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Custos e benefícios da segurança do trabalho

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Ed. 6 Ano: 2008 Revista Eletrônica Lato Sensu – UNICENTRO ISSN: 1980-6116 
 
SEGURANÇA NO TRABALHO: CUSTOS E BENEFÍCIOS DO 
INVESTIMENTO PARA AS EMPRESAS E PARA OS EMPREGADOS 
 
www.unicentro.br 
 
Sandra Golin de Andrade 
Pós-Graduanda do Curso de Especialização (Pós-Graduação lato sensu) em 
Gestão Estratégica de Pessoas. UNICENTRO, 2007. 
 
Silvio Roberto Stefano 
Professor Orientador. Doutorando em Administração, área de Recursos 
Humanos - FEA/USP e Mestre em Administração, área de Gestão de Negócios - 
PPA-UEL/UEM. Departamento de Administração, UNICENTRO. 
 
 
 
RESUMO 
O presente artigo aborda como temática os custos e benefícios de se investir em segurança 
do trabalho, tanto para os empregadores como para os empregados. Utilizando-se de dados 
secundários, referências bibliográficas e dados primários, obtidos por meio de questionários 
aplicados aos colaboradores de duas indústrias madeireiras de Guarapuava, contemplando 
41 entrevistados, em abril de 2008, que trabalham diretamente com a produção e estão, por 
conseqüência, mais expostos aos acidentes de trabalho. Com o intuito de melhorar a 
higiene no trabalho, a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida para os envolvidos 
na atividade industrial. Percebeu-se que os riscos são mais evidentes quando os 
funcionários não dispõem de treinamento prévio, ou quando a função é exercida por muito 
tempo, proporcionando os vícios do trabalho repetitivo. Os benefícios da prevenção são 
notáveis, pois os funcionários não são afastados por danos o que agiliza a produção e evita 
o deslocamento de pessoal para suprir os que se encontram em tratamento ou afastados 
por acidentes. 
Palavras Chaves: segurança no trabalho, acidentes de trabalho e higiene no trabalho. 
 
 
ABSTRACT 
This article addresses issue the cost benefit of investing in security of working for employers 
and to employees. Using the case of secondary data, references and primary data, obtained 
through questionnaires applied to employees of two of Guarapuava lumberjack, including 41 
interviewed in April 2008 that work directly with the production and are therefore more 
exposed to accidents at work . In order to improve occupational health in order to provide a 
better quality of life for those involved in industrial activity. Clearly that the risks are greatest 
when the officials have no prior training, or when the function is exercised for a long time, 
providing the vices of repetitive work. The benefits of prevention are clear, because the 
officials are not removed by the damage that speeds up the production and prevent the 
displacement of personnel to fill those in treatment or removed by accident. 
Key words: security of work, accidents at work and occupational health. 
SEGURANÇA NO TRABALHO: CUSTOS E BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO PARA AS EMPRESAS E PARA OS 
EMPREGADOS 
 
Revista Eletrônica Lato Sensu – UNICENTRO 
 
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1 INTRODUÇÃO 
 
A abolição da escravatura trouxe ao Brasil e ao mundo uma nova concepção 
de trabalho, o assalariado e, com ele, todas as conseqüências possíveis no que se refere a 
direitos e deveres. A burguesia comandava as empresas e o comércio, o trabalho era pouco 
regrado e as exigências subumanas, os operários não tinham horários definidos de trabalho, 
podendo chegar até 16 horas diárias, no século XIX, as férias não existiam e muito menos o 
décimo terceiro (SOUZA, 2002). 
A situação modificou-se com a criação das Leis Trabalhistas e a explosão da 
Revolução Industrial, um manifesto realizado pelo proletariado em busca de melhores 
condições de vida, já que na Inglaterra existiam estatísticas demonstrando a expectativa de 
vida das pessoas economicamente ativas, 17 anos para trabalhadores braçais e 35 anos 
para os cargos administrativos (TORREIRA, 1997). 
As regras trabalhistas foram de grande valia para a época, pois 
proporcionaram aos operários o tempo de lazer e os salários controlados, mas ainda não 
proporcionavam segurança a eles. Os números de acidentes e mortes eram cada vez mais 
presentes, principalmente com a evolução da tecnologia que lançava máquinas para agilizar 
o trabalho e diminuir os custos. Então surgem as Normas Regulamentadoras (NR’s), a 
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em 1943, e a portaria n° 3.214, que vão amparar 
os trabalhadores e proporcionar aos mesmos uma expectativa de vida maior. 
O objetivo principal deste artigo é analisar a utilização das normas de 
segurança em duas indústrias madeireiras de Guarapuava, seus benefícios para as 
empresas e para os funcionários. Além disso, pretende-se investigar a relação custo 
benefício do investimento em segurança do trabalho, pois as organizações se tornam 
competitivas, assumindo sua responsabilidade social junto aos seus empregados. 
Alicerçadas nas contextualizações bibliográficas divididas em tópicos referentes à higiene no 
trabalho, segurança no trabalho, doenças do trabalho e normas regulamentadoras. 
Pretende-se esclarecer quais as vantagens de investimento em segurança do 
trabalho, partindo do princípio de que a prevenção de acidentes é a forma mais coerente de 
ganhar tempo, reduzir custos diretos e indiretos das organizações, além de ser menos 
traumático para o funcionário e para a sociedade. A problemática aborda qual a viabilidade 
de se investir em segurança do trabalho? Será que apresenta menor custo que os 
atendimentos aos danos causados? 
 Ancora-se em evidenciar o custo de se investir na prevenção de 
acidentes, partindo do diagnóstico das principais causas de acidentes nas empresas, do 
setor industrial, do custo da prevenção para os empregadores, bem como seus pontos 
críticos passíveis de melhorias. Para atingir tais perspectivas, utilizou-se referenciais 
bibliográficos e questionários aplicados a 41 funcionários atuantes na produção diretamente, 
em duas indústrias madeireiras da cidade de Guarapuava. 
 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
2.1 Higiene no Trabalho 
 
Os primeiros estudos referentes ao ‘Labor’ datam de aproximadamente 300 
anos, orientados pelos precursores Hunter, Georg, Bauer, Van Hohenhein (século XVI) e 
Ramazzini século XVIII, o pai da medicina do trabalho (VIEIRA, 2000). Estudos que tiveram 
ênfase em um segundo momento, 1888, marco na história da humanidade e da vida 
trabalhista, o fim da escravatura no Brasil, um dos últimos países que decretou a abolição. O 
mundo começa a viver as transformações trabalhistas e a concepção do Direito Laboral. 
No Brasil, o primeiro decreto de proteção ao trabalho, surgiu em 1919 sob o 
número 3.724 (da assistência médica e a indenização). Esse primeiro passo deu início, às 
ANDRADE, Sandra Golin de; STEFANO, Silvio Roberto 
 
Revista Eletrônica Lato Sensu – UNICENTRO 
 
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leis de higiene, segurança e medicina do trabalho, que se amparam nas entidades oficiais 
relacionadas à Segurança e Higiene Industrial, sendo elas: Ministério do Trabalho e 
Emprego, Delegacias Regionais de Trabalho, Fundação Centro Nacional de Segurança, 
Higiene e Medicina do Trabalho, Instituto Nacional de Seguro Social – INSS, Universidades, 
Instituições e Escolas (VIEIRA, 2000). 
As transformações eram pequenas e lentas, culminando a Revolução 
Industrial presenciada por todo mundo em 1930, que reivindicava uma legislação social e 
trabalhista específica e obrigatória a todas as empresas (TORREIRA, 1997). 
O crescente número de acidentes e doenças do trabalho é que avivou a 
questão de leis e proteção do trabalho e do meio. Obviamente, as referidas leis tiveram 
grande oposição do empresariado da época, porém, com o passar do tempo, elas, por 
pressão da opinião pública, foram aperfeiçoadas (VIEIRA, 2000). 
O ápice das manifestações e o início da busca por uma maior expectativa de 
vida foi marcado pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), em 1943. Naquele 
momento, o consumoda força de trabalho, resultante da submissão dos trabalhadores a um 
processo acelerado e desumano de produção, exigiu uma intervenção, sob pena de tornar 
inviável a sobrevivência e reprodução do próprio processo (DIAS; MENDES, 1991). 
Em conseqüência da CLT, tem-se a lei n° 6.514/77 e a portaria n° 3.214/78, 
que trata exclusivamente da Segurança e da Medicina do Trabalho (VIEIRA, 2000, p. 256). 
Além de todos os desgastes das frentes de trabalho, os avanços tecnológicos e a segunda 
guerra mundial contribuíram para o avanço das indústrias e as importações de máquinas e 
equipamentos para as organizações, em meio a uma situação que já estava se tornando 
uma escravidão mascarada, pois o trabalho era exaustivo e desumano. 
É bem verdade que a comodidade da vida moderna trouxe repercussões 
severas para a sociedade. A lei da oferta e procura, uma vez que as máquinas realizavam o 
trabalho de vários operários em menor tempo, os riscos de acidentes e o desgaste social 
que toda essa dinâmica causou. 
A descoberta das máquinas foi uma Revolução, a transformação mais 
presente na vida das pessoas e necessária a sociedade contemporânea. Apesar de todos 
os avanços, o risco de acidentes, tornou-se considerável, a expectativa de conciliação dos 
extremos homem-máquina uma emergência desejada nos quatro cantos do mundo 
(SOUZA, 2002). 
A troca de homens por máquinas resultou em uma produção uniforme e 
eficiente, além de proporcionar a redução de custos. A tecnologia industrial evoluíra de 
forma acelerada, traduzida pelo desenvolvimento de novos processos industriais, novos 
equipamentos, e pela síntese de novos produtos químicos, simultaneamente ao rearranjo de 
uma nova divisão internacional do trabalho (DIAS; MENDES, 1991). O problema é que as 
Leis não eram suficientes e, junto à modernidade, chegaram também os desgastes e as 
doenças. Afirmação de Vieira (2000, p. 31) “o ambiente de trabalho tem sido causa de 
mortes, doenças e incapacidades para um número incalculável de trabalhadores ao longo 
da história da humanidade.” 
É nesse contexto que são redigidas as Normas Regulamentadoras (NR’s) e 
as comissões internas de prevenção a acidentes (CIPA), com a finalidade de reduzir 
acidentes e regrar as empresas em prol do zelo à vida de seus operários. 
De acordo com Torreira (1997, p. 2-3 e 5): 
 
Um estudo realizado nos Estados Unidos por institutos do governo 
estabelece que das incapacidades ocupacionais, uma terceira parte é 
causada por danos e duas terceiras partes por doenças, mortes, dores, 
sofrimentos vários e outras causas não determinadas, que não se 
encontram incluídas na avaliação supra. 
Embora a vida tenha melhorado, paga-se um preço excessivamente 
elevado por este aumento no padrão devido à alta tecnologia. No ano de 
SEGURANÇA NO TRABALHO: CUSTOS E BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO PARA AS EMPRESAS E PARA OS 
EMPREGADOS 
 
Revista Eletrônica Lato Sensu – UNICENTRO 
 
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1965, no Brasil (conforme dados obtidos do SENAI), morreram 3.967 
trabalhadores e ficaram definitivamente incapacitados 15.156. 
 
Ainda seguindo Torreira (1997), os acidentes constituem a principal causa de 
mortes para pessoas entre 1 a 44 anos. Sendo superadas somente pelas doenças do 
coração, batidas de carro e câncer. Para as pessoas acima de 18 anos até 45, a taxa de 
morte acidental aumenta com a idade. Quando se observa uma expectativa de vida média 
para mulheres em torno de 77 anos e para homens 70 anos, depara-se com o cálculo do 
ônus para o governo ao se confrontar com tantos acidentados jovens e incapacitados. 
O fato de que as normas existem ainda não inibem o Brasil do diagnóstico de 
recordista em acidentes nos locais de trabalho. Com essa afirmativa, apresentou-se uma 
controvérsia, será que as normas são insuficientes ou os treinamentos inadequados para a 
função desempenhada. Nem todas as empresas precisam ter comissões independentes 
para tratar de acidentes, mas todas devem conhecer a legislação e adequar ela. 
 
Os dados estatísticos brasileiros nos colocam na posição de campeões em 
acidentes de trabalho, apesar de todos os esforços que vêm sendo 
despendidos para reverter este quadro. O que se tem realizado demonstrou 
ser insuficiente ou inadequado à melhoria da relação do trabalho com seu 
ambiente (VIEIRA, 2000, p. 31). 
 
O ônus para a nação e a empresa é cada vez maior e o desgaste para o 
trabalhador pode ser irreparável, além de acarretar em diminuição de mão-de-obra ativa e 
produtiva. O problema também é de ordem social, pois as seqüelas podem ser permanentes 
e drásticas. 
As questões trabalhistas sofrem com as constantes mudanças de normas e 
leis ao decorrer dos anos. Não há chance para detectar os benefícios de uma norma, devido 
à inconstância legislativa brasileira, o que acaba por dificultar a vida dos trabalhadores que 
dela dependem. Estudos demonstram que os acidentes derivam-se do mau treinamento e 
da falta de especialização dos trabalhadores frente às tecnologias. 
“Embora grandes progressos tenham sido obtidos em segurança ocupacional 
e saúde, as perdas em termos de vidas, danos, doença e dinheiro são ainda elevadas.” 
(TORREIRA, 1997, p. 5). As fontes de dados são precárias e não aplicáveis a todos os tipos 
de indústrias, devido à especificidade de trabalhos realizados em cada organização. 
A explicação é complementada por Oliveira e Teixeira com as seguintes 
palavras: 
 
Em primeiro lugar, a seleção de pessoal, possibilita a escolha de uma mão-
de-obra provavelmente menos geradora de problemas futuros como o 
absentismo e suas conseqüências (interrupção da produção, gastos com 
obrigações sociais, etc.). Em segundo lugar, o controle deste absentismo na 
força de trabalho já empregada, analisando os casos de doenças, faltas, 
licenças, obviamente com mais cuidado e maior controle por parte da 
empresa do que quando esta função é desempenhada por serviços médicos 
externos a ela, por exemplo, da Previdência Social. Outro aspecto é a 
possibilidade de obter um retorno mais rápido da força de trabalho à 
produção, na medida em que um serviço próprio tem a possibilidade de um 
funcionamento mais eficaz nesse sentido, do que habitualmente 'morosas' e 
'deficientes' redes previdenciárias e estatais, ou mesmo a prática liberal sem 
articulação com a empresa (OLIVEIRA; TEIXEIRA, 1986, p. 23). 
 
A higiene no trabalho aborda a questão de riscos do ambiente, que podem 
provocar doenças ocupacionais, dividindo-se em quatro grupos: químico, físico, biológico e 
ergonômico, sendo trabalhados em conjunto com operários e comissões que elaboram 
ANDRADE, Sandra Golin de; STEFANO, Silvio Roberto 
 
Revista Eletrônica Lato Sensu – UNICENTRO 
 
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mapas de riscos e traçam programas de prevenção para esses fatores evidentes no meio 
laboral onde cada indivíduo está inserido. De acordo com Marques (2004), devem-se utilizar 
alguns critérios para a montagem de programas que realmente tenham eficiência e sejam 
estendidos a todos os envolvidos de forma clara: 
 
· Antecipar e prever riscos a partir de dados históricos e relatos; 
· identificar e reconhecer riscos nos equipamentos, produtos, softwares, 
instalações, processos e operações; 
· avaliar e determinar a probabilidade e severidade dos acidentes 
resultantes dos riscos existentes; 
· analisar falhas do sistema, dos seres humanos, decisões, gestão e 
mesmo práticas das atividades que compõe o dia-a-dia da indústria; 
· identificar causas, tendências e relações; 
· investigar as causas de acidentes mais freqüentes; 
· aconselhar o cumprimento de normas, legislação, procedimentos a 
respeito de segurança; 
· conduzir estudos sobre riscos potenciais; 
· verificar se as capacidades humanas não estão a ser excedidas; 
· eliminar riscos e causas de exposição e acidentes;· reduzir a probabilidade de danos graves, doenças e danos ambientais; 
· desenvolver políticas e procedimentos de segurança, saúde e ambiente; 
· dinamizar a formação de equipes de segurança; 
· implantar, administrar e informar sobre riscos e programas de controle 
de acidentes; 
· preparo e exposição de relatórios a respeito de acidentes no trabalho; 
· transmitir os dados das políticas e procedimentos dos programas de 
controle de risco a todos os envolvidos no processo de produção; 
· implementar programas de controle de riscos dentro das organizações. 
 
Acredita-se que somente o trabalho integrado dos programas de higiene no 
trabalho elaborados pelas comissões e as adequações dos operários a eles proporcione a 
redução dos índices de acidentes e doenças ocupacionais, registrados pelo Instituto 
Nacional de Seguro Social (INSS) nos setores industriais. 
 
 
2.2 SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
A segurança no trabalho passou a ser uma necessidade desde o fim da 2° 
Guerra Mundial, em que se presenciou um grande e oneroso número de incapacitados e 
dependentes de regalias previdenciárias ou securitárias, transmitindo um processo contínuo 
de dependência de incentivos oriundos do ônus de atitudes pouco pensadas 
antecipadamente, que são irreversíveis na atual circunstância, incapacitando os 
trabalhadores. 
 
Num contexto econômico e político como o da guerra e o do pós-guerra, o 
custo provocado pela perda de vidas - abruptamente por acidentes do 
trabalho, ou mais insidiosamente por doenças do trabalho - começou a ser 
também sentido tanto pelos empregadores (ávidos de mão-de-obra 
produtiva), quanto pelas companhias de seguro, às voltas com o pagamento 
de pesadas indenizações por incapacidade provocada pelo trabalho (DIAS, 
MENDES, 1991, p. 3). 
 
SEGURANÇA NO TRABALHO: CUSTOS E BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO PARA AS EMPRESAS E PARA OS 
EMPREGADOS 
 
Revista Eletrônica Lato Sensu – UNICENTRO 
 
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A segurança no trabalho é um composto de critérios que devem ser 
observados e seguidos pelas organizações e seus trabalhadores, a fim de minimizar os 
danos e as conseqüências de práticas incorretas no ambiente laboral. Conceituado por 
Vieira (2000, p. 259) como: 
 
[...] um estado, uma condição; traduz-se, basicamente, em confiança. A 
segurança do Trabalho pode ser resumida em uma frase: É a prevenção de 
perdas. Estas perdas às quais devemos nos antecipar referem-se a todo 
tipo de ação técnica ou humana, que possam resultar numa diminuição das 
funções laborais (produtivas, humanas, etc.). A segurança do trabalho são 
os meios preventivos (recursos), e a prevenção dos acidentes é o fim a que 
se deseja chegar. 
 
Segurança no trabalho seria então uma tentativa de inibir acidentes, explicado 
por Torreira (1997, p. 16) “como: acontecimento infeliz casual ou não, e de que resulta 
ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína, etc. [...] O termo acidente evoca 
considerações acerca de efeitos indesejáveis ou conseqüências.” 
O fato é que a realidade atual não está muito distante do pós-guerra, os 
acidentes de trabalho apesar de enquadrados pela legislação brasileira de forma global, 
ainda causam muitas mortes e danos irreversíveis aos trabalhadores. Marras (2000) 
enquadra a segurança no trabalho como sendo: a prevenção de acidentes no trabalho e a 
eliminação das causas. Tanto que afirma ser a prevenção de acidentes do trabalho um 
programa de longo prazo com o objetivo de conscientizar o trabalhador a proteger a sua 
própria vida e a de seus companheiros. 
Para alcançar essa expectativa perfeita de ambiente laborativo, apresenta-se 
cinco temas relacionados à qualidade de vida no trabalho: eficiência no trabalho, satisfação 
no trabalho, conexão entre satisfação e eficiência, influência dos fatores ambientais e 
particularmente de tecnologia e desenvolvimento do pensamento da ciência social e 
expectativas das pessoas a partir do trabalho (SILVA, 2005). 
Pois a junção desses temas inibe a monotonia, que segundo Torreira, (1999, 
p. 798) “é a falta de novos desafios que simbolizam as excitações, o trabalho que não 
apresenta esta expectativa se torna monótono, o que por um longo período causa redução 
de capacidade física e mental.” 
 
Além da organização formal de segurança do trabalho definida em 
legislação pertinente, as organizações apresentam tipos de organização 
que estão mais diretamente relacionadas com a sua cultura interna, às 
vezes até representando a forma de pensar de seu(s) proprietário(s). 
Porém, entendemos que a estrutura de segurança de uma organização 
deve ser pautada numa distribuição de responsabilidades bem definida e 
ordenada, com o objetivo de atrair e conservar os esforços combinados de 
todos os elementos da empresa (humanos e materiais) em favor de ações 
preventivas aos acidentes e incidentes que possam resultar em perdas em 
todos os níveis (VIEIRA, 2000, p. 265). 
 
Talvez seja por essa questão, cultura interna e normas vigentes a todos as 
organizações, que as adequações para a inibição de acidentes seja tão difícil de ser 
alcançada na atualidade. Uma vez que o acidente de trabalho é uma ocorrência anormal e 
indesejada decorrente do exercício do trabalho que atua negativamente, agredindo o 
trabalhador com pequenas ou grandes lesões, ou ainda até mesmo a morte, acarretando em 
danos à empresa, ao operário e à sociedade economicamente ativa (ZOCCHIO, 2001). 
A segurança para Vieira (2000, p. 259) “é à parte da Engenharia que trata de 
reconhecer, avaliar e controlar as condições, atos e fatores humanos de insegurança nos 
ambientes de trabalho, com o intuito de evitar acidentes com danos materiais e 
ANDRADE, Sandra Golin de; STEFANO, Silvio Roberto 
 
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principalmente à saúde do trabalhador.” 
Para que a segurança exerça seu papel diante dos trabalhadores ativos, 
Torreira (1997, p. 25) defende que é preciso levar alguns fatores em conta: 
 
· Treinamento do trabalhador quanto aos procedimentos e práticas de 
segurança; 
· ensinar e insistir de como melhor trabalhar e com a devida segurança; 
· estabelecer normas de uso e cuidados que os usuários devem observar 
na utilização de um produto com a correspondente segurança; 
· educar as pessoas sobre os perigos que podem existir em um produto, 
processo ou tarefa e de como adotar as ações de proteção adequadas; 
· treinar os profissionais no que respeita ao reconhecimento, avaliação 
dos perigos e cumprimento das leis relativas à segurança e 
responsabilidades legais. 
· mais um item pode ser incluído, que diz respeito à motivação dos 
cidadãos a cooperar com os programas de segurança mediante sua 
participação efetiva. 
 
Mas, mesmo que a empresa e seus operários tomem as devidas 
providências, os acidentes são inevitáveis, com o tempo e o crescimento, o que se pode 
articular é a melhor forma de tentar diminuir seus impactos e gravidade. Eles são 
classificados por Diniz (2007) como típicos e atípicos. O primeiro se refere aos acidentes de 
trabalho que advêm de um acontecimento súbito, violento e involuntário na prática do 
trabalho, que atinge a integridade física ou psíquica do empregado. A segunda classificação 
considera atípico o acidente de trabalho oriundo de doenças profissionais, peculiar a certo 
ramo de atividade, ou seja, a moléstia é uma deficiência sofrida pelo operário, em razão de 
sua profissão, que o obriga a estar em contato com substâncias que debilitam seu 
organismo ou ao exercer sua tarefa, que envolve fato insalubre. 
Independente da forma com que ocorre, vale lembrar que 50% dos acidentes 
ocorrem com operários no seu primeiro ano de trabalho, sendo que a metade deles 
acontece nos primeiros três meses. Algumas alternativas são cabíveis como o treinamento 
citado anteriormente, as condiçõesde trabalho adequadas entre outras (TORREIRA, 1997). 
Além dos transtornos de ordem emocional e produtiva, tem-se o custo, que 
pode ser classificado como direto e indireto, agregando ônus a todos os participantes dessa 
cadeia produtiva. Dados da Vigilância Sanitária (2008) demonstram que acorrem 1,8 
acidentes por dia na cidade de Guarapuava em 2007. Fato decorrente das transformações 
industriais do terceiro milênio, que trouxe aos países subdesenvolvidos as indústrias, para 
minimizar a poluição crescente das nações desenvolvidas, pois requerem mão-de-obra com 
baixa tecnologia. Os países do Terceiro Mundo, afligidos pela elevação dos preços do 
petróleo e pressionados pela recessão que se instala universalmente, buscam o 
desenvolvimento econômico a qualquer custo, aceitando e estimulando essa transferência, 
supostamente capaz de amenizar o desemprego e gerar divisas (DIAS, MENDES, 1991). 
Para absorver toda essa transformação, as indústrias se amparam em 
comissões internas que desenvolvem orientações e programas de segurança no trabalho, a 
fim de prevenir possíveis afastamentos ou doenças, definido por Chiavenato (1994) como: 
um conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, 
empregadas para prevenir acidentes, seja pela eliminação de condições inseguras do 
ambiente, seja pela instrução ou pelo convencimento das pessoas para a implementação de 
práticas preventivas. 
 
 
 
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EMPREGADOS 
 
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2.3 DOENÇAS NO TRABALHO 
 
As doenças no trabalho já causam grandes preocupações, pois são as 
maiores responsáveis por afastamentos de trabalho e perda de produtividade. 
 
Uma vez que acidentes (ou até incidentes) influem de forma negativa em 
todo o processo produtivo já que o mesmo é responsável por perda de 
tempo, perda de materiais, diminuição da eficiência do trabalhador, aumento 
do absenteísmo, prejuízos financeiros. São fatores que resultam em 
sofrimento para o homem, mas que também afetam a qualidade dos 
produtos ou serviços prestados (VIEIRA, 2000, p. 260). 
 
O acidente é uma ocorrência violenta, como o próprio nome diz, com 
conseqüências imprevisíveis e catastróficas em que todos saem perdendo, pode gerar 
problemas sociais ou até mesmo sofrimento físico e mental, além de perdas materiais. 
Apresenta como conceito legal – “ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, 
provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doenças, que cause a morte ou perda, 
ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.” (VIEIRA, 2000, p. 
276). 
Os acidentes geram prejuízos, que segundo Gomes e Gottschalk (2004, p. 
275) são: morte, incapacidade total e permanente, incapacidade parcial e permanente e 
incapacidade temporária, variando a intensidade de conseqüências. A utilização de novas 
tecnologias nos processos de trabalho - embora possa contribuir para o melhoramento das 
condições, acabam introduzindo novos riscos à saúde, quase sempre decorrentes da 
organização do trabalho, e, portanto, de difícil "medicalização" (DIAS; MENDES, 1991). 
As modificações dos processos de trabalho em nível "macro", e "micro", 
acrescentados à eliminação dos riscos nas antigas condições de trabalho, provocam um 
deslocamento do perfil de morbidade causada pelo trabalho: as doenças profissionais 
clássicas tendem a desaparecer, e a preocupação desloca-se para as outras doenças 
relacionadas ao trabalho. Passam a ser valorizadas as doenças cardiovasculares 
(hipertensão arterial e doença coronariana), os distúrbios mentais, o estresse e o câncer. 
Desloca-se, assim, a vocação da saúde ocupacional, passando a se ocupar da promoção de 
saúde, cuja estratégia principal é a de, por meio de um processo de educação, modificar o 
comportamento das pessoas e seu estilo de vida. (MENDES, 1988). 
Na implementação desse novo modo de articular as questões de saúde 
relacionadas ao trabalho, os trabalhadores contam com dois apoios importantes: uma 
assessoria técnica especializada e o suporte, ainda que limitado, dos serviços públicos 
estatais de saúde. 
Não é possível separar o homem do trabalho, pois “o trabalho é a obra moral 
de um indivíduo moral. Esse valor ético do trabalho que tem sentido bastante menosprezado 
pela moderna economia política, é, entretanto, o que verdadeiramente o caracteriza.” 
(TORREIRA, 1999, p. 9). 
Assim, deve-se atentar para a redução de condições inseguras no trabalho, 
minimizar os atos inseguros através de treinamento. Os projetos bem executados, bem 
como o conhecimento dos eventuais erros humanos tendem a melhorar o comportamento 
do trabalhador e conscientizá-lo na sua função. (TORREIRA, 1997). Complementado pela 
afirmação de Vieira (2000, p. 31) “é chegado o momento do fim do paternalismo. Os 
trabalhadores precisam ter participação ativa nas questões da segurança e conservação da 
sua saúde.” 
Para que a monotonia não seja presente, aconselha-se ciclos de trabalho de 
curta duração, com pausas, e treinamentos adequados, inibindo a fadiga, caracterizada pela 
forma com qual o organismo avisa que está tendo uma sobrecarga. Ela nos alerta indicando 
ANDRADE, Sandra Golin de; STEFANO, Silvio Roberto 
 
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que ultrapassando esse ponto, podem ocorrer danos sensíveis. Além desse ponto a fadiga 
passa a ser crônica (TORREIRA, 1999). 
 
 
2.4 NORMAS REGULAMENTADORAS (NR’S) E CIPA 
 
Para regrar o trabalho e suas condições como plausíveis aos seus 
funcionários, foram criadas 32 normas regulamentadoras a respeito do trabalho em 
indústrias que apresentam qualquer forma de risco a seus operários, não importando a 
espécie. As Normas são ancoradas nos artigos 154 até 200 da CLT. Mas, apesar de todos 
os esforços na busca de uma condição adequada de trabalho, pois segundo Torreira (1997, 
p. 26), “nunca haverá uma resposta conclusiva e final para a pergunta “quando a segurança 
é suficientemente segura?”A sociedade como um todo, através de processos políticos e 
legais é que deve definir o preço que deseja pagar para ter níveis aceitáveis de risco.” 
Dentre todas as normas apresentadas, são destacáveis algumas mais 
conhecidas pelos proletários como: NR 4 que trata as obrigatoriedades das empresas em 
possuírem serviços especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - 
SESMT, NR 5 CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho, NR 6 que 
estabelece e define os tipos de EPI’S – Equipamentos de Proteção Individual, NR 9 que 
aborda os PPRA – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais, que são responsáveis 
pelos mapas de risco e, por fim, a NR 17 a respeito da ergonomia. A subdivisão é amparada 
pelo site Saúde pertencente ao governo. 
“A sociedade aceitou esses benefícios, porém não todos os riscos, realizando 
novas exigências sobre engenheiros e outros profissionais, para reduzir os problemas 
relativos à segurança e saúde.” (TORREIRA, 1997, p. 4). A segurança é cada vez mais 
debatida em todo mundo, mas só uma ação conjunta fará com que o Brasil saia da 
incômoda condição de um dos recordistas mundiais em acidentes e doenças profissionais; 
para tal, a elaboração e execução de programas integrados de prevenção a riscos, bem 
como o máximo investimento no desenvolvimento de novos instrumentos de proteção de 
ordem geral e métodos laborais, são de suma importância e até emergenciais (VIEIRA, 
2000). 
As normas, já sofreram algumas modificações por portarias (5° de 17/08/92, 
3.214/78) e decretos, mas continuam a possuir um caráter amplo e significativo. Os mapas 
de riscos são norteados pelas CIPAs, mas essas, não possuem conhecimentos suficientes 
para a elaboração e adaptação às novas necessidades, umaquestão obrigatória para as 
Comissões, de acordo com as colocações de Vieira (2000). 
A Portaria n° 5 de 18/04/94, altera a NR-5, que passa a contemplar todos os 
temas referentes à CIPA, inclusive o que se refere ao mapeamento de riscos. Nessa 
Portaria é fixado um prazo de 120 dias para que ela passe a vigorar e antes que isso 
aconteça, é publicada a Portaria n° 968, de 09/08/94 prorrogando por mais 180 dias a sua 
entrada em vigor (VIEIRA, 2000). 
Os cipeiros realizam um trabalho de suma importância para a organização e, 
devido aos debates muitas vezes polêmicos, eles têm estabilidade empregatícia temporária, 
desde o registro de sua candidatura até um ano após o término do mandato (BULGACOV, 
1999). 
Além da falta de preparo para a realização do mapeamento, muitos 
colaboradores não sabem conceituar um mapa de riscos “a representação gráfica de como 
os trabalhadores percebem o seu ambiente de trabalho“ (VIEIRA, 2000). É a amostragem da 
realidade da empresa percebida através dos sentidos dos trabalhadores. Nada mais justo, 
uma vez que, são eles que estão expostos aos riscos na maior parte de suas vidas. 
Surgem então, novas práticas sindicais em saúde, traduzidas em 
reivindicações de melhores condições de trabalho, através da ampliação do debate, 
SEGURANÇA NO TRABALHO: CUSTOS E BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO PARA AS EMPRESAS E PARA OS 
EMPREGADOS 
 
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circulação de informações, inclusão de pautas específicas nas negociações coletivas, da 
reformulação do trabalho das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs), no 
bojo da emergência do novo sindicalismo (INSTITUTO NACIONAL DE SAÚDE NO 
TRABALHO, 2007). 
Esse processo leva, em alguns países, à exigência da participação dos 
trabalhadores nas questões de saúde e segurança. Elas, mais que quaisquer outras, 
tipificavam situações concretas do cotidiano dos trabalhadores, expressas em sofrimento, 
doença e morte (BERLINGUER, 1978). 
 
 
3 METODOLOGIA 
 
Utilizou-se o estudo de caso, como delineamento de pesquisa, para se 
apontar os seus resultados o qual pretende demonstrar o ônus e o bônus de se investir em 
segurança do trabalho. Segundo Yin (1994), o estudo de caso é uma investigação de um 
fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os 
limites entre os fenômenos e o contexto não estão claramente definidos. As vantagens se 
apresentam no estudo de uma situação real, mas com desvantagens de distorções de 
informações por não compreender a questão abordada ou a impossibilidade de real 
resposta ou pensamento sobre o tema indagado por medo de conseqüências futuras. 
Foram estudados dois casos específicos e divergentes para que se permita 
evidenciar a relação custo benefício de tal investimento. A pesquisa tem fontes primárias 
obtidas de questionários aplicados a uma amostragem conveniente de funcionários que se 
encontravam na empresa no momento da coleta de dados, utilizando-se de questionários 
mistos, que apresentam questões de diferentes tipos: respostas abertas e respostas 
fechadas, (SILVEIRA, 2000) direcionados aos colaboradores e ao administrativo, a fim de 
levantar a situação dos empregados no local de trabalho (apêndice um) e secundárias 
caracterizadas pelas estatísticas de anos anteriores a respeito de acidentes de trabalho e 
suas conseqüências, bem como bibliografias sobre a temática. 
O estudo foi realizado nas empresas, Celplac e Repinho, contemplando o 
ramo madeireiro industrial, no mês de abril de 2008, de forma ocasional, utilizando-se de 
dados qualitativos e quantitativos de caráter secundário. Entrevistando um total de 41 
operários, que estão diretamente ligados à produção do produto final, representados por um 
universo de 366 empregados aproximadamente, mas que nem todos estão ligados 
diretamente à produção e trabalham em extensões como reflorestamento e secagem de 
madeiras nas fazendas. 
 As limitações são encontradas na falta de conhecimento das Normas 
Regulamentadoras e na falta de treinamento prévio para a função que cada trabalhador 
ocupa dentro das organizações pesquisadas. 
 
 
4 DESENVOLVIMENTO 
 
Primeiramente, descreve-se a Celplac Indústria e Comércio Ltda, empresa de 
médio porte, incorporando o setor de compensados com um total de 66 funcionários, sendo 
totalmente privada e nacional. Devido à periculosidade dos serviços, exige-se a necessidade 
de equipamentos de proteção individual, sendo o custo por funcionário calculado em torno 
de R$ 40,00, custo elevado devido o número reduzido de funcionários. O regime de trabalho 
é composto por 44 horas semanais, não possuindo turnos alternados. A organização é 
norteada por CIPA e STAFF, um elemento especializado que assessora os diferentes níveis 
hierárquicos sobre questões técnicas ligadas à segurança no trabalho, apresentando como 
índice de 2007, um afastamento por acidente de trabalho, dados fornecidos pela empresa. 
ANDRADE, Sandra Golin de; STEFANO, Silvio Roberto 
 
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Dos 66 funcionários, foram entrevistados 9, o que representa 13,7% do 
quadro total da organização, foram escolhidos pela função que desempenham e pela 
disponibilidade de horário para realizar o questionário no momento em que foi aplicado. 
A segunda indústria em questão, Repinho Refrorestadora e Compensados 
Ltda, apresenta 18 anos de história no ramo madeireiro, possuindo 300 funcionários 
aproximadamente, também sendo privada e nacional. Ocupa uma área de 7.000 hectares 
de reflorestamento, produzindo para exportação. 
É uma indústria de grande porte, apresentando o custo por funcionário, em 
R$ 10,00, para enquadramento das legislações a respeito dos equipamentos de proteção 
individual e coletivo, barateado, em relação a outra madeireira por possuir mais de 300 
funcionários. No ano de 2007, houve seis afastamentos superiores a quinze dias e doze 
inferiores, mas sem graves danos. Os operários trabalham em regime de oito horas diárias. 
O regime organizacional enquadra-se em STAFF. 
Nessa madeireira, foram entrevistados 32 operários, o que representa 10,7% 
do total, pois a empresa possui trabalhadores que atuam fora do perímetro da fábrica, não 
trabalhando diretamente com a produção e o maquinário, maior causador de acidentes de 
trabalho, sendo inviável a possibilidade de entrevistas, logo, realizou-se a pesquisa com os 
colaboradores presentes no momento. 
Dos 41 entrevistados, funcionários da Celplac e Repinho, 44% possuem de 
18 a 29 anos de idade, 36,5% de 30 a 39 anos e 19,5% possuem mais de 39 anos. Todos 
trabalham na produção propriamente dita e necessitam de EPI’s como luvas, botas, óculos, 
aventais, capacete, protetores auriculares, entre outros. 
Na Celplac, todos os operários entrevistados passam por treinamento prévio 
de um dia, sendo renovado a cada três meses, para a inibição de vícios. Já na Repinho, 
apenas quatro funcionários tiveram treinamento prévio. 
Quando se indagou a questão de ocorrência de acidentes de trabalho, de 
todos os entrevistados (Repinho e Celplac), 15% afirmam ter sofrido algum tipo de acidente 
no ambiente em que atuam, sendo que desses, 13% foram danos de mão e antebraço e 
apenas 2% relatou ter fraturas na coluna. Então, pode-se analisar que, a grande maioria dos 
acidentes ocorrem com os membros superiores e que por vez também estão ligados 
diretamente ao trabalho e manuseio de materiais dentro das áreas de risco, conforme ilustra 
o gráfico 1: 
 
 
 
 GRÁFICO 1 - Acidentes de Trabalho 
 Fonte: elaborado pela autora 
 
 
 
SEGURANÇA NO TRABALHO: CUSTOS E BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO PARA AS EMPRESAS E PARA OS 
EMPREGADOS 
 
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As duas indústriasafirmam que na ocorrência de acidentes, houve abertura 
de Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT), sendo todos os procedimentos executados 
de forma correta com afastamentos e substituições. Por possuírem CIPA, já apresentam 
uma maior compreensão de riscos e leis vigentes para amparo trabalhista. Sendo assim, os 
funcionários despendem de paradas de 15 minutos, no decorrer das oito horas de trabalho 
diário. 
 
 
 GRÁFICO 2 - Necessidade dos Programas de Prevenção de 
 Acidentes 
 Fonte: elaborado pela autora. 
 
 
Pela questão de trabalharem em áreas de risco, 85% dos trabalhadores 
entrevistados (Repinho e Celplac) acreditam que os programas de prevenção de acidentes 
são necessários, embora 15% dos entrevistados consideram desnecessários para o bom 
andamento das atividades, pois afirmam que não são amparados por CIPA, partindo do 
princípio de que não participam das reuniões e não são informados da importância dessa 
comissão para o amparo dos trabalhadores e a melhoria do ambiente de trabalho, dado 
preocupante, uma vez que trabalham diretamente com os riscos à saúde. Informações 
constantes no gráfico 2. Ainda, constatou-se que poucos conhecem o mapa de riscos 
afirmando não participarem diretamente da sua confecção. 68% não reconhecem a 
importância do mapa de riscos ou não têm conhecimento do mapa de seu setor. 
 
 
 
 GRÁFICO 3 - Importância do Mapa de Riscos 
 Fonte: elaborado pela autora 
ANDRADE, Sandra Golin de; STEFANO, Silvio Roberto 
 
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As comissões internas de prevenção de acidentes foram criadas com o intuito 
de proteger os trabalhadores dos riscos do ambiente de trabalho e das possíveis moléstias 
que a função agrega ao trabalhador, com o tempo de exercício de determinada atividade em 
um ambiente que apresenta riscos ou produtos geradores de danos, como os químicos e os 
biológicos, por exemplo. O mapa de riscos passou a ser uma atribuição dessas comissões e 
deve apresentar todos os pontos críticos do ambiente laboral, sendo confeccionado com o 
auxílio de todos os envolvidos nas tarefas diárias, para que eles tenham noção das 
dimensões de riscos a que estão inseridos, no entanto 68% dos trabalhadores 
questionados, afirmam desconhecer o que é um mapa de riscos e qual sua finalidade dentro 
da organização, conforme evidenciado no gráfico 3. 
E de todos, apenas 29% afirmam ter participação na construção do mapa, o 
que distorce a real função de demonstrar os riscos dos setores e conscientizar os seus 
trabalhadores, para que os acidentes sejam evitados e os problemas de moléstias laborais 
minimizados ao máximo, já que não podem ser banidos do ambiente, ou da função, de 
acordo com a ilustração no gráfico 4. 
 
 
 
 GRÁFICO 4 - Participação na Confecção do Mapa de Riscos 
 Fonte: elaborado pela autora 
 
 
Quanto aos acidentes de trajeto, todos os operários têm ciência de que o 
trajeto também se enquadra ao trabalho. As normas são presentes e, em sua grande 
maioria, é de conhecimento dos proletários, a grande questão é que as empresas não 
seguem à risca as trinta e duas normas que regulamentam a produção industrial. 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os riscos são presentes no meio industrial, não podem ser ignorados, mas 
devem ser reduzidos, para que os acidentes sejam minimizados e eliminados no decorrer do 
tempo. A legislação é abundante e bem detalhada, entretanto deve ser utilizada em um 
conjunto de treinamento prévio e trabalho em equipe para os funcionários. 
A pesquisa de campo demonstrou que os empregados, nas duas empresas 
madeireiras analisadas, não recebem o significativo treinamento prévio para exercer as 
funções que lhes são atribuídas, além de não conhecerem as atribuições das CIPAS e a 
importância dos mapas de riscos, o que gera uma maior incidência de acidentes e 
afastamentos decorrentes dos acidentes causados pela falta de conhecimento. É necessária 
SEGURANÇA NO TRABALHO: CUSTOS E BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO PARA AS EMPRESAS E PARA OS 
EMPREGADOS 
 
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uma melhor conduta das empresas em cumprir as normas e proteger ao máximo a 
organização e os operários que nelas trabalham. 
Percebe-se que, apesar das indústrias atuarem na exportação e possuírem 
as ISOS 9001:2000, não trabalham com eficácia o treinamento de pessoal. As empresas 
elaboram os mapas de riscos sem o conhecimento de todos os funcionários que trabalham 
diretamente nas situações de acidentes de trabalho, o que é primordial para o bom 
funcionamento dos ambientes laborais. 
Na empresa que não realiza treinamento prévio, o índice de acidentes de 
trabalho é maior, embora o custo para adequação as NR’s seja menor, devido ao número de 
funcionários da organização, na indústria de grande porte o custo da prevenção de 
acidentes é na média de 10,00 por funcionário e, na de médio porte, é de 40,00. Valor bem 
inferior aos ônus de afastamentos por tempo indeterminado, treinamentos de substitutos 
para os acidentados, além de todas as burocracias pertinentes as comunicações ao INSS, 
para que o afastamento seja remunerado e proporcione ao acidentando o devido amparo, 
quando ele não está inserido na população economicamente ativa, sem mencionar ainda o 
desgaste psicológico que o trauma agrega. 
A organização perde em produtividade, dias de trabalho com acidentes e 
investimentos em qualificação dos funcionários, que se encontram afastados, para que eles 
possam operar o maquinário e produzir da melhor forma possível com agilidade e 
padronização. 
Talvez essa seja a grande questão que eleva o Brasil como recordista de 
acidentes de trabalho. Guarapuava apresentou, no ano de 2007, mais de 200 registros de 
afastamento por acidentes de trabalho e doenças ocupacionais com a abertura de CAT, 
sendo que oito levaram os operários à morte. (SANTOS, 28/04/2008). 
Em uma sociedade com várias empresas na informalidade, as quais não 
possuem vínculo com o INSS e com a Regional de Saúde, logo, não registram os acidentes 
e seus traumas, assim, estima-se que o número seja ainda maior. 
As normas existem, o que falta para a redução dos acidentes é um trabalho 
conjunto, governo, empresa e empregado, para que a situação seja modificada e os danos à 
saúde e à sociedade se tornem menores e controláveis, reduzindo o ônus para o governo 
que arca com a mão-de-obra afastada, tendo como população ativa, um número menor de 
pessoas e para o funcionário que acaba perdendo saúde e capacidade laborativa, reduzindo 
a população economicamente ativa do país. 
A legislação é notável, o custo benefício de prevenção de acidentes é 
presente, o que falta para a perfeita junção dos extremos é a conscientização de todos os 
envolvidos no processo, empresas, empregados e poder público a explanação de 
programas e a adequação das empresas às normas de forma eficiente, englobando todos 
os operários que fazem parte da organização. 
 
 
 
 
ANDRADE, Sandra Golin de; STEFANO, Silvio Roberto 
 
Revista Eletrônica Lato Sensu – UNICENTRO 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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CHIAVENATO, I. Recursos humanos. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1994. 
DIAS, E. C.; MENDES, R. Da Medicina do Trabalho a Saúde do Trabalhador. São Paulo: 
Ver Saúde Pública, vol.25, outubro, 1991. ISSN 0034-8910. 
DINIZ, M. H. Curso de Direito Civil: responsabilidade civil. 7 vol. 21ª ed. São Paulo: 
Saraiva, 2007. 
GOMES, O.; GOTTSCHALK, E. Curso de Direito do Trabalho. Rio de Janeiro: Forense, 
2004. 
MARQUES, J. C. Higiene do trabalho. Universidade da Madeira, departamento de química, 
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MARRAS, J. P. Administração de recursoshumanos: do operacional ao estratégico. 3ª 
ed. São Paulo: Futura, 2000. 
MENDES, R. O impacto dos efeitos da ocupação sobre a saúde de trabalhadores. Rev. 
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OLIVEIRA, J.A.A.; TEIXEIRA, S.M.F. Previdência Social; 60 anos de história da 
previdência no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1986. 
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Jornal Rede Sul de Notícias, 28 de abril de 2008. Disponível em: 
http://www.redesuldenoticias.com.br/noticias, acessado em 10 de maio de 2008. 
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SILVEIRA, M. L. Trabalho de Campo. Curitiba: UFPR, 2000. 
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TORREIRA, R. P. Segurança Industrial e Saúde. Editora Eletrônica MCT Produções 
Gráficas, 1997. 
TORREIRA, R. P. Manual de Segurança Industrial. Editora Eletrônica MCT Produções 
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ZOCCHIO, A. Segurança e saúde no trabalho como entender e cumprir as obrigações 
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YIN, R. K. Applications of Case Study Research. Newbury Panrk: Sage, 1994. 
SEGURANÇA NO TRABALHO: CUSTOS E BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO PARA AS EMPRESAS E PARA OS 
EMPREGADOS 
 
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APÊNDICE 1 
 
QUESTIONÁRIO PARA OS FUNCIONÁRIOS DA LINHA DE PRODUÇÃO 
 
1) Qual sua idade? 
................................................................................................................................. 
 
2) Qual sua função ou cargo dentro da organização? 
 ............................................................................ 
 
3) Você depende da utilização de algum equipamento de proteção individual? Se sim, qual?
 ...............................................................................................................................................
... 
 
4) Você passou por treinamento prévio, antes de iniciar suas atividades dentro da 
organização? Qual foi a duração? 
 ...............................................................................................................................................
... 
 
5) Você já teve algum tipo de acidente de trabalho, nesta ou em outra empresa, que 
trabalhou? Se sim, quais foram os danos? 
 ...............................................................................................................................................
... 
 
6) Se houve acidentes a CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho), foi aberta junto ao 
INSS? 
 ( ) sim ( ) não 
 
7) A empresa possui algum tipo de palestra ou grupo para a prevenção de acidentes (CIPA) 
por exemplo? 
 ( ) sim ( ) não 
 
8) A organização possui algum programa de paradas durante o dia para descanso? 
 ( ) sim, quanto tempo ....................................................................................... 
 ( ) não 
 
9) Você acredita que os programas de prevenção de acidentes são necessários? 
 ( ) sim ( ) não 
 
10) Você sabe o que é um mapa de risco e qual sua função dentro da organização? 
...............................................................................................................................................
...............................................................................................................................................
...... 
 
11) Os funcionários participam da confecção do mapa de riscos? 
 ( ) sim ( ) não 
 
12) Você acredita que acidentes ocorridos no trajeto casa-trabalho-casa também são 
considerados como acidentes de trabalho? 
 ( ) sim ( ) não 
 
 
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QUESTIONÁRIO PARA O SETOR RESPONSÁVEL PELA SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
13) Qual o custo para a prevenção de acidentes? 
.................................................................................................................................................... 
 
14) Qual o índice de funcionários afastados por acidentes de trabalho? (referência anual) 
.................................................................................................................................................... 
 
15) Quantos funcionários a organização possui? 
....................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................... 
16) Qual a duração da jornada de trabalho? (todas as subdivisões e setores e se há 
turnos alternados ou regulares) 
....................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................... 
 
17) Qual a forma de organização da empresa Linha, Staff ou Comissões? 
 
Linha – parte do princípio básico de hierarquia, ou seja, o presidente da organização tem a 
responsabilidade pela segurança dos trabalhadores na empresa e delega essa 
responsabilidade para o nível hierárquico mais abaixo, sucessivamente. 
 
Staff – o princípio básico é o mesmo da linha, só que com um elemento especializado que 
irá assessorar os diferentes níveis hierárquicos sobre questões técnicas ligadas à segurança 
no trabalho. Esse especialista estabelecerá os programas adotados assim como seu 
desenvolvimento. 
 
Comissões – comissões contendo representantes dos trabalhadores e do empregador são 
formadas para discussões sobre segurança do trabalho. A desvantagem dessa divisão é 
que não precisa necessariamente de um elemento especialista. 
....................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................

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