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SISTEMA TEGUMENTAR O tegumento trata-se do maior órgão do corpo humano, constituído pela pele e pelos anexos epidérmicos. A pele exibe várias funções, entre elas: proteção contra forças mecânicas, agentes químicos e físicos (radiação UV), desidratação (perca excessiva de água e eletrólitos; atua como uma barreira impermeável, termorregulação através dos anexos epidérmicos (glândulas sudoríparas e pêlos) ou através das anastomoses arteriovenosas ou plexos capilares que regulam a quantidade de volume sanguíneo que chega até a derme para que o calor seja transferido ao ambiente; defesa imunológica através da presença de células APC (células de Langerhans), de leucócitos e através da produção de interleucina 1 (fator que promove aparecimento de moléculas que auxiliam na quimiotaxia e diapedese de leucócitos) pelos queratinócitos; excreção de sais e catabólitos (ureia e ácido úrico), sensorial (células de Merkel); atividade biossintética (auxiliando na produção de vitamina D). EPIDERME Formada por um TEREPQ, a epiderme apresenta quatro tipos celulares, entre elas: Queratinócitos (produção de queratina), Melanócitos (produção de melanina através da tirosina), Células de Langerhans (células de linhagem hematocitopoéticas que atuam como macrófagos na epiderme que interagem com antígenos e os apresentam as células T) e Células de Merkel (apresentam função sensorial) A epiderme é segmentada segunda a aparência que apresentam os queratinócitos, de forma que a camada mais próxima a derme e inserida a Lamina Basal é chamada de camada Basal (células cúbicas com filamentos intermediários de queratina/tonofilamentos e desmossomos ), seguindo , tem-se as camadas Espinhosa (células espinhosas), Granulosa, Lúcida (células claras) e Córnea (células queratinizadas). Na pele espessa todas as camadas são encontradas, mas na pele delgada as camadas granulosa e lúcida podem estar ausentes. As digitais apresentadas na superfície da palma da mão se dão através da formação das cristas dérmicas e papilas dérmicas entre a junção dermoepidérmica. BASAL+ESPINHOSO= Estrato de Malphigi CICATRIZAÇÃO → Ocorre em quatro estágios principais: formação de um coágulo de fibrina e plaquetas (liberação de PDGF e degranulação, simultaneamente a liberação de fatores quimiotáxicos – citocina CXC), recrutamento de leucócitos e macrófagos (liberação de citocinas pró-inflamatórias, fatores de crescimento e neoangiogênicos) , angiosene e reepitelização (através de células vindas da camada basal, cuja ação das metaloproteinases de matriz auxiliam no descolamento dos hemidesmossomos da lâmina basal), remodelação tecidual (através das alterações no tecido conjuntivo, da mudança de células da camada basal, do depósito de matriz e de colágeno III no coágulo e transformação de fibroblastos locais em miofibroblastos que se contraem fechando a lesão e formando a cicatriz. PSORÍASE → Trata-se de uma doença inflamatória da pele caracterizada por placas psoriaticas que são formadas através da diferenciação e migração acelerada de células do estrato basal para o estrato córneo, de maneira que as células córneas possam apresentar núcleo. Caracterizada também pela presença de microabcessos com células T e neutrófilos e pela presença de cristas epidérmicas maiores. A ocorrência da psoríase se dá através do reconhecimento do antígeno pelas células de Langerhans que os apresentam aos linfócitos T com o marcador CD45 que se diferenciam e apresentam o Antígeno associado aos linfócitos cutâneos. MELANÓCITOS → São células derivadas de crista neural encontradas na camada basal da epiderme que não apresentam complexo unitivo com os queratinócitos. Exibem prolongamentos celulares denominados dendritos do melanócito pelos quais interage com os queratinócitos e podem depositar a melanina no espaço intercelular por exocitose para que ela seja endocitada pelo queratinócito. A produção da melanina se dá através da formação de uma vesícula primária denominada pré-melanossomo que possui tirosina que será oxidada em DOPA que por sua vez será oxidada a melanina e a vesícula será chamada melanossoma maduro. CÉLULA DE LANGERHANS → São células dendríticas derivadas de precursores de medula óssea, sendo que se instalam na epiderme e se associam aos queratinócitos através da E-caderina (sem complexo unitivo); possui núcleo irregular e atua como célula APC, sendo que o contato do antígeno com seus receptores CD1a e langerina dos seus prolongamentos celulares, ela migra para a derme onde encontra um vaso linfático e vai até a região paracortical (T dependente) de um linfonodo local. CÉLULAS DE MERKEL → Encontradas na camada basal, fazem ligação com os queratinócitos através de desmossomos e são responsáveis pela função sensorial da pele, uma vez que faz contato com uma fibra nervosa mielinica aferente que penetra na derme até chegar a lamina basal da epiderme, onde perde a sua bainha de mielina. Núcleo de formato irregular com granulos em abundância, apresenta polaridade invertida. QUERATINÓCITOS: Os queratinócitos apresentam uma característica específica de acordo com a camada em que se apresenta, sendo que na camada: A) Basal: células cúbicas com núcleo esférico que se aderem a LB pelos hemidesmossomos. B) Espinhosa: células poligonais/polieedricas que apresentam núcleo ovoide. O citoplasma apresenta tonofilamentos que inserem nos desmossomas e há o início de formação dos corpos lamelares (vesículas contendo glicolipídios). C) Granulosa: células achatadas nucleadas que apresentam querato-hialina e maior quantidade de corpos lamelares (sendo que o glicolípidio é liberado no espaço intercelular e colabora para impermeabilizar a epiderme). Núcleos tornam-se picnóticos (núcleo celular em que a cromatina esta altissimamente condensada, indicando um processo futuro de necrose do tecido). D) Lúcida: nenhuma característica específica, mas é mais clara do que a córnea. Ocorre desaparecimento do núcleo e só são encontrados resquícios de organelas. E) Córnea: assim como a camada lúcida apresenta células sem núcleo e com filamentos de queratina que interagem uns com os outros através da querato-hialina e da filagrina. Ocorre a formação do envoltório celular cornificado pela ligação de tonofilamentos a MP. Vale lembrar que a descamação é controlada de acordo com a maneira que a mesma ascenda nas camadas na epiderme, uma vez que quanto mais exterior ao corpo maior as forças mecânicas e menor o pH. DERME É dividida em derme papilar e em derme reticular: A) Derme papilar: é encontrada na região das papilas dérmicas na junção dermo epidermótica e é rica em fibras do colágeno do tipo III, ou seja, apresenta conjuntivo frouxo e grande quantidade de fibroblastos B) Derme reticular: é rica em feixes de colágeno do tipo I e de fibras reticulares. O suprimento arteriovenoso da derme e, consequentemente, da epiderme se dá através de três plexos: o subpapilar, o cutâneo e o hipodérmico. A função principal desses plexos é a termorregulação, todavia a função de nutrição também se destaca. A pele apresenta receptores que podem ser caracterizados segundo as informações do corpo que possuem, sendo elas exteroceptores, proprioceptoras, interoceptores. Além disso, podem ser caracterizados em mecanorreceptores (forças mecânicas), termorreceptores e nociceptores (dor). Os mecanorreceptores podem ser caracterizados em não encapsulados – sem bainha de mielina - teminações nervosas livres que atravessam a epiderme e possuem uma grande distribuição ou o disco de Merkel que é uma terminação nervosa coberta de bainha de mielina que se perde quando a mesma atravessa a lâmina basal e forma uma estrutura discoide achatada aderida a célula de Merkel ou em receptores encapsulados que possuem uma cápsula de tecido conjuntivo recoberta por células epiteliais quandoocorre o fim da bainha de mielina destacando-se o corpúsculo de Meissner (papilas dérmicas) , o corpúsculo de Vater Pacini (derme reticular e hipoderme), o corpúsculo de Krause e o corpúsculo de Rufini ANEXOS EPIDÉRMICOS Folículo piloso: invaginações tubulares da epiderme que atingem a derme. Dividido em haste do pêlo (cutícula, córtex e medula) que é formada pela queratina dura e é envolta pela bainha epitelial externa (derivada epiderme) e bainha epitelial interna (derivada do bulbo piloso), bulbo piloso que é a parte final expandida do folículo filoso de onde vem um eixo que causa uma invaginação por onde passa a papila dérmica com função quimioindutora sobre as células da matriz do pelo. Tem-se associado ao folículo piloso o músculo piloeretor (inserção no bulbo piloso e nas glândulas sebáceas) e as glândulas sebáceas (contem células tronco) que tem seu ducto aberto no lúmen. O pêlo tem função sensorial (fibras nervosas peritriciais). Glândulas sebáceas: São glândulas simples acinosas holócrinas que se localizam na derme e excretam o sebo produzido nos alvéolos através de ductúlos que se comunicam ao ducto excretor (TEREP) que desemboca no colo do folículo piloso. Podem sem independentes do folículos pilosos na epiderme dos lábios, nas comissuras labiais, nos lábios menores e na glande. Possui células sebáceas (armazenam gotículas de lipídio no citoplasma até que passe por um processo de morte celular) e as basais (tronco). Glândulas sudoríparas: Podem ser divididas em glândulas sudoríparas merócrinas ou apócrinas. As glândulas sudoríparas merócrinas são tubulosas enovelada simples que possuem função de regulação de temperatura corporal, sendo que na porção secretora são encontradas células claras (água e eletrólitos) células escuras (glicoproteínas) e células mioepitelias (contração) enquanto na porção excretora são encontradas as células ductais (controladas pela aldosterona) que reabsorvem os eletrólitos e água em excesso. Glândulas sudoríparas apócrinas são enoveladas e diferem-se pelo fato de seus túbulos secretores serem maiores e seu ducto excretor se abre no folículo piloso com inervação de fibras nervosas adrenérgicas (axila, monte púbis e área circumanal). Glândulas mamárias Unhas ou placas ungueais são estruturas formadas por escamas compactas de células epiteliais fortemente queratinizadas. Localizam-se sobre o leito ungueal (estrato basal e espinhoso) e no sua borda proximal é recoberta pelo eponíquio que é uma extensão da camada córnea que forma a cutícula, enquanto na borda distal encontra-se o hiponíquio formado pela camada córnea da epiderme com a função de proteção contra invasão de patógenos. Na borda proximal a unha encontra-se a raiz (lúnula – estrutura em formato semilunar). Cutícula em contato com a matriz da unha. SISTEMA URINÁRIO O sistema urinário apresenta funções principais: limpar o sangue através da filtração e excreção tanto de materiais exógenos (medicamentos) ou endógenos (bilirrubina e ureia), equilibrar a concentração de líquidos corporais, controlo do equilíbrio ácido-base, produção de hormônios e a de recuperar pequenas moléculas, íons e água para manter a homeostase. Composto por 2 rins, 2 ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. RIM Organização vascular: Uma artéria renal dá origem as artérias interlobares nas colunas renais que ascendem até a junção corticomedular e dão origem as artérias arqueadas. Artérias arqueadas dão origem as artérias interlobulares que ascendem ao cortex onde darão origem as arteríolas glomerulares aferentes (possuem na túnica média células com grânulos de renina) que darão origem aos capilares glomerulares que darão origem as arteríolas glomerulares eferentes (também produzem pouca renina) que podem dar origem a rede capilar peritubular (córtex) e aos vasos retos que descendem até a medula caminhando junto com os componentes do túbulo urinífero. O rim é divido em: Medula: Importante compreensão do conceito de lobo renal que seria formada pelas colunas renais de uma pirâmide renal por onde passa as a.interlobares. Além disso, no ápice da coluna renal encontra-se a área crivosa (local de abertura dos ductos papilares) onde o filtrado é recebido pelo cálice menor → cálice maior e vai para a pelve renal. Medula se divide em externa e interna. Córtex: Se divide em córtex externo e córtex justamedular. Dividido em lóbulos que são segmentados pela região entre duas artérias interlobulares ou a região correspondente a área de atuação de um túbulo urinífero. A área do lóbulo renal ocupada pelo túbulo urinífero é o raio medular. Os corpúsculos renais só podem ser encontrados no córtex, sendo que os néfrons são do tipo cortical (formação da rede capilares peritubulares) ou justamedular (formação de vasos retos). TÚBULO URINÁRIO: Néfron + ducto coletor NÉFRON: Corpúsculo renal + túbulo renal Corpúsculo renal: O corpúsculo renal é formado pela: A) Capsula de Bowman: A cápsula de Bowman é formada por uma camada parietal de células endoteliais pavimentosas contínuas com as células cúbicas do TCP e por uma camada visceral de células endoteliais denominadas podócitos que se associam-se aos capilares glomerulares através da emissão de prolongamentos celulares maiores (1º → 2º → 3º) que formam os pedicelos que se aderem a lâmina basal da célula endotelial do capilar sanguíneo fenestrado e do podócito por interdigitações formando uma fenda de filtração glomerular que possui uma estrutura chamada de diafragma de fenda de filtração formado por proteínas nefrina (ancoradas nas proteínas transmembrana Neph1 e 2 que se associam ao citoesqueleto pela podocina) que retardam a passagem de moléculas do capilar sanguíneo para o espaço de Bowman (entre as duas camadas da cápsula). O podócito, a célula endotelial e as suas lâminas basais formam a barreira de filtração glomerular. Além da nefrina, o tamanho da molécula e a carga elétrica também influenciam na passagem pelas fendas de filtração, uma vez que tanto as células endoteliais como a lâmina basal possuem característica negativa, ou seja, partículas aniônicas apresentam dificuldade em atravessar a barreira. B) Glomérulo: Formado pelos capilares glomerulares fenestrados, os podócitos da lâmina visceral da cápsula de Bowman e pelo mesângio. O mesângio trata-se das células mesangiais (pericítos com função fagocítica, contrátil e proliferativa que sintetizam matriz, colágeno e substâncias como prostaglandinas e endotelinas – vasoconstrição) e pela matriz mesangial. As células mesangiais desempenham função reguladora do processo de filtração, pois desempenha função de suporte mecânico, produção de matriz e fagocitose, regulação do fluxo capilar pela contração ou pela endotelina, resposta a angiotensina II. Células mesangiais podem ser encontradas fora da cápsula de Bowman. *Aparelho justaglomerular: Mecanismo de feedback túbulo-glomerular que atua na regulação do fluxo sanguíneo renal e da filtração glomerular. Trata-se de uma estrutura endócrina composta da mácula densa (sensível a baixa concentração de NaCl ou de hipovolemia), células mesangiais extraglomerulares e pelas células produtoras de renina – células justaglomerulares da túnica média da a.glomerular aferente e eferente (excreção renina influenciada pela mácula densa) Túbulo renal: A) Túbulo contorcido proximal (TCP): Composto de células epiteliais cúbicas com microvilos no domínio apical, recebe o ultrafiltrado do plasma e é responsável pela absorção de 70% da água, glicose, Na+, Cl- e K+. As células do TCP apresentam no domínio basolateral pregueamentos e interdigitações, mitocôndrias para o transporte ativo de íons, túbulos/vesículas/ lisossomos (digestão celular de pequenas proteínas). Glicose e ureia atravessam a membrana plasmática por proteínas translocadoras.A entrada de vários íons e da glicose atua como força matriz da absorção de H20 que passa pela via paracelular. B) Alça de Henle: Responsável pela absorção de 25% H2O, NaCl, K+, Ca+² e HCO³-. Dividida em ramo descendente/segmento espesso (TERScúb.baixo) e em ramo ascendente/segmento delgado (TERSpav). No segmento descendente ocorre a reabsorção da água, no ascendente absorção de água ausente. Encontradas bombas de sódio e potássio no segmento ascendente (maior absorção) que são alvo de diuréticos como o furosemida. No néfron cortical, alça de Henle é menor e só atinge a medula externa, enquanto no néfron justamedular atinge a medula interna. C) Túbulo contorcido distal (TCD): Em conjunto com o ducto coletor é responsável pela absorção de 7% do NaCl (bombas de sódio e potássio ATPase domínio apical – lúmen - e no domínio basal) e na sua porção final possui a capacidade de absorção de água em presença de hormônio antidiurético ou vasopressina. Na junção do ramo ascendente espesso com o TCP forma-se a mácula densa, quando o TCP toca o corpúsculo renal. DUCTO COLETOR É responsável por receber o filtrado que passa do TCD, sendo formado por células epiteliais simples cúbicas de dois tipos: as principais (com um cílio apical imóvel e pregueamentos no domínio basolateral) responsáveis por reabsorção de Na+ e água e secretam K+ através das bombas de sódio e potássio ATPase e as células intercaladas (microvilos apicais e mitocôndrias) secretoras de H+ e HCO³- que reabsorvem K+. Presente no córtex e na medula. Aldosterona estimula reabsorção de Na+ no túbulo coletor para corrigir hipovolemia e hiponatremia. * Células intersticiais: São células que se estendem da alça de Henle até os vasos retos que são do tipo fibroblastos corticais renais e fibroblastos medulares renais que tem função de ajuda no manutenção da estrutura renal e de produção de eritropoietina. REGULAÇÃO E ABSORÇÃO DA ÁGUA E DE NaCl Hormônios A) Angiotensina II → Função principal de estimular a reabsorção de NaCl e de água no TCP, todavia também estimula secreção de aldosterona vasoconstrição (aumento pressão sanguínea), estimula liberação de ADH. B) Aldosterona → Estimula a absorção de NaCl na alça de Henle, no TCD e no ducto coletor. Produzida nas suprarrenais. C) Fator natriurético atrial (FNA) → Em caso de hipervolemia aumenta a excreção de urina e Na+ e inibe a liberação de ADH pela neuro-hipófise . D) Urodilatadina → Produzido pelas células epiteliais do TCD e do ducto coletor são responsáveis por inibir a reabsorção de NaCl e H2O na porção medular do túbulo coletor. E) Hormônio antidiurético/vasopressina → Produzido no hipotálamo, em casos de hipovolemia, é secretado e estimula a absorção de água no túbulo coletor. Sistema renina-angiotensina-aldosterona Esse sistema é responsável pela manutenção da pressão arterial e do volume sanguíneo. Em caso de hipovolemia diminui o volume de filtrado e consequentemente de Na, sendo isto sentido pela mácula densa que estimula a liberação de renina pelas células justaglomerulares presentes na túnica média das arteríolas glomerulares aferentes e eferentes. A renina, converte o angiotensinogênio produzido no fígado em angiotensina I; a enzima conversora da angiotensina (ECA) – produzida pelo epitélio pulmonar e renal e liberado na corrente sanguínea- converte a angiotensina I em angiotensina II que desempenhará suas várias funções. A aldosterona que é liberada em decorrência da grande quantidade de angiotensina II atua nas células principais do ducto coletor e secundariamente no ramo ascendente da alça de Henle . SISTEMA DIGESTÓRIO (SEGMENTO SUPERIOR) O segmento digestório superior trata-se de um tubo muscular oco que se estende da boca até o estômago, sendo a parte onde ocorre a digestão e a deglutição. Do esôfago ao intestino grosso, ocorre a formação do tubo digestório. BOCA A boca apresenta como funções a ingestão do alimento, a mastigação (deterioramento por força mecânica), lubrificação do alimento (saliva), deglutição e digestão parcial (amilase e lipase lingual). Dividida em lábios (região cutânea – TEREPQ, região vermelha -TEREPQ c/papilas dérmicas altas, região mucosa oral – TEREP) gengiva (TEREPQ – se adere ao periósteo por fibras colágenas), palato duro (TEREPQ), palato mole (TEREPÑQ – glândulas submucosa), língua e dentes. A língua é um órgão que nos seus 2/3 anteriores são de fibras musculares e no 1/3 anterior tecido linfoide. Revestida de TEREPQ na superfície dorsal e Não Queratinizado na superfície ventral. Projeções de tecido conjuntivo da altamente vascularizado forma as papila linguais: filiformes (cônicas e estreitas), fungiformes (cogumelo), foliadas (forma folha) e circunvaladas (localizadas na região do sulco terminal, sendo que glândulas de Von Ebner se abrem no sulco das mesmas promovendo a limpeza). A estrutura sensorial das papilas é o corpúsculo gustativo formado a partir das células receptoras gustativas, células de sustentação e células basais precursoras. Papilas filiformes não têm corpúsculos gustativos. O paladar é determinado pela ação de gustantes que se ligam as subunidades da proteínas G (gusducina) ligada aos receptores Tr1 e Tr2 que causa despolarização e ativação de neurotransmissores. O dente é um órgão que em adultos apresentam-se em número de 32. Segmentados em raiz, colo e coroa, apresentam na área da coroa uma estrutura de esmalte (hidroxiapatita) produzida pelos ameloblastos (células de origem ectodérmica que desaparecem em adultos); na região da raiz, inserida ao ligamento periodontal (inserção ao processo alveolar por fibras colágenas) encontra-se o cemento (estrutura semelhante ao osso mineralizado que é produzida pelos cementoblastos – derivados de mesênquima). Dentro do osso é encontrada a polpa dentária (vasos linfáticos, nervos, linfáticos, fibroblastos e matriz- vasos passam pelo forame apical do dente) na cavidade pulpar. Na periferia da cavidade pulpar são encontrados os odontoblastos – células produtoras de dentina derivadas de crista neural – que formam uma camada de dentina (colágeno do tipo I , hidroxiapatita e água). ORGANIZAÇÃO GERAL TUBO DIGESTÓRIO O tubo digestório, organiza-se de uma maneira homogênea em quatro camadas. A primeira a mucosa (Epitélio, lâmina própria, muscular da mucosa), submucosa (conjuntivo denso não modelado), muscular (camada circular interna e longitudinal externa) e serosa ou adventícia. Microcirculação: Composta por um plexo subseroso, um plexo intramuscular e um plexo submucoso. Arteríolas derivadas do plexo submucoso suprem os capilares fenestrados da camada mucosa. Capilares fenestrados têm importância clínica de distribuírem na mucosa o íon HCO3 que proteger do HCl. Inervação: O sistema digestório tem inervação do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático – componente extrínseco - e pelo componente extrínseco: o plexo submucoso de Meissener e o plexo mioentérico de Auerbach. O plexo submucoso estimula a liberação da atividade secretora de glândulas da submucosa e da mucosa e as reacomodações da mucosa, enquanto que o plexo mioentérico estimula as contrações peristálticas. ESÔFAGO Trata-se de um tubo que conecta a orofaringe ao estômago passando pelo hiato esofágico. A camada mucosa é composta por TEREPÑQ, lâmina própria (glândulas tubulares cárdicas esofágicas produtoras de muco) e a camada muscular da mucosa (ausente no terço proximal e só se inicia no terço médio); camada submucosa são encontradas as glândulas tubulosas da submucosa (ácinos mucosos e células serosas - lisozima) que através de um único duto se comunicam com a luz; muscular da mucosa que no terço proximal apresenta músculo estriado esquelético, no terço médio apresenta músculo liso e estriado e no terço distal apresentamúsculo liso somente; na porção inferior ao diafragma recoberto por serosa e superiormente por adventícia. Superiormente, o esôfago apresenta o esfincter anatômico cricofaríngeo e inferiormente apresenta o esfincter fisiológico gastroesofágico. ESTÔMAGO Órgão que se inicia no esfincter gastroesofágico até o início do duodeno. Dividido anatomicamente em cardia, fundo, corpo e antro pilórico, histologicamente é dividido em cardia, corpo e fundo e no piloro. A camada muscular desenvolve uma camada oblíqua interna, além das camadas circular média e a longitudinal externa. Apresenta através de evaginações da mucosa e submucosa rugas. Região cárdica: Em sua mucosa são encontrados as glândulas cárdicas que são responsáveis pela produção de muco alcalino. As glândulas cárdicas são tubulosas enoveladas, possuem fosseta curta e porção secretora longa e enovelada. Região fúndica: As glândulas da mucosa são formadas a partir da invaginação do epitélio, classificadas em simples tubulares são as principais produtoras do suco gástrico. Divididas em istmo, corpo e base. No istmo são encontradas as células mucosas do colo (produtoras de muco) e células mitoticamente ativas. No corpo são encontradas as células oxínticas (parietais) – que liberam H+ e Cl- na luz estomacal para produção de HCl e de fator intrínseco que se liga a vitamina B12 para que ela seja absorvida no intestino. Células parietais são ricas em mitocôndrias, um canalículo intracelular e um sistema túbulo vesicular. São encontradas também as células principais que possuem vesículas de zimogênio na sua parte apical que possuem o pepsinogênio que quando liberado no lúmen estomacal se transforma em pepsina. Na região do fundo, são encontradas células principais e células gastroenteroendócrinas (produtoras de grelina). Região pilórica: São encontradas glândulas pilóricas que possuem a fosseta longa e possuem um lúmen maior que se ramifica várias vezes, geralmente na porção basal da parte excretora. Possui células mucosas que além de muco também secretam grânulos de lisozima e células gastroenteroendócrinas produtoras principalmente de gastrina e de somastotina, pelas células G e D, respectivamente. *TODAS AS GLÂNDULAS PODEM APRESENTAR TODOS OS TIPOS CELULARES, TODAVIA EM MENOR QUANTIDADE. *H pylori → bactéria que reside no antro pilórico que podem produzir amônia para aumentar o pH local e conseguir se manter vivas dentro do estômago aderidas a camada de muco. CÉLULAS GASTROENTEROENDÓCRINAS São células que fazem parte do sistema neuroendócrino difuso que são responsáveis por controlar as funções do sistema digestório. Os hormônios produzidos são: A) Secretina → produzida nas glândulas de Lieberkhun duodenais (células S) que estimula a liberação de bicarbonato pelas glândulas duodenais de Brunner e pelo pâncreas (ducto intercalar). Também inibe a liberação de gastrina e estimula liberação de pepsinogênio. B) Gastrina → células G do piloro para estimular produção de HCl e renovação tecidual da mucosa. C) Somastotina → produzida pelas células D do piloro ibibem a liberação de gastrina. D) Colecistoquinina → produzida no duodeno, células I, estimula contração vesícula biliar, a abertura do esfincter de Oddi e a secreção de zimogênios pelo pâncreas exócrino. E) Grelina → produzida no fundo do estômago, estimula secreção de hormônio de crescimento e desencadeia a sensação de fome no jejum. SEGMENTO DIGESTÓRIO INFERIOR INTESTINO DELGADO Tubo que conecta o estômago ao duodeno. O intestino delgado possui quatro níveis de pregueamento para aumentar a área de absorção, pois o mesmo desempenha função de absorção e de finalização da digestão. Recebe as secreções pancreáticas (secreções com enzimas) e a bile do fígado através do ducto pancreático e do ducto colédoco que convergem na área do esfincter de Oddi. O primeiro nível de pregueamento se dá através da projeção de mucosa e submucosa formando as as pregas circulares, o segundo nível são das vilosidades intestinais (projeções da mucosa), o terceiro nível são as invaginações da camada mucosa formando as Criptas de Lieberkhun e o quarto são as microvilosidades no domínio apical da célula. Além dessa característica, o plexo submucoso dá origem ao plexo capilar dos vilos e ao plexo capilar pericriptal e o duodeno apresenta uma adventícia enquanto o restante apresenta uma serosa. Dividido histologicamente em duodeno (glândulas de Brunner da submucosa – secreção alcalina – , vilos largos e curtos, pequena serosa e extensa adventícia.), jejuno (não apresenta glândulas de Brunner nem Placas de Peyer, mas pode apresentar nódulos linfoides esparsos, apresenta células de Paneth) e íleo (apresenta placas de Peyer, não apresenta glândulas de Brunner e possui células de Paneth) Mucosa intestinal: Apresenta 4 tipos celulares distintos: A) Enterócitos → São células epiteliais que apresentam no domínio apical uma borda estriada formada pelos microvilos que possuem na porção intramembranar enzimas lactase, maltase e sacarase. Responsáveis por endocitar os conteúdos da luz intestinal B) Células caliciformes → São células em formato de cilíndrico que são responsáveis por produzir um muco alcalino para neutralizar o quimo ácido e formar uma barreira protetora de epitélio da abrasão mecânica e da invasão bacteriana. C) Enteroendócrinas → encontradas na base das criptas de Lieberkhun são responsáveis pela produção dos hormônios peptídicos colecistoquinina, secretina e hormônio insulinotrópico D) Células de Paneth → Encontradas no jejuno e íleo, atuam na defesa do intestino através da liberação do conteúdo de seus grânulos – lisozima, fator de necrose tumoral alfa e defensinas. Defesa intestinal: A defesa intestinal é desempenhada pelas Placas de Peyer (agregados de nódulos linfoides) que se dispõem no formato de uma cúpula periférica com dímeros de imunoglobulina, exceto D e células B e uma zona proliferativa central composta de linfócitos T e B. Células epiteliais do tipo M (possuem micropregas, realizam a endocitose de antígenos através de vesículas que serão transportadas até o meio intracelular aonde o antígeno será apresentado ao folículo linfoide) e células dendríticas que emitem prolongamentos que passam pelas junções de oclusão das células epiteliais. Além das placas de Peyer, é possível encontrar ainda os dímeros de IgA liberados na secreção da saliva, da secreção pancreática. Ocorrem mastócitos na lâmina basal que também se encontram com os neutrófilos, mastócitos e macrófagos. INTESTINO GROSSO Composto por um TERESCil com células caliciformes apresenta uma quantidade de glândulas intestinais muito maior. Dividido anatomicamente em ceco, do qual sai o apêndice, os colos ascendente, transverso e descendente, o colo sigmoide, o reto e o ânus. Especializado na absorção de água e íons. Na lâmina própria podem apresentar folículos linfoides que penetram na submucosa. A camada longitudinal externa forma as tênias do colo que em lugares específicos forma as haustrações do intestino grosso. A serosa apresenta os apêndices epiploicos (sacos esparsos de gordura). O apêndice é um divertículo do ceco que apresenta a mesma configuração morfológica do restante do tubo digestivo, mas apresenta como característica marcante o tecido linfoide e os linfócitos que se infiltram na lâmina basal. O retoé a porção final do trato intestinal e consiste no reto propriamente dito (porção superior) e no reto superior do canal anal (parte inferior). A mucosa do reto é mais espessa e apresenta veias proeminentes e criptas de Lieberkhun mais longas que desaparecem ao nível do canal anal (onde a serosa é substituída por uma adventícia). O canal anal se estende da junção anorretal até o ânus. Apresenta as colunas anais longitudinais que têm sua base na linha pectinada que são conectadas por valvas. Seios anais (aberturas) são encontrados atrás das valvas por onde sai a secreção das glândulas mucosas anais. Após a linha pectinada o TERSCIL passa a ser TEREPÑQ e enquanto a camada circular interna no ânus forma o esfincter interno do ânus (involuntário) a camada longitudinal externa se insere em tecido conjuntivo. Abaixo daí a mucosa apresenta característica de epiderme (queratinizada). Esfincter anal externo é músculo estriado esquelético. GLÂNDULAS DIGESTÓRIAS GLÂNDULAS SALIVARES Ductos: intercalar → estriado → intralobular → interlobular → lobar → principal TERSPavCub TERSCubCil TERCubCil TERPSCil TERECil TERECil Ducto estriado possui invaginações na membrana plasmática no domínio basal de maneira que haja um grande acúmulo de mitocôndrias que causam o aparecimento de estriações Células mioepitelias Saliva: Produzida pelas gândulas salivares e composta de proteínas, glicoproteínas, IgA, íons e água. Nos ácinos ocorre a entrada dos íons Na e Cl e de H2O na luz, ácinos mucosos secretam glicoproteínas e ácinos serosos secretam enzimas, lactoferrina e cistatinas, enquanto os plasmócitos secretam IgA. Nos ductos estriados, as células da parede do ducto são responsáveis por reabsorver os íons Na e Cl e água e secretar o íon bicarbonato e a calicreína. Funções → Cobrir e lubrificar membranas mucosas 2) Limpeza mecânica; 3) Manutenção da neutralidade da cavidade bucal; 4) Manutenção da estrutura dental através de eletrólitos (Ca2+); 5) Atividade antimicrobiana; 6) Solvente para alimentos estimulando o paladar; 7) Digestão; 8) Facilitar fala. GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES A) Parótida: Encontrada medialmente a mandíbula, é responsável pela produção de 25 % da saliva e é composta de ácinos serosos compostos. Inervada pelo sistema nervoso autonômo simpático é responsável pela produção de uma saliva mais rica em proteínas (amilase). A glândula possui os ductos estriados e o ducto intercalar muito desenvolvidos. Pode ser acometida pelo vírus da caxumba e ter inchaço. Envolta por cápsula de conjuntivo denso. Ducto principal se abre na altura do segundo molar superior. B) Submandibular: Trata-se de uma glândula tubulo-acinosa composta que é responsável pela produção de 70% da saliva. Inervada pelo sistema nervoso autonômo parassimpático, produz uma saliva mais aquosa. Há predomínio dos ácinos serosos que formam a semilua serosa que comunica-se com o lumen através dos canalículos secretores intercelulares . Ductos intercalares são menores do que os ductos estriados e o ducto excretor se abre próximo ao freio da língua. C) Sublingual: Não possui capsula de tecido conjuntivo definida, mas o tecido conjuntivo a divide em lobos que possuem seu próprio ducto excretor. Trata-se de uma glândula tubuloacinosa composta e os ácinos mucosos são mais abundantes. Ductos intecalares e estriados menos desenvolvidos. O conteúdo excretado ajuda na formação da película de saliva. PÂNCREAS O pâncreas é encontrado no abdome (póstero-superior) e é segmentado em cabeça, colo, corpo e cauda. Trata-se de uma glândula mista, onde a função exócrina é desempenhada pelos ácinos pancreáticos (função serosa). A secreção exócrina do pâncreas é excretada no duodeno através do ducto pancreático principal que se estende da cauda até a cabeça, sendo que se une com o ducto colédoco e se abre no duodeno na ampola de Vater que mantêm-se naturalmente fechada pelo esfincter de Oddi (músculo liso). O pâncreas possui organização histológica semelhante a das glândulas uma vez que é envolto por conjuntivo (mas não uma capsula). Os ductos intercalares são continuos com as células centroacinosas, os ductos intercalares convergem para os ductos interlobulares (TERSCil) onde são encontradas células caliciformes e células enteroendócrinas e posteriormente os ductos interlobulares formam o ducto interlobar formam o ducto principal. Ácinos pancreáticos: Os ácinos pancreáticos são formados por células piramidais unidas no domínio apical por complexos juncionais para evitar o refluxo dos conteúdos dos grânulos de zimogênio liberado na luz do ducto intercalar. A colecistoquinina estimula a liberação de grânulos de zimogênio. Quando quimo chega no duodeno secretina é liberada e estimula a liberação de íons HCO3 e água pelos ductos intercalares do pâncreas. Quando proenzimas são ativadas no pâncreas antes de chegarem no duodeno, as mesmas podem ter caráter danoso causando pancreatite. O conteúdo de secreção depende portanto da dieta da pessoa. Dessa forma, se a pessoa tem uma dieta rica em proteínas a secreção será de proteases e se for de carboidratos de amilases. Ilhotas de Langerhans: Parte endócrina do pâncreas que é responsável pela produção de hormônios que controlam a glicemia. Células do tipo alfa produzem glucagon e células do tipo beta produzem insulina FÍGADO Maior glândula do corpo humano que possui quatro lobos que é envolto por uma cápsula de fibras colágenas e elásticas recoberta pelo peritônio. A vascularização é realizada por ramos da a.hepática e da v.porta. O sangue flui da região do vértice da ideia de lóbulo portal clássico pelos capilares sinusoides até a veia centrolobular. Ductos hepáticos direito e esquerdo formam o ducto hepático comum que torna-se o ducto biliar comum após a emissão do ducto cístico (vesícula biliar) Vascularização: *v.porta → v.interlobar → v.interlobular → sinusoide → veia sublobular → v. coletora → v.hepática *A.hepática → a.interlobar → a.interlobular → sinusoide *ducto biliar → ducto biliar intra hepático → ductos hepáticos D e E. Lóbulo Hepático: Trata-se da unidade funcional e estrutural do fígado que é formada por placas de hepatócitos que têm entre si um capilar fenestrado e que possuem em seu centro uma veia centrolobular responsável por drenar o sangue proveniente dos vasos da tríade portal – localizada nos vértices da lobulação clássica - (ramo da a.hepática e da v.porta), sendo que além disso, a bile produzida pelos hepatócitos flui no sentido oposto, através de canalículos biliares que levam-na até o ducto biliar da tríade portal. A) Lóbulo clássico → Formato hexagonal ou poligonal onde encontra-se uma tríade portal nos vértices e uma veia centrolobular no centro. B) Lóbulo portal → Tríade portal é o eixo central e os vértices se dão através de veias centrolobulares, sendo que a área corresponde a área de drenagem de um ducto coletor. C) Ácino hepático → Determinado por ramo terminal da a.hepática e forma zonas de gradiente (I,II e III) do gradiente de concentração de oxigênio e nutrientes. Hepatócito: São células de função endócrina e exócrina que se associam formando placas que são separadas da tríade portal pela placa limitante de hepatócitos e dos vasos sanguíneos pelo espaço perissinuisoidal de Disse. No domínio basolateral, voltado para o espaço de Disse (contínuo com o espaço de Mall, drenado por um linfático) ocorre absorção de substância advindas do sangue e secreção de proteínas plasmáticas relacionadas a coagulação. No domínio apical ocorre a delimitação do canalículo biliar, por onde é secretada a bile. Hepatócito possui um REL que realiza funções de síntese de colesterol e sais biliares, conjugação da bilirrubina,de esteroide e de drogas, glicogenólise, esterificação de ácidos graxos, remoção de iodeto de hormônios tireoideanos; possui um Complexo de Golgi desenvolvido e vesículas lisossomais que armazenam ferro. Espaço perissinusoidal de Disse: Separa as placas de hepatócitos do capilar sinusoide. No seu endotélio possui células endoteliais fenestradas e as células de Kupffer (derivadas de monócitos que realizam fagocitose). Possui ainda, as células perissinusoidais de Ito que são de origem mesenquimal e estão relacionadas ao armazenamento e liberação de retinoides, produção e renovação de matriz e regulação do fluxo sanguíneo dos capilares sinusoides. Bile: Produzida por compostos orgânicos e inorgânicos que possui cinco funções principais: excreção de colesterol, sais biliares, bilirrubina e eletrólitos, contribuição para absorção de gorduras no lúmen intestinal, transporte de Ig A, excreção de produtos metabólicos externos e inibição do crescimento de bactérias através de sais biliares. Armazenada na vesícula biliar através do ducto cístico, sua composição orgânica trata-se dos ácidos biliares (fosfolipídios, colesterol, pigmentos biliares e bilirrubina) e inorgânicos são os íons Na+, Cl- e HCO3-. Grande parte dos ácidos biliares liberados no duodeno são reabsorvidos (circulação entero-hepática), sendo que a secretina estimula a liberação de mais bicarbonato pelas células epiteliais do ducto biliar na bile. *Heme→biliverdina→bilirrubina livre(albumina)→bilirrubina-ligandina→bilirrubina conjugada →bilirrubina livre→urobilinogênio VESÍCULA BILIAR A vesícula biliar é formada por uma túnica mucosa, uma túnica muscular e uma adventícia desempenhando função principal de armazenamento, concentração e liberação da bile.
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