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DESENHO ISOMÉTRICO DE TUBULAÇÕES HIDRÁULICAS FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE EDIFÍCIOS DEPARTAMENTO DE HIDRÁULICA E SANEAMENTO DISCIPLINAS: DESENHO TÉCNICO – INFORMÁTICA APLICADA PROFA. ANDREA CHERNICHENCO 2013 Considerações Iniciais No século XIX ocorre uma revolução na arquitetura através da introdução de sistemas capazes de captar, armazenar e distribuir água limpa e afastar dejetos e águas servidas das edificações Requisitos do Projeto de Instalações Hidráulicas Prediais • Apresentar compatibilidade com os demais projetos: estrutura, fundações, arquitetura • Os equipamentos devem ser bem localizados, garantindo assim funcionalidade • Deve permitir fácil operação e manutenção das instalações Instalações Hidráulicas Prediais • Água Fria • Água Quente • Segurança contra Incêndio • Esgotos • Águas Pluviais INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA ABNT NBR 5626 (1998) A Instalação Predial de Água Fria constitui-se no conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos, destinados ao abastecimento dos aparelhos e pontos de utilização de água da edificação, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água fornecida pelo Sistema de Abastecimento. (Carvalho Junior, 2013) ABNT NBR 15575-6 (2012) Edificações Habitacionais – Desempenho e Requisitos para os Sistemas Hidrossanitários O sistema de água fria deve ser separado fisicamente de qualquer outro. (Carvalho Junior, 2013) Alimentação do Sistema Hidráulico nas Edificações Rede Pública Privada Fonte: Carvalho Junior, 2013 Sistema de Abastecimento Interno Direto Indireto – Reservatório Misto – mais recomendado Fonte: Carvalho Junior, 2013 Cálculo do Consumo Diário nas Edificações Cd = P x Q P = população que ocupará a edificação Q = consumo per capita (litros/dia) Calcular o Cd de água para uma residência popular Dados * Residências e apartamentos – taxa de ocupação: 2 pessoas por dormitório Consumo predial residência popular: 150 litros per capita Cd = 4 x 150 = 600 l/dia Reserva para dois dias de consumo Cd = 600 x 2 = 1200 l = 1,2 m3 Reserva mínima * Fonte: Creder, 1990 Rede de Distribuição É a rede responsável pela interligação dos pontos de consumo ao reservatório. Recomendável fazer a divisão destes pontos em redes independentes, ou seja, os pontos de consumo do banheiro são alimentados por uma canalização e os da cozinha e área de serviço por outra. Barrilete (concentrado ou misto): conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as colunas de distribuição. Rede de Distribuição Colunas (Prumadas), Ramais e Sub-Ramais: são elementos que derivam do barrilete, descem na posição vertical e alimentam os ramais dos compartimentos, que por sua vez, alimentam os sub-ramais das peças em utilização. Fonte: Carvalho Junior, 2013 Dimensionamento do Diâmetro das Tubulações - Φ NBR 5626 (1998) Cada aparelho sanitário requer uma vazão adequada para um bom funcionamento, por sua vez esta vazão está relacionada empiricamente ao peso, que tem relação direta com os diâmetros mínimos necessários. APARELHO PEÇA VAZÃO PROJETO (l/s) PESO BACIA SANITÁRIA CAIXA VÁLVULA 0,15 1,70 0,3 32 DUCHA MISTURADOR 0,20 0,4 CHUVEIRO REGISTRO 0,10 0,1 LAVATÓRIO TORNEIRA 0,15 0,3 Fonte: NBR 5626 / 1998 Dimensionamento do Diâmetro das Tubulações - Φ Fonte: Carvalho Junior, 2013 Dispositivos Controladores de Fluxo Função: controlar, interromper ou estabelecer o fornecimento de água nas tubulações e nos aparelhos sanitários. Torneiras Registro de Gaveta: permite a abertura ou fechamento do fluxo de água nas tubulações. Muito utilizado para reparos, portanto, cada coluna deverá ter um registro posicionado no montante do 1º ramal, com altura padrão de 1,80m em relação ao piso acabado Registro de Pressão: permite a regulagem da vazão de água em chuveiros, duchas, etc. A altura padrão para chuveiros é de 1,00m a 1,10m Válvula de Descarga: presente em vasos sanitários, devendo sempre estar em coluna própria Válvula de Retenção: permite que a água flua somente em um sentido da tubulação Desenho das Instalações Hidráulicas São desenhos que tem por finalidade a representação de todo o percurso do Sistema Hidráulico adotado para um Projeto Arquitetônico, pois a correta localização das peças sanitárias e seus equipamentos deve garantir a perfeita funcionalidade do ambiente e instalações. Para melhor visualização de toda rede de distribuição (reservatório, barrilete, ramais e sub-ramais), os compartimentos são representados em Perspectiva Isométrica. Seguem as normas da ABNT-NBR para Desenho Técnico, atendendo as especificidades de cada projeto. Desenho das Instalações Hidráulicas Representação Isométrica Os desenhos serão feitos normalmente nas escalas 1:20 ou 1:25; As paredes e aberturas (portas e janelas) serão representadas em linhas finas; Os aparelhos, tubulações, registros e detalhes serão representados por simbologia própria e em linhas grossas. Disposições Construtivas Pontos de Entrada de Água Abreviatura Altura (cm) Bacia Sanitária com válvula BS 33 Bacia Sanitária com caixa acoplada BCA 20 Ducha Higiênica DH 50 Chuveiro ou Ducha CH 220 Lavatório LV 60 Registro de Pressão RP 110 Registro de Gaveta RG 180 Válvula de Descarga VD 110 Bidê BI 20 Exemplo de Esquema Isométrico de Tubulação Fonte: Carvalho Junior, 2013 Planta de Arquitetura em Perspectiva Isométrica Tubulações: percurso utilizado para chegar aos pontos de serviço Exemplo de Esquema Isométrico de Tubulação Planta de Arquitetura Roteiro para Execução Etapa 1: Traçar a planta do compartimento Roteiro para Execução Etapa 2: Locar os eixos dos pontos de consumo Roteiro para Execução Etapa 3: Traçar linhas pontilhadas do eixo das peças até a altura dos pontos de consumo Roteiro para Execução Etapa 4: Traçar os ramais internos, unindo os pontos de consumo Roteiro para Execução Etapa 5: Locar a posição dos registros de pressão e geral, indicando a posição dos pontos de água fria do sistema de distribuição. Roteiro para Execução Etapa 6: Desenhar a simbologia adotada para descrição dos componentes da rede de distribuição Fonte: Carvalho Junior, 2013 Roteiro para Execução Etapa 6: indicar o diâmetro das tubulações Finalização Indicar as nomenclaturas e escala Indicar todas as cotas necessárias à execução do projeto, em cortes verticais. Obs: ao término do desenho, será possível obter a relação dos materiais necessários à execução do mesmo. Finalização Cortes Verticais para demonstrar as alturas dos aparelhos e tubulações
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