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Resumo de Cefálopodes

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CAMPUS CAXIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E BIOLOGIA
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS- LICENCIATURA
DISCIPLINA: INVERTEBRADOS CELOMADOS
PROF: Dr. FRANCISCO LIMEIRA
RESUMO: CLASSE CEPHALOPODA
CAXIAS-MA
MAIO-2016
ADRIANA SOUSA
DANIEL PERREIRA
LAVINIA LIMA
SARAH ABIGAIL
RESUMO: CLASSE CEPHALOPODA
Resumo apresentado o professor Francisco Limeira, como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina de Invertebrados Celomados do curso de Ciências Biológicas – Campus Caxias/UEMA. 
CAXIAS-MA
MAIO-2016
Classe Cephalopoda
Características Gerais
A classe Cephalopoda (ou Siphonopoda) corresponde a um táxon altamente especializado dentro de Mollusca, por isso podem ser considerados os animais mais ativos dentro do filo, a classe possui cerca de 700 espécies viventes e 10.000 espécies extintas (Ruppert, 2005). Esses animais apresentam conchas com câmaras dispostas linearmente, que geralmente são reduzidas ou perdidas, possuem também cabeça e pé estão em uma das extremidades do corpo alongado com uma cavidade corpórea ampla e sistemas nervoso, sensorial e locomotor altamente desenvolvidos. São animais marinhos e carnívoros, onde há uma grande quantidade de predadores ativos e eficientes que ocupam nichos ecológicos de carnívoros pelágicos semelhantes aqueles ocupados pelos peixes, onde se encontra a competição e o compartilhamento de características convergentes.  Os animais da ordem Octopoda assumiram secundariamente um habito bentônico, os demais representantes da classe estão adaptados para nadar suspensos na coluna d’água. Os principais representantes da classe são nomeados comumente como: polvos, conhecidos por seus sacos de tinta, aparência inconfundível, e utilização em pratos culinários juntamente com as lulas, nessa classe encontramos também as sibas e os náutilos, com sua concha externa septada. Cephalopoda se divide em dois grupos grandes, ectococleados e endococleados, os ectococleados possuem uma concha calcária externa bem desenvolvida, típica dos Cephalopoda mais basais. Os endococleados são caracterizados pela presença de uma concha interna reduzida ou ausente, que compreende o táxon da sublcasse Coleoidea. 
Locomoção
Esses animais podem apresentar vários tipos de locomoção, a propulsão com nadadeiras por exemplo, utilizada por decápodes e octopodes cirriferos, onde a presença de um par de nadadeiras laterais musculares realizam um movimento de ondulações lentas e rítmicas, impulsionando o animal para frente pela coluna d’água. O tipo mais comum de locomoção e a que emprega os músculos da parede do manto (que se encontram entre as túnicas de colágeno interna e externa) para lançar um jato de água pelo funil, os músculos radiais se estendem da túnica interna para a túnica externa. A existência de válvulas inalante e exalante permitem a passagem da água num único sentido, e a contração de músculos circulares reduz a cavidade do manto e força a saída da água através do funil, o qual pode ser posicionado pelo animal possibilitando o controle do sentido do movimento, esses músculos podem ser utilizados para a realização da jato-propulsão lenta e rápida.
A maioria dos Cephalopoda utiliza a jato-propulsão lenta para locomoção e ventilação das brânquias, onde o aumento da pressão sobre a água presente na cavidade do manto abre a válvula exalante, fecha as inalantes e prende a borda do manto em volta da cabeça. O jato de água que sai do funil impulsiona o animal no sentido oposto. A jato-propulsão rápida e o movimento utilizado pelas lulas, funciona como uma reação de fuga em que ambos os músculos, circular e radial, vão participar. A contração dos músculos radiais provoca uma expansão em demasia na cavidade do manto, fazendo-a receber mais água do que durante a jato-propulsão lenta. Isso gera um movimento rápido e no sentido posterior, as contrações mais potentes para o nado de fuga são produzidas por um tipo de fibra muscular circular.
Há a existência também de animais rastejantes, os octopodes bentônicos, os quais rastejam sobre o fundo com o auxílio de braços com ventosas. Já os octopodes cirriferos com membranas interbranquiais nadam como medusas na coluna d’água. Algumas lulas saem da superfície da agua e planam no ar por distancias de ate 50 metros para escapar de predadores por meio da jato-propulsão rápida (alguns animais da Ordem Teuthoidea).
Alimentação
Os animais dessa classe são bem adaptados a alimentação raptorial e a uma dieta carnívora, a presa e inicialmente localizada pelos olhos eficientes, que formam imagens, e capturadas por apêndices circum-orais preênseis e singulares, lulas e sibas possuem 10 desses apêndices, distribuídos em cinco pares ao redor da cabeça, oito braços curtos e dois longos tentáculos retrateis. A superfície interna de cada braço e recoberta por ventosas musculares penduculadas com o formato de taça, que aderem ao substrato. Os tentáculos são altamente moveis e agarram a presa enquanto os braços ajudam a manipular e a prender. Os braços podem apresentar receptores químicas ou táteis.
Sistema Digestivo
Apesar dos vários tipos de sistema digestivo nessa classe, observou-se que a maioria corresponde a um modelo mais comum, onde a boca é rodeada por um conjunto de apêndices e um par de mandíbulas (uma dorsal e uma ventral, formando um “bico”), que abre-se para dentro, e representa a cavidade de comunicação entre o meio externo e a cavidade bucal, que é seguida posteriormente por um longo esôfago e depois estômago. O trato digestivo é em forma de U, saindo posteriormente do estômago até a conexão com o ânus (onde há a eliminação de resíduos), com a presença de divertículos nas junções esôfago-estômago-intestino que variam suas funções e morfologia de acordo com o táxon. A parede posterior da cavidade bucal possui o saco radular e a rádula, que é composta por fileiras transversais de dentes raspadores diferentes para degradação mecânica do alimento e ainda dois pares de glândulas salivares e uma glândula submandibular, sendo algumas secretoras de muco (glândulas salivares anteriores e submandibular e outras secretoras de veneno (glândulas salivares posteriores). O bolo alimentar é conduzido por meio de peristaltismo muscular via músculo circular e longitudinal, semelhante ao dos vertebrados, possuem também ceco e glândula digestiva que em parte é diferenciada em pâncreas, e é o maior órgão desses organismos.
Excreção e Osmorregulação
Animais pertencentes à subclasse Coleoidea (que representa quase todos os Cephalopoda viventes) realizam sua excreção por meio de dois nefrídios (um par de metanefrídios) associados aos coraçõe branquiais, já a subclasse Nautiloidea utiliza de dois pares de metanefrídios em sua excreção. Os nefrídios possuem regiões expandidas denominadas sacos renais, e drenam o celoma pericárdico por meio de canais renopericárdicos e desembocam na cavidade do manto via nefridióporo. Antes de desembocar no coração branquial, uma veia de grosso calibre penetra no saco renal, por onde os apêndices renais projetam-se para dentro do saco. 
Quando o coração branquial pulsa ele impulsiona a hemolinfa para dentro dos apêndices renais, fazendo a filtração das excretas através de suas finas paredes para o interior dos sacos renais dos nefrídios. Essa complexidade confere uma maior eficiência para esse sitema excretor comparado aos outros presentes nos demais integrantes de Mollusca.
Circulação e Trocas Gasosas
O sistema circulatório em Cephalopoda e fechado, com a presença de muitos vasos sanguíneos distintos e capilares, assim como estruturas acessórias que bombeiam a hemolinfa, tudo isso adaptado ao estilo de vida ágil de predador e a uma alta taxa metabólica, os quais podem ser comumente encontrados nos animais dessa classe. Existe ainda a comunicação de artérias e veias com redes de capilares para a ocorrência de trocas gasosas entre os tecidos, todas essas característicasgarantiram um aumento na pressão sanguínea e uma distribuição mais eficiente da hemolinfa para os tecidos. Os vasos são ainda delimitados por um endotélio celular semelhante ao dos invertebrados. Para que haja o bombeamento do sangue existem dois corações branquiais auxiliares (funcionando como o lado direto do coração de um mamífero) e um coração sistêmico, para oferecer sangue com maior pressão para o funcionamento das brânquias, o coração sistêmico e um órgão muito muscular e bem semelhante ao dos vertebrados, composto por um ventrículo e um par de átrios também contrateis, assim como a maior parte de seu sistema venoso, o que possibilita num maior retorno do sangue aos corações. O sistema circulatório dos animais da subclasse Nautiloidea não e completamente fechado, e é mais semelhante com o sistema de outros moluscos, o coração sistêmico desses animais possui quatro átrios e não dispõe de corações branquiais.
As trocas gasosas são efetuadas por um par de brânquias bipectinadas não ciliadas, unidas a parede dorsal da cavidade do manto pelo ligamento da brânquia e por seus filamentos duplamente pregueados, Nautiloidea possui quatro brânquias enquanto Coleoidea possui apenas duas. O manto cria um fluxo de água em direção posterior e ventral para dentro da cavidade por meio de suas contrações musculares, o fluxo retorna em direção dorsal e anterior, passando entre os filamentos das brânquias e saindo pelo funil, ação influenciada diretamente pelo eficiente suprimento de sangue sob pressão que as brânquias recebem pela corrente rápida respiratória gerada por músculos e pela grande superfície de contato encontrada nas brânquias pregueadas.
Sistema Nervoso
A complexidade do sistema nervoso dessa classe pode ser comparada a dos vertebrados, apresentam os maiores “cérebros” encontrados entre os invertebrados, o que representa a concentração do sistema nervoso (que são inúmeros gânglios fundidos e envoltos por um crânio cartilaginoso) num sistema nervoso central, cefalizado e com uma simetria bilateral, possuindo uma maior capacidade de aprendizagem, memória e maior complexidade comportamental e na captura do alimento (sistema sensorial altamente desenvolvido). O cérebro compreende um anel nervoso ao redor do esôfago dividido em região supra-esofágica e subesofágica, regiões que representam a parte sensorial integrativa e motora, respectivamente. Fazem parte dessa complexa rede os gânglios cerebrais, bucais, pediosos, pleurais, viscerais e estrelados (sendo os últimos os responsáveis pelo suprimento dos músculos do manto relacionados ao nado).
Órgãos Sensoriais
O sistema sensorial dos animais dessa classe e bem desenvolvido, representando a existência de sentidos semelhantes aos de vertebrados, pois os três nervos cranianos sensoriais primários dos vertebrados estão presentes – olfatório, óptico e ótico – em associação ao cérebro. A visão desses animais tem como principal órgão olhos bem desenvolvidos no estilo de câmaras, semelhante aos olhos de peixes, alojados em uma capsula óptica cartilaginosa fundida ao crânio, que possui uma córnea transparente e uma íris com uma pupila em formato de fenda estreita ao centro, localizada logo atrás da córnea. A íris e um diafragma muscular responsável pelo controle da entrada de luz ajustando o tamanho da pupila, a retina também esta presente recobrindo o fundo do olho, composta por células retinianas fotossensíveis. Esses olhos formam imagem e as conexões ópticas parecem ser muito eficientes para análise de movimentos verticais e horizontais de objetos no campo de visão e podem distinguir apenas um pigmento visual. Em Nautiloidea a formação de imagem é bem limitada, e os olhos nessa subclasse têm como principal função apenas a detecção de luz.
Podemos observar também a presença de estatocistos, análogos ao ouvido interno dos peixes, e são mais desenvolvidos em Coleoidea.Tem como função o equilíbrio, fornecendo informações ao animal sobre a posição do corpo em relação a gravidade, a detecção da aceleração angular e a discriminação entre posição horizontal e vertical. A cabeça e o braço de decápodes (lulas, da ordem Teuthouida) possuem linhas epidérmicas formadas por células dotadas de cerdas sensíveis a fracos movimentos da água e a ondas de pressão, análogas ao sistema da linha lateral dos peixes. Os Cephalopoda possuem também quimiorreceptores de contato (gustação, paladar) quanto de distancia (olfato, odor), possuem áreas de epitélio olfatório nos lados da cabeça. As ventosas e os lábios, em Coleoidea e os tentáculos, em Nautiloidea, são equipados com quimiorreceptores de contato, e os osfrádios estão presentes em todos os Cephalopoda, menos em Nautilus, que possuem osfrádios localizados na cavidade do manto, onde a água entra antes que as brânquias sejam banhadas. 
Reprodução Sexuada
As espécies dessa classe são gonocóricas, e realizam fecundação externa (na maioria dos casos), a transferência de espermatozóides é indireta com cópula e envolve espermatóforos e um órgão intromitente. O celoma desses animais consiste na cavidade pericárdica e em uma grande gonocele, onde serão introduzidos os gametas por meio de uma saliência da gônada (ovário ou testículo), o esperma é aglutinado em espermatóforo e são liberados na cavidade do manto por um ducto espermático por meio de um braço que funciona como órgão intromitente para a transferência, a modificação desses braços é denominada hectocotilia, em polvos. Em Nautilus o processo é um pouco diferente, quatro braços pequenos formam um órgão cônico denominado espádice, que atua na transferência do esperma. Após a fecundação, há a formação de ovos telolécitos e que se desenvolvem diretamente. Os rituais pré-copulatórios quase sempre envolvem mudanças marcantes de coloração com o objetivo de atrair a fêmea e desencorajar outros machos na área.
Referências
HICKMAN, C. P.; LARSON, A; ROBERTS, L. S. Princípios Integrados de Zoologia, 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
	
BRUSCA, R. C. & Brusca, G. J. Invertebrados. 2 ed. Editora Guanabara Koogan. p. 1098	
RIBEIRO-COSTA, C.S. & ROCHA, R.M. Invertebrados: Manual de Aulas Práticas. 2. ed. Holos Ed.. 2006. (Série: Manuais Práticos em Biologia, 3).

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