-05-
10.jpg; Acesso em 07 set. 2010. 
 
COMPRECAR. Tanque de combustível sobre a superfície. Disponível em: 
http://www.comprecar.com.br/imgSite/veiculos/2709318746.jpg. Acesso em 20 jul. 
2010. 
 
FREITAS, Clayton. Frota de helicópteros em SP deve aumentar 18% até 2010 e 
preocupa Aeronáutica. Folha Online, 28/02/2008. Disponível em: 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u377030.shtml. Acesso em: 07 set. 
2010. 
 
INFRAERO – INFRAESTRUTURA AERONÁUTICA. Tarifas Aeroportuárias. 
Disponível em: http://www.infraero.gov.br/item_gera.php?gi=taraero&menuid=tar. 
Acesso em: 02 set. 2010 
 
48 
 
INSTITUTO DE AVIAÇÃO CIVIL – IAC. Manual de Implementação de Aeroportos. 
Disponível em: http://ong.prosperustec.com.br/mprd/wp–
content/uploads/2008/10/anac–manualimplementacaogeral.pdf. Acesso em: 01 set. 
2010. 
 
KÖNIG, Mauri. Curitiba descobre o helicóptero. Capital concentra dois terços dos 42 
helicópteros do Paraná. É a sexta maior frota do país, que tem 1.255 dessas 
aeronaves. Folha Online, 04/10/2009. Disponível em: 
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=930378. Acesso 
em: 18 jul. 2010. 
 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho 
Científico. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 
 
MRV ENGENHARIA. Guarita. Disponível em: 
http://imoveis.mrv.com.br/casas/minasgerais/uberlandia/jardimkaraiba/thepalmshous
eseclub/. Acesso em: 08 set. 2010 
 
PETROBRAS. Caminhão para abastecimento remoto. Disponível em: 
http://www.hotsitespetrobras.com.br/petrobrasmagazine/Edicoes/Edicao57/pt/imgs/pt
/ plano_negocios_08.jpg; Acesso em 06 set. 2010. 
 
PINHEIRO, Adônis. 2008. Notas de aula do curso de pós-graduação em Gestão de 
Empresa de Transporte Aéreo e Gestão de Empresa de Manutenção Aeronáutica, 
oferecidos pela Universidade Tuiuti do Paraná. 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. A lei 9800/00 – Uso e ocupação do solo 
em Curitiba e região, de 03 de Janeiro de 2000. 
 
SILVA, Jussara Maria da. 2009. Notas de aula do curso de pós-graduação em 
Gestão de Empresa de Transporte Aéreo e Gestão de Empresa de Manutenção 
Aeronáutica, oferecidos pela Universidade Tuiuti do Paraná. 
 
SUNLAB POWER. Pista de pouso com iluminação acesa. Disponível em: 
http://klipsenergia.com.br/images/Heliporto_2.jpg. Acesso em 26 jul. 2010 
 
 
ANAC 
 
 
49 
 
ANEXOS 
 
 
 
• ANEXO A - AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC. Instruções 
para Operação de Helicópteros para Construção e Utilização de Helipontos 
ou Heliportos. Portaria nº 18/GM5 de 14 de Fevereiro de 1974. 
 
• ANEXO B - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. A lei 9800/00 – Uso e 
ocupação do solo em Curitiba e região, de 03 de Janeiro de 2000. 
 
• ANEXO C - AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC. RBAC 139 - 
Certificação Operacional de Aeroportos. 2003. 
 
• ANEXO D - AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC. RBHA 145 - 
Empresas de Manutenção de Aeronaves. 1990. 
 
• ANEXO E - BRASIL. AIC 12/07. Rotas especiais em voo visual na CTR 
Curitiba, 07 Jun. 2007. 
 
• ANEXO F - INSTITUTO DE AVIAÇÃO CIVIL – IAC. Manual de 
Implementação de Aeroportos. 2010. 
 
MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA 
COMANDO GERAL DE APOIO 
DIRETORIA DE ELETRÔNICA E PROTEÇÃO AO VÔO 
 
 
 
Instruções para 
Operação de Helicópteros 
para Construção e Utilização 
de Helipontos ou Heliportos 
 
 
Portaria nº 18/GM5, de 14 de Fevereiro de 1974. 
Portaria nº 046/GM5, de 6 de Maio de 1974. 
Portaria nº 397/GM5, de 21 de Maio de 1976. 
Portaria nº 745/GM5, de 06 de Outubro de 1976. 
Portaria nº 463/GM5, de 06 de Maio de 1977. 
Portaria nº 1230/GM5, de 15 de Outubro 1979. 
Portaria nº 353/GM5, de 21 de Março de 1981. 
Portaria nº 830/GM5, de 22 de Julho de 1983. 
 
 
 
 
A DIVULGAÇÃO DESTA PORTARIA, ATRAVÉS DA PRESENTE FMA-DEPV-61-15, FOI APROVADA 
POR ATO BAIXADO PELO EXMO, SR. DIRETOR DE ELETRÔNICA E PROTEÇÃO AO VÔO, 
CONFORME FEZ PÚBLICO O BOLETIM Nº 161 DE 23 DE AGOSTO DE 1974 E ENTRARÁ EM VIGOR 
A PARTIR DE 03 DE FEVEREIRO DE 1975. 
 1 
PORTARIA N- 18/GM5, DE 14 DE FEVEREIRO DE 1974* 
 
Aprova Instruções para Operação de Helicópteros e 
para construção e utilização de Helipontos ou Heliportos 
 
 O MINISTRO DE ESTADO da Aeronáutica, usando das 
atribuições que lhe confere o artigo 64 do Decreto-lei nº 200, de 25 de 
fevereiro de 1967, e o disposto no Decreto nº 70.171, de 18 de fevereiro 
de 1972; e 
 
 Considerando a necessidade de disciplinar a construção de 
helipontos e heliportos, de estabelecer regras especiais para o tráfego 
aéreo de helicópteros e de fixar normas operacionais para a sua 
utilização 
 
RESOLVE: 
 
Art. 1º - Aprovar as Instruções anexas a esta Portaria, que 
estabelece Requisitos para construção e utilização de helipontos ou 
heliportos, Regras especiais de Tráfego Aéreo, Normas operacionais e 
Procedimentos especiais na operação de helicópteros. 
 
Art. 2º - O Diretor-Geral do Departamento de Aviação Civil, o 
Comandante do Comando de Apoio de Infra-Estrutura e o Diretor da 
Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo, poderão baixar instruções 
complementares necessárias a explicitar a aplicação das Instruções 
aprovadas por esta Portaria, nos assuntos afetos aos seus respectivos 
Órgãos. 
 
Art. 3º - As homologações e/ou registros de helipontos ou 
heliportos que estiverem contrariando o disposto nestas Instruções, 
deverão ser cancelados. 
 
Art. 4º - O não cumprimento das disposições aprovadas por 
esta Portaria acarretará aos infratores as sanções previstas no Código 
Brasileiro do Ar. 
 2 
Art. 5º - Os casos omissos serão resolvidos pelas Autoridades citadas no 
artigo 2º desta Portaria. 
 
Art. 6º - A presente Portaria entrará em vigor na data de sua 
publicação, revogadas as disposições em contrário e, em especial, a 
IMA-DR-60-04, de 01 de julho de 1969 e sua emenda nº 1. a. de 02 de 
outubro de 1970. 
 
 
 
 
 
 
 
 JOELMIR CAMPOS DE ARARIPE MACEDO 
 Ministro da Aeronáutica 
 
 
 
* NOTA - Esta Portaria já se encontra em conformidade com as 
modificações introduzidas pela Portaria nº 461GM5, de 16 de maio de 
1974. 
3 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
I - As presentes Instruções têm por finalidade: 
 
 1 - Estabelecer: 
 a - os requisitos para construção e utilização de 
helipontos; 
 b - as regras especiais de tráfego aéreo para 
helicópteros; 
 c - as normas operacionais para utilização dos 
helicópteros; 
 d - os procedimentos especiais para helicópteros em 
zonas urbanas. 
 
 2 - Orientar: 
 a - os operadores de helicópteros, quanto às 
exigências que deverão ser cumpridas visando 
a segurança na operação dessas aeronaves; 
 b - os operadores de heliportos e/ou helipontos 
quanto aos requisitos de segurança necessários 
para sua utilização; 
 c - as autoridades competentes quanto à fiscalização 
de áreas de pouso e do controle de tráfego aéreo 
de helicópteros, principalmente em áreas urbanas. 
 
II - Para maior facilidade de manuseio, as presentes Instruções 
foram divididas em 05 (cinco) partes, englobando os seguintes 
assuntos: 
 1 - Parte I - Definições e Disposições Gerais; 
 2 - Parte II - Requisitos para Construção de Helipontos; 
 3 - Parte III -Regras Especiais de Tráfego Aéreo para 
Helicópteros; 
 4 - Parte IV- Normas Operacionais para Helicópteros; 
5 - Parte V- Procedimentos Especiais para Helicópteros em 
Zonas Urbanas. 
 4 
PARTE I 
DEFINIÇÕES E DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
1.0 - DEFINIÇÕES 
 
1.1 - Para efeito do disposto nestas Instruções, 
são adotadas as seguintes definições: 
 
 a -Área de Estacionamento 
 Área destinada ao estacionamento de 
helicópteros, localizada dentro dos limites do 
heliporto ou heliponto. 
 
 b -Área de Pouso e Decolagem 
 Área do heliponto ou heliporto, com 
dimensões definidas, onde o helicóptero pousa 
e decola (Fig. 1 e 2). 
 
 c -Área de Pouso e Decolagem de Emergência 
para Helicópteros 
 Área de Pouso e Decolagem construída sobre 
edificações, cadastrada no Comando Aéreo 
Regional respectivo, que poderá ser utilizada 
para pousos e decolagens de helicópteros, 
exclusivamente em casos de emergência ou de 
calamidade. 
 
 d -Área de Pouso Ocasional 
 Área de dimensões definidas, que poderá ser 
usada, em caráter temporário, para pousos e 
decolagens de helicópteros mediante 
autorização prévia, específica e por prazo 
limitado, do Comando Aéreo Regional 
respectivo. Deverá obedecer às normas de 
segurança exigidas para os helipontos em 
geral. 
 
 e -Área de Toque 
 Parte da área de pouso e decolagem, com 
dimensões definidas, na qual é recomendado o 
toque do helicóptero ao pousar (Fig. 1 e 2). 
 
 f-Corredor Aéreo de Circulação de 
Helicópteros(CH). 
 Espaço aéreo para o qual deverá ser 
canalizado fluxo de tráfego de helicópteros, 
quando implantado numa TMA, cujas 
dimensões serão fixadas pela DEPV. 
 
 g- Efeito de Solo 
 Aumento de sustentação do helicóptero 
produzido pela reação do deslocamento de ar 
do rotor quando o aparelho paira ou se desloca 
com baixa velocidade próximo ao solo ou 
outras superfícies. O efeito de solo é efetivo 
até uma altura correspondente a 
aproximadamente 1/2 (meio) diâmetro do 
rotor. 
 
 h-Heliponto 
 Área homologada ou registrada, ao nível do 
solo ou elevada. utilizada para pousos e 
decolagens de helicópteros (Fig. 1). 
 
 i-Heliponto Civil 
 Heliponto destinado, em princípio, ao uso de 
helicópteros civis. 
 
 j-Heliponto Elevado 
 Heliponto localizado sobre edificações. 
 
 l-Heliponto Militar 
 Heliponto destinado ao uso de helicópteros 
militares. 
 
 m-Heliponto Privado 
 Heliponto Civil destinado ao uso de 
helicópteros de seu proprietário ou de
 
 5 
pessoas por ele autorizada, sendo vedada sua 
utilização em caráter comercial. 
 
 n -Heliponto Público 
Heliponto Civil destinado ao uso de 
helicópteros em geral. 
 
 o -Heliportos 
Helipontos Públicos dotados de instalações e 
facilidades para apoio de helicópteros e de 
embarque e desembarque de pessoas, tais 
como: 
Pátio de estacionamento, estação de 
passageiros, locais de abastecimento, 
equipamentos de manutenção, etc. (Fig. 2). 
 
 p - Heliportos Elevados 
 Heliportos localizados sobre edificações. 
 
 q - Pista de Rolagem 
Pista de dimensões definidas, destinada à 
rolagem de helicópteros entre a área de 
pouso ou de decolagem e a área de 
estacionamento ou de serviços. 
 
 r - Rolagem 
Movimento do helicóptero de um ponto para 
outro, realizado na superfície ou pouco 
acima desta, conforme o tipo de trem de 
pouso do helicóptero. 
 
 s - Superfície de Aproximação e de Saída 
Superfície inclinada, livre de obstáculos, 
escolhida para as operações de aproximação 
e de saída de helicópteros, que se inicie no 
bordo da área de pouso, entendendo-se para 
cima e para fora dessa área, com a 
declividade de 1:8 (Fig. 1, 2 e 3). 
 
 t - Superfície de Transição 
Superfície inclinada, livre de obstáculos, que 
se inicia no bordo da área de pouso, 
estendendo-se, lateralmente, para cima e 
para fora dessa área, com a declividade de 
1:2 (Fig. 1). 
 
 u - Vôo Pairado 
Manobra na qual o helicóptero é mantido 
em vôo, sem movimento de trans- 
 
 
 
 
lação em relação a um ponto no solo ou na água. 
 
2.0 - DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
2.1- Os helipontos civis poderão ser utilizados por 
helicópteros militares. 
 
2.2 - Consideram-se helicópteros militares 
aqueles pertencentes às Forças Armadas. 
 
2.3 - Os helipontos militares poderão ser 
utilizados por helicópteros civis, obedecidas as 
prescrições estabelecidas pela autoridade militar que 
tiver jurisdição sobre o heliponto. 
 
2.4 - Além das condições estabeleci-das nas 
presentes instruções e no que couber, a construção e 
conseqüente utilização de helipontos militares 
deverá ser precedida de consulta ao Estado-Maior da 
Aeronáutica. 
 
2.5 - Os helipontos civis serão abertos ao 
tráfego através de processo de registro ou 
homologação a cargo da autoridade aeronáutica 
competente, definida nos subitens 16.3 e 16. 4 do 
item 16 da Parte II das presentes Instruções. 
 
2.6 - Os helipontos públicos serão construídos, 
mantidos e explorados diretamente pela União, ou 
mediante concessão ou autorização, obedecidas as 
condições nelas estabelecidas. 
 
2.6.1 - Entre as condições de concessão ou da 
autorização, figurará, obrigatoriamente, a 
observância das instruções de natureza 
administrativa e técnica, emanadas de autoridades 
federais, para assegurar, no território nacional, a 
uniformidade das normas relativas à navegação 
aérea e aos transportes aéreos em helicópteros. 
 
2.6.2 - Nos helipontos públicos sediados em 
Unidades Militares, as jurisdições e esferas de 
competência das autoridades civis e militares serão 
definidas em regulamentação especial. 
 
2. 7 - Tendo em vista que um heliporto é um 
heliponto público dotado de facilidades de apoio e 
de embarque e desembarque de pessoas e cargas, 
somente a palavra <<heliponto>> será utilizada nas 
presentes Instruções. 
 
 
 
 
 
 6 
 
 7 
 
 8 
 9 
PARTE II 
 
REQUISITOS PARA CONSTRUÇÃO DE HELIPONTOS
 
1.0 - GENERALIDADES 
 
 
1.1 - As recomendações que ora se seguem 
visam a atender a todos os helicópteros. 
Funcionam em sua generalidade e nunca devem ser 
impostas a toda e qualquer classe de equipamento. 
Muito se pode obter em funcionalidade quando 
realmente são conhecidas as características dos 
helicópteros, fato esse de grande valia ao se 
projetar, especificamente, helipontos privados. 
 
1.2 - Em todos os casos, a opinião do órgão 
governamental responsável pela aprovação e 
fiscalização dos helipontos deverá ser obtida, 
conforme o estabelecido no item 15.0 da Parte Il 
das presentes Instruções. 
 
1.3 - As características a seguir apresentadas 
são específicas para os helipontos ao nível do solo. 
Para helipontos elevados, por exemplo, em terraços 
de edifício, as recomendações previstas no item 9.0 
desta Parte II deverão ser consideradas. 
 
 
2.0 - ESCOLHA DO LOCAL 
 
2.1 -Para se escolher o local destinado à 
construção de um heliponto, muitas considerações 
deverão ser feitas objetivando uma série de 
atendimentos, principalmente os relativos à 
segurança das operações, interesse da comunidade 
e dos usuários. Assim, considerações sobre 
facilidades de acesso por superfície ao local, nível 
de ruído sobre a comunidade, condições de vento, 
interferência no tráfego aéreo local, além de outras 
mais, deverão ser cuidadosamente estudadas. 
 
2.2 - Os helipontos devem ser localizados de 
maneira que o ruído dos helicópteros, nas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
operações de pousos e decolagens, não venha trazer 
incômodo à coletividade vizinha, respeitados os 
limites sonoros estabelecidos na legislação 
competente. 
 
3.0 - CARACTERISTICAS DO LOCAL 
 
3. 1 Topografia 
 Locais com topografia irregular, além dos 
problemas normais

Outros materiais