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Direito Romano: Fases Históricas e Poder Político

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História
Aula 11
- Direito Romano
1. Introdução
. Fases Históricas
O direito romano é um direito essencial pois vai renascer na idade média, servindo de base para o direito das potências euro
péias e outros países colonizados por estes.
A primeira coisa que devemos abordar é conseguir localizar suas diversas fases históricas que foram diferentes no campo polí
tico. Da sua fundação, no ano 754 AC até aproximadamente 510 AC, Roma foi uma realeza. Em 510, a realeza é substituida e até
o ano de 27 AC teremos a fase áurea, da república romana, quando Roma é governada pelos magistrados. Do ano de 27 AC até apro
ximadamente o ano de 285 DC temos o Principado e de 285 DC até 565 DC temos o Dominato, os últimos dois períodos sendo o do
Império Romano. No período do Principado o Imperador convivia com outras instituições políticas e no Dominato ele governava
sozinho.
Logo, podemos dividir a história do direito romano nesses três períodos, a realeza, a república e o império. Ainda se pode fa
zer uma divisão até aproximadamente o ano de 1453 quando teremos a fase Bizantina, mas apenas no império romano oriental. No
ocidente, o império romano termina no Dominato.
2. A Realeza
2.1) Origme
A primeira coisa que pode ser dita estudando Roma é sua própria origem. Existe uma discordância entre os historiadores quanto
a origem da cidade de Roma. Para alguns historiadores, ela foi formada pelos Etruscos, um povo que invadiu a região do Láscio
, derrotou povos daquela região e fundou a cidade de Roma. A segunda opção é que a cidade de Roma foi fundada por povos Lati
nos e, posteriormente, ocupada pelos Etruscos.
2.2) Grupos Sociais
Os grupos sociais existentes eram os Patrícios, Clientes e Plebeus. Os primeiros eram os detentores do monopólio político em
e do direito Roma, a elite aristocrática. Já os Clientes eram homens livres que se associavam aos patrícios em troca de sua
proteção. Por fim, os plebeus eram homens livres que habitavam a cidade, mas sem direitos, pois não podiam participar da reli
gião da cidade, a fonte do Direito, logo, se não têm religião, não podem ter propriedades, se casarem e outros.
2.3) Poder Político
Considerando essa divisão, ainda temos o grupo dos escravos, porém, falaremos deles posteriormente. Na realeza, se tinha a fi
gura do Rei, bastante centralizador, chefe do exército, juiz e sacerdote. Ele centralizava as funções políticas, religiosas e
jurídica, sendo um cargo vitalício, porém, não era um cargo hereditário. Quando um Rei morria, o Senado escolhia um dos seus
membros para ocupar a função de interrex, que governava por 5 dias até o novo Rei ser escolhido. Se esse prazo acabasse, o in
terrex passaria seu cargo para outro interrex.
O próximo grupo que exerceu algum tipo de poder político para a realeza é o Senado Romano, ocupado pelos Pátres, que eram, ba
sicamente, os chefes de família. Inicialmente, eram 100, mas até o final da realeza, esse número aumentou até chegar ao núme
ro de 300. Durante a realeza, ele tinha funções reduzidas, já que o Rei centralizava muitos poderes. Era responsável pela ad
ministração das finanças, muitas vezes causando desacordo com o Rei. O Rei seria indicado pelo Senado mas aprovado pelo ter
ceiro grupo social, o Comicio Curiata, uma assembleia popular.
A ideia de popular nessa realeza era feita por Cúrias, cerca de 30 na cidade, que eram conjunto de patrícios que não faziam
parte do Senado.
2.4) Direito
Nessa época, o direito era essencialmente consuetudinário, monopolizado pelos Patrícios, mas sempre de forma oral, não há re
gistro de lei escrita durante esse período, sendo a primeira lei romana escrita a lei das 12 tábuas na república.
3) República
3.1) Consquistas de Direitos por parte dos Plebeus
Essas conquistas serão importantes para que no fim da república não existam mais diferenças entre Patrícios e Plebeus. O pe
núltimo Rei, Sérvio Túlio, tentando fazer com que a Plebe desse uma sustentação política para o Senado, concede uma série de
direitos para os Plebeus, como a propriedade em territórios conquistados, a possibilidade de religião, entre outros. Isso fez
com que os Patrícios se revoltassem, principalmente ao Senado, que irá convencer os parentes de Sérvio Túlio a matarem ele e
assumirem o poder, quando subiu ao poder Tarquínio, O Soberbo, genro de Sérvio, que é deposto pelo Senado e este assume o po
der.
No início, em 510 AC, os primeiros cônsules retiram os direitos plebeus, os que Sérvio Túlio tinha concedido, perdendo suas
propriedades e religião. É evidente que isso vai causar um grande impacto na vida dos plebeus e eles se revoltam e, de acordo
com os historiadores, os plebeus resolvem abandonar Roma em direção ao Monte Sagrado em 493 AC. Isso foi ruim por conta do me
do da dismobilização do exército, e o Senado dá aos Plebeus a possibilidade de integrar o Tribunato da Plebe, para dar a ela
uma autonomia política. Ou seja, não se envolviam nas decisões do Senado, mas que tenham uma vida política autônoma e se re
gulem.
Em 445 AC foram feitas as Leis das 12 tábuas, que representavam um direito que deveria ser previamente estabelecido. Em 400,
os Plebeus podem ser escolhidos para o Senado, passando a ter Plebeus entre Patrícios no senado. Em 365 AC, o Plebeu passa a
poder ser escolhido cônsul, ocupando a função do magistrado mais importante e com essa conquista, os Patrícios tomam no Sena
do uma decisão importante, criando uma nova Magistratura, a chamada Pretura, para manter os Plebeus afastados do Direito, mas
30 anos depois os Plebeus conseguem acesso também á Pretura.
No ano de 286 AC, o Plebiscito, que antes era um conjunto de regras que valia apenas entre os plebeus, também passa a valer
para os Patrícios e, a partir dessa lei, dia a dia a diferença entre eles a diferença se diminui até não existir mais a dife
rença de denominação entre eles.
3.2) Poder Político
Inicialmente os magistrados eram os dois cônsules, onde o Senado evitou a centralização em uma pessoa. Com o passar do tempo,
novas magistraturas foram criadas para dividir o poder ainda mais, como o Censor, com a função de policiar os costumes e fa
zer o recenseamento da população. Haverá outros, como os Pretores, responsáveis pela administração da justiça. Basicamente o
cônsul ficava responsável pelo exército e manutenção da cidade.
Com essa descentralização, também se extinguiu o caráter vitalício do Rei, com um mandato de 1 ano com reeleição prevista. Is
so era significativo porque se o poder não é vitalício, ele não consegue exercer sua vontade de maneira absoluta. No senado,
o Senador exercia o mandato de forma vitalícia, tendo a função de fiscalizar as contas públicas. Muitas vezes quando um cõn
sul em seu mandato gastava de forma irregular, ele era punido pelo Senado, que exercia um grande poder de influência política
, já que o Cônsul não tinha um mandato vitalício e queria ser reeleito.
O terceiro órgão era o comício, divididos na Comicia Curiata, formada com base no nascimento, existindo apenas de forma simbó
lica, pois nenhuma decisão importante depende mais dela. Ele perde força para os Comícios Centuriatos, onde eram escolhidos
membros de acordo com a riqueza, dependendo do número de bens. Existiam 193 centúrias, que se reuniram e formaram esse comíci
o centuriato.
Havia um terceiro comício, o Comício Tributo, focado nos domicílios, composto de 35 tribos. Nessa assembléia, todos participa
vam, logo, sendo desprezada pelos Patrícios, pela maioria dos Plebeus. Ela tinha a função de escolher o tribuno da plebe e re
digir os plebiscitos.

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