Buscar

Revisão de Psicologia em Instituições de Saúde

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Critérios de normalidade:
Ausência de doença – quando não apresenta um sintoma é considerado normal.
Normalidade ideal – conceito utópico, irreal.
Normalidade estatística – mais utilizado pelo governo. Estimativa.
Normalidade como bem estar – como a pessoa se sente.
Normalidade funcional – normal é o indivíduo ativo, produtivo.
Normalidade como processo 
Normalidade operacional
Normalidade subjetiva – baseia-se em questões específicas, depende do ponto de vista de alguém. Critérios que são eleitos por outra pessoa. 
O que é Instituição?
Trabalha com leis, normas e regularidade de comportamentos;
Essas instâncias permitem relações sociais, organização de espaços e recorte de limites;
Criados pela sociedade a fim de diminuir o desamparo da humanidade;
Espera-se que sejam estruturas de apoio;
Sociedade e instituições são interligadas uma vez que a sociedade é uma rede de instituições.
Alguns conceitos:
Instituição – conjunto de leis, valores ou regras sociais, que serve como base de comportamento e padrão ético.
Organização – polo prático das instituições. São a materialização das instituições sob a forma de um organismo, uma entidade, assumindo uma configuração mais complexa ou mais simples.
Estabelecimentos - são as estruturas propriamente físicas que conjuntamente integram a organização. São as escolas, conventos, quartéis etc.
Instituído – O instituído é o efeito da atividade instituinte (BAREMBLITT: 1996, p.32). Os dois constituem o movimento histórico da sociedade, sendo o instituído os parâmetros de convivência, o que está estabelecido, funcionando e atuante (conservador e resistente).
Instituinte – O instituinte é caracterizado como um processo, um movimento. Movimento que é contra o estabelecido /instituído. O movimento de transformação permanente da sociedade aos novos estados sociais.
Gregório Baremblitt – Argentino, psiquiatra, trabalhou na saúde mental e nos ideais de luta antimanicomial. Desenvolveu o conceito de movimento instituinte, que busca na comunidade grupos que procuram analisar demandas, entender necessidades, rever as práticas e produzir novas organizações e soluções através do grupo instituinte (tem que está dentro da instituição, dentro do contexto). Acredita-se na autoanálise e autogestão.
Utiliza-se a figura do expert (sinônimo – psicólogo institucional) – indivíduo que foi formado dentro do grupo e que irá ajudar o grupo instituinte a se mobilizar.
Para Baremblitt a sociedade é composta de duas faces:
Utopias sociais – mundo perfeito, onde tudo ocorre eficazmente.
Características históricas – exploração / dominação / mistificação.
As Instituições Totais de Erving Goffman 
Nome dado por Goffman a todas as instituições com tendências de “fechamento” ou o seu caráter total é simbolizado pela barreira à relação social com o mundo externo e por proibições à saída que muitas vezes estão incluídas no esquema físico – por exemplo, portas fechadas, paredes altas, arame farpado, fossos, água, florestas e pântanos.
O mundo do internado. Quando o internado chega ao hospital ele sofre um processo de “mortificação do eu” que suprime a “concepção de si mesmo” e a “cultura aparente” que traz consigo que são formadas na vida familiar e civil e não são aceitas pela sociedade. Esses “ataques ao eu” decorrem do “despojamento” do seu papel na vida civil pela imposição de barreiras no contato com o mundo externo, do “enquadramento” pela imposição de regras de conduta, do “despojamento de bens” que o faz perder seu conjunto de identidade e segurança pessoal, e da “exposição contaminadora” através de um dossiê que viola a reserva de informação sobre o seu eu “doente”. Esse mecanismo, além de causar perturbação da relação entre autor/indivíduo e seus atos, causa o “desequilíbrio do eu”, uma vez que profana as ações, a autonomia e a liberdade de ação do internado.
Tipos de instituições totais:
Instituições criadas para cuidar de pessoas incapazes e inofensivas – Ex: casas para cegos, velhos, órfãos e indigentes.
Instituições para cuidar de pessoas consideradas incapazes de cuidar de si mesmas e que também são uma ameaça à comunidade, embora de maneira não-intencional – Ex: sanatórios para tuberculosos, hospitais para doentes mentais e leprosários.
Instituições para cuidar de pessoas que oferecem ameaça intencional com a finalidade de proteger a comunidade. Ex: cadeias, penitenciárias, campos de prisioneiros de guerra, campos de concentração.
Instituições estabelecidas com a intenção de realizar de modo mais adequado alguma tarefa de trabalho, e que se justificam apenas através de tais fundamentos instrumentais. Ex: quartéis, navios, escolas internas, campos de trabalho, colônias e grandes mansões (do ponto de vista dos que vivem nas moradias de empregado).
Instituições destinadas a servir de refúgio do mundo, embora muitas vezes sirvam também de como locais de instrução para os religiosos. Ex: abadias, mosteiros, conventos e outros claustros.
Uma disposição básica da sociedade moderna é que o indivíduo tende a dormir, brincar e trabalhar em diferentes lugares, com diferentes co-participantes, sob diferentes autoridades e sem um plano racional geral. O aspecto central das instituições totais pode ser descrito com a ruptura das barreiras que comumente separam essas três esferas da vida.
Em primeiro lugar – todos os aspectos da vida são realizados no mesmo lugar e sob uma única autoridade.
Em segundo lugar – cada fase da atividade diária do participante é realizada na companhia imediata de um grupo relativamente grande de outras pessoas, todas elas tratadas da mesma forma e obrigadas a fazer as mesmas coisas em conjunto.
Em terceiro lugar – todas as atividades diárias são rigorosamente estabelecidas em horários, pois uma atividade leva, em tempo predeterminado, à seguinte, e toda sequencia de atividades é imposta de cima, por um sistema de regras formais explícitas e um grupo de funcionários.
Em quarto lugar – as atividades obrigatórias são reunidas num plano racional único, supostamente planejado para atender objetivos oficiais da instituição.
Nas instituições totais, existe uma divisão básica entre um grande grupo controlado, que podemos denominar o grupo dos internados, e uma pequena equipe de supervisão, denominada de equipe dirigente. Geralmente, os internados vivem na instituição e tem contato restrito com o mundo existente fora de suas paredes; a equipe dirigente muitas vezes trabalha num sistema de oito horas por dia e está integrada no mundo externo.
Cada grupamento tende a conceber o outro através de estereótipos limitados e hostis – a equipe dirigente muitas vezes vê os internados como amargos, reservados, e não merecedores de confiança; os internados muitas vezes veem os dirigentes como condescendentes, arbitrários e mesquinhos. Os participantes da equipe dirigente tendem a sentirem-se superiores e corretos; os internados tendem, pelo menos sob alguns aspectos, a sentir-se inferiores, fracos, censuráveis e culpados.
Uma das funções da guarda é o controle da comunicação entre os internados e os níveis mais elevados da equipe dirigente.
Dizer que os internados em instituições totais têm todo dia determinado, para eles equivale a dizer que todas as suas necessidades essenciais precisam ser planejadas. Portanto, qualquer que seja o incentivo dado ao trabalhador, esse incentivo não terá a significação estrutural que tem no mundo externo. Haverá diferentes motivos para o trabalho e diferentes atitudes com relação a ele. Este é um ajustamento básico exigido dos internados e dos que precisam leva-los a trabalhar.
Às vezes, é exigido tão pouco trabalho que os internados, frequentemente pouco instruídos pata atividades de lazer, sofrem extraordinário aborrecimento. O trabalho exigido pode ser realizado em ritmo muito lento e pode estar ligado a um sistema de pagamentos secundários, frequentemente cerimoniais – por exemplo, a ração semanal de tabaco ou presentes de Natal -, e que levam alguns doentes mentais a continuar seu trabalho. Evidentemente,em outros casos, exige-se mais que um dia integral de trabalho, induzido, não por prêmios, mas por ameaça de castigo físico.
Em algumas instituições, existe uma espécie de escravidão, e o tempo integral do internado é colocado à disposição da equipe dirigente; neste caso, o sentido de eu e de posse do internado pode tornar-se alienado em sua capacidade de trabalho.
Prova 1
Marque a resposta correta (6 pontos – 1 cada).
1 – Tendo como parâmetro os conceitos de Instituição, Organização e Grupo, marque a opção correta:
Instituição é um valor ou regra social que serve como base de comportamento e padrão ético, e a organização é o polo prático das instituições.
A Organização é o polo prático das instituições e a instituição é o lugar onde se realizam as regras e promovem valores.
A instituição pode ser considerada como o sujeito que reproduz e que, em outras oportunidades, reformula as regras sociais.
O Grupo é o lugar onde a instituição realiza as regras, promove valores.
A Organização é o polo prático das instituições e o grupo são as regras e ideiais.
2 – O psicólogo nas equipes multiprofissionais de saúde deve contribuir em quais aspectos:
Realizar atendimento psicoterápico individual ou familiar, bem como psicodiagnóstico infantil.
Realizar encaminhamentos para avaliações psiquiátricas.
Trazer para os membros da equipe, a subjetividade do paciente, do seu cuidador e da família, bem como facilitar a comunicação entre a equipe e os pacientes e/ou familiares.
Pontuar a necessidade de diagnóstico diferencial.
Trabalhar como simples observador dos fatos.
3 – Em alguns casos, pode-se utilizar uma associação de diferentes critérios de normalidade e de doença. Considere o texto abaixo e identifique o critério de normalidade a que se refere: Critério de saúde como “um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não simplesmente como a ausência de doenças ou enfermidades”. Essa definição afirma que saúde é um estado positivo e multidimensional que envolve três domínios: saúde física, mental e social.
Normalidade como ausência de doença (B) Normalidade ideal (C) Normalidade estatística
(D) Normalidade como bem-estar (E) Normalidade funcional
4 – O conceito de instituição total descrito por Goffman em Manicômios, Prisões e Conventos, concebe as instituições totais enumeradas em grupamentos. Pode-se afirmar que:
São três grupamentos e os leprosos eram atendidos em instituições para cuidar de pessoas que ameaçavam a sociedade;
São três grupamentos e as cadeias representavam as instituições para proteger a comunidade de perigos intencionais;
São cinco grupamentos e os mosteiros representavam as instituições criadas para refúgio humano do mundo;
São quatro grupamentos e os quartéis representavam as instituições criadas para proteger a comunidade de perigos;
São cinco grupamentos e os abrigos representavam as instituições para refúgio humano do mundo;
5 – A partir dos conceitos de psicologia nas instituições Burguess cita quatro tipos de instituições, posteriormente acrescidos de mais dois por Young. Tal classificação é bastante considerada nos dias atuais. São elas:
Culturais, comerciais, recreativas, controle social formal e as religiosas;
 Família, escola, igreja, clubes e as instituições sanitárias e de comunicação;
 Culturais, comerciais, recreativas, controle social formal, e as sanitárias e de comunicação;
 Religiosas, comerciais, controle social formal e as sanitárias e de comunicação;
 Culturais, comerciais, recreativas, controle social formal e as abadias e os quartéis.
6 – Segundo Goffman: O modelo de categorias estabelecidas pela sociedade para catalogar pessoas por atributos como signos corporais, marcas e/ou defeitos, que deterioram identidade através de ações sociais é chamado de:
Pré-conceito (B) Normalidade (C) Atributo negativo (D) Estereotipia (E) Estigma
7 – Baremblitt afirma a sociedade entre utopias sociais e características históricas de exploração, dominação e mistificação. Explique o funcionamento destas características históricas ilustrando com situações inerentes a saúde pública.
R: As utopias sociais são construções que visam satisfazer à vontade coletiva, o aperfeiçoamento da vida social, a realização de um ideal social. Estes ideais, sempre históricos, são desvirtuados ou comprometidos por uma deformação que se desdobra em três ações: a exploração de uns sobre outros (expropriação da potencia e do resultado produtivo de uns por parte dos outros), a dominação (imposição da vontade de uns sobre os outros e não respeito à vontade coletiva) e a mistificação (administração arbitrária ou deformada do que se considera saber e verdade histórica, que é substituída por diversas formas de mentira, engano, ilusão, sonegação de informação, etc.). (BAREMBLITT: 1996, p.34)
Para as utopias sociais, o funcionamento institucional visa sempre à produção, à criação, à fundação. Contudo, quando as instituições, organizações e estabelecimentos favorecem grupos dominantes, que perpetuam a exploração, a dominação e a mistificação, compreende-se que têm uma função reprodutiva, uma função disfuncional, no sentido das transformações necessárias à realização da utopia social.
Na saúde pública podemos observar como características históricas de exploração, dominação e mistificação, a "perda do nome", o paciente muitas vezes é identificado pelo número do leito, tem suas informações em um prontuário em que qualquer profissional pode ter acesso, tem que conviver em grupo com pessoas estranhas, precisa seguir as regras da instituição, entre outros fatores.
Esse processo de hospitalização e, consequentemente, institucionalização acarreta em sofrimento para o paciente, pois além da perda de sua saúde, ele também perde sua identidade. O hospital moderno, com sua rigorosa prática científica, impõe ao paciente além da despersonalização, o isolamento e a submissão corporal e subjetiva, não reconhecendo assim as necessidades emocionais e culturais de seus usuários.
Prova 2
1 – Em alguns casos, pode utilizar uma associação de diferentes critérios de normalidade ou de doença. Considere o texto abaixo e identifique o critério de normalidade a que se refere: Critério de como “indivíduo que não é portador de um transtorno mental definido.” Tal critério costuma ser criticado por ser falho e redundante, pois define normalidade por aquilo que ela não é.
Normalidade como ausência de doença (B) Normalidade ideal (C) Normalidade estatística
(D) Normalidade como bem-estar (E) Normalidade funcional
2 – Com relação à atuação do psicólogo em hospitais, é correto afirmar que ele:
Realiza atendimento psicoterápico individual ou familiar, bem como psicodiagnóstico infantil;
Procura comunicar-se com o paciente, mas encaminha ao psicólogo do trabalho as demandas advindas da equipe de saúde;
Atende as demandas do paciente e familiares somente quando encaminhadas pelo médico ou equipe de enfermagem;
Deve diagnosticar e propor um acompanhamento ao paciente hospitalizado e não precisa compreender o que esta envolvido na patologia orgânica do paciente, uma vez seu trabalho se dá no campo psicológico;
Atua tanto na prevenção quanto no tratamento.
3 – Baremblitt concebe à sociedade como uma rede de instituições “que se interpenetram e se articulam entre si para regular a produção e a reprodução da vida humana sobre a terra e a relação entre os homens. Para ele:
Instituição é um valor ou regra social que serve como base de comportamento e padrão ético, e a organização é o polo prático das instituições;
A organização é o polo prático das instituições e a instituição é o lugar onde se realizam as regras e promovem valores;
A instituição pode ser considerada como o sujeito que reproduz e que, em outras oportunidades, reformulando as regras sociais;
Grupo é o lugar onde a instituição realiza as regras, promove valores;
A organização é o polo prático das instituições e o grupo são as regras e ideiais.
4 – O conceito de instituições totais descrito porGoffman em Manicômios, Prisões e Conventos concebe as instituições totais enumeradas em grupamentos, e com características bem definidas. Pode-se afirmar que:
– As instituições totais preservam a individualidade e determinam autoridades iguais e em conjunto;
São dois grupamentos onde os mosteiros representam as instituições criadas para refúgio humano do mundo; 
As instituições totais eram locais que determinavam contato restrito com o mundo externo, tarefas iguais, horários pré-estabelecidos e estereótipos hostis;
Goffman falava neste livro sobre a evolução do processo de saúde do trabalho e previa
Os grupamentos falavam de instituições familiares, religiosas e de asilos.
5 – Em relação à Saúde Pública no Brasil, à legislação pertinente ao Sistema Único de Saúde (SUS). No trabalho da psicologia nesse contexto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas e assinale a sequencia correta.
( )O psicólogo deve respeita a integralidade, a universalidade e a autonomia dos usuários do SUS, conforme determina a Lei n° 8080/1990;
( )O psicólogo não pode atender indígenas e deficientes, porque essa população não é assistida pelo SUS;
( )Na saúde Pública, o psicólogo pode trabalhar na promoção da saúde, na prevenção da doença e na recuperação da saúde;
( )O SUS reconhece que, na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares incluem-se os procedimentos psicológico.
V,V,F,F (B) V,F,V,V (C) F,V,V,F (D) F,F,F,V (E) V,V,V,F
6 - A partir dos conceitos de psicologia nas instituições Burguess cita quatro tipos de instituições, posteriormente acrescidos de mais dois por Young. Tal classificação é bastante considerada nos dias atuais. São elas:
Culturais, comerciais, recreativas, controle social formal e as religiosas;
 Família, escola, igreja, clubes e as instituições sanitárias e de comunicação;
 Culturais, comerciais, recreativas, controle social formal, e as sanitárias e de comunicação;
 Religiosas, comerciais, controle social formal e as sanitárias e de comunicação;
 Culturais, comerciais, recreativas, controle social formal e as abadias e os quartéis.
7 – A partir dos conceitos de Goffman acerca de instituições totais e estigmas, disserte sobre o atual papel da psicologia nas instituições de saúde que atendem a pessoas com deficiências.
R: A psicologia neste contexto tem a função de trabalhar as diversidades, reduzir os estigmas, os estereótipos, os rótulos e os pré-conceitos, além de construir meios de exercício pleno da cidadania, através de sua atuação junto às políticas públicas, ou seja intervir em níveis de prevenção, reabilitação e equiparação de oportunidades que possibilitam respeitar e conviver junto à diversidade. 
De modo geral, pode-se afirmar que o psicólogo possui um papel relevante frente ao apoio e aconselhamento familiar de pessoas com deficiência. É possível observar que o papel do psicólogo está fundamentado no acolhimento e suporte emocional para a família, de modo a verificar potencialidades para resolver problemas, apontando e desenvolvendo capacidades. Oferecer um espaço de escuta para a emergência de conflitos internos, sentimentos reprimidos ou mal elaborados para que possam vivenciá-los de modo mais integrado e positivo, assim como torná-los propulsores de mudança para a melhor adaptação de todos. 
Também é possível afirmar que o psicólogo está relacionado com o papel de aconselhamento e orientação, pontuando questões relevantes quanto à rotina e cuidados diários, esclarecendo concepções errôneas sobre a deficiência e possibilitar melhor vínculo da equipe profissional e comunidade com a família. 
Assim, o profissional deve estar a par dos conhecimentos técnico científicos produzidos tanto na sua área como na área da deficiência. Neste quesito, o papel do psicólogo também possui sua relevância para auxiliar na boa vinculação dos familiares às instituições relacionadas e profissionais de apoio ao paciente com deficiência, se possível situando-se em um trabalho de equipe multiprofissional. 
Também deve estar atento a dinâmica familiar, elaborando intervenções para que o papel de cuidado da pessoa com deficiência não seja centralizado em um único membro familiar e sim, realizado conjuntamente. Buscaglia (1993) afirma que há um caminho certo para cada família, sendo necessário que cada uma encontre o seu, de acordo com seu próprio tempo e modo de vida. 
O psicólogo deve considerar o ambiente, os valores individuais, o envolvimento, o interesse, a motivação, a dependência, a história das relações familiares e destes com a comunidade, entre outros fatores. A padronização na ação terapêutica visa o desastre, pois cada família é única. Por isso, a essência da psicoterapia reside na comunicação.
O psicólogo na saúde pública
Trabalhando com a Prevenção e Promoção de Saúde
A Saúde Pública é um campo de atuação que o psicólogo necessita ocupar de maneira adequada e condizente com a proposta do SUS e do PSF.
Nesse sentido a formação do Psicólogo para sustentar esse campo, deve enfocar o trabalho com as famílias, a transdisciplinalidade, o trabalho com grupos e o conhecimento da realidade social brasileira.
Desde 2006 houve um maior investimento do Ministério de Educação e do Ministério da Saúde nesta questão, bem como um maior interesse em se preparar os futuros psicólogos a trabalhar no SUS. Houve ainda um movimento para que as universidades em seus cursos de graduação valorizassem e investissem nesse tipo de formação modificando as grades curriculares e aparecendo disciplinas baseadas na atuação do Psicólogo na Saúde Pública voltadas para o SUS.
Porém, a formação do Psicólogo ainda se encontra numa proposta de clínica tradicional, dentro de uma formação clássica, o que limita sua atuação com poucas ferramentas teóricas, técnicas e críticas para atuar no SUS.
Até pouco tempo atrás, a área de saúde ainda era sinônimo de clínica tradicional, e se caracterizava como uma atividade centrada no indivíduo, cujos objetivos eram, principalmente analíticos, psicoterapêuticos e/ou psicodiagnósticos. Outra dificuldade destes profissionais e que é pouco explorada nos cursos de graduação é o trabalho em grupo.
Os trabalhos com grupos, além de se adequarem às altas demandas de atendimentos presentes nas instituições públicas, trazem a possibilidade de intervenção direta na relação e a experiência com o coletivo.
Um dos primeiros empecilhos para o profissional abordar as famílias que o PSF se propõe a acompanhar é o desconhecimento da realidade brasileira das famílias Percebe-se uma tendência a comparar as famílias atendidas, em geral pertencentes às camadas baixas, a partir da família nuclear – modelo dominante das camadas mais privilegiadas. Não deve ser desconsiderada as particularidades das famílias das diferentes classes sociais, já que cada uma possui organização, regras e valores próprios.
O SUS oferece várias opções para a atuação do profissional de Psicologia. No Estado de São Paulo, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (2006), existem mais de 1000 profissionais trabalhando na rede.
Além da área de saúde mental os profissionais da Psicologia trabalham em programas de doenças sexualmente transmissíveis (DST/AIDS), em Centros de Referência da Saúde do Trabalhador, Unidades Básicas de Saúde, no Programa Saúde da Família, em hospitais públicos e também planejando políticas públicas de saúde.
O psicólogo que atua em uma Unidade Básica de Saúde, UBS, integra uma equipe multidisciplinar com pelo menos quinze categorias diferentes de profissionais envolvidos com o mesmo objetivo. O profissional Psicólogo envolvido no trabalho com saúde pública não trata apenas do psiquismo das pessoas, ele trabalha com seu bem-estar no mundo.
A Atuação do Psicólogo no Hospital Geral
O hospital desde sua criação foi considerado o símbolo máximo de atendimento em saúde, ideia que, de certa forma, ainda persiste. Muito provavelmente, esse é o motivo pelo qual, no Brasil, o trabalho da Psicologia no campo da saúde é chamado Psicologia Hospitalar,e, não, Psicologia da Saúde, o que enfatizaria mais a promoção de saúde.
No Brasil, os primeiros psicólogos começaram a atuar em hospitais, por volta de1960, quando ainda não existia um determinado padrão a ser seguido. Estes profissionais passaram, então, a realizar nos hospitais as mesmas práticas que realizadas em seus consultórios. Também atuavam como assessores dos Psiquiatras, ou como psicometristas; sem participar do atendimento direto ao paciente.
“A reprodução das práticas de consultório, [...], não floresceu e não poderia mesmo florescer, por não trazer respostas às necessidades do paciente e da própria equipe.” (GORAYDE, 2001, p. 263). É necessário quando se trabalha com Psicologia dentro do hospital compreender que é preciso se fazer não apenas Psicologia, mas uma Psicologia Médica.:
[...] por psicologia médica se entende o estudo das situações psicológicas envolvidas na questão mais ampla de saúde do paciente, com destaque para o aspecto da saúde orgânica. Os aspectos psicológicos são vistos e tratados como associados à questão de saúde física, não devendo desta ser dissociados. Não se trata de diminuir a importância da psicologia, mas sim de adequá-la, para uma maior eficiência. (GORAYDE, 2001, p. 263).
É importante enfatizar que o individuo hospitalizado é diferente daquele que procura o consultório, pois este traz uma demanda espontânea. Ele não possui quadros clássicos de psicopatologia, doença de ordem orgânica, agravada ou modera, ele traz uma demanda psicológica específica. “Necessita comunicar-se bem com seu médico, ou colocado de uma forma correra, necessita que seu médico se comunique adequadamente consigo, necessita informações e apoio.” (GORAYDE, 2001, p. 264).
Se devido às características psicológicas anteriores ou um quadro de stress causado pela internação pela internação, o paciente passar a apresentar algum distúrbio psicológico transitório é extremamente importante que os membros da equipe de atendimento do hospital compreendam que este distúrbio é temporário, específico, e provavelmente está relacionado com a hospitalização do sujeito. Em decorrência de uma situação semelhante a essa, “[...] o papel do psicólogo hospitalar é essencial para apoiá-lo, esclarecê-lo, informá-lo, levar a equipe a se relacionar efetivamente com ele, dar-lhe todas as informações de aspectos específicos de sua patologia e do prognóstico.” (GORAYDE, 2001, p. 264). Com isso, o profissional da psicologia ganha um papel de destaque para consolidar a harmonia da equipe e auxiliar no restabelecimento da saúde do paciente.
Prevenção em Instituições de Saúde
Leavell & Clark (1976) descrevem a prevenção como uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural da doença, a fim de tornar improvável o progresso posterior, apresentando três níveis de prevenção:XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
Prevenção Primária: Realizada no período de pré-patogênese, sendo que o conceito de promoção da saúde aparece como um dos níveis da prevenção primária definidos como medidas destinadas a desenvolver uma saúde ótima. Um segundo nível de prevenção primária seria a proteção específica contra agentes patológicos ou pelo estabelecimento de barreiras contra os agentes do meio ambiente. Este nível de prevenção está ligado a todas as ações que visam diminuir a incidência de uma doença na população, ou seja, desenvolvimento de ações que impeçam a ocorrência de determinada patologia na população. Inclui-se aqui a promoção à saúde e à proteção específica. Alguns dos exemplos são: vacinação, tratamento de água para consumo humano, uso de preservativos, mudanças nos hábitos de vida (incentivo a uma boa alimentação, realização de exercícios físicos).XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Prevenção Secundária: A fase da prevenção secundária também se apresenta em dois níveis, o primeiro diagnóstico e tratamento precoce e o segundo limitação da invalidez. Visa um diagnóstico imediato e um tratamento para evitar a prevalência da doença no indivíduo.xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
Prevenção Terciária: Por fim, a prevenção terciária diz respeito a ações de reabilitação, caracteriza-se por ações que tem como objetivo a reabilitação do indivíduo e redução de sua incapacidade. 
Prevenção primordialxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Objetivos: Evitar a emergência e estabelecer padrões de vida (sociais, econômicos e culturais) que aumentem o risco de desenvolver doenças;xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Procedimento: ações dirigidas às populações ou grupos selecionados saudáveis;xxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Consequências: efeitos múltiplos nas várias doenças e impacto na saúde pública;xxxxxxxxxxxxxxx
Exemplos: legislação sobre álcool, políticas antitabagismo e programas do exercício regular. 
Prevenção primáriaxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Objetivos: evitar fatores de risco, determinantes ou causas de doenças;xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Procedimento: atividades dirigidas a indivíduos, grupos ou população total saudável;
Consequências: diminuição da incidência da doença, diminuição do risco médio de ocorrência da doença na população;xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Exemplo: Vigilância sanitária da água, vacinação, planejamento familiar e educação para prevenção de infecções de infecções de transmissão sexual.xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Dificuldade da psicologia em instituições de saúde
É possível perceber que inúmeras dificuldades foram encontradas para que o objetivo de tratar e prevenir doenças e tratar o doente fosse prática básica no hospital, que estava habituado, até então, a simplesmente acolher os pobres doentes, até que morressem. A Medicina foi gradativamente ocupando o seu espaço e fazendo da instituição seu lugar de praxe. 
Naturalmente, que a Psicologia também enfrentaria inúmeras dificuldades para inserir-se no ambiente hospitalar. Tais dificuldades giravam em torno da resistência da população em aceitar um profissional de saúde mental, prestando assistência a uma pessoa com enfermidades físicas. Cabe ressaltar que essa resistência não se deu somente por parte da população leiga, mas também das equipes médicas. São poucos os registros da atuação de psicólogos em instituições de saúde no Brasil, porém, pode-se perceber que na década de 50 havia atividades do psicólogo em hospitais no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Práticas na saúde mental (CAPS e CAPSI)
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)
Os CAPS são unidades especializadas em saúde mental para tratamento e reinserção social de pessoas com transtorno mental grave e persistente. Os centros oferecem um atendimento interdisciplinar, composto por uma equipe multiprofissional que reúne médicos, assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, entre outros especialistas. O serviço é diferenciado para o público infanto-juvenil, até os 17 anos de idade, através do CAPSi, e para pessoas em uso prejudicial de álcool e outras drogas pelo CAPSad.
O encaminhamento para os CAPS pode ser realizado através de demanda espontânea, por intermédio de uma unidade de atenção primária ou especializada, após uma internação clínica/psiquiátrica, ou ainda por indicação da assistência social ou por ordem judicial. O tratamento pode ser feito de forma individualizada ou coletiva, através de oficinas e grupos terapêuticos.
Os CAPS funcionam de segunda a sexta, com atendimento das 8h às 17h. Algumas unidades possuem também acolhimento noturno, durante os sete dias da semana.
A Prefeitura do Rio conta com 13 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), 6 Centros de Atenção Psicossocial Álcool Outras Drogas (CAPSad)  - dois deles com unidades de acolhimento adultos (UAA) - e 7 Centros de Atenção Psicossociais Infantis (CAPSi), totalizando 26 unidades especializadas próprias. Outras 3 das redes estadual e federal completam a rede de 29 CAPS dentro do município do Rio de Janeiro.
Psico-oncologiaA psico-oncologia pauta-se em uma atuação preventiva primária com o objetivo de buscar formas de tratamento digna, humanizada e que favoreça a adesão ao processo de tratamento. Ao passo que considera o indivíduo como um ser integral, social, ajuda o paciente e seus familiares à ressignificar o processo de adoecimento, objetivando restaurar ou melhorar a qualidade de vida e possibilitar maiores expectativas de sobrevivência.
O psicólogo que antes, somente participava dos aspectos relacionados à saúde-doença ou em instituições que promoviam saúde mental, hoje, tem uma atuação mais ampliada em diversos setores da saúde, bem como em hospitais, unidades básicas, postos de saúde, casas de saúde, dentre outras instituições. Isso reflete ao aumento do número de demandas para esse profissional, inclusive no campo da oncologia.
Através da Psicologia da Saúde que se propunha em realizar promoção e manutenção da saúde, prevenção e tratamento de doenças; o psicólogo começa a adquirir seu espaço no hospital, sendo figura necessária nos serviços de suporte a toda equipe multidisciplinar. Nesse caso, os psicólogos da saúde ajudam os pacientes e familiares através de um apoio psicossocial no enfrentamento dos efeitos negativos do tratamento contra o câncer.
A partir da publicação da Portaria nº 3.535 do Ministério da Saúde publicada no Diário Oficial da União, em 14/10/1998, compete ao psicólogo à presença obrigatória juntamente à equipe multidisciplinar, com o intuito de dar suporte ao atendimento oncológico junto ao SUS. Nesse sentindo, faz-se necessária a atuação desse profissional no tratamento do câncer, abrindo espaço a área denominada Psico- oncologia.
No atendimento de indivíduos com alguma enfermidade crônica, tal como câncer, as funções do psicólogo devem:
Favorecer a adaptação dos limites, das mudanças impostos pela doença e da adesão ao tratamento;
Auxiliar no manejo da dor e do estresse associados à doença e aos procedimentos necessários;
Auxiliar na tomada de decisões; preparar o paciente para a realização de procedimentos invasivos dolorosos, e, enfrentamento de possíveis consequências dos mesmos; promover melhoria da qualidade de vida;
Auxiliar a aquisição de novas habilidades ou retomada de habilidades preexistentes;
Revisão de valores para o retorno à vida profissional, familiar e social ou para o final da vida.
A Psico-Oncologia consiste na interface entre a psicologia e a oncologia. São abordadas questões psicossociais que envolvem também o adoecimento acarretado pelo câncer.
Utilizam-se estratégias de intervenção que possam ajudar o paciente e seus familiares no enfrentamento e a aceitação de uma nova realidade, promovendo, assim, melhorias na qualidade de vida.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes