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Faculdade de Medicina da UFMG Semiologia Médica: Dispepsia Aluno: Flávia Araújo de Souza Brazões Professor: Josemar Dispepsia A dispepsia é uma síndrome caracterizada por sintomas relacionados ao aparelho digestório alto. Sua prevalência é em torno de 40% na população em geral. Está relacionada a manifestação de diferentes doenças, mas principalmente das doenças pépticas, ou seja, das doenças determinadas pela disfunção cloridropéptica: a doença de refluxo gastro-esofágico (DRGE), a úlcera péptica gastroduodenal e a dispepsia funcional. Causas de dispepsia Digestivas pépticas Dispepsia funcional; doença de refluxo gastro-esofágico; úlcera Péptica Digestivas não pépticas Gastropatias específicas (tuberculose, citomegalovirose, sarcoidose, doença de Crohn); neoplasias (gástrica, pancreática, de cólon); síndromes de má absorção (doença celíaca); colelitíase. Não digestivas Doenças metabólicas (diabete melito, doenças da tiróide, hiperparatiroidismo, distúrbios eletrolíticos); doença coronariana; colagenoses; medicamentos (antinflamatórios não esteroidais, antibióticos, xantinas, alendronato); doenças psiquiátricas (ansiedade, depressão, pânico, distúrbios alimentares). Sintomas da dispepsia: Dor epigástrica: sensação subjetiva e desagradável que os pacientes sentem quando está havendo lesão tecidual, restrita a região do epigástrio, Pirose epigástrica: sensação desagradável de queimação limitada à região do epigástrio, Plenitude pós-prandial: sensação desagradável que a comida permanece prolongadamente no estômago; Saciedade precoce: sensação que o estômago fi ca cheio logo depois de iniciar a comer, desproporcional ao volume ingerido, tanto que não se consegue terminar a refeição. Outros sintomas associados: Regurgitação; Disfagia; Odinofagia; Eructação excessiva; Aerofagia; Náuseas; Vômitos, etc. Tipos de Dispepsia Dispepsia funcional, em que os sintomas não estão relacionados a doenças de base orgânica e os achados de endoscopia são normais ou menores (gastrite); Dispepsia orgânica, em que os sintomas dispépticos estão relacionados a uma doença orgânica, como a úlcera péptica; Dispepsia não diagnosticada, quando os sintomas dispépticos ainda não foram investigados e para a qual é proposto apenas algumas regras gerais de abordagem. Lesões gastrintestinais por medicamentos O uso de antiinflamatórios e alguns outros medicamentos podem determinar lesões gastrintestinais, mais freqüentemente úlceras e erosões, principalmente de característica aguda. Podem ser acompanhadas de sangramento digestivo e caracterizam uma doença orgânica bem definida: lesões gastrintestinais por medicamentos e assim não devem ser abordadas, em princípio, como quadros de dispepsia. Abordagem Na prática, três estratégias são mais comumente utilizadas: Endoscopia de início, identificação da infecção pelo H. pylori e sua erradicação (estratégia “teste e trate”) e tratamento empírico inicial. Tratamento Empírico Tratamento Empírico Sinais de alarme Emagrecimento inexplicado Anemia Sangramento digestivo Disfagia progressiva Vômitos persistentes Cirurgia gástrica prévia Visceromegalia Icterícia Tumoração ou adenopatia abdominal Sintomas sistêmicos Tratamento da Dispepsia Funcional Uso de inibidor de bomba de prótons; antidepressivo tricíclico; psicoterapia; erradicação do H. pylori; medicamentos experiamentais. Tratamento comportamental visando a utilização de uma dieta saudável, sem irritantes, evitar o uso de medicamentos agressivos para a mucosa gástrica e minimizar as situações de ansiedade ou depressão podem ser úteis. Bibliografia LÓPEZ, M; LAURENTYS-MEDEIROS, J. Anamnese. Semiologia Médica: As bases do diagnóstico clínico. 5th ed., p.1233. Revinter, 2004. Silva FM. Dispepsia: caracterização e abordagem. Rev Med (São Paulo). 2008 out.-dez.;87(4):213-23. Retirado de: https://ufmgvirtual.grude.ufmg.br/mod/resource/view.php?id=18878 Projeto Diretrizes- Dispepsia Não-investigada: Diagnóstico e Tratamento na Atenção Primária à Saúde. Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Retirado de: http://www.projetodiretrizes.org.br/8_volume/20-Dispepsia.pdf PORTO, C. C. Semiologia médica. 5th ed., p.1300. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2005.
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