Buscar

Modelo_de_TCC_A_com_cronograma_2013

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

5
UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
Diogo Arnaldo Corrêa
CONTRIBUIÇÕES DA LOGOTERAPIA PARA O SENTIDO DO SOFRIMENTO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO
Mogi das Cruzes, SP
2013
DIOGO ARNALDO CORRÊA RGM 000.000
CONTRIBUIÇÕES DA LOGOTERAPIA PARA O SENTIDO DO SOFRIMENTO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO
Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Psicologia da Universidade Braz Cubas como parte dos requisitos para 
o desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso
.
Orientador: Prof. Diogo Arnaldo Corrêa
	
Mogi das Cruzes, SP
2013
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 04
1 Definição do sofrimento ..................................................................................... 05
	
2 O que é Logoterapia ............................................................................................ 07
	2.1 Breve biografia de Viktor Frankl ............................................................... 07
	2.2 O surgimento da Logoterapia .................................................................. 08
	2.3 A visão de pessoa .................................................................................... 08
	2.4 A autotranscendência .............................................................................. 09
	2.5 A questão do sentido ............................................................................... 10
	2.6 Os valores de atitude ............................................................................... 11
3 O sentido do sofrimento ..................................................................................... 12
4 Objetivo ................................................................................................................ 13
5 Método .................................................................................................................. 14
	5.1 Delineamento ........................................................................................... 14
	5.2 Materiais .................................................................................................. 14
	5.3 Procedimentos ........................................................................................ 14
6 Plano de Análise de Dados ................................................................................. 16
7 Cronograma ......................................................................................................... 17
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 18
APRESENTAÇÃO
Este projeto propõem a exploração das contribuições da Logoterapia para o sentido do sofrimento a partir de uma pesquisa bibliográfica.
Nele apresenta-se uma fundamentação teórica onde são elucidadas as perspectivas de alguns autores. Define-se o sofrimento, apresenta-se a Logoterapia e, por fim, expõem-se o que concerne ao sentido do sofrimento conforme a Logoterapia.
No Método, esboçasse o delineamento, os materiais e os procedimentos pretendidos para o desenvolvimento do estudo e, no plano de análise de dados, aponta-se o tipo de análise que será realizada após a coleta de dados.
	Por fim, apresenta-se o cronograma e as referências.
No âmbito da ciência psicológica e sua abrangência teórica e prática, pensa-se que contemplar a temática em questão pode favorecer os avanços de pesquisa não só em relação à problemática explorada, mas também na própria ciência psicológica, além de permitir uma abordagem e compreensão com rigor científico junto à realidade do sofrimento na existência humana, bem como da busca de sentido do mesmo na vida.
Sendo o sofrimento algo propriamente humano, algo que faz parte da existência da pessoa, e reconhecendo que a pessoa possui as dimensões biológica, psicológica, social e espiritual, ambas conjuntamente refletindo sobre as relações estabelecidas com o outro no mundo, acredita-se fazer possível uma exploração científica acerca das contribuições da Logoterapia para o sentido do sofrimento por meio de uma pesquisa bibliográfica, pois tal investigação pode propiciar uma reflexão à sociedade, apontando que muito mais que evidenciar o sofrimento, suas afetações na existência e perguntar-se pelo mesmo, ele pode ser significado, seu sentido pode ser descoberto a partir das qualidades e dimensões puramente humanas.
E, por fim, explorar as contribuições da Logoterapia para o sentido do sofrimento, servindo-se de uma investigação bibliográfica, corresponde ao interesse e movimento de pesquisa do pesquisador, corroborando com a sua formação humana, sua formação acadêmica e sua futura atuação profissional, sem contar que possibilita qualifica-lo no conhecimento da temática em questão.
1 Definição do sofrimento
O sofrimento é algo eminentemente próprio da vida humana. Por isso, toda pessoa vivencia o sofrimento, pois o mesmo está atrelado à sua existência (ROHDEM, 1965). 
A condição humana está submetida à condição do sofrimento, conforme Arendt (1997), em virtude dos aspectos específicos da existência da pessoa, e o ser humano, tanto mais humano o é, na medida em que percebe o estar em sofrimento.
E no campo da existência humana o sofrimento não possui uma única manifestação, ainda que cada pessoa esteja inserida no mesmo meio familiar, ou numa mesma cultura e mesmo período histórico (BRANT; MINAYO-GOMEZ, 2004).
Assim, a vivência do sofrimento para um, conforme Brant e Minayo-Gomez (2004), necessariamente implica não ser semelhante para outro, embora ambos possam encontrar-se submetidos às mesmas condições ambientais adversas.
Demonstra-se, dessa forma, um caráter subjetivo e singular na vivência do sofrimento, contudo, como o apelo e a demanda daquele que sofre se dirige ao outro, deve-se aplicar também ao sofrimento o caráter de um fenômeno essencialmente alteritário (BIRMAN, 2003).[1: Birman (2003) na discussão Dor e Sofrimento num mundo sem mediação, ao caracterizar o mal estar contemporâneo principalmente como dor, e não como sofrimento, relata que a dor é uma experiência em que a subjetividade se fecha sobre si mesma, não existindo qualquer lugar para o outro no seu mal estar, sendo um fenômeno marcadamente solipsista. Já o sofrimento é visto por ele como um fenômeno essencialmente alteritário, no qual o outro se encontra presente para a subjetividade sofrente que a ele se dirige com seu apelo e lhe endereça uma demanda. Apresentando uma dimensão de atividade ao sofrimento, na qual se inscreve a interlocução pelo fato da subjetividade reconhecer no sofrimento que não é autosuficiente, contrariamente à experiência da dor, Birman aponta que o sofrimento vai muito além da experiência propriamente física, melhor dizendo, corpórea. ]
A manifestação do sofrimento no campo da existência humana, portanto, apresenta-se como um fenômeno subjetivo, um fenômeno singular e alteritário. Contudo, o que define o sofrimento? 
Qualificar o sofrimento, apresentar uma definição precisa, pode abrir muitas possibilidades de fragmentá-lo em físico, moral, espiritual, dependendo da ideologia e do limite do olhar de cada um (BRANT; DIAS, 2004). 
Na Língua Portuguesa, o termo sofrimento foi utilizado pela primeira vez por volta do século XVI, conforme Cunha (1997), e etimologicamente o mesmo derivou do conceito sofrer que vem do latim sufferere e pode significar suportar, aguentar ou padecer. Ainda, segundo De Rubertis (2002), sufferere, do latim, possui relação com o termo patire radicado do termo grego páthos que denota paixão, sacrifício, passagem ou doença.
Entretanto, para Freud (1920/1976), o sofrimento é definido como o estado de expectativa diante de um perigo e da preparação para ele, ainda que seja um perigo desconhecido (angústia); ou o medo quando o perigo é conhecido; ou susto quando a pessoa se depara com o perigo sem estar preparada paraenfrentá-lo.[2: Nessa definição de Freud para o sofrimento, o ponto central, conforme Brant e Dias (2004), seria tanto o perigo, como a expectativa. Assim, o sofrimento estaria configurado a uma reação, um fenômeno da insistência em viver num ambiente que muitas vezes não se demonstra favorável. ]
2 O que é Logoterapia 
	2.1 Breve biografia de Viktor Frankl
	Viktor Emil Frankl nasceu a 26 de março de 1905, em Viena, berço cultural e artístico da Europa, tida como um ponto de convergência dos pensamentos e nascente da Psicologia Moderna (GOMES, 1987).
	Filho de judeus, desde pequeno apresentava interesses na área da Psicologia, sobretudo aos trabalhos realizados por Sigmund Freud. Aos dezessete anos escreveu uma carta a Freud. Foi surpreendido pela resposta do fundador da Psicanálise ao solicitar que continuasse lhe escrevendo.
	Aos dezenove anos enviou para Freud um artigo sobre a Mímica da afirmação e da negação, que foi publicado na Revista Internacional de Psicanálise (GOMES, 1987).
	Aos vinte e cinco anos constitui-se doutor em Medicina, especializando-se em Neurologia e Psiquiatria. Paralelamente, investiu nos estudos de Filosofia, sendo leitor crítico, por exemplo, de Karl Jaspers, Heidegger, Max Scheler e Husserl.
	Por ser judeu, foi preso pelos nazistas em 1942, juntamente com toda sua família, e passou por quatro campos de concentração, onde morreram seus pais, o seu irmão, e sua primeira esposa, exceto sua irmã que fugiu para a Austrália (FRANKL, 2003b).[3: Turkhein, Theresienstad, Kaufering e Auschwitz. ]
	Mantido prisioneiro durante três anos, trabalhou como escavador de valetas das fábricas clandestinas de projéteis nazistas e vivenciou as piores degradações que uma pessoa poderia suportar.
	2.2 O surgimento da Logoterapia
	A Logoterapia é originada na inquietude pessoal e natural de Frankl que foi nutrida dos fundamentos da Filosofia Existencial e da Fenomenologia, das aproximações científicas de Freud e Adler, e da própria experiência vivida nos campos de concentração (PINTOS, 1998).
A partir dos fundamentos científicos e da experiência vivida nos campos de concentração, Frankl assume uma visão surpreendentemente positiva da capacidade humana de ir para além de sua situação difícil e descobrir uma adequada verdade orientadora (ALLPORT apud FRANKL, 2008).[4: A presente citação refere-se ao prefácio escrito por Gordon W. Allport à edição norte-americana da obra Em busca de sentido – um psicólogo no campo de concentração de Viktor E. Frankl. ]
	Nesse sentido de integração da teoria com seu fundador, Frankl mesmo relata que ao falar da Logoterapia pode poupar-se de estar sempre falando de si mesmo, porque a mesma retrata sua pessoa e sua vida, e assim não ele estritamente, mas a Logoterapia pode ensinar algo (FRANKL, 1990).
	Frankl expõe que a vida humana tem sentido sempre e em todas as circunstâncias, mesmo num campo de concentração. Esse infinito significado da existência também abrange o sofrimento, a morte e a culpa (FRANKL, 2008). Dessa forma, a temática do “sentido da vida” é o que caracteriza a Logoterapia. 
A palavra grega “logos”, que embora possua muitas acepções, é significada por Frankl como “sentido” e “espírito”. Por meio dessa terminologia, Frankl se refere à vontade de descobrir e satisfazer a busca profundamente humana de viver uma vida com sentido (BARBIERI, s/d).
	2.3 A visão de pessoa
	A visão de pessoa adotada por Frankl é uma visão que integra todas as dimensões da realidade da existência da mesma. Essa visão de pessoa surge de uma crítica ao reducionismo antropológico existente nas psicoterapias da sua época: biologismo, psicologismo e sociologismo (FANTOVA, 2008).
O final do século XIX e o começo do século XX deformaram completamente a imagem do homem, vendo-o predominantemente no seu vário estado de sujeição; quer dizer, na sua hipotética impotência em face dos liames que o atam; assim, o biológico, o psicológico e o sociológico. (FRANKL, 2003a, p.49).
O biologismo, conforme Frankl (1978), só admite mecanismos e quimismos. E mesmo se esta concepção mecânica é abandonada em favor de um vitalismo, o ser humano continua a ser considerado um aparelho ou autômato dominado por reflexos condicionados ou não. A antropologia, nesse caso, se degenera num apêndice da biologia, e o conhecimento específico de verdadeiros homens se converte no estudo de determinados mamíferos para os quais a capacidade de caminhar eretos é relevante.
	Por sua vez, o psicologismo também concebe o homem como um aparelho e se refere a mecanismos psíquicos. Atentando ao automatismo do aparelho psíquico, deixa-se de perceber a autonomia da existência espiritual. A vida psíquica passa a dar a impressão de ser um jogo de forças impulsoras de funcionamento automático, e o homem, um feixe de impulsos. Já para o sociologismo, o homem se torna um mero joguete não da energia vital, mas das forças sociais (FRANKL, 1978).
Conforme essas três tendências, a pessoa não seria mais que um aparelho de reflexos espontâneos ou um mecanismo de instintos, uma estrutura psíquica ou um simples produto das forças de trabalho. “O homem parece como uma marionete movimentada ora por fios internos, ora externos. Em lugar de uma autêntica pintura do homem, temos uma caricatura; em lugar do homem autêntico, um homúnculo.” (FRANKL, 1978, p.189). 
Frankl, portanto, criticando essas tendências, e ao mesmo tempo partindo delas, postula uma visão integral da pessoa num nível superior, ou seja, a dimensão espiritual ou noética (FANTOVA, 2008).[5: O conceito “noética” tem sua origem no termo grego nous que significa “mente” e é utilizado por Frankl como sinônimo de “espírito” para evitar que esse último conceito – espírito – seja considerado num sentido teológico ou religioso, mas entendido com referência à dimensão antropológica que caracteriza a existência humana (PETER, 2005). Na obra Fundamentos y aplicaciones de la Logoterapia, Frankl mesmo relata que é preferível servir-se do conceito “dimensão noética” que “dimensão espiritual” para que o mesmo não ofereça uma conotação religiosa, mas seja entendido como dimensão antropológica, na qual se localiza o exclusivo fenômeno humano. No presente trabalho de conclusão de curso se utilizará o conceito “dimensão espiritual”, mas em nenhum momento esse conceito deve ser considerado no sentido teológico ou religioso, e sim como dimensão antropológica. ]
	
2.4 A autotranscendência
	A autotranscendência, que possui uma de suas manifestações a partir da intencionalidade da consciência da liberdade e responsabilidade da pessoa, faz parte da essência da mesma, faz parte da sua existência, ou seja, daquilo que a faz ser pessoa (SILVEIRA; MAHFOUD, 2008).
	E por ser uma qualidade essencialmente humana, a autotranscendência caracteriza a pessoa como um ser que busca mais além de si mesmo (FRANKL, 2005a). Isso consiste no fato da pessoa apontar para além de si própria, na direção de alguma causa a que serve ou de alguma pessoa a quem ama (FRANKL, 2003b).
	Assim a autotranscendência é caracterizada por Frankl (1978) como um lançar-se da pessoa para além dela mesma na direção de alguma coisa ou de alguém, a saber, de um sentido a ser realizado ou de um parceiro a ser encontrado; em qualquer caso, o ser do homem é autenticamente humano na proporção em que se coloca a serviço de uma coisa ou do amor por outrem.
	2.5 A questão do sentido
	A pessoa é o único ser que levanta a questão do sentido. O sentido não só da faticidade, mas também o sentido de sua própria existência. Não indaga só a respeito de fatos concretos, mas também de seu próprio sentido, o sentido de seu ser, o qual justamente elabora a pergunta sobre o sentido (FRANKL, 1978).
Diante da pergunta sobre o sentido, revela-se uma resposta que costuma ser dada à questão do sentido da vida: o sentido da vida é a própria vida! No primeiro momento, parece que isto é uma tautologia e uma solução fictícia. Mas se examinada,é possível perceber que se trata não propriamente de uma formulação tautológica, e sim paradoxal (FRANKL, 1978).[6: O conceito “tautologia” alude a noção de um termo ou texto redundante, que repete a mesma idéia mais de uma vez. Como um vício de linguagem, pode ser considerado um sinônimo de pleonasmo ou redundância. A origem do termo vem do grego tautó, que significa "o mesmo", mais logos, que significa "assunto". Portanto, tautologia significa dizer a mesma coisa, mas em termos diferentes. ][7: Quando Frankl relata que o sentido da vida é a própria vida, a palavra “vida” é usada duas vezes e em cada uma delas, com uma acepção distinta. Na primeira, entenda-se por “vida” a vida factual; na segunda, a vida facultativa. Primeiramente entenda-se a vida tal qual ela nos é dada; outra seja entendida como missão a cumprir. Em outras palavras: despojada de seu caráter paradoxal, a fórmula quer dizer que o facultativo é o sentido do factual. Nisso se manifesta um caráter dialético, uma estrutura polar que na vida humana é ubíqua. O homem jamais “é”, “sempre chegará a ser”.]
Assim, a busca de um sentido é a motivação primária da existência da pessoa, e é denominada na Logoterapia como Vontade de Sentido. A Vontade de Sentido representa um dos pilares fundamentais da teoria frankliana que considera a pessoa como um ser que busca esse sentido e luta para descobri-lo nas situações que enfrenta (FANTOVA, 2008).
O homem procura sempre um significado para sua vida. Ele está sempre se movendo em busca de um sentido de seu viver; em outras palavras, devemos considerar aquilo que chamo a vontade de sentido como um interesse primário do homem. (FRANKL, 2003b, p.23).
	2.6 Os valores de atitude
	Existindo, o sentido pode ser realizado na vida por meio de três diferentes categorias de valores: a primeira refere-se à criação de um trabalho ou prática de um ato, chamados valores criativos; a segunda refere-se à experiência de algo ou o encontro de alguém, chamados valores vivenciais; e a terceira categoria refere-se à atitude que a pessoa pode tomar em relação ao sofrimento inevitável, chamados, portanto, valores de atitude (FRANKL, 2008).
Sempre que os valores são realizados, cumpre-se o sentido da existência, na mesma o sentido é descoberto (FRANKL, 1978). Ou seja, a realização dos valores permite que a pessoa vislumbre o significado de sua existência, permite que descubra o sentido de sua existência (GOMES, 1988).
Por isso, pode-se dizer que a realização desses valores é algo como a razão do viver humano. Nesse sentido, uma vez que o homem existe enquanto um ser espiritual, sua espiritualidade, e consequentemente sua existência, se alimentam da realização e da vivência desses valores (BRETONES, 1999).
Assim, essas três diferentes categorias de valores expostas por Frankl trazem consigo a conclusão de que a vida tem sentido sempre, sem dúvidas até o último suspiro, e esse sentido é incondicional (FRANKL, 2003).
3 O sentido do sofrimento
Quando a pessoa não adota atitudes diante de situações de forças adversas, como o é o sofrimento, a mesma não descobre que sentido possui esse sofrimento, e este, por sua vez, pode conduzir ao desespero, sentimento que poderia ser definido como “sofrimento desprovido de sentido” para a pessoa que o padece (FLOR; FERNÁNDEZ, 2005).
Mas, quando a pessoa dispõe de um sentido, está inclusive capacitada para afrontar e superar o sofrimento (FLOR; FERNÁNDEZ, 2005).
O sofrimento deixa de ser sofrimento, de certo modo, quando ganha sentido (FRANKL, 2008).
Por si mesmo, enquanto uma das realidades mais concretas da vida humana, o sofrimento não possui sentido (FRANKL, 2003a). Contudo, agregado à existência, pode-se dizer que assim como o destino faz parte da vida, o sofrimento da mesma forma o faz e, “portanto, se a vida tem um sentido, o sofrimento tem também um sentido.” (FRANKL, 1990, p.73).
Atrelado à existência, o sofrimento revela, então, uma finalidade, e sendo vivenciado não só se torna alvo de uma intenção, mas através dele pode-se visar algo que não é idêntico a ele, portanto, o sentido (FRANKL, 1978). 
Lukas (1990, p.173), a partir disso, diz que
quem basicamente acredita num sentido na sua vida, também é capaz de suportar um grande sofrimento, porque sua vida permeada de sofrimento não perde seu sentido, apesar de ter seu prazer reduzido.
Ativos damos sentido à vida, mas amando também – e finalmente: sofrendo. Pois, assim como um homem toma posição em relação à limitação de suas possibilidades de vida, enquanto elas dizem respeito ao seu agir e ao seu amar, assim como ele se comporta com essas limitações – como assume seu sofrimento sob tais circunstâncias, em tudo isso ele ainda consegue realizar valores. (FRANKL, 1990, p.73).
	Frente o exposto, esse projeto de pesquisa problematiza as possíveis contribuições da Logoterapia para compreensões acerca do sentido do sofrimento.
4 Objetivo
	Explorar a contribuição da Logoterapia de Viktor Frankl para o sentido do sofrimento a partir de referenciais bibliográficos.
5 Método
5.1 Delineamento
	
A pesquisa a ser desenvolvida caracteriza-se enquanto uma pesquisa exploratória, de cunho bibliográfico.
Segundo Severino (2007), uma pesquisa de delineamento exploratório busca levantar informações sobre um determinado tema, delimitando um campo de trabalho.
Gil (2002), por sua vez, expõe que o caráter bibliográfico de uma pesquisa se constitui em relação ao desenvolvimento da mesma utilizando material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.
5.2 Materiais
Como recursos, serão considerados referenciais bibliográficos – livros, artigos científicos, teses – pertinentes ao tema, datados a partir do ano de 1920, pelo fato dos primeiros estudos de Viktor Frankl acerca da Logoterapia possuírem aí sua gênese, limitados até o presente ano.
Além dos referenciais bibliográficos em Língua Portuguesa, serão também incluídos os que se apresentaram em Língua Espanhola, em virtude de estarem sendo realizadas muitas produções científicas a respeito da Logoterapia de Viktor Frankl na América Latina, bem como serão incluídos também os de Língua Inglesa ou Italiana.
Os livros, artigos e teses que não apresentaram cientificidade estarão excluídos do estudo.
5.3 Procedimentos
Os livros serão buscados em bibliotecas acadêmicas do Alto Tietê, também na biblioteca da Universidade Paulista de São José dos Campos – SP (UNIP), na biblioteca da Universidade de São Paulo em São Paulo – Capital (USP), e nos acervos do próprio pesquisador. Os artigos científicos serão buscados em indexadores como Scielo e Google Acadêmico, e as palavras chave utilizadas para a busca serão Logoterapia, sofrimento, e sentido do sofrimento.
6 Plano de Análise de Dados 
Os dados obtidos serão tratados de forma qualitativa por meio de análise interpretativa.
A análise interpretativa, conforme Severino (2007), visa interpretar o texto por meio das ideias do pesquisador. Nessa interpretação o pesquisador assume uma posição própria, superando a estrita mensagem do texto.
 
7 Cronograma
Prevê-se o tempo de 11 (onze) meses para a realização do estudo, a contar dos meses de agosto de 2013 a julho de 2014.
	Atividades
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Revisão do Pré-Projeto
	 X
	 X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Revisão de Literatura
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X
	Coleta de Dados
	
	 X
	 X
	 X
	
	
	
	
	
	
	
	Tabulação de Dados
	
	
	 X
	 X
	 X
	 X
	 X
	
	
	
	
	Análise dos Dados
	
	
	
	
	
	 X
	 X
	 X
	 X
	
	
	Resultados e Discussão
	
	
	
	
	
	
	
	 X
	 X
	 X
	 X
	Entrega do Trabalho Final
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 XREFERÊNCIAS
ANGERAMI-CAMON, V. A. Psicoterapia Existencial. 4ª ed. rev. São Paulo: Thomson Learning Brasil, 2007.
ARENDT, H. A condição humana. 8ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.
BARBIERI, A. El sol detrás de lãs nubes de la depresión: una visión logoterapeutica. s/d. Disponível em: <www.monografias.com>. Acesso em 10 mar. 2009.
BIRMAN, J. Dor e sofrimento num mundo sem mediação. In: Estados Gerais da Psicanálise: II Encontro Mundial. Rio de Janeiro, 2003, p. 1-7. Disponível em: <http://www.estadosgerais.org/mundial_rj/download/5c_Birman_02230503_port.pdf>Acesso em 12 mar. 2009.
BRANT, L. C.; DIAS, E. C. Trabalho e sofrimento em gestores de uma empresa pública em reestruturação. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, v. 20, n. 4, 2004, p. 942-949. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102311X2004 000400008&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em 12 mar. 2009.
BRETONES, F. A Logoterapia é óbvia. São Paulo: Paulinas, 1999.
CUNHA, A. G. Sofrer. In: CUNHA, A. G. Dicionário etimológico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997, p. 731.
DE RUBERTIS, R. Vocabolario etimologico dialettale molisano. Roma: Officina, 2002. 
FANTOVA, F. J. M. Resiliéncia e voluntat de sentit en la promoció de la salut psicosocial en els docents – capacitat de reconstrucció positiva a partir d’un context inicial d’adversitat – estudi de cas en un Institut d’Educació Secundária. 2008. 364 f. Tese (Doutorado em Psicologia)-Facultat de Psicologia, Ciéncies de l’Educació i de l’Esport Blanquerna, Barcelona, 2008. Disponível em: <http://www.tdr.cesca.es/TESIS_URL/AVAILABLE/TDX-0402108-172908//TesisFMar
ro.pdf>. Acesso em 02 mai. 2009. 
FERREIRA, A. B. de H. Novo dicionário de Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
FLOR, M. A. N.; FERNÁNDEZ, M. I. R. Logoterapia, una ayuda para afrontar la adversidad. Aloma: Revista de Psicologia, Ciències de l'Educació i de l'Esport, Nº 16, 2005, p. 105-116. Disponível em: <http://www.raco.cat/index.php/Aloma/arti cle/view/99167/154412>. Acesso em: 16 de Abril de 2009.
FRANKL, V. E. A Questão do Sentido em Psicoterapia. Campinas: Papirus, 1990.
______. Em busca de sentido. São Leopoldo: Sinodal; Petrópolis: Vozes, 2008.
______. En el principio era el sentido: reflexiones em torno al ser humano. Barcelona: Paidós, 2000.
______. Fundamentos Antropológicos da Psicoterapia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.
______. Fundamentos y aplicaciones de la Logoterapia. Buenos Aires: San Pablo, 2005a.
______. Psicoterapia e Sentido da Vida: Fundamentos da Logoterapia e Análise Existencial. 4ª ed. São Paulo: Quadrante, 2003a.
______. Sede de Sentido. São Paulo: Quadrante, 2003b.
______. Um Sentido para a Vida: Psicoterapia e Humanismo. Aparecida: Idéias e Letras, 2005b.
FREUD, S. Além do princípio do prazer (1920). In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1976, vol. XXVIII, p. 17-85. 
GARCIA, S. C. A resiliência no indivíduo especial: uma visão logoterapêutica. Rev. Educação Especial, Santa Maria, n. 31, 2008, p. 25-36. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/viewFi
le/7/19>. Acesso em 28 abr. 2008.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GOMES, J. C. V. A Prática da Psicoterapia Existencial: Logoterapia. Petrópolis: Vozes, 1988.
______. Logoterapia: a Psicoterapia Existencial Humanista de Viktor Emil Frankl. São Paulo: Loyola, 1987.
LUKAS, E. Mentalização e Saúde. Petrópolis: Vozes, 1990.
MANDRIONI, H. D. Introduccion a la Filosofia. Argentina: Ed. Kapelusz, 1964. 
MARTÍNEZ, G. T. Modelo de Intervención Psicológica en personas enfrentadas a psicotraumas. Rev. Fac. Med. Univ. Nac. Colomb., nº 04, Vol. 54, 2006, p. 330-337. Disponível em: <http://www.revmed.unal.edu.co/revistafm/v54n4/v54n4a11.html>. Acesso em 10 mar. 2009.
OLIVEIRA, N. T. Somatização e sofrimento no trabalho. Rev. Virtual Textos e Contextos, nº 2, Dez. 2003, p. 1-14. Disponível em: <http://revistaseletronicas.puc rs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/958/738>. Acesso em 12 mar. 2009.
PEREIRA, I. S. A vontade de sentido na obra de Viktor Frankl. Psicologia USP, Ceará, 18 (1), 2007, p. 125-136. Disponível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/s cielo.php?script=sci_arttext&pid=S167851772007000100007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 10 mar. 2009.
PETER, R. Viktor Frankl: a antropologia como terapia. 2ª ed. São Paulo: Paulus, 2005.
PINTOS, C. C. G. Viktor E. Frankl: La humanidad posible. Buenos Aires: Editorial Almagesto, 1988.
ROHDEN, H. Porque sofremos: o sofrimento humano à luz da Biologia, da Filosofia e do Evangelho. 5ª ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1965.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23ª edição. São Paulo: Cortez, 2007.
SILVEIRA, D. R.; MAHFOUD, M. Contribuições de Viktor Emil Frankl ao conceito de resiliência. Estud. Psicol., Campinas, vol. 25, n. 04, 2008, p. 567-576. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v25n4/a11v25n4.pdf>. Acesso em 28 abr. 2009.

Outros materiais