Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
19.3.2013 O IMPÉRIO ROMANO: CRISES, DESMEMBRAMENTO E PERMANÊNCIAS ESPECIALIDADE: Bacia do Mediterrâneo, eixo ao redor do qual estava situado e girava todo o mundo romano na Antiguidade. TEMPORALIDADE OU PONTOS REFERENCIAIS: Monte Justiniano: imperador do Império Romano do Oriente ou Império Bizantino (556). Seu reinado, última tentativa de restauração do Império como unidade política. Início da expansão mulçumana (632) e rápida conquista de grande parte da Europa. As Gáias após a morte de Clotário (561) perdem a unidade conseguida no tempo de Clóvis com a expulsão visigoda e dividem reinos. A Península Itálica, após o fim do reino ostrogado de Teodorico, se vê em duas soberanias. O reino lombardo (última formação estatal germânica) e a parte ainda dependente do Império Romano do Oriente. Os visigodos anexam o reino dos suevos na Península Ibérica (585) e se convertem ao Cristianismo. A atuação do papa Gregório Magno (590 – 604), considerado o primeiro papa medieval. JUSTIFICATIVA: Normalmente há um silêncio entre os séculos IV e a ascensão carolíngia no século VIII. Nesse período há três componentes característicos e interligados: o romanismo, o cristianismo e o germanismo, fio condutor da reflexão na plenitude da Idade Média. O Império Romano será politicamente substituído pelo Sacro Império Romano Germânico, já situado no coração da Europa. Esta foi uma etapa original do processo histórico que tanto apresenta permanências em relação à Antiguidade Clássica quando oferece as primeiras manifestações dos elementos característicos do medievo. O século IV Estado forte, centralizado e burocrático. O poder do imperador participa do poder divino e assume caráter sagrado; esse poder, portanto, não emana da pessoa que o ostenta, não tem características da realeza oriental ou helenista, é a nova concepção de poder que provem de Deus e não do povo. O cidadão passa a ser “súdito” do Estado. Unidade territorial do Império mantida até a morte de Teodósio, não só direção leste-oeste, mas também norte-sul: presença de germanos na fronteira norte exige forte concentração de tropas imperiais nestes locais. Tal fato promove a união entre essas terras e o eixo mediterrâneo do mundo romano. Ex: capital de Galis estabeleceu-se em Treves. Uma consciência de restauração do Império construída pela literatura e historiografia da época. “Biografias Imperiais” (Aurélio Vitor), “Breviário de História de Roma” (Eutrópio). Esse nacionalismo toma conta dos autores cristãos. Ex: o historiador Paulo Orósio diz que o Deus dos cristãos salva o Império e a civilização romana, purificando-a. Cristianização do Império: depois do fim das perseguições o cristianismo foi paulatinamente se integrando ao mundo romano e se afirmou também entre a aristocracia romana. Ex: Ambrósio de Milão, Apolinário e outros. Momento da Patristica, principal produção da intelectualidade cristã neste momento. Destaques: Basílio, João Crisóstomo, Ambrósio de Milão, Jerônimo, Agostino de Hipona, Eusébio de Cesáreia e outros. A Igreja se torna sustentáculos do regime imperial, integrando a tradição política a patriótica romana. Surgimento de novas formas de expressão religiosa: peregrinações à Terra Santa, dotações às Igrejas nascentes, cultos aos mártires, vida monástica.
Compartilhar