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Nomenclatura Botânica

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IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES 
Um dos aspectos mais delicados da Fitoterapia é a identificação das plantas.
	O nome popular pode variar muito de região para região. 
	Duas plantas completamente distintas podem ter o mesmo nome popular.
A espécie Chenopodium ambrosioides L. tem vinte sete nomes populares 
catalogados. Ambrisina, cambrósia, apazote, canudo,chá-dos-jesuítas,lombrigueira.
Várias espécies de Dracontium são utilizados na região amazônica como anti-inflamatórias nome popular “jararaca”.
	No Ceará uma outra planta conhecida popularmente como “jararaca” é Tacarrum ulei Engl. & K.Krause, uma planta bem diferente e venenosa (da mesma tribo da comigo-ninguém-pode).
Bauhinia variegata L. 
Bauhinia forficata Link e Bauhinia unguiculata Backer - pata de vaca
Phylanthus niruri L. – quebra-pedra
Chamaesyce prostrata (Aiton) Small. - quebra-pedra
Nomenclatura botânica Carolus Linnaeus (Lineu) cada espécie tem apenas um nome botânico.
	O nome botânico é um binômio que consiste em um nome genérico (p. ex. Mellissa) seguido do nome da espécie ou epíteto específico (officinalis), e o nome do autor.
Nome científico: Mellissa officinalis L.
		 Phyllanthus niruri L. 
		 Bauhinia forticata Link
Sistemática Vegetal
O estudo da diversidade biológica e sua história evolutiva é chamada de sistemática.
Um aspecto importante da sistemática é a taxonomia – a identificação, a nomenclatura e a classificação das espécies.
A unidade fundamental de um sistema classificatório é a espécie. 
Denomina-se espécie um grupo de indivíduos que têm semelhanças grandes entre si.
A espécie não é a menor unidade sistemática.A espécie pode ser dividida em subespécies e cultivares e variedades. 
O conjunto de espécies que mais se assemelham é chamado de gênero,
O conjunto de gêneros que mais se assemelham é chamado de família,
O conjunto de famílias que mais se assemelham é chamado de ordem,
O conjunto de ordens que mais se assemelham é chamado de classe,
O conjunto de classes que possuem algo em comum forma a divisão.
Cada unidade taxonômica tem um sufixo próprio, que indica em que grau o grupo está incluindo dentro do sistema.
As palavras indicativas de famílias botânicas possuem como sufixo a terminação ACEAE; 
As ordens, o sufixo ALES;
As classes, o sufixo AE; 
A divisão, PHYTA.
Batata inglesa: Divisão-Magnoliophyta;
Classe- Asteridae, Ordem- Solanales, 
Família- Solanaceae, Gênero-Solanum, 
Espécie-Solanum tuberosum 
Nomenclatura Binária - Gênero
Nome genérico: Emprega-se, para designá-lo, um substantivo ou palavra substantivada, no singular, no caso nominativo e escrito com a inicial maiúscula.
Ex.: Musa, Anacardium.
Gênero
O nome dos gêneros pode ter origens variadas:
1. Aparência ou qualquer caráter presente ou predominante nas suas espécies.
Ex.: Phyllanthus (phyllon, folha e anthos, flor)
2. Em homenagem a uma pessoa.
Ex.: Michelia, dedicado a P. A. Micheli;
Aylthonia, em honra de Aylthon B. Joly.
3. Referido a uma localidade ou a um acidente geográfico.
Ex.: Cratylia, de Crato;
Tamarix, do rio Tamaris;
Lacunaria, de lagoa.
4. Nomes vernaculares latinos ou gregos, por meio dos
quais as plantas eram conhecidas antes da nomenclatura técnica.
Ex.: Quercus, Tamarindus, Fagus, antigos
nomes do Carvalho, Tamarindo e Faia.
5. Nomes aborígenas.
Ex.: Mucuna, Butia,
Inga, derivados
respectivamente,
de Mucunã, Butiá e Ingá.
6. Um anagrama ou outra significativa combinação de
letras.
Ex.: Galphimia, do gênero Malphighia; Lobivia, de
Bolívia.
Epíteto Específico
1. Adjetivo: concorda gramaticalmente com o nome genérico e usualmente indica um caráter diferencial da espécie ou, pelo menos, presente nos indivíduos que a constituem.
Ex.: Rosa alba (Rosa branca), Cedrella odorata (Cedro),Centrosema sagittatum (Trepadeira), Calliandra spinosa (Umari Bravo ou Marizeira). 
Outras vezes é referido o nome de pessoa - adjetivo
personativo: Cassia duckeana.
Ou a localidade – adjetivo patrimônico: Centrosema brasilianum, Dalbergia cearensis. 
Os nomes de pessoas correspondentes a epítetos específicos, conforme Recomendação do Código de
Nomenclatura, serão assim formados:
- se terminam em vogal (exceto em a) acrescenta-se i ou ae, conforme se trate, respectivamente, de nome masculino ou feminino (Cassia duckei, de Ducke; Mimosa laceae, de Lace). 
Quando o final é a, adiciona-se apenas a letra e (Vismia limae, Vellozia grazielae). 
Categorias infra-específicas
No Código de Nomenclatura Botânica, são previstos os seguintes táxons infra-específicos: subespécie, variedade, subvariedade 
 Quaisquer epítetos infra-específicos devem ser sempreadicionados ao binômio.
 Subespécie, variedade, subvariedade são abreviadas subsp., var. e subvar. 
Ex.: Cassia tetraphylla var. aurivilla; 
Cultivar
Nome reservado a variedade cultivada, criada pelo homem em seus trabalhos de melhoramento e se opõe à variedade botânica, criada e selecionada pela natureza.
Ex: Vitis vinifera Benitaka, Vitis vinifera BRS clara , Vitis vinifera Sultanina, 
Nomenclatura científica
A espécie é a entidade básica dos sistemas de classificação. Cada espécie tem um nome científico formado por um binômio, que deve obedecer as regras do Código Internacional de Nomenclatura Botânica (CINB).
As regras são:
1- O nome científico é sempre um binômio, escrito em latim;
2-A primeira palavra do binômio científico corresponde ao gênero e deve ser escrito com letra inicial maiúscula. A segunda palavra corresponde ao epíteto específico, para uma espécie determinada, e deve ser escrito com com letra inicial minúscula; 
3- O binômio científico deve ser acompanhado do nome do autor, ou seja, da pessoa que descreveu a espécie. Nomes de autores podem ser abreviados. 
4- Sempre que houver mais de um epíteto específico para nomear uma espécie, vale o princípio da prioridade, devendo ser utilizado o nome mais antigo, sendo os demais considerados sinônimos. Vale para todos os nomes publicados a partir de 1753.
5- O binômio científico deve ser grifado no texto, o itálico é o usual; quando manuscrito, deve ser sublinhado. Nomes de outras categorias hierárquicas, como tribos, famílias , ordens ou divisões não precisam ser grifadas.
Quando uma espécie é transferida de um gênero para outro, o nome do autor do epíteto específico deve vir entre parênteses, antes do autor que estabeleceu a última combinação. 
Ex: Limonium brasiliense (Boiss.) Kuntze, foi descrito inicialmente como Statice brasiliensis Boiss. 
	Quando Kuntze concluiu que o gênero correto era Limonium o epíteto específico dado por Boissier ficou ligado ao nome do autor entre parênteses.
Algumas espécies receberam nomes desacompanhadas de descrição. Neste caso o nome do autor da descrição deve ser mencionado após o nome do autor do nome da espécie.
 Ex: Maytenus ilicifolia Mart.ex Reissek. Martius deu o nome à espécie e o responsável pela descrição foi Reisseck. O CINB permite que seja excluído o nome do denominador da espécie.
	Algumas espécies foram descritas por mais de um autor, sendo necessário utilizar os dois nomes com et ou & entre os nomes.
Ex: Chondodendron tomentosum Ruiz et Páv. (ou Ruiz & Páv).
 
Em alguns casos, em uma descrição considerada incompleta, algumas características importantes podem ser adicionadas por outro autor, em nova publicação.
Neste caso acrescenta-se a abreviatura emend (emendavit) acompanhada do nome do último autor.
Ex:Crataegus monogyna Jacquin emend Lindman 
	Existem gêneros que são constituídos por numerosas espécies como Maytenus que é constituído por mais de 225 espécies. O gênero Ginkgo é constituído por uma única espécie , Ginkgo biloba L.
Na caracterização de uma espécie para sua determinação ou identificação, usualmente se inicia por observar as estruturas maiores, macroscópicas.
	Se o material for uma erva, observa-se sua morfologia externa, desde a ramificação da raiz, forma do caule, forma e disposição das folhas e organização das flores. 
	Se o material for um ramo de arbusto ou árvore, observa-sesua disposição das folhas e organização das flores. 
	Também pode ser muito importante a observação dos frutos e sementes.
Após a observação do material a ser identificado, é necessário que sejam utilizadas chaves de identificação.
	Existem chaves exclusivas para identificação de famílias, além de outras especificas para cada família.
	As chaves de identificação geralmente são dicotômicas, oferecem duas opções de escolha.
	Ex. adaptado de Joly (1977), ilustra o funcionamento de uma chave:
1a.Sementes nuas, isto é, não contidas dentro de um fruto, inseridas sobre folhas carpelares ou na extremidades de ramos...................Gymnospermae.
1b.Sementes inseridas dentro de um fruto..................................................Angiospermae.
 2a.Feixes vasculares do caule dispersos. Folhas geralmente paralelinérveas, em regra com bainha. Flores trímeras. Embrião com um cotilédone....................................Monocotyledoneae.
 2b. Feixes vasculares do caule dispostos concentricamente, formando um cilindro. Folhas com nervação reticulada, em regra sem bainha. Flores geralmente tetrâmeras ou pentâmeras. Embrião com dois cotilédones............................Dicotyledoneae.
COLETA , HERBORIZAÇÃO E CATALOGAÇÃO DAS AMOSTRAS
1- Coleta 
 	É a retirada de uma ou mais plantas ou partes delas da região.
	É necessário observar se a planta-alvo da coleta não é o único exemplar.
	Existem espécies em risco de extinção e a coleta indiscriminada pode acentuar o risco.
	Quando a coleta é para identificação utiliza-se pouco material.
2- Herborização
	É o processo de preparação do material coletado para preservá-lo em uma coleção de plantas denominada de herbário.
	O nome da planta herborizada e acondicionada em pasta ou folha de papel é exsicata (latim - exsico= secar); 
	As plantas coletadas para exsicatas devem ter estruturas reprodutivas como flores e frutos.
Plantas de pequeno porte ervas retiradas inteiras com raízes;
Arbustos e árvores porções terminais dos ramos com cerca de 30 cm, onde se encontram as flores e/ou frutos; 
	
Se a parte da planta utilizada for a casca do caule, anexar uma amostra a exsicata; 
	O material é colocado em folhas de papel absorvente, como jornal, sem fazer dobras. O jornal deve ser trocado todos os dias.
	O material deve ser colocado em duas laminas de madeira, chamada de prensa.
	Quando o material estiver seco prepara-se a exsicata. Prende-se a planta em folha de papel com fita adesiva, cola ou linha e agulha, dependendo das normas do herbário.
3- Registro de dados
	Todo material deve ter uma etiqueta de identificação.
	A etiqueta de coleta deve ser anexada à direita e na parte inferior da folha.
	Deve ter todas as informações referentes à planta, como nome científico, família botânica, nome popular, local e data da coleta, nome do coletor e número.
	Deve se registrar dados não mais visíveis na planta seca como cor das folhas, flores e aroma.
	Dados do ambiente como clima, tipo de solo, altitude, hábito de crescimento, porte da planta.
Todo material testemunha tem que ter o nome do coletor e número de coleta. Em caso de vários coletores o primeiro é citado. 
	O coletor e o número de coleta devem ser citados em todo trabalho técnico publicado sobre aquela planta.
	A citação deste material deve ser sempre seguida de uma indicação do herbário que onde o material foi depositado. 
	Todo herbário é representado por uma sigla, de forma que a citação “H.Lorenzi 1113 (HPL)” refere-se a uma planta coletada por Harri Lorenzi, sob o número 1113 e que se encontra depositada no herbário do Instituto Plantarum de Estudos da Flora.

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