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Renata Sales Tecnóloga em Radiologia Médica-FMU Especialista em Radioterapia-SENAC renatasalesrx@hotmail.com PATOLOGIA Sistema Músculo Esquelético REVISÃO ANATÔMICA Partes de um Osso Longo • Todos os ossos longos tem duas extremidades e uma parte central. • Diáfise: É a haste ou corpo, a parte principal, longa, cilíndrica do osso. • Epífises: São as extremidades do osso. • Metáfises: No osso maduro, a região onde a diáfise une-se à epífise. No osso em crescimento, a região que contém a camada de cartilagem hialina denominada disco epifisário (de crescimento) (local onde ocorre o crescimento do osso em comprimento). Partes de um Osso Longo • Cartilagem Articular:Uma fina camada de cartilagem hialina revestindo a epífise onde o osso forma uma articulação (juntura) com outro osso. • A cartilagem reduz o atrito e absorve o choque nas articulações livremente móveis. Histologia do Osso • O osso é um tecido que contém uma grande quantidade de matriz (substância intracelular). • A Matriz consiste de um componente inorgânico (sais minerais), que torna o osso duro, e um componente orgânico (fibras colágenas), que dá ao osso sua resistência. Tecido Ósseo • O osso não é completamente sólido. De fato, todos osso possui alguns espaços entre seus componentes duros. • Os espaços fornecem canais para os vasos sanguíneos que suprem as células ósseas com nutrientes. • Os espaços também tornam o osso mais leves. • Dependendo do tamanho e da localização do espaço o osso pode ser classificado como compacto (cortical) ou esponjoso (trabecular). Tecido Ósseo O osso é formado por dois tipos de tecido: Substância Esponjosa ou Tecido Ósseo Esponjoso: Pequenas traves ósseas, as trabéculas, que se entrelaçam, deixando espaços entre elas, semelhante a uma esponja, visível a olho nu. Nos ossos curtos e chatos, este tecido está na zona central. Nos ossos longos esta na epífise (extremidades). Substância Compacta ou Tecido Ósseo Compacto: Osso denso, nele não se observa espaços como no anterior. Forma uma espécie de capa rígida. Tecido Ósseo Tecido Ósseo Compacto • Contém poucos espaços. • Ele forma a camada externa de todos os ossos e o maior volume do corpo dos ossos longos. • O tecido ósseo compacto fornece proteção e suporte, e auxilia os ossos longos a resistir ao estresse do peso colocado sobre eles. Tecido Ósseo Esponjoso • Em contraste com o osso compacto, o tecido ósseo esponjoso (trabecular) usualmente não contêm ósteons verdadeiros. • Consiste de uma rede irregular de lâminas finas de osso, denominadas trabéculas. No Tecido Ósseo, existem três tipos principais de células que são produzidos na medula óssea: Os Osteoclastos, que destroem o osso. Os Osteoblastos, que produzem o novo osso. Os Osteócitos, que são células maduras derivadas dos osteoblastos. Células do Tecido Ósseo Osteoclastos São células grandes que escavam o osso promovendo a destruição e a posterior reabsorção das células velhas dos ossos. Tendo uma importante participação na renovação óssea. Células do Tecido Ósseo Osteoblastos São células pequenas, destinadas a síntese proteica (fabricação de proteínas), são responsáveis pela produção de colágeno tipo 1 e dos cristais de Hidroxiapatita (minerais que dão dureza e resistência aos ossos). Diferente dos osteoclastos eles são responsáveis pela produção de novas células durante a renovação óssea. Células do Tecido Ósseo Osteócitos São na verdade os osteoblastos que no final de sua vida ativa, sofrem uma transformação de suas características morfológicas e funcionais. Estas novas células formam uma rede viva, por onde passam proteínas e minerais. Células do Tecido Ósseo Remodelamento ósseo No início de cada ciclo de remodelamento ósseo, os Osteoclatos escavam o osso, formando lacunas e cavidades em seu interior. Após algum tempo os Osteoclastos são afastados pelos Osteoblastos que em um período determinado de tempo preenchem as áreas absorvidas com ossos novos. Células do Tecido Ósseo Remodelamento ósseo Até aproximadamente os 30 anos de idade, há um equilíbrio entre a quantidade de osso absorvida e a quantidade de osso recolocada. Com o passar dos anos, a quantidade recolocada será menor que a absorvida, levando a osteoporose primária tipo I. Células do Tecido Ósseo Processo de Calcificação • Diferentemente de outros tecidos conjuntivos, a matriz do osso contém sais minerais abundantes, primariamente fosfato de cálcio e algum carbonato de cálcio. À medida que estes sais são depositados pelos osteoblastos em torno das fibras colágenas da matriz, o tecido endurece. • Este processo de endurecimento é denominado calcificação. É o depósito de sais de cálcio durante a formação dos ossos. Desenvolvimento Ósseo • A formação do osso é chamada de ossificação ou osteogênese. • É dividida em dois tipos: Ossificação endocondral Ossificação intramembranosa Processo de Ossificação Intramembranácea: a partir de uma membrana (tecido conjuntivo denso altamente vascularizado), como por exemplo: os osso da calvária. Endocondral: a partir de um modelo de cartilagem hialina, por exemplo: a maioria dos ossos, entre eles fêmur e úmero. Processo de Ossificação Intramembranácea Processo de Ossificação Endocondral Placa Epifisária • Permite à diáfise do osso aumentar de comprimento até o início da vida adulta. • Quando as células de cartilagem da placa epifisária cessam a divisão, e a cartilagem eventualmente é substituída pelo osso, então a nova estrutura é denominada linha epifisária. • Com o surgimento da linha epifisária o crescimento ósseo em comprimento cessa. Placa epifisária Placa Epifisária Linha Epifisária Principais patologias do sistema músculo esquelético ENTORSE, LUXAÇÃO, FRATURAS ENTORSE • Uma entorse (ou torção) é uma lesão traumática de uma articulação, com estiramento ou ruptura dos ligamentos e demais estruturas que sustentam a articulação, sem deslocamento das superfícies ósseas articulares. ENTORSE • A entorse de tornozelo é uma das lesões musculoesqueléticas mais frequentemente encontradas na população ativa, que geralmente envolve lesão dos ligamentos laterais. • Ocorre com maior frequência nos atletas de futebol, basquete e vôlei, correspondendo a cerca de 10% a 15% de todas as lesões do esporte. ENTORSE • O mecanismo mais comum da entorse de tornozelo é o trauma em inversão do pé. É uma lesão que causa estiramento ou ruptura de um ou mais ligamentos da articulação do tornozelo, principalmente a face lateral do tornozelo. MECANISMO DE ENTORSE ENTORSE Lesão dos ligamentos do complexo lateral; Calcaneofibular e talo- fibular anterior. Lesões causadas por traumas; Região articular; Provocado por um movimento que ultrapassa a amplitude normal da articulação em uma ou mais direções; Lesão parcial ou completa dos ligamentos. ENTORSE • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Dor contínua e localizada, variando de suave à intensa; Edema; Equimose (mancha escura ou azulada devido a uma infiltração difusa de sangue no tecido subcutâneo); Impossibilidade de movimentar. ENTORSE CLASSIFICAÇÃOGrau I: Dor, com dano mínimo ao ligamento; Grau II: Porção maior do ligamento é danificada, que gera uma leve frouxidão da articulação. Grau III: Ruptura completa do ligamento e a articulação fica bastante instável. ENTORSE ENTORSE Tratamento O tratamento das entorses de tornozelo é direcionado de acordo com a lesão apresentada; A imobilização deve permanecer por uma ou duas semanas, às vezes mais, segundo a gravidade ou localização da lesão; O tratamento da entorse grave não pode ser apenas sintomático, deve ser dirigido ao reparo cirúrgico das lesões. ENTORSE Tratamento • Dependendo do tipo da lesão, o médico pode, após realizar o exame físico do joelho, solicitar uma ressonância magnética. • Não há indicação da realização do exame no atendimento inicial do paciente que ocorre no pronto atendimento. LUXAÇÃO • Uma luxação é um deslocamento repentino e duradouro, parcial ou completo de um ou mais ossos de uma das articulações do corpo. Perda de contato entre os ossos de uma articulação. Luxação metacarpofalângica do polegar. a) Aspecto radiológico antes da redução da luxação. b) Redução ortopédica e imobilização com tala de alumínio maleável (tala de Zimmer). LUXAÇÃO Classificação • Uma luxação pode ser completa ou incompleta. • Chama-se luxação completa aquela em que os segmentos ósseos que constituem a articulação ficam completamente desunidos; • luxação incompleta (ou subluxação) aquela em que a união dos segmentos ósseos é reduzida, mas não é completa. Na maioria das vezes a extremidade do osso deslocado fica no interior da cápsula articular (luxação intracapsular), mas em alguns casos ela fica no exterior da mesma (luxação extracapsular). Subluxação • Uma subluxação é um deslocamento parcial de um ou mais ossos de uma articulação. Luxação parcial ou incompleta Subluxação • Por exemplo, na subluxação do quadril, a cabeça femoral está deslocada de sua posição anatômica normal, mas ainda mantém algum contato com a cavidade acetabular. Na luxação do quadril não ocorre nenhum contato entre a cabeça femoral e a cavidade acetabular. Subluxação de quinto quirodáctilo LUXAÇÃO Etiologia • Na maioria das vezes, a luxação é provocada por um traumatismo violento incidindo sobre a articulação. • O traumatismo pode também incidir indiretamente como acontece, por exemplo, em caso de luxações da articulação do ombro provocada por uma queda em que o indivíduo se apoia sobre o cotovelo ou a mão. LUXAÇÃO Etiologia • A luxação pode resultar de um movimento ou torção violento, súbito e intenso. • Em alguns casos, a luxação é originada pela deterioração dos elementos de sustentação da articulação (ligamentos, cápsula articular, tendões e músculos), consequente de uma doença ou de uma malformação congênita. LUXAÇÃO • Sinais e Sintomas: –Dor intensa; –Deformidade mais acentuada; –Impossibilidade de movimentação; –Edema; LUXAÇÃO Tratamento • A redução da articulação luxada deve ser feita em ambiente hospitalar, pelo médico ortopedista, o mais rápido possível. Como se trata de um procedimento doloroso, o ideal é que seja realizado sob sedação ou anestesia geral. • Dependendo da gravidade, pode ser necessário realizar uma cirurgia para colocar o osso no lugar. Redução óssea- Reposicionamento ósseo LUXAÇÃO Tratamento • Depois de um período de imobilização, o paciente deve fazer fisioterapia para que cada um dos componentes da articulação recupere suas funções. • Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser úteis durante o tratamento para aliviar a dor e diminuir o inchaço. Luxação Displasia do desenvolvimento do quadril (congênita)-Luxação da art.coxo- femural E Radiografia do mesmo paciente na posição “Rã” (Frog Leg) Luxação LUXAÇÃO DE ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL (OMBRO) Luxação posterior de articulação glenoumeral (ombro) Luxação de articulação acrômioclavicular Articulação Acromioclavicular Luxação de articulação acrômioclavicular E Luxação de falange média de quinto quirodáctilo. Uma luxação é o deslocamento repentino e duradouro, de um ou mais ossos de uma articulação. A fratura é o rompimento da estrutura óssea decorrente de fortes traumas FRATURAS Definição • Uma fratura óssea é a perda da continuidade de um osso, que o divide em dois ou mais fragmentos. Embora haja várias causas acidentais de fraturas, cerca de 40% das fraturas acontecem no ambiente doméstico. FRATURAS Etiologia • Traumática • Patológica FRATURAS Traumáticas • Representam a maioria das fraturas e são causadas pela aplicação sobre o osso de uma força maior que sua resistência. • Podem ocorrer no local do impacto (por exemplo, uma fratura de úmero por uma pancada) ou à distância (por exemplo, uma fratura da clavícula quando se apoia com a mão, após uma queda). Podem ocorrer também por uma contração muscular violenta ou serem devidas à aplicação repetida e frequente de pequenas forças sobre um osso, enfraquecendo-o progressivamente. Fratura de 5º metatarso Fratura de escafoide • O escafoide é o osso mais fraturado do carpo. Apresenta como característica a dificuldade de diagnóstico, devido ao seu tamanho reduzido e ao seu formato irregular. • Outra característica importante é o risco de evolução para a pseudoartrose ou a necrose avascular, decorrentes de a circulação do polo proximal ser dependente de vasos que cruzam a cintura desse osso. Radiografia coronal com fratura na cintura do escafoide (seta) e abertura do aspecto radial da epífise radial distal (*) Fratura-luxação de Monteggia: fratura proximal da ulna associada a uma luxação anterior da cabeça do rádio. Fratura de úmero proximal Fratura de clavícula extremidade acromial Fratura de patela Representam 1% de todas as fraturas do corpo e acometem mais homens de meia idade. Fratura de planalto tibial Cerca de 50% das fraturas do planalto tibial se associam a lesões meniscais, ao passo que lesões ligamentares podem ser encontradas em até 25% dos casos. As fraturas do planalto tibial, segmento proximal da tíbia, foram inicialmente descritas como “fraturas do pára-choque”, por causa dos traumas diretos, de baixo impacto, provocados por automóveis contra o joelho dos pedestres. Fratura diafisária de tíbia Por ser um osso com 1/3 de seu diâmetro com pouca cobertura de partes moles e com localização favorável a traumas de alta energia, algumas fraturas têm prognóstico reservado, com resultados dependentes não só do trauma em si como da técnica empregada no seu tratamento. Fratura do pilão tibial • As fraturas do pilão tibial envolvem a superfície articular da tíbia distal, que suporta o peso corporal, ou a metáfise adjacente, ou ambas as regiões. O nome pilão advém de uma analogia na qual o talo agindo como um martelo bate na superfície de carga da tíbia distal, produzindo a fratura. As fraturas do pilão são resultado, geralmente, de traumas de alta energia, seja por acidentes com veículos automotores ou por queda de grandes alturas. Fraturas-mecanismo do trauma • Direto • Indireto FRATURAS Patológicas • Fratura que ocorre por uma fragilidade óssea gerada por uma doença. • É provocada por traumas banais ou mesmo de forma espontânea. FRATURAS Patológicas• Tumores; • Infecções ósseas (osteomielite); • Osteogênese imperfeita; • Distúrbio do metabolismo. Muitas vezes ocorrem espontaneamente ou em razão de traumatismos mínimos sobre um osso previamente fragilizado por osteoporose ou por um tumor ósseo. FRATURAS • O tecido ósseo compacto (cortical) é mais resistente, portanto menos suscetível à fraturas; • O tecido ósseo esponjoso (trabecular) é menos resistente, portanto mais suscetível à fraturas. Fraturas podem ocorrer aleatoriamente a todas as pessoas, mas há uma maior incidência em certos grupos específicos, tal como em mulheres após a menopausa, devido à osteoporose (diminuição da densidade do osso pela menor produção de hormônios estrogênicos) e em idosos, devido ao maior número de quedas e à fragilidade óssea e muscular. FRATURAS Epidemiologia FRATURAS • Sinais e Sintomas: – Dor; – Impotência funcional; – Deformidade; – Aumento de volume; – Crepitação ( estalido provocado por ossos fraturados). FRATURAS Classificação das fraturas Epifisária; Metafisária; Diafisária. 1.Segundo à localização anatômica: FRATURAS Classificação das fraturas Simples; Expostas e Complexas (Complicadas). 2.Segundo à lesão envolvida (exposição óssea): FRATURAS Classificação das fraturas • Fraturas Simples (fechadas) Apenas o osso é atingido e não há perfuração da pele ou lesão de outras estruturas adjacentes. • Fraturas expostas (compostas ou abertas): A pele é rompida e o osso fica exposto ao exterior. Nesse tipo de fratura com frequência ocorre infecção bacteriana e mesmo que ela ainda não esteja presente, justifica-se o uso preventivo de antibióticos. • Fraturas complexas: Quando são atingidas outras estruturas além dos ossos, como vasos sanguíneos, nervos, músculos, etc. Fratura completa exposta FRATURAS Classificação das fraturas Cobertura imediata com compressa estéril Fratura completa exposta FRATURAS Classificação das fraturas 3.Segundo a extensão (quanto ao traço da fratura): Incompletas e Completas FRATURAS Classificação das fraturas • Fratura Incompleta: Quando a estrutura óssea não sofre descontinuidade total. Fraturas Classificação das fraturas 1. Incompletas Sub-periosteais ou em galho verde; Fissuras; Perfurantes; Depressão óssea. Fatura incompleta: Não ultrapassa o osso. Fratura de galho verde É uma fratura incompleta de um osso longo, geralmente visto em crianças pequenas. A fratura se assemelha a ruptura que ocorre quando um ramo flexível verde de uma árvore está torta e quebra de forma incompleta. Fratura de galho verde • É sempre uma fratura incompleta, pois parte da cortical óssea é sempre mantida (semelhante a um galho verde quebrado). Esse tipo de fratura sempre produz grande deformidade e é muito frequente nos ossos do antebraço. • Obs: Os ossos das crianças são mais maleáveis, pois possuem uma maior quantidade de colágeno. Fratura de galho verde Fraturas Classificação das fraturas • Fratura Completa: Quando a estrutura óssea sofre descontinuidade total. Fraturas Classificação das fraturas 2. Completas Transversas; Cominutivas; Oblíquas; Espirais; Impactadas; Fraturas Classificação das fraturas * Fratura Transversa É quando o traço de fratura atravessa o osso numa linha mais ou menos reta (Pode ser com ou sem desvio). *Fratura Cominutiva É a fratura que ocorre com a quebra do osso em três ou mais fragmentos. * Fratura Oblíqua É quando o traço de fratura lesa o osso diagonalmente. Completas Fraturas Classificação das fraturas * Fratura Espiral É quando o traço de fratura encontra-se ao redor e através do osso. Estas fraturas são decorrentes de lesões que ocorrem com uma torção. * Fratura Impactada É quando as partes quebradas do osso permanecem comprimidas entre si, interpenetrando-se. Completas Fraturas Cominutivas Fratura impactada • Ocorre quando um fragmento ósseo penetra, parcialmente, no fragmento adjacente. É geralmente uma fratura de bom prognóstico, devido a sua grande estabilidade. • É mais frequente no colo cirúrgico do úmero e colo do fêmur. Outros tipos de Fraturas... Fratura por avulsão • Ocorre quando um músculo traciona a saliência óssea onde é fixado ao sofrer uma entorse.Também conhecida como fratura por arrancamento. • Ex: Fratura do tubérculo maior e fratura da base do 5º metatarso. Fratura por avulsão Paciente-13 anos Fratura por avulsão da falange proximal do polegar e lesão ligamentar . Paciente refere entorse do polegar ao tentar bloquear avanço de adversário, durante partida de rúgbi. Fratura por fadiga ou estresse • Ocorre por micro traumas repetitivos típicos de excesso de treinamento. Fraturas típicas de atletas profissionais. • Ossos mais afetados: metatarsos e tíbia. Fratura de base de 5º metatarso (fratura por stress)e sesamóides bipartido. Fratura deslocada ou desviada • Quando um osso quebra e é deslocado, as extremidades quebradas são separadas e desalinham. Estes tipos de fraturas geralmente requerem redução por manipulação ou cirurgia para colocar os pedaços juntos novamente. Fratura com desvio da tíbia e da fíbula ( praticamente sem desvio) Tíbia alinhada com haste intramedular e fíbula com placa (paciente do slide anterior) Chamamos de politraumatizado, o paciente que tenha sofrido ao mesmo tempo várias fraturas num mesmo ou em diversos ossos. FRATURAS LESÃO DA COLUNA VERTEBRAL FRATURAS LESÃO DA COLUNA VERTEBRAL Trauma raquimedular (TRM) • Toda vítima inconsciente é portadora de TRM (trauma raquimedular) até que se prove o contrário. • Trauma raquimedular é a lesão da medula espinhal que provoca alterações, temporárias ou permanentes, na função motora, sensibilidade ou função autonômica. Trauma raquimedular (TRM) Trauma raquimedular (TRM) As radiografias simples em perfil e ortostática da coluna cervical e da coluna torácica (do paciente do slide anterior)não evidenciaram qualquer lesão traumática óssea. ATENDIMENTO À VÍTIMA Resgate seguro RESGATE SEGURO ATENDIMENTO DA VÍTIMA Fraturas Cranianas • Qualquer traumatismo tem potencial para danificar veias que envolvem o cérebro e o sangramento provocado, quando muito intenso, causa lesões cerebrais que podem ser irreversíveis. • Uma outra complicação das fraturas cranianas são as infecções, já que as bactérias podem invadir o cérebro, causando infecções e lesões cerebrais graves. • A maioria das fraturas cranianas não exige cirurgia, exceto quando fragmentos ósseos comprimem o cérebro ou os ossos do crânio encontram-se mal alinhados devido ao impacto que provocou a fratura. Traumatismo Crânio-Encefálico - TCE Radiografia simples de crânio em perfil de um paciente atingido por um projétil de arma de fogo na região frontal. A bala alojou-se na região occipital, deixando fragmentos metálicos e ósseos no seu trajeto. Entrada do projétil no osso frontal, com fraturas lineares irradiando a partir do orifício. Fratura cominutiva com afundamento comprometendo o teto da órbita D, no osso frontal, e estendendo-se superiormente. No local observa-se pneumoencéfalo como áreas fortemente hipodensas(densidade de ar) e contusão cortical associada no lobo frontal, com hemorragia e edema. Fratura com afundamento da calota craniana Radiologia Forense Exame realizado em vitima de morte com tiro em caixa craniana Radiologia Forense Fratura de crânio Fratura de osso nasal Fraturas Tratamento • Após uma fratura, há necessidade da estabilização dos fragmentos ósseos. • A estabilização é necessária para que a consolidação ocorra. Fraturas Tratamento • Existem, basicamente, duas maneiras de se estabilizar uma fratura, são elas: 1) Tratamento incruento ou conservador – Realizado através de imobilizações. 2) Tratamento cruento ou cirúrgico – Realizado através do uso de osteossínteses, que são dispositivos metálicos utilizados para estabilizar os fragmentos ósseos. TIPOS DE OSTEOSSÍNTESES A) placa e parafuso TIPOS DE OSTEOSSÍNTESES B)parafuso TIPOS DE OSTEOSSÍNTESES C) Fios de Kirschner TIPOS DE OSTEOSSÍNTESES D)Haste intramedular TIPOS DE OSTEOSSÍNTESES E)fixador externo Osteossíntese de uma fratura supra e intercondiliana do úmero com placas e parafusos. Artroplastia total do cotovelo no tratamento de uma fratura supra e intercondiliana cominutiva, em doente idoso. Fratura do olécrano. Osteossíntese com placa e parafusos. Fratura do colo do 5º metacárpico com desvio: redução e fixação cirúrgica da fratura com fios de Kirschner, por via percutânea. Paciente de 54 anos de idade. (A) Radiografia mostra fratura extra- articular, redutível, instável. (B) Após redução e fixação com três fios de Kirschner. (C) 4,6 anos após, fratura consolidada com boa reconstituição dos ângulos da extremidade distal do rádio. Paciente assintomática. Fonte:http://www.scielo.br/pdf/rbort/v47n1/04.pdf Dispositivo de fixação para estabilização de articulação acrômioclavicular Osteossíntese de fraturas de ambos os ossos do antebraço com placa e parafusos. Osteossíntese de fraturas de ambos os ossos do antebraço com placa e parafusos. Tratamento cirúrgico de fratura-luxação de Galeazzi (osteossíntese do rádio com placa e parafuso, redução da luxação radioulnar distal e fixação temporária com fios de Kirschner). fratura do colo femoral Prótese de fêmur Proximal e acetábulo Artroplastia de Quadril Deslocamento de Prótese O tempo de consolidação vai depender: • Espessura do osso; • Tipo de fratura; • Aporte sanguíneo; • Idade do paciente; • Forma de redução; • Meio de síntese. 1) Fase hemorrágica – Se inicia com a ruptura da rede vascular e com acúmulo de sangue ao redor do foco de fratura, formando o chamado hematoma (o sangue pode ou não estar contido pelo periósteo). Ocorre necrose osteomedular na região fraturada. FASES DO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO DAS FRATURAS FASES DO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO DAS FRATURAS 2) Fase inflamatória – Caracteriza-se pela presença de exsudato serofibroso. Ocorre a infiltração de leucócitos, monócitos, macrófagos e mastócitos; com objetivo de remoção do coágulo e dos restos celulares. Ao mesmo tempo os osteoclastos iniciam a absorção do osso necrótico. FASES DO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO DAS FRATURAS 3) Fase do calo fibroso ou mole – Ocorre intensa atividade dos osteoblastos. Os osteoblastos depositam componente orgânico não mineralizado (tecido osteóide) no foco da fratura. Ao mesmo tempo há formação de tecido cartilaginoso que se prolifera. FASES DO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO DAS FRATURAS 4) Fase do calo ósseo ou duro – Ocorre a mineralização do tecido osteóide. O tecido ósseo já formado ainda é imaturo, a disposição das fibras conjuntivas é irregular e aleatória. FASES DO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO DAS FRATURAS 5) Fase de remodelagem – Substituição do tecido ósseo imaturo por tecido ósseo maduro. Neste estágio, ocorre regularidade na distribuição das fibras da matriz, seguindo as orientações das linhas de força. Caracteriza-se pela intensa atividade osteoblástica e osteoclástica. • Esta fase respeita a lei de Wolff que diz que o osso se remodela depositando osso onde for necessário e reabsorvendo-o onde desnecessário. Complicações das fraturas • IMEDIATAS: # expostas (infecção); Lesões vasculares ou nervosas. • PRECOCES ( até 48 hs após o trauma) Edema sob o gesso (↓ circulação); Dor; Mobilidade dos fragmentos ou compressão pelo aparelho gessado; Síndrome compartimental (o fluxo sanguíneo nas células musculares e nervosas é interrompido). Complicações das fraturas • TARDIAS: Consolidação viciosa (consolidação de uma fratura com algum grau de deformidade angular e/ou encurtamento); Consolidação de um osso com outro (sinostose); Rigidez articular; Retardo de consolidação; Pseudoartrose (fraturas não consolidas). Complicações das fraturas • A imobilização de um membro fraturado motiva uma perda mineral do osso e, se for nos membros inferiores, há uma tendência à formação de trombos. • Uma das sequelas mais frequentes das fraturas é a consolidação viciosa, em que o osso cicatriza numa posição anatômica incorreta. • Fraturas expostas podem levar a uma infecção óssea especialmente grave devido à baixa irrigação sanguínea e escassez de células vivas nos ossos. Referências • BONTRAGER, L Kenneth. Tratado de técnica radiológica e base anatômica.7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. • BC.MED.BR, 2013. Fratura óssea: definição, causas, sinais e sintomas, tipos de fraturas, diagnóstico, tratamento e evolução. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/ortopedia-e- saude. • COTRAN, R.S.; KUMAR, V.; ROBBINS, S.L. Patologia estrutural e funcional. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara – KOOGAN, 2000. • FARIAS, J.L. Patologia especial com aplicações clínicas. METHA, 1999. • KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N.; ROBBINS & COTRAN .Patologia humana. Es, Elsevier Google livros, 2011 • ROBBINS, S. L.; COTRAN, R. S.; KUMAR, V. Fundamentos de Robbins. Patologia estrutural e funcional. RJ, Guanabara Koogan, 1991. • SILVA J. G. A. & BRITO M. N. C. Entorse, Luxação, Fraturas. Belém-Pa. 2008. • http://claudiosouza.org/portal. Continue Estudando...
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