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CICLO LOGÍSTICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Marina Guimarães Lima Dep. Farmácia Social – Faculdade de Farmácia – UFMG Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional (BRASIL, 2004) Visa a melhoria da qualidade de vida da população Assistência Farmacêutica– Conceito Modelo conceitual para o ciclo da Assistência Farmacêutica Fonte: MARIN,2003 Escolha dos medicamentos a serem utilizados na assistência à saúde de uma população, com base em critérios de necessidade de saúde, eficácia, segurança, qualidade, custo-efetividade e disponibilidade comercial (CONASS, 2011) Seleção de medicamentos– Conceito Medicamentos que satisfazem às necessidades prioritárias de cuidados da saúde da população São eficazes, seguros, custo-efetivos, com qualidade Seleção de medicamentos– Medicamentos essenciais Fonte: WHO,2002 Relação de medicamentos essenciais Formulário Terapêutico Protocolo clínico e diretriz terapêutica Seleção de medicamentos– Principais instrumentos Fonte: CONASS, 2011 Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) Elaboração de relações estaduais e municipais baseadas na RENAME Formulário Terapêutico Nacional Protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas Seleção de medicamentos essenciais no SUS Fonte: CONASS, 2011 Atividade que tem por objetivo a garantia da disponibilidade dos medicamentos previamente selecionados nas quantidades adequadas e no tempo oportuno para atender às necessidades de uma população (MARIN, 2003) Programação de medicamentos-conceito Definição de necessidades com base nas condiçoes clínicas prevalentes, no consumo histórico, estoque disponível e na demanda não- atendida Quantificação de produtos com base na relação de medicamentos essenciais Considerar a disponibilidade comercial dos medicamentos, os recursos disponíveis e a estruturação da Assistência Farmacêutica Programação de medicamentos-diretrizes Programação de medicamentos no SUS Fonte: CONASS, 2011 Componente da Assistência Farmacêutica Método Básico Programação feita pelos municípios com metodologias variadas Estratégico Programação feita pelo Ministério da Saúde, baseada no número de pacientes, esquemas terapêutcos recomendados, estoque existente e dados populacionais Especializado Programação realizada pelos estados com base no número de pacientes cadastrados, nos protocolos e diretrizes terapêuticas de cada doença e no estoque existente Conjunto de procedimentos pelos quais se efetua o processo de compra dos medicamentos estabelecidos pela programação, visando manter a regularidade no abastecimento de medicamentos (CONASS, 2011) Aquisição de medicamentos-conceito Cadastramento de produtos e fornecedores idôneos e monitoramento de preços praticados no mercado Transparência Domínio técnico dos métodos e procedimentos legais de controle e aquisição de bens e monitoramento rigoroso do processo Controle rigoroso da documentação e detalhamento minucioso dos contratos de fornecimento Aquisição de medicamentos-principais diretrizes Fonte: PERINI, 2003 Aquisição de medicamentos no SUS:principais modalidades licitatórias Fonte: MARIN, 2003 Modalidade da licitação Valor da compra (BRASIL, 1998) Concorrência acima de R$ 650.000,00 Tomada de preços até R$ 650.000,00 Convite até R$ 80.000,0 Pregão Qualquer valor Registro de preços Qualquer valor Inexigibilidade ou dispensa de licitações Qualquer valor Conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que envolvem as atividades de recebimento, estocagem, segurança e conservação, controle de estoque e entrega dos produtos, garantindo a segurança e a qualidade dos medicamentos até sua dispensação ao usuário (CONASS, 2011) Armazenamento/distribuição de medicamentos-conceito Cumprimento das Boas Práticas de Armazenagem Qualificação do recebimento de medicamentos Elaboração de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) Existência de um sistema de controle de estoque de medicamentos que disponibilize informações gerenciais como balancetes, relatórios e gráficos Fonte:CONASS, 2011 Armazenamento/distribuição de medicamentos-aspectos observados Processo de escolha e indicação de tratamento farmacológico para o paciente, como consequencia de um diagnóstico preciso e fundamentado na avaliação do seu estado geral e dos aspectos fisiopatológicos do paciente (PERINI, 2003) Prescrição de medicamentos-conceito Registro escrito: legibilidade, identificação do prescritor, uso da denominação genérica, posologia (PERINI, 2003) Decisão da prescrição baseada em evidências científicas, características do paciente e experiência clinica (CONASS, 2011) Relação com o paciente de forma a garantir ao último compreensão plena de sua condição e de seu tratamento (PERINI, 2003) Prescrição de medicamentos-diretrizes Ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente, como resposta a apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. (BRASIL,1999) Neste ato o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento Dispensação de medicamentos-conceito Avaliação da prescrição quanto à relação entre risco e benefício Orientações sobre ênfase no cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação dos produtos (BRASIL, 1999) Adequação das orientações técnicas à linguagem do paciente (PERINI, 2003) Registro adequado do procedimento (PERINI, 2003) Dispensação de medicamentos-diretrizes Uso de medicamentos apropriados para a situação clínica dos pacientes: 1. em doses que atendem às suas necessidades clínicas individuais 2. por um período de tempo adequado 3. a um menor custo possível para os pacientes e para a sociedade (WHO, 1985). Uso racional de medicamentos-conceito Criação do Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos por meio da Portaria no 1956/06 pelo Ministério da Saúde (Ministério da Saúde,2006). Iniciativas isoladas de implantação de práticas como a Atenção Farmacêutica Iniciativas isoladas de capacitações sobre uso racional de medicamentos para profissionais e estudantes de saúde Uso racional de medicamentos no SUS Atribuições do farmacêutico no ciclo da Assistência Farmacêutica Atividade da Assistência Farmacêutica Atribuição do farmacêutico Habilidade segundo Diretrizes Curriculares para o Curso de Farmácia (BRASIL, 2002) Seleção •Revisar, interpretar e sintetizar a literatura científica sobre eficácia, segurança e custo-efetividade de medicamentos •Buscar dados sobre propriedades técnicas de medicamentos, custos e disponibilidade comercial •Elaborar paeceres técnico- científicos para subsidiar decisões •Habilidades gerais:tomada de decisões e comunicação escrita, •Habilidades específicas: conhecer técnicas de investigação científica, desenvolver Assistência Farmacêutica, gerenciamento do uso racional de medicamentosAtribuições do farmacêutico no ciclo da Assistência Farmacêutica Atividade da Assistência Farmacêutica Atribuição do farmacêutico Habilidade segundo Diretrizes Curriculares para o Curso de Farmácia (BRASIL, 2002) Programação •Calcular quantidades necessárias de apresentações farmacêuticas necessárias para o tratamento da população •Buscar e analisar dados epidemiológicos e de consumo de medicamentos •Habilidades gerais: administração e gerenciamento •Habilidades específicas: desenvolver Assistência Farmacêutica Atribuições do farmacêutico no ciclo da Assistência Farmacêutica Atividade da Assistência Farmacêutica Atribuição do farmacêutico Habilidade segundo Diretrizes Curriculares para o Curso de Farmácia (BRASIL, 2002) Aquisição •Elaborar especificações técnicas para medicamentos •Acompanhar procedimentos licitatórios e processos de qualificação de fornecedores •Habilidades gerais: administração e gerenciamento •Habilidades específicas: desenvolver Assistência Farmacêutica Atribuições do farmacêutico no ciclo da Assistência Farmacêutica Atividade da Assistência Farmacêutica Atribuição do farmacêutico Habilidade segundo Diretrizes Curriculares para o Curso de Farmácia (BRASIL, 2002) Distribuição/arm azenamento •Conferir quantidades e especificações de medicamentos no momento do recebimento •Garantir condições adequadas de conservação de medicamentos •Realizar controle de estoque de medicamentos •Habilidades gerais: administração e gerenciamento •Habilidades específicas: desenvolver Assistência Farmacêutica Atribuições do farmacêutico no ciclo da Assistência Farmacêutica Atividade da Assistência Farmacêutica Atribuição do farmacêutico Habilidade segundo Diretrizes Curriculares para o Curso de Farmácia (BRASIL, 2002) Dispensação/pro moção do uso racional de medicamentos •Educação ao usuário •Dispensação e avaliação da prescrição •Seguimento farmacoterapêutico •Revisão de prontuários •Capacitação da equipe multiprofissional de saúde •Promover a difusão da informação sobre medicamentos •Habilidades gerais: desenvolver atenção à saúde, comunicação oral •Habilidades específicas: atuar na dispensação, atuar na promoção da saúde e no uso racional de medicamentos Referências Bibliográficas BRASIL.Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998. Brasília: Diário Oficial da União, 27 mai. 1998. PERINI, E. Assistência Farmacêutica: fundamentos teóricos e conceituais. In: ACURCIO. F.A. Medicamentos e Assistência Farmacêutica. Belo Horizonte: COOPMED, 2003. CONASS. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência Farmacêutica no SUS .Brasília : CONASS, 2011. BRASIL. Conselho Nacional de Educação . Resolução no 2, de 19 de fevereiro de 2002.. Diário Oficial da União, 19 fev. 2002. MARIN, N. Assistência Farmacêutica para gerentes municipais. Brasília:OPAS, 2003. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Medicamentos. Brasília:Ministério da Saúde, 1999. BRASIL. Ministério da Saúde. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais 2010. Brasília:Ministério da Saúde, 2010. BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 338, de 06 de maiode 2004. Brasília, Diáro Oficial da União, 06 mai 2004. BRASIL. Lei no 12401, de 28 de abril de 2011. Brasília: Diário Oficial da União, 29 abr. 2011. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria no. 1956, de 23 de agosto de 2006. Brasília: Diário Oficial da União; 23 ago. 2006 WHO. World Health Organization. The selection and use of essential medicines. Report of the WHO Expert Committee (including the 12th Model List of Essential Medicines). Geneva: WHO, 2002. WHO. World Health Organization. The World Medicines Situation 2011. Geneva: WHO, 2011.
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