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15. Servidores Publicos

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AGENTES PÚBLICOS – p. 1 
 
 Conceitos: 
 AGENTE PÚBLICO (servidores públicos em sentido amplo) : “todas as pessoas físicas incumbidas, 
definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal “ (HLM). Ou : “todo indivíduo que participa de 
maneira permanente, temporária ou acidental, da atividade do Estado, seja por atos jurídicos, seja por atos de ordem 
técnica e material” (Cretella Jr.). 
 SERVIDOR PÚBLICO (em sentido estrito) : “é a pessoa física que participa de uma relação jurídica 
trabalhista de caráter não eventual com uma pessoa estatal, sob regime de direito público ou determinado por 
princípios de direito administrativo, investindo-se em cargo público de natureza civil” (Cármen Lúcia Antunes Rocha). 
 
 Classificação : Os AGENTES PÚBLICOS classificam-se em : 
 
 AGENTES POLÍTICOS: Todos aqueles que se ocupam das funções políticas do Estado, mediante eleição 
popular para os cargos de governo, a saber: Presidente da República, Governadores dos Estados e do DF e Prefeitos 
Municipais, além dos seus acólitos de livre designação e exoneração, ou seja, os Ministros de Estado e Secretários 
Estaduais e Municipais. Todos apontados, na Constituição Federal, como membros de Poder. 
Além desses, a doutrina ainda divide-se quanto à presença de outros agentes nessa categoria. HLM ainda incluía 
no rol dos agentes políticos os membros do Poder Judiciário (juízes de todas as instâncias), do Ministério Público, dos 
Tribunais de Contas, das Advocacias e das Defensorias Públicas, no que até hoje é acompanhado por alguns 
doutrinadores. Segundo essa classificação, todos os ocupantes de cargos vitalícios (magistrados, membros das Cortes 
de Contas e membros do Ministério Público) e ainda os integrantes das Advocacias e da Defensorias Públicas devem, 
na medida em que submetidos a regime estatutário de natureza peculiar, que lhes garante independência funcional, 
inextensível aos servidores em geral, ter reconhecido esse distinto enquadramento funcional (a todos eles, ademais, 
deve ser dedicado o mesmo tratamento jurídico a que se referem aos dispositivos previstos nas seções I e II do Capítulo 
dedicado à Administração Pública na Constituição da República. 
Tal classificação encontra eco na redação do inciso XI do art. 37 da CF, que assim dispõe: “a remuneração e o 
subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos 
MEMBROS DE QUALQUER DOS PODERES DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS 
MUNICÍPIOS, DOS DETENTORES DE MANDATO ELETIVO e dos DEMAIS AGENTES POLÍTICOS (...) não poderão 
exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, (...) nos 
Estados e no Distrito Federal, o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça (...) no âmbito do Poder 
Judiciário, aplicável este limite aos MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO, AOS PROCURADORES E AOS 
DEFENSORES PÚBLICOS”. 
CABM e MSZDP, dentre tantos outros, divergem desse entendimento, identificando como agentes políticos apenas 
aqueles ligados à idéia de GOVERNO e de FUNÇÃO POLÍTICA, que concernem basicamente às atividades de direção e 
legislativas (fixação de metas, diretrizes ou de planos governamentais, típicas do Executivo e do Legislativo). Excluem, 
pois, desse rol os membros do Poder Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, das Advocacias e das 
Defensorias Públicas, que não exercem qualquer forma de atividade efetivamente política – malgrado sua natureza 
constitucional, ainda que regidos por normas específicas para escolha, investidura, conduta e processos por crimes 
funcionais e de responsabilidade, que lhes são privativas. Atualmente esta posição se apresenta prevalecente. 
 
 SERVIDORES PÚBLICOS (ADMINISTRATIVOS) em sentido estrito. Tratam-se dos profissionais da 
Administração pública, ligando-se ao Estado por um vínculo jurídico-trabalhista não eventual. MSZDP agrupa-os na 
forma seguinte, na mão inversa da divisão procedida por HLM : 
 Estatutários: TITULARES DE CARGOS PÚBLICOS efetivos ou em comissão, com regime jurídico 
estatutário geral ou peculiar (obrigatoriamente no que tange à previdência), estabelecido em lei específica de cada ente 
federado (tradicionalmente denominadas “estatutos”). Prestam serviços para a AP Direta (Estado), autarquias e 
fundações de direito público. É nessa categoria que CABM e MSZDP inserem os membros do Poder Judiciário, do 
Ministério Público, do Tribunal de Contas, da Advocacia e da Defensoria Públicas, posto que ocupantes de cargos 
públicos e, sob regime estatutário, desempenham suas funções constitucionais mediante vínculo empregatício 
 Empregados Públicos: TITULARES DE EMPREGOS PÚBLICOS (não de cargos) tanto da AP direta como 
indireta, sempre sujeitos ao regime jurídico da CLT. Essa espécie de vínculo é obrigatória para as empresas públicas, 
sociedades de economia mista e fundações privadas. Nunca adquirem estabilidade, sendo regidos pelo regime jurídico 
previdenciário geral. Devem ser admitidos mediante concurso ou processo seletivo público. 
 Servidores Temporários : contratados por tempo determinado, EXERCEM APENAS UMA FUNÇÃO (não 
ocupando cargo ou emprego), submetidos a regime jurídico especial da lei prevista no art. 37, IX, da CF, e ao regime 
geral da previdência oficial. Características : 
a) CONTRATAÇÃO (não admissão) por tempo determinado; 
b)  para atender finalidade temporária de excepcional interesse público definida em lei. 
CF, art. 37, IX : “a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público”. Vide Lei nº 8.745/93 – União. 
A temporariedade: Lembra CABM que a Lei Federal a respeito, modificada por inúmeras MPs, previu que os 
contratos da espécie podem ser prorrogados até um “período total de cinco anos”! Recrimina o autor preceito da espécie, 
visto que esse longo prazo afronta a própria noção de temporariedade e , mais anda, de alguma necessidade que possa 
ser assim concebida. Outras leis, com destaque àquelas que cuidam das agências reguladoras, caminham nesse mesmo 
AGENTES PÚBLICOS – p. 2 
 
sentido. Concurso público e processo seletivo abreviado: Na forma da lei e à vista de excepcional interesse público 
(calamidades públicas, recenseamentos, professor substituto, visitante e estrangeiro etc. – cfe. legislação federal). Ainda 
nesses casos o recrutamento depende de processo seletivo simplificado, em acato ao princípio da isonomia, ressalvados 
o caso de calamidades públicas e, nos casos de professores e técnicos basta a notória capacidade técnica aferida em 
“curriculum vitae”. A própria lei estabelece os prazos dos contratos da espécie. 
“Servidor público: contratação temporária excepcional (CF, art. 37, IX): inconstitucionalidade de sua aplicação 
para a admissão de servidores para funções burocráticas ordinárias e permanentes” (STF. ADI 2987 / SC. Relator 
Min. SEPÚLVEDA PERTENCE. 19/02/2004. Tribunal Pleno). 
 
 CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES : CF, Art. 37, I: “Os CARGOS, EMPREGOS e FUNÇÕES PÚBLICAS são 
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da 
lei;”. 
 CARGO: é o lugar instituído (por lei) no serviço público: 
 criadas em número certo; 0 
 com denominação própria; 
 e atribuições, responsabilidades e remuneração específicas; 
 para ser exercidas por um titular, sob vínculo estatutário com a AP, na forma da lei . “ 
“É a denominação dada à mais simples unidade de poderes e deveres estatais a serem expressos por um agente” 
(CABM), unido à AP por “um vínculo estatutário” (MSZDP). 
Direitos do titular do cargo : o cargo será sempre inapropriável pelo servidor, cabendo-lhe apenas: 
 o exercício; 
 as prerrogativas da função; 
 percepção dos subsídios ou vencimentose vantagens decorrentes 
Assim a AP poderá sempre, no interesse do serviço, alterar, transformar e extinguir o cargo independente da 
concordância do seu titular, que guardará, entretanto, o direito de permanecer no serviço público em disponibilidade. 
“A alteração de atribuições de cargo público somente pode ocorrer por intermédio de lei formal. Ao reafirmar 
essa orientação, a 2ª Turma concedeu mandado de segurança para que servidores públicos possam ocupar o cargo de 
“Técnico de Apoio Especializado/Segurança”, garantindo-lhes a continuidade da percepção da gratificação de atividade 
de segurança, prevista no art. 15 da Lei 11.415/2006. Aduziu-se que os cargos públicos seriam criados por lei e 
providos, se em caráter efetivo, após a indispensável realização de concurso público específico. Consignou-se, 
ainda, que a mudança de atribuições dos cargos ocupados pelos impetrantes ocorrera por edição de portaria, meio 
juridicamente impróprio para veicular norma definidora de atividades inerentes e caracterizadoras de cargo 
público, uma vez que APENAS A LEI PODERIA PROMOVER AS REFERIDAS ALTERAÇÕES. Precedentes citados: 
ADI 1329/AL (DJU de 12.9.2003), ADI 2689/RN (DJU de 21.11.2003), ADI 1254 MC/RJ (DJU de 18.8.95) e MS 
26955/DF (DJe de 13.4.2011)”. STF. MS 26740/DF, rel. Min. Ayres Britto, 30.8.2011. 
 
 EMPREGO PÚBLICO, que igualmente concerne a uma unidade de atribuições, esse vínculo é 
contratual, sob a regência da CLT. Como o cargo possui uma individualidade própria, definida em lei. Na realidade, 
adverte CABM, o art. 61, 1
o
, II, “a”, CF, impõe a criação desses empregos por lei, quando destinarem-se à AP Direta e 
autárquica. Nas fundações de direito privado, nas empresas públicas e sociedades de economia mista não haverão 
cargos, mas tão-somente empregos públicos. Também a Lei Maior, em seus arts. 51, IV, e 52, XIII, prevê a criação de 
empregos nas casas legislativas. Por fim, em seu art. 114, dá à Justiça do Trabalho competência para julgar as questões 
entre “trabalhadores e empregados, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e 
indireta ...”. É CABM que, uma vez mais, pondera que os empregos públicos, porquanto destituídos das garantias 
peculiares ao regime institucional, deveriam caber apenas aos serviços subalternos, aqueles que não possuem o condão 
de por em risco a impessoalidade que deve vincar a atuação estatal. 
 
 FUNÇÃO: atribuição ou conjunto de atribuições que a AP confere a cada categoria profissional ou 
comete individualmente a determinados servidores (sem correspondência a um cargo ou a um emprego) para a 
execução de serviços eventuais, normalmente remunerada por pró labore. (não há de ser confundida com o cargo em 
comissão, que afinal é cargo). CABM acrescenta que, a teor do art. 37, V, as funções são “plexos unitários de 
atribuições, criados por lei, correspondentes a encargos de direção, chefia ou assessoramento, a serem exercidas por 
titular de cargo efetivo, da confiança da autoridade que as preenche”. 
Todo cargo tem função, mas pode haver função sem cargo. As funções do cargo são definitivas; as funções 
autônomas são por índole provisórias, próprias a servidores contratados provisoriamente. Inexiste estabilidade na 
função. Enfim, temos que a vigente CF admite somente dois tipos de funções, a saber : a) aquela exercida por 
profissionais contratados temporariamente (assim jamais integrarão um quadro permanente); b) funções de confiança, 
sempre correspondentes à chefias, direções e assessoramentos (arts. 37, V, CF). 
 
 SERVIDORES TEMPORÁRIOS (vide acima): 
CF, art. 37, IX : “A lei estabelecerá os casos de CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público”. (vide Lei nº 8.745/93 - União). Pressupostos: 
NECESSIDADE: 
AGENTES PÚBLICOS – p. 3 
 
 TEMPORÁRIA: Lei Federal - até um “período total de cinco anos”! CABM: longo prazo afronta a própria 
noção de temporariedade 
 DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO: que sempre deverá ser demonstrado. 
 PREVISTA EM LEI: de cada ente federado. 
“SERVIDOR PÚBLICO: CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. C.F., art. 37, IX. Lei 9.198/90 e Lei 10.827/94, do Estado do 
Paraná. I. - A regra é a admissão de servidor público mediante concurso público: C.F., art. 37, II. As duas exceções à 
regra são para os cargos em comissão referidos no inciso II do art. 37 e a contratação por tempo determinado para 
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público: C.F., art. 37, IX. III. - A LEI REFERIDA NO INCISO 
IX DO ART. 37, C.F., DEVERÁ ESTABELECER OS CASOS DE CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. No caso, as leis 
impugnadas instituem HIPÓTESES ABRANGENTES E GENÉRICAS DE CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA, NÃO 
ESPECIFICANDO A CONTINGÊNCIA FÁTICA QUE EVIDENCIARIA A SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA, atribuindo ao 
chefe do Poder interessado na contratação estabelecer os casos de contratação: inconstitucionalidade. IV. - Ação direta 
de inconstitucionalidade julgada procedente” (STF. ADI 3210/PR. Min. CARLOS VELLOSO. 11/11/2004. Tribunal Pleno).‏ 
 
 CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES EM CONFIANÇA: 
Art. 37, II e V: Hipóteses que contemplam apenas aqueles cargos e funções DECLARADOS EM LEI COMO DE 
LIVRE NOMEAÇÃO E EXONERAÇÃO. As FUNÇÕES DE CONFIANÇA, a teor do texto constitucional, somente podem 
ser exercidas por servidores ocupantes de cargos efetivos, e destinam-se, obrigatoriamente, apenas às atribuições de 
direção, chefia e assessoramento (esta disposição prescinde de lei, sendo de eficácia plena). 
Entendem os autores, como LVF, que não é qualquer cargo que a lei pode dispor como “em comissão”, mas 
simplesmente aqueles que exijam um relação muito especial, de absoluta confiança, entre aquele que nomeia e o 
nomeado. Outro entendimento afigurar-se-ia burla à regra do concurso público e à impessoalidade que lhe é intrínseca. 
Mister aqui registrar que o inciso V do art. 37 indica que os cargos em comissão, a serem preenchidos por 
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos por lei, destinam-se apenas às 
atribuições de chefia, direção e assessoramento. 
São de livre provimento e exoneração, jamais induzindo à estabilidade. Porém, os ocupantes dos tratados cargos, 
enquanto permanecerem nessa condição, farão jus aos mesmos direitos dos servidores estatutários. Ou quase todos, 
pois ser-lhe-á defeso, por exemplo, buscar licenciar-se para cuidar de assuntos particulares. Idem quanto aos deveres. 
Dessa forma, o ocupante de cargo em comissão, se infringir a disciplina da instituição a que se encontra atrelado, 
incidirá nas penas correspondentes, podendo ser demitido e assim impedido de retornar ao serviço público. 
• STF - Súmula Vinculante n. 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou 
por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido 
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de 
função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 
 
 PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO : categoria exposta por MSZDP, CABM e 
DG, aludindo àqueles que prestam serviços ao Estado sem vínculo empregatício ou remuneração. Reconhecidos por 
HLM como agentes públicos, não o são, contudo, classificados na categoria de Servidores Públicos, eis que não mantém 
vínculo, sob REGIME JURÍDICO, com as entidades da AP direta e indireta. Para seus defensores compreendem : 
 AGENTES DELEGADOS : empregados das concessionárias ou permissionárias de serviços públicos. Além 
destes temos os que exercem serviços notoriais e de registro (vide art. 236 daCF), leiloeiros, tradutores e autorizatários 
em geral. Atuam sob controle do Poder Público, sendo remunerados pelos usuários de seus serviços, mediante tarifa. 
 AGENTES REQUISITADOS, NOMEADOS ou DESIGNADOS : para o exercício de funções públicas relevantes. 
Aqueles convocados para a prestação de serviço militar ou eleitoral, para integrar Júri, comissários de menores, grupos 
de estudos e de trabalhos etc., em razão de sua condição cívica, honorabilidade. Agentes honoríficos para HLM. 
 CONTRATADOS POR LOCAÇÃO CIVIL DE SERVIÇOS : como um advogado ilustre, de notória capacidade 
profissional, contratado para fazer a sustentação oral perante um Tribunal, por exemplo. 
GESTORES DE NEGÓCIOS: aqueles particulares que, em face de situações excepcionais, ante a 
momentânea ausência da Administração Pública e da necessidade de imediata resposta, assumem responsabilidades 
públicos urgentes e essenciais, como a execução de tarefas de salvamento e contenção de calamidades próprias da 
Defesa Civil. 
Vide ainda a hipótese prevista na Lei nº 9.608/98, que disciplina o serviço voluntário) 
 
 MILITARES: São os membros das Forças Armadas (militares da União) e das Polícias e Corpos de Bombeiros 
Militares dos Estados. Com a EC 18 deixaram de ser servidores públicos para denominarem-se simplesmente 
MILITARES. Aos militares dos Estados, do DF e dos Territórios a CF reserva previsão em seu art. 42, ao passo os 
membros das Forças Armadas são contemplados no art. 143. O ingresso no “serviço público militar” (HLM) dá-se por 
recrutamento (que não deixa de ser uma espécie de concurso público). Esse serviço é estruturado em PATENTES para 
os oficiais e GRADUAÇÃO para os praças. 
Direitos e Deveres : constam dos respectivos regulamentos, respeitado o previsto nos arts. 42, §§ 1º e 2º, c/c art. 
142, § 3º). Aos militares são proibidas a greve e a sindicalização. Passam à inatividade remunerada mediante 
REFORMA, existindo ainda a inatividade não remunerada, como é o caso dos oficiais da reserva, que podem ser 
convocados, em tempo de guerra, para a ativa. 
 
AGENTES PÚBLICOS – p. 4 
 
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS, EMPREGOS e FUNÇÕES PÚBLICOS. 
 O princípio da acessibilidade ao cargo público (direito que tem o administrado de ingressar no serviço 
público, na Administração como agente e, por essa forma, participar da gestão da coisa pública pelo provimento de 
cargos, funções e empregos – CLAR). Vide Direito à e de igualdade. 
CF, art. 37, I – “os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei”. 
- Requisitos básicos para a investidura em cargo público : tarefa cometida à lei (não valendo, para esse fim, 
disposição contida em ato administrativo normativo), orientada pelos princípios constitucionais aplicáveis à atividade 
administrativa; 
O art. 37, I, CF, dispõe a permissibilidade de acesso aos cargos, empregos ou funções públicas aos brasileiros e 
estrangeiros que preencham os requisitos ESTABELECIDOS EM LEI. Daí a necessidade de criação, modificação ou 
extinção desses mesmos cargos, funções e empregos POR LEI ou NA FORMA DA LEI – vide art. 84, XXV, da CF, que 
reserva ao PR a competência exclusiva de prover e extinguir cargos públicos federais, NA FORMA DA LEI (competência 
para regulamentar o exercício funcional e praticar todos os atos relativos aos servidores). 
À lei cabe prescrever às exigências quanto à capacidade física, mental, moral, profissional (técnica, científica) 
entendidas necessárias ao exercício do cargo, função ou emprego, como condições de eficiência, moralidade e 
aperfeiçoamento do serviço público. Deverão sempre ser observadas as exigências fixadas em lei nacional, como nas 
leis eleitorais e do serviço militar, e ainda aquelas específicas ligadas ao exercício de certas profissões: medicina, 
engenharia etc. CF, art. 39, § 3º (...) podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a 
natureza do cargo o exigir. 
Lei Fed. nº 8.112/90,art. 5
o
 São REQUISITOS BÁSICOS para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental. 
§ 1
o
 As atribuições do cargo podem justificar a exigência de OUTROS REQUISITOS ESTABELECIDOS EM 
LEI. 
"Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo 
público." (Súmula 14 do STF) 
“Limitação de idade apenas em edital. Impossibilidade. A fixação do limite de idade via edital não tem o condão 
de suprir a exigência constitucional de que tal requisito seja estabelecido por lei." (RE 559.823-aGr, Rel. Min. Joaquim 
Barbosa, julgamento em 27-11-2007, Segunda Turma, DJE de 1º-2-2008.). 
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – CONCURSO PÚBLICO – GUARDA 
MUNICIPAL – ALTURA MÍNIMA – EXIGÊNCIA PREVISTA APENAS NO EDITAL – AUSÊNCIA DE PREVISÃO EM LEI 
FORMAL – OFENSA AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA LEGALIDADE E DA RAZOABILIDADE”. (STF. ARE 
715061 AgR/RJ - Relator Min. CELSO DE MELLO - 14/05/2013 - Segunda Turma - DJe-117,19-06-2013) 
De se atentar, outrossim, para o PRINCÍPIO DA ISONOMIA, que veda exigências discriminatórias, valorizando 
condições pessoais como fortuna, lugar de nascimento, relacionamentos familiares etc. Todavia, certas discriminações 
poderão ser licitamente realizadas, como a exigência de ser a candidata do sexo feminino para ocupar cargo de polícia 
feminina. Por outro lado: “A imposição de discrímen de gênero para fins de participação em concurso público somente é 
compatível com a Constituição nos excepcionais casos em que demonstradas a fundamentação proporcional e a 
legalidade da imposição, sob pena de ofensa ao princípio da isonomia. Com base nessa jurisprudência, a 2ª Turma deu 
provimento a recurso ordinário em mandado de segurança no qual se questionava edital de concurso público para 
ingresso em curso de formação de oficiais de polícia militar estadual que previa a possibilidade de participação apenas 
de candidatos do sexo masculino. Assentou-se a afronta ao mencionado princípio da isonomia, haja vista que tanto o 
edital quanto a legislação que regeria a matéria não teriam definido qual a justificativa para não permitir que mulheres 
concorressem ao certame e ocupassem os quadros da polícia militar“ (STF. RE 528684/MS, rel. Min. Gilmar Mendes, 
3.9.2013 – Informativo nº 718, de 9.10.2013). 
Dessa forma certas limitações de idade, sexo, categoria profissional vem sendo aceitas por nossa jurisprudência, 
quando reconhecidas como razoáveis e, como textualmente enuncia o art. 39, § 3
o
, da CF, quando a natureza do 
CARGO assim o exigir. 
"Pode a lei, desde que o faça de modo RAZOÁVEL, estabelecer limites mínimo e máximo de idade para 
ingresso em funções, emprego e cargos públicos. O limite de idade, no caso, para inscrição em concurso público e 
ingresso na carreira do Ministério Público do Estado de Mato Grosso – vinte e cinco anos e quarenta e cinco 
anos – é razoável, portanto não ofensivo à Constituição, art. 7º, XXX, ex vi do art. 39, § 2º. Precedentes do STF”. STF. 
Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 26-11-1996, Segunda Turma, DJ de 4-5-2001.) 
“A 2ª Turma denegou mandados de segurança impetrados contra atos do Procurador-Geral da República, 
consistentes na EXIGÊNCIA DE TESTES DE APTIDÃO FÍSICA E DE DIREÇÃO VEICULAR, na realização de 
Concurso Público destinado ao provimento de cargos (...). Apontou-se que as atribuições previstas para o cargo 
de motorista e também aquelas para a área de segurança demandariam condicionamento físico adequado, o que 
demonstraria a ESTRITA PERTINÊNCIA DA EXIGÊNCIA DO TESTE DE APTIDÃOFÍSICA COM AS ATRIBUIÇÕES 
AGENTES PÚBLICOS – p. 5 
 
DO CARGO. Cassaram-se as liminares anteriormente concedidas”. (STF. MS 30130/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 
6.9.2011. MS 30242/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 6.9.2011.MS 29945/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 6.9.2011). 
“Concurso público. Policial civil. Idoneidade moral. Suspensão condicional da pena. Art. 89 da Lei 9.099/1995. 
Não tem capacitação moral para o exercício da atividade policial o candidato que está subordinado ao cumprimento de 
exigências decorrentes da suspensão condicional da pena prevista no art. 89 da Lei 9.099/1995 que impedem a sua 
livre circulação, incluída a frequência a certos lugares e a vedação de ausentar-se da Comarca, além da obrigação de 
comparecer pessoalmente ao Juízo para justificar suas atividades. Reconhecer que candidato assim limitado preencha o 
requisito da idoneidade moral necessária ao exercício da atividade policial não é pertinente, ausente, assim, qualquer 
violação do princípio constitucional da presunção de inocência.” (STF. RE 568.030, Rel. Min. Menezes Direito, 
julgamento em 2-9-2008, Primeira Turma, DJE de 24-10-2008.) 
Lembre-se ainda que é peremptório o art. 37, II, da CF ao permitir que a lei estabeleça requisitos diferenciados de 
admissão, a mercê da natureza ou complexidade do cargo ou emprego. Já o art. 7
o
, XXX, não faz idêntica ressalva com 
relação aos empregos, donde CABM nos leva a entender que as versadas discriminações somente podem ocorrer com 
relação a cargos públicos. De mais a mais, não devem os concursos públicos ser permeados por quaisquer tipos de 
exigências subjetivas ou que dêem margem ao desvirtuamento da objetivada que se lhes faz imperiosa. Refere-se o 
sobredito autor aos exames psicotécnicos, dizendo da exigência de que os examinados possam indicar peritos idôneos 
para acompanhar os testes ou arrostá-los, se necessário. Súmula 686 STF - Só por lei se pode sujeitar a exame 
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. Discriminação entre brasileiros natos e naturalizados : conforme 
§ 3
o
 do art. 12 da CF, alguns cargos públicos, em numeração taxativa, são exclusivos de brasileiros natos, não podendo 
a lei criar novos discrimens. 
PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS: CF, art. 37, VIII - a lei reservará percentual dos cargos e 
empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; 
Lei Fed. nº 8.112/90,art. 5º, § 2
o
 Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em 
concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são 
portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. 
“Agravo regimental em mandado de segurança. 2. Direito administrativo. Concurso público. 3. Candidato portador 
de deficiência. Cargo de analista judiciário do STF. 4. Reserva de vagas. Limites estabelecidos no Decreto 3.298/99 e 
na Lei 8.112/90. Percentual mínimo de 5% das vagas. Número fracionado. Arredondamento para primeiro número 
inteiro subsequente” (STF. MS 31628 AgR/DF - Relator Min. GILMAR MENDES - 06/02/2013 - Tribunal Pleno - DJe-
162, 20-08-2013). 
“A Constituição Federal, em seu art. 37, inc. VIII, assegura, para provimento de cargo ou emprego público, reserva de 
percentual de vagas aos candidatos portadores de deficiência. Os percentuais mínimo e máximo devem ser de 5% 
(cinco por cento) e 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas, conforme a Lei 8.112/90 e o Decreto 3.298/99. 6. No 
edital que disciplina o concurso em exame, foram reservadas 14 (catorze) vagas para os candidatos portadores de 
deficiência, o que corresponde a 5% (cinco por cento) das 272 (duzentos e setenta e duas) previstas, sendo que, ao 
final, apenas 6 (seis) lograram aprovação. 7. Desse modo, todos os candidatos portadores de deficiência 
aprovados, ainda que com média inferior aos demais, deveriam, para dar efetividade à norma constitucional, 
posicionar-se dentro do número total de vagas previsto, e não simplesmente de acordo com a nota final 
obtida” (STJ. MS 200601364091 – Relator Min. ARNALDO ESTEVES LIMA – 3ª Seção - 09/05/2008). 
ACESSO AOS CARGOS PÚBLICOS E AÇÕES AFIRMATIVAS: Lei nº 12.990, de 9 de junho de 2014. 
Art. 1
o
 Ficam RESERVADAS AOS NEGROS 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos 
públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das 
autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela 
União, na forma desta Lei. 
§ 1
o
 A reserva de vagas será aplicada sempre que o número de vagas oferecidas no concurso público for 
igual ou superior a 3 (três). 
“I – Não contraria - ao contrário, prestigia – o princípio da igualdade material, previsto no caput do art. 5º 
da Carta da República, a possibilidade de o Estado lançar mão seja de políticas de cunho universalista, que 
abrangem um número indeterminados de indivíduos, mediante ações de natureza estrutural, seja de ações afirmativas, 
que atingem grupos sociais determinados, de maneira pontual, atribuindo a estes certas vantagens, por um 
tempo limitado, de modo a permitir-lhes a superação de desigualdades decorrentes de situações históricas 
particulares”. (STF - ADPF 186/DF - Relator Min. RICARDO LEWANDOWSKI - 26/04/2012 - Pleno - DJe-205 
DIVULG 17-10-2014 PUBLIC 20-10-2014). 
Vide ainda Instrução Normativa n 63/15 do Conselho Nacional de Justiça 
 
 Criação, transformação e extinção de cargos, funções ou empregos públicos : 
Exige Lei privativa do Chefe do Executivo, abrangendo a Administração Pública direta, autárquica e fundacional (art. 61, 
§ 1º, II, “a”, CF). Transformar significa extinguir cargos anteriores e criar novos, que serão providos por concurso 
(investidura originária) ou mediante o ENQUADRAMENTO dos já concursados (investidura derivada). Também podem 
ser transformadas funções em cargos. É vedado, porém, que a transformação implique em alteração do título e das 
atribuições do cargo, eis que provimento dessa ordem exige concurso público. A extinção de cargos e de funções 
públicas poderá, nos termos do art. 84, VI, “b”, ser realizada pelo Chefe do Executivo mediante decreto, mas aoenas 
quando vago. Nos casos de extinção de cargo o seu ocupante terá direito à DISPONIBILIDADE, com remuneração 
proporcional, até seu aproveitamento em outro cargo (art. 41, § 3º). HLM observa que os projetos de lei que visem 
transformações, extinções e criações de cargos podem ser emendadas pelo Legislativo desde que não sejam majoradas 
AGENTES PÚBLICOS – p. 6 
 
despesas (art. 63) ou desconfigurem a proposta original, posto que então haverá interferência indevida de um Poder nos 
serviços de outro. 
O Poder Legislativo, por força do art. 51, IV, e 52, XIII, ambos da CF, tem competência privativa para dispor 
sobre criação, extinção e criação de cargos, o que fará por Resolução (espécie legislativa). Contudo, a alteração ou 
fixação de vencimentos sempre far-se-á por lei específica. Também lei específica de natureza privativa levará a idêntico 
expediente no Poder Judiciário, Tribunal de Contas e Ministério Público. 
“A alteração de atribuições de cargo público somente pode ocorrer por intermédio de lei formal. Ao reafirmar essa 
orientação, a 2ª Turma concedeu mandado de segurança para que servidores públicos possam ocupar o cargo de 
“Técnico de Apoio Especializado/Segurança”, garantindo-lhes a continuidade da percepção da gratificação de atividade 
de segurança, prevista no art. 15 da Lei 11.415/2006. Aduziu-se que os cargos públicos seriam criados por lei e 
providos, se em caráter efetivo, após a indispensável realização de concurso público específico. Consignou-se, ainda, 
que a mudança de atribuições dos cargos ocupados pelos impetrantes ocorrera poredição de portaria, meio 
juridicamente impróprio para veicular norma definidora de atividades inerentes e caracterizadoras de cargo público, uma 
vez que apenas a lei poderia promover as referidas alterações. Precedentes citados: ADI 1329/AL (DJU de 12.9.2003), 
ADI 2689/RN (DJU de 21.11.2003), ADI 1254 MC/RJ (DJU de 18.8.95) e MS 26955/DF” (DJe de 13.4.2011). (STF. MS 
26740/DF, rel. Min. Ayres Britto, 30.8.2011). 
 
O PROVIMENTO DO CARGO PÚBLICO 
Trata-se do suprimento de cargo público vago, mediante a designação de alguém – agente - para titularizá-lo. 
Aperfeiçoa-se com a investidura, pois, o ato pelo qual o servidor se imite na condição de titular do cargo para o qual foi 
nomeado ou ao qual ascendeu. FORMAS DE PROVIMENTO: O provimento pode ser originário (nomeação) ou 
derivado (promoção ou outro ato. Cuida-se do ato pelo qual se preenche o cargo público (obviamente vago) mediante a 
designação de seu titular. 
 PROVIMENTO ORIGINÁRIO, AUTÔNOMO ou INICIAL: por meio da nomeação para cargo ao qual o indivíduo 
(mesmo já sendo servidor) ainda não estava vinculado, sempre integrando a classe ou nível inicial da respectiva carreira. 
O provimento não guarda qualquer relação com a situação anterior do provido. A única forma de provimento dessa 
espécie é a nomeação. 
Para bem entender esta espécie de provimento, de bom alvitre antes entender as diferenças entre: 
 CARGOS: “São as mais simples e indivisíveis unidades de competência a serem expressadas por um agente, 
previstas em número certo, com denominação própria (...)” - CABM. 
 CLASSES (ou níveis, padrões, graus etc.) : Classe “é o agrupamento de cargos da mesma profissão, e com 
idênticas atribuições, responsabilidades e vencimentos. As ‘classes’ constituem os degraus de acesso na carreira” – 
HLM. 
 CARREIRA: “É o conjunto de classes funcionais em que seus integrantes vão percorrendo os diversos 
patamares de que se constitui a progressão funcional. As classes são compostas de cargos que tenham as mesmas 
atribuições.” – JSCF. 
CARREIRA DE MÉDICO – MUNICÍPIO Y 
Nível 4 5 cargos – atividade de gestão ($$½)  Provimento derivado 
  
Nível 3 15 cargos – atividade de supervisão ($$)  Provimento derivado 
  
Nível 2 35 cargos – atividade técnica ($½)  Provimento derivado 
  
Nível 1 
Classe 
inicial 
75 cargos – atividade operativa ($) 
Provimento dependente de aprovação 
em concurso público  PROVIMENTO ORIGINÁRIO ou INICIAL . 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL, art. 37, II - a investidura em CARGO ou EMPREGO PÚBLICO depende de aprovação 
prévia em CONCURSO PÚBLICO de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do 
cargo ou emprego, NA FORMA PREVISTA EM LEI (...). Portanto, A LEI: 
 
AGENTES PÚBLICOS – p. 7 
 
As seleções internas: O STF já declarou inconstitucional os antigos institutos da “ascensão”, “transferência”, 
“transformação”, “reversão a pedido” (retorno da aposentadoria a pedido), “readmissão” (retorno do funcionário 
exonerado a pedido) e ”transposição” (vide ascensão – aproveitamento em outro cargo mediante concurso interno) , 
todos formas de provimento derivada que possibilitavam o ingresso de servidores em carreiras distintas sem concurso 
público. Súmula 685 do STF: “É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, 
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual 
anteriormente investido” 
 
 O CONCURSO PÚBLICO: (vide art. 37, II, III e IV). Após a CR 88 a investidura em cargo ou emprego público 
obrigatoriamente far-se-á por meio de concurso público, quer na AP Direta ou Indireta. É o concurso, pois, meio técnico 
vinculado à consecução dos princípios da moralidade e da eficiência, eis que exclui apaniguados e seleciona os mais 
aptos, garantindo o aperfeiçoamento do serviço público. Assim o ingresso em qualquer carreira pública depende de 
prévia aprovação em concurso de PROVAS ou de PROVAS E TÍTULOS. Os concursos públicos tem validade por ATÉ 
dois anos (contados da HOMOLOGAÇÃO), podendo ser prorrogados, por uma vez, por igual prazo. Durante esse 
lapso os concursados remanescentes terão prioridade sobre os novos concursados (art. 37, III e IV). 
A Administração Pública poderá a qualquer momento, no afã do interesse público, alterar as condições e requisitos de 
exigência de admissão dos concorrentes, ou mesmo cancelar ou invalidar o concurso. Quanto ao direito, dos aprovados 
em concurso público, à nomeação, nossa jurisprudência sofreu, nos últimos anos, uma grande reviravolta, como se pode 
extrair dos seguintes julgados da Suprema Corte: 
● O Plenário, por maioria, julgou procedente pedido de ação direta proposta pelo Procurador-Geral da República para declarar 
a inconstitucionalidade do inciso VII do art. 77 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, que assegura aos aprovados em 
concurso público, dentro do número de vagas fixado no respectivo edital, o direito ao provimento no cargo no prazo máximo 
de cento e oitenta dias, contado da homologação do resultado. Com base no entendimento fixado no RE 229.450/RJ (DJU de 
31.8.2001) no sentido de que a CF apenas assegura ao candidato aprovado o direito subjetivo à nomeação de acordo com a 
respectiva ordem de classificação e no prazo da validade do concurso, ficando o ato de provimento adstrito ao poder 
discricionário da Administração Pública, entendeu-se que a norma impugnada viola os arts. 2º e 37, IV, da CF. Reconheceu-se, 
ademais, a afronta à reserva de iniciativa do Chefe do Poder Executivo prevista no art. 61, § 1º, II, c, da CF. Vencidos os Ministros 
Marco Aurélio, Celso de Mello e Sepúlveda Pertence, que julgavam improcedente o pedido. (STF. ADI 2931/RJ, rel. Min. Carlos 
Britto, 24.2.2005). 
● O Plenário desproveu recurso extraordinário interposto de acórdão do STJ que, ao reconhecer o direito subjetivo à nomeação 
de candidato aprovado em concurso público no limite do número de vagas definido no edital, determinara que ela fosse realizada. 
Entendeu-se, em síntese, que a Administração Pública estaria vinculada às normas do edital e que seria, inclusive, obrigada a 
preencher as vagas previstas para o certame dentro do prazo de validade do concurso. Acrescentou-se que essa obrigação só 
poderia ser afastada diante de excepcional justificativa, o que não ocorrera no caso. Após retrospecto acerca da evolução 
jurisprudencial do tema na Corte (...) , Reputou-se que a linha de raciocínio acerca do tema levaria à conclusão de que o dever de 
boa-fé da Administração Pública exigiria respeito incondicional às regras do edital, inclusive quanto à previsão das vagas do 
concurso público. Afirmou-se que, de igual maneira, dever-se-ia garantir o respeito à segurança jurídica, sob a forma do 
princípio de proteção à confiança. A Min. Cármen Lúcia repisou que o princípio da confiança seria ligado ao da moralidade 
administrativa e que, nesse sentido, a Administração não possuiria poder discricionário absoluto. (STF. RE 598099/MS, rel. Min. 
Gilmar Mendes, 10.8.201)1. 
 1. A aprovação do candidato dentro do CADASTRO DE RESERVAS, ainda que fora do número de vagas inicialmente 
previstas no edital do concurso público, confere-lhe o direito subjetivo à nomeação para o respectivo cargo, se, durante o prazo 
de validade do concurso, houver o surgimento de novas vagas, seja em razão da criação de novos cargos mediante lei, seja 
em virtude de vacância decorrente de exoneração, demissão, aposentadoria, posse em outro cargo inacumulável ou 
falecimento. Precedentes: (...). 2. A exceção a esta regra, desde que devidamente motivada pelo Poder Público e sujeita ao 
controle do Poder Judiciário (...) se houver sido alcançado o limite prudencial de dispêndios com folha de pessoal (...) dispõe o 
art. 22, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar nº 101/2000. (STJ. RMS 37700/RO– Relator MinistroMAURO CAMPBELL 
MARQUES - T2 - SEGUNDA TURMA - 04/04/2013 - DJe 10/04/2013) 
 CONCURSO PÚBLICO. PRAZO DE VALIDADE. EXISTÊNCIA DE VAGAS. CANDIDATOS APROVADOS. DIREITO 
SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA.. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que os 
candidatos aprovados em concurso público têm direito subjetivo à nomeação para a posse que vier a ser dada nos cargos 
vagos existentes ou nos que vierem a vagar no prazo de validade do concurso. Reconhecida pela Corte de origem a existência 
de cargos vagos e de candidatos aprovados, surge o direito à nomeação. Agravo regimental conhecido e não provido. (STF. AI 
728699 AgR / RS - Relatora Min. ROSA WEBER - 18/06/2013 - Primeira Turma - DJe-148, 01-08-2013). 
Dispensa de concurso público: apenas para os casos já estudados de 
 CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA (art. 37, IX, CF), na forma da lei e à vista de excepcional interesse público 
(calamidades públicas, recenseamentos, professor substituto, visitante e estrangeiro etc. – cfe. legislação federal). Ainda 
nesses casos o recrutamento depende de processo seletivo simplificado, em acato ao princípio da isonomia, ressalvados 
o caso de calamidades públicas e, nos casos de professores e técnicos basta a notória capacidade técnica aferida em 
“curriculum vitae”. A própria lei deve estabelecer prazos compatíveis para os contratos da espécie. 
AGENTES PÚBLICOS – p. 8 
 
 CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO: relações de confiança, para cargos de direção, chefia e 
assessoramento. Nomeação e exoneração livres. Sempre observada a lei. 
 
 Exaurimento e aperfeiçoamento do provimento: 
* NOMEAÇÃO é o ato de provimento do cargo, que se completa com a posse e o exercício. Da alçada do Chefe do 
Executivo, quando para a AP Central, podendo ser delegada aos Ministros (art. 84, XXV e parágrafo único, CF). 
* POSSE é a investidura do servidor no cargo, sem a qual o provimento não se ultima. Trata-se do ato de aceitação 
do provido, que assim investe-se no cargo, função ou emprego público. É a partir da posse que o servidor adquire 
direitos e deveres funcionais, assim como restrições, impedimentos etc., especialmente no que tange à acumulação 
de outros cargos. É o marco na transformação do particular em servidor. Caso o nomeado não venha a tomar posse 
no prazo legal, a nomeação caducará, ou seja, perderá sua validade. Lei Fed. nº 8.112/90, art. 13, § 6
o
 “Será tornado 
sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1
o
 deste artigo”. 
* EXERCÍCIO é decorrência natural da posse, quando o funcionário passa a desempenhar seus misteres, e adquire o 
direito aos vencimentos. A partir da Lei nº 8.429/92 (enriquecimento ilícito), a posse e o exercício ficam 
condicionadas à apresentação da declaração de bens e valores, que ficará arquivada na seção de pessoal. 
Lei Fed. nº 8.112/90, art. 6
o
 O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada 
Poder. Art. 7
o
 A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das 
atribuições do cargo público ou da função de confiança. § 2
o
 O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem 
efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, 
observado o disposto no art. 18. 
 
 PROVIMENTO DERIVADO: significa uma alteração na situação do servidor já provido. Nesse caso o provido 
tem ou já teve algum vínculo anterior com o cargo público, donde a nova situação, então, deriva. Conforme CABM, essa 
espécie de provimento obedece a seguinte classificação : 
a) PROVIMENTO DERIVADO VERTICAL: ou simplemente, por Promoção: ascensão – elevação para nível mais 
alto da carreira - do servidor, por merecimento ou antigüidade, para classe ou nível imediatamente superior da carreira. 
b) PROVIMENTO DERIVADO HORIZONTAL: nesse caso o servidor não ascende e nem é rebaixado em sua 
posição funcional. A única forma existente dessa espécie é a Readaptação, que se trata da investidura do servidor em 
cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com limitação física ou mental aferida em inspeção médica. 
Lei Fed. nº 8.112/90, art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e 
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em 
inspeção médica. 
§ 1
o
 Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado. 
§ 2
o
 A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de 
escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas 
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 
c) PROVIMENTO DERIVADO POR REINGRESSO: que se desdobra nos seguintes casos : 
 Reversão: retorno à atividade do servidor aposentado por invalidez, quando pericialmente declarados não mais 
existentes os motivos da aposentadoria. Se o antigo cargo já estiver provido, retorna simplesmente ao serviço. Contudo, 
a legislação federal prevê ainda a reversão “a pedido”. Vide: 
Lei Fed. nº 8.112/90, art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: 
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou 
II - no interesse da administração, desde que: a) tenha solicitado a reversão; b) a aposentadoria tenha sido 
voluntária; c) estável quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à 
solicitação; e) haja cargo vago. 
 Aproveitamento: retorno à atividade do servidor em disponibilidade para cargo de atribuições e vencimentos 
compatíveis com o anteriormente ocupado. Disponibilidade : condição do servidor cujo cargo é extinto ou é declarada 
sua desnecessidade, preservada sua remuneração, embora apenas proporcional ao tempo de serviço. 
 Reintegração: reinvestidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, quando invalidada sua demissão por 
decisão judicial ou administrativa, com o ressarcimento de todas as vantagens e pagamento das indenizações devidas. 
Com a reintegração o servidor que ocupava o cargo perde seu lugar, sem direito a qualquer indenização. Se for 
ESTÁVEL será reconduzido ao cargo de origem, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade. Em alguns 
lugares recebe a denominação de READMISSÃO. 
Recondução: retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado,nos casos previstos em lei. 
Lei Fed. nº 8.112/90, art. 20, § 2
º.
 O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, 
reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29. 
Art. 29. RECONDUÇÃO é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:I -
 inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante. 
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto 
no art. 30. 
O provimento e o desprovimento serão sempre atos privativos do Chefe do Poder ou Instituição, tratando-se de 
ato administrativo típico, não podendo a lei concretizá-las ou indicar pessoas a serem nomeadas, eis que tal função é 
indelegável ao Legislativo. 
 
AGENTES PÚBLICOS – p. 9 
 
A ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS 
 Disposições constitucionais: art. 37, XVI e XVII (regra da inacumulabilidade). 
 Fundamentos da inacumulabilidade (princípios constitucionais da igualdade, moralidade, interesse público e 
da eficiência). Acumulação remunerada: 
A acumulação remunerada de cargos manteve-se nos mesmos termos anteriores (que vem desde o Decreto da 
Regência de 1822). Segundo o art. 37, XVI e XVII, a regra da acumulação somente é possível quando: 
I - da existênciade compatibilidade de horários, 
II – restrita a : 
- dois cargos de professores ; 
- dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
- a de um cargo de professor com um cargo técnico ou científico (o art. 95, parágrafo único, I, ainda prevê 
expressamente a acumulação de cargo da Magistratura e do Magistério). 
Obs.: a proibição estende-se a empregos e funções, abrangendo toda Administração indireta. Discute-se a licitude da 
acumulação NÃO REMUNERADA. . 
- Acumulação de vencimentos, proventos da aposentadoria e teto salarial (art. 37, XI e § 10º); 
O texto do inc. XI do art. 37, CF, com a redação dada pela EC 41/03, deixou claro que os valores percebidos, a qualquer 
título (subsídios, proventos, acumulados etc.), pelos agentes públicos, não pode ultrapassar o subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do STF. 
Antes essa Corte já havia decidido que não podem ser acumulados proventos (da aposentadoria) com remuneração, os 
cargos respectivos não poderiam ser acumulados na atividade (imaginemos dois cargos de técnico). A inovação é que 
os vencimentos percebidos dos cargos acumulados não poderão ultrapassar o teto salarial. A vedação vale para toda a 
AP, direta ou indireta. HLM destaca que o aposentado com mais de 70 anos (compulsoriamente) não poderá ocupar 
cargo ou função que não eletiva, eis que a própria CF estabelece uma presunção de incapacidade absoluta para o 
exercício do serviço público. 
 
ACUMULAÇÃO DE CARGO PÚBLICO E MANDATO ELETIVO 
 Assegurado na forma do art. 38 da CF, que estabelece que o servidor poderá exercer cargo eletivo federal estadual ou 
municipal sem perder o cargo, emprego ou função, DEVENDO AFASTAR-SE, COM PREJUÍZO DA REMUNERAÇÃO, 
observadas as seguintes exceções: 
 para os cargos de Prefeito e Vereador, o servidor poderá OPTAR entra a remuneração e o subsídio; 
 se Vereador e houver COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS não precisará se afastar, podendo acumular remuneração 
e subsídio; 
 o tempo do mandato será computado para todos os efeitos, exceto para promoção por merecimento. 
 
 EFETIVIDADE E ESTABILIDADE 
Disposições Constitucionais : 41, “caput” e § 4º. 
Provimento : é como se denomina o ato de designação de alguém para titularizar cargo público. 
- Provimento efetivo (pressupõe o estabelecimento de relação jurídico-funcional definitiva) e comissionado 
(determinando relação jurídico-funcional instável); 
- Efetividade, estabilidade e vitaliciedade; 
 EFETIVIDADE : condição funcional decorrente de vinculação operada por meio de provimento “efetivo”, que 
pressupõe o estabelecimento de relação jurídica-estatutária não temporária, ou seja, marcada pela característica da 
definitividade. Assim, os cargos de provimento efetivo são aqueles predispostos a receberem ocupantes em caráter 
definitivo. 
 Denomina-se EFETIVAÇÃO a aquisição de estabilidade em cargo de provimento efetivo. 
 ESTABILIDADE : é a garantia constitucional de permanência no serviço público – o direito de não ser 
desmotivadamente demitido - outorgada ao servidor que, nomeado para cargo de provimento efetivo, em virtude de 
concurso público, tenha : a) transposto o estágio probatório de 3 anos; b) submetido a avaliação especial de 
desempenho por comissão instituída para essa finalidade (HLM). 
 VITALICIEDADE : garantia funcional especial conferida diretamente pela Constituição aos ocupantes de 
determinados cargos públicos – os magistrados, por exemplo, conforme art. 95, I, CF - do qual somente poderão ser 
afastados por meio de sentença judicial transitada em julgado. 
"Não há que confundir efetividade com estabilidade. Aquela é atributo do cargo, designando o funcionário desde o 
instante da nomeação; a estabilidade é aderência, é integração no serviço público, depois de preenchidas determinadas 
condições fixadas em lei, e adquirida pelo decurso de tempo. (STF. RE 167.635, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento 
em 17-9-1996, Segunda Turma, DJ de 7-2-1997). 
- Fundamento da estabilidade (garantia da qualidade do serviço público, prestado por profissionais competentes e 
impessoais) : Visa a permanência do serviço público, protegendo contra exonerações arbitrárias. 
- Requisitos para a aquisição : a estabilidade pressupõe : 
a) Aprovação em concurso público e nomeação para cargo de provimento efetivo: de se ver, antes de mais nada, 
que os cargos públicos efetivos apenas são alcançados através de aprovação em concurso público específico 
(investidura originária). Daí se tem que inexiste estabilidade para cargos e funções não efetivas, de desempenho 
transitório. Embora já ocupante de cargo efetivo o servidor poderá não ser estável, desde que não preencha os 
requisitos abaixo. Todavia, não há estabilidade sem efetividade. 
AGENTES PÚBLICOS – p. 10 
 
b) Estágio Probatório de 3 anos: período durante o qual o servidor é observado com vistas a sua adequação ao 
serviço público, mediante o atendimento de requisitos legais (idoneidade moral, disciplina, aptidão, assiduidade, 
dedicação ao serviço etc.). O prazo de 3 anos é uma inovação da EC 19/98, sendo que o prazo anterior, de 2 anos, 
restou assegurada àqueles em corrente estágio à oportunidade da emenda (regra de transição). Para efeito do estágio 
apenas será computado o tempo de serviço decorrido após a nomeação para o cargo, não sendo aproveitado exercício 
público anterior de qualquer espécie. Nada obsta ainda a demissão do servidor durante o estágio probatório em face do 
cometimento de falta grave, devidamente processada. Não confundir com demissão sumária, ilegal em qualquer 
hipótese. 
Lei Fed. nº 8.112/90, art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará 
sujeito a ESTÁGIO PROBATÓRIO (...), durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o 
desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: I - assiduidade; II - disciplina; III - capacidade de iniciativa; IV -
 produtividade; V- responsabilidade. 
Súmula 21 do STF: “Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem 
as formalidades legais de apuração de sua capacidade” . 
c) Obrigatoriedade de avaliação especial de desempenho por comissão específica: decorrência do princípio da 
eficiência. Faz-se mediante o acompanhamento do desempenho do servidor ao longo do estágio probatório. Se 
insuficiente, não poderá o indivíduo ser confirmado no cargo, assim não adquirindo estabilidade. Será exonerado 
(providência sem caráter punitiva). O que não poderá haver é exoneração arbitrária, desmotivada, ou mesmo jungida a 
aspectos outros que não legais e referentes ao desempenho do servidor durante o estágio. De qualquer forma a 
exoneração somente se fará lícita se garantido ao servidor direito de defesa e contraditório. 
Em outras palavras, a exoneração do servidor só pode ressumar da comprovação administrativa da sua incapacidade, 
desídia ou inadequação para o serviço público. Vencido o prazo de três anos sem que a Administração Pública a tal 
avaliação, omitindo-se em seu dever, o servidor será automaticamente confirmado, obtendo a estabilidade, desde que, é 
claro, tenha preenchido todas as condições legais. A legislação federal assegura ao servidor o direito de retornar ao 
cargo anterior se não lograr aprovação no estágio probatório (recondução). 
 
ESTABILIDADE E DISPONIBILIDADE (mantença da integridade do vínculo funcional quando extinto o cargo, sem que o 
servidor tenha dado ensejo a isso) do servidor estável). Adquire-se estabilidade no serviço público e não no cargo, 
jamais podendo ser confundida com a inamovibilidade. Ademais o cargo poderá ser extinto ou transformado, à 
conveniência do interesse público (apenas o vitalício é que possui o direito de permanecer no cargo, enquanto este 
existir). Extinto o cargo, o servidor estável ficará em DISPONIBILIDADE, com remuneraçãoproporcional ao tempo de 
serviço, até o seu adequado aproveitamento em outro de natureza e vencimentos compatíveis (art. 41, § 3º). Já o 
vitalício inamovível não é obrigado a aceitar outro cargo, podendo permanecer disponível. Se extinto o cargo ou 
declarada sua desnecessidade durante o estágio probatório, o servidor que o ocupava será simplesmente exonerado, 
posto que por não ser estável, não tem assegurado o gozo da disponibilidade (Súmula 22 do STF: “O estágio probatório 
não protege o funcionário contra a extinção do cargo.”). 
A alteração da denominação do cargo ou de suas atribuições não afetam o ocupante estável, que terá o direito à 
continuação de seu exercício, VEDADA a transferência do servidor para cargo inferior ou incompatível com as suas 
aptidões profissionais reveladas em concurso público ou decorrente de títulos que serviram ao seu ingresso no serviço 
público. 
A REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS : 
 Disposições constitucionais: arts. 37, X a XV, e 39, “caput” e §§ 1º, 4º, 5º, 6º e 8º. 
 Lei e remuneração (X); 
- LIMITAÇÃO REMUNERATÓRIA: 
CF, art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não 
poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. LC 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal) - Art. 19. 
Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de 
apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir 
discriminados: I - União: 50% (cinqüenta por cento); II - Estados: 60% (sessenta por cento); III - Municípios: 60% 
(sessenta por cento). 
 
 REMUNERAÇÃO, VENCIMENTOS E SUBSÍDIO; 
 Art. 39, “caput”, CF: 
 Remuneração (contraprestação pecuniária pelo desempenho do cargo, função ou emprego público, 
correspondente ao total dos valores percebidos, a qualquer título, pelo agentes públicos). Compreende : 

 VENCIMENTOS (no plural) : corresponde às seguintes parcelas: 
 Vencimento (no singular) : “fixação dos padrões de vencimento”, remuneração básica do cargo, fixada em lei 
específica (parcela da remuneração restrita ao padrão de pagamento devido legalmente ao exercício, propriamente, do 
cargo, função ou emprego público). 
 Vantagens Pessoais : demais componentes do sistema remuneratório. 
Denomina-se “vencimentos” (no plural) a soma do valor correspondente ao padrão aos demais acréscimos 
pecuniários decorrentes da condição pessoal do servidor (vantagens: adicionais, gratificações etc.). 
AGENTES PÚBLICOS – p. 11 
 
Lei Fed. nº 8.112/90, art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos 
servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais: I - retribuição pelo exercício de função de direção, 
chefia e assessoramento; II - gratificação natalina; IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou 
penosas; V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; VI - adicional noturno; VII - adicional de férias; VIII -
 outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho; IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. 
 
 SALÁRIO : pagos aos EMPREGADOS PÚBLICOS (regidos pela CLT), titulares de empregos públicos. 
 
 SUBSÍDIOS (arts. 39, § 4º e 8º, 37, X e XI, e 144, § 9º, CR); 
Definição: modalidade de remuneração, fixada em parcela única (importância salarial retributória de natureza 
alimentar) para, em regra, AGENTES POLÍTICOS. Todavia, verificar o termo remuneração “por SUBSÍDIO” : fixado 
obrigatoriamente em parcela única, vedado “qualquer acréscimo” (gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de 
representação etc.), com as seguintes exceções : Direitos : 13º salário, 1/3 de férias etc., cfe art. 39, § 3º; Verbas de 
natureza indenizatória : diárias, transportes, sessões extraordinárias aos congressistas (art. 57, § 7º), férias e licenças 
prêmios não gozadas etc., visto tratar-se, umas, de espécie de despesa efetuada em favor do Estado, demandando a 
compensação do servidor; outras como indenização por direitos não usufruídos. 
Agentes afetos: por expressa disposição constitucional, abrange membros dos Poderes; detentores de mandato 
eletivo ; Ministros de Estado e Secretários Estaduais e Municipais ; Ministério Público, conforme art. 128, § 5º, I, “c”, da 
CF; Advogados da União, procuradores estaduais e municipais e defensores públicos, conforme art. 135 CF; Ministros 
do Tribunal de Contas da União, Conselheiros de Contas dos Estados e Municípios – pela condição de agentes políticos 
(art. 37, XI, CF); Servidores policiais da União e dos Estados, art. 144, § 9º, CF. 
Subsídios como remuneração facultativa : aos demais servidores públicos organizados em carreira ( art. 39, § 
8º). Fixação dos Subsídios : 
Fixação e Alteração: sempre por LEI ESPECÍFICA, art. 37, X, CF. A iniciativa dessa lei é sempre do Chefe do 
Poder respectivo, não podendo haver emendas do Legislativo. 
Presidente e Vice-presidente da República: competência do Congresso Nacional (art. 49, VIII,CF). 
Deputados Estaduais, Governador e Secretários Estaduais: A partir da EC 19/98 a fixação dos subsídios 
dependerá de aprovação de lei ordinária, de iniciativa da Mesa da Assembléia (art. 49, VII, CF). 
Membros do Poder Judiciário: por Lei de iniciativa dos correspondentes tribunais, mediante o seguinte 
escalonamento: Fixados por lei 
 Ministros dos Tribunais Superiores : 95% dos Ministros do STF 
 Demais magistrados Federais e Estaduais : serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, 
conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser 
superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos 
Ministros dos Tribunais Superiores. 
 Nos Estados: mantida a correlação a partir dos Tribunais de Justiça, cujos integrantes não poderão exceder 
95% dos subsídios dos Tribunais superiores (art. 93, V). 
- Ministros do Tribunal de Contas da União: mesmas prerrogativas dos Ministros do Superior Tribunal de 
Justiça ; 
- Ministério Público: por lei de iniciativa do MP ( art. 127, § 2º ), mas jamais superior ao teto. 
 
 TETO E PISO REMUNERATÓRIO. 
Abrangência : todos os ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da Administração Direta, autárquica e 
fundacional, de qualquer dos Poderes, bem como das entidades empresariais, de qualquer nível de governo. Idem 
proventos da aposentadoria e pensões (espécies remuneratórias que, segundo HLM, “enquadram-se no conceito geral 
de remuneração”). 
AGENTES PÚBLICOS – p. 12 
 
 TETO - limite máximo remuneratório: art. 37, XI, CF : A remuneração e o subsídio dos ocupantes de 
cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais 
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, NÃO PODERÃO EXCEDER O SUBSÍDIO MENSAL, 
EM ESPÉCIE, DOS MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, ... 
“Teto salarial. Empregado de sociedade de economia mista. Submissão aos limites estabelecidos pelo art. 37, XI, da CF. 
Precedentes do Plenário. Os empregados das sociedades de economia mista estão submetidos ao teto salarial 
determinado pelo art. 37, XI, da Constituição, ainda antes da entrada em vigor da EC 19/1998.” (STF. AI 581.311-
AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 14-10-2008, Segunda Turma, DJE de 21-11-2008). No mesmo 
sentido: RE 572.143-aGr, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 1º-2-2011, Primeira Turma, DJE de 25-2-
2011; AI 534.744-aGr, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 15-12-2009,Primeira Turma,DJE de 5-2-2010; RE 
590.252-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 17-3-2009, Segunda Turma, DJE de 17-4-2009. 
 “SUBTETOS” – CF, art. 37, XI – “(...) aplicando-se como LIMITE, nos MUNICÍPIOS, o subsídio do 
Prefeito, e nos ESTADOS E NO DISTRITO FEDERAL, o subsídio mensal do Governador NO ÂMBITO DO PODER 
EXECUTIVO, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do PODER LEGISLATIVO e o subsídio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, (...) no âmbito do PODER JUDICIÁRIO, aplicável este limite aos membros do 
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;”. Portanto: 
 PODER EXECUTIVO: 
nos MUNICÍPIOS, o subsídio do Prefeito; e, 
nos ESTADOS E NO DISTRITO FEDERAL, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo 
(opcionalmente, desde que previsto nas respectivas Constituições Estaduais e Distrital, o subsídio dos 
Desembargadores dos correspondentes Tribunais de Justiça). 
 PODER LEGISLATIVO: o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais. 
CF, art. 26, § 2º “O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, 
na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, 
observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º,”. 
Art. 29, VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura 
para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei 
Orgânica e os seguintes limites máximos: 
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento 
do subsídio dos Deputados Estaduais; 
b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá 
a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais 
c) em Municípios de cinquenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá 
a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; 
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá 
a cinquenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; 
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores 
corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais 
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a 
setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; 
 PODER JUDICIÁRIO: o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e 
vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no 
âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores 
Públicos. 
 Piso – limite mínimo remuneratório (art. 39, § 3º, c/c. art. 7º, CF): salário mínimo (valor total); e, 
 Relação entre os limites máximo e mínimo (art. 39, § 5º) 
 
 Revisão (adaptação da remuneração ao valor da moeda – valor intrínseco / reajuste : adaptação ao custo de 
vida – valor extrínseco) geral e aumento. 
- o art. 37, X, segunda parte : a anualidade e a aplicação de índices idênticos; 
Distinguem os autores, ademais, o AUMENTO IMPRÓPRIO (genérico), alusivo à manutenção do equilíbrio econômico e 
do poder aquisitivo (mera atualização monetária), daquele que realmente representa a elevação dos vencimentos. 
 
 Isonomia remuneratória (XII e XIII). O princípio da igualdade como imperativo constitucional geral. Segundo 
HLM a questão é regulada pelo princípio geral da igualdade (art. 5º da CF), ou seja, os especificamente iguais devem 
receber o mesmo tratamento perante a lei. É de se ter em vista que ao passo que genericamente todos os servidores 
são iguais, efetivamente existem diferenças específicas de funções : habilitação profissional, complexidade e condições 
do trabalho, graus de responsabilidade etc. Portanto a igualdade sempre haverá se der REAL. Assim sendo a 
remuneração deverá ser igual. Vide acima revisão remuneratória geral e anual sempre nos mesmos índices. 
“Não está aí proclamada isonomia remuneratória prescrita alhures (art. 39, § 1º, CF) para os cargos, aliás, de 
atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário . O que 
o inciso XII, art. 37, da Constituição, cria é um limite, não uma relação de igualdade. Ora, esse limite reclama, para 
AGENTES PÚBLICOS – p. 13 
 
implementar-se, intervenção legislativa uma vez que já não havendo paridade, antes do advento da Constituição, nem 
estando, desse modo, contidos os vencimentos, somente mediante redução dos que são superiores aos pagos pelo 
Executivo, seria alcançável a parificação prescrita’”. (STF. ADI 603, voto do Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 17-8-
2006, Plenário, DJ de 6-10-2006.) 
Paridade de vencimentos : igualdade de vencimentos ou de remuneração atribuídas a cargos, funções ou 
empregos iguais ou assemelhados, mas pertencentes a quadros de Poderes diferentes - XII). O art. 37, XII, CF 
estabelece que os cargos dos poderes Legislativo e Judiciário não poderão ser maiores que os vencimentos pagos pelo 
Poder Executivo. HLM diz então que, nesse caso, os vencimentos pagos pelos primeiros poderá ser até igual, nunca 
superiores àqueles. Tal medida decerto que restringe a regra também constitucional referente à competência desses 
Poderes fixarem os vencimentos dos seus servidores. De se ver, também, que tal vedação alude a cargos voltados à 
execução de uma mesmo serviço ou ao menos assemelhado. 
Equiparação (igualização artificial de cargos, funções ou empregos desiguais, mas que se entende, por via 
comparativa, que devem ser analogamente remunerados – XIII); 
Vinculação (corresponde à disposição legal de igualização das espécies remuneratórias de cargos, funções ou 
empregos diversos – XIII); 
Vedação de equiparações e vinculações : art. 37, XIII. Trata-se de proibição de tratamento igual para cargos 
com funções díspares, dentro ou fora do mesmo Poder (equiparação – não compreende simplesmente valores iguais, 
mas sim lei que estabeleça um mesmo valor para duas ou mais carreiras). Idem quanto ao atrelamento que obriga a 
alteração da remuneração de um cargo a automaticamente modificar a de outro por vinculação legal. A própria CF, 
entretanto, por vezes cria tal equiparação ou vinculação, como ocorre com os Ministros do Tribunal de Contas em 
relação aos Ministros do STF (equiparação – art. 73, § 3º) ou destes com os Ministros do STJ (vinculação – art 93, V). 
"Ação direta julgada procedente em relação aos seguintes preceitos da Constituição sergipana: (...) Art. 100: 
vinculação do reajuste da remuneração dos servidores do Poder Judiciário estadual ao dos magistrados. A 
Constituição do Brasil – art. 37, XIII – veda a vinculação de quaisquer espécies remuneratórias para efeito de 
remuneração de pessoal do serviço público. (...) Ação direta julgada procedente em relação aos seguintes preceitos do 
ADCT à Constituição estadual: Art. 42: vinculação dos proventos dos escrivães aos dos magistrados. Ofensa ao 
disposto no art. 37, XIII, da Constituição do Brasil." (STF. ADI 336, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 10-2-2010, 
Plenário, DJE de 17-9-2010). 
 Aumento e irredutibilidade de subsídios e vencimentos: A irredutibilidade trata-se, como já decidido pelo 
STF, de garantia jurídica, ou seja, impeditiva de redução nominal do salário, desservindo, entretanto, para assegurar o 
direito à atualização monetária (irredutibilidade real). 
 Acumulação de provento e remuneração: CR, art. 37, § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos 
de aposentadoria decorrentesdo art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, 
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados 
em lei de livre nomeação e exoneração.

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