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ILHA DAS CAIEIRAS, BAIRRO SÃO PEDRO– VITORIA Justificativa Em meio ao caos urbano, escondida e silenciosa se localiza uma das comunidades mais tradicionais da ilha de Vitória. Famosa pela pesca, pela gastronomia e pela cultura das desfiadeiras de siri, a Ilha das Caieiras é um dos bairros mais antigos da cidade, formado em sua maioria por famílias cujas histórias se cruzam formando um ponto de referência cultural e tradicional da cultura capixaba. Ilha das Caieiras, berço da famosa Moqueca Capixaba de Siri e a tradicional Torta Capixaba. É um lugar muito interessante de se conhecer, além de contar com um visual incrível. A maioria das casas é própria, de alvenaria, muitas ainda por acabar. O abastecimento de água atinge a maior parte das casas, seja de forma oficial ou clandestina, porém o sistema é insuficiente, uma vez que no verão há um déficit no abastecimento. Para atenuar este problema vá- rias casas utilizam como reservatório de água, tonéis de latão, normalmente sem tampa e em condições precárias. A Ilha das Caieiras localiza-se geograficamente ao norte e a oeste com a Baía Noroeste de Vitória, ao sul e a leste com os bairros de Santo André e São Pedro. Historicamente, a Ilha das Caieiras foi a primeira área dessa região a ser ocupada, já aparece nas Plantas da Província do Espírito Santo desde 1878 e no mapa do município de Vitória desde 1938. A ocupação da Ilha das Caieiras, que teve início na década de 20, do século passado, tem suas raízes na implantação da fábrica de cal Boa Esperança e no transporte do café produzido nas fazendas de Santa Leopoldina que, utilizando os rios Santa Maria e Bubu, desembocava frente à Ilha, fazendo desta um ponto de parada antes de alcançar o Porto de Vitória. Geograficamente, no início de sua ocupação, a área estava cercada por mangues que por ocasião das marés altas lhe conferia um aspecto insular. O palavra no plural sugere a disseminação de fornos dedicados a essa atividade na região, além de estar nas proximidades da Ilha da Cal. A ocupação desordenada do complexo demográfico da Grande São Pedro, afetou diretamente a Ilha das Caieiras, provocando uma grande deterioração nos aspectos naturais da área, principalmente a degradação do mangue, reduzindo-se a fonte de alimentos dos organismos naturais e consequentemente a qualidade de vida da população. O bairro possui uma parte baixa próxima ao mangue, que corresponde a maior área ocupada e uma parte alta chamada de Morro da Ilha que teve uma ocupação mais recente após a retirada de terra para a urbanização dos bairros da Grande São Pedro, e hoje caracteriza por um loteamento. Já na parte alta residem os novos ocupantes, que vieram de São Pedro, outros bairros de Vitória e Municípios vizinhos em busca de uma casa própria. O abastecimento de água atinge a maior parte das casas, seja de forma oficial ou clandestina, porém o sistema é insuficiente, uma vez que no verão há um déficit no abastecimento. Para atenuar este problema várias casas utilizam como reservatório de água, tonéis de latão, normalmente sem tampa e em condições precárias. Quanto as relações de trabalho dos chefes de família, as principais ocupações profissionais são de pesca, de serviços gerais, de serviço militar, de empregada doméstica, construção civil e comércio. Integrantes do Grupo: Ivanilda Ferreira Narjhara Rodrigues 1 Intervenção na Ilha de Caieiras Projeto Orla Viva Entre aos barcos atracados há uma grande quantidade de garças que sobrevoam o local e depois pescam, dando voos rasantes e mergulhando no rio. Um espetáculo gratuito da natureza. Elas ficam alocadas em grupos nas diversas naus atracadas no local. Em Vitória, a Ilha das Caieiras é um exemplo raro de requalificação social e paisagística. Os espaços livres públicos ali existentes foram tratados e permitem que usos tradicionais dos pescadores e das desfiadeiras de siri convivam com usos cotidianos de lazer da população e com o turismo gastronômico. Os rios Santa Maria e Bubu desembocavam no manguezal em frente à Ilha, que era um ponto de parada do transporte do café produzido na região Serrana. Mas, como fonte de renda, o desfio do siri começou mesmo na década de 1970. Na busca por melhorias, a associação dos pescadores conseguiu formar a peixaria comunitária e um espaço para cozinhar o siri, com um tanque e um queimador. O Orla Viva prevê o equilíbrio através de intervenções urbanísticas adequadas à região, que vai do Cais do Hidroavião até Maria Ortiz. Os arquitetos concluíram que o crescimento urbano afastou a ilha de Vitória do elemento central de sua formação, a água, e de todo o ecossistema do entorno, o mangue, que possui características transitórias que reforçam a passagem entre água e terra, a natureza e o urbano. O projeto se propõe a ser um novo conector. “O elemento, portanto, por herança, para exercer o papel de conexão e articulação entre os espaços públicos e a contemplação do horizonte/contato com a água, é a orla. Para isso, é fundamental a implantação de atividades que confiram urbanidade e diversificação de usos e escalas – metropolitana, municipal e local”, afirma a equipe, no resumo da proposta enviada ao júri do concurso. O pólo gastronômico ali configurado conta com 14 restaurantes que servem as tradicionais moquecas e tortas capixabas, além das barraquinhas, e um deck de madeira para as mesas e seus guarda-sóis, com vista privilegiada da baía. O deck se estende por 550m até a Praça Dom José Batista, que conta com quadra poliesportiva e de areia, playground e academia popular. Por conta desse piso de madeira, esta beira d´água tem unidade e é lida como um conjunto só. Um trecho desse deck também cumpriu o papel de arrematar fisicamente as construções precárias debruçadas sobre o mangue e conteve a expansão desordenada do conjunto construído. Nos finais de semana, o número de visitantes é numeroso mas, nos dias de semana, a rotina é pacata e as crianças brincam no parquinho, na água, nos barcos, com as mães e tias em volta. De uma periferia distante e pobre, que a população de Vitória não visitaria, a Ilha das Caieiras (que, por conta de um aterro, é de fato uma península) ganhou interesse e visibilidade. Analise Critica do Projeto A visão desse é de voltar a ideia de ilha para Vitoria, valorizando o ambiente aquático e os demais, integrando os moradores, turista e natureza. Com a implantação do deck adentrando as águas na função de calçadas, fará com que haja interligação das regiões que foram afastadas devido ao crescimento urbano desordenado. A preocupação que surge na execução do projeto é de afetar as famílias locais e suas moradias, as quais serão obrigadas a se adequar aos padrões e aos custos do mesmo. A implantação de decks que servirão de calçadas irá interligar as regiões afastadas pelo desordenado crescimento urbano e fará com que o transeunte desfrute de belas paisagens e conheça um novo ângulo de Vitória fazendo com que todos voltem a enxergá-la como a bela ilha que é, sem falar da reorganização urbana que esse projeto trará aos locais afetados por ele, haja visto que muitos destes locais cresceram desordenadamente e necessitam de um intervenção pois muitos estão em áreas de reservas ambientais. Mas há algo preocupante em muitos projetos de grandes porte, como o que será feito com a população do local, já que sabemos que muitos projetos assim não são de fato para os moradores, mas sim pra uma pequena parte da sociedade. A população local terá um incentivo pra colocar suas casas no padrão da construção do novo projeto? A harmonia entre homem X natureza e o meio ambiente natural X meio ambiente construído Integrantes do gruo
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