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PSICOFARMACOLOGIA_INTRODUCAO_A_PSICOFARMACOLOGIA

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1
CONCEITOS GERAIS 
PSICOFARMACOLOGIAPSICOFARMACOLOGIA
Prof. José Ricardo Soares de Oliveira
FARMACOLOGIAFARMACOLOGIAFARMACOLOGIAFARMACOLOGIA
Estuda as substâncias que
interagem com sistemas
vivos por meio de processos
químicos, ligando-se a
moléculas reguladoras e
ativando ou inibindo
processos corporais
normais. AA ciênciaciência queque estudaestuda osos
efeitosefeitos nocivosnocivos decorrentesdecorrentes
dasdas interaçõesinterações dede
substânciassubstâncias químicasquímicas comcom oo
organismoorganismo..
TOXICOLOGIATOXICOLOGIATOXICOLOGIATOXICOLOGIA
Efeitos terapêuticos
Efeitos colaterais
DROGA: 
É a matéria-prima mineral, vegetal ou animal da qual 
pode-se extrair um ou mais princípios ativos
Remédio: 
Tem um sentido amplo. agentes que podem 
debelar um mal ou uma doença, buscando o 
bem estar; hidroginástica, fisioterapia, 
helioterapia (tratamento com raios solares), 
aromaterapia.
MEDICAMENTO: 
Qualquer substância que aplicada ao organismo 
interno ou 
externamente pode preencher um fim curativo, 
especialmente quando se encontra numa forma 
farmacêutica
FÁRMACO:
Substância química de constituição definida 
usado como agente para diagnóstico, 
tratamento, cura ou 
prevenção de doenças humanas e de animais
Medicamento
Ativo Inativo*
farmacologicamente
P.A. Adjuvantes
Excipientes
Veículos 
Preparações:
• Magistrais (prescrição)
• Oficinal (compêndios)
• Especialidade farmacêutica (industrializados)
Medicamento: toda preparação
farmacêutica contendo um ou mais
ingredientes ativos, destinada ao
diagnostico, prevenção ou tratamento de
doenças.
Especialidade Farmacêutica: produto
oriundo da indústria farmacêutica com
registro no Agencia Nacional de Vigilância
Sanitária e disponível no mercado.
2
FORMA FARMACÊUTICA: 
Estado final de apresentação após submissão dos 
componentes da fórmula às operações 
farmacêuticas necessárias, a fim de facilitar 
administração e obter maior efeito terapêutico.
FÓRMULA:
Relação quantitativa dos farmoquímicos refere-
se a forma física (líquida, semi-sólida, sólida), a 
qual esta totalmente relacionada os 
ingredientes.
DROGA
Qualquer substância que ocasiona uma
alteração no funcionamento biológico
por suas ações químicas.
Efeito benéfico Efeito adverso
FARMACOLOGIA TOXICOLOGIA
Fármaco Agente tóxico
Probabilidade de que um efeito ou dano seja tolerado por um 
organismo. Ou seja, que o benefício real trazido pelo uso da 
substância seja maior do que o risco
Riscos aceitáveis
OBS: quanto maior este índice maior a margem de 
segurança do medicamento
DOSE
Dose eficaz Dose Letal
ÍNDICE TERAPÊUTICO
DROGAS NO ORGANISMO
Principios farmacodinâmicos
Principios farmacocinéticos
A ação da droga sobre o corpo
A ação do corpo sobre a droga
Absorção Distribuição EliminaçãoBiotransformação
A farmacocinética estuda quantitativamente a
cronologia dos processos metabólicos da
absorção, distribuição, biotransformação e
eliminação.
Já a farmacodinâmica farmacodinâmica estuda
as ações e efeitos que o fármaco vai provocar no
organismo, ou seja, o mecanismo de ação das
drogas.
DROGAS NO ORGANISMO
3
PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS x ATIVIDADE BIOLÓGICA
• As propriedades FÍSICO QUÍMICAS dos
fármacos influenciam também a fase
farmacocinética.
PRINCÍPIOS FARMACOCINÉTICAS
Absorção
Distribuição
Biotransformação
Eliminação
Via de administração
FÁRMACO
SANGUE
Proteínas do plasma
RESPOSTA (EFICÁCIA X TOXICIDADE)
VIA PULMONAR
VIA DÉRMICA
OUTRAS VIAS
MUCOSA 
BUCAL
VIA GÁSTRICA
TGI
BILE
FÍGADO
FEZES URINA
RINS
SÍTIOS 
DE AÇÃO
DEPÓSITOS DE
ARMAZENAMENTO
MORFINAMORFINAMORFINAMORFINA
A base moderna da
farmacologia foi estabelecida
por Sertümer, que isolou em
1803 a morfina da papoula.
Morfina: homenagem a
Morfeu, o deus dos sonhos na
mitologia grega.
Analgésico, hipnótico e
antitussígeno.
CODEÍNACODEÍNACODEÍNACODEÍNA
Antitussígeno (xaropes).
CH3
HEROÍNA
Sintetizada a partir 
da morfina (1989). 
(3,6 diacetil morfina)
Efeito sem vício!
Atravessa a barreira
hematoencefálica
muito mais
rapidamente que a
morfina.
LIPOFILICIDADE
ORGANIZACAO 
ANATOMICA E 
FUNCIONAL 
DO SISTEMA NERVOSO
4
A. Nível de análise
1. Cognitivo – comportamental
2. Sistemas – interações entre vários tipos de unidades celulares
3. Celular – propriedade de um único neurônio
4. Subcelular – propriedade das estruturas subcelulares como canais iônicos 
5. Molecular - mecanismos de ação de moléculas 
B. Disciplinas
1. Clinicas
Neurologia, Psiquiatria e Neurocirurgia
2. Pesquisa Básica ou Experimental
Fisiologia, Anatomia, Farmacologia, Neuroquimica, Psicologia,
Psicofísica, Biologia Molecular e Neuroetologia
3. Teórica
Neurociência computacional e Redes neurais (inteligência artificial)
VÁRIOS NIVEIS DE ANÁLISE ENVOLVENDO 
VÁRIAS DISCIPLINAS 
Níveis de análise do SN
1) Cognitivo: 
comportamental
2) Sistema: interação 
entre varias unidades 
celulares
3) Celular: propriedades 
de células unitárias
4) Subcelular: biofísica 
de canais iônicos 
5) Molecular: 
mecanismos de ação 
das proteínas e 
neurotransmissores
SISTEMANERVOSO SENSORIAL
- Conjunto de neurônios relacionadas com as
funções de decodificação e interpretação dos
estímulos originados nos órgãos sensoriais
somáticos e viscerais
SISTEMANERVOSO MOTOR
- Conjunto de neurônios relacionados com as
funções motoras somáticas e viscerais
SISTEMA SISTEMA 
NERVOSONERVOSO
SISTEMANERVOSO INTEGRATIVO
- Conjunto de neurônios que realizam a
integração sensorial e motora, além de
interpretar e elaborar comandos motores
Divisão funcional do SISTEMA NERVOSO
SISTEMA NERVOSO CENTRALSISTEMA NERVOSO CENTRAL
Encéfalo 
Medula
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICOSISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Nervos espinhais e cranianos
Gânglios Sensitivos 
Sistema nervoso autônomo
Receptores Sensoriais
Plexo Entérico 
O Sistema Nervoso é dividido anatomicamente em: 
O tecido nervoso é formado 
basicamente de dois tipos de 
células:
- Neurônios
- Gliócitos
NEURÔNIO
O neurônio possui tipicamente 
todos os elementos de uma célula 
eucariótica
Condução Nervosa
5
Gerar e propagar 
atividades elétricas 
(impulso nervoso).
Comunicam-se entre si 
por meio de sinapses 
nervosas químicas ou 
elétricas.
Processar digitalmente 
os sinais elétricos 
integrando potenciais 
elétricos excitatórias e 
inibitórios. 
Comunicam-se com 
células efetuadoras 
musculares ou 
glandulares.
PROPRIEDADES COMUNS DOS NEURÔNIOS: PROPRIEDADES COMUNS DOS NEURÔNIOS: 
A neurotransmissão ocorre entre os neurônios e entre neurônios e células 
efetuadoras (células musculares ou glandulares). Os NT são excitados em 
função dos impulsos nervos (sinais elétricos)
Comunicação Nervosa
A maquinaria neuronal realiza suas funções metabólicas e sintetiza substâncias 
químicas especificas = neurotransmissores, que são armazenadas em vesículas. As 
vesículas são transportadas e armazenadas nos terminais nervosos de onde são 
secretadas.
NT de baixo PM: sintetizados e armazenados nos terminais nervosos
NT de alto PM: sintetizados no corpo celular, transportados para os terminais 
onde são armazenados
Secreção
Recaptaçâo 
SINAPSE
Neurotransmissores 
Mecanismos de ação
Sinapse
• A transmissão do impulso nervoso ocorre sempre
do axônio de um neurônio para o dendrito ou
corpo celular do neurônio seguinte.
• A informação que viaja na forma de impulsos
elétricos ao longo de um axônio é convertida, no
terminal axonal, em um sinal químico que
atravessa a fenda sináptica
• Na membrana pós-sináptica o sinal químico é
convertido novamente em sinalelétrico.
6
Sinapse Fases
1. Síntese pré-sináptica do neurotransmissor
2. Armazenamento do neurotransmissor no terminal 
axonal 
3. Liberação regulada do NT na fenda sináptica
4. Ativação dos receptores específicos pós sinápticos
5. Retirada do NT da fenda sináptica, a fim de teminar 
a ação sobre a célula pós-sináptica
Neurônio pré-sináptico
Neurônio pós-sináptico
sinapse
local de contato entre neurônios.
SINAPSE NERVOSA
a) Sinapse Elétrica
Presença de mediadores químicos
Controle e modulação da transmissão
Lenta
Sem mediadores químicos
Nenhuma modulação 
Rápida
TIPOS DE SINAPSE
b) Sinapse Química Potencial de Repouso
7
Condução Nervosa
Neurotransmissores
Critérios
1. Deve ser sintetizado pelo neurônio
2. Presente no terminal pré-sináptico e liberado em
quantidade suficiente para exercer uma ação
definida no neurônio pós-sináptico ou no órgão
efetor
3. Quando administrado exogenamente deve
mimetizar as ações da sua liberação endógena
4. Possuir sítios de ação definidos (receptores)
5. Mecanismo de remoção do seu sítio de ação
Neurotransmissores
Tipo Neurotransmissor Função
Aminas Acetilcolina Excitatório (SNP)
Dopamina
Noradrenalina
Adrenalina
Serotonina
Aminoacidos GABA Inibitório (SNC)
Glutamato Excitatório (SNC)
Glicina Inibitório (SNC)
Etapas da neurotransmissão
� síntese e armazenamento
� liberação na fenda sináptica
� difusão e reconhecimento pelos receptores pós-
sináptico
� transdução do sinal
� transmissão rápida
� transmissão lenta
� recaptura do transmissor
� desativação do neurotransmissor
precursor
Ca2+
NT
transportador
Receptores
enzima
enzima
enzima
transportador
Glutamato
Glutamato 
Descarboxilase
GABA
GABA 
transaminase
Substância 
inativa
8
Neurotransmissores
1. Ácido gama-amino-butírico (GABA)
• Principal neurotransmissor inibitório no SNC.
• Distribuído por todo SNC, não atravessa a barreira
hematoencefálica.
• Dois receptores (GABAA e GABAB ) o primeiro é
mais importante e possui sítios de ligação para o
GABA, e participa nos efeitos de ansiolíticos,
hipnóticos e anticonvulsivantes (barbitúricos e
benzodiazepínicos), o etanol e os anestésicos.
GABA
• Está presente em quase todas as regiões do
cérebro, embora sua concentração varie conforme
a região.
• Envolvido com os processos de ansiedade.
• A inibição da síntese do GABA ou o bloqueio de
seus neurotransmissores no SNC, resultam em
estimulação intensa, manifestada através de
convulsões generalizadas.
• Álcool e diazepam
Sistema gabaérgico Neurotransmissores
2. ACETILCOLINA (Ach)
• Neurotransmissor de distribuição difusa no SNC (Periférico e
Central)
• A Ach do SNC está relacionada com a memória e controle
hidrosalino
• Dois recepetores : muscarínicos (inibição e excitação);
nicotínicos (excitatórios).
• Aumento de sua atividade nos núcleos da base relaciona-se
com o Mal de Parkinson.
• Diminuição de sua atividade no Hipocampo e Neocortex
parece se relacionar com a Doença de Alzheimer.
Neurotransmissores 
3. DOPAMINA (DA)
• Responsável pelo controle motor e pela regulação da 
hipófise.
• Sua falta provoca: rigidez muscular, lentidão de movimentos 
e Mal de Parkinson; e o excesso, movimentos involuntários.
• Dois receptores (D1 e D2), que diminuem com a idade (D1).
• Neurotransmissor que se concentra em algumas regiões 
do SNC, nos sistemas :
� Nigroestriatal - Parkinson
� Mesocorticolímbico - Esquizofrenia
� Tuberoinfundibular - Secreções hormonais
Dopamina
• Neurotransmissor inibitório derivado da tirosina.
• Sensações de satisfação e prazer. 
• Três subgrupos
1. Rregula os movimentos: deficiência leva à doença de 
Parkinson
2. Mesolímbico: funciona na regulação do 
comportamento emocional.
3. Mesocortical: projeta-se apenas para o córtex pré-
frontal. Esta área do córtex está envolvida em várias 
funções cognitivas, memória, planejamento de 
comportamento e pensamento abstrato, assim como em 
aspectos emocionais, especialmente relacionados com 
o stress. Distúrbios nos dois últimos sistemas estão 
associados com a esquizofrenia. 
9
Neurotransmissores 
4. NORADRENALINA (NA)
• Possui 4 subgrupos de receptores onde pode
atuar. CARACTERÍSTICAS
1. α1 � Receptor pós-sináptico.
� Provoca aumento da excitabilidade do SNC.
2. α2 � Receptor pré-sináptico.
� Provoca Hiperpolarização de membrana.
� São mais freqüentes: no Tronco encefálico e Medula
espinhal.
3. β1 � Receptor pós-sináptico.
� Provoca Aumento da excitabilidade do SNC.
� São mais freqüentes: no córtex.
4. β2 � Receptor pós-sináptico.
� São mais freqüentes: no córtex.
Neurotransmissores 
5. SEROTONINA (5-HT) ou 5-hidroxitriptamina
• Presente em todo o SNC e é responsável pelo: controle
emocional, sono, apetite, termorregulação, controle da pressão
sanguínea, dor e controle neuro-endócrino.
• Corpos celulares que se localizam nos núcleos da rafe com
projeções para o cérebro anterior e medula.
• Receptores do tipo HT – podem apresentar diferentes
características quando ativados: inibição ativ. neural, auto-
reguladores de 5-HT, efeitos alucinógenos, excitação e
antieméticos.
• Bloqueio na recaptação neuronal de 5HT
mecanismo de ação de vários antidepressivos.
Serotonina
• Regula o humor, o sono, a atividade sexual, o
apetite, o ritmo circadiano, as funções
neuroendócrinas, temperatura corporal,
sensibilidade à dor, atividade motora e funções
cognitivas.
• Tem efeito inibidor da conduta e modulador geral
da atividade psíquica.
• Influi sobre quase todas as funções cerebrais,
inibindo-a de forma direta ou estimulando o
sistema GABA.
Serotonina Neurotransmissores 
6. HISTAMINA
Neurotransmissor no SNC (córtex e hipotálamo).
• Responsável: secreção do hormônio antidiurético, inibição
de hormônios da tireóide, circulação cerebral,
vasodilatação e hipotermia.
• Envolvido em patologias relacionadas ao aumento de
susceptibilidade à hipersensibilidades e ulceras gástricas.
• Fármacos antagonistas da histamina para tratamento das
alergias e gastrites.
10
Neurotransmissores 
7. GLUTAMATO ou ácido glutâmico
• Neurotransmissor excitatório mais importante do
SNC.
• Distribuído por todo SNC.
• Envolvido em patologias relacionadas ao aumento de
susceptibilidade às convulsões epilépticas.
• Fármacos antagonistas do glutamato estão sendo
testados para tratamento da epilepsia.
Glutamato
• Ativação aumenta a sensibilidade aos 
estímulos dos outros neurotransmissores. 
Neurotransmissores 
8. GLICINA : 
• neurotransmissor inibitório no SNC
• Localizado principalmente nas regiões 
do tronco cerebral e na medula espinal.
• Estricnina - antagonista farmacológico 
que induz convulsões.
Neurotransmissores 
8. OUTROS
• Endorfinas
• grupo de substancias assemelhadas as proteínas, as
endorfinas e as encefalinas, foram identificadas
como neurotransmissores que estimulavam
especificamente os receptores
Outros Peptídeos
• Capazes de regular a atividade neural,
isoladamente ou em conjunto com NT.
• Síntese no retículo endoplasmatico liso
Propeptideo clivado migra através de
vesículas do citoplasma até o terminal.
• Não existem mecanismos de recaptura
Principais peptideos
• VIP ( vasoactive intestinal peptideo)
• CCK ( colecistoquinina )
• Encefalinas (endorfinas)
• Substância P
• Somatostatina.
11
Efeitos dos Fármacos
• Os fármacos que atuam sobre o SNC o fazem sobre
sistemas neurais específicos de forma aditiva ou
competitiva.
• As condições fisiológicas dos indivíduos influenciam os
efeitos de fármacos no SNC.
Ex.: hipnóticos são menos efetivos em indivíduos
hiperexcitados.
Classificação dos Psicofármacos
• Psicodepressores
Antipsicóticos
Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos
• PsicoestimulantesAntidepressores
Psicotónicos
• Psicodislépticos e alucinógenos
Neuropsicofarmacologia
• ESTIMULANTES: 
• psicostimulantes (ex. anfetaminas)
• energizantes ( ex. piracetam) 
Neuropsicofarmacologia
• REGULADORES DO HUMOR
antidepressivos (ex. tricíclicos)
lítio 
Neuropsicofarmacologia
• DEPRESSORES
antipsicóticos
ansiolíticos
hipnóticos
anestésicos
antiepilépticos
DependênciaDependênciaDependênciaDependência
“um conjunto de sintomas cognitivos, 
comportamentais e fisiológicos que 
indicam que o indivíduo perdeu o 
controle do uso da droga e continua a 
usar a substância apesar das 
conseqüências adversas deste uso “ 
(DSM-IV, 1994)
12
Farmacodependência
• CONCEITO 
Perda do controle do uso da droga
Uso a despeito das consequências 
adversas
Farmacodependência
• FATORES RELACIONADOS
fármaco
indivíduo
ambiente
• disponibilidade
• custo
• potência e grau de pureza
• via de administração
• farmacocinética
VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM 
DROGA (FÁRMACO)
• fatores hereditários: predisposição 
tolerância inata, velocidade do 
desenvolvimento de tolerância
• transtornos psiquiátricos
• experiência/expectativa anterior
• propensão para “comportamento de 
risco”
VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM
INDIVÍDUO (idiossincrático)
• atitudes da comunidade: ambiente social, 
contexto de época
• disponibilidade de outros reforçadores 
(prazer e recreação)
• estresse
VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM
AMBIENTE
11,2
9
1
0
2
4
6
8
10
12
po
rc
en
ta
ge
m
1
álcool
tabaco
maconha
Drogas mais consumidas no Brasil 
Estudo domiciliar - Dependentes 
(CEBRID, 2001)
13
Uso prolongado Interrupção do uso 
Síndrome de abstinência
Tolerância 
neuroadaptação
Todas as drogas que induzem
dependência aumentam a liberação
de dopamina no núcleo acumbens
Di Chiara et al., Neuropharmacology, v.47; p.227-241, 2004.
• Wise & Bozarth (1987)
“Todas as drogas que produzem dependência 
tem em comum a propriedade de produzir 
efeito prazeiroso”
Wise & Bozarth, Psychol. Rev., v.94, p.469-92, 1987
NEUROTRANSMISSORES
� dopamina⇒ sistema do prazer (“cocaína/anfetamina”)
� acetilcolina ⇒ centro do orgasmo (“nicotina”)
� adrenalina ⇒ sistema de recompensa do hipotálamo
� serotonina ⇒ cérebro emocional
� anandamida (lipídeo) ⇒ (“maconha”)
NEUROPEPTÍDEOS (NEURO-HORMÔNIOS)
� aminoácidos, liberados no sangue
� secretados pelo hipotálamo (pulsões vitais, emoções
= s. límbico)
� emoção:
→ secreção do neuropeptídeo (no cérebro e no
organismo)
→ favorece a adptação imediata do corpo às reações
cerebrais provocadas pela emoção sentida
14
NEUROPEPTÍDEOS (NEURO-HORMÔNIOS)
� ENDORFINAS
→ sistema límbico, medula espinal (via da dor), intestino
→ agem sobre a vida afetiva, sofrimento, digestão, sono
→ “morfina/heroína”
� LHRH
→ provoca a liberação dos estímulo sexuais pela hipófise (♂
e ♀)
→ LH e FSH
→ responsável pela ovulação (♀)
� VIP
→ polipeptídeo vaso-intestinal: hipófise, pâncreas e órgãos
sexuais, apetite, ereção
sistema límbico
VIA DOPAMINÉRGICA MESOLÍMBICA E 
PSICOFARMACOLOGIA DA RECOMPENSA
realizações intelectuais
realizações atléticas
ouvir uma sinfonia
sensação de orgasmo
uso de psicotrópicos
neurônios 
mesolímbicos dopamina
sistema límbico
COMO FUNCIONA A DROGA DE ABUSO 
NO SISTEMA LÍMBICO 
� droga de abuso ⇒ o prazer pode ser obtido de forma mais
intensa e mais fácil
� a recompensa produzida pela droga produz um
suprimento límbico pós-sinaptico de dopamina tão intenso
que os receptores D2 passam a necessitar furiosamente de
mais dopamina depois que a droga pára de atuar ⇒ buscar
mais droga (ciclo vicioso)
sistema límbico
COMO FUNCIONA A DROGA DE ABUSO 
NO SISTEMA LÍMBICO 
► o risco de se tornar um abusador pode depender de quantos
receptores o indivíduo possui:
� poucos receptores ⇒ da primeira vez, o uso não causa muito efeito,
mas se tornará cada vez mais prazeroso com o aumento da dose
� muitos receptores ⇒ o uso será aversivo e isso pode impedir o
indivíduo de tentar novamente
drogas no cérebro
• o uso crônico modifica o funcionamento
cerebral, persistindo por muito tempo depois que o
indivíduo pára de usar a substância
• efeitos nos níveis molecular, celular, estrutural e
funcional (por isso, uma doença cerebral)
• um “interruptor” parece se ligar no cérebro em
função do uso prolongado de drogas!
drogas no cérebro
• o uso de drogas é um comportamento voluntário
• quando o “interruptor” é ligado, o indivíduo
entra em estado de dependência química,
caracterizado pela busca e consumo
compulsivo da droga
15
drogas no cérebro
• a dependência química é uma doença psicobiológica
• fatores:
→ biológicos
→ psicológicos
→ contexto social
drogas no cérebro
• entre os humanos, a maior parte dos usuários de
drogas NÃO se torna abusivo ou dependente
químico
• entre animais, o consumo estável de drogas pode
se dar sem o aparecimento de sinais acentuados
de dependência, mesmo com administração EV
drogas no cérebro
• fatores que influenciam:
→ disponibilidade
→ via de administração
→ genética
→ histórico de uso de drogas
→ estresse
→ eventos vitais
sistemas de recompensa
e de punição
� o cérebro é capaz de aprender por si mesmo (sem a
consciência)
� “sistemas de reforço” (no sistema límbico) para
comportamentos eficazes entram em ação quando uma ação
realizada pelo indivíduo lhe permitiu obter um bom resultado
� efeito do sistema de recompensa: acionar o sistema de prazer
contido no sistema límbico, o que, de um lado, recompensa o
“bom” comportamento, mas, de outro, favorece também seu
registro na memória (uma “boa” lembrança emocional é muito
mais facilmente guardada que uma “má”)
sistemas de recompensa
e de punição
� sistema de punição com finalidade de “punir” o cérebro
quando ele orientou mal uma ação: ele aprende, assim, pouco
a pouco, a evitar os comportamentos negativos ou pouco
eficazes. Mas o cérebro inteligente pode ser mais forte,
infelizmente, que esse sistema de punição e provocar
condutas sociais mal-adaptadas: por exemplo, a timidez
provocada por certos complexos
sistema de recompensa
• o sistema de recompensa, constituído pela área
tegmental ventral e o nucleus accumbens, emite
prolongamentos para o sistema límbico (emoção) e
o córtex pré-frontal (funções psíquicas superiores).
Está relacionado à busca do prazer e é estimulado
por substâncias psicoativas
16
“o sofrimento em espiral”
• a primeira falha de autocontrole pode levar a um
sofrimento emocional que inicia um ciclo de falhas
repetidas de autocontrole, no qual cada infração
traz mais sentimentos negativos (culpa)
contra-adaptação
• NEUROQUÍMICA: redução da neurotransmissão
dopaminérgica e serotoninérgica (núcleo acumbens)
durante a abstinência da droga
• MOLECULAR E CELULAR: transmissão GABAérgica
diminuída e glutamatérgica aumentada na abstinência
alcoólica
sensibilização
• a dopamina regula o impulso motivacional e a atenção a
estímulos salientes, incluindo os estímulos reforçadores
• a sensibilização torna os estímulos (uso da droga e
comportamentos relacionados) altamente salientes, atrativos e
desejados
• a sensibilização resulta em aumento patológico da
relevância que o SNC atribui ao ato de usar a droga
• uso repetido ⇒ droga e os estímulos associados
progressivamente mais atrativos e capazes de controlar o
comportamento
• dessa forma, desenvolve-se a fissura pela droga e o seu uso
compulsivo
sistema de recompensa e 
dependência química
• o sistema de recompensa é uma parte primitiva do SN dos
mamíferos que assegura que comportamentos fundamentais
à sobrevivência da espécie, tais como alimentação e sexo,
sejam percebidos como prazerosos. Dessa forma, aumenta a
possibilidade de que tais comportamentossejam sempre
repetidos
• substâncias psicoativas como a cocaína e a anfetamina agem
diretamente sobre esse sistema, enquanto a nicotina e os
opiáceos o estimulam indiretamente. As causas naturais que
normalmente estimulam o sistema de recompensa chegam a
aumentar em até 100% sua atividade. Na vigência de
substâncias psicoativas, no entanto, essa atividade pode ser
1000 vezes maior
a fissura
• a evitação dos sintomas de desconforto (síndrome de
abstinência), entre eles, a fissura, é o grande propulsor da
manutenção do uso
• tais sintomas decorrem, provavelmente, de alterações
neurobiológicas na estrutura anatômica dos neurônios, por
exemplo, redução de terminações nervosas e
receptores
• essas alterações permanecem meses após a
interrupção do consumo. Elas acabam por bloquear o
efeito euforizante da droga: o indivíduo deixa de sentir o
prazer de outrora, mas continua impelido a buscar a droga,
uma vez que seu corpo se adaptou a sua presença e sentirá sua
falta em caso de abstinência da mesma
aprendizado e memória
• a fissura pode ser facilmente desencadeada por
lembranças (ou situações que as desencadeiem)
ligadas aos tempos de consumo
• a cocaína e a nicotina, por exemplo, intensificam as
conexões entre neurônios - fenômeno associado ao
aprendizado - do nucleus accumbens
• o córtex pré-frontal, região das funções superiores
(raciocínio, abstração, planejamento,...) e relacionado ao
aprendizado, é fortemente estimulado pelo uso de
substâncias psicoativas
• o controle da impulsividade e a tomada de
decisões também são regulados pelo córtex pré-frontal e se
tornam menos eficazes após a instalação da dependência
17
Diagnóstico de dependência 
(DSM-IV, 1994)
• Tolerância
• Abstinência
• Uso freqüente de quantidades maiores ou por períodos mais 
prolongados do que o pretendido
• Desejo persistente ou esforços mal-sucedidos para controlar o 
uso
• Muito tempo é consumido em conseguir, usar ou recuperar-se 
do uso
• Abandono ou redução de atividades sociais, ocupacionais ou 
recreativas devido ao uso
• Uso mantido apesar do reconhecimento de problemas físicos 
ou psicológicos persistentes ou recorrentes, causados ou 
agravados pelo uso
pelo menos 3 durante os últimos 12 meses
Síndrome de abstinência
• Conceito - conjunto de sinais e sintomas, 
geralmente opostos aos efeitos agudos, que 
causam desconforto intenso ao indivíduo
resulta de neuroadaptação que aparece como 
tolerância no decorrer do uso
• Fatores Relacionados
fármaco/indivíduo
CASO CLÍNICO
Paciente ansioso, utilizando Valium® sob 
prescrição médica, passa a consultar outros 
médicos na tentativa de conseguir um número 
maior de prescrições.
Quadro provável do paciente?
DEPENDENTE 
Quadro provável
CASO CLÍNICO
Paciente em alta hospitalar após 
tratamento com opióides apresenta 
intensas cólicas abdominais,vômitos, 
diarréia e suores intensos.
Quadro provável
Paciente em síndrome de abstinência 
pela retirada do opióide.
Dependente?
18
PISCOFARMACOLOGIA.
• Bases da psicofarmacologia.
NEUROTRANSMISSOR ENFERMIDADE 
RELACIONADA
MEDICAMENTOS
DOPAMINA PSICOSES / DEFICIT DE 
ATENÇÃO / AUTISMO
RITALINA, RISPERDAL, 
HALDOL
SEROTONINA DEPRESSÃO / AUTISMO / 
ANSIEDADE
PROZAC, TOFRANIL
NORADRENALINA DEPRESSÃO / SONO / 
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TOFRANIL, CATAPRESAN
GLUTAMATO EPILEPSIA / AUTISMO / 
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NEURONTIN, TOPAMAX
GABA EPILEPSIA / AUTISMO DEPAKENE, VALIUM, 
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ACETILCOLINA ALZHEIMER / TRAST DE 
MEMORIA 
ERANZ

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