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Vol.13 Máquinas e Acidentes de Trabalho

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MÆquinas e
Acidentes de Trabalho
Coleçªo PrevidŒncia Social
Volume 13
RenØ Mendes
Com a colaboraçªo tØcnica da professora doutora Elizabeth Costa Dias, engenheiro Paulo
Henrique Barros Silva e doutora Dalva Aparecida Lima, dentre outros.
' 2001 – MinistØrio da PrevidŒncia e AssistŒncia Social
 MinistØrio do Trabalho e Emprego
Presidente da Repœblica: Fernando Henrique Cardoso
Ministro da PrevidŒncia e AssistŒncia Social: Roberto Lœcio Rocha Brant
SecretÆrio de PrevidŒncia Social: Vinícius Carvalho Pinheiro
Diretor do Departamento do Regime Geral de PrevidŒncia Social: Geraldo Almir Arruda
Ministro do Trabalho e Emprego: Francisco Dornelles
SecretÆria de Inspeçªo do Trabalho: Vera Olímpia Gonçalves
Diretor do Departamento de Segurança e Saœde no Trabalho: Juarez Correia B. Jœnior
Tiragem: 10.000 exemplares
Ediçªo e Distribuiçªo:MinistØrio do Trabalho e Emprego – MTE
Secretaria de Inspeçªo do Trabalho – SIT
Esplanada dos MinistØrios, Bloco F, Ed. Anexo, Ala “B”,
1” Andar – Brasília/DF – CEP: 70059-902
Tel.: (0xx61) 224-7312 – Fax: (0xx61) 226-9353
MinistØrio da PrevidŒncia e AssistŒncia Social
Secretaria de PrevidŒncia Social
Esplanada dos MinistØrios, Bloco F, 7” Andar
Brasília/DF – CEP: 70059-900
Tel.: (0xx61) 317-5014 – Fax: (0xx61) 317-5195
Impresso no Brasil/Printed in Brazil
É permitida a reproduçªo total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.
Dados Internacionais de Catalogaçªo na Publicaçªo – CIP
Biblioteca. Seçªo de Processos TØcnicos – MTE
M297 MÆquinas e acidentes de trabalho. – Brasília : MTE/SIT; MPAS, 2001.
86 p. (Coleçªo PrevidŒncia Social; v. 13)
Estudo desenvolvimento pelo prof. RenØ Mendes, por solicitaçªo da
Secretaria de PrevidŒncia Social(SPS/MPAS), com o apoio do Banco
Mundial e PNUD. Contou com parcerias do setor privado, órgªos pœbli-
cos, em especial, o MinistØrio do Trabalho e Emprego, FUNDACENTRO
e MinistØrio da Saœde.
ContØm bibliografia.
1. Acidente de trabalho, mÆquina, Brasil. 2. Segurança do Trabalho,
Brasil. 3. Equipamento industrial, segurança, Brasil. I. Brasil. MinistØrio da
PrevidŒncia e AssistŒncia Social (MPAS). II. Brasil. Secretaria de PrevidŒncia
Social (SPS). III. Brasil. Secretaria de Inspeçªo doTrabalho (SIT). IV. SØrie.
CDD – 341.617
ISBN 85-88219-12-3
SUM`RIO
Apresentaçªo ...................................................................................................................... 5
PrefÆcio I ............................................................................................................................ 7
PrefÆcio II .......................................................................................................................... 9
Introduçªo ........................................................................................................................ 11
1. A Importância do Problema ...................................................................................... 13
2. Metodologia Utilizada ................................................................................................ 14
3. Achados e Discussªo ................................................................................................... 17
3.1. Identificaçªo do MaquinÆrio Obsoleto ou Inseguro de mais Elevada
Importância .......................................................................................................... 17
3.2. Relatório TØcnico-Documental das MÆquinas e Equipamentos Inseguros
ou Obsoletos mais Importantes. Discussªo sobre sua Operaçªo Segura ...... 33
3.2.1. Prensas Mecânicas .................................................................................. 33
3.2.2. Prensas HidrÆulicas ............................................................................... 37
3.2.3. MÆquinas Cilindros de Massa ................................................................ 41
3.2.4. MÆquinas de Trabalhar Madeiras: Serras Circulares .......................... 45
3.2.5. MÆquinas de Trabalhar Madeiras: Desempenadeiras ........................ 47
3.2.6. MÆquinas Guilhotinas para Chapas MetÆlicas .................................... 52
3.2.7. MÆquinas Guilhotinas para Papel ......................................................... 54
3.2.8. Impressoras Off-Set a Folha .................................................................. 55
3.2.9. Injetoras de PlÆstico ............................................................................... 62
3.2.10. Cilindros Misturadores para Borracha................................................. 73
3.2.11. Calandras para Borracha ....................................................................... 77
4. Discussªo Geral, Conclusıes e Recomendaçıes .................................................... 80
5. ReferŒncia BibliogrÆfica ............................................................................................ 84
APRESENTA˙ˆO
Segundo a Organizaçªo Internacional do Trabalho, todos os anos morrem no
mundo mais de 1,1 milhªo de pessoas, vítimas de acidentes ou de doenças relaciona-
das ao trabalho. Esse nœmero Ø maior que a mØdia anual de mortes no trânsito (999
mil), as provocadas por violŒncia (563 mil) e por guerras (50 mil).
No Brasil, os nœmeros sªo alarmantes. Os 393,6 mil acidentes de trabalho verifi-
cados em 1999 tiveram como conseqüŒncia 3,6 mil óbitos e 16,3 mil incapacidades
permanentes. De cada 10 mil acidentes de trabalho, 100,5 sªo fatais, enquanto em
países como MØxico e EUA este contingente Ø de 36,6 e 21,6, respectivamente.
Os acidentes de trabalho tŒm um elevado ônus para toda a sociedade, sendo a
sua reduçªo um anseio de todos: governo, empresÆrios e trabalhadores. AlØm da ques-
tªo social, com morte e mutilaçªo de operÆrios, a importância econômica tambØm Ø
crescente. AlØm de causar prejuízos às forças produtivas, os acidentes geram despesas
como pagamento de benefícios previdenciÆrios, recursos que poderiam estar sendo
canalizados para outras políticas sociais. Urge, portanto, reduzir o custo econômico
mediante medidas de prevençªo.
Nesse contexto, destaca-se o problema das mÆquinas e equipamentos obsoletos
e inseguros, responsÆveis por cerca de 25% dos acidentes do trabalho graves e
incapacitantes registrados no País, objeto de estudo realizado pelo professor doutor
RenØ Mendes e colaboradores, publicado neste Volume 13 da Coleçªo PrevidŒncia Social.
Este estudo foi desenvolvido por solicitaçªo da Secretaria de PrevidŒncia Social – SPS/
MPAS, com o apoio do Banco Mundial e do Programa das Naçıes Unidas para o
Desenvolvimento – PNUD. Ademais, contou com parcerias do setor privado e de ou-
tros órgªos pœblicos que atuam no campo da saœde e segurança dos trabalhadores, em
especial, o MinistØrio do Trabalho e Emprego, a Fundaçªo Jorge Duprat Figueiredo
de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO e o MinistØrio da Saœde,
sem os quais esta publicaçªo nªo teria sido possível.
Este trabalho pode ser considerado como a primeira tentativa abrangente e
aprofundada que se faz, no Brasil, para ampliar a compreensªo da complexa proble-
mÆtica provocada pela utilizaçªo e comercializaçªo de mÆquinas inseguras ou obsole-
tas. A operaçªo dessas mÆquinas estÆ associada à incidŒncia de acidentes do trabalho
graves e incapacitantes, com óbvios impactos na saœde e no bem-estar dos trabalhado-
res e no Seguro Social.
Com esta publicaçªo, busca-se abordar um aspecto do problema, melhorando
sua compreensªo e procurando encontrar estratØgias que possam ser eficazes no to-
cante à questªo da utilizaçªo segura de maquinÆrio.
ROBERTO BRANT
Ministro de Estado da PrevidŒncia e AssistŒncia Social
Brasília, novembro de 2001
PREF`CIO I
O MinistØrio da PrevidŒncia e AssistŒncia Social, com a publicaçªo deste trabalho
do professor doutor RenØ Mendes, dÆ uma grande contribuiçªo para o estudo da
infortunística do trabalho. AlØm do cuidado do profissionalinteressado e competente,
ele introduz um novo conceito na discussªo da prevençªo de acidentes do trabalho: a
modernizaçªo do equipamento e do próprio ambiente do trabalho.
Quando foi lançado, em 1990, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtivi-
dade tinha o propósito de preparar a indœstria brasileira para a competiçªo internacio-
nal que decorreria da abertura do nosso mercado para o mundo. A preocupaçªo era,
entªo, com a qualidade do produto, com a engenharia da produçªo, com os sistemas
de produçªo, com a introduçªo dos conceitos de ISO 9000 ou de qualidade total. As
certificaçıes passaram a ser uma preocupaçªo a mais nas organizaçıes industriais: os
processos de reengenharia, de identificaçªo dos objetivos próprios das empresas, especiali-
zando funçıes e terceirizando os serviços nªo-essenciais. Para isso, foi necessÆria a mu-
dança de conceitos de administraçªo: nªo bastava descrever como fazer, mas era preciso
ensinar como fazer; nªo bastava ensinar como fazer, mas era preciso a parceria do
empregado para se comprometer com o controle da qualidade. E a qualidade do pro-
duto pressupunha a qualidade de saber fazŒ-lo com segurança e sem acidentes. A
responsabilidade pela prevençªo de acidentes saiu do âmbito restrito e impessoal dos
serviços especializados e foi para o chªo da fÆbrica.
A modernizaçªo desses ambientes de trabalho acabou transferindo o problema
sobre quem Ø o responsÆvel pela segurança do trabalho. A disponibilidade dessas
mÆquinas usadas, substituídas pelas mais modernas, gerou uma oferta maior daqueles
equipamentos no mercado de usados. Como o comØrcio nªo estÆ comprometido com
processos de prevençªo de acidentes na indœstria, e como nªo hÆ meios legais de
comprometŒ-lo para isso, o problema saiu do ambiente industrial, que tinha recursos
e que praticava sistemas preventivos, para um ambiente mais pobre, quando nªo informal,
nªo acostumado com prÆticas prevencionistas e, pior que isso, utilizando mÆquinas
obsoletas e perigosas.
Eis a questªo. Para se induzir a modernizaçªo, existem estímulos e incentivos
para aquisiçªo de mÆquinas novas e mais modernas, inclusive com juros subsidiados e
com renœncia fiscal (como a depreciaçªo acelerada). Mas nenhuma preocupaçªo com
a colocaçªo no mercado de mÆquinas velhas e obsoletas, transferindo o problema, de
uma forma mais agravada, para o mercado, ou melhor, para a sociedade civil pagar a
conta. A operaçªo das mÆquinas obsoletas, geralmente mais perigosas e menos produti-
vas, acaba ficando sob a responsabilidade do empresÆrio, que, nesse caso, Ø o pequeno
ou o microempresÆrio, que nªo Ø afeito a prÆticas prevencionistas, que nªo Ø obrigado a
ter serviço especializado e, quando muito, terÆ um empregado para fazer as vezes de
CIPA. Isto sem se considerar que se estÆ mantendo em funcionamento um equipa-
mento sem produtividade nem competitividade, que deveria ser desativado.
Ao identificar a estreita relaçªo entre a “tecnologia obsoleta” e o “risco para a
segurança do trabalhador”, o professor doutor RenØ Mendes levanta uma nova abor-
dagem, muito mais complexa, para o encaminhamento das discussıes quanto às for-
mas de política de financiamento industrial para o desenvolvimento econômico, vis-à-
vis os problemas e as implicaçıes para prevençªo de acidentes do trabalho.
RONALD CAPUTO
Gerente do Projeto 8 do Programa Brasileiro
de Qualidade e Produtividade – PBQP
PREF`CIO II
O acidente de trabalho Ø um dos principais focos de atençªo do MinistØrio do
Trabalho e Emprego. Preveni-lo, evitÆ-lo, eliminar a possibilidade de sua ocorrŒncia
sªo nossas prioridades. Um acidente de trabalho causa sofrimentos à família, prejuízos
à empresa e ônus incalculÆveis ao Estado. Tais eventos nªo devem ocorrer, essa Ø uma
de nossas regras fundamentais. Um acidente começa muito antes da concepçªo do
processo de produçªo e da instalaçªo de uma empresa. O projeto escolhido, as mÆqui-
nas disponibilizadas e as demais escolhas prØvias jÆ influenciam a probabilidade de
acidentes de trabalho. Quando os defeitos sªo intrínsecos aos sistemas sociotØcnicos, Ø
muito mais difícil e dispendioso. Dessa forma, se a prevençªo se funda e se inicia ainda
na fase de concepçªo de mÆquinas, equipamentos e processos de produçªo, a açªo de
prevençªo flui com muito mais facilidade e os acidentes se tornam eventos com redu-
zida probabilidade de ocorrŒncia.
A prevençªo focada na fase de concepçªo de mÆquinas e equipamentos foi
desencadeada, pela primeira vez, no MinistØrio do Trabalho e Emprego no ano de
1993. Naquela ocasiªo, foram negociadas, de forma tripartite, mudanças no projeto e
na fabricaçªo de motosserras, incluindo vÆrios itens de segurança. Tal negociaçªo refluiu
para a Norma Regulamentadora 12, que desde entªo proíbe a comercializaçªo de tais
equipamentos desprovidos de seus dispositivos de segurança. Outros equipamentos
foram objeto de açıes positivas do MTE, como o cilindro de massa e as prensas injetoras.
É nesse sentido, o de incentivar a concepçªo e a produçªo de mÆquinas seguras,
que caminha o trabalho do professor doutor RenØ Mendes. Encomendado pelo Mi-
nistØrio da PrevidŒncia e AssistŒncia Social, preocupado com o elevado custo dos aci-
dentes decorrentes de mÆquinas e equipamentos, posto que grande nœmero deles
causa incapacidade total ou parcial permanente, gerando benefícios que sªo manti-
dos por atØ 60 anos, o trabalho estÆ sendo por nós publicado dentro do Projeto 8 do
Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade – PBQP “Financiamento para a
Melhoria das Condiçıes e dos Ambientes de Trabalho”, gerenciado pelo doutor Ronald
Caputo, integrante da Comissªo Tripartite ParitÆria Permanente – CTPP, a quem ou-
torgamos o PrefÆcio I. Este Projeto integra a meta mobilizadora, orientadora da açªo
do Departamento de Segurança e Saœde no Trabalho – DSST – “Reduzir as taxas de
acidentes de trabalho fatais em 40% atØ o ano de 2003”.
Esperamos contribuir para que o País possa dispor de um parque indus-
trial mais moderno e seguro!
JUAREZ CORREIA BARROS JÚNIOR
Diretor do Departamento de Segurança e
Saœde no Trabalho – DSST
10
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
11
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
INTRODU˙ˆO
Este estudo foi desencadeado pela constataçªo da enorme importância social e
econômica dos acidentes do trabalho graves e mutilantes provocados por mÆquinas, pro-
vavelmente obsoletas e inseguras. Estudos estatísticos tŒm demonstrado a gravidade des-
te problema, – seja pela incidŒncia desses acidentes, seja pela idade dos acidentados, seja
pelas suas conseqüŒncias –, medida pela incapacidade permanente produzida, geradora
dos benefícios previdenciÆrios correspondentes. Para a PrevidŒncia Social, estÆ implícito
o interesse por esse estudo, pelo significativo custo econômico, vis-à-vis a factibilidade
tØcnica da prevençªo desses acidentes. Buscou-se, portanto, melhorar a compreensªo a
respeito da natureza do problema, a fim de encontrar estratØgias que pudessem ser efica-
zes no seu controle, sempre levando em conta a parceria com outros órgªos pœblicos que
atuam no campo da Saœde e Segurança dos Trabalhadores, em especial, o MinistØrio do
Trabalho e Emprego, a FUNDACENTRO e o MinistØrio da Saœde.
Portanto, o presente estudo apresenta:
• uma “relaçªo de maquinÆrio obsoleto e inseguro, gerador de acidentes graves e
incapacitantes, em pequenas e mØdias empresas, sua incidŒncia e participaçªo no par-
que industrial brasileiro”;
• um “relatório-tØcnico documental sobre mÆquinas e equipamentos alternativos seguros,
que contØm especificaçıes tØcnicas, adequaçªo tecnológica, acordos ou negociaçıes cole-
tivas jÆ desenvolvidas em Æreas específicas, custo e condiçıes de aquisiçªo”;
• “disposiçıes legais que favoreçam a prevençªo de acidentes por meio da adequaçªo da
base tecnológica”.
Para tanto, foi empregada uma metodologia que envolveu duas etapas: uma
etapa de pesquisa documental e de informaçıesjÆ disponíveis e a outra etapa de in-
tenso trabalho-de-campo, em lojas de mÆquinas novas, em lojas de mÆquinas usadas,
em escolas tØcnicas industriais e em estabelecimentos de trabalho. Essa segunda eta-
pa, mais trabalhosa e longa, foi realizada por engenheiros-mecânicos e de produçªo,
com especializaçªo em Segurança do Trabalho e/ou Ergonomia. A Tabela 1 (pÆg. 15)
especifica a metodologia da parte principal do estudo em funçªo de cada objetivo
específico.
Primeiramente, foram selecionados nove tipos de mÆquinas ou equipamentos,
a saber: prensas; mÆquinas de trabalhar madeiras: serras circulares, tupias e
desempenadeiras; injetoras de plÆstico; guilhotinas; calandras e cilindros; motosserras;
impressoras e mÆquinas de descorticar e desfibrar o sisal. Esse estudo preliminar estÆ
consolidado no Quadro 1 (pÆgs. 19 a 32), em que para cada uma das nove mÆquinas e
equipamentos descrevem-se a utilizaçªo setorial e/ou geogrÆfica predominante, a
importância como causador de acidentes graves e incapacitantes e os principais pro-
blemas relacionados com a Segurança do Trabalho.
12
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
Depois foram analisados 11 tipos de mÆquinas ou equipamentos, a saber:
• prensas mecânicas
• prensas hidrÆulicas
• mÆquinas cilindros de massa
• mÆquinas de trabalhar madeiras: serras circulares
• mÆquinas de trabalhar madeiras: desempenadeiras
• mÆquinas guilhotinas para chapas metÆlicas
• mÆquinas guilhotinas para papel
• impressoras off-set a folha
• injetoras de plÆstico
• cilindros misturadores para borracha
• calandras para borracha
Para cada uma das mÆquinas ou equipamentos selecionados, tentou-se fazer
uma anÆlise por trŒs ângulos:
• por que sªo consideradas “obsoletas” ou “inseguras”; quais as alternativas
tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais;
• identificaçªo das condiçıes em que estªo sendo comercializadas mÆquinas
novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indica-
dos, especificando o tipo de mÆquina, fabricante, modelo;
• identificaçªo das condiçıes em que estªo sendo comercializadas mÆquinas
usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indica-
dos, especificando o tipo de mÆquina, fabricante, modelo.
Os achados dessa etapa - resultante do trabalho de campo - estªo condensados
no Relatório TØcnico-Documental (Item 3.2 deste Volume), em que se utilizam 13
figuras e 24 tabelas. Trata-se da parte central e principal deste estudo.
13
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
1. A IMPORT´NCIA DO PROBLEMA
No contexto do problema dos acidentes de trabalho no Brasil, chama a atençªo
o problema dos acidentes graves e incapacitantes causados por mÆquinas e equipa-
mentos obsoletos e inseguros. Sobre a importância do tema, alguns aspectos vŒm sen-
do observados, os quais sugerem a possibilidade/necessidade de intervençªo para a
reduçªo do problema, como, por exemplo, os seguintes:
• a anÆlise dos acidentes de trabalho registrados, por “motivo” ou “natureza da
lesªo” (como organiza a CID), permite identificar os 30 códigos mais freqüen-
tes, no que se refere aos acidentes registrados em 1997. Assim, chama a atençªo
que, da amostra de 72.489 acidentes que foram codificados pela CID-9, 27.371
(37,8%) referiam-se a acidentes traumÆticos envolvendo as mªos dos trabalha-
dores segurados;
• os vÆrios códigos da CID-9 utilizados referem-se a termos como: “ferimentos
dos dedos da mªo” (5.754 acidentes registrados e codificados); “fratura dos
dedos das mªos” (5.252); “feridas dos dedos das mªos e complicaçıes” (3.776);
“amputaçªo traumÆtica da mªo” (3.045); “fratura aberta da mªo” (1.905);
“fratura de punho fechada” (1.775); “fratura do carpo” (1.280); “contusªo da
mªo e punho” (1.118); feridas das mªos e tendıes” (1.079); “contusªo dos
dedos e mªos” (905); “amputaçªo traumÆtica dos dedos das mªos” (794), e
assim por diante. Nªo foram incluídos aqui os acidentes que produziram
ferimentos e, às vezes, amputaçıes de antebraços e braços;
• das 30 lesıes mais freqüentes, no mínimo 12 sªo lesıes traumÆticas agudas
de mªo ou punho. Nªo foram incluídas as lesıes inflamatórias ou crônicas, do
tipo DORT ou LER, que se destacaram em primeiro lugar nessa estatística;
• na casuística do Dr. Arlindo Pardini Jœnior e seus colegas cirurgiıes de mªo,
de Belo Horizonte, “a maioria dos acidentados Ø do sexo masculino, entre 20 e 45
anos de idade (...). Os equipamentos mecânicos sªo os principais agentes causadores...”.
Dos 1.000 casos analisados, 55,1% das lesıes evoluíram para seqüelas, sendo
a mªo dominante a mais atingida. Para eles, “conclui-se que as lesıes traumÆticas
da mªo constituem problema de grande impacto social e econômico para a empresa,
instituiçıes previdenciÆrias e principalmente para o paciente.” (PARDINI Jr., TAVARES
& FONSECA NETO, 1990);
• trabalhando em Caxias do Sul – RS, Dr. Joªo Fernando dos Santos Mello e
colaboradores analisaram e publicaram sua extensa casuística de 11.307
traumatismos de mªo causados por acidentes de trabalho. Destacaram, tam-
bØm, o predomínio de trabalhadores masculinos jovens e a alta incidŒncia de
seqüelas graves e incapacitantes. Naquele município e regiªo, a procedŒncia
predominante foi da indœstria metalœrgica (MELLO et al., 1993);
• Dr. Ubiratan de Paula Santos e seus colaboradores, responsÆveis pelo desen-
volvimento e implementaçªo do sistema de vigilância epidemiológica para
acidentes de trabalho graves, na Zona Norte do Município de Sªo Paulo,
14
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
observaram, tambØm, que as mªos e os dedos foram a parte do corpo mais atingida
nos acidentes de trabalho, responsÆveis por 31,5% de todos acidentes analisados. Cer-
ca de 16% dos acidentes registrados foram considerados graves, com alta
incidŒncia de contusıes e fraturas (SANTOS et al., 1990).
2. METODOLOGIA UTILIZADA
O presente estudo utilizou as seguintes estratØgias metodológicas:
• levantamento documental e bibliogrÆfico das informaçıes disponíveis sobre aci-
dentes de trabalho causados por mÆquinas;
• levantamento documental das informaçıes disponíveis sobre mÆquinas obsole-
tas e inseguras, geradoras de acidentes graves e incapacitantes, em pequenas
e mØdias empresas, sua incidŒncia e participaçªo no parque industrial brasi-
leiro;
• estudo tØcnico-documental (específico) sobre mÆquinas e equipamentos alter-
nativos seguros, com especificaçıes tØcnicas, adequaçªo tecnológica, custo,
condiçıes de aquisiçªo, bem como acordos ou negociaçıes coletivos jÆ de-
senvolvidos em Æreas específicas;
• estudo analítico do conjunto de disposiçıes legais que favoreçam açıes no senti-
do de prever acidentes, por meio de adequaçªo tecnológica, e mapeamento de
açıes e acordos jÆ em efetivaçªo que atuem no sentido de favorecer a troca do
equipamento obsoleto pelo mais adequado.
Na primeira etapa do Estudo, foram realizados levantamentos documentais e biblio-
grÆficos em bibliotecas especializadas, principalmente na FUNDACENTRO – Sªo Pau-
lo; FUNDACENTRO – Belo Horizonte; Escola de Engenharia da UFMG – Belo Hori-
zonte; Escola PolitØcnica da USP – Sªo Paulo (Departamento de Engenharia Mecâni-
ca) e SENAI, dentre outras instituiçıes. Nessas bibliotecas especializadas, foram
pesquisadas informaçıes sobre mÆquinas obsoletas e inseguras mais freqüentemente
associadas à geraçªo de acidentes de trabalho graves e incapacitantes.
Nessa etapa, tambØm foram estudados catÆlogos e especificaçıes tØcnicas sobre
mÆquinas e equipamentos, tanto os relativos à produçªo e comercializaçªo de mÆqui-
nas e equipamentos novos, como os relativos à comercializaçªo de mÆquinas e equipa-
mentos usados. Essa tarefa foi completada pela consulta e estudo do Banco de Dados
em MÆquinas e Equipamentos – DATAMAQ da Associaçªo Brasileira da Indœstria de
MÆquinas e Equipamentos – ABIMAQ.
Na segunda etapa do Estudo, foramrealizadas as seguintes atividades, em fun-
çªo dos objetivos definidos para esta etapa (Tabela 1):
15
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
Tabela 1 – Matriz Metodológica para a 2“ Etapa do Estudo
OVITEJBO AIGOLODOTEM )S(OTUDORP
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16
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
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17
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
3. ACHADOS E DISCUSSˆO
3.1. Identificaçªo do MaquinÆrio Obsoleto ou
Inseguro de mais Elevada Importância
Do levantamento documental e bibliogrÆfico, ampliado e atualizado, foram,
preliminarmente, identificados os seguintes tipos de mÆquinas ou equipamentos cau-
sadores de acidentes graves e incapacitantes:
• estudo realizado na Zona Norte do Município de Sªo Paulo mostrou que os
acidentes graves de mªo e dedos foram causados, principalmente, por mÆquinas e equi-
pamentos da indœstria metalœrgica. A Construçªo Civil e a Indœstria GrÆfica ali-
nharam-se, juntamente com a Indœstria Metalœrgica, dentre as que causaram
o maior nœmero de acidentes do trabalho naquela regiªo (SANTOS e et al.,
1990);
• as respostas mais completas e detalhadas, oriundas daquela mesma regiªo do
Município de Sªo Paulo foram obtidas pelo Engenheiro Luiz Felipe Silva, e
sªo descritas em sua Dissertaçªo de Mestrado em Saœde Pœblica, apresentada
à Universidade de Sªo Paulo. Estudando o problema específico dos aciden-
tes de trabalho com mÆquinas, o autor verificou que as mÆquinas foram res-
ponsÆveis por 25% de todos os acidentes de trabalho graves ocorridos na
regiªo, destacando-se em primeiro lugar as prensas, seguidas em ordem de-
crescente por “mÆquinas inespecíficas”, serras, cilindros/calandras, mÆquinas para
madeira, mÆquinas de costura, impressoras, guilhotinas, tornos, mÆquinas para le-
vantar cargas, esmeris, politrizes, injetoras de plÆstico, mÆquinas tŒxteis, dentre ou-
tras de mais baixa ocorrŒncia (SILVA, 1995);
• na produçªo de 196 acidentes graves com mÆquinas, dentre os quais, 67 ca-
sos com amputaçªo de dedos ou mªo, as prensas destacaram-se, mais uma vez,
sendo responsÆveis por 36% dos acidentes seguidos de amputaçªo. As serras,
as guilhotinas e as mÆquinas para madeira constituíram o grupo de mÆquinas
responsÆvel pela maioria dos acidentes graves (SILVA, 1995);
• as prensas foram responsÆveis por 42% dos casos de esmagamento de dedos ou
mªo, seguidas das impressoras e guilhotinas (SILVA, 1995);
• naquela regiªo do Município de Sªo Paulo, as atividades econômicas que
mais se destacaram em termos de incidŒncia de acidentes de trabalho graves
com mÆquinas foram, em ordem decrescente: indœstria mecânica e de material
elØtrico e eletrônico, indœstria metalœrgica, comØrcio varejista, construçªo civil, indœs-
tria de artefatos plÆsticos, indœstria grÆfica e editorial, indœstria de produtos alimentí-
cios, indœstria tŒxtil, indœstria de papel e papelªo e indœstria da madeira (SILVA,
1995).
18
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
Na experiŒncia do Sindicato dos Metalœrgicos de Osasco, “operando mÆquinas que
necessitam de manutençªo, que nªo possuem dispositivos de proteçªo ou que, mesmo os tendo, sªo
adulteradas para trabalhar mais rÆpido, aumentando a produçªo, milhares de trabalhadores foram
e continuam sendo mutilados. A falta de treinamento adequado para manipular equipamentos
tambØm Ø um dos fatores que implicam mutilaçıes.” (SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE
OSASCO E REGIˆO, 1999).
Para aquele Sindicato, portanto, o problema das mutilaçıes causadas pelas
mÆquinas Ø mais complexo, e deveria ser analisado sob quatro ângulos distintos, mas
complementares, a saber:
• mÆquinas sem manutençªo;
• mÆquinas que nªo possuem dispositivos de proteçªo;
• mÆquinas que possuem dispositivos de proteçªo, e que sªo adulteradas, para
trabalhar mais rÆpido;
• falta de treinamento para manipular equipamentos.
A publicaçªo de um relato de acidente grave em ajudante de estamparia (25 anos
de idade), que produziu amputaçªo da mªo esquerda, em decorrŒncia de esmagamento
do antebraço na prensa, serve para mostrar adequadamente tanto a metodologia de inves-
tigaçªo das “causas bÆsicas”, como as causas propriamente ditas, exemplificando claramente a
combinaçªo perversa entre aumento de ritmos de produçªo; introduçªo de “gambiarras”
para burlar sistemas e dispositivos de segurança; utilizaçªo de mÆquinas sem os dispositi-
vos bÆsicos de segurança e processos operatórios inadequados, refletindo tambØm treina-
mento insuficiente (WHITAKER, SEHIMI & MARTARELLO, 1994).
O presente estudo incorpora a compreensªo ampliada do problema das mÆqui-
nas mutiladoras e obsoletas, porØm tem seu escopo principal centrado em dois ângu-
los do problema: a existŒncia e a utilizaçªo de mÆquinas perigosas por nªo possuírem
dispositivos de proteçªo ou segurança e a existŒncia e utilizaçªo de mÆquinas de
tecnologia obsoleta, favorecendo, agravando ou desencadeando a condiçªo de risco.
Prensas excŒntricas, acionadas por pedais, exemplificam a combinaçªo perversa destes
dois“fatores de risco”.
 O Quadro 1, elaborado a partir da metodologia utilizada, enriquecida pela
entrevista com profissionais de Segurança e Saœde no Trabalho, relaciona o maquinÆrio
obsoleto e inseguro mais freqüentemente incriminado na causaçªo de acidentes do
trabalho graves e incapacitantes em pequenas e mØdias empresas do parque industrial
brasileiro.
Foram identificados nove tipos ou grupos prioritÆrios de mÆquinas que, na se-
gunda etapa, foram objeto de estudo detalhado e aprofundado.
19
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
Quadro 1 – Quadro Sinótico do MaquinÆrio Obsoleto e Inseguro
mais Freqüentemente Incriminado na Causaçªo de Acidentes de Trabalho
Graves e Incapacitantes, em Pequenas e MØdias Empresas
do Parque Industrial Brasileiro
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OTNEMAPIUQE
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Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
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MÆquinas e Acidentes de Trabalho
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Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
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Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
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ooãtneritimrepe
.aeráatseaosseca
)aunitnoc(
25
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
)oãçaunitnoc(
UOANIUQÁM
OTNEMAPIUQE
OÃÇAZILITU
UO/ELAIROTES
ACIFÁRGOEG
ETNANIMODERP
AICNÂTROPMI
RODASUACOMOC
SETNEDICAED
ESEVARG
SETNATICAPACNI
SIAPICNIRP
SAMELBORP
SODANOICALER
AÇNARUGESAMOC
OHLABARTOD
euqedavitamitse...“•
saniuqámsad%08
ocitsálpedsarotejni
odnesoãtseeuq
sadazilituetnemlauta
eslisarBon
satelosbomartnocne
sairácerpmeuo/e
edeosuedseõçidnoc
”.açnaruges
OÃSSIMOC(
EDETNENAMREP
,OÃÇAICOGEN
;)7991
oãçautis...“•
roteSonairátnedica
saeuqme,ocitsálP
sarotejnisaniuqám
lepapmumêt
etnacotonodacatsed
edoãçaregà
mocsevargsetnedica
,seõçalitum
esotnemagamse
sorbmemsonseõsel
,ALELIV(”.seroirepus
.)8991
edsovitisopsidsO
,soirótagirbooãçetorp
edlomodaeráaarap
seõçetorpmeulcni
,edsadatodsievóm
siod,sonemolep
e,oãçisopedserosnes
acinâcemaçnaruges
ociluárdihametsisuo
açnarugesed
aaraP.lanoicida
ededadinu
meved,otnemahcef
sadacolocres
uosaxifseõçetorp
,sievómeS.sievóm
sadatodresoãreved
musonemoleped
oãçisopedrosnes
orepmorretniarap
odotnemanoica
adlapicnirprotom
odnauq,aniuqám
.seõçetorpsasatreba
mébmatresmeveD
oãçetorpsadacilpa
saniuqámarap
edsaciluárdih
:launamodnamoc
odalonaxifoãçetorp
adoaroiretsop
,aniuqámadoãçarepo
aeráaadotodnirboc
oãçetorp;ocsired
edodalon,levóm
,aniuqámadoãçarepo
aadotegetorpeuq
.ocsiredaerá
)aunitnoc(
26
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
)oãçaunitnoc(
UOANIUQÁM
OTNEMAPIUQE
OÃÇAZILITU
UO/ELAIROTES
ACIFÁRGOEG
ETNANIMODERP
AICNÂTROPMI
RODASUACOMOC
SETNEDICAED
ESEVARG
SETNATICAPACNI
SIAPICNIRP
SAMELBORP
SODANOICALER
AÇNARUGESAMOC
OHLABARTOD
oãçnevnoCaleP
erboSaviteloC
meaçnarugeS
edsarotejnIsaniuqáM
sairtsúdnisa,ocitsálP
odoãçamrofsnarted
odatsE(ocitsálProteS
,)oluaPoãSed
saniuqámedsairáusu
,ocitsálpedsarotejni
aes-maretemorpmoc
odnauq,ralatsni
,odivorpsed
edsovitisopsid
aodomed,açnaruges
oãçisopxearidepmi
,socsirarodarepood
,setnedicarativearap
odacificepseemrofnoc
otnemucodon
edsotisiuqeR“
arapaçnarugeS
edsarotejnIsaniuqáM
àoxena,”ocitsálP
ortuoroP.oãçnevnoC
edsetnacirbafso,odal
edsarotejnisaniuqám
ocitsálp
aes-maretemorpmoc
sotisiuqersorirpmuc
adoxenAod
sadotme,oãçnevnoC
savonsaniuqámsa
arapsadacoloc
.oãçazilaicremoc
:SANITOHLIUG.5
oãssanitohliugsA
saniuqám
arapsatnemarref
etnemlapicnirpetroc
sanimâluosapahced
odnedop,latemed
resmébmat
etroconsadagerpme
eoãlepap,lepaped
seõçautissamuglame
.socitsálpeoruoc
acisábaigrulateM•
;)72opurGEANC(
edoãçacirbaf•
latemedsotudorp
;)82opurGEANC(
edoãçacirbaf•
esaniuqám
EANC(sotnemapiuqe
;)92opurG
ropsievásnopseR•
sosodoted%6,2
,sevargsetnedica
ropsodasuac
,AVLIS(saniuqám
;)5991
ropsievásnopser•
sasadoted%5,4
,sodededseõçatupma
setnedicasoertned
ropsodasuac
,AVLIS(saniuqám
.)5991
edsadidemsA
es-macilpaoãçneverp
etnerefidamrofed
edsoledomsoarap
edsanitohliug
agitnaoãçpecnoc
eladepasadarepo(
ede)acnavala
avonoãçpecnoc
launamibodnamoc(
.)odazinorcnis
)aunitnoc(
27
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)oãçaunitnoc(
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UO/ELAIROTES
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AÇNARUGESAMOC
OHLABARTOD
edoãçacirbaf•
arapsaniuqám
eoirótircse
edsotnemapiuqe
EANC(acitámrofni
;)03opurG
edoãçacirbaf•
esohlerapa,saniuqám
socirtélesiaretam
;)13opurGEANC(
eoãçacirbaf•
solucíevedmegatnom
,serotomotua
sairecorraceseuqober
;)43opurGEANC(
sortuoedoãçacirbaf•
edsotnemapiuqe
EANC(etropsnart
;)53opurG
sievómedoãçacirbaf•
aicnânimoderpmoc
EANC(latemed
.)9-21.63opurG
sedadivitasassesadoT
oãçiubirtsidalpmamêt
elanoican
mees-martnecnoc
saidémesaneuqep
.saserpme
medopseõçetorpsA
oxifopitodres
oduo,)sadireferp(
odnauq,levómopit
ededadissecenáh
edsacalpedetroc
O.oãsnemidaneuqep
arirbocélaicnesse
adotmelatnorfetrap
oãigeradoãsnetxea
oãn,animâlad
aodnazerpsed
edaicnâtropmi
àoãçetorprirefnoc
adariesartoãçes
.aniuqám
ESARDNALAC.6
:SORDNILIC
sordnilicesardnalaC
saniuqámoãs
omocsadazilitu
arignitaedotisóporp
adajesedarussepseodaicnêüqesaarap
.ossecorp
edoãçacirbaF•
,airadapedsotudorp
eairatiefnoc
oãçacirbaf;airaletsap
sahcalobesotiocsibed
4-18.51sopurGEANC(
,2-28.51e
–)etnemlapicnirp
;lanoicanoãçiubirtsid
saneuqepesorcim
;saserpme
ropsievásnopseR•
sosodoted%4,3
mocsetnedica
,AVLIS(saniuqám
;)5991
ropsievásnopser•
sosodoted%6,6
,sevargsetnedica
ropsodasuac
,AVLIS(saniuqám
;)5991
edailímafaN•
,sordnilicesardnalac
anediserocsiro
edoãiger
sodaicnêgrevnoc
edopedno,sordnilic
orevah
sadotnemanoisirpa
sodsadaçnavasetrap
;seroirepussorbmem
)aunitnoc(
28
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OHLABARTOD
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sordnilic“(assamed
es-autefe)”assamed
sordnilicsiodertne
oditnesmeodnarig
oeuqodnes,osrevni
éroirefniordnilic
ootnauqne,ocitátse
ametroirepus
acitsíretcarac
odrocaed,leváluger
arussepseamoc
auS.adidneterp
eoãçacilpa
oãsotnemanoicnuf
amumesodartnocne
ededadeirav
oãveuq,sedadivita
meohlabartoedsed
,sairednaval
,sacigrúlatem
saicítnemilasairtsúdni
saéta,ahcarrobede
sordnilic“(sairadap
.)”assamed
esairednaval•
EANC(sairarutnit
–)7-10.39opurG
,lanoicanoãçiubirtsid
saneuqepesorcim
saniuqám(saserpme
,sagufírtnec,ravaled
,savitatorsarodaces
esariedassap
.)sardnalac
adairtsúdnian...“•
so,oãçacifinap
mocsetnedica
saniuqám
,matneserper
,etnemadamixorpa
soinútrofnisod%07
,euqodnes,siarobal
siam,lautnecropessed
merrocoedatemad
saniuqámmoc
”.assamedsordnilic
.lisarB( OIRÉTSINIM
OHLABARTOD ,
.)6991
ortuoáh,essedméla•
meetneserpocsir
edsopitsodanimreted
,sahlevsiamsaniuqám
omocotatnocoéeuq
ajuc,rodacesordnilic
adarutarepmet
rignitaedopeicífrepus
041a08ed o O.C
oãçetorpedoipícnirp
ésaniuqámsassearap
odatodaoaralimis
omsemodsartuoarap
etnemadaton,opurg
arapsaniuqámsaarap
edotnemassecorp
amrofaD.ahcarrob
a,ratnemelesiam
siamoãçadnemocer
oãçalatsniaéadacidni
euq,arrabamued
adalucitraresedop
,)oludnêpmuomoc(
aomixámonadautis
adeicífrepusadmc01
reuqlauQ.asem
bosoãmadoçnava
siodanoicaarrabasse
socirtélesovitisopsid
.rotomomarapeuq
edaicnâtsidamuáH
resaaçnaruges
adecafme,adatiepser
aniuqámadaicréni
atelpmocaarap
;sordnilicsodadarap
IIoxenAoodnuges•
sordnilicso,21RNad
esodacirbafassamed
arapsodatropmi
onoãçazilaicremoc
ropsidoãrevedsíaP
setniugessod
edsovitisopsid
:açnaruges
)aunitnoc(
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OHLABARTOD
saarapoãçetorp)a
sa(sordnilicsodsaerá
sacincétseõçacificepse
oasadaxenaoãtse
;)RNadotxet
arapsovitisopsid)b
azepmilanoãçetorp
;)medi(
acirtéleoãçetorp)c
;)medi(
sailopsadoãçetorp)d
;)medi(
.lausivrodacidni)e
SARRESSOTOM.7 ,arutlucivliS•
elatserolfoãçarolpxe
sodanoicalersoçivres
sedadivitasassemoc
–)1.20opurGEANC(
,oãçiubirtsidalpma
sanoinímoderpmoc
eetroNseõiger
;etseO-ortneC
,etnemairadnuces•
sotudorpedoãçacirbaf
EANC(ariedamed
–)02opurG
.lanoicanoãçiubirtsid
edoãçazilitua...“•
opitodsaniuqám
metarressotom
setnedicaodanoisaco
mocohlabarted
”.edadivargadautneca
.lisarB( OIRÉTSINIM
OHLABARTOD ,
;)4991
evlovneedadivitaa“•
,socsirsemrone
olepodnaçemoc
edecidníodavele
mocseõçalitum
siamedesarressotom
sodasusotnemapiuqe
eoãçartxean
adotnemaicifeneb
.ariedam
( ORTNECADNUF ,
;)b89/7991
sod%34me•
mocsetnedica
oãs,sarressotom
esoãmsodignita
sod%83;soçarb
samegnitasetnedica
%8,sépso%6;sanrep
o%5e,ecafeaçebac
.)6991,AHSO(ocnort
ºnbTMairatroPA
,39.21.8ed,374.1
oãssimoCauiutitsni
levásnopseretitrapirT
sadidemroporprop
sadairohlemarap
ohlabartedseõçidnoc
edosuon
.sarressotom
adIoxenAoodnugeS
sarressotomsa,21RN
esadacirbaf
arap,sadatropmi
onoãçazilaicremoc
ropsidoãreved,síaP
setniugessod
edsovitisopsid
:açnaruges
edlaunamoierf)a
;etnerroc
;etnerrocageponip)b
oãmadrotetorp)c
;atierid
oãmadrotetorp)d
;adreuqse
açnarugesedavart)e
.rodarelecaod
)aunitnoc(
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OHLABARTOD
SAROSSERPMI.8 edoãsserpmieoãçidE
sorvil,satsiver,sianroj
sotudorpsortuoede
opurGEANC(socifárg
:)1.22
soçivreseoãsserpmi•
soriecretarapsoxenoc
,sianrojedoãsserpmi(
,sorvil,satsiver
eralocselairetam
sosuaraplairetam
;laicremocelairtsudni
sortuoedoãçucexe
)socifárgsoçivres
.)2.22opurGEANC(
sedadivitasassesadoT
alpmamêt
acifárgoegoãçiubirtsid
.síaPon
megiroedsocsirsO
-martnecnocacinâcem
edoãigeranes
alep,oãsserpmi
edsanozedoãçamrof
mumoc,aicnêgrevnoc
ednosomsinacemson
mesordnilicáh
,otnatroP.oãçator
eseõigersassen
meetnemlapicnirp
edsotnemom
erbosoãçnevretni
edocsiroáh,sale
eotsarra
ertneotnemagamse
;solorsoesordnilicso
eotnemahlasic
solepseuqohc
somsinacem
,setnerroc(
)sarodatropsnart
sanetnemlapicnirp
oãçatnemilaedsaferat
.sahlofedadaritere
medroedsocsirsO
esoãnacinâcem
sedadivitasàmatimil
sam,oãçarepoed
sanoduterbos
soçivressodseõçucexe
azepmil,megalugered
edohlabarte
ertneD.oãçnetunam
sadidemsa
edsiatnemadnuf
:es-meulcni,oãçneverp
odotnemidepmi)a
edseõigersàosseca
sodaicnêgrevnoc
alep,sordnilic
sarrabedoãçacilpa
;saxif
)aunitnoc(
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saerásadarutreboc)b
,laudiserossecaed
sarierrabmoc
seratnemelpmoc
sessE.)ocilírca,salet(
ametimrepserotetorp
edaicnêtsixe
soicífirouosnegassap
edoãçudortniaarap
oãn,satnemarref
oodnatilibissop
reuqlauqedossergni
.oprocodetrap
sotnemelesosodoT
aniuqámadsievóm
,serovrá,setnerroc(
meved)sneganergne
ropsotrebocres
euqsoxifserotetorp
soaossecaomaçepmi
.somsem
EDSANIUQÁM.9
ERACITROCSED
LASISORARBIFSED
edsedadivitA•
sodanoicalersoçivres
arutlucirgAamoc
;)9-16.10EANC(
edotnemaicifeneb•
sietxêtsarbifsartuo
-91.71EANC(siarutan
.)1
oãtsesedadivitasassE
seõigermesetneserp
earutluced
odotnemaicifeneb
siauqsa,lasis
memanimoderp
esiarursanoz
soipícinumsoneuqep
oãigeRadsodatsesod
.etsedroN
mocsetnedicasO
”sabíarap“saniuqám
sodmumeutitsnoc
siamsolpmexe
,socigártesodicehnoc
mocsodaicossa
euq,sevargseõçalitum
oãçatupmameulcni
.soçarbetnaesoãmed
edrotesoaadatlov...“
ojuc,lasis
éotnemaicifeneb
muroplevásnopser
secidníseroiamsod
soãmedoãçalitumed
”.sesíapsosodoted
( ORTNECADNUF ,
.)a89/7991
mêv4891edseD
sodivlovnesedodnes
ORTNECADNUFalep
edsovitisopsid
edacobanoãçetorp
adoãçatnemila
ed”abíarap“aniuqám
rarbifsederacitrocsed
satnitsidmoc,lasiso
.seõçarugifnoc
a...“ ORTNECADNUF
7991meuojenalp
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edrotesoaadatlov
.)...(lasis
)aunitnoc(
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Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
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ORTNECADNUF
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adoãçatnemila
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aivloseretnemacitarpasaM.amelborpo
ededadlucifid
aniuqámarajenam
,ovitisopsidomoc
airésimàadaicossa
sodamertxe
essenserodahlabart
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essofoãçetorp
aarogA.adanodnoba
siamriéatsoporp
,amelborponodnuf
mocairecrapme
rop,sedaditnesartuo
otejorP“odoiem
oarapodargetnI
adotnemivlovneseD
airtsúdniorgA
eseuq,”arielasiS
radutseaeõporp
samelborpsoedsed
éta,socimônoceoicos
aarapsosusovon
”.arbif
( ORTNECADNUF ,
.)a89/7991
33
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
3.2. Relatório TØcnico-Documental das MÆquinas e
Equipamentos Inseguros ou Obsoletos mais
Importantes. Discussªo sobre sua Operaçªo Segura
3.2.1. Prensas Mecânicas
3.2.1.a. Por que sªo consideradas “obsoletas” ou “inseguras”e quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
Prensa excŒntrica com embreagem a chaveta
Uma mÆquina dotada desse tipo de embreagem estÆ sujeita à ocorrŒncia do
“repique”, por uma falha mecânica nesse dispositivo. HÆ a descida da mesa móvel
como se ela tivesse sido acionada, podendo provocar acidentes graves envolvendo as
mªos do trabalhador, por exemplo, na retirada ou colocaçªo de material para prensar.
Esse risco Ø aumentado quando nªo hÆ um programa de manutençªo adequa-
do para o equipamento.
Por isso, a Convençªo Coletiva de Trabalho para Melhoria das Condiçıes de
Trabalho em Prensas Mecânicas e HidrÆulicas (SINDICATO DOS METALÚRGICOS
DE SˆO PAULO e outros, 1999) define como obrigatória, para esse tipo de mÆquina,
a adoçªo de recursos que garantam o impedimento físico ao ingresso das mªos do
operador na zona de prensagem, dentre eles:
• ferramenta fechada;
• enclausuramento da zona de prensagem, com fresta que permita apenas o
ingresso do material, e nªo da mªo humana;
• mªo mecânica;
• sistema de gaveta;
• sistema de alimentaçªo por gravidade e remoçªo pneumÆtica;
• sistema de bandeja rotativa (tambor de revólver);
• transportador de alimentaçªo ou robótica.
Prensa excŒntrica com embreagem tipo freio/fricçªo
Nesse tipo de mÆquina, pode haver riscos relacionados ao tipo de acionamento
adotado. No acionamento por pedais, as mªos ficam livres para o acesso à zona de
prensagem, podendo haver acidente por um movimento descoordenado, ou atØ mes-
34
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
mo por um esbarrªo. No acionamento por botoeira simples (hÆ um botªo de
acionamento), uma das mªos fica livre para o acesso à zona de prensagem.
O uso de comando bimanual (o operador tem de pressionar dois botıes simul-
taneamente para haver a prensagem). Esse tipo de equipamento torna o risco de
acidente substancialmente menor, desde que tal sistema de acionamento seja ade-
quadamente projetado e executado. Faz-se necessÆria a instalaçªo de tantos coman-
dos bimanuais quanto o nœmero de trabalhadores que operam simultaneamente a
prensa.
Uma cortina de luz (sistema de proteçªo baseado em feixes e sensores ópticos
que interrompe ou impede a prensagem quando a mªo ou outra parte do corpo adentra
a zona de prensagem) eleva ainda mais o nível de segurança do equipamento, prote-
gendo, inclusive, terceiros contra acidentes. Barreiras móveis, que interrompem ou
impedem a prensagem quando abertas (interbloqueio) produzem o mesmo efeito.
Na Inglaterra, o uso de comando bimanual em prensas com qualquer tipo de
embreagem Ø proibido, salvo acompanhado por outros dispositivos de segurança. Na SuØcia,
por outro lado, Ø permitido o uso de comando bimanual para prensas mecânicas com
embreagem a fricçªo. Mas lÆ tambØm existem normas para a construçªo de tais em-
breagens que requisitam o uso de tecnologia confiÆvel (SILVA, 1995, citando GARDE,
exceto por trecho em itÆlico).
A Convençªo Coletiva de Trabalho para Melhoria das Condiçıes de Trabalho
em Prensas Mecânicas e HidrÆulicas estabelece o uso de comandos bimanuais com
simultaneidade e autoteste, que garanta a vida œtil do comando, como uma forma de
cumprir os requisitos bÆsicos de segurança para prensas mecânicas com embreagem a
freio/fricçªo pneumÆticos, exceto quando houver a necessidade de o operador in-
gressar na zona de prensagem. Estabelece tambØm requisitos para esse sistema de
embreagem. Assim, nªo haveria necessidade da instalaçªo de dispositivos como corti-
nas de luz ou barreiras móveis com interbloqueio nesse caso.
Independemente do tipo de embreagem da prensa, ela pode apresentar riscos
de acidentes em suas partes móveis de transmissªo de força (polias, correias, engrena-
gens, volante, etc.), caso esses nªo estejam adequadamente cobertos por proteçıes
fixas.
3.2.1.b. Identificaçªo das condiçıes em que estªo sendo comercializadas mÆqui-
nas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de mÆquina, fabricante e modelo.
Foram relacionados 15 marcas de prensas em comercializaçªo. Na Tabela 2, a
seguir, encontram-se as informaçıes obtidas para algumas delas.
35
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
Tabela 2 – Condiçıes de Comercializaçªo de uma Amostra de
Prensas Novas, Sªo Paulo, Dezembro de 2000
ETNACIRBAF 1 SOLEDOM EDSOPIT
MEGAERBME
EDSOPIT
OTNEMANOICA
SORTUO
SOVITISOPSID
A
1opurG
etnatnomonoM
acrecedsoledoM
t003a03ed
2opurG
etnatnomolpuD
a04edsoledoM
t003
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
launamiB
launamiB
zuledanitroC
lanoicpo
zuledanitroC
lanoicpo
B
1opurG
a03edsoledoM
t051
2opurG
a001edsoledoM
t005
4opurG
a09edoledoM
t003
5opurG
a001edsoledoM
t003
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
launamiB
launamiB
launamiB
launamiB
zuledanitroC
lanoicpo
zuledanitroC
lanoicpo
zuledanitroC
lanoicpo
zuledanitroC
lanoicpo
C
opiT(1opurG
)C
opiT(2opurG
)C
opiT(3opurG
)C
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
launamiB
launamiB
launamiB
zuledanitroC
lanoicpo
zuledanitroC
lanoicpo
zuledanitroC
lanoicpo
D
asnerP
opiT–acirtnêcxe
C
oãçcirf/oierF launamiB edoãtoB
aicnêgreme
1 edoãçitepera,missA.aniuqámedopitortuomunsadazilitueroãssartelsaeuqmesosacáH
anelavoãnossisam,etnacirbafodoãçiteperaacidnianiuqámedopitmuedortnedartelamu
.aniuqámedopitortuomeartelamuedoãçiteper
36
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
Um outro fabricante, em recente declaraçªo oficial (confiÆvel), informou que
nªo produz prensas com embreagem a chaveta e fornece os equipamentos com
acionamento por comando bimanual. Caso desejado, cortinas de luz sªo fornecidas
como acessórios. Seu preço para uma de luz Ø de R$15.000,00. A empresa tambØm
executa serviços de reforma em prensas de qualquer marca, incluindo conversªo do
sistema de embreagem a chaveta para embreagem a fricçªo.
Todas as mÆquinas apresentavam boas proteçıes dos elementos móveis de trans-
missªo de força.
3.2.1.c. Identificaçªo das condiçıes em que estªo sendo comercializadas mÆqui-
nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de mÆquina, fabricante e modelo.
Essas informaçıes foram obtidas em lojas na cidade de Sªo Paulo, em dezem-
bro de 2000 e estªo resumidas na Tabela 3.
Tabela 3 – Condiçıes de Comercializaçªo de uma Amostra
de Prensas Usadas, Sªo Paulo, Dezembro de 2000
.EDTQ -IRBAF
ETNAC
-ICAPAC
)t(EDAD
EDONA
OÃÇACIRBAF MEGAERBME
-ANOICA
OTNEM
SORTUO
SOVITISOPSID
1 F 08 odarongI oãçcirf/oierF launamiB edoãtoB
aicnêgreme
1 F 052 odarongI oãçcirf/oierF launamiB edoãtoB
aicnêgreme
1 F1 052~ odarongI oãçcirf/oierF launamiB edoãtoB
aicnêgreme
1 E 561 77 oãçcirf/oierF launamiB edoãtoB
aicnêgreme
1 G 002 98 oãçcirf/oierF launamiB edoãtoB
aicnêgreme
1 H 04~ odarongI atevahcA ladeP –
2 I 51 odarongI atevahcA ladeP –
1 odarongI 08 odarongI atevahcA ladeP –
1 odarongI 031 odarongI atevahcA ladeP –
1 J 21 odarongI atevahcA ladeP –
1 J 04 odarongIatevahcA ladeP –
1 K 56 odarongI atevahcA ladeP –
)aunitnoc(
37
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
)oãçaunitnoc(
.EDTQ -IRBAF
ETNAC
-ICAPAC
)t(EDAD
EDONA
OÃÇACIRBAF MEGAERBME
-ANOICA
OTNEM
SORTUO
SOVITISOPSID
1 A 08 77 atevahcA launamiB –
2 F 002 odarongI oãçcirf-oierF odarongI odarongI
4 odarongI 51~ odarongI atevahcA ladeP odarongI
1 odarongI 04~ odarongI atevahcA ladeP odarongI
1
.oãçacifitnediaivahoãnsiop,otnemapiuqeodaicnêrapaalepodinifeD
Essas prensas a chavetas sªo vendidas sem dispositivos de alimentaçªo que im-
peçam a introduçªo das mªos na regiªo de risco.
Todas as mÆquinas apresentavam boa proteçªo dos elementos móveis de trans-
missªo de força.
3.2.2. Prensas HidrÆulicas
3.2.2.a. Por que sªo consideradas “obsoletas” ou “inseguras” e quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
Uma discussªo bÆsica sobre os riscos de acidentes em prensas hidrÆulicas Ø simi-
lar à das prensas mecânicas com embreagem tipo freio/fricçªo. Nas prensas hidrÆuli-
cas, o risco de esmagamento Ø, geralmente, menor, pois a velocidade de descida da
mesa móvel tambØm Ø menor. Segundo Silva, citando Raafat, no Reino Unido o uso
do comando bimanual nªo Ø recomendado, salvo quando nªo hÆ formas prÆticas e
viÆveis de serem utilizadas proteçıes físicas. Sua utilizaçªo Ø criticada nos seguintes
termos:
“O controle bimanual nªo proverÆ um nível adequado de proteçªo para uma
mÆquina classificada como sendo de alto risco (como a prensa hidrÆulica, por exem-
plo). Esses dispositivos de segurança (se trabalharem de forma apropriada) somente
fornecem proteçªo ao usuÆrio da mÆquina e nªo a terceiros. Eles sªo geralmente fÆ-
ceis de apresentar defeitos e podem ser facilmente burlados.”
A Convençªo Coletiva de Trabalho para Melhoria das Condiçıes de Trabalho
em Prensas Mecânicas e HidrÆulicas (Sindicato dos Metalœrgicos de Sªo Paulo e ou-
tros, 1999) estabelece o uso de comandos bimanuais com simultaneidade e autoteste,
que garanta a vida œtil do comando, como uma forma de cumprir os requisitos bÆsicos
de segurança para prensas hidrÆulicas, exceto nos casos em que houver a necessidade
de o operador ingressar na zona de prensagem.
38
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
Exemplos de complementos ao comando bimanual, para maior diminuiçªo do
risco de acidente, seriam as barreiras móveis com interbloqueio ou cortinas de luz.
Um outro risco existente na operaçªo desse tipo de equipamento Ø a queda da
mesa móvel por gravidade após um defeito, como, por exemplo, vazamento de óleo.
Para evitÆ-lo, o equipamento deve ser dotado de dispositivo de proteçªo específico.
39
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
Figura 1 – Prensa hidrÆulica tipo C, de acionamento por pedal,
com proteçªo móvel com interbloqueio.
Fonte: Nova Zelândia – Department of Labour (1966).
40
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
3.2.2.b. Identificaçªo das condiçıes em que estªo sendo comercializadas mÆ-
quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de mÆquina, fabricante e modelo.
Na Tabela 4, a seguir, encontram-se as informaçıes obtidas de uma amostra de
prensas hidrÆulicas novas fabricadas no Brasil.
Tabela 4 – Condiçıes de Comercializaçªo de uma Amostra de
Prensas HidrÆulicas Novas, Sªo Paulo, Fevereiro de 2001
/ACRAM
/OLEDOM
OPIT
EDADICAPAC
)t( OTNEMANOICA
SORTUO
SOVITISOPSID OÇERP
K Copit/1oledom/ 002a03 launamib
ovitisopsid
adadeuqartnoc
roplevómasem
edadivarg 1 e
edoãtob
aicnêgreme
–
K olpud/2oledom/
etnatnom
004a05 launamib
ovitisopsid
adadeuqartnoc
roplevómasem
edadivarg 1 e
edoãtob
aicnêgreme
–
W Copit/ 06 ladeprop muhnen 00,000.81$R
1
.etnacirbafodoãçamrofniodnugeS
As prensas da marca K, segundo o fabricante, podem ser dotadas de outras
proteçıes, caso solicitado pelo comprador.
Em nenhuma das mÆquinas havia elementos móveis de transmissªo de força
expostos.
3.2.2.c. Identificaçªo das condiçıes em que estªo sendo comercializadas mÆqui-
nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de mÆquina, fabricante, modelo.
Essas informaçıes foram obtidas em lojas na cidade de Sªo Paulo, em fevereiro
de 2001 e estªo resumidas na Tabela 5.
41
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
Tabela 5 – Condiçıes de Comercializaçªo de uma Amostra de
Prensas HidrÆulicas Usadas, Sªo Paulo, Fevereiro de 2001
/ETNACIRBAF
OPIT
-ICAPAC
EDAD
)t(
ONA OTNEMANOICA
SORTUO
SOVITISOPSID OÇERP
etnatnomolpud/X 06 0891~ moclevíssoP
oãmamusanepa muhneN –
olpud/odarongI
etnatnom
051 0891~ moclevíssoP
oãmamusanepa muhneN 00,000.8$R
copit/odarongI 06 0891~ moclevíssoP
oãmamusanepa muhneN 00,000.4$R
Copit/X 02 5791 launamiB muhneN 00,005.8$R
etnatnomolpud/Y 001 .rongi moclevíssoP
oãmamusanepa muhneN –
etnatnomolpud/Y 001 .rongi moclevíssoP
oãmamusanepa muhneN 00,000.52$R
Copit/Z .rongi 1 .rongi moclevíssoP
oãmamusanepa muhneN 00,000.21$R
olpud/odarongI
etnatnom
06 .rongi moclevíssoP
oãmamusanepa muhneN 00,005.6$R
etnatnomolpud/Y 03 0891< moclevíssoP
oãmamusanepa muhneN 00,000.6$R
Copit/odarongI 03 .rongi uoladeproP launamacnavala muhneN –
1
.m08,1etnemadamixorpaareaniuqámadarutlaA
Em nenhuma das mÆquinas havia elementos móveis de transmissªo de força
expostos.
3.2.3. MÆquinas Cilindros de Massa
3.2.3.a. Por que sªo consideradas “obsoletas” ou “inseguras” e quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
Sªo mÆquinas utilizadas para sovar e laminar a massa de pªo. Na sua operaçªo,
na maior parte do tempo, o trabalhador fica posicionado na sua regiªo frontal, passan-
do a massa por cima dos cilindros para que ela retorne pelo vªo entre eles.
Assim, sem as devidas proteçıes, ela oferece riscos importantes de acidentes, na
regiªo de convergŒncia dos cilindros e tambØm nas partes móveis de transmissªo de
força.
42
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
Essas mÆquinas devem obedecer aos seguintes requisitos de segurança, de modo
a tornar esses riscos insignificantes1 :
1. Possuir cilindro obstrutivo que dificulte a aproximaçªo das mªos do trabalha-
dor da regiªo de convergŒncia dos cilindros.
2. Possuir chapa de fechamento do vªo que tem a finalidade de impedir a intro-
duçªo das mªos entre o cilindro obstrutivo e o cilindro superior.
3. Possuir proteçªo lateral fixa com o objetivo de impedir acesso à regiªo de
convergŒncia dos cilindros pela lateral da mÆquina.
4. Respeitar as dimensıes mínimas necessÆrias para evitar alcance das mªos à
regiªo de convergŒncia dos cilindros.
5. Possuir botªo de parada de emergŒncia da mÆquina bem posicionado na
lateral.
6. Possuir proteçªo fixa metÆlica ou similar na regiªo de transmissªo de força
da mÆquina.
7. Nªo deve haver possibilidade de inversªo do sentido de rotaçªo dos cilin-
dros. Com isso serÆ eliminada a possibilidade de surgimento de uma nova
regiªo de risco.
A figura 2 ilustra, de modo esquemÆtico, uma mÆquina cilindro de massa,
com identificaçªo dos componentes essenciais e sua localizaçªo correta, para fins
de segurança.
1 Adaptado do Anexo II da Norma Regulamentadora n” 12 do MinistØrio do Trabalho e Emprego.
43
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
Figura 2 – Esquema de mÆquina cilindro de massa, com identificaçªo dos componentes essenciais e sua
localizaçªo correta, para fins de segurança.
Fonte: FUNDACENTRO (1996).
44
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
3.2.3.b. Identificaçªo das condiçıes em que estªo sendo comercializadas mÆ-
quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de mÆquina, fabricante e modelo.
Foram identificados, em Sªo Paulo,sete fabricantes de cilindros de massa. Na
Tabela 6, abaixo, encontram-se as informaçıes obtidas para algumas delas.
Tabela 6 – Condiçıes de Comercializaçªo de uma Amostra de
MÆquinas Cilindros de Massa Novas, Sªo Paulo, Dezembro de 2000
ETNACIRBAF OLEDOM 1 2 3 4 5 6 7
M 1oledoM P P P P P P P
N 1oledoM P O P O *P P **P
N 2oledoM P I P I *P P **P
O 1oledoM P P P P P P P
:adnegeL
oviturtsboordnilicedaçneserP.1
oãvodotnemahcefedapahcedaçneserP.2
axiflaretaloãçetorpedaçneserP.3
saminímseõsnemidsàotiepseR.4
aicnêgremeedadarapedoãtobedaçneserP.5
açrofedoãssimsnartedseõigersanacilátemoãçetorpedaçneserP.6
sordnilicsodoãçatoredocinúoditneS.7
etnemanelpednetA–P
etnemairotafsitasniednetA–I
erpmucoãN–CN
latnorfoãçisopan,ohlabartedasemabosaicnêgremeedadarapedarraB*
rodedneverolepadatserpoãçamrofnI**
Observaçªo: De um outro fabricante, foi obtido catÆlogo, em que consta um
dos seus modelos. Nele, o fabricante assegura que esse cilindro atende às exigŒncias
da Norma Regulamentadora do MinistØrio do Trabalho e Emprego. Nesse caso, os
requisitos de 1 a 7 estariam sendo cumpridos plenamente.
45
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
3.2.3.c. Identificaçªo das condiçıes em que estªo sendo comercializadas mÆqui-
nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de mÆquina, fabricante e modelo.
Componente nªo desenvolvido, por nªo terem sido encontrados locais de ven-
da de cilindros de massa usados.
3.2.4. MÆquinas de Trabalhar Madeiras: Serras Circulares
3.2.4.a. Por que sªo consideradas “obsoletas” ou “inseguras” e quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
 O risco nesse equipamento ocorre quando nªo existem os dispositivos necessÆ-
rios para proporcionar proteçªo bÆsica ao operador: o cutelo divisor e a coifa ou co-
bertura de proteçªo.
A funçªo do primeiro Ø prevenir o rejeito ou retrocesso da madeira. Essa rejei-
çªo, invariavelmente brutal, Ø provocada quando a peça que estÆ sendo cortada com-
prime a parte traseira do disco. Lamoureux e Trivin (1987) apresentam um exemplo
de instalaçªo desses dispositivos. A figura abaixo, baseada nesse exemplo, tambØm
ilustra uma instalaçªo possível. Esses dispositivos devem acompanhar a lâmina quando
ela for inclinÆvel.
Figura 3 – Exemplo de montagem do cutelo divisor e coifa.
46
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
JÆ a coifa, destina-se a reduzir a possibilidade de contato de parte do corpo com
a lâmina.
Complementarmente, pode haver um dispositivo para empurrar a peça de ma-
deira, cuja finalidade Ø manter distante as mªos dos dentes da serra quando a opera-
çªo se aproxima de seu tØrmino.
3.2.4.b. Identificaçªo das condiçıes em que estªo sendo comercializadas mÆ-
quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de mÆquina, fabricante e modelo.
Essas informaçıes foram obtidas em lojas na cidade de Sªo Paulo, em janeiro
de 2001 e estªo resumidas na Tabela 7.
Tabela 7 – Condiçıes de Comercializaçªo de uma Amostra de Serras
Circulares, Sªo Paulo, Janeiro de 2001
EDOREMÚN
*SAJOL ETNACIRBAF
SARTUO
SACITSÍRETCARAC SEÕÇETORP
2 A levánilcnI levátsujaanimâladarutlA
setnetsixenioletuceafioC
3 A
liremseeariedaruf,arreS
levátsujauolevánilcni-oãn
laretalaiugmoc
setnetsixenioletuceafioC
otnujnoconatnemarrefartuO
ocsiraicerefomébmat
etnatropmietnatsab
4 A levánilcnI levátsujaanimâladarutlA
oletuceocilírcameafioC
arahnapmocaarapsievánilcni
animâl
1 A levátsujauolevánilcni-oãN laretalaiugmoc
setnetsixenioletuceafioC
1 B levánilcnI levátsujaanimâladarutla
socilátemoletuceafioC
arahnapmocaarapsievánilcni
animâl
.otsiviofotnemapiuqeoednosajoledoremúN*
.oãçetorpalepotecxe,sacitnêdimareatsilassedaniuqámariecretaeariemirpA
47
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
3.2.4.c. Identificaçªo das condiçıes em que estªo sendo comercializadas mÆqui-
nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de mÆquina, fabricante e modelo.
Componente nªo desenvolvido, por nªo terem sido encontrados locais de ven-
da de serras circulares usadas.
3.2.5. MÆquinas para Trabalhar Madeira: Desempenadeiras
3.2.5.a. Por que sªo consideradas “obsoletas” ou “inseguras e quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
O maior risco que essas mÆquinas oferecem Ø o contato de partes do corpo
(mªos e dedos, sobretudo) com as ferramentas de corte, o que pode causar seu esma-
gamento ou amputaçªo.
Segundo o Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo do Governo
espanhol (1984), isso raramente ocorre na parte das ferramentas posterior à guia. Em
geral, ocorre na zona de operaçªo da mÆquina, após um retrocesso violento da peça
trabalhada, devido à presença de nós ou outras irregularidades nela. Nesses casos, as
mªos que empurram e apóiam as peças podem entrar em contato com a ferramenta,
principalmente com a sua extremidade nªo coberta pela própria peça. O risco desse
tipo de acidente Ø aumentado se o porta-ferramentas for de seçªo quadrada, ao invØs
de circular.
Figura 4 – Desenho esquemÆtico de uma desempenadeira.
Fonte: Servicio Social de Higiene y Seguridad del Trabajo – SSHST (1979).
48
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
A peça retrocedida pode atingir o operador, operadores de outras mÆquinas próxi-
mas ou algum transeunte. Esse evento tem sua ocorrŒncia potencializada pelo mau
estado da mesa de trabalho, com a presença de dentes ou outras irregularidades em
suas arestas.
Ainda segundo o mesmo instituto, a proteçªo indicada para o primeiro risco
citado Ø uma cobertura para a parte do porta-ferramentas nªo-coberta pela peça,
regulÆvel manualmente, conforme as dimensıes da peça a ser trabalhada, ou auto-
retrÆtil. Consideramos a œltima mais adequada, pois nªo depende da açªo do opera-
dor para funcionar plenamente, alØm de possibilitar a cobertura do porta-ferramentas
durante todo o tempo.
A seguir, encontram-se alguns exemplos de proteçªo de ajuste manual e auto-
retrÆtil.
Figura 5 – Proteçªo de ajuste manual.
Fonte: Servicio Social de Higiene y Seguridad del Trabajo – SSHST (1979).
49
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
Figura 6 – Proteçªo auto-retrÆtil.
Fonte: Servicio Social de Higiene y Seguridad del Trabajo – SSHST (1979).
50
Coleçªo PrevidŒncia Social – Volume 13
Figura 7 – Proteçªo auto-retrÆtil.
Fonte: Servicio Social de Higiene y Seguridad del Trabajo – SSHST (1979).
O porta-ferramentas tambØm deve ser protegido no seu trecho posterior à guia.
A utilizaçªo de empurradores2 tambØm Ø interessante como forma de prevençªo.
2 Equipamento de proteçªo individual com formato de cabo de serrote, por exemplo, que evita o
contato das mªos com a peça trabalhada.
51
MÆquinas e Acidentes de Trabalho
3.2.5.b. Identificaçªo das condiçıes em que estªo sendo comercializadas mÆ-
quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de mÆquina, fabricante e modelo.
Na Tabela 8, a seguir, encontram-se as informaçıes obtidas por meio da obser-
vaçªo das mÆquinas em lojas do ramo.
Tabela 8 – Condiçıes de Comercializaçªo de uma Amostra de
Desempenadeiras Novas, Sªo Paulo, Fevereiro de 2001
ETNACIRBAF
OHNAMAT
ASEMAD 1
)mc(
SADOÃÇETORP
EDSATNEMARREF
ETROC 2
OÃIGERAN,MEDI
SAIUGSÀROIRETSOP
R 52x021~
-otuaacilátemoãçetorP
ralugnaterlitárter
–adauqedaetnemlaicrap(
)oxiabasoirátnemocediv
adigetorpsedoãigeR
S 53x081~
:sadauqedaseõçetorpsauD
adàetnahlemesamu
arugifadàartuoe5arugif
soirátnemocediv(7
)oxiaba
adigetorpsedoãigeR
R 23x041~
-otuaacilátemoãçetorP
ralugnaterlitárter
)adauqedaetnemlaicrap(
adigetorpsedoãigeR

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