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FRATURA DE GALEAZZY E FRATURA TRANSTROCANTERIANA

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS
CURSO DE FISIOTERAPIA- 
Orientadora: Tayana Pedreira.
FRATURALUXAÇÃO DE GALEAZZI – FRATURA TRANSTROCANTERIANA – 
 CASO CLÍNICO.
Acadêmica: Joicyane Moraes.
BELÉM-PA 
2016
FRATURALUXAÇÃO DE GALEAZZI
 É definida como uma fratura diafisária do terço distal do rádio associada a luxação aguda da articulação radio-ulnal distal, podendo acontecer isoladamente ou em associação. 
Ocorrem em até 5 cm da articulação rádio cárpica; 
Foi relatada pela primeira vez em 1942 por Cooper;
Posteriormente denominadas de fratura-luxação de Galeazzi em 1935.
(NELSON ELIAS; RONALDO GOMES, LUÍS ANTÔNIO V. MATHIAS DOS SANTOS; Rev. Bras. Ortop. 1996) 
 
 
 Referência: (Google imagem)
ANATOMIA 
Articulação Sindesmose; 
Membrana interóssea; 
Úmero-radial: Fóvea articular + Capítulo=prono/supino;
Radioulnar: Proximal/distal=flexão/extensão.
 Referência: (Google imagem)
 
 
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EPIDEMIOLOGIA
As fraturas da extremidade distal de rádio no adulto são responsáveis por 10 a 12% das fraturas do esqueleto; 
(ANDRADE; OLIVEIRA; BARROS, 2002; BARBOSA; TEIXEIRA-SALMELA; CRUZ, 2009).
Estas lesões correspondem a 7% de todas as fraturas de antebraço em adulto;
(Ver. Bras. .Ortop.1996) 
Mais comuns no gênero masculino.
MECANISMO DE LESÃO
Queda sobre a mão espalmada, geralmente com o antebraço pronado. 
Com a mão fixa ao solo, a rotação do corpo causa hiperpronação e as forças cruzam a articulação radiocarpal, que se encontra fixa, produzindo fratura da diáfise do rádio, onde se encurta gerando uma lesão do complexo fibrocartilaginoso ou uma fratura do processo estiloide da ulna.
 (NELSON ELIAS; RONALDO GOMES, LUÍS ANTÔNIO V. MATHIAS DOS SANTOS; Rev. Bras. Ortop. 1996) 
 
 Referência: (Google imagem) 
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Classificação
(Retting &Raskin) levando em consideração a distância do traço da fratura de rádio até a superfície articular do rádio distal.
Tipo I: Fratura do rádio em até 7,5 da superfície articular do rádio distal;
Tipo II: maiores que 7,5 cm da articulação, associada a instabilidade da articulação rádio ulnar distal (ARUD), possuem 55% destas lesões e apenas 6% do tipo I possuem instabilidade ARUD. 
CASO CLÍNICO
15 de setembro de 2016, B.M.T., masculino, 26 anos, procurou atendimento queixando-se de dor em face lateral do cotovelo esquerdo, após queda jogando Vôlei. Ao exame físico havia limitação dos movimentos de flexoextensão e pronossupinação Deformidade, edema e queixa de dor na rotação do antebraço e mobilização do punho, além de crepitação a palpação na região de dor mais intensa. Foi solicitada radiografia anteroposterior (AP) e Perfil (P) do cotovelo, na qual mostrou fratura do rádio distal, acompanhada de luxação radioulnar distal.
DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO
Fratura da base do estilóide ulnar; 
Alargamento do espaço radioulnar na radiografia AP; 
 Desalinhamento do rádio distal com a ulna no perfil ; 
 Encurtamento do rádio maior que 5 mm em relação à ulna. 
OBJETIVOS
Controlar dor e edema;
 Melhorar posicionamento do membro afetado;
 Diminuir rigidez articular,
 Ganhar força e ADM;
Aumentar propriocepção;
 Estimular a parte sensorial e funcional. 
TRATAMENTO CONSERVADOR:
Fraturas sem desvio ( Raras );
Indicado para Crianças;
 Imobilização axilopalmar com cotovelo fletido a 90 graus e mão em leve pronação e desvio ulnar por aproximadamente 3 semanas + luva gessada por mais 3 semanas;
Pode ocorrer a persistência dos sintomas ou mesmo da luxação redicivante na articulação radio-ulnal dista. 
 
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TRATAMENTO CIRÚRGICO
“Fratura da necessidade”
Redução cruenta e osteossíntese; 
Fixação com fio de Kirschner;
Placa e parafuso (Barton);
Fixador externo (fraturas cominutivas);
Imobilização com tala gessada aproximadamente por 4-6 semanas; 
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COMPLICAÇÕES
Distrofia simpática reflexa (típica desta fratura);
Consolidação viciosa;
Retardo da consolidação;
Lesão nervosa e tendinosa;
Infecção;
Rigidez articular;
Pseudoartrose;
Diminuição da ADM de rotação.
CONDUTA FISIOTERAPEUTICA
Orientações;
Crioterapia;
Eletroterapia;
Exercícios isométricos;
Exercícios isotônicos;
Exercícios de alongamento;
Fortalecimento.
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REFERÊNCIAS
NELSON ELIAS; RONALDO DA SILVA GOMES; LUÍS ANTÔNIO V; MATHIAS DOS SANTOS- TRATAMENTO DA FRATURA-LUXAÇÃO DE GALEAZZI- REV.BRS.ORT.- 1966;
ALBERTONI, W. M. et al. Fraturas instáveis da extremidade distal do rádio: estudo multicêntrico. Revista Brasileira de Ortopedia, São Paulo, v. 37, n. 9, p. 436-44, out. 2002.
Neckel Milton Jr.- ORTOPEDIA- Medicina – FAG.
FRATURA TRANSTROCANTERIANA
São fraturas que ocorrem na porção proximal do fêmur ocorrendo entre o grande e o pequeno trocânter, são extra capsulares,  em osso de predominância esponjosa e ricamente vascularizado.
Problema médico;
Problema econômico;
Problema social;
 (Marcos Matosb; Rogério Barrosc; Bruno Silvac; Santanad- 2010)
Classificação
Estáveis: 
Instáveis: 
Classificação de Evans, modificada por Jensen.
ANATOMIA
 
 Referência: (Google imagem) Referência: (Google imagem)
EPIDEMIOLOGIA
Considerada como um dos maiores problemas de saúde pública do século XXI;
Aumento da população idosa;
A incidência aumenta após os 60 anos, com pico entre 70 e 79 anos, devido à osteoporose;
Predominância no gênero Feminino;
Pacientes com fraturas transtrocanterianas são em média 10 a 12 anos mais velhos do que pacientes com uma fratura do colo do fêmur, que é intracapsular;
 (Marcos Matosb; Rogério Barrosc; Bruno Silvac; Santanad- 2010)
FATORES DE RISCO
Idade;
 Sexo;
 Drogas;
 Osteoporose;
 Menopausa precoce;
 Sedentarismo; 
Perda de equilíbrio;
 perda da capacidade cognitiva;
 presença de comorbidades.
MECANISMO DE LESÃO
Traumáticas: Jovens em acidentes de trânsito ou quedas de altura;
Patológicas: Idosos geralmente por osteoporose com queda diretamente sobre o quadril ou mecanismo em torção no qual o tronco gira com o pé fixo. 
CASO
CLÍNICO
Paciente, D.S.M, 78 anos, procurou atendimento médico após ter caído da própria altura na sua Casa, apresenta membro esquerdo encurtado, edemaciado e com hematoma. Refere quadro Álgico intensa ao toque na porção lateral sobre o primeiro trocanter, com dificuldades e Limitações para movimentos na articulação coxofemoral para flexão, abdução e adução do Quadril, sendo a imobilidade sua queixa principal por não conseguir caminhar, exibe rotação externa do membro acometido com os pés voltados para fora. 
Paciente declara histórico de hipertensão e insuficiência renal, ocasionando maior tempo de internação do mesmo no hospital. Para melhor Diagnóstico foi solicitado radiografia em AP e perfil após leve tração. Após diagnósticos de imagem o paciente foi submetido a uma cirurgia de redução de fratura transtrocantérica com osteossintese utilizando a placa DHS ou parafusos deslizantes. Posteriormente encaminhado para a fisioterapia. 
DIAGNÓSTICO
o membro fraturado está obviamente encurtado e em rotação externa, às vezes de 90º. Não raramente, observa-se hematoma sobre o grande trocanter.
Radiografia em AP e perfil, após tração com rotação interna. 
OBJETIVOS E CONDUTAS
Controlar dor e edema;
 Melhorar posicionamento do membro afetado;
 Diminuir rigidez articular,
Evitar hipotrofia;
Manutenção do Tônus;
 Ganhar força e ADM;
Iniciar deambulação com carga parcial até total. 
Aumentar propriocepção;
 Estimular a parte sensorial e funcional;
TRATAMENTO CONSERVADOR
Indicado apenas para pacientes gravemente debilitados e que não andam. 
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Estáveis: São geralmente tratadas com “parafuso deslizante do quadril” (DHS) ou hastes;
Instáveis: São geralmente tratadas com hastes intramedulares associadas a parafusos. 
 Artroplastia de quadril. 
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COMPLICAÇÕES
A mortalidade varia de 6% a 11% no primeiro mês, 14% a 36% no primeiro ano.
 (Rev. Assoc. Med. Bras. 2011)
Complicações na ferida operatória e infecção; 
Mortalidade;
Necrose avascular;
Pseudoartrose.
fenômenos tromboembólicos.
CONDUTA FISIOTERAPEUTICA
Posicionamento no leito;
Massagem;
Mobilização ativa com pouca ADM/resistência;
Exercício metabólico;
Fortalecimento de MMSS e MMII 
Exercício isométrico;
Exercícios isotônicos;
Treino de marcha.
REFERÊNCIA 
GOTTFRIED KÖBERLE- FRATURAS TRANSTROCANTERIANAS ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO-Rev Bras Ortop _ Vol. 36, Nº 9 – Setembro, 2001);
Fernanda de Aquino Moraes Guimarães; Renato Ribeiro de Lima; Alessandra de Castro Souza; Bruno Livani; William Dias Belangero.-AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES IDOSOS UM ANO APÓS TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA TRANSTROCANTERIANAS DO FÊMUR-Rev Bras Ortop. 2011;
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Colégio Brasileiro de Radiologia-DIRETRIZES EM FOCO Fratura transtrocantérica – Rev. Assoc. Med. Bras.- 2011:
Marcos Almeida Matosb Rogério Meira Barrosc Bruno Vieira Pinto da Silvac Flávio Robert Santanad-AVALIAÇÃO INTRA-HOSPITALAR DE PACIENTES PORTADORES DE FRATURAS DO FÊMUR PROXIMAL- Revista Baiana de Saúde Pública -2010.

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