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resumo epidemiologia basica

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Epidemiologia
Objetivos: Verficiar as definições; conhecer a perspectiva histórica; entender as áreas temáticas.
Epidemiologia: do grego, aquele que visita + Epi: sobre + Demos: povo + Logos: palavra/ discurso/ estudo. Etimologicamente: ciência do que ocorre com o povo
Definições através do tempo:
 a epidemiologia e o campo da ciência medica preocupado com o inter-relacionamento de vários fatores e condições que determinam a frequência e a distribuição do processo infeccioso, uma doença ou um estado fisiológico em uma comunidade humana. (Maxcy, 1951)
A epidemiologia é o estudo da distribuição e dos determinantes da frequência de doença do homem. (MacMAHON; PUGH, 1970)
A epidemiologia é uma maneira de aprender a fazer perguntas e colher respostas que levam a novas perguntas. Empregada no campo da saúde e doença das populações. É a ciência básica da medicina preventiva e comunitária, sendo aplicada a uma variedade de problemas, tanto de serviços de saúde como de saúde. (Morris, 1975)
A epidemiologia é o campo da ciência que trata dos vários fatores e condições que determinam a ocorrência e a distribuição de saúde, doença, defeito, incapacidade e morte entre os grupos de indivíduos. (Leavell; Clark, 1976)
Ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde. (Pereira, 1995)
Perspectiva histórica: A busca pelas raízes da epidemiologia confunde-se com a historia da medicina e com a própria evolução das teorias sobre as causas das doenças. O conhecimento do passado é essencial para compreender a situação atual (Pereira, 1995).
Até o sec. XIX
Hipócrates: 460 a.C. – 377 a.C.
Medico grego que dominou o pensamento medico da sua época e dos séculos seguintes. Analisava as doenças com bases racionais, afastando-se do sobrenatural. Doença = produto da relação individuo x ambiente.
Hipócrates (a.C. 460 a 377 a.C.), o pai da Medicina, é considerado o precursor da Epidemiologia, devido aos seus relatos sobre as epidemias. Hipócrates não se limitava a analisar o paciente em si, mas possuía uma visão holística demonstrando antecipadamente um raciocínio epidemiológico. Analisava as doenças de forma racional como produtos da relação dos indivíduos com o ambiente e com a maneira de viver. No tratado  de Ares, águas e lugares, um dos mais antigos do corpus hippocraticum, Hipócrates discutiu os fatores ambientais ligados às doenças, defendendo um conceito ecológico de saúde-doença. Daí surgia a Teoria Miasmática, que sustentava a ideia de que regiões insalubres eram capazes de provocar doenças.
Galeno 138 – 201
Médico e filósofo: investigador talentoso. Roma antiga. Preservação dos ensinamentos hipocráticos. Teoria dos miasmas ( etimologia: malária)
John Graunt (1620 – 1674)
Demógrafo britânico.Tratado (1962): tabelas mortuárias de Londres. Prematuridade e raquitismo x crianças nascidas vivas e mortas antes dos 6 anos de idade. Mortalidade por sexo e região. Pai da demografia ou das estatísticas vitais.
O século XIX : A europa era o centro das ciências; revolução industrial; importantes correntes filosóficas e políticas; revolução francesa; movimentos politico-sociais; influencia sobre as pessoas e ideias; epidemias de cólera, febre tifoide e febre amarela; teoria miasmática x teoria dos germes
Pierre Louis (1787 – 1872)
Introduziu e divulgou o método estatístico na investigação clinica de doenças. Estudos clínico-patologicos sobre febre tifoide
Louis Villermé (1782 – 1863)
Investigou a pobreza, condições de trabalho e suas repercussões para a saúde.Situação socioeconômica mortalidade. Estudos sobre a etiologia social das doenças
William Farr (1807 – 1863)
Descreveu as leis das epidemias ascensão rápida no inicio, elevação lenta ate o ápice e uma queda mais rápida. Lei de Farr. Coleta e analise sistemática das estatísticas de mortalidade na Inglaterra e País de Gales. Pai da estatística vital e da vigilância.
John Snow (1813 – 1858)
Medico inglês, sanitarista e pioneiro na adoção de anestesia. Um dos pais da epidemiologia moderna. Trabalho de traçar a origem de um surto de cólera
Louis Pasteur (1822- 1895)
Pai da bacteriologia. Microbiologia: isolou numerosas bactérias e fez trabalhos pioneiros de imunologia. Criação da primeira vacina contra a raiva.
Primeira metade do sec. XX: influencia da microbiologia. Saneamento ambiental, vetores e reservatórios de agentes; ecologia – teoria multicausal das doenças; epidemiologia nutricional (Ex: takaki e a prevenção do beribéri (1884))
Oswaldo Cruz (1872 – 1917)
Pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no brasil. Medico, epidemiologista. Fundação da FIOCRUZ.
Segunda metade do século XX tríplice carga de doenças: Ênfase das pesquisas; determinação das condições de saúde da população; investigações etiológicas; avaliação de intervenções
Situação atual da epidemiologia:
Características:
-rigor metodológico
-imparcialidade na verificação de eventos
-sofisticação do planejamento das intervenções
-análise estatística em computador
Pilares atuais:
- ciências biológicas descrever e classificar as doenças (clínica, patologia, microbiologia e imunologia)
-ciências sociais compreender a determinação social da doença (sociologia, antropologia, demografia, psicologia e economia)
-estatística quantificar as informações de saúde e sua interpretação. Em associação com a informática.
Tríade, A ciência epidemiológica é formada por três elementos :
Clínica Médica: Trata dos saberes sobre saúde e doença.
Estatística: Trata das diretrizes metodológicas quantitativas.
Medicina Social: Trata das práticas de transformação da sociedade. 
 Especificidade da epidemiologia:
Fornecer os conceitos, raciocínio e as técnicas para estudos populacionais, no campo da saúde.
Como a doença se distribui segundo as características das pessoas, lugares e épocas consideradas?
Que fatores estão relacionados a ocorrência da doença e sua distribuição na população?
Que medidas devem ser tomadas a fim de prevenir e controlar a doença?
Qual o impacto das ações de prevenção e controle sobre a distribuição da doença?
áreas temáticas da epidemiologia
doenças infecciosas e enfermidades carenciais
doenças crônico-degenerativas e outros danos a saúde
os serviços de saúde (cobertura e qualidade dos serviços)
epidemiologia ambiental e ocupacional
epidemiologia do adolescente, idoso, mulher
epidemiologia comunitária ou hospitalar
epidemiologia clinica ou social.....
usos da epidemiologia
diagnostico da situação de saúde
investigação etiológica
determinação de riscos
aprimoramento na descrição do quadro clinico
determinação de prognósticos
identificação de síndromes e classificação de doenças
verificação do valor de procedimentos diagnósticos
planejamento e organização de serviços
avaliação de tecnologias, programas ou serviços
analise critica de trabalhos científicos
usuários da epidemiologia
sanitarista
planejador
epidemiologista pesquisador ou professor
clínico
Processo de saúde e doença
Objetivos: conceituar saúde e doença; conhecer a historia natural da doença; identificar os níveis de prevenção.
INTRODUÇÃO
A doença é um processo biológico mais antigo que o homem. Antiga como a própria vida pois é um atributo dela. 
Um organismo vivo é uma entidade lábil em um mundo de fluxo e mudança.
A doença e a saúde são aspectos dessa instabilidade onipresente e expressões das relações mutáveis entre os vários componentes do corpo e entre o corpo e o ambiente externo no qual ele existe.
CONCEITO DE SAUDE E DOENÇA
A difícil conceituação levou a muitas tentativas
Em cada período histórico é possível encontrar diferentes interpretações
Saúde
Já foi considerada uma espécie de silencio orgânico
Fisiologia: há um estado de harmonia e equilíbrio funcional em que os diversos sistemas e aparelhos não dão sinal de irregularidade
Problema: ponto de vista apenas individual e clinico, em detrimentodas dimensões mental e social
Dicionário: “é o estado do indivíduo cujas funções orgânicas, físicas e mentais se acham em situação normal”. 
OMS um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades".
O conceito de saúde reflete a conjuntura social econômica politica e cultural
Não representa a mesma coisa para todas as pessoas 
Depende: da época, do lugar, da classe social. De valores individuais, concepções científicas, religiosas, filosóficas. 
O mesmo pode ser dito das doenças. Aquilo que é considerado doença varia muito. 
Evidências: Doenças em fósseis demonstram que as enfermidades precederam o homem.
Doença
Primeira interpretação: introdução de maus espíritos no corpo
Causalidade na antiguidade – duas interpretações:
Vertente ontológica : O corpo como receptáculo de uma causa externa – natural ou sobrenatural. 
Vertente dinâmica doença vista como desequilíbrio entre os elementos que compõem o corpo humano, provocado por alguma alteração no ambiente físico. 
Idade média:
Peste flagelos para tombar a humanidade pecadora. Punição de deus.
Leprosos acusados de poluir poços – isolamento social
Renascimento:
Concebe-se a existência de partículas invisíveis responsáveis pela produção de doenças e que atingem os homens de diferentes maneiras.
Teoria miasmática hegemônica ate o aparecimento da bacteriologia 
Pós revolução francesa (final do século XIX)
Concepção da causalidade social das doenças
Medicina social o pensamento sobre as concepções de saúde e doença é histórica e socialmente compartilhado. Reflete as condições e contradições presentes na sociedade (participação dos pensadores Virchow e Neumann).
História natural da doença
Prevenção se faz com base no conhecimento da historia natural da doença
Conjunto de processos interativos compreendendo as inter-relacoes do agente, suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seus desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estimulo patológico.
Desenvolvimento em dois períodos sequenciados
Epidemiológico o interesse é dirigido para as relações suscetível-ambiente
Patológico interessam as modificações que se passam no organismo vivo
Período pré-patogenese
Evolução das inter-relacoes dinâmicas que envolvem: condicionantes sociais e ambientais + fatores próprios do suscetível = instalação da doença.
Podem ocorrer situações que vão desde um mínimo risco até o risco máximo, dependendo dos fatores presentes e da forma como estes fatores se estruturam.
Ex: Cólera
Fatores sociais: 
Socioeconômicos associação inversa entre capacidade econômica e probabilidade de adquirir doença
Os pobres são de duas a três vezes mais propensos a enfermidades graves; permanecem doentes mais amiúde; morrem mais jovens; procriam crianças de baixo peso em maior proporção; sua taxa de mortalidade infantil é mais elevada 
Sociopolíticos são indissociáveis da totalidade que os condiciona: instrumentação jurídico-legal, decisão politica, higidez politica, participação consentida e valorização da cidadania, participação comunitária efetivamente exercida, transparência das ações e acesso à informação.
Socioculturais preconceitos e hábitos culturais, crendices e comportamentos e valores: passividade diante da incopetencia ou má fé (poder), alienação em relação aos direitos e deveres da cidadania, transferência da responsabilidade pessoal pelo social (polítcos), participação passiva como beneficiários do Estado, incapacidade de se organizar para reinvindicar.
Psicossociais estímulos de influencia sobre o psiquismo humano, com consequências somáticas e mentais danosas: marginalidade, ausência de relações parentais estáveis, desconexão em relação à cultura de origem; falta de apoio no contexto social em que se vive; condições de trabalho extenuantes ou estressantes; promiscuidade; transtornos econômicos, sociais ou pessoais; falta de cuidados maternos na infância; carência afetiva de ordem geral; competição desenfreada; agressividade vigente nos grandes centros urbanos; desemprego.
Fatores ambientais: 
Ambiente conjunto de todos os fatores que mantem relações interativas com o agente etiológico e o suscetível
Fatores genéticos determinam a maior ou menor suscetibilidade das pessoas quanto à aquisição de doenças
Multifatorialidade ao se considerar as condições para que a doença tenha inicio em um individuo suscetível, é necessário ter-se em conta que nenhuma delas será por si só suficiente.
Período de patogênese
A história natural da doença tem seguimento com a sua implantação e a evolução do homem. São considerados 4 níveis de evolução no período de patogênese:
Interação estímulo-suscetível
Alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas
Sinais e sintomas
Defeitos permanentes, cronicidade
Níveis de prevenção
A epidemiologia é a ciência que estabelece ou indica e avalia os métodos e processos usados pela saúde pública para prevenir as doenças. Trata-se do suporte cientifico básico das ações de saúde coletiva.
Prevenir é prever antes que algo aconteça, ou mesmo cuidar para que não aconteça. Prevenção em saúde publica é a ação antecipada tendo por objetivo interceptar ou anular a evolução de uma doença.
Prevenção primária
Promoção da saúde: é feita através de medidas de ordem geral, como moradia adequada, escolas, áreas de lazer, alimentação adequada, educação em todos os níveis.
Proteção específica: imunização, saúde ocupacional, higiene pessoal e do lar, proteção contra acidentes, aconselhamento genético, controle dos vetores.
Prevenção secundária
Diagnóstico precoce: inquérito para a descoberta de casos na comunidade, exames periódicos e individuais para detecção precoce de casos, isolamento para evitar a propagação de doenças e tratamento para evitar a progressão da doença.
Limitação da incapacidade: evitar futuras complicações e sequelas
Prevenção terciária: Reabilitação (impedir a incapacidade total), fisioterapia, terapia ocupacional, emprego para o reabilitado.
Sistemas de informações em saúde e fontes de dados epidemiológicos
Objetivos: conhecer os principais sistemas de informação em saúde, utilizar diferentes fontes de dados de relevância epidemiológica, identificar declarações e atestados pertinentes ao setor de saúde.
A informação é essencial para a tomada de decisões a partir da situação de saúde (perfil de morbidade, mortalidade e transição demográfica). Os sistemas de informação contribuem com os meios para a construção do conhecimento sobre a situação de saúde. O trabalho com informações é uma atividade meio que apoia os processos de gestão e de atenção à saúde, sendo subsídios para o exercício de funções gestoras.
O conhecimento sobre a situação de saúde baseado em informações é essencial para estabelecer prioridades, alocar e gerir recursos de forma direcionada, modificar positivamente as condições de saúde da população. 
A larga utilização dos recursos de processamento eletrônico de dados é também um desafio para os profissionais, que necessitam conhecer e fazer o melhor uso dos recursos tecnológicos.
Elementos do sistema de informação: dados (base) + informação + conhecimento (ápice).
Dado é a expressão comum de um valor quantitativo ainda não trabalhado. Necessita de consolidação, análise e interpretação coerentes. Uma vez submetido aos métodos de consolidação e de cálculo de erro ou de variação, passa a ser considerado um dado estatístico.
Informação é a descrição de uma situação real associada a um referencial explicativo sistemático. Nem sempre resulta da quantificação de eventos. A utilização de dados para compor um modulo de informação requer que se estabeleça uma finalidade ou que se formule uma hipótese a ser verificada e testada. Informações de natureza qualitativa são: registros, relatos sobre os eventos e condições relacionadas, opiniões e expressões de percepções.
Informação em saúde: é a representação da realidade segundo as referencias dos campos de saber em saúde (clinica, epidemiologia,áreas básicas ou aplicadas, operacionais ou profissionais em saúde). Tem como função descrever, explicar ou entender situações e problemas.
O sistema de informação em saúde (SIS): conjunto de componentes integrados e articulados que atua com o propósito de obter e selecionar dados e tansformá-los em informação, com mecanismos e práticas próprios.
Tem como função respaldar a operação diária e a gestão da atenção a saúde, contribuir para conhece e monitorizar o estado de saúde da população e as condições socioambientais, facilitar o planejamento a supervisão e o controle de ações e serviços, subsidiar os processos decisórios nos diversos níveis de decisão e ação, apoiar a produção e utilização de serviços de saúde, disponibilizar informações para as atividades de diagnostico e tratamento, contribuir para monitorar e avaliar as intervenções e seus resultados e impactos, subsidiar a educação e a promoção de saúde, apoiar as atividades de pesquisa e produção de conhecimentos.
A qualidade na padronização e cobertura dos dados inicia com a coleta primaria e depende do correto preenchimento dos instrumentos, como fichas, prontuários clínicos e formulários de cadastramento. 
As informações podem ser classificadas de acordo com sua aplicação:
Caráter clínico atenção individual
Condições ferais de vida e características profissionais demográficas, socioeconômicas e ambientais
Administrativa recursos humanos, infra-estrutura física e recursos financeiros
Epidemiológica
Fontes de dados epidemiológicos são informações que dizem respeito a eventos vitais de nascimento e morte; população que deu origem a esses eventos,; classificações que caracterizam essa população como idade, sexo, estado civil e migração; eventos que podem ocorrer aos indivíduos e que são relacionados a saúde, como acidentes, doenças e condições ambientais....
É antigo o interesse das sociedades em registrar os acontecimentos de importância para sua preservação. Nascimentos, óbitos, casamentos e migrações eram registrados desde tempos passados em igrejas. O interesse na contabilidade social de quantos nascem, morrem e permanecem vivos gerou censos demográficos com objetivos até mesmo militares. Tradicionalmente, os dados dos cartórios eram encaminhados por forca de lei ao IBGE, mas pela natureza dos documentos eram inadequados para os objetivos dos estudos em saúde, evidenciando a falta de um sistema de informações voltado para a saúde.
O grupo de estatísticas vitais do ministério da saúde (GEVIMS) estabelecu as bases para a padronização de declaração de óbito e implantou o DO em nível nacional como base no sistema de informações de mortalidade (SIM).
Sistema de Informações de Mortalidade – SIM (1975-79) ; Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC (1990) ; Sistema de Informações de Agravos de Notificação – SINAN (1976 – 1993) (CENEPI) ;Sistema do Programa Nacional de Imunizações – SI-PNI (1993) ; Sistema de Informações Hospitalares – SIH-SUS (1976-1990); AIH ;Sistema de Informações Ambulatoriais – SIA-SUS (1991);Boletim de produção Ambulatorial (BPO);Sistema Nacional de Atenção Básica – SIAB (1998);PACS e equipes de PSF (ESF)
As secretarias municipais de saúde tem como função gerenciar e operar os sistemas de informação nacional através do departamento de informática do SUS (DATASUS), coletando, processando e disseminando informações sobre saúde.
Estudo descritivo
Descrição da distribuição de frequência das doenças e dos agravos à saúde coletiva, em função de variáveis relacionadas ao tempo, ao espaço – ambientais, geográficas e populacionais – e à pessoa, possibilitando o detalhamento do perfil epidemiológico (quadro de doenças e agravos), com vistas à promoção de saúde
Variável Pessoa
Características gerais: sexo e idade
Características familiares: estado civil, idade dos pais, posição de nascimento, morbidade familiar por causas específicas.
Características étnicas: raça, cultura e religião
Nível socioeconômico: renda, escolaridade, ocupação
Características endógenas: constituição física, resistência individual, estado fisiológico e estado nutricional
Estilo de vida: atividade física, lazer, tabagismo, etilismo, sedentarismo e hábitos alimentares
Variável tempo
Estudo em que a unidade de análise é uma fração de tempo, totalizando um conjunto de observações ordenadas em um tempo. Tem como objetivo a descrição do comportamento, predição e controle. Componentes: tendência, ciclos, sazonalidade e componente aleatório (irregularidades)
Tendência: análise das mudanças na frequência de uma doença por um longo período de tempo, geralmente décadas. Trata-se de uma avaliação de impacto. 
Tendência geral, secular ou histórica: as mudanças na frequência de doenças por longos períodos de tempo podem apresenta-se de forma estacionaria, ascendente ou descendente.
Ciclicidade: trata-se nos picos de frequência de uma doença ocorridos em um período maior que um ano. Ex: sarampo
Sazonalidade: Relação com as estações do ano. Variações na ocorrência de uma doença cujos ciclos coincidem com uma determinada estação do ano. Ex: picada de escorpião nos períodos chuvosos.
Irregularidades atípicas: trata-se de alterações inusitadas da ocorrência da doença ou inesperadas (não explicadas pelas demais componentes da série histórica). O monitoramento e o controle detectam precocemente mudanças na frequência das doenças
Variável espaço ou lugar
Considera como unidade de análise uma fração do espaço (bairro, floresta, área rural, pais, região). Ex: área rural – acidente ofídio.
Geográfica: podem ser ambientais, populacionais, variação urbano-rural e variação local.
Geopolíticas: são variáveis utilizadas em comparação a nível internacional. Usadas para monitorar o estado de saúde de a nação avaliar o progresso relativo no controle de doenças e na melhoria da qualidade de vida.
Político- Administrativa: A organização da República Federativa do Brasil, a partir de regiões e microrregiões (formadas por agregados de municípios tendo como um dos critérios a estrutura produtiva).

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