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Faculdade de Medicina da UFMG Semiologia Médica:Comunicação Médico-paciente Aluno: Flávia Araújo de Souza Brazões Professor: Josemar Artigo base: Key communication skills and how to acquire them. Peter Maguire, Carolyn Pitceathly. Cancer Research UK Psychological Medicine Group, Christie Hospital. No artigo foi usado diversos trabalhos originais de pesquisa em comunicação médico-paciente nos últimos 10 anos. Resultado da habilidade de comunicação eficaz: O médico identifica os problemas de seus pacientes mais acuradamente; Os pacientes ficam mais satisfeitos com o cuidado e podem compreender melhor os seus problemas, investigações e opções de tratamento; Pacientes tem maior probabilidade de adesão ao tratamento e seguir o conselho numa mudança de comportamento; A angústia dos pacientes e sua vulnerabilidade pela ansiedade e depressão diminuem; Causa bem-estar ao próprio médico. Deficiências comuns na comunicação Obter pouca informaçãos sobre as percepções dos pacientes de seus problemas ou sobre o desenvolvimento físico, emocional e social do impacto de seus problemas; Dar informações ao paciente de maneira inflexível, ignorando o que cada paciente deseja saber; Não dar a devida atenção se os pacientes estão entendendo o que lhe são contados. Não reconhecer a “competencia” psicológica dos pacientes frente ao problema; Resultados da deficiência: Só metade das queixas e preocupações dos pacientes tornam-se susceptíveis de ser sondadas; Acontece a não adesão dos pacientes ao tratamento e conselhos que o médico oferece; Presença de variáveis níveis de satisfação do paciente. Tarefas chaves em comunicação com os pacientes Sondar o principal problema do paciente; a percepção do paciente dele; o impacto psíquico, emocional e social desse problema nesse paciente e em sua família; Adaptar as informações para o paciente sobre o que ele quer saber, verificando seu entendimento; Eliciando reações que são dadas pelo paciente e suas principais preocupações; Comportamento de bloqueio Oferecer conselhos antes que os principais problemas sejam identificados; Explicar que a angústia sentida é normal; Atentar apenas para aspectos físicos; Trocar de assunto; Entreter o paciente. Tarefas chaves em comunicação com os pacientes Determinar o quanto o paciente quer participar da tomada de decisão sobre a opção do tratamento, se isso for disponível; Discutir as opções de tratamneto para que o paciente entenda as implicações do mesmo; Maximizar as chances que o paciente tem de seguir e aceitar as decisões do tratamento e sobre mudanças no seu estilo de vida. Razões para pacientes não relatarem os problemas A crença de que nada pode ser feito; Relutância em aceitar o fardo que o médico está colocando; Desejo de não parecer patético ou ingrato; Preocupação de que não é legitimo mencionar; Comportamento de bloqueio do médico; Preocupação de que seus medos do que há de errado com eles seja confirmado. Habilidades necessárias para executar as tarefas essenciais Sucitando problemas dos pacientes e as suas preocupações: Estabelecer contato visual; Encorajar o paciente para ser mais exato; "escuta ativa“, mas sem interromper depoimentos importantes; Resumir informações; Informe-se sobre o impacto social e o psicológico de doenças importantes ou problemas do paciente e da família. Habilidades necessárias para executar tarefas essenciais Dando informações: Confirir o que o paciente considera estar errado e como essa crença o têm afetado; Perguntar aos paciente as informações que ele quer saber e priorizar as informações necessárias; Informar por categoria; Em doenças ou tratamentos complexos, verificar a necessidade de um meio de informações adicional, através da escrita por exemplo. Habilidades necessárias para executar tarefas essenciais Discutir as opções de tratamento: Informar adequadamente os pacientes as opções de tratamento, e verificar se eles querem estar envolvidos nas decisões; Determinar a perspectiva do paciente, antes de discutir as mudanças de estilo de vida, por exemplo deixar de fumar. Habilidades necessárias para executar tarefas essenciais Apresentando-se como solidário: Use a empatia para mostrar que você tem uma idéia de como o paciente está se sentindo; Mostrar ao paciente sua intuição de como ele está se sentido; Como adquirir as habilidades Métodos eficazes de ensino: Prover evidência das atuais deficiências na comunicação, razões para elas e as conseqüências para pacientes e médicos; Ofereça uma base de evidências das habilidades necessárias para superar essas deficiências; Demonstrar as habilidades a serem aprendidas e suscitar as reacções a estas; Fornecer uma oportunidade para praticar as habilidades em condições controladas e seguras; Dê feedback construtivo sobre o desempenho e refletir sobre as razões de qualquer comportamento de bloqueio Curso ou oficina sobre o assunto Deverá garantir que qualquer curso ou oficina inclui três componentes de aprendizagem: entrada cognitivos, modelagem e prática de habilidades-chave. Entrada de cognitivos Apostilas detalhadas ou curtas palestras em que fornecem evidência da deficiência atual na comunicação com os pacientes, as razões para essas deficiências, e as consequências adversas para pacientes e médicos; Informação sobre as habilidades de comunicação e sugestão de mudanças na atitude para melhorá-la com provas da sua utilidade na prática clínica. Modelagem Demonstrar habilidades chaves em ação através de audios ou vídeos ou de uma consulta simulada interativa com sugestões de abordagens e o retorno das mesmas sobre o paciente. Praticar habilidades chave Oportunidade de praticar e receber feedback sobre o desempenho da consulta: Comentários positivos sobre estratégias que gostaram e por quê; A crítica construtiva após todos os comentários positivos; Participação efetiva dos participante; Qualquer comportamento de bloqueio deve ser destacado e o seu motivo; Perguntar ao grupo se perceberam comportamento de bloqueio e qual o seu motivo; Refletir sobre o que aprendeu. Bibliografia Key communication skills and how to acquire them. Peter Maguire, Carolyn Pitceathly. Cancer Research UK Psychological Medicine Group, Christie Hospital. (Clinical review).
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