Relatório 2- Extração da Cafeína a partir do chá preto.

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS - ICE 
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA - DQ 
CURSO – ENGENHARIA QUÍMICA - EQ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO 2 – QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL I (IEQ633) 
EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA A PARTIR DO CHÁ PRETO – TURMA A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS (AMAZONAS) 
2015/2 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS - ICE 
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA - DQ 
CURSO – ENGENHARIA QUÍMICA - EQ 
 
 
 
 
RELATÓRIO 2 – QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL I (IEQ633) 
EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA A PARTIR DO CHÁ PRETO – TURMA A 
 
 
 
ADRIANA PEREIRA DE SOUZA (21453636) 
IAGO BRUNO PACHECO FERREIRA (21453635) 
IGOR MORAES BEZERRA CALIXTO (21456321) 
JARDEL RIBEIRO CARDOSO (21453436) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS (AMAZONAS) 
2015/2 
Relatório 2, de Química Orgânica 
Experimental, sobre Extração da 
Cafeína a partir do chá preto, orientada 
pelo professor Dr. Emmanoel Costa, 
com o intuito de obter conhecimentos a 
respeito de um dos ramos de estudo da 
Química Orgânica. 
 
Relatório 3– Extração com solventes quimicamente ativos. 
1.1. Resumo: 
 Na prática realizada, foi feita a extração de cafeína a partir do chá preto, onde foi possível, obter uma massa 
mínima de cafeína. Sabe-se que o chá é composto de celulose, taninos, proteínas, óleos essenciais e 
flavonoides, além da cafeína, que foi o objeto de nosso interesse no experimento. A partir de uma massa de 
chá de 8(oito) gramas, obteve-se, pelo processo de extração feito, uma massa de 0.03g de cafeína, cujo 
rendimento foi de 0,375%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. Extração da Cafeína a partir do chá preto......................................................................................1 
1.1.Introdução..........................................................................................................................................1 
1.2.Procedimento Experimental..............................................................................................................4 
 1.2.1.Materiais Necessários...............................................................................................................4 
 1.2.2.Parte Experimental...................................................................................................................4 
1.3.Resultados e Discussão.....................................................................................................................6 
1.4.Conclusão..........................................................................................................................................7 
1.5.Anexos..............................................................................................................................................8 
1.5.1.Questionário : Extração com solventes: Extração da cafeína a partir do chá preto......................8 
1.6.Referências Bibliográficas...............................................................................................................12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
1.1. Introdução: 
 Sabendo-se que o presente experimento trata da extração de cafeína, precisa-se entender como este 
processo funciona em termos químicos. Assim, deve-se entender como ocorre a extração de solventes para 
compreender como a cafeína pode ser obtida a partir de chás, como o chá preto. 
 A extração por solvente é uma técnica em que uma solução geralmente aquosa é posta em contato com 
um segundo solvente (usualmente orgânico), essencialmente imiscível com o primeiro solvente, com o 
objetivo de causar uma transferência de um ou mais de um soluto para um outro solvente. As separações são 
feitas de maneira simples, rápida e conveniente (VOGEL,1981) 
 Em muitos casos, a separação pode ser efetuada por agitação, durante alguns minutos, num funil de 
decantação. O processo de extração por solventes é uma técnica moderna, usada para obter maior rendimento 
ou obter produtos que não são possíveis em outro procedimento. Em síntese, este processo baseia-se na maior 
solubilidade de certos compostos orgânicos em determinados solventes (VOGEL, 1981) 
 Os solventes mais utilizados na extração são o clorofórmio, a acetona, o dissulfeto de carbono, os álcoois 
e a água, todos em sua maioria sendo razoável ou muito polares. Normalmente, as propriedades que 
caracterizam estes solventes são a imiscibilidade e formação de duas fases com o soluto, não reagem 
quimicamente com o soluto, a substância orgânica a ser extraída deve ser mais solúvel no segundo solvente, 
a volatilidade e não tóxico. Abaixo, uma tabela que mostra os principais solventes utilizados em processo de 
extração: 
 
Tabela 1. Dados dos principais solventes usados em extração. 
Solvente Peso 
Molecular(g/mol) 
Polaridade Densidade 
(g/cm3) 
Ponto de 
Fusão(ºC) 
Ponto de 
Ebulição(ºC) 
Metanol 32.04 6.6 0,791 -98 64.7 
Acetato de 
Etila 
88.11 4.3 0.902 -84 76.5-77.5 
Etanol 46.07 5.2 0.794 ----------- 78 
DCM 84.93 3.4 1.325 -97 40 
Água 18 9.0 1.0 0 100 
Hexano 86 0 0.86 -100 69 
Tetracloreto 
de carbono 
154 1.7 1.50 ------------------ 77 
Tolueno 92.14 2.3 0.885 -93 110.6 
Benzeno 78.11 3.0 0.874 5.5 60 
n-butanol 74.12 3.9 0.081 -90 117.7 
Acetona 58.08 5.4 0.791 -94 56 
Fonte: http://www.cempeqc.iq.unesp.br/Jose_Eduardo 
 
 O processo de extração analisado serviu para separar a cafeína dos demais componentes do chá preto, 
entre eles a proteína, óleos essenciais, flavonoides, taninos e ácidos gálicos, além da celulose. Existem três 
principais tipos de extração: Extração Simples, Extração Múltipla e Quimicamente Ativa, cujas definições 
são apresentadas no quadro-resumo abaixo: 
Tabela 2. Principais tipos de extração. 
Tipo de Extração Conceito 
Extração Simples Extração que é realizada apenas em uma etapa, ou seja, determinamos o 
volume de solvente extrator e realizamos a extração com todo esse 
volume de uma única vez. 
2 
 
Extração Múltipla Envolve duas ou mais extrações simples. 
Extração Quimicamente Ativa Altera quimicamente um composto a fim de mudar sua constante de 
distribuição. 
 Fonte: http://www.cempeqc.iq.unesp.br/Jose_Eduardo 
 
 Como o processo envolveu a cafeína, faz-se necessário especificar as principais propriedades deste 
composto para entender a sua importante aplicação especialmente no setor de bebidas. A cafeína é um 
composto bicíclico e heterocíclico, apresenta-se sob a forma de pó branco, é solúvel em água, apresenta 
interações moleculares por Dipolo-Dipolo, é um composto orgânico, entre outras características. 
 
Tabela 3. Principais propriedades da cafeína. 
Principais propriedades da cafeína 
Nome Oficial: 1,3,7- trimetil-1H-purino-2,6(3H,7H)-diona 
Aparência: pó branco 
Massa Molar/Peso Molecular: 194.19 g/mol 
Solubilidade em Água (100ºC): 66g/100mL 
Solubilidade em Água (25ºC): 2g/100 mL 
Densidade: 1,23 g/mL 
Ponto de fusão: 238ºC 
Fórmula Molecular: C8H10N4O2 
Fonte: http://www.cempeqc.iq.unesp.br/Jose_Eduardo 
 
 Sabe-se que a cafeína é um composto extremamente encontrado em diversos produtos, por isso, verifica-
se uma tabela abaixo com os principais produtos que usam cafeína e as devidas proporções da mesma: 
 
Tabela 4. Principais produtos derivados da cafeína. 
Produto Porção Cafeína (mg)Refrigerante à base de laranja 355 mL 0 
Café descafeinado 240 mL 3 
Achocolatado pronto 220 mL 5 
Café filtrado e descafeinado 240 mL 6 
Bebida a base de cacau 300 mL 9 
Chá branco 240 mL 15 
Chocolate ao leite 28 g 20 
Chá verde 240 mL 25 
Chocolate em pó 28 g 26 
Coca-Cola 355 mL 3 
Fonte: http://www.cempeqc.iq.unesp.br/Jose_Eduardo 
 
 Portanto, entende-se que a cafeína é uma substância extremamente presente em substâncias achocolatadas 
e refrigerantes de cola. Como o processo de extração da cafeína ocorreu a partir do chá preto, separaram-se, 
em diversas etapas, a celulose, taninos, ácidos tânicos, proteínas, flavonoides e óleos essenciais da cafeína. 
Assim, é necessário especificar, através de uma tabela, as principais propriedades destes compostos presentes 
na composição do chá preto. 
Tabela 5. Principais derivados do chá preto. 
Substâncias presentes no chá preto Características/ Propriedades 
Celulose Principal componente das folhas, insolúvel em água 
Taninos São polifenois de origem vegetal; contém grupos 
hidroxila ou carboxila. 
3 
 
Flavonoides São pigmentos coloridos que apresentam caráter 
ácido, sendo mais solúveis em água do que em 
diclorometano. 
Clorofila Responsável pelo processo de respiração e 
fotossíntese em plantas; muito mais solúvel em 
água do que a celulose; 
 
 Os objetivos gerais desta prática são entender e proceder as etapas necessárias para a extração de cafeína a 
partir do chá preto. Os objetivos específicos são: 
1) Avaliar todos os reagentes utilizados e suas funcionalidades. 
2) Durante a extração, avaliar como a solubilidade dos compostos são afetados por determinados solventes. 
3) Calcular o rendimento de formação da cafeína a partir do chá preto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1.2. Procedimento Experimental: 
1.2.1. Materiais Necessários (Extração com solventes – Extração da cafeína a partir do chá preto): 
Para que a atividade experimental fosse bem desenvolvida pelo grupo, foram utilizados alguns materiais e 
reagentes essenciais para avaliação dos parâmetros pedidos para resolução do relatório: 
MATERIAIS REAGENTES 
1) Funil de separação; 1) Solução de Hidróxido de sódio 6,0 mol/L; 
2) Vidro de relógio; 2) Acetato de Etila; 
3) Banho de gelo; 3) Chá preto (cinco sachês foram utilizados); 
4) Béquer de 250 mL; 4) Água destilada. 
5) Balança Analítica; 
6) Capela de Exaustão; 
7) Banho-Maria. 
 
1.2.2. Parte Experimental (Extração com solventes – Extração da cafeína a partir do chá preto): 
 A atividade experimental desenvolvida pelo grupo discente realizou as seguintes etapas: 
1) Em um béquer de 250 mL contendo 150 mL de água destilada previamente aquecida (97ºC-98ºC), 
colocaram-se cinco sachês de chá preto e foram deixados por 1(um) minuto. 
 
2) Ao final desse tempo, os sachês foram prensados entre dois vidros de relógio e o líquido resultante foi 
colocado no béquer de 250 mL e os sachês foram descartados. 
 
3) A solução resultante foi resfriada em um banho de gelo e transferida para um funil de decantação e, então, 
extraída com porções de acetato de etila (3x20mL), sendo que o funil foi agitado suavemente. 
 
4) As fases orgânicas foram combinadas e extraídas com porções (2x20mL) de uma solução aquosa de NaOH 
6 mol/L e, ao final, com um porção (1x20 mL) de água destilada. 
 
5) A fase orgânica foi seca com sulfato de sódio anidro (Na2SO4), filtrada e coletada num béquer tarado. 
 
6) O solvente foi removido como evaporado relativo em banho-maria. 
 
7) Após cuidadosa evaporação do acetato de etila, obteve-se a cafeína com um bom grau de pureza, a julgar 
pelo aspecto esbranquiçado, sendo determinado seu rendimento (presente na Seção – Anexos) 
 
8) Determinou-se o rendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Abaixo, segue-se um fluxograma que mostra as etapas necessárias para a extração da cafeína a partir do chá 
preto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Colocaram-se cinco sachês de chá preto em um béquer de 250 mL com 150 mL de água 
destilada previamente aquecida durante um minuto. 
Os sachês foram prensados entre dois vidros de relógio e o líquido resultante foi colocado no 
béquer e os sachês descartados. 
A solução resultante foi resfriada em banho de gelo e transferida para um funil de decantação e extraída 
com porções de acetato de etila (3x20 mL) 
As fases orgânicas foram combinadas e extraídas com porções (2x20mL) de uma solução 
aquosa de NaOH 6 M e, ao final, com um porção (1x20 mL) de água destilada. 
A fase orgânica foi seca com sulfato de sódio anidro (Na2SO4), filtrada e coletada num béquer 
tarado. 
Após cuidadosa evaporação do acetato de etila, obteve-se a cafeína com um bom grau de pureza, a 
julgar pelo aspecto esbranquiçado 
INÍCIO 
FINAL 
6 
 
1.3.Resultados e Discussão. 
A extração é uma das mais importantes técnicas para o isolamento e a purificação de substâncias orgânicas. 
Sabendo que esta técnica foi necessária, por exemplo, para a extração da cafeína a partir do chá preto, deve-
se focar no que efetivamente ocorreu na prática. 
1) A parte inicial da prática foi a colocação de cinco sachês de chá preto, cada um com 1,6 g, em um béquer 
de 250 mL com 150 mL de água destilada previamente aquecida durante um minuto. Esta parte foi 
relativamente simples, não ocorreu exatamente nada muito que chamasse a atenção, além do fato de que, 
infelizmente um dos sachês de chá foram rompidos, podendo causar distorções no resultado. Evidenciou-se 
claramente uma solução de coloração mais escura. 
2) Durante o processo, os sachês foram prensados entre dois vidros de relógio e o líquido resultante foi 
colocado no béquer e os sachês foram devidamente descartados. Nenhuma anomalia ocorreu no processo. 
3) Logo após, levamos a solução resultante para ser resfriada em banho de gelo e depois foi transferida para 
um funil de decantação. Durante esta etapa, teve-se que esperar pacientemente o processo ocorrer para que, 
de fato, do chá preto, pudéssemos extrair apenas a cafeína do chá preto. Lembrando que o chá preto apresenta 
diversos componentes, como a celulose, flavonoides, óleos essenciais, entre outros, por isso, a necessidade de 
se fazer o procedimento de maneira cuidadosa para que se gerasse um resultado mais preciso. 
4) Então, a solução resultante foi extraída com porções de acetato de etila, 3 vezes de 20 mL. Para isso, tivemos 
que usar o funil de decantação e tentamos separar a fase orgânica da aquosa sem que gerasse bolhas, emulsões 
ou outras possíveis distorções. 
5) Depois, as fases orgânicas foram combinadas e extraídas com 2 porções de 20 mL de uma solução aquosa 
de NaOH e uma porção de 20 mL de água destilada. Sabe-se que o hidróxido de sódio serviu para remover 
possíveis impurezas do processo e a água serviu para a lavagem da parte orgânica da infusão, na qual seria 
extraída a cafeína presenta na infusão. 
6) Logo após, a fase orgânica resultante foi seca com sulfato de sódio anidro (Na2SO4), filtrada e coletada em 
um béquer. 
7) Após cuidadosa evaporação do acetato de etila, obtivemos a cafeína em razoável grau de pureza, a julgar 
pelo aspecto esbranquiçado da mesma. 
8) Após isso, calculamos a massa da cafeína extraída a partir do uso de 8,0 g de chá preto. Obtivemos como 
massa resultante apenas 0,03 g, indicando um rendimento de 0,375%. Logo, houveram muitas perdas no 
processojustificadas por eventuais erros de operação, utilização de reagentes fora do prazo de validade, além 
de outros elementos externos (temperatura, pressão, umidade) que obviamente também podem interferir na 
prática. 
Após análise dos reagentes utilizados na prática, deve-se obter o rendimento da extração da cafeína. A partir 
dos dados abaixo, o processo de extração da cafeína de chá preto teve rendimento de 0,375%. 
Dados: Cálculo: 
Massa(Chá Preto)=8.0 g 
Massa (Cafeína) =0.03 g 
Rendimento Percentual = 
(Massa(Cafeína)/(Massa(Chá Preto))*100 
Rendimento Percentual = (0.03g/8.0g)*100 
Rendimento Percentual= (0,00375)*100 
Rendimento Percentual = 0,375% 
 
7 
 
1.4.Conclusão. 
 Neste experimento, conheceu-se um pouco sobre a cafeína, sua estrutura e seu efeito estimulante, e que 
também está presente no cotidiano de muitas pessoas. Nessa prática, verificou-se a extração da cafeína a partir 
do chá preto que, dentre as diversas formas de fazer essa extração de substancias a partir de vegetais, utilizou-
se a extração por meio de solventes, empregando como solvente a água, hidróxido de sódio, acetato de etila. 
Sabe-se que a cafeína é uma composto muito difundido principalmente na indústria de bebidas e suas 
propriedades de estimulante do sistema nervoso central e respiratório são características conhecidas deste 
produto de interesse da prática. 
 Assim, por meio desse procedimento, constatamos, após a realização conforme a parte experimental, a 
quantidade de cafeína obtida foi de apenas 0.03g em 5 sachês de chá preto, de 8.0 g no total, com rendimento 
percentual de 0,375%. Este baixo rendimento pode ser justificado por diversas causas, entre elas erro de 
metodologia da prática por parte do operador, possível utilização de reagentes fora do período de validade e 
o fato de um dos sachês de chá ter sido rompido quando o grupo manipulava os sachês na solução de água 
destilada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
1.5.Anexos. 
1.5.1.Questionário: Extração com solventes: Extração da cafeína a partir do chá preto. 
 
1) Descreva os princípios e conceitos básicos envolvidos na extração por solventes. 
Resposta: A extração por solvente consiste em diluir o material sólido a ser analisado em um determinado 
solvente, que pode ser água ou outra substância em fase líquida, a ponto de eles formarem uma mistura 
homogênea. Depois essa mistura será analisada e lavada em outro meio líquido, que irá separá-la em duas 
fases, na qual uma delas será do interesse do analisador. Usando o funil de decantação, essa separação fica 
mais visível e fácil de ser estudada. Após sucessivas lavagens com substâncias pré-determinadas, forma-se 
uma solução concentrada com o composto do interesse do pesquisador, e esse concentrado será depois 
misturado com uma substância sólida, que promoverá a cristalização do composto que o analisador deseja 
encontrar no final do processo. 
 
2) Encontre as propriedades físicas da cafeína. 
Resposta: De acordo com a literatura1, a cafeína é um composto de cor branca, granulado, com massa molar 
198,19 g.mol-1 (em porcentagem: 49,48% de carbono; 5,19% de hidrogênio; 28,85% de nitrogênio; 16,48% 
de oxigênio). Sua solubilidade, em condições ambientes, é de 2,17 g de cafeína para 100mL de água. Seu 
ponto de fusão (a 1atm) é de 238°C. 
 
3) Qual é a função dos seguintes compostos: 
a) Acetato de Etila (C4H8O2); 
Resposta: Essa substância basicamente foi utilizada para extrair a cafeína, o produto de interesse na prática, 
do chá preto. 
 
b) Hidróxido de sódio 6 M (NaOH); 
Resposta: O hidróxido de sódio teve como função a remoção de possíveis impurezas existentes na extração da 
cafeína a partir do chá preto. 
 
c) Água (H2O); 
Resposta: A água foi primeiramente utilizada para extrair, aquecida, a cafeína do chá preto (em saquinhos), 
formando a infusão que seria analisada. Mais tarde, ela seria utilizada para a lavagem da parte orgânica da 
infusão, na qual seria extraída a cafeína presente na infusão. 
 
d) Sulfato de sódio anidro (Na2SO4). 
Resposta: O sulfato foi usado no final do processo, para remover travas de água. 
 
4. Apresente os cálculos do rendimento percentual do processo de extração utilizado. 
Resposta: O cálculo do rendimento de obtenção da Cafeína em relação à massa de chá utilizada. 
Após análise dos reagentes utilizados na prática, deve-se obter o rendimento da extração da cafeína. A partir 
dos dados abaixo, o processo de extração da cafeína de chá preto teve rendimento de 3.75%. 
Dados: Cálculo: 
Massa(Chá Preto)= 8.0 g 
Massa (Cafeína) = 0.03 g 
Rendimento Percentual = 
(Massa(Cafeína)/(Massa(Chá Preto))*100 
Rendimento Percentual = (0.03g/8.0g)*100 
Rendimento Percentual= (0,00375)*100 
Rendimento Percentual = 0,0375% 
 
b) Fichamento do experimento: Fazendo-se um resumo do fichamento de segurança já abordado, tem-se: 
 
9 
 
 Acetato de etila (C4H8O2): substância em fase líquida à temperatura ambiente (25°C), orgânica, pouco 
volátil, solúvel em água, com ponto de fusão -83,6°C e de ebulição 77,1°C. Incolor, mas com um forte 
odor característico. 
 Hidróxido de sódio (NaOH): altamente reativa, está em fase sólida à temperatura ambiente. Seu ponto de 
fusão é 318°C e de ebulição, 1388°C. Foi utilizada uma solução 6M no experimento. É solúvel em água, 
metanol e etanol. 
 Sulfato de sódio, anidro (Na2SO4): substância sólida à temperatura ambiente, de cor branca, com ponto de 
fusão 884°C e de ebulição 1429°C. Solúvel em água. 
 
 Devido ao forte odor ou fator corrosivo da maioria das substâncias citadas acima, e também ao fato de que 
iria ser usado material em temperaturas altas (béqueres com água próxima do ponto de ebulição), viu-se a 
necessidade de utilizar equipamentos de segurança, como luvas e principalmente máscaras, para se evitar 
qualquer incidente ou problema de saúde momentâneo (tonteiras, dores de cabeça, desmaios) a ser ocasionado 
pelo forte cheiro dessas substâncias. 
Abaixo, uma representação de um dos processos feitos para a extração de cafeína a partir de chá preto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Como na prática, foram utilizados o Hidróxido de Sódio (NaOH), o acetato de etila, a água destilada e o 
sulfato de sódio anidro, produziu-se uma ficha catalogada com as determinadas propriedades para cada 
reagente. 
Reagentes Fórmula 
Molecular 
Massa 
Molar 
TF(ºC) TE(ºC) Polaridade Toxicidade Informações 
Adicionais 
Acetato de 
Etila 
C4H8O2 88.105 
g/mol 
-83.6 77.1 1.78 D Inflamável e 
irritante 
Líquido Incolor 
Hidróxido 
de Sódio 
NaOH 40.01 
g/mol 
318 1390 Muito polar Pode causar 
graves 
queimaduras na 
boca, garganta 
e estômago se 
inalado. 
Completamente 
solúvel em 
água. 
Sulfato de 
Sódio 
Anidro 
Na2SO4 142.04 888 Polar Tóxico em caso 
de ingestão. 
É um pó 
branco 
Água H2O 18. 0 100 Polar ------------------ Melhor 
solvente, 
densidade 
máxima a 4ºC. 
 
Processo de decantação usando 
acetato de etila. 
10 
 
Fontes:http://www.cempeqc.iq.unesp.br/Jose_Eduardo 
http://www.uenf.br/uenf/centros/cct/qambiental/ag_propriedades.html 
 
Logo abaixo, a ficha de segurança para os reagentes utilizados: 
 
A) Sulfato de sódio anidro (Na2SO4) 
1. Nome do Produto: Sulfato de Sódio 
2. Fórmula Molecular: Na2SO4 
3. Sinônimos: Sulfato de sódio anidro; sulfato dissódico 
4. Principais riscos: Irritante no caso de contato com os olhos ou contato prolongadocom a pele. Tóxico 
em caso de ingestão, causando irritação no trato gastrointestinal, diarreia e náuseas. Se inalado, provoca 
irritação e até necrose do trato respiratório. Moderadamente poluente para rios, solos, mananciais, flora e 
fauna. 
5. Manuseio e Armazenamento: 
5.1.Medidas Técnicas: Sem maiores exigências. 
5.2.Prevenção da exposição: Usar semi-máscara com filtros para vapores orgânicos. 
5.3.Armazenamento: Armazenar em local ventilado, limpo e seco. Dispor conforme as regras de 
compatibilidade de produtos químicas. 
6. Informações Toxicológicas: 
6.1.Inalação: Ventilação e proteção respiratórias. 
6.2.Contato com a pele: O contato com a pele pode provocar irritações e dermatites 
6.3.Contato com os olhos: Irritações dos olhos. 
6.4Ingestão: Não provoca vômito. 
6.5Efeitos Específicos: Produto não apresenta características mutagênicas, teratogênicas ou cancerígenas. 
Fonte: http://www.superquimica.com.br/fispq/1250083457.pdf 
 
B) Hidróxido de Sódio (NaOH) 
1. Nome do Produto: Hidróxido de Sódio 
2. Fórmula Molecular: NaOH 
3. Sinônimos: Soda cáustica 
4. Principais riscos: Provoca queimaduras graves. 
5. Manuseio e Armazenamento: 
5.1.Manuseio: sem exigências 
5.2.Armazenamento: Manter as embalagens bem fechadas, local seco e limpo. Temperatura ambiente. 
6. Informações Toxicológicas: 
6.1Toxicidade crônica: Não teratogênico em experiências animais 
6.2.Após a inalação: queimadura das mucosas 
6.3.Depois do contato com a pele: queimaduras 
6.4.Depois do contato com os olhos: queimaduras graves. Perigo de cegueira. 
6.5. Após a ingestão: queimaduras graves no trato gastrointestinal, com perigo de perfurações. 
http://www.fca.unicamp.br/portal/images/Documentos/FISPQs/FISPQ-%20Hidroxido%20de%20Sodio.pdf 
 
C) Acetato de Etila 
1. Nome do Produto: Acetato de Etila 
2. Fórmula Molecular: C4H8O2 
3. Sinônimos: Etanoato de Etila; Éter Acético; Éster Etílico Acético; Éster Etílico do Ácido Acético 
4. Principais riscos: é inflamável 
5. Manuseio e Armazenamento: 
5.1 - Precauções para o manuseio seguro: Manipular o produto respeitando as regras gerais de segurança 
5.2 - Condições de armazenamento seguro, incluindo qualquer incompatibilidade: Manter as embalagens 
bem fechadas, local seco e limpo. Temperatura ambiente. Afastar de fontes de ignição. 
6. Informações Toxicológicas: 
11 
 
6.1.Toxicidade aguda: LC50 (inalação,rato): 1600 ppm / 8h / LD50 (cutânea, coelho): > 18000 mg/kg / 
LD50 (oral, rato): 5620 mg/kg 
6.2.Corrosão / irritação da pele: Não disponível 
6.3. Lesões oculares graves / irritação ocular: Não disponível 
6.4. Sensibilização respiratória ou à pele: Não disponível 
6.5.Mutagenicidade em células germinativas: Não disponível 
6.6.Carcinogenicidade: Não disponível 
6.7.Toxicidade à reprodução: Não disponível 
6.8.Toxicidade para órgãos - alvo específico 
Fonte: http://downloads.labsynth.com.br/FISPQ/rv2012/FISPQ-%20Acetato%20de%20Etila.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1.6.Referências Bibliográficas. 
1) ATKINS,P.; JONES, L.; Princípios da química-questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5º Edição. Porto 
Alegre: Bookman, 2012. 
2) BRUICE, P.Y.,Química Orgânica. 4ªEdição, vols. 1 e 2, Pearson/Prentice Hell, 2006. 
3) -ENGEL,R.G.; et al. Quimica orgânica experimental. Tradução da 3º Edição NORTE AMERICANA. São Paulo: 
Cengage Learning, 2012. 
4) SOLOMONS,T.W.G.; FRYHLE,C.B. Química Orgânica. 10ªEdição, vols.1 e 2, Editora L.T.C.,2012. 
5) VOGEL, A.I. Química Orgânica: análise orgânica qualitativa. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico S.A, 1985, V.1 
6) CONSTANTINO, M.G; SILVA, G.V.J; DONATE, P.M. Fundamentos de Química Experimental. Vol.53. 
 
Fontes: 
1 – http://www.quimicaparatodosuevora.blogspot.com.br/2012/06/cafeina-i.html 
2 – http://www.medclick.com.br/saude/2014/06/quantidade-de-cafeina-em-alimentos-e-bebidas/ 
3 – http://www.pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/