Trabalho de sociologia

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CURSO/PERÍODO/TURMA: Administração/4°Periodo/ADM04
PROFº HELIO PETTENE
DISCIPLINA: Sociologia e Relações Étnico Culturais e Direitos Humanos. (SEMI-pRESENCIAL)
1º BIMESTRE
Alunos(as):
	1- Dayane Alves Pereira Santos
	2- Larissa Vieira Rocha
	3- July Daniela Rocha Pereira 
	
	
Dayane Alves Pereira Santos
Larissa Vieira Rocha
July Daniela Rocha Pereira
Sociologia e Relações Étnico Culturais e Direitos Humanos
Trabalho apresentado ao curso superior de Administração da Faculdade Multivix, a ser utilizado como obtenção de nota na disciplina de Sociologia e relações étnico culturais e direitos humanos. Orientando pelo professor: Helio Pettene.
Nova Venécia – ES
2016
Introdução
A sociologia surgiu no século XIX após 3 (três) acontecimentos que mudaram a literalmente a história da humanidade entre elas foram; a revolução industrial de ordem econômica, a revolução francesa de ordem politica, o iluminismo e renascimento de ordem cultural. Esses acontecimentos trouxeram várias dúvidas, questionamentos e em consequência disso surgiu inúmeras transformações e necessidade de compreensão da sociedade, buscando saber o que estava ocorrendo, surgindo assim à sociologia para auxiliar a sociedade. 
A sociologia é uma área das ciências humanas que estuda o comportamento humano e as relações sociais em função do meio e processos que interligam os indivíduos, a base teórica metodológica da sociologia visa estudar os fenômenos sociais e as formas humanas de interação, a fim de analisar o ser humano e suas relações de interindependência e suas diferentes sociedades e cultura, e como toda ciência a sociologia tenta explicar a totalidade do seu universo de pesquisa.
Neste trabalho tentamos explicar um pouco desse universo encantador que é a sociologia.
1. Identificar as características do conhecimento pelas vias do senso comum e científico.
O conhecimento pelas vias do senso cientifico é o conhecimento em que o individuo obtém através do saber institucionalizado (através de diplomas e títulos), podendo ser utilizado para o bem ou mal da humanidade, resolvendo os fenômenos naturais ou gerando catástrofe no mundo.
O conhecimento pelas vias do senso comum é o conhecimento adquirido pelo homem que não se baseia em métodos ou conclusões científicas, e sim no modo comum e espontâneo de assimilar informações e conhecimentos úteis no cotidiano, é um saber próprio e ingênuo que vem de herança cultural.
2. Considerando que o olhar sociológico é um olhar de estranhamento e de desnaturalização das relações sociais, descreva sobre o que é próprio do olhar sociológico. 
O próprio olhar sociológico é aquele que permite ver tudo que esta em volta sendo possível conseguir analisar as críticas profundas, não imediatistas e isenta de preconceitos da realidade social observada. Permitindo ter a consciência de como o mundo foi e como ele é, e que as condições sócias históricas formaram as pessoas como elas são nos dias de hoje e o olhar que compreende as diferenças culturais, políticas e a consciência crítica e racional.
3. A unidade três da apostila retrata sobre a Sociologia clássica marcada por grandes pensadores. Identifique as principais ideias que se tornaram os fundamentos de cada uma dessas correntes sociológicas.
3.1 O positivismo e o surgimento da Sociologia
O positivismo e o surgimento da sociologia tiveram um marco muito importante, pois foi onde as crenças e os objetivos naturais tiveram o poder de se aproximar, além disso, obteve uma rápida evolução dos conhecimentos das ciências naturais, física, química, biologia, e o sucesso atraíram vários cientistas sócios para um método de investigação. Já a filosofia social positiva baseava-se na inspiração de métodos de investigação das ciências, em que se procura identificar na vida social as mesmas relações e princípios com as quais os cientistas explicavam a vida natural.
3.2 Émile Durkheim
Foi um dos filósofos que mais contribuiu com a consolidação da Sociologia com a ciência empírica e a sua instauração no meio acadêmico. Émile Durkheim é um dos criadores da sociologia, ele se tornou o primeiro professor da disciplina de Sociologia, como a ciência “das instituições, da sua gênese e do seu funcionamento”, ou seja, de “toda crença, todo comportamento instituído pela coletividade”. Sua contribuição tornou-se o ponto de partida dos fenômenos sociológicos como a natureza das relações de trabalho, dos aspectos sociais do suicídio e das religiões primitivas.
3.3 Max Weber
Max Weber deu um novo rumo ao advento da proposta da Sociologia Compreensiva. A compreensão das formas de dominação que permeiam as relações sociais foi fundamental para a compreensão do modelo educacional da Sociologia, em relações étnico culturais e direitos humanos, modelo este que atenta para a racionalização e burocratização do ensino na modernidade, e que também foi um dos mais importantes representantes da ala antipositivista, contrapôs à razão científica dos positivistas a razão histórica, isto é, a ideia de que a compreensão do fenômeno social pressupõe a recuperação do sentido.
3.4 Karl Marx
Um sociólogo que empreendeu uma das mais relevantes análises sobre a sociedade industrial moderna, seu conceito era baseado em matérias de produção personificada no seu conceito de trabalho. Para Marx o homem é o principal elemento das forças produtivas e o responsável por fazer a ligação entre natureza, técnica e instrumentos. Marx também cria o materialismo dialético, que é fielmente igual ao método do primeiro, porém o seu conteúdo é, na realidade, contrário ao Hegelianismo.
4- A unidade quatro da apostila fala sobre a Sociologia no século XX. Elabore uma síntese sobre cada um dos tópicos a seguir:
4.1 Georg Simmel e a vida na cidade moderna
Georg Simmel relatou em “A Metrópole e a vida mental” Os problemas mais profundos da vida moderna têm sua fonte na pretensão do indivíduo de afirmar sua autonomia e a especificidade de sua existência diante dos excessos de poder da sociedade, da herança histórica, da cultura e das técnicas provenientes do exterior […]. Essas mudanças fez com que o homem se especializasse e se libertasse, começando assim a se nivelar e se uniformizar conforme os mecanismos sócios tecnológicos que veio surgindo com a modernidade. Para Georg Simmel a metrópole é um problema, pois o ser humano que vive sob pressão constante da metrópole, passa a agir mais intelectualmente, calculista, individualista e não mais de forma genuína que traz maiores relacionamentos, emoções e várias reações que não pode se obter nessas operações lógicas, em que a razão transforma o indivíduo em egoísta e impiedosos, trazendo assim o distanciamento, a desconfiança dos indivíduos entre si, o que faz os moradores das cidades do interior achar os da metrópole cada vez mais frios e antipáticos. Esse extremo segundo Simmel é um comportamento humano influenciado pela vida moderna, em que a economia e o controle do tempo são subjetivos do indivíduo ao ambiente externo.
4.2 A escola de Chicago e a Sociologia urbana
A Escola de Chicago surgiu nos Estados Unidos, por meio do Departamento de Sociologia da Universidade de Chicago, fundada por Albion W. Small, no ano de 1910. O surgimento da escola de Chicago tem ligação direta com a expansão urbana e demográfica que a cidade de Chicago estava tendo como retorno ao desenvolvimento industrial que era vivenciado e assim apareceram novos fenômenos sociais urbanos que acabaram se convertendo em objeto de pesquisa dos sociólogos da Escola, como: crescimento da criminalidade, pobreza, delinquência juvenil entre outros, esses novos problemas sociais emergentes, promoveu a construção de um arcabouço teórico-conceitual novo, além do início de novos métodos de investigação sociológica. Com o grande número de pesquisas sociais por causa desses fenômenos, fez com que uma geração de autores elabora-se um programa de estudo da sociologiaurbana entre eles foram: Albion W. Small; Robert Ezra Park; Ernest Watson Burgess; Roderick Duncan McKenzie e William Thomas. Se destacando os seguintes autores: Frederic Thrasher, Louis Wirth e Everett Hughes.
A abordagem empirista da escola transformou a cidade de Chicago em um “laboratório social” resultante do interesse da busca de soluções concretas para o momento intenso do processo de industrialização e urbanização que estava tornando a cidade caótica, mais que favorecia a formação de ideia da escola de Chicago da cidade como problema.
4.3 A escola de Frankfurt e a teoria crítica
O estudo dos filósofos de Frankfurt é conhecido Teoria Crítica, que se opõe à Teoria Tradicional. A tradicional é “neutra” em sua prática, já a crítica esforça em analisar as condições sociopolíticas e econômicas de sua execução, tendo em vista à transformação da realidade. Um exemplo clássico é a análise dos meios de comunicação caracterizados como indústria cultural em que a TV, rádio, jornais e portais da internet, são propriedades de alguma empresa e a mesma visa lucro e querem continuar lucrando, sendo dessa maneira o lucro o único interesse e não fazem novelas, seriados entre outras coisas como bens de cultura e sim como produto de consumo e que invés de formar cidadãos críticos formam pessoas “alienadas” do mundo real. Um questionamento dos filósofos quanto à indústria da cultura era, se ela não fazia parte de um mecanismo de dominação politica, que de forma deslumbrante fazem com que os seus usuários fiquem “subordinados” a vontade deles após o uso de seus meios de comunicação, fazendo que passem a serem consumidores passivos invés de cidadãos conscientes, graças a varias pesquisa feitas anos depois demostraram que as pessoas não são tão fácil de manipular e que nem toda produção cultural se resume à indústria.
4.4 Pierre Bourdieu: poder simbólico e violência simbólica 
Pierre Bourdieu foi um dos mais importantes do século 20, sua produção intelectual é vasta e possui uma variedade de objeto e temas de estudo, principalmente na área de ciências humanas, em que possui referencial, mesmo sendo ele considerado contemporâneo e tão respeitado quanto um clássico. Suas obras são reconhecidas pela sua originalidade, mesmo possuindo uma grande controvérsia segundo os críticos. Segundo Bourdieu a posição social, grau de escolaridade, nível de cargo profissional, entre outros possui a persuasão de agir sobre o individuo numa relação de interdependência. 
Bourdieu diz que há diferentes tipos de capital ou quantidade de acumulo de forças dos agentes em sua posição no campo: Econômico que é ligado aos meios de produção e renda; Cultural que vem através do saber sendo ele institucionalizado, incorporado e objetivo; Social que vem do conjunto das relações sociais de que dispõe o individuo mantendo sempre a manutenção das suas relações sociais; Simbólico vem da honra, do reconhecimento e corresponde ao conjunto de rituais (etiquetas, protocolo). 
Bourdie descreve em varias de suas obras o processo ao qual a classe que possui maior capital econômico impõe sua cultura aos seus dominados, sendo tratado para ele como violência simbólica, ou seja, quem possui maior renda impõe aos indivíduos de menor renda que eles precisam ter um grau institucional para que possa viver naquela sociedade como eles vivem, e os indivíduos dominados encaram isso como natural e inevitável já que não percebe que são vitima deste processo e não se opõe. Essa violência simbólica pode ser realizada por diferentes instituições da sociedade como Estado, escola, mídia, etc, um exemplo é a lei criada para incluir indivíduos de baixa renda em Universidades em que a mídia impõe a indústria cultural como cultura, destruindo com a cultura popular em uma parte e restringindo cada vez mais ao acesso de uma só cultura.
5- Em relação a unidade cinco da apostila que esboça sobre a sociologia contemporânea apresente um resumo sobre os dois itens a seguir.
5.1 Crise dos paradigmas sociológicos e a pós-modernidade 
A crise da sociologia pode ser considerada real ou imaginaria, mais o que é certo e que cada vez mais a sociologia está em nosso meio, em questão a crise o que se pode dizer é que as teorias, modelos ou paradigma estão antigos precisando assim de mudanças nos modelos clássicos, pois possui obsolescência nas noções de sociedade, capitalismo, classe social, revolução, divisão do trabalho social entre outras que veio se modificando com a modernidade e que hoje com a pós-modernidade vem provocando varias alterações na natureza das categorias sociológicas convencionais como de gênero, status, classe, partidos políticos entre outros.
5.2 Identidade e cultura na pós-modernidade 
A identidade está extremamente sendo discutido na teoria social sendo o argumento o seguinte: a identidades antigas que estabilizaram o mundo social há tanto tempo está em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o individuo moderno que até hoje é visto como unificado, tendo assim uma “crise de identidade” que é visto como um processo mais amplo de mudança e que traz consigo mudanças nas estruturas e processos centrais da sociedade moderna, fragmentando assim as referências que antes dava ao individuo uma ancoragem estável ao meio em que vive. 
Conclusão
Concluuimos que o individuo vem com o passar do tempo modificando a sua maneira de pensar e agir, e nessas transformações a sociologia veio de maneira grandiosa contribuindo neste processo, trazendo o individuo a questionamentos essenciais para o seu crescimento pessoal e fazendo com que a sociedade proguida com a modernidade.
A sociologia traz teorias em que visa retirar o ser humano do perigo de se tornar um “alienado” dos meios de comunicação que está extremamente ligado com a industria da cultura, que tem por finalidade obter lucros e não produzir cultura, e o objetivo da sociologia é criar cidadões criticos, individuos que aja mais com a emoção e não somente com o intelectual como leva o modernismo e as metropoles. 
Suas teorias criam um grande acervo intelectual e ajuda a formar cada dia mais cidadões melhores e contribuintes para a historia da humanidade, visando progredir e inovar constatemente no pensamento do cidadão moderno.
Referências
IANNI, Octavio. A crise de paradigmas na Sociologia. Revista critica de ciencias sociais, 1991.
COSTA, Neila Santos. O poder simbolico e a violencia simbolica. Não Me Kahlo, 29/06/2015. Disponivel em < http://www.naomekahlo.com/#!O-Poder-Simb%C3%B3lico-e-a-Viol%C3%AAncia-Simb%C3%B3lica/c1a1n/5565451e0cf2adc1ad5ea97a>. Acesso em: 02/09/2016.
ANTÔNIO, Marcos. Conhecimento Cietifico. Cola da web. Disponivel em < http://www.coladaweb.com/filosofia/conhecimento-cientifico>. Acesso em 02/09/2016. 
SILVA, Tatyana Léllis da Matta. Sociologia, relações étnico-culturais e direitos humanos. Primeira Edição. Vitória - ES: Multivix, 2016.