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RESUMO CAPITULO 5.º: MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO As modificações fisiológicas do observadas na gestação são decorrentes, principalmente, de fatores de fatores hormonais e mecânicos e devem ser considerados normais. MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS A postura da gestante se altera. Há aumento das mamas e da barriga, surge também a lordose fisiológica (normal) da gravidez, a coluna adquire uma curvatura excessiva para dentro, gerando dores nas costas. A mulher modifica também seu andar, com seus passos oscilantes e mais curtos, sendo este chamado de marcha anserina, se referindo a forma com que os gansos andam. As articulações apresentam maior mobilidade durante a gestação. Atribui-se à relaxina, secretada pela placenta. METABOLISMO Metabolismo glicídico: tendência a hipoglicemia em estado de jejum; as necessidades do feto provem do suprimento materno de glicose; os níveis de insulina plasmática baixam rapidamente; tendência a hiperglicemia; os hormônios placentários exercem um efeito anti-insulina cada vez mais importante ( pode ocorrer diabetes gestacional no final do segundo e terceiro semestre). Metabolismo lipídico: acelerado (lipólise). Em face das necessidades de conservar a glicose para o feto e para o próprio sistema nervoso materno, o metabolismo lipídico sofre modificações no sentido de catabolizar as gorduras sempre que possível. Muito embora os triglicerídeos não cruzem a barreira placentária, o feto se beneficia da hipertrigliceridemia materna. Metabolismo proteico: a concentração da maioria dos aminoácidos está reduzida na gravidez. Os teores de alfa e de betaglobulinas e os de fibrinogênio ascendem, enquanto as albuminas sofrem redução nítida, e as gamaglobulinas tem menor queda. Metabolismo hidroeletrolítico: acréscimo de água e eletrólitos. Uma das alterações sistêmicas mais notadas na gravides é a retenção de liquido. Essa alteração hidreletrolidica é decisiva para que ocorra outras modificações importantes, tais como aumento do debito cardíaco e do fluxo plasmático renal. Em uma gestante que ganhou 11 kg, 70% do peso ganho durante a gestação correspondem a ganho hídrico. Metabolismo de cálcio: na gravidez grande quantidade de cálcio e de fosforo é transferida contra o gradiente de concentração da mãe para o feto ( transporte ativo). A calcitonina é um hormônio peptídico de 32 aminoacidos elaborados pelas parafoliculares da tireoide. Na lactação, a perda diária de cálcio pelo leite materno é de 220 a 340mg. ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS NO SISTEMA CARDIOVASCULAR Débito cardíaco e volume sanguíneo aumentado. Aumento da capacidade cardíaca; Ocorre um aumento de cerca de três vezes, da pressão venosa dos membros inferiores, pela frequência cardíaca aumenta cerca de 10 a 15 bpm. Síndrome da hipotensão supina: quando é comprimida a veia cava inferior pelo útero gravídico, reduzindo o retorno venoso, consequentemente reduzindo a capacidade cardíaca. Deve-se orientar para decúbito lateral esquerdo evitando a compressão da veia cava. SISTEMA SANGUÍNEO A alteração marcante no volume plasmático observada na gravidez normal causa diluição da maioria dos fatores circulantes. Portanto, as principais alterações hematológicas ocorridas na gestação são: Diminuição: ● Numero de hemácias ●Concentração de hemoglobina ● Hematocrito Aumento: ●Leucocitos ●Concentração de fibrinogênio SISTEMA URINÁRIO Os rins se deslocam para cima pelo aumento do volume uterino e aumentam em tamanho cerca de 1 cm em virtude do acréscimo do volume vascular renal e espaço intersticial. Há também redução de resposta contrátil do colo vesical a estímulos alfa-adrenérgicos e diminuição de suporte pélvico da parede vaginal anterior e da uretra, alterações que pode contribuir para a incidência elevada de incontinência urinaria na gravidez. SISTEMA RESPIRATÓRIO Há uma elevação do diafragma de cerca de 4 cm pelo útero aumentado de volume. Respiração mais dificultada (dispnéia) Ocorre hiperventilação (aumento da freqüência respiratória, volume corrente, volume minuto) provavelmente devido ao maior consumo de oxigênio e gás carbônico pelo feto. O consumo de oxigênio aumenta de 15 a 20% para fazer frente a massa materno-fetal adicional e ao trabalho cardiorrespiratório da gestação. Portanto as principais alterações respiratórias são: ●Frequência respiratória alterada ●Volume-corrente e volume-minuto aumentados cerca de 30 a 40% ●Capacidade residual funcional diminui 20% ● Hiperventilação fisiológica ● Dispneia ( em 60 a 70 % das gestantes). SISTEMA DIGESTIVO Sintomas comuns no 1º trimestre: náuseas, enjôo e vômitos matinais (podem estar relacionados aos níveis crescentes de estrógeno) e que podem acarretar anorexia. Estes podem acarretar também a perda de peso. Contraditoriamente, também, são relatados aumento de apetite e dos “desejos”. As gengivas estão edemaciadas, heperamicas e sangram com facilidade. Tendência para o aparecimento de cáries dentárias, provavelmente, porque o vômito matinal provoca queda do pH bucal (sem comprovação científica). SISTEMA ENDOCRINO Anatomicamente a tireoide sofre moderado aumento de volume de 10 a 20% causado por hiperplasia é maior vascularidade. Produção de gonadotrofina coriônica humana (HCG): estimula a produção de progesterona e estrogênio pelo corpo lúteo, para a manutenção da gestação até que a placenta se desenvolva totalmente para assumir essa posição. O aumento sustentado do T4 total e queda do TSH caracterizam o inicio da gravidez. PELE E FÂNEROS Cerca de 50% das gestantes exibem estrias no abdome, no decurso do ultimo trimestre, por vezes também encontradas nos seios. É habitual o aparecimento de telangiectasias, a traduzem os altos níveis estrogênicos. A hipertricose é fenômeno fisiológico durante a gravidez ( pelos na face e em outras regiões, crescimento mais acentuado dos cabelos). Aparecimento da linha negra que vai do monte pubiano até a cicatriz →umbilical (línea Nigris). Cloasmas – manchas de coloração castanha no rosto que geralmente desaparecem após o parto. MODIFICAÇÕES DOS ORGAÕS GENITAIS Vulva e vagina: Sob a influência dos estrogênios, o epitélio vaginal se espessa durante a gravidez e há aumento de sua descamação, o que resulta em maior secreção vaginal. A vagina também aumenta a vascularização com a gravidez. A vulva e a vagina tumefazem-se, experimentam amolecimento e tem sua coloração alterada. A vagina perde o róseo característico, tomando a cor avermelho-vinhosa, entreabertos ninfas e grandes lábios (sinal de Jacquemier) . Útero: Processam-se logo após a nidificação, inúmeras modificações na consistência, na forma, no volume, na capacidade, na posição, no peso e na espessura do útero. A essas transformações macroscópicas correspondem outras, microscópicas e funcionais. ●Diminuição da consistência (especialmente istmo) – Sinal de Hegar ●Aumento assimétrico – Sinal de Piskacek ●Mudança da forma piriforme para globoso (ocupa FSV) - Sinal de Nobile-Budin ● Torna-se abdominal – 12ª semana CUIDADO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER Resumo do capitulo 5° do livro Obstetrícia Fundamental ( Resende Filho): Modificações do organismo materno Aluna: Raimunda Roberlândia de Lima Enfermagem: 5° Semestre – Noite Matricula: 01083643Professora: Denise de Fatima Fernandes Fortaleza / CE 2016
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