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A Civilização do Açúcar

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UNIVERSIDADE FEDERAL MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA FORMAÇÃO SOCIAL POLÍTICA E ECONÔMICA DO BRASIL
Resumo do texto “Civilização Do Açúcar”
Docente: Profª. Thereza Martha
Discente: Pablo Giovanni Oliveira Souza
 
Cuiabá/MT
2015
A CIVILIZAÇÃO DO AÇÚCAR
Diante dos muitos problemas no que marcam a realidade brasileira é comum perguntas como : Onde tudo começou?, porque esse país atrasado, ao analisarmos a situação sócio-econômica do Brasil, encontraremos , o latifundiários, o homem do campo, a agricultura os monopólios de terra, etc.
Impossível entender o Brasil sem analisarmos sua história, nos seus primeiros momentos coloniais de dominação portuguesa.
 A implantação da lavoura canavieira no Brasil, nos primórdios do século XVI, deu-se na dinâmica dos descobrimentos, da ocupação das terras americanas o desenvolvimento mercantil.
Com as grande navegações européias, na intensa disputa que travava a mercantilização, deu-se o descobrimento do Brasil em 1500, um território novo português que seria uma problema para Portugal para ocupar, esse território representou para Portugal uma mudança em sua política de feitorias no Oriente, pois a América portuguesa, era rica dispunha de muitas matérias primas, a ocupação da América portuguesa, assumia gradativamente outras dimensões, a Espanha descobria em seus territórios prata em abundancia. A perspectiva dos metais preciosos aguçava a cobiça européia. Portugal devia tomar preocupação sobre suas terras, manter seus domínios.
Coube a Portugal, ver outra formula de procurar manter sua colônia americana, não sendo apenas pela exploração de recursos naturais, mais de uma exploração agrícola rentável. O açúcar se tornava em pouco tempo, muito lucrativo para a coroa português, devido aos seus altos preços e dispunha de mercado, e inaugurou a Portugal uma nova forma de expansão, e sua produção em grande escala, seus desmatamentos para ocupação de terras na implantação de engenhos, e como o sistema do Governador Geral do Brasil Tomé de Souza e de Souza, 1˚governador-geral do Brasil, em 1548. Determinava que fossem concedidas terras às pessoas que pedissem,devendo ser cultivadas em três anos, logo no final do século XVI, o Brasil já se convertera no maior produtor e fornecedor mundial de açúcar, com um artigo de melhor qualidade que o procedente da Índia e uma produção anual estimada em seis mil toneladas, cerca de noventa por cento das quais eram exportadas para Portugal e distribuídas na Europa.
A mão-de-obra era escravista, sendo indígenas e negros, mas os índios para os portugueses eram improdutíveis, não rendiam o necessário, pois de acordo com a cultura do índio plantar era atividade para mulheres, eles acabavam fugindo e não os entravam pois conheciam bem a floresta, os negros rendiam pois eram mais submissos, mais alguns fugiam e criavam quilombos no meio da mata, outros capturados e torturados pelo desobediência.
Com a dominação do Açúcar na colônia, em torno dessa dominação havia o Gado, era mantido longe das lavouras pois acabavam com elas, enquanto o poder do açúcar estava na costa o gado se entravava cada vez mais nos sertões da colônia, uma forma diferente de povoamento sem escravos, de um lado uma sociedade do açúcar e escravos, do outro uma sociedade do couro e de homens livres, gerando um tipo peculiar de cultura sertaneja.
A casa-grande, a senzala, a capela e as casas destinadas ao fabrico do açúcar definiam o quadrilátero que dava a um típico engenho sua conformação mais comum. Outras construções, em número variável, podiam servir de residência ao capelão, ao mestre de açúcar, aos feitores e aos poucos trabalhadores livres que se ligavam às atividades do engenho por seus ofícios, como barqueiros, carpinteiros, pedreiros, carreiros ou calafates.
Na maior parte do território brasileiro, ao que parece, predominaram os pequenos engenhos, com reduzido número de escravos e movidos pela força animal. Contudo, no final do século XVIII considerava-se indispensável um mínimo de quarenta escravos para que um engenho pudesse moer "redondamente" durante as 24 horas do dia. Na mesma época, grandes engenhos da capitania do Rio de Janeiro mantinham sob a chibata várias centenas de escravos, como o da Ordem de São Bento, que chegou a ter 432.
Levando-se em consideração esses aspectos podemos concluir, que a nossa nacionalidade embora vinda de grande exploração de recursos naturais, de exploração escravista, a partir disso podemos constatar nossa história, inicio e os porquês da nossa sociedade e cultura, nossas raízes dialetos por onde se propaga nossa miscigenação.

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