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Consignação e Pagamento

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Direito Processual Civil II
Prof. Alexandre Luna
Direito Processual Civil II
AULA 10
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Direito Processual Civil II
•Paralelamente ao direito do credor em receber o que lhe é 
devido, há o direito do devedor em se liberar do vínculo 
obrigacional. 
•Dispõe o art. 304 do CC, nesse diapasão, que “qualquer 
interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se 
o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do 
devedor”.
Direito Processual Civil II
•A fim de possibilitar a satisfação do direito de se liberar 
do vínculo obrigacional, criou-se modalidade especial de 
pagamento: a CONSIGNAÇÃO, que consiste no depósito 
judicial ou em estabelecimento bancário da quantia ou 
coisa devida (arts. 334 e ss. do CC).
•Assim, ao devedor ou terceiro que, por circunstâncias 
diversas, estiver impedido de efetivar o pagamento, 
faculta-lhe a lei possibilidade de fazer a consignacão do 
valor devido, com o objetivo de ver declarada extinta a 
obrigação.
Direito Processual Civil II
• Consiste a CONSIGNAÇÃO numa forma indireta de o 
devedor se livrar do vínculo obrigacional 
independentemente da aquiescência do credor.
• Ex.: o locador se recusa a receber o aluguel, ao 
argumento de que o valor devido é superior ao ofertado. 
Abre-se, então a oportunidade de manejar a ação de 
consignação em pagamento ou de fazer a consignação 
extrajudicial.
Direito Processual Civil II
HIPÓTESES AUTORIZADORAS DA CONSIGNAÇÃO
Código Civil – Art. 335: A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o 
pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e 
condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado 
ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto 
do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.”
Direito Processual Civil II
OBJETO DA CONSIGNAÇÃO EM 
PAGAMENTO
• Segundo se extrai do art. 539 do CPC, a ação de consignação 
em pagamento só pode ter por objeto as obrigações de dar 
(dinheiro ou outro gênero de coisa). 
• A coisa pode ser fungível ou não fungível, móvel ou imóvel.
• Exige-se, entretanto, que a prestação seja, em regra, líquida e 
certa, ainda que indeterminada a coisa, devendo-se entender 
por liquidez a determinação precisa da importância devida.
Direito Processual Civil II
CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL
• Até o advento da Lei no 8.591/94, a consignação 
extrajudicial somente era possível - aliás, obrigatória -
nas prestações oriundas de compromisso de compra e 
venda por lote urbano (arts. 33 e 38, § 1o, da Lei n o
6.766/79).
Direito Processual Civil II
•A partir de 1994, admite-se a CONSIGNAÇÃO 
EXTRAJUDICIAL a critério do devedor quando a prestação 
for quantia em dinheiro e existir estabelecimento 
bancário oficial ou particular no lugar do pagamento (art. 
890, § 1o).
•Conquanto previsto na lei processual, o depósito 
extrajudicial é instrumento de direito material, 
representando providência que pode evitar a demanda 
judicial, desde que o credor, devidamente cientificado do 
depósito extrajudicial não manifeste recusa per escrito ao 
estabelecimento bancário.
Direito Processual Civil II
•A consignação extrajudicial pressupõe, ainda:
- credor certo;
- capacidade civil do credor;
- credor solvente: os créditos existentes em favor do credor 
falido ou insolvente serão administrados pelas respectivas 
massas. O falido não tem administração sobre seus bens, o 
que torna ineficaz a consignação extrajudicial em favor dele;
- certeza do objeto da obrigação: havendo litigiosidade da 
coisa, apenas o depósito judicial liberará o devedor, sob 
pena de, pagando extrajudicialmente, pagar mal e ser 
obrigado a repetir o ato.
Direito Processual Civil II
• Realizado o depósito extrajudicial, o credor será 
cientificado por carta com aviso de recebimento, 
podendo, no prazo de 10 dias: 
- comparecer à agência bancária e levantar o depósito, 
o que implicará extinção da obrigação;
- permanecer inerte, hipótese em que se presumirá 
aceito o depósito, com a liberação do devedor, ficando a 
quantia à disposição do credor (art. 539, § 2o); 
- manifestar por escrito ao estabelecimento bancário, a 
recusa do recebimento.
Direito Processual Civil II
• Havendo recusa manifesta, poderá o devedor dentro do 
prazo de 30 dias, ajuizar ação consignatária, instruindo a 
inicial com cópia do depósito e da recusa (art. 539, § 3o).
• Não ajuizada a ação no prazo previsto, considera-se 
sem efeito o depósito podendo levantá-lo o depositante 
(art. 539 § 4o).
Direito Processual Civil II
CONSIGNAÇÃO JUDICIAL
•A consignação será necessariamente judicial quando tiver 
por objeto coisa ou quando não for possível, em razão de 
certas circunstâncias, utilizar a via extrajudicial (bancária). 
•O procedimento da consignação em pagamento tem 
natureza preponderantemente cognitiva, englobando 
também, ato executivo – o depósito que retirar porção do 
patrimônio do devedor para satisfação do crédito do credor.
Direito Processual Civil II
LEGITIMIDADE PARA AÇÃO DE 
CONSIGNAÇÃO
LEGITIMIDADE ATIVA
• Estabelece o art. 304, caput, do Código Civil, que qualquer interessado
na extinção da dívida poderá pagá-la, usando-se dos meios 
conducentes à exoneração do devedor se o credos se opuser.
• Serão partes legítimas para a propositura da ação consignatória o 
devedor e também o terceiro juridicamente interessado no 
pagamento da dívida, como por exemplo, o síndico na falência, o 
herdeiro e o sócio.
Direito Processual Civil II
• Importante atentar, contudo, para o disposto no parágrafo 
único do mesmo art. 304 do CC, segundo qual “igual direito 
[o de pagar a dívida] cabe ao terceiro não interessado, se 
o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição 
deste.
• Ex. o pai que tem interesse de fato, mas não jurídico, em 
saldar a dívida do filho.
Direito Processual Civil II
• Tendo a ação consignatória por objeto aluguel ou encargos
locatícios, reputar-se-ão ativamente legítimos o inquilino,
seu cônjuge ou companheiro (art. 12 da Lei no 8.245/91), o
ocupante de habitação coletiva multifamiliar (art. 2o,
parágrafo único), o sublocatário e o fiador.
Direito Processual Civil II
LEGITIMIDADE PASSIVA
•Legitimado passivo será o credor conhecido ou quem 
alegue ostentar tal condição (CC, art. 308), ou ainda o 
credor incerto, a ser citado por edital. 
•O credor absolutamente ou relativamente incapaz 
também é parte legítima para figurar no polo passivo da 
relação processual, desde que representado ou assistido.
•Na hipótese de haver dúvida quanto à titularidade do 
crédito, ter-se-á a formação de litisconsorte passivo 
necessário entre aqueles que se intitulam credores.
Direito Processual Civil II
• Tratando-se de consignação de alugueres ou outros 
encargos locatícios, podem figurar no polo passivo da 
relação jurídico-processual o locador, o sublocador, o 
espólio (se morto o locador), a massa falida.
Direito Processual Civil II
FORO COMPETENTE
• Quando a ação consignatória for regida pelo CPC, deverá ser 
proposta no foro do lugar do pagamento.
• Tem relevância para determinação do foro competente para 
a ação de consignação em pagamento a natureza da dívida. 
Direito Processual Civil II
• Sendo ela quesível - ao credor compete receber o 
pagamento -, será competente o foro do domicílio do 
autor (devedor). 
• O foro do domicílio do devedor também será o 
competente quando a ação de consignação fundar-se no 
desconhecimento de quem seja o credor, 
independentemente da natureza daobrigação, até mesmo 
pela impossibilidade lógica de se encontrar outro.
Direito Processual Civil II
• Tratando-se de obrigação portável – ao devedor 
compete oferecer o pagamento -, a competência será o 
domicílio do réu (credor). 
• Se a prestação tiver por objeto coisa certa, competente 
será o foro no qual ela se encontrar.
Direito Processual Civil II
• Pode a consignação ser proposta, também, no foro de 
eleição (CPC, art. 63).
• Entretanto, “a cláusula que estabelece o lugar de 
pagamento prevalece sobre a genérica, de eleição de foro”.
• A ação consignatária de aluguéis e encargos deverá ser 
proposta no foro contratualmente estabelecido pelas 
partes e, na sua falta, no lugar da situação do imóvel (art. 
58 II, da Lei no 8.245/91).
Direito Processual Civil II
• A competência para a ação de consignação rege-se pelo 
critério da territorialidade, sendo, portanto, relativa. 
• Destarte, se a ação é proposta em foro incompetente e 
o réu não opõe exceção no prazo legal, opera-se a 
prorrogação da competência.
Direito Processual Civil II
PROCEDIMENTO DA AÇÃO DE 
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
• Não sendo cabível o depósito extrajudicial ou não tendo o 
devedor logrado êxito com essa modalidade de 
consignação (porque o credor manifestou recusa em 
receber), resta-lhe a faculdade de ajuizar a ação 
consignatória, instruindo a petição inicial com a prova do 
depósito e da recusa, se for o caso (art. 539, § 3o).
Direito Processual Civil II
• Na hipótese de não existir depósito extrajudicial (art. 539, §
4o), cabe ao autor requerer na petição inicial o depósito da 
quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 05 
dias contado do deferimento da inicial (art. 542,I).
• Tratando-se de obrigação de pagar quantia, o depósito 
será realizado em conta judicial, à disposição do juízo e 
sujeito à correção monetária.
Direito Processual Civil II
•A não realização do depósito no prazo de 05 dias acarreta a 
extinção do processo sem resolução do mérito. 
•O depósito representaria ato essencial ao prosseguimento da 
consignatória, uma vez que o réu só seria citado após sua 
realização. 
•De fato, o depósito constitui pressuposto processual 
específico do procedimento consignatário, cuja ausência obsta 
o prosseguimento do feito, acarretando sua extinção sem 
resolução do mérito.
Direito Processual Civil II
• Tratando-se de prestações periódicas, uma vez 
consignada a primeira, pode o devedor continuar a 
consignar, no mesmo processo e sem maiores 
formalidades, as que forem vencendo, desde que os 
depósitos sejam efetuados até cinco dias, contados da 
data do vencimento (art. 541).
Direito Processual Civil II
• Na ação de consignação em pagamento, o valor da 
causa será o valor da prestação devida. 
• Tratando-se da obrigação de dar, corresponderá ao valor 
da coisa. 
• Nas obrigações de pagar a quantia, o valor da causa será 
o do débito principal, acrescido dos juros e demais 
encargos moratórios, se for o caso.
Direito Processual Civil II
• Depositada a coisa, o réu é citado para levantar o 
depósito ou oferecer resposta no prazo de 15 dias (CPC, 
art. 542, II).
• Se o objeto da prestação for coisa indeterminada, e a 
escolha couber ao credor, este será citado para exercer 
o direito dentro de 05 dias, se outro prazo não constar 
de lei ou do contrato (art. 543). 
Direito Processual Civil II
• A partir dessa fase, o processo seguirá o rito do 
procedimento ordinário, culminando com a sentença. 
• Julgando procedente o pedido, o juiz declarará extinta a 
obrigação (art. 546, caput, e parágrafo único).
• Quando a consignação se fundar em dúvida sobre quem 
deva legitimamente receber, o autor requererá o depósito 
e a citação de todas as pessoas que disputam a 
titularidade do crédito, seguindo o procedimento o rito 
estabelecido no art 548.
Direito Processual Civil II
• Efetuado o depósito e citado o réu, este poderá assumir 
três diferentes condutas:
a) aceitar o depósito e levantá-lo:;
b) ofertar contestação e/ou qualquer outra modalidade de 
resposta;
c) permanecer inerte, com a consequente decretação de sua 
revelia e julgamento antecipado da lide.
Direito Processual Civil II
•Optando o demandado por oferecer resposta, terá o prazo de 15 
dias para tanto. 
•Admitem-se todas as modalidades de resposta: contestação, 
reconvenção e exceção.
•Contestando, poderá o réu alegar a inocorrência de recusa ou mora 
no recebimento da quantia ou coisa devida (art. 544, I, do CPC). 
•O demandado poderá, ainda, reconhecer a recusa, mas fundar sua 
defesa na correção da sua conduta (art. 544, II), alegando, por 
exemplo, a ausência de qualquer dos requisitos do pagamento (não 
cumprimento da obrigação, incapacidade do devedor, não 
vencimento da dívida).
Direito Processual Civil II
•Finalmente, poderá alegar a não integralidade do depósito
(art. 544, IV).
• Importante frisar que, adotando tal defesa, compete ao réu 
a indicação do montante que repute devido, sob pena de 
desconsideração da alegação articulada. 
•Saliente-se também que, nesse caso, a ação de consignagão 
em pagamento assume natureza dúplice, ou seja, rejeitado 
o pedido formulado pelo autor, o Juiz o condenará a 
satisfazer o montante devido.
Direito Processual Civil II
• Poderá o réu alegar, ainda, qualquer das defesas processuais 
indicadas no art. 337, a serem suscitadas como questões 
preliminares.
• Nos termos do art. 545, caput, será lícito ao autor 
complementar o depósito, no prazo de 10 dias. 
• Se a única alegação de defesa for a insuficiência do 
depósito, sua complementação implicará a extinção do 
processo com resolução no mérito.
Direito Processual Civil II
• Neste caso, conquanto o autor seja o vencedor da 
demanda, será ele condenado ao pagamento das custas 
processuais e honorários advocatícios em favor do 
réu/credor. 
• Isso porque, tivesse o devedor oferecido, desde logo, o valor 
carreto, não haveria recusa e desnecessário seria o 
ajuizamento da ação de consignação. 
• Alegada a insuficiência do depósito, poderá o réu levantar, 
desde logo, a quantia ou a coisa depositada (art. 545, § 1o). 
Direito Processual Civil II
•Ofertada contestação pelo réu, e não sendo o caso de 
julgamento antecipado, proceder-se-á à instrução do feito. 
•Encerrada a instrução, tem-se a prolação de sentença. 
•O procedimento consignatório é de natureza 
eminentemente declaratória. 
•Pretende o autor um provimento jurísdicional que declare a 
idoneidade do depósito efetivado e a consequente 
extinção do vínculo obrigacional.
Direito Processual Civil II
•A sentença que concluir pela insuficiência do depósito
determinará, sempre que possível, o montante devido e, 
nesse caso, valerá como título executivo. 
•Nesta hipótese, o pedido inicial será julgado parcialmente 
procedente e a sentença ostentará natureza dúplice: 
meramente declaratória (no capítulo em que reconhecer a 
liberação parcial do devedor) e condenatória (no ponto em 
que julgar procedente o pedido do réu ao recebimento da 
diferença apurada. 
Direito Processual Civil II
•Poderá o réu/credor promover, nos mesmo autos, o
cumprimento da sentença (arts. 523 e seguintes do CPC).
•A sentença sujeitar-se-á ao recurso de apelação, a ser
recebido nos efeitos devolutivo e suspensivo (art. 1.012 do
CPC).
Direito Processual Civil II
No novo CPC
• Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de 
pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
• § 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento 
bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta 
com aviso de recebimento, assinadoo prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa.
• § 2o Decorrido o prazo do § 1o, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação de 
recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia 
depositada.
• § 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, 
dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da 
recusa.
• § 4o Não proposta a ação no prazo do § 3o, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o 
depositante.
Direito Processual Civil II
Competência e inicial
• Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à data do depósito, os juros e os 
riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.
• Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar a depositar, no mesmo 
processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do 
respectivo vencimento.
• Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá:
• I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a 
hipótese do art. 539, § 3o;
• II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação.
• Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução do mérito.
• Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito
dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, 
ao despachar a petição inicial, fixar lugar
Direito Processual Civil II
Contestação
• Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que:
• I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida;
• II - foi justa a recusa;
• III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento;
• IV - o depósito não é integral.
• Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o montante que 
entende devido.
• Art. 545. Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo se 
corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato.
• § 1o No caso do caput, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a consequente 
liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida.
Direito Processual Civil II
Sentença
• Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a 
obrigação e condenará o réu ao pagamento de custas e 
honorários advocatícios.
• Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se o credor 
receber e der quitação.
• Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente 
receber o pagamento, o autor requererá o depósito e a citação 
dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito.
Direito Processual Civil II
Art. 548. No caso do art. 547:
I - não comparecendo pretendente algum, converter-se-á o depósito em 
arrecadação de coisas vagas;
II - comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano;
III - comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e 
extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre 
os presuntivos credores, observado o procedimento comum.
Art. 549. Aplica-se o procedimento estabelecido neste Capítulo, no que 
couber, ao resgate do aforamento
Direito Processual Civil II
AULA 10
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
EXIGIR CONTAS
Direito Processual Civil II
NOÇÕES GERAIS
Todo aquele que, de qualquer modo administrar bens ou interesse
alheios, por força de relação jurídica legal ou contratual, tem a
obrigação de prestar contas, quando solicitado.
O conflito neste procedimento se concentra na busca de
esclarecimentos sobre certas situações decorrentes da
administração de bens alheios.
Direito Processual Civil II
NOÇÕES GERAIS
A prestação de contas visa possibilitar ao Autor a liquidação de
um relacionamento jurídico existente ente ele e o réu.
Assim, seu objetivo é definir quem é o credor de determinada
relação jurídica material, com a imediata fixação do saldo
devedor, que poderá ser exigida no mesmo processo
Direito Processual Civil II
EXEMPLOS DE RELAÇÕES JURÍDICAS
• Tutor em face do tutelado (arts. 1755 a 1762, CC)
• Curador em face do curatelado (arts. 1774 e 1783, CC)
• Sucessor provisório em relação aos bens do ausente
(art. 33, CC)
• Mandatário em face do mandante (art. 668, CC)
• Testamenteiro em face dos herdeiros (arts. 618, VII, e
622, V do CPC)
• Curador em relação aos bens que integram a herança
jacente (art. 739, §1º., V, CPC)
• Advogado em relação ao constituinte (Art. 34, XXI,
EOAB)
Direito Processual Civil II
FUNDAMENTO LEGAL
CPC/73 – Artigos 914/919
- Exigir contas;
- Dar contas.
CPC/15 – Artigos 550/553
- Exigir contas.
O CPC/15 excluiu o procedimento de dar contar existente no CPC/73.
CPC, 914. A ação de prestação de contas competirá a quem tiver:
I – o direito de exigi-las; 
II – a obrigação de prestá-las. 
Direito Processual Civil II
LEGITIMIDADE
• Quem tem direito de exigir as contas (ação de exigir 
contas, provocada)
Direito Processual Civil II
AÇÃO PARA EXIGIR CONTAS
•Procedimento: compõe-se de duas fases:
•1ª fase: Objetiva a verificação da obrigação de prestar
contas imputada ao réu.
•2ª fase: será para analisar as contas, determinar a
existência de saldo credor ou devedor, bem como a
condenação ao pagamento da referida quantia
Direito Processual Civil II
• Partes:
– Autor: a pessoa que afirma o direito de tomá-las
– Réu: aquele obrigado a prestá-las
• Competência: foro do local onde se deu a gestão ou 
administração (art. 53, IV, b, CPC)
Direito Processual Civil II
• Primeira Fase: Na primeira fase acontecerá somente a discussão e definição
acerca do direito em ver apresentadas as contas e do dever do réu em prestá-las.
CPC/15, 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas
requererá a citação do réu para que as preste ou ofereça contestação
no prazo de 15 (quinze) dias.
Petição Inicial:
• CPC, 319;
• CPC, 550.
Citação para:
• Apresentar contas;
• Contestar.
Direito Processual Civil II
• Posturas do Réu:
CPC/15, 550. § 2º Prestadas as contas, o autor terá 15 (quinze) dias para se 
manifestar, prosseguindo-se o processo na forma do Capítulo X do Título I deste Livro.
Apresenta as contas e não contesta: Nesse caso, o juiz abrirá
um prazo de 05 dias para que o autor se manifeste.
Havendo necessidade de produção de provas, deverá designar
audiência de instrução e julgamento e logo, proferirá a sentença,
se não houver a necessidade de produção de provas.
Direito Processual Civil II
• Posturas do Réu:
CPC/15, 550. § 2º Prestadas as contas, o autor terá 15 (quinze) dias para se 
manifestar, prosseguindo-se o processo na forma do Capítulo X do Título I deste Livro.
Apresenta as contas e contesta: Se conseguir provar que não
as prestou por culpa do autor, não será condenado ao
pagamento dos honorários advocatícios.
Havendo necessidade de produção de provas, deverá designar
audiência de instrução e julgamento.
Direito Processual Civil II
• Posturas do Réu:
CPC/15, 550. § 4º Se o réu não contestar o pedido, observar-se-á o disposto no art. 355. 
§ 5º A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no prazo de 15 (quinze) 
dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar. 
Não apresenta as contas e não contesta: Nesse caso, o juizdecretará sua revelia e julgará, se assim verificar ser a ação
procedente, condenará o réu a prestar as contas no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, sob pena de não Ihe ser lícito impugnar
as que o autor apresentar (art. 355, CPC: Julgamento Antecipado
de Mérito).
Direito Processual Civil II
• Posturas do Réu:
Contesta alegando que não tem obrigação de prestar contar:
Nesse caso, o juiz, analisando a questão, poderá designar
audiência de instrução e julgamento desde que seja conveniente
a produção de provas.
Direito Processual Civil II
• A primeira fase encerra-se com um pronunciamento judicial
acerca da existência ou não do direito de exigir contas.
• Segunda Fase: deferido o dever de o réu prestar as
contas, será ele intimado para fazê-lo no prazo de 48 horas.
OBS: Caso haja recurso de apelação da sentença que condena à prestação de contas e mantida a
decisão o prazo será contado a partir da cientificarão da parte a cerca da baixa dos autos.
Direito Processual Civil II
- Se apresentá-las: 5 dias para que o autor se manifeste sobre
elas (podendo o prazo ser prorrogado, a pedido)
- Se não as apresentar: autor apresenta as contas em 10
dias, vedada impugnação do réu
Sentença: juiz decidirá julgadas as contas, a respeito do saldo
e condenará o devedor a pagá-lo, podendo ser exigido em
execução forçada
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• NOÇÕES GERAIS
FORMA DE APRESENTAÇÃO DAS CONTAS
Art. 551. As contas do réu serão apresentadas na forma adequada,
especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e os
investimentos, se houver.
§ 1o Havendo impugnação específica e fundamentada pelo autor, o juiz
estabelecerá prazo razoável para que o réu apresente os documentos
justificativos dos lançamentos individualmente impugnados.
§ 2o As contas do autor, para os fins do art. 550, § 5o, serão
apresentadas na forma adequada, já instruídas com os documentos
justificativos, especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e
os investimentos, se houver, bem como o respectivo saldo.
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• NOÇÕES GERAIS
PRESTAÇÃO DE CONTAS POR DEPENDÊNCIA
Art. 553. As contas do inventariante, do tutor, do curador, do
depositário e de qualquer outro administrador serão prestadas
em apenso aos autos do processo em que tiver sido nomeado.
Parágrafo único. Se qualquer dos referidos no caput for
condenado a pagar o saldo e não o fizer no prazo legal, o juiz
poderá destituí-lo, sequestrar os bens sob sua guarda, glosar o
prêmio ou a gratificação a que teria direito e determinar as
medidas executivas necessárias à recomposição do prejuízo.
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AÇÃO DE DAR CONTAS:
O procedimento da ação de dar contas é concentrado em uma única fase, competindo
ao devedor das contas apresentá-las já com a petição inicial.
O Credor das contas será citado para no prazo de cinco dias:
- Aceitar expressamente as contas: O juiz deverá julgar à ação no prazo de dez dias,
pois com a aceitação do réu foi reconhecido a procedência da petição inicial.
- Ofertar contestação: Alegar as opções do art. 337 do CPC
- Impugnar as Contas: Neste caso estará o réu insurgindo quanto ao aspecto formal.
- Contestar e impugnar as contas: O réu estará contestando e impugnando o conteúdo
e forma das contas apresentadas
- Permanecer inerte: Configura a revelia, proceder-se-á o julgamento antecipado da
lide.
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