Buscar

Resumo Direito das Obrigações 304 a 388. (Maria Helena Diniz comentado)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Np2 – Direito das Obrigações
Adimplemento e extinção das obrigações
304 – Se a obrigação não for intuitu personae, será indiferente ao credor a pessoa que solver a obrigação, pois o que lhe importa é o pagamento, já que a obrigação se extinguirá. Assim sendo, o pagamento poderá ser realizado por qualquer interessado, juridicamente, no cumprimento da obrigação, como por exemplo fiador, avalista, coobrigado, sublocatário, etc. 
§ Único – Até mesmo terceiro não interessado poderá pagar o débito, em nome e á conta do devedor, salvo quando este se opuser. 
305 – Como é permitido de acordo com o § único do artigo 304, o terceiro não interessado pode pagar a divida do devedor. Contudo, este ao solver a dívida, não se sub-rogará nos direitos do credor, salvo as hipóteses legais e convencionais. Desta forma, o terceiro ao adimplir a dívida, poderá reclamar apenas o “quantum” realmente despendido ( valor pago), não sendo permitido reclamar juros ou perdas e danos. 
§ único – Se o terceiro quitar a divida antes de seu vencimento, só terá direito ao reembolso na data de seu vencimento, ou seja, terá de aguardar o vencimento para reclamar do devedor a quantia que se despendeu. 
306 – Quando terceiro ou não, pagar a dívida do devedor, sem a anuência e concordância deste, quando o ultimo possuía meios para solver a obrigação com o credor, não terá o que solveu a dívida direito a reembolso por parte do devedor pelo valor despendido. 
307 – Quando o pagamento importar sobre transmissão de bem móvel ou imóvel, só terá eficácia quando for realizado pelo titular do direito real, podendo alienar o objeto da prestação.
§ único – O credor ficará isento de restituir pagamento de coisa fungível, se de boa-fé recebeu e já consumiu, hipótese em que será tido como válido e eficaz o pagamento, mesmo que o solvente não tivesse legitimidade nem direito de aliená-la, pois o verdadeiro proprietário poderá mover ação contra o devedor que pagou com o que não era seu. Se não se consumiu ainda o bem, poderá seu dono reivindicá-la. 
Daqueles a quem se deve pagar
308 – O pagamento deve ser feito ao credor, ao cocredor ou aos seus sucessores e a quem represente-o legalmente. Se não for feito aos investidos nessas condições dera inválido. 
309 - Como o credor putativo é aquele que em determinada circunstância se apresenta como verdadeiro credor, embora não seja. Desta forma, o devedor que solver a dívida a este, de boa-fé, terá o pagamento tido como válido, mesmo que provado que aquele não era o verdadeiro credor. 
310 – Se o pagamento for feito ao credor ilegítimo de receber, será nulo ou anulável. Mas se o pagamento reverteu em beneficio do credor, será válido ex.: trazendo vantagem econômica, aumento aquisição de bens). 
311 – Se alguém se apresentar ao devedor com titulo que lhe deve ser entregue como quitação, há presunção tácita de que ele esta autorizado pelo credor a receber a prestação devida. Contudo, o devedor poderá recusar-se ao pagamento, mesmo que tenha em mãos a quitação, podendo ele exigir autenticação, pois se pagar mal, terá que pagar de novo. 
312 – Se o devedor pagar a credor impedido legalmente de receber, por ter seu crédito penhorado ou impugnado a terceiros, estará sujeito a pagar novamente, pois o pagamento não valerá contra estes. Contudo, é permitido ao devedor, o direito de regresso contra o credor a quem pagou indevidamente. 
Do objeto do pagamento e sua prova
313 – O credor não é obrigado a aceitar obrigação diversa da que lhe é devida, nem mesmo quando for mais valiosa. Mas se este aceitar a receber como pagamento uma coisa por outra, ter-se-á dado como válido.
314 – Divisível ou não a obrigação, o credor não pode ser compelido a receber, nem o credor a pagar por partes, se assim não convencionaram. 
315 – O pagamento em dinheiro far-se-á no vencimento, em moeda corrente, no lugar do cumprimento da obrigação. 
316 – A prestação pecuniária que envolver pagamento de prestações sucessivas poderá conter cláusula convencionando seu aumento progressivo, desde que seja dentro de um período superior á um ano. Quando não houver esta cláusula, será permitido uma revisão judicial a fim de atualizar monetariamente a prestação.
317 – É uma revisão por imprevisibilidade. O magistrado, a pedido da parte, pode atualizar monetariamente o valor da prestação se por motivos imprevisíveis sobrevier desproporção no valor da prestação devida e o momento de sua execução, de modo a tentar assegurar o valor real da prestação. 
318 – O valor monetário a ser pago nas relações contratuais será sempre em moeda nacional. Não podendo utilizar-se de moeda estrangeira nem ouro, tampouco o uso destes para compensação. 
319 – Paga a dívida o devedor terá direito de exigir ao credor comprovante que prove o que pagou, que é a quitação regular. Podendo este reter o pagamento até que lhe seja dada. 
320 – A quitação deve seguir uma formalidade, como designar o valor a ser pago, a espécie da divida e o nome do devedor ou quem este pagou, tempo e lugar do pagamento, com assinatura do credor ou seu representante. 
§ único - Porém mesmo que não contenha os critérios formais, terá validade se de seus termos ou das circunstâncias se puder inferir o débito que dói pago e o devedor exonerado. 
321 – Com o pagamento, o credor deverá devolver o título ao devedor. Porém, pode ocorrer de ao credor ser impossível a devolução do título ao particular, em razão de extravio ou perda. Deverá então, fornecer uma declaração circunstanciada do titulo perdido, contendo quitação do débito, inutilizando-se o título não restituído. Se o credor se recusar a fazer tal procedimento, ao devedor caberá o direito de reter o pagamento, até que se receba o documento. 
322 – Nas obrigações de prestação sucessivas ou no pagamento em quotas periódicas, o cumprimento de qualquer uma faz supor que o das anteriores também já se deu, até prova em contrário. 
323 – Se o credor der quitação do capital sem reserva dos juros, não ressalvando que estão em aberto, presumir-se-ão pagos. 
324 – A quitação pode ser dada pela devolução do título ao devedor, firmando assim a confirmação de pagamento da dívida. 
§ único – Desta forma, ao portar o devedor o título, haverá a presunção de quitação, vez que se pressupõe que o credor não entregaria o titulo sem o pagamento. Contudo, se o credor conseguir provar dentro do prazo de 60 dias que não houve pagamento, ficará sem efeito a quitação. 
325 – O credor tem direito de receber a quitação livre de encargos. As despesas com o pagamento e a quitação ficarão a cargo do devedor, salvo estipulação em contrário, ou quando por culpa deste se provocar aumentos daquelas. 
326 – Se acaso a prestação a cumprir for objeto de peso ou medida ( terras, arroba), caso haja silêncio das partes, presumir-se-á aceitação do lugar de execução. 
Do lugar do Pagamento
327 – Se as partes nada convencionarem no contrato a respeito do lugar onde o pagamento deverá ser efetuado, este deverá ocorrer no domicílio do devedor. 
§ único – Se designarem dois ou mais lugares de pagamento, o credor deverá eleger o que lhe for mais favorável para receber o débito. O devedor estará brigado à cumprir. 
328 – Se o pagamento consistir na entrega ou tradição de um imóvel ou seus acessórios, o cumprimento da prestação operar-se-á no próprio local da situação do imóvel. 
329 - Se ocorrer qualquer motivo para que o pagamento não se realiza no local estipulado pelas partes, poderá o devedor efetuar em local diverso, evitando mora, desde que não prejudique o credor, arcando com as despesas. 
330 – O pagamento feito pelo devedor reiteradamente em local diverso do estipulado, faz presumir renuncia do credor ao antes previsto, não podendo este assim, requerer que volte a efetuar o pagamento no local inicialmente estipulado. Desta forma, não contraria o principio da Surrectio e supressio, derivados da boa-fé objetiva. 
Do tempo do Pagamento
331 – O momento em que se pode reclamar adivida é o de seu vencimento. Porém, quando as partes não vierem a ajustar a data para o pagamento da dívida, não havendo disposição em contrário, poderá o credor exigi-la de imediato. 
332 – Vencimento de obrigação condicional – Só se pode reclamar obrigação condicional depois da ocorrência do evento futuro e incerto a que se subordina. 
333 – O credor não está autorizado a reclamar o cumprimento da dívida antes de seu vencimento, exceto se: 1 – declarada a falência do devedor 2 – Os bens do devedor hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor. 3 – As garantias reais ou fidejussórias dadas pelo devedor cessarem ou forem insuficientes e se o devedor intimado, se negar a reforça-las. 
§ único – Se houver, na dívida, solidariedade passiva, seu vencimento antecipado, nos casos previstos no artigo, relativo a um dos codevedores, não atingirá aos demais, que poderão ser demandados após o vencimento. 
Do pagamento em Consignação 
334 - É o meio indireto de o devedor, em caso de mora do credor, exonerar-se do liame obrigacional, consistente no deposito judicial, ou em estabelecimento bancário, da coisa devida, nos casos e formas legais. O devedor poderá portanto, fazer a consignação bancária em conta especial, que apenas poderá ser levantada, mediante ordem judicial, pelo credor litigante, notificado do depósito. O depósito judicial é relativo à coisas certas ou incertas devidas, e o feito em estabelecimento bancário é atinente a quantias pecuniárias, sendo uma etapa prévia à consignatória. 
335 – Taxa os casos previstos para se propor a consignação. (vide artigo) O artigo é taxativo, e não exemplificativo, ou seja, só cabe nos exemplos previstos. 
337 - Obs.: Ao impetrar uma ação de consignação, o autor deve observar o fato de existir cobrança de juros ao final da demanda, caso a mesma venha a ser julgada improcedente. 
A oferta do depósito deve proceder-se no foro do local convencionado para o pagamento. Efetuado o depósito, cessam para o depositante os juros da dívida, salvo se vier a ser julgado improcedente, será como se nunca ocorresse o depósito, e os juros serão estabelecidos desde quando vencida a dívida. 
338 – Se a consignação for extrajudicial, o credor será notificado do depósito bancário para, dentro do prazo de dez dias, impugná-la, sob pena de o devedor ficar exonerado. Se aceitar, tácita ou expressamente, à quantia não poderá ser mais levantada pelo devedor, só podendo levantar o depósito se houver recusa expressa do credor. Se o depósito for judicial, o depositante poderá requerer o levantamento da coisa depositada, antes da aceitação da impugnação do depósito, desde que pague as despesas decorrentes daquela ação. Obs.: Credor só retira o valor mediante sentença do juiz. 
339 – Julgado procedente a ação é operada a extinção do vinculo obrigacional, não cabendo mais o devedor pleitear levantamento do valor depositado, SALVO se o credor e os outros cocredores ou fiadores, se houverem, anuírem. Atendendo ao Princípio da Autonomia da Vontade. 
340 – Trata o artigo da ação ainda não julgada. Se o credor, depois do aceite do depósito ou da contestação da lide, permitir que o devedor levante o depósito no curso da ação, o credor perderá as garantias e preferências que tiver relativamente ao bem consignado, ficando portanto, desobrigados os codevedores e fiadores que não concordaram com o levantamento, tendo em vista que sua renuncia não poderá lesá-los. 
341 – Se a coisa devida for imóvel ou coisa certa que deverá ser entregue no mesmo local onde está situada, o devedor poderá citar o credor para vir recebê-la, sob pena de ser depositada, isentando-se de qualquer responsabilidade. Se o credor não comparecer, o devedor deverá providenciar a consignação no foro em que se encontra, depositando as chaves do imóvel, para exonerar-se da obrigação. 
342 – Se a escolha da coisa indeterminada, competir ao credor, deverá ele ser citado para este fim, sob pena de se não atender a citação, perder o direito de escolha e ser depositada a coisa escolhida pelo devedor. Feita a escolha pelo devedor, a obrigação passa a ser de coisa certa seguindo os moldes no artigo 341. 
343 – Artigo desnecessário, devido a já ser regulado pelo CPC. 
344 – À ação de consignação em regra é privativa do devedor que pretende exonerar-se da obrigação. Excepcionalmente, em caso de litígio de credores sobre o objeto da dívida, poderá a consignatória ser proposta por um dos credores litigantes, logo que se vender a dívida, ficando de pronto exonerado o devedor, e permanecendo a coisa depositada ante-que se decida qual é o legítimo detentos do Direito. 
Obs.: A consignação pode ocorrer através do credor quando houver litígio entre credores até que se decida quem é o legítimo para receber do devedor.
Do pagamento por sub-rogação 
346 (Sub-rogação legal)- A sub-rogação vem a ser a substituição nos direitos creditórios daquele que solveu obrigação alheia ou emprestou a quantia necessária para o pagamento que satisfez o credor. 
II – Adquirente do imóvel hipotecado que paga a credor hipotecário para evitar execução do imóvel ou terceiro que efetua pagamento sobre a dívida para não perder seu direito sobre o bem de raiz do devedor. Ou seja, aquele terceiro que adquiriu imóvel hipotecário, que era antes do devedor, para não correr risco de ação judicial de execução e perder o direito sobre o imóvel, solve a dívida do devedor para com o credor, sub-rogando-se no direito de exigir o valor daquele.
III – O terceiro interessado que paga a divida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. Ex.: fiador, codevedor solidário, devedor de obrigação indivisível, herdeiro.
347 – (sub-rogação convencional) - A sub-rogação convencional pessoal advém de acordo de vontade entre credor e terceiro ou entre devedor e terceiro, desde que a convenção seja contemporânea ao pagamento e expressamente declarada em instrumento publico ou particular. 
I e II – hipóteses de sub rogação convencional ( vide artigo) 
348 – A sub-rogação convencional por vontade do credor é similar à cessão de crédito, mas com ela não se confunde, apesar de reger-se pelas mesmas normas e princípio. Na cessão de crédito não existe extinção da dívida. Na sub-rogação, o contrato é extinto e um novo negócio jurídico é celebrado. 
349 – a sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações e privilégios e garantias do primitivo, em relação a dívida, contra o devedor principal e os fiadores. 
350 – Na sub rogação legal, o sub rogado não poderá exigir ao devedor, valor superior a soma do que desembolsou para liberar o devedor. 
351 – Se a sub-rogação for parcial, o credor primitivo terá prioridade ao sub-rogado para cobrar a dívida restante do devedor., se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever. 
Da imputação ao pagamento 
352 – A imputação do pagamento consiste na operação pela qual o devedor de dois ou mais débitos na mesma natureza a um só credor, o próprio credor em seu lugar ou lei indicam qual deles o pagamento extinguirá, por ser este insuficiente para solver todos. 
Requisitos: Mesmo credor e devedor – Dívidas da mesma natureza – Saldo insuficiente para quitar pelo menos uma delas – mais de uma dívida. 
353 – Se o devedor se omitir de indicar qual débito está se pagando, o credor poderá fazer. O devedor somente poderá impugnar judicialmente a quitação dada, se provar violência ou dolo do credor. 
354 – Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos e depois no capital, salvo convenção em contrário ou se o credor vier a passar a quitação por conta do capital, permanecendo subsistentes os juros. 
355 – se credor e devedor se omitirem ao indicar qual dívida esta se quitando, a imputação incidirá primeiro na que se vence primeiro, se forem liquidas e vencidas ao mesmo tempo, far-se-á na mais onerosa. 
Da dação em pagamento
356 – A dação em pagamento é a possibilidadede o credor aceitar receber um coisa ou prestação de dar, fazer ou não fazer, diversa da inicialmente estipulada. 
357 – A dação em pagamento tem por objeto prestação de qualquer natureza., não sendo dinheiro contado. Logo, se se taxar o preço da coisa dada em pagamento, regular-se-á pelas normas que regem a compra e venda. 
358 – Se a coisa dada em dação em pagamento for título de crédito, a transferência importará em cessão, devendo ser então, notificado o cedido (devedor). 
359 – Se o credor receber como pagamento, coisa não pertencente ao devedor, com a reivindicação judicial dada pelo legítimo dono, se terá evicção, ou seja, a perda da coisa em razão de sentença judicial, que confere o domínio, a terceira pessoa. Consequentemente, restabelecer-se-á a antiga obrigação, ficando sem efeito a quitação dada, voltando ao status quo ante. 
Da novação – 
A novação é realizada quando uma obrigação é dada por extinta devudo a sua substituição por uma outra, assim, as partes interessadas criam uma nova obrigação com o escopo de extinguir a antiga. 
360 – A novação vem a ser o ato que cria uma nova obrigação. 
Novação Objetiva – Quando se alterar o objeto da relação obrigacional, mantendo-se as mesmas partes. 
Novação Subjetiva ou pessoal – O elemento novo diz respeitos aos sujeitos da obrigação, alterando ora o sujeito passivo, ora ativo. 
II – quando se tiver a intervenção de um novo devedor, pela delegação ou expromissão. Pela delegação a substituição do devedor será feita com anuência do devedor primitivo, que indicará uma terceira pessoa para resgatar seu débito, com o que CONCORDA O CREDOR. Pela expromissão, a mudança se dá sem o consenso do devedor 
III – quando credor originário, por meio de uma nova obrigação, deixa a relação obrigacional e um outro substitui, ficando o devedor quite para com o antigo credor. 
361- Para que se tenha a novação será necessário que as partes queiram expressa ou tacitamente, de forma inequívoca, a criação da nova obrigação. Se não houver intenção de novar, a segunda obrigação apenas confirmará a primeira. 
362 – Artigo auto-explicativo – A novação subjetiva passiva ( aquela em que se troca o devedor), pode ocorrer independente de consentimento deste, mas sendo necessário anuência do Credor. 
363 – Não cabe ao credor ação de regresso em face do devedor originário, caso o novo devedor seja insolvente, salvo se o primeiro devedor agiu de má-fé. 
364 – Salvo estipulação em contrário, todos os acessórios e garantias se extinguem com a novação, pois estará extinta a obrigação anterior. E mesmo que seja estipulado em contrário, não alcança bens de terceiros, dono de coisa dada como c]garantia, se este não consentir, nem foi parte na novação. ( hipoteca, anticrese). 
365 – ( obrigação solidária) Em caso de novação, as garantias e preferências do crédito novado, recairão somente nos bens do codevedor que contrair obrigação com um dos codevedores solidários. Os demais devedores solidários ficarão exonerados por esse fato, liberando os codevedores do vínculo obrigacional, não os exigindo vincularem-se a nova obrigação, que passará a ser responsabilidade do que assumiu. 
366 –A novação extingue a fiança que era tida como garantia, pois era garantia acessória. Mesmo que o credor e fiador queiram mantê-la, é necessário o anuência Expressa do fiador. 
367 – artigo auto-explicativo. 
Da compensação
368 - A compensação é um modo de extinção de obrigação, até onde se equivalem, entre pessoas, que são, ao mesmo tempo, devedora e credora uma da outra. Desse modo, se dois indivíduos se devem mutuamente, sendo credor e devedor um do outro, a relação obrigacional solver-se-á até o valor das prestações devidas, de modo que se um tiver de receber a mais do que o outro, continuará credor de um saldo favorável abatido o valor que se compensou. 
369 – Só se compensa dividas certas quanto a existência e determinadas quanto ao objeto. Sendo necessário ainda, que as dívidas estejam vencidas. Obs.: quando objeto da compensação for fungível, assim deve ser o objeto a se compensar de mesma natureza e homogêneos entre si. 
370 - Na compensação por bem fungível, este deverá ser de mesma natureza e espécie, mas não poderá ser de qualidade diversa do outro a se compensar.
371 – O devedor somente poderá compensar com o credor o que lhe dever, mas o fiador pode compensar seu débito com o de seu credor ao afiançado. ( direito de regresso) 
372 – Se o credor, por vontade, prorrogar os prazos ao devedor, não poderá este prazo ser objeto de alegação pelo beneficiado (devedor) para impedir a compensação da divida pelo credor. ( visto que só se pode compensar s]após o vencimento da dívida). Os prazos de favor não impendem a compensação. 
373 – A diferença de valor não impede a compensação. Salvo se for proveniente de esbulho, furto ou roubo, por serem condutas ilícitas. De comodato ou depósito de alimentos, ou se for uma coisa sucetível de penhora. 
374 – X
375 – Não ocorre compensação, quando as partes por convenção estipularem, nem quando uma das partes renuncia prévia ou antecipadamente, expresssa ou tacitamente a vontade de não celebrar a compensação. 
376 – Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe dever. 
377 – O devedor que, notificado, nada se opõe a cessão que o credor faz a terceiros dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que antes da cessão teria podido opor ao cedente. Se porém a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá opor ao cessionário compensação do crédito que antes tinha contra o cedente. 
“ se o credor resolver fazer a cessão de crédito, é possibilitado ao devedor, no momento da notificação, realizar a compensação”. 
378 – Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar, sem a dedução das despesas necessárias à operação. 
379 – Deve-se observar as regras da imputação ao pagamento, no caso de vários débitos compensáveis. Devendo indicar qual esta se compensando, sob pena de caber ao credor a escolha de qual fazer. 
380 – A compensação legal, não pode gerar prejuízo a terceiro. 
Não há permissão legal para compensação desde que tenha sido penhorado o credito que o devedor adquirira contra seu credor, uma vez que após a penhora o devedor não poderá efetuar o pagamento ao credor, nem opor a compensação ao exeqüente, pois como veio a adquirir, pela penhora, direito sobre os bens do devedor, se viesse a suportar a compensação, sofreria um prejuízo em seu direito. 
Da confusão 
381 – É a reunião na mesma pessoa das qualidades de credor e devedor de uma mesma relação obrigacional, fazendo extinguir a obrigação. Ex.: A, tio de B lhe empresta determinada quantia. A vem a falecer deixando seu único herdeiro B. B se d]torna devedor e credor dele mesmo, extinguindo a obrigação. 
382 – A confusão pode ocorrer parcialmente ou totalmente. Ex.: “A”, tio de “B” lhe empresta 1000 reais. “A” vem a falecer deixando B e C como herdeiros. A quantia que B teria que pagar a seu tio A se extingue 500 reais, que corresponde a sua parte na herança. Mas o valor correspondente a outra parte da herança de C de também 500 reais, terá que ser pago. 
383 – no caso de obrigação solidária, a confusão só opera-se na pessoa do credor ou devedor solidário, pois só extinguirá a obrigação até a respectiva quota no crédito ou na dívida, subsistindo assim, a divida dos demais. 
384 – Se acaso cessar a confusão, logo se restabelece a obrigação anterior. 
Da remissão das dívidas. 
385 – É o perdão da dívida pelo credor, dispondo de seu crédito, não mais podendo exigir o cumprimento da obrigação. ( perdão do credor à divida). Contudo, não pode não pode haver qualquer dano a direitos de terceiros. Logo o credor que deu em penhor seu crédito não perdoá-lo se prejudicar o credor pertinente ao contrato de penhor. 
386 – Auto explicativo – Se credor entregar titulo da obrigação ao devedor, pressupõe-se a desoneraçãodo devedor da dívida, o que extinguirá a obrigação. 
387 –– Se o credor restituir o objeto empenhado ao devedor, pressupõe-se renuncia tácita a garantia, mas não perdão da dívida. 
388 – Ao credor que perdoar a divida de um dos codevedores, somente incidirá o perdão no débito à quota correspondente à ele, subsistindo o débito aos demais.

Outros materiais