Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2006 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza Orçamento Público Assunto: RESUMO DE ORÇAMENTO PÚBLICO Autor: CARLOS HENRY DANTAS DE SOUSA (Revisão: Severino Cesário de Lima) 2 ATENÇÃO: A editoração (uso de cores) desta apostila/resumo é de total responsabilidade do autor. www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza ORÇAMENTO E CONTABILIDADE PÚBLICA I – ORÇAMENTO PÚBLICO 1. INTRODUÇÃO : O Estado para atender as necessidades públicas (segurança, educação, saúde, emprego, justiça, etc.) precisa : • OBTER recursos ? Receitas Públicas • CRIAR o crédito público ? Endividamento público • GERIR E PLANEJAR a aplicação dos recursos ? Orçamento Público • DISPENDER recursos ? Despesa Pública LEGISLAÇÃO BÁSICA DO DIREITO FINANCEIRO E CONCEITO DE ORÇAMENTO PÚBLICO: O “Orçamento Público” pode ser estudado sob 2 aspectos : -Aspectos Econômicos ? Finanças Públicas ( ponto de vista objetivo; ciência especulativa e “não” normativa ) -Aspectos Jurídicos ? Direito Financeiro (Orçamento Público, Receitas, Despesas,Crédito Público, processo fiscal) *Direito Financeiro: (Legislação Básica) “ESTRUTURA LEGAL BRASILEIRA” C.F./88 ? Compete a U, E e DF legislar concorrentemente sobre Direito Financeiro(art.24, I ) E no âmbito da legislação concorrente, a União estabelecerá normas gerais e não exclui a competência suplementar dos estados. ? Artigos importantes: 165 a 169 ; 57 ; 70 a 74 ; 82 ; ADCT: art.35 caput e §2º ; etc. L.4320/64 (Lei Federal, recepcionada como L.C.) ? Estatui normas gerais (supraordenadoras) sobre Direito Financeiro P/ elaboração e o controle dos orçamentos e balanços da U , E , DF e M 3 Obs: normas gerais são “diretrizes”, valores para outras normas. www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza L.C. 101/2000 (LRF)? Estabelece Normas (supra-ordenadoras) de “Finanças Públicas” voltadas para responsabilidade na gestão fiscal dos gestores públicos, bem como a transparência e controle dos gastos públicos. O objetivo da LRF é “ gastar no máximo, aquilo que se arrecada ”. ? 03 INSTRUMENTOS ( DOCUMENTOS INTERDEPENDENTES ) : Leis (Ordinárias) de iniciativa do Poder Executivo: ? L. do PPA ? LDO ? LOA (Planos e programas nacionais,regionais e setoriais) ? “ORÇAMENTO PÚBLICO L. 10028/2000(Lei de Crimes)?Define crimes vinculados ao desrespeito à responsabilidade fiscal. L. 9969/2000 (classificação da despesa) CÓDIGOS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – CAF (suplementa a L.4320/64 ) DECRETOS : 200 / 67 ? Regulamentação do Orçamento-Programa (“moderno”). 2829/98 (orçamento da União de 2000 ) M.P. (Medidas Provisórias) no caso dos Créditos Adicionais Extraordinários. PORTARIAS : Nº 42/99 do MPOG , Nº 163/01 da STN , etc. 4 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 2. PPA ? LDO ? LOA “São Leis de iniciativa Legislativa vinculada ( no tempo definido )” 2.1 - PPA ? Plano de MÉDIO prazo, através do qual procura-se ordenar ações do governo que levem ao atingimento dos objetivos e metas fixadas para um período de 04 anos (Níveis: Federal, Estadual e Municipal). A Lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, as DIRETRIZES, OBJETIVOS E METAS da Administração pública para as Despesas de Capital (“I.T.I.”) e outras decorrentes e para as relativas ao programa de duração continuada. OBS: O “PPA” (no nível federal) traça um rumo para o País nos próximos 04 anos (inicia- se no dia 01/jan do 2º ano do mandato presidencial até o final do 1º ano do mandato subseqüente) com fins de: atender às necessidades básicas do cidadão; gerar empregos; melhor distribuição de renda; estabilidade com crescimento econômico; combate a pobreza(“fome”); reduzir as desigualdades inter-regionais segundo critério populacional ;etc. OBS : “ Não ocorre revisão anual no PPA “. “No primeiro ano de cada mandato presidencial, a LDO para o segundo ano é aprovada antes do PPA para o respectivo mandato”. 2.2 - LDO ? “A LDO não é um pré-orçamento”. De acordo com a C.F., a LDO (que é um plano de curto prazo) Compreenderá METAS E PRIORIDADES da administração pública, incluindo as Despesas de Capital (“I.T.I.”) para o exercício financeiro subseqüente, “orientará a elaboração da LOA” , disporá sobre as alterações na “Legislação Tributária” (respeitando o P. da anterioridade), estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de Fomento ( Fomento ? É desenvolver uma determinada atividade econômica, ex: B.B., C.E.F., B.N.D.E.S.), estabelecerá parâmetros para iniciativa de Lei de fixação das remunerações do Poder Legislativo, Fixará limites para elaboração das propostas orçamentárias do Poder Judiciário e do Ministério Público, e autorização para criação de cargos (ou aumento de remuneração) pelos órgão e entidades da administração direta e indireta (“política de pessoal”), ressalvadas as empresas públicas e sociedades de economia mista. 5 A LDO tem a finalidade de “nortear” (dar as “diretrizes”) a elaboração dos orçamentos anuais (LOA).”Não se admite a rejeição do projeto de LDO (a LDO não poderá ser rejeitada pelo Congresso Nacional). Admitem-se modificações (alterações, emendas) pelo legislativo, mas não sua rejeição”. A LDO não vincula o Congresso Nacional na feitura da Lei orçamentária Anual. OBS: a C.F. em seu art. 52 dispõe (novas regras para a dívida e o endividamento público) que: Compete ao Senado Federal definir limites de www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza endividamento e condições para contratação de operações de crédito. E o Senado editou 02 Resoluções: Res. 40/2001 que fixou limites para a “dívida consolidada líquida” dos Estados em duas vezes a sua RCL anual e dos Municípios em 1,2 vezes a sua RCL anual; E a Res 43/2001 que fixou o limite para ”contratação de operações de crédito” para um exercício financeiro de 16% da RCL e o comprometimento anual com amortizações, juros e demais encargos da dívida consolidada limitado a 11,5% da RCL A LRF atribuiu a LDO a responsabilidade de tratar também de outras matérias, nas quais citamos: Os anexos AMF (Anexo de Metas Fiscais) e ARF (Anexo de Riscos Fiscais); A fixação de critérios para a limitação de empenho e movimentação financeira; A publicação da avaliação financeira e atuarial dos regimes de previdência (RGPS e RPPS para civis e militares); Dispõe sobre o equilíbrio entre Receitas e Despesas; Normas relativas ao controle de custos; Transferências de recursos a entidades públicas e privadas; quantificar o resultado primário para redução da dívida e das despesas com juros; Limitações de despesas de caráter continuado; A programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso, a serem estabelecidos pelo Poder executivo trinta dias após a publicação da Lei orçamentária; Fixa a forma de utilização e montante da reserva de contingência (em % da RCL)que deverá integrar a LOA; Demonstrações trimestrais; A concessão de benefício de natureza tributária da qual decorrarenuncia de receita. OBS: Os “PROGRAMAS” (Finalístico; Serviços do Estado; Gestão de políticas públicas; Apoio administrativo) da classificação orçamentária Programática é o “ELO DE LIGAÇÃO” entre o PPA e a LOA. Estes PROGRAMAS deverão dar a solução a um problema ou atender a uma demanda da sociedade. Obs: Não confundir com “Programa de trabalho” 2.3 – LOA ? É o instrumento utilizado para a conseqüente materialização do conjunto de AÇÕES E OBJETIVOS que foram planejados visando o melhor atendimento e bem estar da coletividade, compreendendo: o Orçamento Fiscal (das PJDPú), o Orçamento de Seguridade Social (das PJDPú) e o Orçamento de Investimento das Empresas (das PJDPri). Que são as 03 esferas de orçamento (“visão administrativa”) da LOA. Se durante o exercício financeiro houver a necessidade de realização de despesas acima do limite previsto na “LOA” , o poder executivo submete ao Congresso Nacional projeto de lei de Crédito Adicional (“S.E.E.”). A LOA deverá também conter a reserva de contingência (editado pelo Poder Executivo em decorrência de crises econômicas mundiais através do “Decreto de Contingenciamento”) para pagamento de passivos contingentes (ex: calamidade pública, de dotação global). (ESAF)? A LOA define as prioridades contidas no PPA e as metas que deverão ser atingidas naquele ano, e disciplina todas as AÇÕES do governo federal. * Enquanto a “Lei Complementar Federal” (CF art. 165, parágrafo 9º) não for editada, segue-se o art. 35 6 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza §2 do ADCT ? Vigência e prazos do PPA, LDO e LOA : VIGÊNCIA DOCUMENTO LEGAL Prazo para encaminha mento ao Congresso: PRAZO PARA DEVOLUÇÃO para Sanção: 01/01/X1 A 31/12/X4 “ 4 ANOS “ PPA 31.08 “4 MESES ANTES DO ENCERRAMENTO DO 1º EXERCÍCIO FINANCEIRO” 15.12 “ Discutível ”: “ 1,5 ANO “ (2 anos ? , 1 ano ? ) LDO 15.04 “OITO MESES E MEIO ANTES DO FINAL DO ANO” 30.06 “PARA O CONGRESSO PODER ENTRAR EM RECESSO” 01/01/X1 A 31/12/X1 “ 1 ANO “ LOA 31.08 “4 MESES ANTES DO ENCERRAMENTO DO EX. FIN.” 15.12 A “LOA” é o próprio “ORÇAMENTO PÚBLICO” (É metodologicamente um orçamento-programa ou tridimensional) que é o ATO ADMINISTRATIVO REVESTIDO DE FORÇA LEGAL NA QUAL ESTIMA-SE (PREVISÃO) A RECEITA E FIXA-SE (AUTORIZA) A DESPESA PROGRAMANDO A VIDA ECONÔMICA E FINANCEIRA DO ESTADO POR UM CERTO PERÍODO (NO BRASIL=UM ANO,pela L4320). Até o dia 15 de abril, o Presidente da República tem que prestar contas ao Congresso Nacional das contas referentes ao exercício anterior. Deverá acompanhar a LOA um demonstrativo, regionalizado, sobre os efeitos da concessão de anistia, isenção(em caráter específico), remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia (CF. art. 165, § 6º).A LRF impõe que este demonstrativo seja acompanhado das medidas de compensação à Renúncia de Receitas e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado. Obs: Não é Renúncia Fiscal (de Receitas) : isenção de caráter geral. Denominações: ”LOA” = Lei de meios = Orçamento Geral da União = Lei anual = Lei Formal ou especial (com conteúdo de ato de administração ) 7 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 3. CAMPO DE APLICAÇÃO (atuação) DA LOA (orçamento) NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA (PJDPú) “Estatais” Presidência Ministérios Secretaria Nacional Poder Legislativo Poder Judiciário MPU , TCU L. 4320/64 “DEPENDENTES” (deficitárias) Não têm Receita Operacional Suficiente ? ? ? ? Orçamento Fiscal (O. F.) E Orçamento de Seguridade Social ( O.S.S.) ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA “autárquicas” PJDPú PJDPri Autarquias Fundações Públicas Empresas Públicas Soc. Economia Mista L.6404/76 (“em regra”!*) “NÃO DEPENDENTES” “Empresas” ( estatais ou governamentais) ?é uma espécie de paraestatal. ? ? Orçamento de “Investimento” das Empresas ( O.I.E ) Observações : (*) A cerca do campo da atuação (aplicação) da Contabilidade Pública (L.4320/64), podemos afirmar que engloba também as empresas públicas e as sociedades de economia mista que estiverem sujeitas aos Orçamentos Fiscal (ex: SERPRO - Empresa pública) e da Seguridade Social (ou seja, que sejam “DEPENDENTES” ou deficitárias ! ). A Contabilidade pública Não se aplica as empresas estatais de capital aberto (sociedade de economia mista). “Investimentos” : São obras e materiais permanentes relevantes novos ? Ativo Imobilizado (Bens de Capital) “Seguridade Social” = Saúde + Assistência Social + Previdência Social ( Emprego,Trabalho, Educação ? NÃO !! ) onde a Previdência Social é composta por dois regimes: • o RGPS (que é executado pelo INSS) e 8 • o RPPS (que é executado pelo governo). www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza “Orçamento Fiscal” não é a mesma coisa de “Orçamento financeiro”. Orç. Fiscal é a parte tributária, é o que não for Investimentos ou seguridade Social. *(Questão FCC) Segundo a CF/88 (art. 165, parágrafo 7º) , os Orçamentos que terão entre suas funções a de reduzir desigualdades Inter-Regionais, segundo critério populacional e compatibilizados com o “PPA” são o : -Fiscal e o de Seguridade Social (F) -Fiscal e o de Investimentos em que a União,direta ou Indiretamente detenha a maioria do capital social com direito a voto (V) *(ESAF) São incluídos(as) na programação dos orçamentos fiscal e da seguridade social da União, em razão de receberem recursos do Tesouro Nacional as empresas sob controle indireto (Empresa Pública e Soc. De Economia Mista) da União, que utilizarem esses recursos em investimentos (“mantidos pelo poder público”). Ex: Serpro. *(CESPE/UNB) As “ empresas ” (Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista) cujas programações constem integralmente do orçamento fiscal ou do orçamento da seguridade social não integrarão o orçamento de investimento. Outro conceito de “ORÇAMENTO PÚBLICO” ? É uma listagem contendo um conjunto de Receitas (previstas) e Despesas (fixadas ou autorizadas). O orçamento público é um instrumento de planejamento e programação de ações. O Orçamento Público é uma Lei: ? TEMPORÁRIA (vigência limitada) ? ESPECIAL (de conteúdo determinado e processo legislativo peculiar) ? LEI ORDINÁRIA (aprovada por maioria simples) 9 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza QUADRO COMPARATIVO DAS PRINCIPAIS LEIS DE DIREITO FINANCEIRO : CARACTERÍSTICAS LDF (L. 4.320/ 64) LRF (L. 101/ 00) PPA LDO LOA A C.F. “ADMITE” A REJEIÇÃO DO PROJETO DE LEI ? SIM (REGRA GERAL) SIM (REGRA GERAL) NÃO ART. 35 ADCT NÃO (ART 57 § 2º) SIM EM CASOS EXTREMOS ( ART 166 § 8 º) TIPO STATUS DE LEI COMPLEMENTAR LEI COMPLEMENTAR LEI ORDINÁRIA LEI ORDINÁRIA LEI ORDINÁRIA INICIATIVA EXEC./LEGISLATIVO EXEC/LEGISLATIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO COMPETÊNCIA LEGISLATIVA LEGISLATIVA LEGISLATIVA LEGISLATIVA LEGISLATIVA ORIGEM FEDERAL FEDERAL FED. E LOCAL FED. E LOCAL FED.E LOCAL VIGÊNCIA – INÍCIO VIGÊNCIA – TÉRMINO 45 DIAS APÓS A PUBLIC. INDETERMINADA DATA DA PUBLICAÇÃO INDETERMINADA DATA DA PUBLIC. FINAL DO 1º ANO DO MAN. DO PRES. INDETERMINADA DESUSO INDETERMINADA 31 / 12 NATUREZA FORMAL E ESTRUTURAL ADMINISTRATIVA POLÍTICA DE MÉDIO PRAZO POLÍTICA DE CURTO PRAZO OPERACIONAL OPERACIONAL CARÁTER NORMATIVA PERMANANTE NORMATIVA PERMANENTE TEMPORÁRIO TEMPORÁRIO TEMPORÁRIO REVOGA LEIS ? SIM SIM NÃO NÃO NÃO PREVÊ SANSÃO ? NÃO SIM NÃO NÃO NÃO A Constituição Federal prevê ( art. 165 § 9º ) a criação de uma “LEI COMPLEMENTAR” (que não existe ainda ) FEDERAL que estabelecerá Normas Gerais de Direito Financeiro, na qual vai dispor sobre : ? Exercício Financeiro; ? Vigência, prazos, elaboração e organização do PPA, LDO e LOA. ? Normas Gerais de Gestão Financeira e Patrimonial de Administração Direta e Indireta. ? Condições para instituição e funcionamento de fundos. 10 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 4. TÉCNICAS (de elaboração) ORÇAMENTÁRIAS : As opções e decisões para elaboração do orçamento podem ser classificadas segundo o processo decisório em : • Processo descendente ( top-down , de cima para baixo ); • Processo ascendente ( up-down , de baixo para cima ); • Processo intermediário ou misto ? adotado no Brasil . A) Processo descendente ? Os objetivos são estabelecidos em função das necessidades, sem maior consideração aos meios. • Vantagens : - Maior conhecimento das necessidades gerais, pois a cúpula pode vislumbrar objetivos mais abrangentes; - Melhor adequação dos recursos aos objetivos; - Maior mobilidade de ação; - Menor possibilidade de incorrer em duplicação de serviços. • Desvantagens : - Perigo de uma programação utópica, desconhecendo-se as possibilidades reais da administração; - Risco da falta de adesão das unidades executoras. B) Processo ascendente ? Os objetivos são estabelecidos pelos órgãos inferiores da hierarquia e são aprovados pela cúpula. Cada Unidade Operacional é compelida a pensar em termos de objetivos. • Vantagens ; - As Unidades, por conhecerem melhor o meio onde estão situadas, apresentam maior realismo na programação; - Esse processo funciona como motivador, gerando compreensão e adesão dos órgãos executores. • Desvantagens : - Os órgãos operacionais geralmente têm visão limitada na determinação dos objetivos; - Tendência de concentrar recursos em programas de ampliação apenas qualitativa, por ausência de objetivos; - Risco de duplicação de serviços, gerando desperdícios de recursos. C) Processo intermediário ou Misto ? Os níveis hierárquicos mais altos traçam as diretrizes e os objetivos em função dos meios disponíveis, e com esses parâmetros as unidades operacionais elaboram os planos de trabalho que serão consolidados setorialmente nos Ministérios ou Secretarias de estado e, finalmente, no órgão central de planejamento. • Vantagens : - Maior adequação dos objetivos aos meios e vice-versa, evitando planos utópicos, bem como a visão limitada sobre os objetivos governamentais; - Eliminação do risco de duplicação de serviços; - Adesão das unidades executoras. 11 • Desvantagens : www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza - Processo mais burocrático, demorado e complexo; - Dificuldade de planejar por parte das unidades administrativas; - Tendência do órgão central de planejamento para atuar de modo autoritário, fazendo cortes lineares desprovidos de racionalidade. 12 4.1 ANÁLISE DE CUSTO-BENEFÍCIO ? É uma técnica (“operacional”) usada para avaliar projetos governamentais que permite identificar os benefícios e os custos de um projeto para então estimá-los em unidades comparáveis. www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 5. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS (Princípios da LOA p/ controle das atividades financeiras do governo) ?Substanciais: Anualidade (Periodicidade), Universalidade, Orçamento Bruto, Unidade (Totalidade), Equilíbrio, Exclusividade Princípios Orçamentários Gerais (Receitas/Despesas) ? ? Formais ou de Apresentação: Especificação (Especialização, Discriminação), Publicidade, Clareza, Uniformidade. Princípios Orçamentários Específicos (Receitas) ? : Não vinculação (não afetação) da Receita , Unidade de Tesouraria ou Caixa, Legalidade ou Tributação . 5.1 – ANUALIDADE (PERIODICIDADE): A Lei orçamentária deve valer para 1 ano, em regra. O exercício financeiro = ano civil ( regra adotada no Brasil atualmente pela Lei Nº 4320/64, porém o legislador pode mudar ) “Tem exceções” ? créditos adicionais ESPECIAIS e EXTRAORDINÁRIOS quando abertos nos últimos 4 m. do ano. 5.2 - UNIVERSALIDADE (ABRANGÊNCIA OU GLOBALIZAÇÃO): “Não deixar faltar”. O orçamento deve conter “TODAS” as Receitas e despesas do Estado. Este princípio está intimamente ligado com a programação (princípio da Programação). Obs: Não se pode colocar as receitas das empresas estatais (regra geral). “Tem exceções” ? As receitas e despesas “operacionais”(correntes) das “Empresas Estatais Dependentes” ? As receitas extra-orçamentárias: ARO ; emissões de papel-moeda ; cauções,consignações,depósitos. ? Não inclusão de uma determinada despesa no orçamento. 5.3 – ORÇAMENTO BRUTO : “Não se pode fazer deduções”. Não se pode colocar valores líquidos, e sim pelos TOTAIS. 13 *5.4 – UNIDADE: “Uno”. “Um Orçamento” para cada ente : U,E,DF e M. “consolidação”. www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza Obs: As subdivisões da LOA (Orç. Fiscal , Orç. de Seguridade Social , Orç. de Investimento) são ”03 orçamentos” (elasticidade), porém não quebra o Princípio da Unidade. Pois é uma “visão administrativa”. A doutrina tradicional não exige a necessidade de um documento único ( unidade documental, unidocumental ), mas , sim, que os diversos documentos ( multidocumental ) sejam harmônicos entre si, ou seja, é uma unidade de orientação política das leis orçamentárias. “Tem exceções” ? alteração da LOA por meio de créditos adicionais (S.E.E.). *5.5 - UNIDADE DE TESOURARIA OU CAIXA:O recolhimento de todas as “Receitas” far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria (“conta única”),única contabilidade (SIAFI), vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais. (Obs: não confundir com o princípio anterior). 5.6 – EQUILÍBRIO : Na fase de previsão do Orçamento : Rec. prevista = Desp. fixada ? “Equilíbrio Contábil”. O recurso às operações de crédito(obtenção de empréstimos) é uma das formas de garantir a observância formal do P. do equilíbrio 5.7 – EXCLUSIVIDADE : Só posso ter na LOA matéria de Orçamento: Previsão das Receitas e Fixação das Despesas. Não inserção de matéria estranha na LOA (ex: matéria civil, penal, etc.). “Tem exceções” ? autor. p/ contratação de operações de crédito (“empréstimos”), ainda que por antecipação de receita ( empréstimo de curto prazo : no qual é uma “Receita Extra- Orçamentária”). ?autor. p/ abertura de CRÉDITOS SUPLEMENTARES. (Cuidado!, adicionais/espec./extraor, não!!) 5.8 - ESPECIFICAÇÃO(ESPECIALIZAÇÃO,DISCRIMINAÇÃO): Veda as autorizações “GLOBAIS”. As despesas devem ser classificadas com um nível de detalhamento (QDD- Quadro de Detalhamento das Despesas) tal que facilitea análise por parte das pessoas. A discriminação das despesas far-se-á, no mínimo, por “elementos/grupos de despesa”. “Tem exceções” 14 ? Dotação destinada à RESERVA DE CONTINGÊNCIA (em % da RCL) , que diz respeito a uma dotação “GLOBAL” destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos, ex: pagamento de precatórios. É uma parcela contida na LOA para as quais não há destinação para nenhum órgão(Projeto, Atividade, www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza Operações especiais). Quem detém é o Presidente da República (categoria do gasto: “Z”). ?Investimentos em regime de EXECUÇÃO ESPECIAL (também é um caso de dotação “GLOBAL”) ? os PROGRAMAS ESPECIAIS DE TRABALHO. 5.9 – PUBLICIDADE : O conteúdo orçamentário (p/ ser eficaz e válido) deve ser divulgado (publicado),em regra, no Diário. Oficial do ente político. Objetivando a transparência dos gastos públicos. A LRF impõe a divulgação em “meios eletrônicos” (internet) e através de audiências públicas. A imprensa deve ter livre acesso as informações ‘definidas’. art. 165, parágrafo 3º da C.F. “O poder executivo publicará, até 30 dias após o encerramento de cada bimestre,RREO” • “Cuidado”!! : O Princípio da Publicidade (“em matéria orçamentária”) NÃO COMPORTA EXCEÇÕES ! • Diferentemente do Princípio da Publicidade (no Direito administrativo), no qual comporta exceções (hipótese de sigilo Imprescindível à segurança da sociedade e do Estado - CF art. 5º , inciso XXXIII). 5.10 - CLAREZA : O Orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível a qualquer cidadão. 5.11 - TRANSPARÊNCIA ORÇAMENTÁRIA:Existência de demonstrativos regionalizados dos efeitos da lei orçamentária A CF no seu art. 165, parágrafo 6º, diz que “ O projeto de Lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções(de caráter específico), anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia “. 5.12 - NÃO VINCULAÇÃO (NÃO AFETAÇÃO) DA RECEITA : É vedado a vinculação de receitas de “Impostos” para órgão, fundo ou despesa. “Tem exceções” ?Fundos de Participações : 22,5% (do IPI / IR ) p/ FPM , 21,5% (do IPI /IR ) p/ FPE . Nos quais são feitos por autorização legislativa provindos da repartição da arrecadação dos impostos. ? Ações e serviços públicos de Saúde ; ? Manutenção e desenvolvimento do ensino (18% para União; e 25% para Estados e Municípios); 15 ? Realização de atividades da “administração tributária” ( EC Nº 42 de dez/03) ; www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza ? Prestações de garantias às “operações de crédito por antecipação de receita”(são os “empréstimos” caracterizados como uma “Receita Extra- Orçamentária”). São os débitos de tesouraria . ? Vinculação de Receitas Próprias para prestação de garantia à União. 5.13 – UNIFORMIDADE (OU CONSISTÊNCIA): O Orç. Público deve ser padronizado(consistente, homogêneo), para permitir comparações ao longo do tempo. 5.14 - LEGALIDADE (RESERVA DA LEI OU TRIBUTAÇÃO):o Estado possui “limitações legais ao poder de tributar”. Os “ATOS” (planos, programas, PPA, LDO, LOA, operações de abertura de créditos, transposição, remanejamento, ou transferência de recursos de uma programação para outra) devem passar pelo exame e pela aprovação do parlamento. É também a observância aos princípios constitucionais tributários. “Tem exceção” ? Abertura de créditos extraordinários em situações imprevisíveis e urgentes 5.15 - PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO (“MODERNO”): Consta em selecionar os objetivos que se procuram alcançar. Com vinculação necessária à ação governamental, devendo ser assegurada a finalidade do plano plurianual. A CF no seu art. 165 , parágrafo 4 º diz que “ Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituicão serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional “ O princípio da programação é considerado o mais importante princípio (e não pode existir no orçamento tradicional). 5.16 – PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS: Exige a quantificação (em moeda corrente, sem indexação ) dos valores dos créditos concedidos ou utilizados, sendo vedada, em qualquer hipótese, a concessão ou utilização de créditos ilimitados; a vedação é absoluta !(CF art. 167,VII).Este princípio fundamenta-se também na LDO, que fixa o montante de recursos que cabe a cada poder e que impõe o limite máximo do comprometimento da despesa, em função da estimativa (expectativa/arrecadação) da receita orçamentária. 5.17 – PRINCÍPIO DA EXATIDÃO : Visa se obter uma proposta orçamentária o mais perto possível da realidade.. 16 Este Princípio se aproxima do equilíbrio orçamentário (Fixação = Execução).Observando o Princ. da Economicidade. www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 5.18 – PRINCÍPIO DA TIPICIDADE : Uma função tem seus programas típicos, mas deve funcionar também com programas “atípicos”; ou seja, relativos a outras funções. Da mesma maneira, os programas têm suas ações (projetos, atividades, operações especiais) típicas, mas devem ser conjugadas com ações “atípicas”. Portanto, uma função pode está relacionada com qualquer outra subfunção (Matricialidade – Portaria 42/99 ) 5,19 - PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO DE VERBAS : Veda a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro sem prévia aut. Legislativa. 5.20 – PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DAS RECEITAS PÚBLICAS : Os bens, o patrimônio público pertencem à coletividade e a ninguém é dado o direito de utiliza-los livremente. 5.21 – PRINCÍPIO DA PRECEDÊNCIA : A aprovação do orçamento deve ocorrer antes do exercício financeiro a que se refere. Este princípio pode ser conjugado com o princípio da anualidade. “Tem exceção” ? Os créditos adicionais que são autorizados e abertos durante o exercício financeiro. 5.22 – PRINCÍPIO DA PLURALIDADE DAS DESPESAS DE INVESTIMENTO : Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado SEM prévia inclusão no plano plurianual, ou SEM lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade ( CF art. 167 § 1º). ALGUNS PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS MODERNOS : 5.23 - PRINCÍPIO DA SIMPLIFICAÇÃO : O Orçamento e o planejamento devem basear-se a partir de elementos de fácil compreensão. 5.24- PRINCÍPIO DA DESCENTRALIZAÇÃO : É preferível que a execução das ações ocorra no nível mais próximo de seus beneficiários. Com essa prática, a cobrança dos resultados tende a ser favorecida devido a proximidade entre o cidadão ( beneficiário da ação ) e a unidade administrativa que a executa. 17 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 18 5.25 - PRINCÍPIO DA RESPONSABILIZAÇÃO : Os administradores/gerentes devem assumir, de forma personalizada a responsabilidade pelo desenvolvimento de um programa, buscando a solução ou encaminhamento de um problema. www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 6.CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS E ADICIONAIS ( S.E.E. ) A autorização legal para a realização da despesa pública constitui um crédito, o qual poderá ser Orçamentário ou adicional. Créditos Adicionais são Dotações autorizadas pelo poder legislativo para as quais não tenha Dotação específica ou insuficientemente dotada no orçamento público. Deve-se ao fato que a despesa é “Fixada”. São também chamados de mecanismos retificadores (de ajustes ) do orçamento público. Podendo ser classificados em 03 tipos: ? SUPLEMENTAR: São “REFORÇOS” de Dotação contidas na LOA. Pode ser inscrito em restos a pagar. Os créditos Suplementares podem ser autorizados na própria LOA, até determinada importância. ? ESPECIAL: São Dotações NÃO ESPECIFICADAS na LOA . Destinados a despesa para as quais não haja dotação orçamentária específica. ? EXTRAORDINÁRIO: São as dotações destinadas para atender as despesas urgentes e imprevisíveis(imprevistas, L.4320) de GUERRA, CALAMIDADE PÚBLICA OU COMOÇÃO INTERNA (intestina ,L 4320/64). São feitos por Decreto (Estados e Municípios) / Medida provisória (União). Não precisam indicar a fonte. Obs: O cancelamento de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais exige autorização legislativa específica. Obs: A reserva de contingência, constitui uma dotação global, prevista no orçamento, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais. Para que se possa abrir créditos SUPLEMENTARES e ESPECIAIS precisam-se de recursos para cobrir as despesas,tais como: (A) SUPERÁVIT FINANCEIRO ( AF > PF , apurado em BP de exercício anterior ) Não é Superávit orçamentário (B) EXCESSO DE ARRECADAÇÃO ( RP < RE ) . obs: deduz-se o crédito extra- orçamentário aberto no exercício. (C) ANULAÇÃO PARCIAL OU TOTAL de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais (no exercício); (D) OPERAÇÕES DE CRÉDITO (“empréstimos”) autorizados. Estas “Operações de Créditos” podem ser de 02 Tipos: 01 - Operações de Crédito p/ cobrir déficit orçamentário ? É uma receita de capital em que se precisa de uma autorização legislativa para financiar uma despesa de capital (dívida fundada, passivo permanente). 19 02 – Operação de crédito por antecipação de receita ?É uma receita extra- orçamentária realizada para suprir o “caixa” (déficit financeiro) no início do www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza exercício (na qual também precisa-se de autorização legislativa) e gerará uma “dívida flutuante”(passivo financeiro) que será pago através de uma despesa extra-orçamentária até 10/dez/ano. (E) “RECURSOS DE REMANEJAMENTO” (transferências intergovernamentais para despesas correntes;art.167 CF) (F) ECONOMIA ORÇAMENTÁRIA ( DF > DE ; D. Fixada – D. executada) não é economia de despesa !! (G) RESERVA DE CONTINGÊNCIA (H) RECURSOS SEM DESPESA CORRESPONDENTES Vigência para os créditos ESPECIAL e EXTRAORDINÁRIO : ? Se aberto até 31/08 (4 meses antes do ex. fin. atual) ? Vigência até o final do exercício financeiro atual. ? Se aberto após 31/08 (4 meses finais do ex. fin.atual) ? O “saldo”(ou todo) poderá ser usado até o final do exercício financeiro subseqüente. Chamado de “vigência plurianual”. 6.1 REGRA DE OURO : “Só posso tomar empréstimo para despesa de capital” (não pode para custeio/pessoal) >>> “ Sentido amplo “ ( CF , art.167 III ) É vedado a realização de operações de créditos (tipo de Receita de capital) que excedam o montante das despesas de capital(I.T.I.), RESSALVADAS AS AUTORIZADAS MEDIANTE CRÉDITOS SUPLEMENTARES OU ESPECIAIS COM FINALIDADE PRECISA,aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (L.Compl.) >>> “Sentido estrito” ( LRF , art.12 parágrafo 2º ) O montante previsto para as receitas de operações de crédito (tipo de Receita de capital) não poderá ser superior ao das despesas de capital (I.T.I.) constantes do projeto de Lei Orçamentária. 20 Obs: Este dispositivo da LRF foi declarado inconstitucional pelo STF, pois não estabeleceu a “ressalva” do art. 167III da CF. www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 7. TIPOS DE ORÇAMENTO Orç. Tradicional x Orç.-Programa ; “OBZ” x Orç. Incremental; Orç. Participativo; etc. “importantíssimo para a ESAF (questão certa ! )” Características do Orçamento tradicional x Orçamento-Programa ORÇAMENTO TRADICIONAL OU CLÁSSICO (Utilizado até o advento da Lei 4.320/64)”estático” ORÇAMENTO-PROGRAMA OU MODERNO (Gerencial ou gerenciamento de programas)”dinâmico” Usa o “ accountability ” O processo orçamentário é “dissociado” dos processos de planejamento e programação. O orçamento é o “elo de ligação” entre o planejamento e as funções executivas da organização. A alocação de recursos visa a aquisição de meios. A alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas As “Decisões Orçamentárias” são tomadas tendo em vista as necessidades das unidades organizacionais. As “Decisões Orçamentárias” são tomadas com base em avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis. ( enfoque no produto de uma agência : UG ) Na elaboração do orçamento são consideradas as necessidades financeiras da unidades organizacionais ( ADMINISTRATIVAS ). Na elaboração do Orçamento são considerados todos os custos (”mensuração”) dos programas inclusive os que extrapolam o exercício. A estrutura do Orçamento dá ênfase aos aspectos contábil-financeiros de gestão. A estrutura Orçamento está voltada para os aspectos ADMINISTRATIVOS e de planejamento. Principais critérios de classificação : Unidades ADMINISTRATIVAS e elementos (de despesa). Principal critério de classificação : Funcional “ e” Programática . Inexistem sistemas de acompanhamento e medição do trabalho, assim como, dos resultados. (os indic, de padrões de desempenho são irrelevantes) Utilização sistemática de “Indicadores de padrões de desempenho” (de medição do trabalho e dos resultados) É relevante para o setor público. Identifica a duplicidade de esforços. Ênfase na execução legal do orçamento (controle político) Ênfase nos “resultados” (Administração gerencial). “New public Management”: o modelo não é baseado no burocrático (público), e sim no modelo privado. O “controle” (político) visa avaliar a honestidade dos agentes governamentais e a Legalidade no cumprimento O “Controle” visa a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações (e atividades) governamentais . do Orçamento . 21 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza OBS : Na verdade, as características colocadas na coluna “Orçamento-Programa” constituem um “IDEAL” de orçamentação pela técnica. Em muitos aspectos o processo orçamentário brasileiro ainda está mais próximo da orçamentação tradicional. Com a finalidade de privilegiar o aspecto gerencial, o “objetivo principal” é interligar o planejamento (PPA) e o orçamento (LOA) por intermédio de programas “ORÇAMENTO-PROGRAMA” DIRETRIZES OBJETIVOS METAS PROGRAMAS Conjunto de critérios, de ação e de decisão que deve disciplinar e orientar os diversos aspectos envolvidos no processo de planejamento Resultados que se pretende alcançar. Especificação e quantificação física dos objetivos estabelecidos. Ações que resultam em serviços prestados à comunidade, passíveis de quantificação.Durante a evolução do orçamento clássico (tradicional) para o orçamento-programa (orçamento moderno ), houve o chamado ORÇAMENTO DE DESEMPENHO ( ou por realizações ).No orçamento de desempenho procura-se saber o que o governo FAZ e não o que ele COMPRA. A ênfase era dada aos resultados... era “quase” um orçamento- programa. “OBZ” (Orçamento de Base Zero) ou Por Estratégia ( não usamos ) Orçamento Incremental ( feito atualmente no Brasil ) ? Olha para frente. “futuro” ? Não compara orçamentos feitos no passado ? Analisa todas as despesas propostas ? Todos os programas devem ser justificados (início do ciclo) ? Olha para trás. ? Tempo passado ( t + 1 ) + um ano Obs: não existe OBZ p/ pessoal e p/ serviço da dívida, pois já se sabe o valor destes, ao contrário do orçamento tradicional que já é parte de uma determinada base orçamentária. ? Em “pacote de decisão”(conjunto de decisões que se tomaria ao elaborar o OBZ) deverá ser preparado no nível de esforço mínimo (não é máximo !) corrente e de expansão. 22 ? O OBZ é um processo operacional de planejamento e orçamento que exige de cada administrador a fundamentação da necessidade dos recursos totais solicitados, e, em detalhes, lhe transfere o ônus da prova, a fim de que ele justifique a despesa. www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza ? O processo de OBZ baseia-se na preparação de “pacotes de decisão” (avaliados e ordenados por sua importância). ? Um pacote de decisão é a identificação de uma função ou operação distinta numa forma de avaliação e comparação com outras funções. O OBZ é um orçamento por programas. ? Os pacotes de decisão serão submetidos ao colégio de decisão, que é o nível organizacional que os classifica. ? (conceito) O OBZ é o Orçamento onde não existe direitos adquiridos sobre as verbas anteriormente outorgadas (ESAF). Os orçamentos OBZ e Incremental são orçamentos modernos (aperfeiçoamento do orçamento tradicional), ou seja, constitui uma técnica para a elaboração do orçamento- programa. O “ORÇAMENTO PARTICIPATIVO”: ? Participação direta e efetiva das comunidades na elaboração da proposta orçamentária do governo. ? A própria sociedade é ouvida. ? Busca decisão descentralizada 23 ? Cria conselhos populares www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 8. LOA - PROCESSO ORÇAMENTÁRIO ? ETAPAS DO “CICLO ORÇAMENTÁRIO” “E.A.E.C.A.” OBS: O Ciclo Orçamentário (período administrativo) não se confunde com o exercício financeiro (período financeiro), pois este corresponde a uma das fases do Ciclo, Ou seja, à execução do Orçamento. O Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível. COMPETÊNCIA ELABORAÇÃO (antes do exercício financeiro) Poder Executivo SIDOR APROVAÇÂO (ESTUDO/DISCUSSÃO) (antes do exercício financeiro) Poder Legislativo SIDOR EXECUÇÃO (E ACOMPANHAMENTO) (no próprio exercício financeiro) Poder Executivo SIAFI CONTROLE (interno e externo) E AVALIAÇÃO (após o exercício financeiro) Poder Legislativo SIAFI 8.1 – ELABORAÇÃO ? De iniciativa privativa, vinculada (tem que obedecer aos prazos fixados) e “indelegável” do chefe do poder executivo (a omissão deste constituirá em crime de responsabilidade). É a fixação de objetivos concretos para o período considerado, bem como o cálculo dos recursos humanos, materiais e financeiros, necessários à sua materialização e concretização. É a definição a cargo de cada UG (Unidade Gestora ) ou UO ( Unidades Orçamentárias: órgãos, entidades e Fundos ) da sua proposta parcial de orçamento,que deverá ser consolidada pela “SOF”(Secretaria de Orçamento Federal) a nível de órgão ou Ministério. Em seguida, a “SOF” (que faz parte do Poder Executivo) “ENCAMINHA (ENVIA)” o projeto da LOA ao CN. Em síntese, os Poderes Leg. e Jud.,o MP e o TCU elaboram suas propostas “parciais” e encaminham (enviam) ao Poder Executivo, a quem compete constitucionalmente o ENVIO (ENCAMINHAMENTO) do Orçamento (proposta geral) ao Poder Legislativo. Obs : Deverão constar “tabelas explicativas” com as estimativas das Receitas (com base na arrecadação dos 3 últimos exercícios) e despesas fixadas para o exercício da proposta. Obs: As Unidades Orçamentárias atuam na definição de critérios de distribuição dos referenciais monetários para detalhamento das propostas orçamentárias por programas e ações das unidades administrativas. 24 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 8.2 -APROVAÇÃO? De apreciação “indelegável” do Poder Legislativo, É a discussão e votação (das emendas) da proposta orçamentária na comissão mista de planos, orçamentos públicos e fiscalização do Congresso Nacional (CMPOF). Não poderão ser emendadas: as despesas com pessoal, as despesas com serviços da dívida e as transferências tributárias. OBS: Há possibilidade Legal de haver o “veto total”( só é possível teoricamente, pois na prática é “inviável”, sem sentido); os “vetos parciais” são os que acontecem mais (na prática ! ). Se o Poder executivo não encaminhar a proposta orçamentária no prazo fixado, o Poder Legislativo considera como proposta a Lei de Orçamento vigente. Obs: a Elaboração (8.1) juntamente com a Aprovação (8.2) é também chamado de “CICLO RESUMIDO”. 8.3 – EXECUÇÃO ? Constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinadas para o setor público no processo de planejamento integrado e implica a mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros. A execução deve fundamentar-se no princípio da programação. No Brasil o processo orçamentário, embora represente a menor parte (fluxo de caixa, contingenciamento ,etc.), é considerado de “CARÁTER AUTORIZATIVO !! “ ; diferentemente do “impositivo/mandatório ” no qual consta a maior parte (pessoal, serviço da dívida, transf. tributárias) do nosso orçamento. Obs: contingenciamento: é a possibilidade de suspensão de uma despesa (por não ter fluxo de caixa). O Poder Executivo deverá elaborar um “quadro de cotas trimestrais de despesas” para cada UO (aspecto orçamentário exigido pela L. 4320) para que estas (UOs) executem melhor seus programas e mantenham o “equilíbrio” com fins de reduzir eventuais insuficiências de tesouraria. E (o Poder executivo) estabelecerá a “programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso” (aspecto financeiro exigido pela LRF). 8.4 – CONTROLE E AVALIAÇÃO ? O Controle pode ser “interno” (quando realizados por agentes do próprio órgão) ou “externo” (quando realizado pelo CN , auxiliado pelo TCU). Obs: Falta, ainda, na administração pública brasileira a perfeita assimilação do conceito de“accountability” ( dever de: prestar contas/transparência/eficiência e boa gestão ), que é a noção de responsabilidade do agente público (“ordenadores de despesas”), bem como ao seu dever de prestar contas (como exemplo, art.165 parágrafo 3º da CF : ”o poder executivo publicará, até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária”) dos atos de gestão da coisa pública. 25 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza A CF determina em seu Art. 70. que : A fiscalização contábil,financeira,orçamentária,OPERACIONAL e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quantoa legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante “controle” externo e pelo sintema de “controle” interno de cada poder (no caso de União, quem faz o controle interno é a SFC – Secretaria Federal de Controle). Obs: A “SFC” não controla : • Relações exteriores ; • Casa Civil / Presidência da República; • Advocacia Geral da União; • CREA, CRC, CRM (somente o TCU faz o controle). Art.70, parágrafo único: Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a união responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Portanto a prestação de contas de “recursos públicos federais” se dará ao TCU. O constituinte se preocupou em tentar criar uma “cultura de controle”. Em regra, o dever de prestar contas é da pessoa física, ou seja do gestor, nunca do órgão. Art.71 O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o “auxílio” do TCU,ao qual compete: PRESTAR AUXÍLIO AO CONGRESSO NACIONAL NÃO IMPLICA SER SEU AUXILIAR. QUAL SERIA A DIFERENÇA ? É QUE O TCU TEM COMPETEÊNCIAS QUE O CONGRESSO NACIONAL NÃO TEM, LOGO “NÃO HÁ SUBORDINAÇÃO” , POIS PARA ISSO SERIA NECESSÁRIO QUE O SUBORDINADOR PUDESSE FAZER AS MESMAS COISAS QUE O SUBORDINADO. I- “apreciar ( NÃO é julgar ! ) as contas” prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento. II- “Julgar as contas dos administradores (ordenadores de despesas) ” (SÓ PODE SER REVISTA UMA DECISÃO DO TCU SE TIVER PROBLEMAS FORMAIS/PROCESSUAIS ) e demais responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos da administração direta e indireta, “incluídas” a fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Federal, e as Contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. 26 III- apreciar, para fins de REGISTRO, a legalidade dos ATOS DE ADMISSÃO DE PESSOAL, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, BEM COMO A DAS www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza CONCESSÕES DE APOSENTADORIAS , reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; COMPETE AO “TCU” (continuação): Obs: Observar os “verbos” no início de cada inciso . IV- realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito,INSPEÇÕES E AUDITORIAS DE NATUREZA CONTÁBIL, FINANCEIRA, ORÇAMENTÁRIA, OPERACIONAL E PATRIMONIAL,nas unidades administrativas dos poderes Legislativo, Executivo e judiciário, e demais entidades referidas no inciso II ( ex: Fundações públicas Federais ) ; V- fiscalizar ( não é Julgar ! ) as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo ; VI .... VII... VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em Lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário ; IX-... X - “SUSTAR” , se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal ; XI... parágrafo 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito terão eficácia de “Título Executivo” ( PARA QUE NÃO FOSSE NECESSÁRIO QUE O PROCESSO TRAMITASSE NOVAMENTE NA JUSTIÇA ). Art.73 O “TCU” integrado por 09 ministros... Art.74 Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, “SISTEMA DE CONTROLE INTERNO” com a finalidade de : I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos Orçamentos da União ; 27 II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto a eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financei- www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza ra e patrimonial nos órgãos entidades da administração federal (E e M), bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III- exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União(E e M); IV- apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional; § 1º -Os responsáveis pelo Controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão “ciência” ao Tribunal de Contas da União, sob pena de Responsabilidade solidária. § 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União ; Art. 75 – as normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do DF, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. 28 Parágrafo único. As constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por Sete conselheiros. www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 15 EXERCÍCIOS – PARTE CONSTITUCIONAL ( % ACERTOS MÍNIMO ? 50 % ) ( GRAU DE DIFICULDADE DECRESCENTE ? DOS MAIS DIFÍCEIS PARA OS MAIS FÁCEIS ) *01) O princípio da unidade, em sua concepção clássica, exigia que o orçamento fosse uno, de forma que todas as contas orçamentárias constassem de um só documento e de uma caixa única. Atualmente, porém, não é dada relevância à chamada unidade documental, sendo entendido esse princípio como a necessidade de que a elaboração dos orçamentos de todos os órgãos do setor público se fundamente em única política orçamentária, seja estruturada uniformemente e se ajuste a um método único. Verdadeiro ( ) Falso ( ) *02) As emendas do projeto de Lei do Orçamento anual, ao indicarem os recursos necessários mediante anulação de despesa, não podem oferecer para cancelamento, entre outras, as dotações para pessoal e seus encargos. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 03) A inclusão das receitas e despesas das entidades da chamada Administração Indireta na Lei Orçamentária Anual está em plena consonância com o princípio da universalidade. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 04) Não se admitem emendas a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 05) É permitida a vinculação de receitas de impostos de Estados, do Distrito Federal e de Municípios para o pagamento de débitos para com a União. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 06) As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco do Brasil; a dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do poder público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 07) Em consonância com o princípio da anualidade, não se pode alterar o exercício financeiro no Brasil, pois ele deve coincidir com o ano-calendário (ano civil). Verdadeiro ( ) Falso ( ) 08) Os projetos de Lei deiniciativa do Poder Executivo, relativos ao Plano Plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais, serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, que poderão, atendidas as condições impostas pela Constituição, propor emendas. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 29 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 09) O princípio da publicidade determina que o conteúdo do orçamento deve ser divulgado por veículos oficiais de comunicação. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 10) O princípio da quantificação dos créditos orçamentários exige a quantificação dos valores dos créditos concedidos ou utilizados, sendo vedada, ressalvadas as situações excepcionais, a concessão ou utilização de créditos ilimitados. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 11) (ESAF-AFC/2004) A vedação de vinculação de receita de impostos a despesas, previstas na CF/88, impede a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos municipais para a prestação de garantia à União. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 12) (ESAF-AFC/2004) Os projetos de lei relativos ao PPA, às LDOs, a LOA e aos créditos adicionais serão apreciados pelo Congresso Nacional, em sessão conjunta, unicameral. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 13) (CESPE-TCDF/2002) O P. da República, poderá mediante mensagem enviada ao CN, propor modificações nos projetos de lei relativos ao PPA, às LDOs, e ao Orçamento anual, antes de ser concluída a votação, no plenário das casas do CN, a parte cuja alteração é proposta. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 14) (CESPE-TCDF/2002) Na hipótese de o exercício financeiro iniciar-se sem lei orçamentária aprovada, a Constituição da república autoriza, até a entrada em vigor do orçamento, a realização provisória das despesas, à razão de um doze avos dos valores da proposta, a cada mês. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 15) (CESPE-TCDF/2002) Durante a apreciação de projeto de lei orçamentária, após o encerramento do prazo de apresentação de emendas, a comissão de orçamento de casa legislativa recebeu do chefe do Poder executivo mensagem que propunha modificações no projeto. Nessa situação, não é possível acolher as modificações pelo poder executivo. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 30 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza G A B A R I T O 01) VERDADEIRO. O princípio da anualidade exige, apenas que a lei orçamentária regule o período de um ano para a execução do orçamento ; não exige que o período de um ano coincida com o ano civil. No Brasil, atualmente, o legislador estabeleceu a coincidência, mas ela não é obrigatória. 02) VERDADEIRO. Conforme a Constituição Federal, art.166 , parágrafo 3º , II a) . Não será legítima um emenda que anule uma despesa do ELEMENTO MATERIAL DE CONSUMO e tente passar essa verba para o ELEMENTO PESSOAL, ou vice-versa; nem de OBRAS PÚBLICAS para MATERIAL PERMANENTE, ou vice-versa. Mas se for do mesmo ELEMENTO, podemos fazer as transposições. Exemplo: No ELEMENTO MATERIAL PERMANENTE, podemos evitar a compra de uma “mesa” para destinar esta verba (através de emendas, no processo legislativo) para a compra de “estantes” ou “livros”. 03) VERDADEIRO. O princípio da universalidade está bem representado na atual Constituição, que determina a inclusão na Lei orçamentária Anual das previsões orçamentárias de todos os poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração Indireta ( CF. art.165, parágrafo 5º ). 04) FALSO. O projeto de LDO pode sofrer emendas; o que não se admite é sua rejeição pelo legislativo. Nem se pode rejeitar o PPA, mas admite-se a possibilidade de rejeição (em casos extremos) do projeto da LOA. 05) VERDADEIRO. Conforme a Constituição Federal, art. 167, parágrafo 4º . É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos ( Estaduais / Distritais / Municipais) e dos recursos provindos da repartição tributária , para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para os pagamentos de débitos para com esta. 06) FALSO. As disposições da Caixa da União serão depositadas no BACEN (Banco Central do Brasil) conforme a CF em seu art. 164, parágrafo 3 º . 07) FALSO. O princípio da anualidade não exige coincidência do período de um ano com o ano civil ( de 1º de janeiro a 31 de dezembro). Reza, apenas, que a execução do orçamento deverá corresponder ao período de um ano, seja esse período coincidente ou não com o ano civil. 08) VERDADEIRO. Conforme a Constituição federal em seu art. 166 ; em verdade, a apreciação das leis orçamentárias dá-se em sessão conjunta (“não é separada”!) do Congresso Nacional, na forma estabelecida em regimento comum. 09) VERDADEIRO. Para fins de controle, o orçamento deve ser publicado oficialmente.O princípio da publicidade, no tocante a matéria orçamentária, não comporta exceções. 10) FALSO. Não há situações excepcionais que autorizam a concessão ou utilização de créditos ilimitados; a vedação é absoluta (CF art. 167, VII ) . 31 11) FALSO. “Não” impede. Ver o comentário da questão Nº 05. www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 12) FALSO. Basta trocar a palavra “unicameral” por “bicameral” para a questão ficar correta.Parecida com a Q.Nº8 13) FALSO. Não é possível modificar quando estiver “no plenário”, só pode modificar quando a proposta estiver “na comissão de orçamento”. 14) FALSO. Não é a “Constituição da República”, é a “ LDO” 32 15) FALSO. “É possível acolher as modificações propostas pelo Poder Executivo” enquanto estiver NA COMISSÃO DE ORÇAMENTO; não pode quando estiver para a votação NO PLENÁRIO www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 9. DESCENTALIZAÇÃO: ORÇAMENTÁRIA (DDP) X FINANCEIRA DESCENTALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA (DDP) X DESCENTRALIZAÇÃO FINANCEIRA “sidor” SIST. INTEGRADO DE DADOS ORÇAMENTÁRIOS “siafi” SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA “SOF” (ÓRGÃO CENTRAL) DOTAÇÃO COTA “STN” (ÓRGÃO CENTRAL) DESTAQUE REPASSE (CONCEDIDO?INTERF. PASSIVA ) (RECEBIDO?INTERFERENCIA ATIVA) PROVISÃO SUB-REPASSE 33 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza Fluxos da Descentralização Orçamentária e da Financeira DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DESCENTRALIZAÇÃO FINANCEIRA SIDOR SIAFI SOF/MOG { Nível de órgão Central } STN/MF ORÇAMENTO APROVADO DOTAÇÃO (ND) DOTAÇÃO (ND) COTA (OB) COTA (OB) DESTAQUE (NC) REPASSE (OB) MIN. “ A” U.O. MIN. “ B “ U.O. { Nível de órgão Setorial } MIN. “ A “ U.O. MIN. “ B “ U.O. PROVISÃO (NC) PROVISÃO (NC) “Descentralização Interna” SUB- REPASSE (OB) SUB- REPASSE (OB) DESTAQUE (NC) REPASSE (OB) MIN. “ A “ U.O. MIN. “ B “ U.O. { Nível de unidade Executora } MIN. “ A “ U.A. MIN. “ B “ U.O. EMPENHO/LIQUIDAÇÃO PAGAMENTO OBSERVAÇÃO: ND = Nota de Dotação NC = Nota de Movimentação de Crédito U.O.=Unidade Orçamentária → o orçamento lhe consigna a dotação orçamentária U. A. = Unidade Administrativa → o orçamento não lhe consigna a dotação orç. OB = Ordem Bancaria Obs: Não existe Nota de Liquidação. 34 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza*(Questão CESPE/UNB) A descentralização externa do crédito orçamentário, denominada de provisão, aplica-se às transferências entre ministérios (ou órgãos) diferentes ou dos chamados suborçamentos. É registrada no SIAFI por meio da nota de movimentação de crédito, utilizando-se os eventos correspondentes ( ). 35 A questão foi da prova de contador do Pará (24/03/04) e está FALSA. Para deixá-la correta bastaria trocar a palavra “provisão” por “destaque”, já que este é que é a descentralização orçamentária externa. www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza II - DESPESA PÚBLICA 1. CONCEITOS ? É cada unidade de pagamento, efetuado, a qualquer título, pelos agentes pagadores autorizados. ? São os gastos fixados por lei orçamentária ou em leis especiais destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais, à satisfação dos compromissos da dívida pública, e ainda à restituição ou pagamento de importâncias recebidas a título de cauções, depósitos, consignações, etc. 2. CLASSIFICAÇÕES: Quanto a afetação (do orçamento) na LOA, elas podem ser - Orçamentária ? É aquela cuja autorização “depende” de autorização legislativa, não podendo realizar-se sem crédito orçamentário correspondente (vem discriminada no orçamento: pessoal, material, obras, transferências, etc.) - Extra-orçamentária ? É aquela que “independe” de autorização legislativa, pois é uma mera saída do passivo financeiro (para compensar uma entrada anterior no ativo financeiro, originada de uma receita extra-orçamentária). Exs: restituição de cauções, de depósitos, consignações; o resgate de operações de crédito por antecipação de receita, ou seja, os empréstimos e financiamentos cuja liquidação deve ser efetuada em prazo inferior a 12 meses. Os “códigos” (que é dado por um número) da Despesa Pública foram estabelecidos / classificados da seguinte forma : (A) INSTITUCIONAL (B) FUNCIONAL (C) PROGRAMÁTICA (D) NATUREZA DA DESPESA XX.XXX XX.XXX XXXX.XXXX X.X.X.XX.XX “Estes números são mais cobrados em concurso“ 36 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza (A) CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL : U. O. X X. X X X ÓRGÃO ou ENTIDADE UNIDADE ORÇAMENTÁRIA U.O. ? Unidade Orçamentária: É mais importante, pois serão consignados dotações orçamentárias. ? Pode ser uma unidade administrativa (adm. direta), Uma entidade vinculada (adm indireta) ou um fundo. Exceções : Criação de U.O. s que não sejam nenhuma destas três. Exemplos: Transferências constitucionais, serviços da dívida, encargos financeiros, operações de crédito, reserva de contingência. EX : 25 201 Ministério da Fazenda Serpro (B) CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL (ou classificação para os cidadãos): ? Tem como principal escopo, identificar as áreas em que as despesas estão sendo realizadas. (port 42/99 p/ 03 esferas) X X. X X X FUNÇÃO (maior nível de agregação da despesa) SUB-FUNÇÃO (partição da função, subconjunto da despesa) de acordo com a portaria 42/99 Exs : 01 032 Legislativa controle externo 28 44 Encargos especiais Serviço da dívida 37 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza “Regra da Tipicidade” (É atípica !!) ? Uma função pode estar relacionada com qualquer outra sub-função (“matricialidade”, pela portaria 42/99). Obs: acontece também com os “Programas” em relação as “funções”. Aplicação obrigatória para: U, E, DF e M (portaria 42/99). Motivo: facilitar a consolidação das estatísticas nacionais. Essa classificação traz informações gerais sobre as operações do governo, portanto é uma espécie de “orçamento resumido”. (C) CLASSIFICAÇÃO PROGRAMÁTICA OU CLASSIFICAÇÃO POR PROGRAMAS: X X X X. X X X X (C.1) PROGRAMAS (“módulo”) (C.2) AÇÕES DE GOVERNO PROJETO ATIVIDADE OPERAÇÃO ESPECIAL (C.1) O PROGRAMA: É o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no PPA. É o elo de ligação entre o PPA (termina no programa) e a LOA (começa no programa). Cada programa deverá dar solução a um problema ou atender a uma demanda da sociedade. Os PROGRAMAS são de 04 tipos : FINALÍSTICOS ? Têm por objetivo atender diretamente às demandas da sociedade. ”Área-Fim” dos órgãos. SERVIÇOS DO ESTADO ? Resultam em bens e serviços prestados diretamente ao próprio Estado por organizações criadas para esse fim. Atributo: indicadores GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS ? Abrangem as ações de governo relacionadas à formulação, coordenação, supervisão e avaliação de políticas públicas. ”Ações” institucionais de um órgão (ex: gestão de política de saúde). Atributos: denominação, objetivos, unidade responsável pelo programa, órgãos e unidades orçamentárias. 38 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza ADMINISTRAÇÃO (APOIO ADMINISTRATIVO) ? Suas ações colaboram para consecução dos objetivos dos demais programas, embora os seus custos sejam de natureza tipicamente administrativa. ”Área- Meio” dos órgãos. Cada programa contém um objetivo e indicador, além de um elenco de ações, cujos produtos (bens e serviços) são necessários para atingir o objetivo do programa. A implementação dos programas só se dará com a efetivação dos projetos e atividades. A cada projeto ou atividade só pode estar associado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dá origem à meta. Cada ente levanta os seus programas (não são comuns para as 03 esferas de governo). (C.2) As AÇÕES DE GOVERNO são os instrumentos orçamentários de viabilização dos PROGRAMAS. São classificados em PROJETOS, ATIVIDADES e OPERAÇÕES ESPECIAIS. • 1xxx, 3xxx, 5xxx ou 7xxx ? PROJETOS ? Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo ( ???/ ) das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação do governo. Ex: construção de um posto de saúde. • 2xxx, 4xxx, 6xxx ou 8xxx ? ATIVIDADES ? Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, que se realizam de modo contínuo e permanente ( ???. . . . ) das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação do governo. Ex: Pgto dos médicos do posto de saúde. • 0000 ? OPERAÇÕES ESPECIAIS (classificação neutra ou compensatória) ? É o detalhamento da função “encargos especiais”. São despesas que não contribuem para a manutenção das ações do governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Exs: pgto da dívida pública, restituições, ressarcimentos, indenizações, pgto de precatórios, amortizações e encargos(da dívida pública), aquisição de títulos(participação acionária), transferências tributárias, pagamento de inativos, pgto de sentenças judiciais, fundo de participação. Obs: com exceção do pgto de inativos, todas as operaçõesespeciais serão classificadas na função “Encargos Especiais”. Obs: Não se enquadra no grupo “operações especiais” a despesa variável com pessoal Militar. 39 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza Obs : Todos estes “conceitos” citados são da Portaria Nº 42 de 14/04/99. As Atividades, os Projetos e as Operações Especiais “poderão” ser desdobrados em subtítulos. Esta portaria estabelece que as Funções e Subfunções são padronizadas para União, Estados e Municípios. • 9xxx ? RESERVA DE CONTINGÊNCIA ? Para atender a passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos (ex: crises econômicas mundiais). Corresponde a uma parcela contida na LOA para as quais não há destinação para nenhum órgão (Projeto, Atividade, Operações Especiais). Quem detém é o Presidente da república, para atender os créditos extraordinários. P/ as 03 esferas de Governo : 99.9999 / 9999.9999 / 9.9.9.99.99 Funcional Programática Natureza da Despesa. (D) CLASSIFICAÇÃO QUANTO A “NATUREZA DA DESPESA” 1º 2º 3º e 4º X. X. XX. XX CATEGORIA ECONÔMICA “CLASSE” (l ..4320/64) “GRUPO” DE DESPESA ou SUBCATEGORIA ECONÔMICA MODALIDADE DE APLICAÇÃO ELEMENTO DE DESPESA ou OBJETO DE GASTO ? É O MENOR GRAU DA NATUREZA DA DESPESA 3 - DESPESA CORRENTE (C) < 2 ANOS. É AQUELA QUE NÃO VENHA A ALTERAR O PATRIMÔNIO EX; PGTO DE ENERGIA, PGTO DE PESSOAL 4- DESPESA DE CAPITAL (K) > 2 ANOS. É TODA AQUELA QUE VENHA A ALTERAR O PATRIMÔNIO. EX; COMPRA DE UM RETROPROJETOR PARA A ESCOLA. ?SURGEM “BENS DE CAPITAL” (NOVOS OU USADOS) Obs: SERVIÇOS DA DÍVIDA = Juros e encargos da dívida (D. Cor) + Amortização da dívida (D. Capital) 40 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza *(Questão FCC) Na codificação da classificação orçamentária “por natureza da despesa”, correspondem à “modalidade de aplicação” os dígitos: (A) 1º ou 2º (B) 2º ou 3º (C) 3º e 4º (D) 4º e 5º (E) 5º e 6º Resposta : Basta verificar a codificação dada acima, na seqüência após a classe, o subgrupo e o grupo; letra “C”. 41 DESPESAS DE CUSTEIO 1 - PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS PESSOAL (CIVIL E MILITAR), MATERIAL DE CONSUMO, SERVIÇO DE TERCEIROS, ENCARGOS SOCIAIS DIVERSOS. ?SÃO AS DOTAÇÕES P/ MANUT. DOS SERVIÇOS CRIADOS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 2 - JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA SUBVENÇÕES ( SOCIAIS E ECONÔMICAS ), INATIVOS, PENSIONISTAS, CONTRIBUIÇÕES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA PÚBLICA, CONT. PREV SOCIAL ? SÃO DESPESAS DAS QUAIS NÃO CORRESPONDEM A CONTAPRESTAÇÃO DIRESTA EM BENS OU SERVIÇOS. 3 - OUTRAS DESPESAS CORRENTES ? SÃO OS OUTROS GASTOS DE NATUZEZA OPERACIONAL DA ADM. PÚBLICA PARA MANUTENÇÃO E FUNC. DE SEUS ÓRGÃOS 4 - INVESTIMENTOS ? AUMENTAM O “PIB” OBRAS PÚBLICAS, AQ. VEÍCULO “NOVO”, EQUIPAMENTOS, SERVIÇOS DE PROGRAMAÇÃO ESPECIAL, INSTALAÇÕES, AUMENTO DE CAPITAL DE EMPRESAS INDUSTRIAIS/AGRÍCOLAS MATERIAL PERMANENTE (NOVOS)..AQUISIÇÃO DE BENS IMÓVEIS PARA REFORMA. TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL ou 6 – “Amortização da dívida” AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA FUNDADA, “AUXÍLIO E CONTRIBUIÇÃO” 5 - INVESRSÕES FINANCEIRAS ?TRANSFERÊNCIA DE VALORES ENTRE SETORES AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS JÁ EM UTILIZAÇÃO, AQ. VEÍCULO “USADO”, CONSTITUIÇÃO DE FUNDOS ROTATIVOS,“CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMOS”, PARTIC. EM OUTRAS EMPRESAS COMERCIAIS/FINANCEIRAS DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS EFETUADOS. * DÉFICIT DO ORÇAMENTO CORRENTE ? DE CAPITAL, PORÉM É “EXTRA-ORÇAMENTÁRIA” ? É QUANDO DESPESA CORRENTE > RECEITA CORRENTE . * RESERVA DE CONTINGÊNCIA www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza 2. ESTÁGIOS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA : “F E L P “ F E L P Restos a pagar : Não process. Process. Restos a pagar ? é a diferença entre a despesa empenhada e paga. * (Questão FCC) De acordo com os dados abaixo, informe o valor a ser inscrito em restos a pagar “não processados”: - orçamento da despesa....................400 - despesa empenhada liquidada.......280 - despesa empenhada.......................300 - despesa paga..................................250 - (A) 20 (B) 100 (C) 50 (D) 300 (E) 30 Resposta: basta seguir o esquema acima, RP Não process. = E? L = 20 (letra “A’). Se fosse o Restos a pagar “processados” seria = 30. E, se fosse o restos a pagar seria = 50. FIXAÇÃO (previsão, autorização) obs: não está na lei. Feito por edição de “tabelas explicativas” da lei orçamentária. *EMPENHO ? “ATO” que cria para o Estado “Obrigação de Pagamento”. Momento da assinatura do contrato do ganhador da licitação. O reconhecimento da despesa pública dá-se desde o momento do “empenho”. LIQUIDAÇÃO (objeto da despesa)? Verificação do “ Direito adquirido pelo credor”. Faz-se uma NL (Nota de Lanç) PAGAMENTO ? É o ato da entrega da importância devida ao credor (com a devida quitação). Faz-se uma OB. O EMPENHO (definição da L 4320): É o “Ato emanado da autoridade competente (Ordenador de Despesa) que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não, de implemento de condição”; este “implemento de condição” é definido na Lei 8666/93. • O EMPENHO pode ser de três tipos: (A) EMPENHO ORDINÁRIO (NORMAL): Conheço o montante total ? Pagamento de uma só vez (não existe empenho extraordinário) Exs: Venda de mercadorias, prestação de serviços, pgto de bolsas,etc. 42 www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza (B) EMPENHO POR ESTIMATIVA: Não conheço o montante total ? Pagamento de uma só vez (ou parcelado) Exs: Hospedagens, passagens, diárias, água e luz (regra geral), telefone, combustível, energia elétrica, adiantamento a servidores, obras de grande vulto pagas conforme a medição. 43 (C) EMPENHO GLOBAL/CONTRATUAL: Conheço o montante total ? Pagamento parcelado. Exs: Despesas com pessoal, contrato de segurança, empreitada de obras, locação de imóveis (máquinas), água e luz (excepcionalmente), limpeza, manutenção, conservações, aluguéis, pessoal terceirizado. www.resumosconcursos.com Resumo: Orçamento Público – por Carlos Henry Dantas de Souza III - RECEITA PÚBLICA : 1. CONCEITO ? É a soma de recursos (ingressos, embolsos) percebidos pelo Estado ou por outras pessoas de direito público para atender a coberturas das despesas necessárias ao cumprimento de suas funções. 2. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA: A lei do orçamento anual compreenderá todas as receitas, inclusive as operações de crédito autorizadas em lei. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por antecipação de receita, emissão de papel moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiro.Portanto, as Receitas públicas podem ser classificadas sob vários aspectos, tais como: (obs: não existe a classificação em “receitas legais”e ilegais) • Quanto ao poder de tributar: Federal, Estadual (Distrital) e Municipal; • Quanto a origem (classificação clássica ou alemã): Originárias , derivadas e transferidas (obrigatórias e voluntárias correntes) • Quanto à coercitividade: Facultativas (originárias) e compulsórias
Compartilhar