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A história da Saúde Pública no Brasil aula 3

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A história da Saúde Pública no Brasil
Aula 3
Atualmente (cont...)
Posições contagionista e anticontagionista:
Não devem ser consideradas como antagônicas
Importantes para o desenvolvimento de propostas de reforma social (passado e presente)
5
O micróbio e a Bacteriologia
A ideia era de que o micróbio poderia promover a indistinção das barreiras sociais entre ricos e pobres, como afirmavam legisladores de fins do século XIX. 
Cyrus Edson (médico norteamericano - século XIX) apresentou o micróbio como "nivelador social". As ações públicas de saúde seriam uma decorrência do encadeamento de seres humanos e sociedades 
O estudo dos micróbios (ou Bacteriologia) entrelaçava-se fortemente ao da própria sociedade, redefinindo relações, formas de contato e as noções de pureza e de risco.
O Projeto Higienista (sec XIX e sec XX)
Crítica à Bacteriologia de Louis Pasteur
Medicina: “caça aos micróbios”
Abandono das questões sociais pela saúde pública; desloca-se a observação do meio ambiente físico e social para a experimentação confinada ao laboratório.
Visão alternativa (Bruno Latour)
O micróbio está em toda a parte, então a Bacteriologia é intrinsecamente social; mediadores das relações humanas; rompem barreiras de classe e distinção social
Projeto Higienista (cont...)
A ênfase no papel dos micróbios na transmissão das doenças não implicaria o abandono de temáticas sociais. Na verdade, deslocava-se a atenção, dirigida anteriormente para o meio ambiente, para as pessoas infectadas, acentuando-se os aspectos normalizadores da higiene sobre a sociedade.
Papel do médico sec XIX - intervenção reforçando o binômio cidade-doença e as relações entre medicina e controle do espaço urbano.
Século XIX 
Primeiros fóruns internacionais - Conferências Sanitárias Internacionais.
1ª Pandemia: Cólera (1817 – 23) – Golfo pérsico e países banhados pelo Oceano Índico
2ª 1826 – Russia e Inglaterra
3ª 1852 -59 – América
4ª 1863 – Nova York
5º 1866 – Buenos Aires
6ª 1867 – Guerra do Paraguai
Sec XIX
“Sob o impacto das epidemias de cólera e febre amarela, realizou-se em Montevidéu, em 1873, uma convenção sanitária em que se firmou uma ata pelo Brasil, Argentina e Uruguai determinando medidas comuns de prevenção em relação a doenças como cólera asiático, febre amarela, peste e tifo.” 
“Em 1887, realizou-se, no Rio de Janeiro, novo colóquio entre esses países em que se estabeleceu a Convenção Sanitária do Rio de Janeiro.”
Sec XIX
“A experiência das epidemias de cólera no século XIX, na Europa e nos Estados Unidos, teve papel determinante na percepção das elites políticas sobre os problemas sanitários, favorecendo ações políticas, criação de organizações e intervenção dos Estados nacionais na resolução dos problemas de saúde e nas reformas urbanas. Sua conotação de pandemia implicou não apenas a transformação da saúde em problema de natureza coletiva em sociedades particulares, mas sua compreensão como tema de política internacional. A constituição de sistemas sanitários representa capítulo importante na constituição do Estado de Bem-Estar e, ao mesmo tempo, processo crucial para a percepção das doenças transmissíveis como tema central na configuração das relações internacionais.”
Conferências Internacionais
 Fóruns de debate científico sobre as controvérsias em torno das causas e dos mecanismos de transmissão de doenças
Dimensão política: se tratava de estabelecer normas e procedimentos comuns entre os países que enfrentavam problemas como as epidemias de cólera e de peste bubônica. 
Participavam, basicamente, países europeus e expressavam a contradição entre a crescente insegurança - em face da ampliação das epidemias e da própria emergência do conceito de pandemia 
1ª Conferência Sanitária – Paris – 1851
2ª Conferência Sanitária – Paris - 1859
Conferências Internacionais
3ª Conferência – Constantinopla – 1866
4 ª Conferência – Viena – 1874
5 ª Conferência – EUA/Washington – 1881
Hipótese de Finley: Presença de agente inteiramente independente (mosquito) para a existência tanto da doença como do homem doente, mas absolutamente necessário para que a enfermidade fosse transmitida do portador da febre amarela ao indivíduo são.

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