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PUCRS/FAENFI/ENFERMAGEM Disc. Enfermagem na Saúde da Criança Lactente Profa. Heloisa M.R.Bello setembro/ 2013 Imunização da Criança Lactente Objetivos Reconhecer a importância de vacinar. Revisitar o PNI. Revisar conceitos relativos à imunização. Estudar o calendário de vacinal da criança lactente. Programa Nacional de Imunizações PNI PNI 1973 foi criado o PNI; 1976 foi regulamentado. 1977 instiuido o primeiro calendário básico para menores de 1 ano de idade. 2006 instituido para todo territorio nacional os calendários de vacinação (criança, adolescente, adulto/idoso. Objetivo: controlar as doenças imunopreveníveis através de coberturas nacionais. FUNASA: • coordena o PNI e suas ações em caráter nacional, além da aquisição/conservação e distribuição dos imunobiológicos previsto no PNI. • Define normas e parâmetros técnicos com base na vigilância epidemiológica de doenças imunopreveníveis e no conhecimento técnico da área. http://www.funasa.gov.br Porque Vacinar!!!??? Objetivo da Imunização = reduzir a morbi/mortalidade por doenças imunopreveníveis. Lembrar sempre!!! Existem cuidados normatizados/ adequados antes, durante e após a administração de um imunobiológico. Devem ser seguidos para garantir sua ação com eficácia e possibilitar que o organismo crie defesas. Porque Vacinar!!!??? Beneficios individuais = proteção contra a doença sintomática, melhora da qualidade de vida e da produtividade individual e prevenção da mortalidade relacionada à doença. Beneficios sociais = criação e manutenção de imunidade coletiva contra doenças comuniçaveis, prevenção de surtos de doenças e redução nos custos do cuidado à saúde. Atualização do Calendário Vacinal Reeeelembrando!!!!!!! Imunização - conceitos O que vem a ser imunização ativa e imunização passiva? Imunização - conceitos Na imunização ativa, o indivíduo é estimulado a desenvolver defesa imunológica contra futuras exposições à doença (natural = infecção/doença e artificial = vacinas). Na imunização passiva, o indivíduo exposto ou em vias de se expor recebe anticorpos pré-formados de origem humana ou animal (natural = congênita/colostro,leite materno e artificial= soros/imunoglobulinas). Imunização - conceitos Imunobiológicos são produtos farmacológicos produzidos a partir de microrganismos vivos, seus subprodutos ou componentes são capazes de imunizar de forma ativa ou passiva. Vacinas são produtos farmacológicos que contêm agentes imunizantes capazes de induzir imunização ativa. Como podem ser os agentes imunizantes que compõem as vacinas? Imunização - conceitos Os agentes imunizantes que compõem as vacinas podem ser: vírus vivo atenuado (SABIN, Triviral, F.Amarela), vírus inativado (VIP) bactéria viva atenuada (BCG), bactéria inativada, toxoides ou componentes da estrutura bacteriana (antitetânica, antidiftérica) ou viral. PNI – situações especiais O que são CAMPANHAS? PNI – situações especiais O que são CAMPANHAS? São estratégias para controle de uma doença de forma intensiva ou para ampliação da cobertura vacinal. PNI – aplicação de vacinas É possivel vacinas serem aplicadas ao mesmo tempo, simultaneamente? PNI – aplicação de vacinas É possivel vacinas serem aplicadas ao mesmo tempo, simultaneamente? Sim!!! A administração conjunta é indicada, além de ser econômica e facilitar o esquema vacinal. PNI – aplicação de vacinas O que vem a ser: 1. Vacinação combinada? 2. Vacinação associada? 3. Vacinação simultânea? PNI – aplicação de vacinas 1. Vacinação combinada: 2 ou mais agentes em uma mesma preparação (DTP – difteria + tétano + coqueluche; MMR – sarampo + cachumba + rubéola 2. Vacinação associada: misturam-se vacinas nomomento da aplicação (DTP e Hib- haemophilus influenzae tipo b). Deve-se levar em conta o fabricante e estudos. 3. Vacinação simultânea: 2 ou mais vacinas são administradas em diferentes locais ao mesmo tempo ou por vias diferentes num mesmo atendimento (BCG- intradérmica + DTP + VIP ). PNI – aplicação de vacinas Para cada agente imunizante há uma via/local de aplicação recomendada. Consequências: menor proteção e maior probabilidade de eventos adversos. Quais a vias/locais utilizadas para a aplicação dos imunobiológicos? PNI – aplicação de vacinas Vias/locais utilizadas para a aplicação dos imunobiológicos: • IM (maior velocidade de absorção) = anterolateral da coxa em crianças menores de 1 ano ; deltóide. • SC (absorção mais lenta, eficiência da dosagem e assegurar absorção contínua) = face externa posterior do braço. • ID = BCG inserção inferior do músculo deltóide do braço direito. PNI – eventos adversos após vacinação Nenhuma vacina é totalmente isenta de riscos. Reações variam de acordo com as caracteristicas do produto e particularidades de cada pessoa. Os eventos devem ser notificados conforme previstos no PNI – Sistema Nacional de Vigilância em Eventos Adversos Manifestações são geralmente benignas e transitórias. Quais são as manifestações que devemos orientar para serem observadas após a vacinação? PNI – eventos adversos após vacinação Quais são as manifestações que devemos orientar para serem observadas após a vacinação? PNI – eventos adversos após vacinação Febre Dor no local da aplicação Hiperemia Presença de nódulos, úlceras Eventos adversos devem ser notificados!!! Google images PNI – CRIE Vacinas e Imunoglobulinas Especiais nos CRIE – Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais CRIE-HSP -Av. Bento Gonçalves, 3277 Fone: 39011400 – 3336-880 CRIE-HMIPV – Av. Independência , 661 Fone: 3289-3319 Hepatite B 1a dose ao nascer, até 12 horas de vida. Via administração: IM profunda no vasto lateral direito. Dose: 0,5 ml BCG – contra tuberculose Aplicar o mais precoce possivel. Via administração: ID na altura da inserção inferior do deltóide Direito Dose: 0,1 ml Prevenir formas graves de tuberculose em cças < 5 anos de idade. Contra indicada: indivíduos HIV +; presença de dermatite; menores de 2kg. *Eventos adversos: abcesso e/ou ulceração no local da aplicação; linfadenite regional. Pentavalente: DTP+ HiB + Hep B Via administração: IM profunda, vasto lateral Esquerdo. Dose: 0,5 ml Esquema: 1a dose aos 2 meses; 2a dose aos 4 meses e 3a dose aos 6 meses. idade máxima = 1 ano 1o reforço aos 15 meses = DTP *Contra indicada para crianças com doença neurológica em atividade ou que tenham apresentado eventosadversos (convulsão/ reação anafilática) VIP / VOP – contra polimielite Vacina Salk – VIP, vacina inativada da poliomielite é constituída por cepas inativadas (1,2,3) de poliovírus. Via administração: IM profunda – vasto lateral direito. Esquema vacinal: VIP 1a dose aos 2 meses; VIP 2a dose aos 4 meses; VOP aos 6 meses e reforço aos 15 meses. VIP / VOP – contra polimielite Pode ser administrada simultaneamente com qualquer outra vacina recomendada pelo PNI. Adiar aplicação nos casos de diarréia grave ou vômitos intensos. OBS: vacinas injetáveis diferentes SEMPRE devem ser administradas em diferentes locais. VORH/ Rotavírus – prevenção de diarréias provocadas pelo rotavírus Vacina Oral de Rotavírus Humano (VORH) Apresentação: monodose na seringa (1,5 ml), para aplicação exclusivamente ORAL. Esquema vacinal: 1a dose aos 2 meses (idade limite 3 meses e 7 dias); 2a dose aos 4 meses (idade limite 5 meses e 15 dias); Importante!!! *Não pode ser aplicada a 2a dose se não tiver recebido a 1a dose. *Intervalo mínimo entre as doses é de 4 semanas. VORH/ Rotavírus – prevenção de diarréias provocadas pelo rotavírus • Contra indicação: imunodeficiência; alergia grave; criança com história de alguma doença gastrointestinal crônica ou má formação congênita. • Eventos adversos: febre, tosse, irritabilidade, perda do apetite, diarréia, vômito. Peneumocócica 10 valente Dose: 0,5 ml Esquema vacinal: 1a dose aos 2 meses 2a dose aos 4 meses 3a dose aos 6 meses Reforço aos 15 meses. OBS: intervalo mínimo entre as doses é de 30dias; a dose de reforço é recomendada pelo menos 6 meses após a última dose. Meningocócia C conjugada Esquema vacinal: 1a dose aos 3 meses 2a dose aos 5 meses Reforço único aos 12 meses. Via administração: IM profunda, área ântero-lateral da coxa direita da criança. OBS: intervalo mínimo entre a 1a e 2a dose é de 30 dias; para o reforço, respeitar espaço mínimo de 2 meses após a aplicação da última dose. Febre amarela Via de administração: SC Dose: 0,5 ml Idade: a partir dos 9 meses Reforço: a cada 10 anos. Reações adversas: 5 a 10 dias após vacinação, sintomas como febre, dor de cabeça e dor muscular. Não são freqüentes reações no local da aplicação. Contra indicações: alergia após injesta de ovo de galinha; reações graves após dose anterior e aplicação das vacinas contra sarampo/caxumba e rubéola nos 30 dias anteriores. Tríplice Viral – sarampo, rubéola e caxumba. Idade mínima: 12 meses Dose: 0,5 ml Via de administração: SC, deltóide esquerdo Contra indicações: alergia (reação anafilática) após injesta de ovo de galinha; gravidez / mulheres vacinadas deverão evitar gravidez durante 30 dias após aplicação. Eventos adversos mais comuns: locais = dor/rubor/calor e edema; casos de abcesso estão geralmente associados a alterações na técnica de aplicação. Febre e exantema: após 5o e 12o dia, duração de 2-3 dias; aparece entre 7% à 20% dos vacinados. Varicela A partir de setembro 2013 Tetra viral (sarampo + caxumba + rubéola + varicela – atenuada). EXCLUSIVAMENTE para crianças de 15 meses de idade que já tenham recebido a 1a dose da Triviral. Intervalo mínimo de 30 dias entre tríplice viral e a tetra viral. DTP – difteria, tétano e coqueluche 1o reforço aos 15 meses de idade 2o reforço agendar para os 4 anos de idade. Criança maior de 15 meses e menosr que 4 anos, sem reforço desta vacina deve receber o 1o reforço, e agendar o 2o reforço para os 4 anos de idade, obedecendo o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Avaliar criteriosamente a caderneta de saúde da criança para verificar a possibilidade da administração concomitante de vacinas e agendamentos que se fizerem necessários. A correta administração dos imunobiológicos: técnicas de preparo, vias e locais de administração, dose, leia 3 vezes rótulo/ prazo de validade… Referências Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Dpt.de Vigilância epidemiológica, Coordenação Geral do PNI. Informe Técnico Campanha Nacional de Multivacinação para atualização do esquema vacinal. Brasília, 2013. Brasil. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica.MS/Secretaria de Vigilância em Saúde. 6 ed. Brasília-DF, 2005. Brasil.Manual de Procedimentos para Vacinação. MS/FUNASA. Brasília-DF, 2001. Porto Alegre. Oficina: Sala de Vacinas. Prefeitura Municipal/Secretaria Municipal de Saúde/Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde/Equipe de Doenças Trasnmissiveis-Núcleo de Imunizações.Porto Alegre, 2012.
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