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Resenha critica sobre expansão maritima

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ROBERTO MAIA MARTINS
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	RESENHA CRÍTICA:
GESTEIRA, Heloisa Meireles. O astrolábio, o mar e o Império. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.21, n.3, jul.-set. 2014, p.1011- 1027. 
CREDENCIAIS DA AUTORA
Heloisa Meireles Gesteira Pesquisadora, Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast); professora, Programa de Pós-graduação em História Social/ Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Mast, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Mast Rua General Bruce, 586 20921-030 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil heloisagesteira@mast.br
RESUMO DA OBRA
O artigo faz uma analise da expansão marítima de Portugal entre os séculos XVI e XVII tendo como base os alguns textos escritos pelo Cosmógrafo do Reino pretendo mostrar o objetivamente a relação do conhecimento técnico e científico através do uso de instrumentos matemáticos utilizados e que possibilitaram exploração e a navegação oceânica. Ele também destaca, além dos instrumentos que proporcionaram as grandes navegações marítimas, os conhecimentos adquiridos e acumulados. 
Segundo Charles Boxer (1992) considerando as Bulas Romanas Pontifex e Inter Caetera destaca os interesses mercantis e políticos da coroa na expansão marítima justificada ideologicamente pela avidez do catolicismo. Ressalta-se no texto a chegada em Ceuta em 1415 e o domínio do atlântico. A passagem para índia por Vasco da Gama e o desembarque no novo mundo por Pedro Álvares Cabral que amplia o conhecimento e o domínio comercial do hemisfério Sul. 
 De acordo com o artigo o que possibilitou os impulsos da expansão marítima de Portugal foram os conhecimentos técnicos náuticos desenvolvidos e aplicados na navegação, para assim desenvolver sua politica expansionista, tanto econômica, quanto religiosa, disseminando o catolicismo. O casamento entre a astronomia e náutica foi de suma importância para a navegação e trouxe a orientação necessária para a conquista dos oceanos. Os comandantes dos descobrimentos utilizavam-se de vários mecanismos de orientações, como astrolábios, bússolas, quadrantes, balhestilhas, além de outros artefatos como compassos, transferidores e réguas, que serviam para transportar os dados coletados para a superfície do papel, permitindo o aperfeiçoamento das cartas de marear para suas conquistas e realizavam novas anotações para o aprimoramento de suas navegações. Com isso acumularam conhecimento, sobre tudo dos ventos, para navegar para os quatro continentes.
 A autora apropria-se nesta pesquisa de alguns textos de tratados de navegação para descrever o uso de instrumentos e vocabulários utilizados na época, desta forma o conhecimento acerca dos fatos técnicos relatados pelos exploradores se torna mais evidentes , através do uso dos “instrumentos “ que contribuíram para conquista marítima , destacando-se a navegação por alturas e distâncias de um astro (inicialmente a estrela Polar); a simplificação do astrolábio para uso náutico; a confecção do regimento do Sol, para os cálculos de latitude, por meio da relação entre a altura meridiana do astro e a declinação num determinado dia; a preparação de tabelas de declinação do Sol e estrelas mais visíveis de constelações conhecidas; somados ao desenvolvimento de instrumentos cada vez mais precisos, principalmente fabricados na França e na Inglaterra, foram responsáveis pelas inovações (Guedes, 1999, p.14; Furtado, 2011).
 Outro dado relevante é a criação da Academia Real da Marinha que contribuiu na formação de pilotos e cartógrafos. A nomeação Pedro Nunes como cosmógrafo-mor do Reino em 1547 deu inicio a organização sistematizada do ensino náutico conforme estabelecido Regimento dos pilotos, só publicado em 1592. O documento dispõe sobre o uso dos instrumentos da navegação astronômica e os interesses políticos da Coroa relativos à Geopolítica Europeia. O domínio da navegação através do uso dos instrumentos garantiria a soberania de Portugal no expansionismo marítimo. Outro documento importante para os candidatos a piloto foi o Tratado da esfera, de Johannes de Sacrobosco, publicado em 1537, tradução da obra feita pelo matemático e cosmógrafo Pedro Nunes. O tratado era tido como fundamental para quem iniciava na astronomia e ponto de partida obrigatório para os futuros pilotos de naus, pois tratava de ensinos práticos de instrumentação de navegação. 
 Um importante centro de difusão da matemática foi o Colégio de Santo Antão, da Companhia de Jesus, durante os séculos XVI e XVII, os professores dedicavam-se ao estudo de temas diversos de filosofia natural nas “aulas da esfera”. A escola teve um papel fundamental na formação intelectual cosmógrafos, dentre eles Manuel Pimentel que publicou: Arte prática de navegar e regimento de pilotos, de 1681, é uma edição póstuma dos trabalhos deixados por seu pai à qual ele acrescenta dados e atualiza tabelas ; Arte prática de navegar e roteiro das viagens e costas marítimas do Brasil, Guiné, Angola, Índias e Ilhas Orientais e Ocidentais, editada em Lisboa, por Bernardo da Costa Carvalho, em 1699 entre outras, que foram de fundamental importância na formação de pilotos. Segundo (Rossi, 1989), as práticas artesanais e suas reuniões em tratados alimentaram as reflexões filosóficas que por sua vez ganharam status de ciências. 
 A obra “A arte de navegar” de Manuel Serrão Pimentel explora o uso de instrumentos, sobre tudo, o astrolábio e a agulha de marear, De acordo com obra de Pimentel, a navegação é considerada uma “arte”, e como tal é uma forma de aplicação prática da matemática e da astronomia. A partir do Regimento dos pilotos, O autor defende a posição central da Terra no universo e explica por que a esfera foi convencionalmente dividida em 360 graus e que esses números podem ser divididos em porções exatas, facilitando os cálculos. Essa divisão serviu para marcar os astrolábios e quadrantes para medir a altura dos astros no mar.
 O instrumento astrolábio existia desde antiguidade e provavelmente foi introduzido em Portugal por astrônomos, matemáticos e médicos de origem islâmica e judaica (Seed, 1999) e a agulha de marear era utilizada para ajustar o rumo que as embarcações deveriam seguir de acordo com os roteiros. As cartas de marear desenhadas pelos cosmógrafos-mores eram entregues aos pilotos cabendo a eles sua interpretação. De acordo com Pimentel as cartas dispõem sobre quatro coisas: A primeira é a arrumação de uma costa, ou de uma terra ou outra. A distância de léguas, que há numa parte a outra. O grau de altura dos polos, ou o apartamento da linha em que está cada terra, ilha, cabo ou baixo e a quarta é o ponto ou lugar em que a nau se acha, depois de haver navegado algum tempo (Pimentel, 1819, p.71).
3 - CONCLUSÕES DA RESENHA
Ao concluirmos a resenha sobre o artigo intitulado “O astrolábio, o mar e o Império” de Heloisa Meireles Gesteira notamos a corrida da coroa Portuguesa para o domínio e expansão das rotas comerciais marítimas. 
Consideremos os reais motivos que moveram a expansão marítima do século XV, assim como os do clero em ampliar o domínio religioso Católico além-mar , que marcaram profundamente os povos colonizados, ora positivamente e negativamente, e que até nossos dias deixaram feridas culturais.
Consideremos o uso da tecnologia para fins muitas vezes de dominação e ampliação de impérios, e que até mesmo em nossos dias são usados para estes proposito e que muitas vezes são aproveitados para uso comercial. 
Em fim vimos que a utilização dos instrumentos inventados e muitas vezes aperfeiçoados foram essências na conquista dos mares, muitas vezes intransponíveis na visão mitológica, mas que para muitos expedicionários era a conquista do desconhecido.
4- REFERÊNCIAS
GESTEIRA, Heloisa Meireles. O astrolábio, o mar e o Império. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.21, n.3, jul.-set. 2014,p.1011-1027.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
ROBERTO MAIA MARTINS 
 O PROCESSO DE EXPANSÃO
 MARÍTIMA EUROPEIA
Belém-PA
2015
SANDRO DE OLIVEIRA TEIXEIRA
O PROCESSO DE EXPANSÃO
 MARÍTIMA EUROPEIA
Trabalho de produção textual individual (resenha crítica) apresentado ao Curso de Licenciatura em História da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média do 4ºsemestre de: História Moderna; Povo, Cultura e Religião; História do Brasil Colonial; Cultura e Sociedade na Modernidade, Seminário da Prática IV. �
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Orientador: Rafaela Andrade de Souza, Neiva Alves Bertier de Almeida. Fabiane Tais Muzardo, Wilson Sanches, Gleiton Luiz de Lima, Fabiane Luzia Menezes Santos, Bernadete de Lourdes Strang �
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Belém - PA
2015

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