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1 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO Prof. Paulo Márcio da Silveira Universidade Federal de Itajubá Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS Paulo Márcio •Conceitos básicos •Filosofia geral da proteção •Transformadores para instrumentos •Disjuntores •Relés de proteção – principais funções •Princípios básicos de relés numéricos 2 Cap I.2 INTRODUÇÃO Conceitos básicos a) Representação de componentes b) Componentes simétricas c) Aterramento de sistemas e equipamentos d) Dinâmica do curto-circuito e) Programas para análise de transitórios eletromagnéticos Proteção de Sistemas Elétricos Conceitos e ferramentas 3 Proteção de Sistemas Elétricos Representação de componentes Gerador Transformador jX”d E~ jX1 R1 jX2 R2 RmjXm jXT RT XT = X1 + X2 RT = R1 + R2 Proteção de Sistemas Elétricos Representação de componentes Linhas de transmissão Linhas curtas – Linhas médias – Linhas longas ZL/2Y jXL RL ZL/2 ZL Y/2Y/2 Parâmetros distribuídos 4 Proteção de Sistemas Elétricos Representação de componentes Linhas de transmissão Pode ser usado modelo PI com os valores de Z e Y corrigidos .( )( . ) 2 .. 2 corrigido corrigido ltghsenh lZ Z Y Y ll γγ= ∴ = γγ � � � � .y zγ = Constante de propagação Proteção de Sistemas Elétricos Representação de componentes Cargas Complexidade dependendo da exigência da modelagem Vai desde R até modelos não lineares e variáveis --------------------------------------------------------------------------- Na representação geral dos sistemas => • Valores por unidade “pu” • Grandezas de base 5 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Análises das Correntes de “Curtos –Circuitos” SIMETRICAS => 3Φ ASSIMÉTRICAS ( Faltas Desequilibradas) Curtos: 2Φ; 2Φ-T; ΦT Abertura de Condutores: 1Φ; 2Φ Relações: “Tensões x Correntes” Componentes Simétricas Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va1=Va1 Va2=Va2 Vb2=aVa2 Vc2=a2Va2 Va0=Va0 Vb0=Vb0 Vc0=Vc0 Vb1=a2Va1 Vc1=aVa1 6 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va1=Va1 Va2=Va2 Vb2=aVa2 Vc2=a2Va2 Va Va0=Va0 Vb0=Vb0 Vc0=Vc0 Vb1=a2Va1 Vc1=aVa1 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va1=Va1 Vb1=a2Va1 Va2=Va2 Vb2=aVa2 Vc2=a2Va2 Vb0=Vb0 Vc0=Vc0 Va Va0=Va0 Vb Vc1=aVa1 7 a 0 2 b 1 2 c 2 V 1 1 1 V V = 1 V V 1 V a a a a ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ 0 a 2 1 b 2 2 c V 1 1 1 V 1V = 1 V 3 V 1 V a a a a ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va1=Va1 Vb1=a2Va1 Vc1=aVa1 Va2=Va2 Vb2=aVa2 Vc2=a2Va2 Vb0=Vb0 Vc0=Vc0 Va Va0=Va0 Vb Vc Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va1=Va1 Vb1=a2Va1 Vc1=aVa1 Va2=Va2 Vb2=aVa2 Vc2=a2Va2 Vb0=Vb0 Vc0=Vc0 Va Va0=Va0 Vb Vc 8 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Va1=Va1 Vb1=a2Va1 Vc1=aVa1 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas 9 DIAGRAMAS SEQUENCIAIS - CONEXÕES Falta Trifásica: DSP Falta Bifásica: DSP –DSN em paralelo Falta Bifásica à terra: DSP-DSN-DSZ em paralelo Falta Monofásica: DSP-DSN-DSZ em série Abertura de 01 condutor: DSP-DSN-DSZ em paralelo* Abertura de 02 condutores: DSP-DSN-DSZ em série* * (impedância série) Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas 10 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas 11 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas DIAGRAMAS SEQUENCIAIS => cálculo da Icc 11 3 0 ϕφ ∠ ∠= Z VI TH D φφ 3 121 2 .866,0.2 .3.3 I Z V ZZ VI THTH ≅≅+= � � �� � ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +−⋅+==− 02 2 021 0 // .33 ZZ Z ZZZ VII THT �� � ��� � φφ 021 0 .33 ZZZ VII THT ��� � ++==−φ Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas 12 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ia Ib Ic Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ia Ib Ic 13 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ia Ib Ic Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ib Ic 14 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ia Ib Ic Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ia 15 Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ia Ib Ic Proteção de Sistemas Elétricos Componentes simétricas Va Vb Vc Ib Ic 16 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos Principal: segurança pessoal Escoar pelo condutor de aterramento a corrente devido à falha de isolação. Prever percurso de retorno e baixa impedância para a corrente de falta a terra para que o sistema de proteção possa operar de maneira satisfatória. Oferecer caminho de baixa impedância, seguro e controlado, para as correntes induzidas por descargas atmosféricas. Fornecer controle das tensões desenvolvidas no solo (toque, passo, transferida) durante falta para massas, com objetivo de proteger pessoal e patrimônio. Estabilizar tensão durante transitórios no sistema elétrico de forma a não aparecer sobretensões que possibilitem ruptura de isolação dos equipamentos. Escoar cargas estáticas acumuladas. Fornecer plano de referência sem perturbações (especificamente para cargas eletrônicas). Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 17 a) Sistema aterrado São aqueles que se apresentam com impedâncias de seqüência nula (X0) com valores muito próximos da impedância de seqüência positiva (X1), desde que a diferença angular entre tais vetores seja menor ou igual a 90 . Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 1 x re3 x x 1 0 1 0 ≤≤ Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos a) Sistema aterrado Sistemas aterrados diretamente, ou através de resistências de baixo valor ohmico, e cuja relação entre X0 e X1 esteja dentre os limites estabelecidos, são considerados rigidamente ou solidamente aterrados. Nestes casos, qualquer contato a terra representa uma falta, de natureza de curto-circuito, com forte assimetria, e deve ser desligada imediatamente. As tensões entre fases e fase-terra se alteram e as tensões fase-terra das fases sãs atingem, no máximo, 80% da tensão nominal (fase-fase). 18 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos b) Sistema Isolado Praticamente são os sistemas que se apresentam com impedâncias de seqüência nula (Xo) com valores muito mais altos que a impedância de seqüência positiva (X1) ou até infinitamente grandes Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 0 1 10x x ≥ 19 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 0 1 10x x ≥ Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos Neutro ressonante 20 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos REVIEW OF GROUND FAULT PROTECTION METHODS FOR GROUNDED, UNGROUNDED, AND COMPENSATED DISTRIBUTION SYSTEMS Schweitzer Engineering Laboratories, Inc. Pullman, WA USA Todos os equipamentos dos sistemas elétricos de potência são influenciados diretamentepelo aterramento. Uma formula prática de cálculo do fator de aterramento é apresentada a seguir. Esta determina a porcentagem da tensão nominal surgida entre fase e terra, no caso de qualquer contato a terra. 2 0 1 0 1 1 3 1 2 2 . x xe x x ⎛ ⎞⎜ ⎟⎜ ⎟= ⋅ +⎜ ⎟+⎜ ⎟⎝ ⎠ φ φφ=T .V eV Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos 21 Proteção de Sistemas Elétricos Aterramento dos sistemas e equipamentos Corrente residual para falta fase-fase-terra Tensão residual para falta fase-terra Tensão residual para falta fase-fase-terra Corrente residual para falta fase-terra Te ns ão re si du al e c or re nt e re si du al c om o m úl tip lo d a te ns ão V fe Ic c3 f Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 22 Estatística de faltas Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito (ψ, Î o instante inicial de c.c.) (constante de tempo do sistema primário) 1 1. . .sen( )cc cc dR i L i E t dt + = ω +ψ 1.sen( ) .sen . t T cci I t I e −= ω + δ − δ δ = ψ −θ 1 1 xarctg R θ = 1 EI Z = 2 2 1 1 1Z x R= + 1 1 1 LT R= L1 R1 Icc E~ PMS – EFEI/GQEE Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 23 S.E. – altamente indutivos (x1>>R1) => Icc (regime) => atrasada de aproximadamente 90o em relação a tensão. 3 casos: 1→ e = E Î c.c. simétrico= ω.sen( )cci I t PMS – EFEI/GQEE Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito S.E. – altamente indutivos (x1>>R1) => Icc (regime) => atrasada de aproximadamente 90o em relação a tensão. 3 casos: 1→ e = E Î c.c. simétrico 2→ e = 0 Î c.c. totalmente assimétrico = ω.sen( )cci I t 1[cos( ) ] t T cci t e −= − ω − PMS – EFEI/GQEE Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 24 S.E. – altamente indutivos (x1>>R1) => Icc (regime) => atrasada de aproximadamente 90o em relação a tensão. 3 casos: 1→ e = E Î c.c. simétrico 2→ e = 0 Î c.c. totalmente assimétrico 3→ e = qqÎ icc OBS: 1) Assimetria dependerá: 1o) instante do c.c. 2o) constante de tempo primária 2) T1→ pode variar: 20ms (linha longa) 150ms (defeito perto do gerador) 3) Para T1 grande: o valor de crista ocorre cerca de 8.33 ms da ocorrência do curto e pode valer até 4) Para T1=50ms → Ipico=2,54.Iccef (1,8) (valor adotado por normas européias Idin=2,5.ITH) = ω.sen( )cci I t 1[cos( ) ] t T cci t e −= − ω − 2 82 2 2, = ( . ).ccef ccefI I PMS – EFEI/GQEE 2π − δ ωpt = Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito S.E. – altamente indutivos (x1>>R1) => Icc (regime) => atrasada de aproximadamente 90o em relação a tensão. 3 casos: 1→ e = E Î c.c. simétrico 2→ e = 0 Î c.c. totalmente assimétrico 3→ e = qqÎ icc .sen( )cci I tω 1[cos( ) ] t T cci t e −= − ω − PMS – EFEI/GQEE Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 25 PMS – EFEI/GQEE 2+ ''. KA I 1.sen( ) .sen . t T cci I t I e −= ω + δ − δ2= ''. KI I Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE O módulo de Is do primeiro pico da corrente de curto-circuito ik depende do ângulo ψ e do ângulo da impedância θ. O maior valor está sempre associado com ψ = 0. Se ψ = θnão há componente dc. Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 26 PMS – EFEI/GQEE Fator de assimetria Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE Transmissão Distribuição θ = 45o Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 27 PMS – EFEI/GQEE L1 R1 Icc E~ Zc=Rc+jXc ib Comparar com casos anteriores Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE Em ambos os casos a corrente começa no nível instantâneo da corrente de carga. ik - ib Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 28 PMS – EFEI/GQEE 2 2 − − = + + = ω +ψ −θ + ψ −θ = ω +ψ −θ + ψ −θ ~ '' '' . .[sen( ) .sen( ). ] . .[sen( ) .sen( ). ] g g cc b dc t Tk cc k t Tb cc k k i i i i ZUi t e Z Z Ii I t e I Z = Zc + Zk Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE Sistema trifásico 0 03 0 11= =, ; .k g k R T s X Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 29 PMS – EFEI/GQEE Reatâncias do Gerador A tensão em vazio do gerador dividida pelo valor eficaz da corrente de curto permanente é a chamada reatância síncrona de eixo direto (ao). Esta reatância (Xd) engloba a reatância total do enrolamento do rotor (dispersão + reação do induzido) Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE Reatâncias do Gerador Retrocedendo a envoltória até o instante zero e desprezando os primeiros ciclos a intersecção determina ob. O valor eficaz da corrente representado por esta intersecção é chamada de corrente transitória (I’). A reatância transitória de eixo direto Xd’ é igual a Eg/I’. Engloba a reatância de dispersão do enrolamento do estator e de campo. Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 30 PMS – EFEI/GQEE Reatâncias do Gerador Considerando a intersecção da envoltória de toda a corrente com A ordenada em t = 0 s, tem-se a corrente subtransitória (I’’). I’’ = 0,707.Ioc. Muitas vezes chamada de corrente eficaz simétrica inicial (contém a idéia de desprezar a componente cc e tomar o valor eficaz da componente ac da corrente imediatamente após a falta. A reatância dada por Eg/I’’ é dita reatância subtransitória de eixo direto (reatância de dispersão dos enrolamentos do estator e do rotor (neste inclui enrolamentos amortecedores) Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE Reatâncias do Gerador Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 31 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador As reatâncias do gerador analisadas anteriormente determinam, junto com as impedâncias de rede, no trecho compreendido entre o gerador e o ponto de curto- circuito, os valores iniciais e finais do processo de amortecimento. Para também determinar os instantes de tempo em que esses valores ocorrem, há necessidade de examinar as constantes de tempo presentes, a saber: • A constante de tempo do fenômeno subtransitório T”d • A constante de tempo do fenômeno transitório T’d • A constante de tempo da componente de c. contínua Tg Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador A constante T”d depende das propriedades amortecedoras do circuito de corrente do rotor, e, em especial, do enrolamento de amortecimento. Seu valor é função das reatâncias do gerador e da rede, de acordo com a expressão: onde T”d0 é a constante de tempo subtransitória do gerador em vazio. O valor de T”d0 é da ordem de 50ms e não pode ser ultrapassado por T”d porque X’d > X”d. No caso de um curto-circuito nos terminais do gerador, ou seja, XN = 0, T”d decresce cerca de 33ms. Portanto, T”d varia relativamente pouco e todo o fenômeno subtransitório fica limitado a 3 ou 4 semi-períodos. O tipo de curto- circuito (mono-, bi- ou trifásico) tem pouca influência sobre a constante de tempo subtransitória. '' '' '' 0' . += + d N d d d N X XT T X X Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 32 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador A constante de tempo T’d do fenômeno transitório é a função das propriedades amortecedoras do circuito de excitação. Seu valor sofre a influência do tipo de curto-circuito, de modo que os valores são diferentes nos casos de defeito tri-, bi- ou monofásico. Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador 1) curto-circuito trifásico: a constante de tempo T’d é a função de reatâncias dogerador e da rede e é dada pela seguinte expressão: Onde T’d0 é a constante de tempo transitória do gerador em vazio, sendo o seu valor de 5 a 13 s. Os valores menores são encontrados nas máquinas com pólos salientes e os maiores nos turbogeradores. Quando o curto-circuito ocorre junto dos terminais do gerador, ou seja, quando XN = 0, o valor de T’d(3) se reduz a 1s nos turbogeradores e a 2s nas máquinas com pólos salientes. Portanto, o fenômeno transitório somente desaparece após um tempo de 3 a 6s. ' ' ' (3) 0. += + d N d d d N X XT T X X Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 33 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador 1) curto-circuito trifásico: Se a impedância de rede não é predominantemente indutiva, mas acompanhada de elevada parcela resistiva, então a constante de tempo transitória é ampliada, dada pela equação: 2 ' ' ' (3) 02 . + ++= + ++ N d N d N d d N d N d N R X X X XT T R X X X X ' ' ' (3) . +≈ + d N d do d N X ZT T X Z Quando se deseja avaliar o efeito dos ângulos da rede Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador 2) curto-circuito bifásico: para a determinação da constante de tempo T’d(2) precisa-se levar em consideração tanto a influência da impedância de seqüência positiva quanto negativa. Daí resulta a expressão: X2 é a reatância de seqüência negativa do gerador. Nos turbogeradores, os valores de X2 e X”d (reatância subtransitória) são praticamente iguais; no caso de geradores com pólos salientes e enrolamento de amortecimento, X2 é da ordem de 20% maior do que X”d. T’d(2) se torna cerca de 50% maior do que o valor encontrado num circuito trifásico => influência de X2 ' ' '2 (2) 0 2 2 . 2 + += + + d N d d d N X X ZT T X X Z Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 34 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador 3) curto-circuito monofásico: além de se levar em consideração a impedância positiva e a negativa, é necessário incluir também a impedância zero. A impedância de seq. zero provoca um aumento da constante de tempo T’d(1) do curto-circuito monofásico; esse aumento será tanto maior, quanto maior for a impedância de seq. zero em relação à impedância de seq. positiva; naturalmente T’d(1) não pode ultrapassar o valor de T’d0. ' ' '2 0 (1) 0 2 0 2 . 2 d N d d d N X X Z ZT T X X Z Z + + += + + + Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo do Gerador Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 35 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo da componente contínua É praticamente a mesma para qualquer tipo de curto Na qual Ra é a resistência ôhmica do enrolamento do rotor do gerador e RN a resistência ôhmica da rede. '' ω.( ) d N g a N X XT R R += + Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo da componente contínua Para o caso de um curto-circuito nos terminais do gerador, ou seja, com XN = RN = 0, o valor de Tg varia entre 0,1 e 0,2s , o que corresponde em média a uma resistência de rotor de ordem de 2 a 3% da reatância subtransitória. Em geradores de grande potência, refrigerados a água, Tg chega a atingir 0,4s. Quando o curto-circuito ocorre na rede, a constante de tempo será tanto menor, quanto menor for o valor de XN / RN. Portanto, ao contrário do que acontece com a componente da corrente alternada, quando o curto-circuito se dá na rede, a componente da corrente contínua desaparece após 0,3 a 0,6s. Para curtos-circuitos localizados nas redes, esse tempo se reduz em função da relação R/X do circuito em curto-circuito, atingindo valores de até 0,01s. Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 36 PMS – EFEI/GQEE Constantes de tempo da componente contínua Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE ( ) ( )'' ' 11 1'' ' ' ''( ) 2. . . .sin(ω δ) . .sin δ⎧ ⎫⎡ ⎤⎪ ⎪= − + − + − +⎢ ⎥⎨ ⎬⎢ ⎥⎪ ⎪⎣ ⎦⎩ ⎭ gd d TT T k t k k k k k ki I I e I I e I t I e Comportamento das três fases Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 37 PMS – EFEI/GQEE ( ) ( )'' ' 11 1'' ' ' ''( ) 2. . . .sin(ω δ) . .sin δ⎧ ⎫⎡ ⎤⎪ ⎪= − + − + − +⎢ ⎥⎨ ⎬⎢ ⎥⎪ ⎪⎣ ⎦⎩ ⎭ gd d TT T k t k k k k k ki I I e I I e I t I e Influência da carga e do regulador de tensão Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE Em resumo: Curto 3φ => Metodologia fácil => reduzir a um circuito equivalente 1φ. Curto desequilibrado: Componentes Simétricas Diagramas de Seqüência Períodos: Subtransitório 0,5 a 2 ciclos (tipo de cc pouca influência) Transitório 2 a 6 s depende do tipo de cc - 3φ 2φ φT Em Regime ⎪⎪⎩ ⎪⎪⎨ ⎧ ⋅≅ = ⎭⎬ ⎫⋅≅ ∑ eq pu cc cccc Z E I XXII ,0,2,1 1 213 3 quando , 2 3 φ φφφ ddX τ ′′ ),( ddX τ ),( ddX τ ′′′′ ),( Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 38 • Valor de Pico: define capacidade nominal de estabelecimento de disjuntores. • Fator de assimetria = fator de impulso (IEC/VDE) (χ = kapa) • Leva-se em consideração por hipótese, o início de curva com valor inicial zero, atingido, meio período após o seu valor máximo, que equivale a 8,33 ms (f = 60 [Hz]). 3 1,02 0,98χ −≅ + ⋅ R Xe 2 χ ′′= ⋅ ⋅pico kI I Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 1) para curto afastado do gerador 2) para curto próximo do gerador 3 1,02 0,98χ −≅ + ⋅ R Xe Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 39 • Obs: Norma ANSI – Adotar as relações e 15 p/ dimensionar disjuntores de BT e AT respectivamente. • Ex: p/ e [ms] • Norma IEC – adota 2,5 • Furnas - 6,6=RX 15=RX 33,8=t kpico II ′′⋅⋅= � � � 56,2 82,12 56,2=f2 (1 )−= ⋅ + gtTassimf e Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito x/r = 3.77 Tg=0.01 s x/r = 17 Tg=0.045 s x/r = 22.6 Tg=0.06 s x/r = 37.7 Tg=0.1 s x/r = 56.55 Tg=0.15 s x/r = 75.4 Tg=0.2s 2 (1 ) −= ⋅ + gtTassimf e Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 40 x/r = 3.77 Tg=0.01 s x/r = 17 Tg=0.045 s x/r = 22.6 Tg=0.06 s x/r = 37.7 Tg=0.1 s x/r = 56.55 Tg=0.15 s x/r = 75.4 Tg=0.2s % 100. −= gtTIcc e Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito x/r 120 100 80 60 50 40 30 20 15 10 5 2 ξ 1 2 − ⋅= + ⋅ gtTe ξ Fator que multiplicado pela corrente simétrica obtém-se a corrente de desligamento em função do tempo . Demo simulink Rele51_v2 Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 41 Demo simulink Rele51_v2 -4000 -2000 0 2000 4000 0 50 100 150 200 250 300 CEMAT01>CO23_A-CONB_A(Type 8) Electrotek Concepts® TOP, The Output Processor® M ag ni tu de (M ag ) Time (ms) CEMAT01>CO23_A-CONB_A(Type 8) CEMAT01>CO23_B-CONB_B(Type 8) CEMAT01>CO23_C-CONB_C(Type 8) Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE Quanto aos sinais de tensão Sags Swells Desequilíbrios Assimetrias -15000 -10000 -5000 0 5000 10000 15000 0 50 100 150 200 250 300 CEMAT01>SI13SA(Type 4) Electrotek Concepts® TOP, The Output Processor® V ol ta ge (V ) Time (ms) CEMAT01>SI13SA(Type 4) CEMAT01>SI13SB(Type 4) CEMAT01>SI13SC(Type 4) Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 42 PMS – EFEI/GQEE Quanto aos sinais de tensão Sags Swells Desequilíbrios Assimetrias -15000 -10000 -5000 0 5000 10000 15000 0 50 100 150 200 250 300 CEMAT01>SI13SA(Type 4) Electrotek Concepts® TOP, The Output Processor® V ol ta ge (V ) Time (ms) CEMAT01>SI13SA(Type4) CEMAT01>SI13SB(Type 4) CEMAT01>SI13SC(Type 4) -15000 -10000 -5000 0 5000 10000 15000 0 20 40 60 80 100 120 CEMAT01>SI13SA(Type 4) Electrotek Concepts® TOP, The Output Processor® V ol ta ge (V ) Time (ms) CEMAT01>SI13SA(Type 4) CEMAT01>SI13SB(Type 4) CEMAT01>SI13SC(Type 4) Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS – EFEI/GQEE tA1 tB1 BA tA2 tB2 Pf l/2 x l - x Quanto aos sinais de tensão Transitórios de alta freqüência Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito 43 PMS – EFEI/GQEE Quanto aos sinais de tensão 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Te ns ão - pu Tempo [s] Fase A Fase B Fase C Transitórios de alta freqüência Proteção de Sistemas Elétricos Curto-circuito PMS/UNIFEI/GQEE 44 PMS/UNIFEI/GQEE Cap II INTRODUÇÃO FILOSOFIA DA PROTEÇÃO 1 PMS/UNIFEI/GQEE produz energia Um sistema de potência 2 produz energia PMS/UNIFEI/GQEE Geração: normalmente em média tensão => até 34,5 kV e alta corrente (depende da potência) Exemplo: Itaipú Cada máquina 750 MVA em 18 kV => 24.000 A Como transmitir esta potência? 3 PMS/UNIFEI/GQEE Gera 4 PMS/UNIFEI/GQEE Gera 5 PMS/UNIFEI/GQEE Subestação elevadora Subestação de interligação Subestação abaixadora Subestação industrial realiza transformações 6 PMS/UNIFEI/GQEE 7,2 kV transmite e distribui 7 PMS/UNIFEI/GQEE transmite e distribui 8 PMS/UNIFEI/GQEE Norte-Nordeste 500 kV Norte-Sul III 500 kV Acre/Rondônia- SE/CO 230 kV Tucuruí-Manaus 500 kV Reforços nas Regiões SE/CO 500 kV Sul-Sudeste 525 kV Jurupari-Macapá 230kV 9 PMS/UNIFEI/GQEE LT Itumbiara – Nova Ponte 500 kV LT Emborcação – Nova Ponte 500 kV LT Nova Ponte - Estreito 500 kV LT Nova Ponte – São Gotardo - Bom Despacho 500 kV LT Araçuai 2 – Irapé 230 kV 10 PMS/UNIFEI/GQEE É necessário: Medir Proteger Supervisionar Controlar Fluxo de carga Estabilidade Curto-circuito Transitórios Previsão de carga 11 Proteção de Sistemas Elétricos PMS/UNIFEI/GQEE 12 A proteção deve: Garantir da melhor maneira possível a continuidade do serviço Salvaguardar os equipamentos e a rede Três tipos de proteção Contra incêndio Relés + disjuntores, fusíveis Contra descargas atmosféricas Considerações para o estudo de uma proteção Elétricas Econômicas Físicas Sistema Elétrico de Potência Energia Elétrica Qualidade Baixos custos Consumidor Proteção bem projetada, minimiza-se: A propagação do defeito O custo de reparação e Tempo de parada OBS: Custo: 0,5 a 5% do equipamento protegido Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia 13 Duas situações distintas: 1 - Faltas : Perda do meio básico de isolamento => Arco => danos 2 - Condições anormais : Podem ocorrer sem falha de isolamento => Condições perigosas Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia 14 Faltas nos sistemas elétricos : Entre condutores ou entre condutores e terra ∗ Deterioração do meio isolante (surtos, sobrecarga, abrasão, etc..); ∗ Destruição desse, por sobretensões (*surtos); ∗ Danificação mecânica; ∗ Colocação acidental de um caminho condutor; Ex.: LT ==> ventos, gelo, granizo, grandes pássaros, raios, galhos oscilantes de árvores, guindastes, etc.. Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia 15 Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia 16 Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia 17 Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia 18 Conseqüências das faltas: • Destruição do isolamento • Danos mecânicos • Choques elétricos • Perda de sincronismo • Perda de estabilidade Um fator importante é o tempo de permanência da falta !! Faltas metálicas próximas ao barramento (trifásicas) ==> grande distúrbio (não há religamento automático) Faltas em condutores ao ar livre (descargas atmosféricas) => transitórios => religamento automático ! Faltas devido deterioração do meio (líquido, sólido ou gasoso) > caráter permanente => explosões, incêndio, etc. => não há religamento. OBS.: Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia 19 Conseqüências das faltas: • Destruição do isolamento • Danos mecânicos • Choques elétricos • Perda de sincronismo • Perda de estabilidade OBS.: Faltas 1 fase para terra = menos efeito sobre a estabilidade (corrente limitada) * mesmo com corrente limitada se requer a rápida remoção Faltas fase-fase = maiores perturbações quanto a estabilidade Faltas trifásicas = é a maior dentre as perturbações, (*barramento) Faltas entre espiras = geradores e trafos => rápida remoção Faltas no núcleo do transformador = falhas no isolamento => excessivas correntes de foucault. Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia 20 Estatística de faltas Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia IEE IEEE 21 Estatística de faltas Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia (IEE – 1995 – região da Inglaterra) 22 Estatística de faltas Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia 23 Alguns Exemplos de Condições anormais Correntes acima do valor máximo permissível => diversas causas Problema -> caráter térmico (escala de tempo longo) -> Período de carga pesada => abertura de uma interligação pode gerar sérios problemas... Oscilações de potência (redes). Se oscilar acima de um limite permissível => ir além do limite de estabilidade => perda geral de sincronismo = circulação de corrente trifásicas de baixa freqüência, moduladas em amplitude que podem caracterizar faltas com atuações de diferentes proteções. Rejeições de carga => sobrevelocidade das unidades geradoras => sobretensões transitórias na freq. industrial (*transformadores) Sobretensões <= impulso atmosférico, surto de manobra => pára-raios Harmônicos => problemas em máquinas, aquecimento, etc... Sistema de potência é uma cadeia de elos. Em caso de defeito => perda da continuidade. Então é necessário elos alternativos (análise de investimentos). Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 24 Operação normal Envolve requisitos mínimos para alimentar as cargas existentes e as futuras. Prevenção de falhas elétricas O tipo de maior preocupação é o curto-circuito, no entanto, as outras condições anormais requer atenção. ∗ Utilização de isolamentos adequados ∗ Escolha da proteção => aterramento ∗ Coordenação do isolamento => pára-raios ∗ Baixas resistências de pé de torre => aterramento ∗ Projeto mecânico e civil adequado (pássaros, animais, poluição) ∗ Práticas apropriadas de operação e manutenção Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 25 Moderação dos efeitos das falhas elétricas Não é economicamente justificável tentar eliminar todas as falhas (ANSI 1000)Î Importa: diminuir a severidade das falhas !! • Meios que moderam os efeitos imediatos da falha elétrica - impedância de aterramento - capacidade geradora - esforços mecânicos e térmicos (curto) - relés de subtensão retardados • Dispositivos que desligam prontamente o elemento defeituoso - relés de proteção - disjuntores - fusíveis • Meios que tornam a perda do elemento defeituoso menos grave - circuitos alternativos - capacidade de reserva - religamento automático Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 26 Moderação dos efeitos das falhas elétricas Não é economicamente justificável tentar eliminar todas as falhas (ANSI 1000)Î Importa: diminuir a severidade das falhas !! • Meios de manutenção da tensão e estabilidade - LTC - regulação automática de geradores • Meios eficazes de medição - Oscilógrafos - Observação humana eficiente e organização • Freqüentes análises frente as modificações...Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 27 Assim, a “proteção” por relés é um dos múltiplos aspectos do planejamento, tendo como objetivo, minimizar os danos causados pelas falhas e melhorar o serviço ao consumidor. Por isso a proteção já deve ser considerada nos primeiros estágios do planejamento (inclui controle e comunicação). Isto a um custo relativamente baixo. Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 28 Portanto é função do do sistema protetor •Detectar a falta e causar a abertura do disjuntor; •Detectar e responder às condições anormais; •Medir constantemente as quantidades e os parâmetros elétricos e comparar os mesmos com os valores pré-definidos. (Em alguns casos a informação deriva de efeitos primários = movimento de óleo, pressão de gás, etc). •Atuar de modo coordenado e seletivo. Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 29 Parâmetros envolvidos na medição/detecção de anormalidades: • Magnitude de tensão e de corrente • Ângulos de fase • Combinação dos parâmetros acima (potência, impedância) • Freqüência • Duração • Razão de variação • Harmônicos • Outros A maior parte das informações é derivada do próprio sistema elétrico, através dos TC’s, TP’s e TPC’s, que passam a fazer parte integrante de um sistema de proteção Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 30 Qualidades desejadas Velocidade • Qualidade de serviço aos consumidores; Ex.: Afundamento de tensão => alta corrente nos motores (fusíveis, disjuntores...)... • A quantidade de potência que pode ser transmitida sem exceder o limite de estabilidade depende do tempo da proteção... Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 31 Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos Obs.: O estudo de estabilidade que fixará definitivamente a atuação da proteção (tempo de relé + disjuntor). Caso seja rápido, isso evitará muitos investimentos... Cargas novas => mudança (cada vez proteção + rápida) Danos causados pelo curto circuito e conseqüentemente o custo e a demora de executar reparos; Segurança (propriedades e sobretudo a vida). Velocidade Sensibilidade Capacidade de identificar faltas para as quais ele foi projetado. Qualidades desejadas 32 Depende da tecnologia. K = Iccmin/Ipk (fator de sensibilidade) No extremo mais afastado sob a condição de geração mínima Normal => k = 1,5 a 2 Qualidades requeridas para a proteção Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos Sensibilidade Capacidade de identificar faltas para as quais ele foi projetado. 33 Qualidades requeridas para a proteção Seletividade: No caso de uma falta em um ponto qualquer, a menor parcela possível do sistema deverá ser desenergizada. Coordenação da Proteção: O dispositivo de proteção mais próximo da falta deverá atuar primeiro. Na falta deste o segundo mais próximo o fará, e assim por diante. Objetivos do Estudo de Seletividade e Coordenação da Proteção: Definir os ajustes dos dispositivos de proteção de tal forma que os conceitos citados sejam alcançados. Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 34 Qualidades requeridas para a proteção Prevenção Sobrecarga Coordenação (Dispositivos) Seletividade (Sistema) Curto-Circuito Proteção Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 35 Confiabilidade Espera-se a resposta correta mesmo que o elemento de proteção esteja a muito tempo sem ser solicitado a operar. -Security x Dependability A confiabilidade é normalmente entendida como uma medida do grau de certeza que um equipamento irá ter seu desempenho como esperado. Em contraste, o relé (ou o sistema de proteção) possui duas alternativas: eles podem falhar quando são chamados a operar ou eles podem operar quando não se espera que eles operem. Qualidades requeridas para a proteção Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 36 Confiabilidade Espera-se a resposta correta mesmo que o elemento de proteção esteja a muito tempo sem ser solicitado a operar. -Security x Dependability Isto conduz a uma dupla constatação : • deve ser confiável (dependable) => dependability: medida da certeza de que o relé irá operar corretamente para todas as faltas as quais ele foi designado a operar. • deve ser seguro => security => medida da certeza de que o relé não irá operar de modo incorreto para qualquer falta. Qualidades requeridas para a proteção Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 37 Terminologias para os relés de proteção (ONS) Atuação Correta: Ocorre quando a função atua dentro da finalidade para a qual foi aplicada conforme as grandezas elétricas supervisionadas, dentro das faixas adequadamente ajustadas para o defeito, falha ou outra anormalidade e dentro de sua área de supervisão, em tempo condizente com as condições da situação. Atuação Incorreta: Ocorre quando a função, em resposta a uma ocorrência de falta ou anormalidade no sistema elétrico, atua sem que tenha desempenhado a performance prevista na sua aplicação. Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 38 Terminologias para os relés de proteção (ONS) Atuação Acidental: Ocorre quando a função atua sem a ocorrência de falta ou anormalidade no sistema elétrico. Isso significa que a mesma em conseqüência de fatores externos que interferem no seu desempenho normal, tais como: erros humanos, problemas na fiação de entrada dos TC’s e TP’s, vibrações, objetos estranhos no painel, etc. Recusa de Atuação: Ocorre quando a função, com ou sem abertura de disjuntor do componente, deixa de atuar quando existem todas as condições e a necessidade para fazê-lo. Atuação Sem Dados: Ocorre quando não for possível, com as informações disponíveis, classificar o desempenho da função de proteção. Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos 39 Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos Critérios de desempenho (ONS) 40 Universo avaliado em 2002: linhas de transmissão, geradores, transformadores, barramentos e equipamentos de compensação reativa; Tensão >= 138 kV; Componente Total Terminais de Linhas (138 a 750 kV) 3213 Grupos Geradores Hidráulicos 230 Grupos Geradores Térmicos 24 Transformadores de Potência 1560 Barramentos 1307 Reatores 248 Banco de Capacitores 126 Compensadores Síncronos 34 Compensadores Estáticos 10 Tecnologia de Relés de Proteção no Sistema Elétrico de 138 a 750 kV 4,37% 22,65% 68,16% 4,82% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Ignorados Componentes avaliados: Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos – estudo estatístico ONS 2002 41 Geradores térmicos Proteção de Geradores Térmicos 0,00% 7,87% 52,81% 39,33% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Ignorados 100,00% 0,00% 0,00% 100,00% 0,00% 0,00% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00% Estáticos Eletromecânicos Proteção de Geradores Térmicos _ Estatísticas de atuações Atuações corretas Atuações incorretas Recusas de atuação Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos – estudo estatístico 42 Hidrogeradores Proteção de geradores hidroelétricos 6% 16% 53% 25% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Ignorados 100,00% 0,00% 0,00% 100,00% 0,00% 0,00% 96,88% 3,13% 0,00% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Proteção de hidrogeradores - Estatísticas das atuaçõesAtuação correta Atuação incorreta Recusa de atuação Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos – estudo estatístico 43 Barramentos Proteção Barramentos 0,95% 16,95% 73,57% 8,54% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Ignorados 100,00% 0,00% 0,00% 100,00% 0,00% 0,00% 100,00% 0,00% 0,00% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Barramentos - Estatísticas de atuação Atuações corretas Atuações incorretas Recusas de atuação Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos – estudo estatístico 44 Compensadores Síncronos Proteção de Compensadores Síncronos 0,00% 41,42% 31,38% 27,20% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Ignorados 100,00% 0,00% 0,00% 100,00% 0,00% 0,00% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% Estáticos Eletromecânicos Compensadores Síncronos - Estatísticas de atuação Atuações corretas Atuações incorretas Recusas de atuação Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos – estudo estatístico 45 Compensadores Estáticos Proteção de Compensadores Estáticos 1,17% 61,40% 23,39% 14,04% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Ignorados 100,00% 0,00% 0,00% 100,00% 0,00% 0,00% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% Estáticos Eletromecânicos Compensadores Estáticos - Estatísticas de atuação Atuações corretas Atuações incorretas Recusas de atuação Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos – estudo estatístico 46 Bancos de capacitores Proteção Banco de Capacitores 12,69% 13,29% 55,86% 18,16% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Ignorados 90,77% 9,23% 0,00% 65,49% 34,51% 0,00% 98,55% 1,45% 0,00% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Bancos de Capacitores - Estatísticas de atuação Atuações corretas Atuações incorretas Recusas de atuação Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos – estudo estatístico 47 Reatores Proteção de Reatores 4,58% 27,27% 51,97% 16,18% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Ignorados 100,00% 0,00%0,00% 80,00% 20,00% 0,00% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% Estáticos Eletromecânicos Reatores - Estatísticas de atuação Atuações corretas Atuações incorretas Recusas de atuação Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos – estudo estatístico 48 Transformadores Proteção de Transformadores 4% 15% 69% 12% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Ignorados 98,00% 2,00% 0,00% 94,92% 3,39% 1,69% 97,13% 2,87% 0,00% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Proteção de transformadores - estatísticas das atuações Atuações corretas Atuações incorretas Recusas de atuação Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos – estudo estatístico 49 Linhas de Transmissão Proteção de Linhas 4,70% 27,93% 67,34% 0,03% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Ignorados 99,66% 0,25% 0,08% 98,80% 1,07% 0,13% 98,90% 0,97% 0,13% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00% Numéricos Estáticos Eletromecânicos Proteção de linhas - Estatísticas das atuações Atuações corretas Atuações incorretas Recusas de atuação Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos – estudo estatístico 50 Desempenho ao longo dos anos Proteção de linhas Desempenho dos relés de proteção - comparação das tecnologias 86,00 88,00 90,00 92,00 94,00 96,00 98,00 100,00 102,00 104,00 1995 1996 1997 1998 1999 2000 anos at ua çõ es c or re ta s % Eletromecânica Estática Numérico Proteção de Sistemas Elétricos Filosofia – Conceitos básicos – estudo estatístico 51 CARGA RELÉ 52 BO 52-a 125 Vdc TP's TC's Proteção de Sistemas Elétricos Conjunto protetor 52 Em geral a filosofia de aplicações de relés de proteção divide o sistema de potência em zonas de proteção, de maneira a se obter uma atuação seletiva e coordenada dos relés. Alguns autores chamam a atenção para o fato de que essas zonas de proteção podem ser estabelecidas por dois métodos: Sistemas graduados no tempo e Sistemas unitários. Ambos, de qualquer modo, estabelecendo critérios de seletividade. A figura 3 exemplifica as zonas de atuação da proteção. Nota-se nesta figura que as partes constantes das zonas de proteção são: • Geradores ou bloco gerador - transformador • Barramentos • Transformadores • Linhas de Transmissão (subtransmissão e distribuição) • Equipamentos (banco de capacitores, reatores, motores, outros) Proteção de Sistemas Elétricos Zonas de atuação 53 Proteção de Sistemas Elétricos Zonas de atuação ~ ~ M ~ ~ 54 Relé LTRelé barra Barra I Barra II TC p/ zona LT TC p/ zona barra DPC PR Proteção de Sistemas Elétricos Zonas de atuação 55 As definições de início e término de cada zona pode ser estabelecida de duas maneiras diferentes que dependem do particular arranjo da subestação bem como da localização física dos TC’s. 52 TC p/ B TC p/ A Zona BZona A 52 TC p/ B TC p/ A Zona BZona A No primeiro caso, a confiabilidade do sistema de proteção é maior, no entanto, a seletividade estará comprometida em caso de uma falta no disjuntor sobreposto. Proteção de Sistemas Elétricos Zonas de atuação 56 DEAD – TANK Disjuntores possuem TC’s tipo bucha de cada lado. Tanque no potencial terra. Proteção de Sistemas Elétricos Zonas de atuação 57 LIVE - TANK Todo o equipamento está no potencial de linha. É necessário TC com seu próprio sistema de isolamento- pedestal Proteção de Sistemas Elétricos Zonas de atuação 58 TC somente de um dos lados do disjuntor. É uma questão econômica e técnica! LIVE - TANK Proteção de Sistemas Elétricos Zonas de atuação 59 Falta F1: ambos relés A e B operam: - 87 barra: trip 52 e todos demais disjuntores da barra; - 21 também envia trip para B1 e o correspondente relé na barra remota envia trip p/ o disjuntor local. Isto é desnecessário, porém inevitável. Se houver tape na LT Î desligamento de carga!! 52 TC p/ B TC p/ A Zona BZona A F1 Proteção de Sistemas Elétricos Zonas de atuação 60 Falta F2: ambos relés A e B operam: - ambos disjuntores da LT (local e remoto) operam corretamente. Porém, - 87 barra irá enviar trip para todos demais disjuntores da barra => sem necessidade porém inevitável! 52 TC p/ B TC p/ A Zona BZona A F2 Proteção de Sistemas Elétricos Zonas de atuação 61 F1: Somente disjuntor da barra – 87B 52 e outros F2: Relé da linha de ambos os lados F3: Relé da linha em ambos os lados (suficiente) porém 87B trip em todos os disjuntores (desnecessário mas inevitável) 52 TC p/ B TC p/ A Zona BZona A F1 F2F3 Proteção de Sistemas Elétricos Zonas de atuação 62 F4: Opera todos os disjuntores da barra. Porém não limpa a falta do lado da LT que continuará alimentando o curto-circuito. Blind Spot 52 TC p/ B TC p/ A Zona BZona A F4 Proteção de Sistemas Elétricos Zonas de atuação 63 Em geral, principalmente nos circuitos de AT e EAT, os equipamentos e dispositivos são protegidos por uma proteção principal e outra de retaguarda (back-up), cuja finalidade é fazer a supervisão da operação da proteção principal. As proteçõesprincipais, além de seletivas, são naturalmente mais rápidas que as de retaguarda, pois estas são ajustadas de modo a garantir que a principal atue em primeiro lugar, sendo literalmente equacionada obedecendo critérios pré-estabelecidos de coordenação. Uma segunda finalidade associada à proteção de retaguarda diz respeito a se prover supervisões de regiões especiais, onde a proteção principal, eventualmente, pode não oferecer total cobertura, devido principalmente a limitação de equipamentos e/ou de seus posicionamentos, bem como, limitações em níveis de ajuste de relés, como por exemplo, limites de alcance, intensidades, temporizações, etc. Proteção de Sistemas Elétricos Níveis de proteção 64 A proteção de retaguarda poderá estar próxima do equipamento ou circuito protegido (back-up local) ou em um ponto remoto (back-up remoto). Na figura, para um defeito interno no transformador o relé 87 (diferencial) é considerado a proteção principal, pois possui uma atuação instantânea e é seletivo. Os relés de sobrecorrente 50/51, do lado AT do transformador são considerados como proteção de retaguarda tanto para defeitos no transformador como nos alimentadores 1 e 2 de saída da subestação. Estes relés são considerados como proteção de retaguarda local para defeitos no transformador ou alimentadores. 50/51 87 50/51 50/51 50/51 50/51 50/51 Proteção de Sistemas Elétricos Níveis de proteção 65 Para sistemas de EAT, é usual a utilização de duas proteções de distância (21) com desempenhos similares e muitas vezes com relés iguais, isto é, uma proteção duplicada. Essas proteções, comumente denominadas de principal e alternativa ou primária e secundária, têm por objetivo uma maior confiabilidade e segurança no desempenho da proteção instalada. Recomenda-se usualmente, sempre que possível, conectar essas proteções a TP’s e TC’s com a mínima interdependência entre si. Embora sejam funções distintas, muitas vezes a proteção de retaguarda se confunde com a alternativa e vice-versa, chegando até causar polêmicas a respeito. Proteção de Sistemas Elétricos Níveis de proteção 66 Notar que na figura abaixo, as proteções 21A1 e 21B1 são consideradas proteções primárias e ainda 21A2 e 21B2 são as alternativas. Nestas circunstâncias, para defeitos no trecho BC (além dos TC’s) as proteções principais são 21B1 e 21B2, pois possuem ação rápida (20 a 80 ms) e são seletivos. Os relés 21A1 e 21A2 são considerados de retaguarda pois possuem atuação temporizada (400 ms) e não são seletivos, pois desligam o trecho AB sem defeito. Os relés 21A1 e 21A2 são considerados proteções de retaguarda remotas para defeitos no trecho BC. A B C 21A1 21A2 21B1 21B2 Proteção de Sistemas Elétricos Níveis de proteção 67 Proteção de Sistemas Elétricos Termos usuais Procedimentos de rede do ONS 68 Proteção de Sistemas Elétricos Exercício A parte de um sistema elétrico mostrada no diagrama unifilar da figura seguinte, com fontes em suas três extremidades, tem proteções unitárias e gradativas convencionais. Para cada um dos casos listados a seguir, ocorreu um curto-circuito e determinados disjuntores foram abertos automaticamente conforme indicado. Assumir que o disparo desses disjuntores foi correto dentro das circunstâncias. Onde ocorreram os curtos-circuitos? Ocorreu alguma falha de proteção, incluindo disjuntores? Em caso afirmativo, o que falhou? Assumir que só pode ocorrer uma falha por vez. Desenhar um esquema com as zonas de proteção unitária superpostas junto aos disjuntores, as proteções gradativas e a localização de cada curto-circuito. 69 Proteção de Sistemas Elétricos Exercício 1 2 3 4 75 86 70 1 Cap III III.1 Transformadores para Instrumentos Introdução Considerações iniciais CARGA RELÉ 52 BO 52-a 125 Vdc TP's TC's ou TPC’s 2 Função: – Retratar as condições reais de corrente e tensão de um circuito elétrico com a fidelidade necessária, seja em regime permanente ou durante faltas. – Isolação galvânica. Exatidão e Isolamento Normalizada Fácil utilização Sem risco para a segurança pessoal e patrimonial Grandeza primária Grandeza secundária PMS – UNIFEI / GQEE Introdução Considerações iniciais Três tipos básicos convencionais: Transformadores de Potencial (TPs) Transformadores de Corrente (TCs) Transformadores de Potencial Capacitivos (TPCs) PMS – UNIFEI / GQEE Introdução Considerações iniciais Relé 21 Wattímetro outros TP TC Carga elétrica 3 Revisão da Teoria Básica de Transformadores • Princípio de Funcionamento – Transformação Eletromagnética. • Tensões e correntes primarias são transformadas para valores secundários adequados para uso em reles, medidores e outros instrumentos. Em geral 115(V) e 5(A). 2 2 β = . . . ch Ek N f S PMS – UNIFEI / GQEE Introdução Considerações iniciais V1 V 2 E2 φ • Circuito Equivalente: 1 0 2= +� � �I I I 2 2 β = . . . ch Ek N f S PMS – UNIFEI / GQEE 2 1 1 1 2 1 0 1 1 100 100 100 100 − Δ= − = ( . ). . ( . ). . KnV V V V V Kn I I I I I Introdução Considerações iniciais E2 L1 L2 R2R1 Iw I1 I2 V1 V2 Z ZcIμ 4 • Circuito Equivalente: PMS – UNIFEI / GQEE 2 1 1 1 100 100− Δ=( . ). .KnV V V V V 2 1 0 1 1 100 100− =( . ). .Kn I I I I I Erro % tensão Erro % corrente Introdução Considerações iniciais E2 L1 L2 R2R1 Iw I1 I2 V1 V2 Z ZcIμ Notas: • Perdas: – Devido a indução magnética não ser linear e nem biunívoca , a cada ciclo ter-se-a o laço de histerese. * perdas por histerese => qualidade do aço * perdas por Foucault => lâminas βG H G Hβ μ=G G PMS – UNIFEI / GQEE Introdução Considerações iniciais 5 • A reatância de magnetização representa a parcela que consome Iμ, logo: • Com a conexão uma carga de impedância Zc teremos: 0 μ= +� � �WI I I 2 2 β = . . . T ch Z Ik N f S I0 Iw Iμ ZT – Impedância total do secundário incluindo a carga Sch – Seção da chapa N2 – Número de espiras do secundário PMS – UNIFEI / GQEE E2 Introdução Considerações iniciais Normas : • NBR6820 – TPs Ensaios • NBR6821 – TCs Ensaios • NBR6855 – TPs Espec. • NBR6856 – TCs Espec. • IEEE C57.13 (ANSI) • IEEE C37.110 • IEC série 185, 186 PMS – UNIFEI / GQEE ABNT Introdução Considerações iniciais 6 Transformadores de Potencial Transformadores de Potencial PMS – UNIFEI / GQEE 7 Função: Reproduzir a tensão primária no secundário, em níveis normalizados (115 ou 115/√3 [V]) - economia e segurança. Instalação : Externa (ao tempo) ou interna (abrigada) Condição de funcionamento: a vazio – Circuitos voltimétricos (30 < Zc < 1200 W) – Tensão secundária praticamente constante Transformadores de Potencial Considerações iniciais PMS – UNIFEI / GQEE Relação de transformação : Erros : Nenhum equipamento é ideal! V1 ≠ V2 em modulo e ângulo • Causa : Quedas de tensão no secundário (passagem da corrente de carga Æ I2) e no primário (passagem da corrente de carga mais a corrente a vazio Æ I0 + I2). 1 1 2 2 = =TP N VK N V 2 1 1 1 100 100 ⎛ ⎞− Δ= =⎜ ⎟⎝ ⎠ � � � � � . Erro percentual de tensaoTPK V V V V V .. Transformadores de Potencial Erros introduzidos PMS – UNIFEI / GQEE 8 PMS – UNIFEI / GQEE Diagrama Fasorial do TP Normalmente o erro de relação é referido em valor % (módulo) Erro de fase em minutos Transformadores de Potencial Erros introduzidos PMS – UNIFEI / GQEE Es Im Lp Ls RsRp Ia Ip Is Vp Vs Z Zc 15 PMS – UNIFEI / GQEE • Fatores que determinam a exatidão : Projeto e construção;Condições do sistema elétrico, tais como a tensão e a freqüência; Carga conectada no secundário do TP. Transformadores de Potencial Erros introduzidos PMS – UNIFEI / GQEE 16 9 PMS – UNIFEI / GQEE 0,8Vn Vn 1,2Vn VA -ε 1,2Vn Vn 0,8Vn VA -δ (cosφ = 0,8) +δmin Comportamento dos erros em função da carga secundária PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Erros introduzidos 17 PMS – UNIFEI / GQEE Erro a vazio (ε0 e δ0) Erros sob carga (εc e δc) ==> Erro total ( )0 1 1 2 100% wr I x IV μ ε = + ( )0 1 1 2 3438 min wr I x IV μ δ = − ( ) ( )2 2 100 100% cos sen cos senc c I r x r x V Z ε = − β+ β = − β+ β∑ ∑ ∑ ∑ ( )3438 sen cosc c r x Z δ = β+ β∑ ∑ 0 0 c c ε = ε + ε δ = δ + δ PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Erros introduzidos 18 10 PMS – UNIFEI / GQEE - De acordo com as normas vigentes (ANSI C57.13 – ABNT NBR 6855) a classe de precisão de um TP, expressa em %, é o erro máximo admissível que o TP pode introduzir na medição de uma potência - Três classes: 0,3; 0,6 e 1,2 - A ABNT prevê ainda uma classe de precisão de 3%, a qual não tem limite de ângulo de fase. - As normas estipulam que os limites de erros devem ser mantidos entre 90% e 110% da tensão nominal, entre o funcionamento a vazio e sob carga, com fp no sistema primário do TP, compreendido entre 0,6 e 1,0, uma vez que esses limites definem o traçado dos paralelogramos. 19PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Erros introduzidos PMS – UNIFEI / GQEE • Fator de Correção de Relação • Medida de defasamento 2π rdÎ 21600 min 1 rd Î 3438 min • Fator de potência do sistema elétrico 1F = − ε 1= = − εrel. realrel. nominalF 0 6 1 53 13 0 1 333 0≤ ϕ ≤ ⇒ ≤ ϕ ≤ ⇒ ≤ ϕ ≤D D, cos , ,c c ctg Transformadores de Potencial Classes de exatidão PMS – UNIFEI / GQEE 20 11 PMS – UNIFEI / GQEE • erro de potência desenvolvendo a expressão anterior: sendo V’= (1+ε). V Carga (ϕ) W V V’ I −ε = L Rp R P P P ' . .cos( ) . .cos . .cosp V I V I V I ϕ−δ − ϕε = ϕ (1 ) . .cos( ) . .cos . .cosp V I V I V I +ε ϕ−δ − ϕε = ϕ (1 )cos( ) cos cosp + ε ϕ−δ − ϕε = ϕ PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Classes de exatidão 21 PMS – UNIFEI / GQEE δ é muito pequeno => sinδ ≅ δ e cosδ ≅ 1 εp= (1+ ε) (1 – δ.tanϕ) – 1 εp= 1 – δ.tanϕ + ε – ε.δ.tanϕ - 1 εp= ε – δ.tanϕ (1 ).(cos .cos sin .sin ) cos cosp + ε ϕ δ − δ ϕ − ϕε = ϕ (1 ).(cos tan .sin ) 1pε = + ε δ − ϕ δ − PMS – UNIFEI / GQEE 0 Transformadores de Potencial Classes de exatidão 22 12 PMS – UNIFEI / GQEE em valores percentuais e minutos: εp%= ε% – 0,029δ’.tan ϕ lembrando que FCR = 1 – ε ∴ ε = 1 – FCR εp%= 100.(1 – FCR) – 0,029.δ’.tan ϕ εp= ε – δ.tanϕ Erro introduzido na medida de uma potência PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Classes de exatidão 23 PMS – UNIFEI / GQEE considerando os limites de cos ϕ = 0,6 (atrasado) até 1: cosϕ = 0,6 ==> tanϕ = 1,333 cosϕ = 1 ==> tanϕ = 0 substituindo na equação ou Classe => 0,6% significa o máximo erro introduzido na medição de uma potência, logo: εp% = ± 0,6% εp% = ε% – 0,029δ’.tan ϕ εp%= 100.(1 – FCR) – 0,029.δ’.tan ϕ PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Classes de exatidão 24 13 PMS – UNIFEI / GQEE Para εp% = 0,6 % e tanϕ = 1,333 0,6 = ε% – 0,029.1,333 δ’ εp% = ε% – 0,029δ’.tan ϕ εp%= 100.(1 – FCR) – 0,029.δ’.tan ϕ ε% δ’ 0,6 -15,38 ε% ε% = 0,6 + 0,039.δ’ ou FCR= 0,994-0,00039. δ’ PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Classes de exatidão 25 PMS – UNIFEI / GQEE ε% δ’ 0,6 -15,38 para εp% = - 0,6 % e tanϕ = 1,333: – 0,6 = ε% – 0,029.1,333 δ’ εp% = ε% – 0,029δ’.tan ϕ εp%= 100.(1 – FCR) – 0,029.δ’.tan ϕ - 0,6 15,38 ε% = – 0,6 + 0,039.δ’ ou FCR= 1,006-0,00039. δ’ PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Classes de exatidão 26 14 PMS – UNIFEI / GQEE para εp% = 0,6 % e tanϕ = 0 ε% = 0,6 ou FCR= 0,994 εp% = ε% – 0,029δ’.tan ϕ εp%= 100.(1 – FCR) – 0,029.δ’.tan ϕ para εp% = - 0,6 % e tanϕ = 0 ε% = – 0,6 ou FCR= 1,006 ε% δ’ 0,6 -15,38 ε%- 0,6 15,38 PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Classes de exatidão 27 PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Classes de exatidão 1,000 1,002 1,004 1,006 1,008 1,010 1,012 0,994 0,996 0,998 0,988 0,990 0,992 0,986 1,014 Erro de tensão % Ângulo de fase (δ) em minutos 0 -0,20 -0,40 -0,60 -0,80 -1,00 -1,20 +0,60 +0,40 +0,20 +1,20 +1,00 +0,80 +1,40 -1,40 FCR 0 10 20 30 40 50 60 7070 60 50 40 30 20 10 +_ 1,2% 0,6% 0,3% 15 PMS – UNIFEI / GQEE Os TPs podem ser considerados como Transformadores de Potência funcionando a uma carga muito reduzida, de modo que as quedas correspondentes de tensão sejam igualmente de valor reduzido. – Caracteriza-se por: • Resistências e reatâncias de fuga do primário e secundário com valores os menores possíveis. • Corrente de magnetização relativamente fraca e uma indução nominal fixada a um valor moderado. Transformadores de Potencial Características construtivas PMS – UNIFEI / GQEE 29 PMS – UNIFEI / GQEE Tipos – Relação única; relação dupla, com primário em duas seções; duas relações com derivações no primário; duas relações com derivações no secundário; dois enrolamentos secundários Conexões – Conexão V; conexão estrela aterrada; conexão estrela aterrado-triângulo aberto. Transformadores de Potencial Características construtivas PMS – UNIFEI / GQEE 30 16 PMS – UNIFEI / GQEE TP's do tipo seco - resina epoxi ou papel impregnado em óleo - BT - MT - AT - EAT Transformadores de Potencial Características construtivas PMS – UNIFEI / GQEE 31 PMS – UNIFEI / GQEE TP's do tipo seco - resina epoxi ou papel impregnado em óleo - BT - MT - AT - EAT Transformadores de Potencial Características construtivas PMS – UNIFEI / GQEE 32 17 Características Construtivas TP's do tipo seco - resina epoxi ou papel impregnado em óleo - BT - MT - AT - EAT Transformadores de Potencial Especificações básicas PMS – UNIFEI / GQEE PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Características construtivas PMS – UNIFEI / GQEE Clever - UFMG 34 18 PMS – UNIFEI / GQEE Tensões nominais Tabela I (NBR 6855) Transformadores de Potencial Especificações básicas PMS – UNIFEI / GQEE 35 PMS – UNIFEI / GQEE Tensões nominais Tabela I (NBR 6855) Transformadores de Potencial Especificações básicas PMS – UNIFEI / GQEE 36 19 Grupo de ligação – O ponto fundamental é o aterramento dos sistemas elétricos !! • GL 1 – fase-fase (isolamento pleno) • GL 2 – fase-terra (isolamento reduzido) • GL 3 – fase-terra (isolamento pleno) Transformadores de Potencial Especificações básicas PMS – UNIFEI / GQEE Grupo de ligação • GL 1 – fase-fase (isolamento pleno) • GL 2 – fase-terra (isolamento reduzido) • GL 3 – fase-terra (isolamento pleno) – Além do grau de isolamento (testes de tensão aplicada e induzida) outras diferenças fundamentais irão aparecer entre os três grupos, tais como a potência térmica nominal e ensaios de aquecimento. Transformadores de Potencial Especificações básicas PMS – UNIFEI / GQEE 20 Grupo de ligação • GL 1 – fase-fase (isolamento pleno) • GL 2 – fase-terra (isolamento reduzido) • GL 3 – fase-terra (isolamento pleno) – Além do grau de isolamento (testes de tensão aplicada e induzida) outras diferenças fundamentais irão aparecer entre os três grupos, tais como a potência térmica nominal e ensaiosde aquecimento. Freqüência • É importante especificar a freqüência nominal !! Transformadores de Potencial Especificações básicas PMS – UNIFEI / GQEE Tensões nominais – Tabela I (NBR 6855) Sinais padronizados – (:) relações nominais; (-) tensões nominais de enrolamentos diferentes; (/) tensões e relações nominais obtidas por derivação; (x) tensões primárias nominais e relações nominais de enrolamentos série paralelo. Níveis de Isolamento – NI = TA/NBI/NBS – Tabela II (NBR 6821) _____ /_____ / _____ kV Tensão de manobra (BSL) para tensões superiores ou iguais a 345 kV onda 200x2000μs Nível Básico de Isolamento para Impulso Atmosférico (BIL) - onda 1,2X50 μs Tensão aplicada ao dielétrico (60Hz) - 1 min. com valores especificados por norma. Este ensaio só deve ser aplicado uma única vez. Transformadores de Potencial Especificações básicas PMS – UNIFEI / GQEE 21 Carga nominal – Soma das cargas nominais (consumo) de todos os instrumentos conectados no secundário do TP. Classe de exatidão % – 0,1; 0,2; 0,3; 0,5; 0,6; 1,2; 3 – A escolha da classe de exatidão dos TP’s depende da precisão dos aparelhos a serem conectados Î devem ser compatíveis Ex.: Classe : 0,3% - Laboratórios, medidas de energia 0,6% - Instrumentação geral e integradores 1,2% - Instrumentação geral e relés de proteção Transformadores de Potencial Especificações básicas PMS – UNIFEI / GQEE PMS – UNIFEI / GQEE Carga nominal – Soma das cargas nominais (consumo) de todos os instrumentos conectados no secundário do TP. 42PMS – UNIFEI / GQEE 75 Transformadores de Potencial Especificações básicas 22 PMS – UNIFEI / GQEE Carga nominal – Soma das cargas nominais (consumo) de todos os instrumentos conectados no secundário do TP. ANSI C57.13 ABNT NBR 6855 Designação VA f.p. Designação VA f.p. w 12,5 0,10 P12,5 12,5 0,10 x 25 0,70 P25 25 0,70 y 75 0,85 P75 75 0,85 z 200 0,85 P200 200 0,85 zz 400 0,85 P400 400 0,85 Conectando-se até 75 VA, o o transformador de potencial permanece dentro da classe de exatidão igual a 0,3% Ex. : 0,3P75 ==> O fabricante garante que: 43PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Especificações básicas PMS – UNIFEI / GQEE 44PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Especificações básicas Norma IEC 23 PMS – UNIFEI / GQEE 45PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Especificações básicas Norma IEC Potência Térmica – É a carga máxima que pode ser suportada pelo transformador de potencial continuamente, sem exceder seus limites prescritos de elevação de temperatura (classe A). • GL1 e GL 2 Î não deve ser inferior a 1,33VAn • GL3 Î não deve ser inferior a 3,6VAn – A diferença entre estes grupos pode ser melhor compreendida, estudando-se o Anexo I. Ambiente de utilização • Uso exterior ou interior Posição de montagem • Vertical ou invertida Observações complementares Polaridade e marcações • Subtrativa – Primário (H), secundário (x) ou (x, y, z) Manuseio do secundário Ensaios : vide norma NBR6820 PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Potencial Especificações básicas Transformador de Potencial Capacitivo PMS – EFEI/GQEE 1 Acima de 600 V, utiliza-se transformadores de potencial com a finalidade de: i) reduzir a tensão para medição e proteção reproduzindo todos os estados da rede (permanente ou transitório), ii) isolamento. Há cinco tipos de TPs: TPI, TPC, divisores capacitivos, resistivos e mistos. • Tensão entre 600 V e 69 kV – TPI’s são dominantes • Tensão entre 69 e 138 kV – TPI ou TPC (com PLC deve-se usar TPC) • Tensão acima de 138 kV – TPC’s são dominantes. • Divisores são utilizados em ensaios e pesquisa de laboratório. Transformadores de Potencial Capacitivo Considerações iniciais 2 Custos de TPs e TPCs em função da tensão nominal A diferença de custos se deve principalmente ao elevado número de bobinas necessárias para que um TPI possa operar na mesma tensão de um TPC. Transformadores de Potencial Capacitivo Considerações iniciais 20 40 60 80 100 120 140 160 24 72 145 245 420 550 765 kV Custo (pu) TPI TPC 3 Transformadores de Potencial Capacitivo Características construtivas 1: Manômetro – pressão do óleo 2: Capacitores 3: Óleo isolante 4: Isolador de porcelana 5: Selo 6: Diafragma 7: Tanque 8: Circuito de amortecimento contra efeitos de ferroressonância 9:Transformador de potencial MT 10: Caixa de terminais secundários, neutro e de filtro alta freqüência 11: Indutância série 4 Transformadores de Potencial Capacitivo Circuito elétrico A: Terminal primário C1: Capacitor HV C2: Capacitor intermediário 1: TPI média tensão 2: indutância de compensação 3: indutância de bloqueio das correntes do carrier 4: limitador de tensão 5: circuito de amortecimento de ferroresonância 6: terminal de HF para correntes do carrier 7: terminal terra do enrolamento de MT 8: terminal terra 9: terminais secundários de BT 10: chave de aterramento 11: aterramento do tanque 12: resistência de aquecimento F: fusível Acessórios do carrier 13: Chave de desconexão do carrier 14: limitador de sobretensão 15: bobina de dreno 5 Transformadores de Potencial Capacitivo Esquema Elétrico 6 T XL • Bb – bobina de bloqueio do “carrier” • P – proteção contra sobretensões transitórias (pára-raios e centelhadores) • TI – transformador indutivo • C1 e C2 – capacitores • XL – reator de compensação • PR – pára-raios ou espinterômetros • FL – filtro supressor de ressonância Transformadores de Potencial Capacitivo Esquema Elétrico 7 Um reator XL é colocado em série com o primário do TPI, de modo que leve Ztotal próximo a zero e satisfaça a igualdade: ω+=ω )( 1 21 CC L Desprezando-se Rp e Rs e considerando a impedância de magnetização muita alta tem-se .spLeq xaxxx 2++= Transformadores de Potencial Capacitivo Circuito equivalente Relação de Transformação a = N1/N2 8 Aplicando-se Thévenin no circuito acima, temos: ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ + ⋅−= 21 21 cc cc eqtotal xx xx xjZ sp cc cc L xaxxx xx x 2 21 21 −−+ ⋅= 21 1 21 2 2 CC C E xx x EEaV s cc c scs +=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +== Transformadores de Potencial Capacitivo Circuito equivalente Z Ztotal Xeq Ec2 aVs Zba 2 Is /a 2 2 1 2 c c s c c xE E x x ⎛ ⎞= ⎜ ⎟+⎝ ⎠ Ztotal spLeq xaxxx 2++= Relação de Transformação 0=totalZ 9 Transformadores de Potencial Capacitivo Precisão 10 Considerando Ztotal próximo a zero, o erro introduzido é: ( ) seqEC PRTg Q e ω −⋅⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ σ+⋅= 11100(%) = tensão do sistema equivalente [ V ]Es = (C1 . C2) / (C1 + C2) [ F ]Ceq = 2πfω = potência da carga [ VA ]P = relação do divisor = Es/Ec2 = (C1+C2)/C1R = fator de perda do isolamento dos capacitoresTg σ = fator de qualidade do reator de compensação [ X/R ]Q Transformadores de Potencial Capacitivo Precisão 11 Transformadores de Potencial Capacitivo Precisão Conseqüentemente, para um melhor desempenho do TPC, maiores terão que ser os valores de Q e Ceq e menores os de R e Tgσ . Deve-se ressaltar que quanto maior a capacitância, menor a atenuação nos circuitos de comunicação. Em compensação os capacitores terão que ser dimensionados para produzirem uma corrente maior à freqüência industrial. Normalmente, para sistemas com tensão nominalmenor igual que 500 kV, a capacitância mínima especificada é de 500 pF e para sistemas de tensão maior que 500 kV, o valor é de 4000 pF. 12 • Tensão máxima do equipamento e níveis de isolamento; • Freqüência nominal; • Carga nominal; • Classe de exatidão; •Número de enrolamentos secundários; • Relação de transformação nominal; • Conexão dos enrolamentos secundários; • Desvios de tensão nominal permitidos para os enrolamentos Secundários mantendo a classe de exatidão; Transformadores de Potencial Capacitivo Dados para especificação 13 • Carregamento máximo dos enrolamentos secundários; • Potência térmica nominal de cada enrolamento; • Capacitância mínima; •Faixa de freqüência para “carrier”; •Variação de freqüência nominal; • Uso interno ou externo. Transformadores de Potencial Capacitivo Dados para especificação 14 Transformadores de Corrente PMS – EFEI/GQEE 1 III.3 Transformadores de Corrente Considerações iniciais O TC tem o primário em série com o circuito que se deseja fazer a medição ou a proteção. Obedece também o mesmo princípio da transformação eletromagnética, porém com duas condições especiais de funcionamento: 1. A corrente primária é absolutamente independente do transformador propriamente dito. 2. Funciona praticamente em curto-circuito. PMS – EFEI/GQEE 2 Instalação : Externa ou interna. Representação : Relação de transformação 1 2 2 1 n TC n I nK I n = = Transformadores de Corrente Considerações iniciais n1 n2 I1 I2 PMS – EFEI/GQEE Zc 3 Circuito Equivalente Em um TC as causas dos erros se apresentam de uma forma completamente diferente: as impedâncias primárias não exercem qualquer influência sobre a precisão do TC, somente introduzindo uma impedância em série com a linha, a qual pode ser desprezada. Assim, o erro será unicamente devido à corrente de magnetização I0. 1 2 0I I I= +� � � 1 2 0 1 1 100 100% I I I I I −ε = ⋅ = ⋅ L2 R2 IμIw I1 I2 V1 V2 Z Zc Transformadores de Corrente Considerações iniciais PMS – EFEI/GQEE 4 Diagrama Fasorial Erro de relação Erro de fase ( )2 2 2 1 1 100 με = − ϕ + ϕ2% cos sen %wn I n In I ( )2 2 2 1 1 3438 μδ = ϕ − ϕ2cos sen [min]wn I n In I E2 V2 n2I2 n2I0 n1I1 ϕ2 Transformadores de Corrente Considerações iniciais PMS – EFEI/GQEE 5 Exatidão : fatores de influência : - Projeto e construção - Condições do sistema elétrico (freqüência, formas de onda, campos magnéticos intensos) - Carga conectada no secundário do TC. P/ serviço de medição: é o máximo erro admissível que o TC pode introduzir na medição de uma potência. Classes: 0,3%; 0,6%; 1,2% e 3% Transformadores de Corrente Considerações iniciais PMS – EFEI/GQEE Carga (ϕ) W V I I’ 6 1,000 1,002 1,004 1,006 1,008 1,010 1,012 0,994 0,996 0,998 0,988 0,990 0,992 0,986 1,014 Erro de relação % Ângulo de fase (δ) em minutos 0 -0,20 -0,40 -0,60 -0,80 -1,00 -1,20 +0,60 +0,40 +0,20 +1,20 +1,00 +0,80 +1,40 -1,40 FCR 0 10 20 30 40 50 60 7070 60 50 40 30 20 10 +- 1,2% 0,6% 0,3% Transformadores de Corrente Paralelogramo de exatidão PMS – EFEI/GQEE 7 Exatidão P/ serviço de proteção: é o máximo valor admissível de erro relativo entre as correntes primária e secundária, desde a corrente nominal até 20 vezes a corrente nominal do TC. Classes: 5% e 10% Conforme descrito anteriormente, o erro de precisão nos TCs é função da corrente de magnetização I0, que está relacionada à tensão E2, desenvolvida no secundário por uma relação não linear, que é dada pela curva de magnetização do transformador. Concluímos também que, para uma corrente secundária I2 e um número de ampéres-volta secundários n2I2, aparecerá nos terminais secundários (incluindo o consumo interno) uma tensão V2 = ZI2. A essa tensão corresponde uma indução b e um campo H, dos quais se deduz o número de ampéres-volta de excitação n2I0, que se pode representar pelas suas duas componentes: a componente ativa n2Iw e a componente reativa n2Iμ. Transformadores de Corrente Exatidão PMS – EFEI/GQEE 8 Transformadores de Corrente Curva de magnetização PMS – EFEI/GQEE 9 Transformadores de Corrente Curva de magnetização PMS – EFEI/GQEE 10 Transformadores de Corrente Curva de magnetização PMS – EFEI/GQEE Definição de tensão de saturação. 11 Melhoria da Precisão * Para se obter a melhor precisão de um TC, deve-se reduzir I0 ao mínimo. Isso é possível de duas maneiras: 1. Utilizando núcleos com as melhores qualidades magnéticas β H II I III 15000 5000 Transformadores de Corrente Curvas de magnetização PMS – EFEI/GQEE 12 2. Diminuir o valor de E2. ⇒ Tornar os valores de R2 e L2 os menores possíveis. • R2 até o limite tecnicamente viável • X2 ≅ 0 !!! 2 2 ch kE n f S β = Transformadores de Corrente Enrolamentos distribuídos 2 2TE Z I= G� �L2 R2 IμIw I1 I2 V1 V2 Z Zc PMS – EFEI/GQEE 13 PMS/UNIFEI/GQEE Transformadores de Corrente Enrolamentos distribuídos 14 Tipos Construtivos Isolamento : De acordo com classe de tensão - A seco (resina epoxi) – até 34,5 kV; - Papel impregnado em óleo. Transformadores de Corrente Principais características PMS – EFEI/GQEE 15 Tipos Construtivos Isolamento : Para uso externo e interno Transformadores de Corrente Principais características PMS – EFEI/GQEE 16 Tipos Construtivos Isolamento : Para uso externo e interno PMS – UNIFEI / GQEE Transformadores de Corrente Principais características 17 Tipos Construtivos ß enrolado ß barra ß núcleo bipartido ß janela ß pedestal ß um ou mais secundário OBS. i ) cada secundário significa um núcleo/ enrolamento. ii) secundário de medição‚ diferente de secundário de proteção e um não pode ser utilizado como outro e vice-versa. Transformadores de Corrente Principais características PMS – EFEI/GQEE 18 Tipos Construtivos Na maioria dos casos, um TC comporta vários núcleos, cada um com um enrolamento secundário, porém o enrolamento primário e o isolamento são comuns. Os núcleos são destinados a diferentes funções, como, por exemplo, um núcleo que alimenta aparelhos de medição e um ou vários outros destinados a alimentar relés de proteção. Deve-se notar que, em uma construção normal, o funcionamento de cada núcleo é independente dos demais. Pode-se muito bem escolher relações de transformação diferentes para otimizar a construção e, por exemplo, definir o núcleo de medida a partir da máxima corrente de carga e os núcleos de proteção em função da corrente de falta. Transformadores de Corrente Principais características 400-5A 2000-5A ProteçãoMedição PMS – EFEI/GQEE 19 Transformadores de Corrente Características construtivas PMS – EFEI/GQEE 20 Depende do sistema a ser protegido ou que se deseja fazer a medição -Ligação ground sensor -Ligação estrela aterrada -Ligação em delta Transformadores de Corrente Ligação no sistema elétrico PMS – EFEI/GQEE 21 Sinais Padronizados (-) correntes nominais de enrolamentos diferentes (:) exprimir relações nominais (/) separa correntes primárias ou relações obtidas por derivações secundárias. Ex.: 150/200 – 5A (x) separa correntes primárias ou relações obtidas por bobinas série-paralelas no primário. Ex.: 100x200 – 5A Ex.: 150x300x600-5A Transformadores de Corrente Principais características PMS – UNIFEI / GQEE 22 9 Corrente nominal As correntes e relações normalizadas estão indicadas na norma NBR 6856 Transformadores de Corrente Características básicas para a seleção de TC PMS – UNIFEI
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